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Instituição de Ensino: Universidade Estácio de Sá Curso: Bacharelado em Engenharia Mecânica Disciplina: Física Teórica Experimental – Fluidos, Calor e Oscilação Professor: Ruy Guilherme Almeida Aluno: Fagner Júnior Araújo N° de Inscrição: 202002834129 Data: 11/06/2021 Turma: 3001 Turno: Noite RELATÓRIO DILATÔMETRO Inicialmente ao navegar por essa incrível experiência temos a tela inicial de apresentação da experiência. Abaixo confere a imagem da apresentação. 1. OBJETIVO Este experimento trata do fenômeno da dilatação linear de corpos cilíndricos. Incialmente, você ira observar o aumento do comprimento de um cubo metálico em função do aumento de sua temperatura. Em seguida, você determinará o coeficiente de dilatação linear de um material metálico. Como parte das atividades você terá que fazer a montagem e ajustes dos equipamentos e instrumentos necessários para a realização do experimento. AO FINAL DO EXPERIMENTO, VOCÊ SERÁ CAPAZ DE: • Descrever os fenômenos causados pelo aquecimento de um corpo de material metálico. • Estabelecer o significado físico do coeficiente de dilatação linear. • Determinar o coeficiente de dilatação linear de um material metálico utilizando o dilatômetro linear. • Aplicar os conceitos de dilatação dos corpos a problemas envolvendo aquecimento e resfriamento de metais. ONDE UTILIZAR ESSES CONCEITOS? De forma geral, todas as substâncias, sejam sólidas, líquidas ou gasosas, dilatam-se com o aumento da temperatura e contraem-se quando sua temperatura é diminuída. Assim, quando corpos sólidos são submetidos a uma variação de temperatura eles sofrem aumento ou diminuição nas suas dimensões. Via de regra, essa variação dimensional é bem pequena, e nem sempre perceptível a olho nu. Contudo, o conhecimento dos fenômenos envolvendo a dilatação e contração de corpos é fundamental em diversos ramos da engenharia. Na engenharia civil, por exemplo, pontes, viadutos e grandes construções se utilizam das chamadas juntas de dilatação, ou expansão. Estas juntas caracterizam-se por pequenos espaçamentos entre os blocos de concreto que visam amenizar os efeitos da dilatação do concreto sobre a estrutura. A presença destes espaçamentos permite que os blocos de concreto possam se dilatar sem causar danos à estrutura. Apenas como ilustração deste tipo de fenômeno, uma ponte metálica de 300 metros de comprimento pode aumentar em até 20 cm seu comprimento, como resultado do aumento da temperatura. Ferrovias também podem ser fortemente danificadas pela dilatação térmica, caso não sejam planejadas adequadamente. Os trilhos são feitos de metais que usualmente têm coeficiente de dilatação elevado. Isso significa que uma pequena variação de temperatura pode resultar numa variação considerável de seu volume. Ou seja, a oscilação de temperatura durante o dia pode entortar os trilhos. Por isso as ferrovias são construídas com juntas de dilatação (ou expansão) que são folgas projetadas para acomodar tais variações. Até mesmo em nossas casas convivemos com o fenômeno da dilatação. Aliás, nem sempre a dilatação de materiais resulta em problemas. Por exemplo, as tampas de recipientes de vidro, como azeitonas, picles, ou conservas em geral, soltam-se mais facilmente quando aquecidas em água quente, porque sofrem um aumento de dimensões maior do que o vidro. 2. O EXPERIMENTO Neste experimento você irá investigar como diferentes corpos de prova, feitos de diferentes materiais e dimensões, irão se dilatar em razão do aumento da temperatura deles. Os diferentes corpos de prova serão montados em uma base de experimentação e submetidos ao aumento de temperatura. Um medidor de deslocamento acoplado ao sistema irá medir a dilatação, enquanto um termômetro digital permitirá a medição de temperatura nos corpos. 3. Segurança O experimento foi concebido para não trazer riscos físicos ao aluno. Mas, como temos componentes envolvidos no ensaio que estarão em temperaturas elevadas, recomenda- se extrema cautela em não encostar em equipamentos e instrumentos que não tenham sido indicados no roteiro, a fim de minimizar os riscos de queimadura. Neste experimento recomenda-se o uso de jaleco e luvas térmicas quando necessário. 