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Patologia - Exames Laboratoriais HIV e Hepatite B

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Thais Alves Fagundes 
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DE PACIENTES 
COM HIV 
HIV 
 Infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). 
 É uma das doenças emergentes mais devastadoras do mundo moderno. 
 Apresenta amplo espectro de manifestações clínicas desde a fase aguda até a fase avançada da doença. 
Infecção aguda: 
 Definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV até o aparecimento dos anticorpos antiHIV 
(soroconversão). 
 Manifestações clínicas (síndrome retroviral aguda – SRA): 
o Febre, faringite, exantema, cefaléia, entre outras (sintomas semelhantes às infecções virais). 
o Desaparecem em 3 a 4 semanas. 
 Sinais e sintomas se assemelham aos de outras infecções virais, dificultando o diagnóstico. 
 Sorologia para HIV é geralmente negativa nesta fase (HIV+ significa fase crônica da doença). 
HIV - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Diagnóstico laboratorial: confirmação da presença de anticorpos anti-HIV 
 Adultos: anticorpos anti-HIV surgem no sangue em média 3 a 12 semanas após a infecção e permanecem 
indefinidamente. 
Antes da realização dos testes diagnósticos deve-se: 
 Realizar aconselhamento fornecendo informações sobre formas de transmissão, significados dos resultados 
dos exames, período de “janela imunológica”. 
 Obter o consentimento do usuário ou de seu responsável. 
 DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO 
TRIAGEM: desenvolvidos para detectar todos os indivíduos infectados (alta sensibilidade). 
 Ensaios imunoenzimáticos (ELISA). 
 Testes rápidos. 
CONFIRMATÓRIOS: desenvolvidos para detectar os indivíduos que não estão doentes (alta especificidade). 
 Western Blot, Immunoblot, teste molecular. 
TESTES DE TRIAGEM 
 TESTES IMUNOENZIMÁTICOS (ELISA) 
 Busca o anticorpo. 
 São precisos e passíveis de automação. 
Como funcionam: 
Thais Alves Fagundes 
 Empregam antígenos virais (proteínas) produzidos em cultura celular (testes de primeira geração) ou por 
meio de tecnologia molecular (recombinantes). 
 Placa possui 96 pocinhos, em cada pocinho pode ser feita a reação de um paciente. 
 No pocinho está fixado o antígeno (busca o anticorpo). 
 Se houver anticorpo na amostra do paciente, irá reagir, mas a reação não pode ser visualizada. 
 É necessário adicionar um conjugado: anticorpo anti-imunoglobulina humana marcado com enzima. 
 Se tiver formado complexo Ag-Ac o conjugado irá se ligar, mas a reação ainda não pode ser visualizada. 
 É necessário colocar também um substrato, que muda de cor quando o conjugado (enzima) atua sobre ele. 
 
ELISA – Gerações 
Primeira Geração: 
 Utiliza antígenos obtidos a partir de cultura do HIV em linhagens celulares humanas (antígeno bruto). 
 Atualmente, deixaram de ser utilizados na rotina diagnóstica dos laboratórios. 
 Janela de soroconversão é de 6 a 8 semanas. 
o Tempo entre o momento que o individuo foi infectado e a detecção da infecção pelo teste. 
Segunda Geração: 
 Utiliza antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos derivados de proteínas do HIV (antígeno 
processado). 
 Mais sensíveis e específicos que os de 1ªG. 
 Janela de soroconversão é de 28 a 30 dias. 
 
Terceira Geração: 
 Utiliza antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos tanto na fase sólida quanto sob a forma de 
conjugado. 
 Janela de soroconversão dos ensaios de terceira geração é de 22 a 25 dias. 
Thais Alves Fagundes 
 
Quarta Geração: 
 Detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti-HIV. 
o Possui no pocinho o anticorpo e o antígeno, detectando tanto anticorpo quanto antígeno. 
 Janela de soroconversão dos ensaios de quarta geração é de 15 dias. 
 
 TESTES RÁPIDOS (Imunoblot rápido) 
 Ensaios para pesquisa de anticorpos (busca o anticorpo). 
 Suporte sólido membrana de celulose, nylon, látex, micropartículas ou cartelas plásticas. 
 Na membrana estão os antígenos. 
 
Como funciona: 
 Imunocromatográficos 
 Membrana possui proteína conjugada com partículas