4. CENÁRIO O aluno irá encontrar sobre a bancada a base de ensaio, os corpos de prova cilíndricos, o sistema de medida com relógio comparador, um termômetro e o sistema de aquecimento como pode ser visto na imagem abaixo: Termômetro: É utilizado para medir a temperatura do corpo sujeito ao aquecimento. Calço de silicone: Auxilia na fixação do corpo de prova na base de ensaio. Sistema de aquecimento: Sistema composto por uma vidraria Erlenmeyer e um bico de Bunsen que quando acionado aquece a água a 100° C gerando um fluxo do vapor que é direcionado para dentro do corpo de prova posicionado na base. Receptor de água condensada: Durante a troca térmica entre o vapor de água e o corpo de prova a água pode condensar e este receptor armazena a água oriunda desta troca térmica. Sistema de medição: É utilizado para medir a dilatação térmica do material quando submetido ao aquecimento proporcionado pelo vapor de água. Base de ensaio: Base onde será fixado o corpo de prova para a realização do ensaio. Corpos de prova: Corpos cilíndricos com um orifício para que o vapor gerado no sistema de aquecimento percorra-o. UM POUCO DE HISTÓRIA Galileu Galilei (1564 – 1642) foi o primeiro cientista a elaborar um cenário real compreendendo a deformação de corpos (objetos), inspirado nas escoras de madeira que apoiavam as telhas pelos telhados de sua cidade e que, com o passar do tempo, deformavam-se com facilidade. Entretanto, apenas em 1676, por meio dos trabalhos de Robert Hooke (1635- 1703), surgiu a primeira relação descrevendo a deformação dos corpos em geral. A lei de Hooke constitui-se na base da teoria matemática moderna da elasticidade dos corpos. Em trabalhos independentes, Jean Marie Duhamel (1797-1872) e Franz Ernest Neuman (1798-1895) constataram que a variação de comprimento sofrida por uma barra metálica homogênea não ocorria apenas devido à ação da tensão mecânica exercida sobre ela, como sugerido inicialmente por Thomas Young (1773- 1829). Duhamel e Neuman estabeleceram uma fórmula matemática incluindo a variação da temperatura como outro fator também responsável pela deformação de uma barra sólida e homogênea. Piter van Musschenbroek (1692 – 1761), mais reconhecido por ter inventado a garrafa de Leyden (capacitor), foi o primeiro cientista a desenvolver um dilatômetro. A função do dilatômetro é constatar a dilatação de uma barra metálica quando aquecida, permitindo medições precisas da variação de comprimento de barras de materiais diferentes. Ao longo dos anos, a partir desses trabalhos pioneiros, o estudo dos vários efeitos da dilatação térmica dos corpos tem fomentado grandes avanços científicos e tecnológicos. Um exemplo disso, presente em nosso cotidiano, é o aumento da confiabilidade das estruturas dos diversos tipos de construções existentes nas grandes cidades. As indústrias cerâmica e metalúrgica também utilizam em larga escala a medição exata das alterações de dimensão de corpos. 1. EQUAÇÃO DA DILATAÇÃO Quando um material é exposto a um aumento de temperatura, suas moléculas tendem a se agitar, fazendo com que elas se afastem uma das outras, aumentando a distância entre dois pontos em seu interior. Isso resulta na dilatação linear do material. A figura 1, a seguir, ilustra a dilatação linear de uma barra. Seu comprimento inicial é L0 para uma temperatura Ti. Quando a temperatura é elevada e atinge um valor T, a barra sofre uma dilatação, alterando seu comprimento para L.A variação da temperatura é calculada através da equação abaixo: ΔT = Tf – Ti Da maneira análoga, a variação de comprimento causada por essa variação da temperatura é calculada como: ΔL = L – L0 A dilatação linear sofrida pela barra é diretamente proporcional ao aumento de temperatura. Isso significa que, quanto maior for a variação (aumento) da temperatura, maior será a dilatação sofrida pelo corpo. A dilatação depende não só da variação da temperatura, mas também das dimensões (comprimento inicial) e do material de composição da barra, visto que os materiais apresentam diferentes comportamentos quando submetidos a mesma variação de temperatura. A partir dessas considerações, podemos escrever a relação matemática que nos permite calcular a dilatação sofrida por um corpo sólido, conhecida como Lei da Dilatação Linear: ΔL = α . L0 . ΔT O coeficiente de dilatação linear do material da barra é representado por α, que assume valores característicos para cada tipo de material. A unidade de medida de α é chamada de grau Celsius recíproco(°C-1 ). A tabela abaixo mostra alguns valores para os coeficientes de dilatação linear de algumas substâncias: OBS: Ao utilizar a fórmula da dilatação térmica apresentada acima, é preciso utilizar unidades de medida coerentes. 2. GRÁFICO DA DILATAÇÃO LINEAR Pelo que estabelece a equação da dilatação linear, o gráfico do comprimento do corpo de prova em função da temperatura de sua temperatura é uma reta, conforme mostrado na figura 2, a seguir. Repare que a reta que representa a dilatação linear não passa pelo ponto zero, uma vez que o comprimento inicial nunca é nulo. O ângulo φ da reta está relacionado com a lei da dilatação linear, como mostrado a seguir. Δ L = α.L0.Δ T e ∆𝐋 ∆𝐓 = 𝛂 . 𝐋o Assim, o coeficiente angular da reta pode ser calculado como: 𝒕𝒈 𝝋 = ∆𝑳 ∆T E, levando em conta a expressão anterior, temos que: 𝒕𝒈 𝝋 = 𝜶𝑳o Finalmente, podemos determinar o coeficiente de dilatação linear (α) do material como sendo: 𝛼 = 𝒕𝒈 𝝋 𝐿o 1. Neste experimento você irá explorar o fenômeno da dilatação linear de corpos metálicos. 2. Utilize a seção “Recomendações de Acesso” para melhor aproveitamento da experiência virtual e para respostas às perguntas frequentes a respeito do VirtuaLab. 3. Caso não saiba como manipular o Laboratório Virtual, utilize o “Tutorial VirtuaLab” presente neste Roteiro. 4. Caso já possua familiaridade com o Laboratório Virtual, você encontrará as instruções para realização desta prática na subseção “Procedimentos”. 5. Ao finalizar o experimento, responda aos questionamentos da seção “Avaliação de Resultados”. MATERIAIS NECESSÁRIOS • Corpos de prova com diferentes comprimentos e materiais; • Termômetro; • Bico de Bunsen; • Relógio comparador; • Batente móvel. PROCEDIMENTOS Parte I: Determinação do coeficiente de dilatação linear 1. Preparando o ensaio. Selecione o corpo de prova de cobre com 500 mm de comprimento e meça sua temperatura inicial T0. Mova o corpo de prova para a base, trave o batente na posição zero da escala e zere o relógio comparador. 2. Medindo a dilatação Ligue o sistema de aquecimento e use o relógio comparador para acompanhar a dilatação ∆L do corpo de prova até a estabilização da temperatura T. Desligue o sistema de aquecimento e retorne o corpo de prova para a bancada. 3. Repetindo com outros materiais Repita os passos 1 e 2 para ensaiar os corpos de prova de latão e aço, ambos com 500 mm de comprimento. Parte II: Variação no comprimento final de um tubo metálico em função do seu comprimento inicial. 4. Repetindo com diferentes comprimentos Repita os passos 1 e 2 para ensaiar os quatro corpos de prova de cobre. Siga para a seção “Avaliação de Resultados”, neste roteiro, e responda de acordo com o que foi observado nos experimentos. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS Parte I: Determinação do coeficiente de dilatação linear. 1. Anote na Tabela 1 os valores obtidos durante a primeira parte do experimento. Utilize a equação 1 para calcular o coeficiente de dilatação linear α de cada material, lembrando que o comprimento inicial dos corpos de prova é L0 = 500 mm. Material Tf (°C) ∆L(mm) T(°C) ∆T(°C) 𝛼(°C-1) Cobre 025,6 60 100.3 74,7 1,6x10-3 Latão 025,7 70 100.3 74,7 1,8x10-3 Aço 025,6 40 100.3 74,7 1,0x10-3 ∆𝐿 = 𝛼. 𝐿0. ∆T 2. Pesquise na internet o valor do coeficiente de dilatação de cada material e compare com o calculado. Justifique eventuais diferenças. Calculado Pesquisado 1,6 x 10-3 °C-1 17 x 10-1 °C-1 1,8 x 10-3 °C-1 2 x 10-1 °C-1 1,0 x 10-3 °C-1 1,1 x 10-1 °C-1 As respectivas diferenças, são notadas devidos aos tamanhos diferentes dos matérias iniciais e pelos valores iniciais e finais da temperatura de cada material. Parte II: Variação no comprimento final de um tubo metálico em função do seu comprimento inicial. 1. Anote na tabela 2 os valores obtidos durante a segunda parte do experimento. Material Ti (°C) ∆L (mm) T(°C) ∆T(°C) Cobre 025,6 60 mm 100,3 °C 74,7 °C Latão 025,7 70 mm 100,3 °C 74,7 °C Aço 025,6 40 mm 100,3 °C 74,7 °C 2. Construa o gráfico variação do comprimento ∆L x comprimento inicial L0 e determine seu coeficiente angular. Cobre Latão Aço 3. Determine o coeficiente angular do gráfico ∆L x L0 e explique o que ele representa. Cobre R= 𝛼 1,162 Latão R= 𝛼 0,00032 Aço R= 𝛼 0,000018 4. Com base nos seus conhecimentos, verifique a validade da afirmação: “A variação no comprimento de um material, para uma mesma variação de temperatura, é diretamente proporcional ao seu comprimento inicial.” R= A variação de comprimento de uma barra ao ser aquecida, é diretamente proporcional ao seu comprimento inicial e também depende do material que constitui, ou seja, a afirmação do comando da questão é verdadeira. PARTE I: DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE DILATAÇÃO LINEAR Selecione o corpo de prova de cobre com 500 mm de comprimento. Para isso, acesse a câmera “Corpos de prova” e identifique qual é o corpo de prova correto, passando o mouse sobre eles e lendo as suas especificações. Meça a sua temperatura inicial T0, clicando com o botão direito do mouse sobre o corpo de prova e selecionando a opção “Medir temperatura”. Perceba que o display do termômetro aparecerá no canto inferior esquerdo da tela, indicando a temperatura. Em seguida, mova o corpo de prova para a base, clicando sobre o mesmo com o botão direito do mouse e selecionando a opção “Mover para a base”. Trave o batente na posição zero da escala da base. Para isso, acesse a câmera “Relógio comparador” e, em seguida, clique e arraste o batente até a posição zero da escala. Após posicionar o batente, trave-o, clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando a opção “Travar batente”. Zere o relógio comparador, clicando e arrastando o mouse para girar a sua coroa até que o seu ponteiro esteja alinhado com o zero. MEDINDO A DILATAÇÃO Ligue o sistema de aquecimento. Para isso, acesse a câmera “Bico de Bunsen” e clique sobre ele com o botão direito do mouse, selecionando a opção “Ligar chama”. Observe pelo termômetro que a temperatura começa a aumentar. Perceba que surgirá, no canto superior direito da tela, uma janela onde é possível acelerar a taxa de aquecimento. Acompanhe a dilatação do corpo de prova pelo relógio comparador, verificando o seu valor após a estabilização da temperatura. Desligue a chama, clicando com o botão direito do mouse sobre o bico de Bunsen e selecionando a opção “Desligar chama”. Retorneo corpo de prova para a mesa, clicando com o botão direito do mouse sobre o mesmo e selecionando a opção “Mover para a mesa”. REPETINDO COM OUTROS MATERIAIS Repita os passos 1 e 2 para ensaiar os corpos de prova de latão e aço, ambos com 500 mm de comprimento. PARTE II: VARIAÇÃO NO COMPRIMENTO FINAL DE UM TUBO METÁLICO EM FUNÇÃO DO SEU COMPRIMENTO INICIAL REPETINDO COM DIFERENTES COMPRIMENTOS Repita os passos 1 e 2 para ensaiar os quatro corpos de prova de cobre. Siga para a seção “Avaliação de Resultados”, neste roteiro, e responda de acordo com o que foi observado nos experimentos. PRÉ-TESTE DANDO INÍCIO AO EXPERIMENTO BANCADA DO EXPERIMENTO CORPO DE PROVA RELÓGIO COMPARADOR TERMÔMETRO BICO DE BUNSEN ESCALA PÓS-TESTE FEEDBACK Com o experimento, podemos compreender como funciona a dilatação e podemos identificar no nosso dia a dia, um excelente material que vai ajudar bastante nos ensinos acadêmicos e facilitará a interpretação do aluno sobre o devido tema abordado pelo experimento. Pode-se observar os diferentes tipos de materiais e como eles reagem ao ser aquecido, pegando o latão como exemplo, ele foi de todos o que mais reagiu com a influência do calor, sua dilatação foi maior de que a dos outros materiais, colocando a mesma temperatura, os outros materiais envolvidos neste experimento, como já havia dito no relatório o aço e o cobre. E o aço foi o material que menos se dilatou. Ótimo experimento, recomendo muito aos vossos amigos que viram por ai.
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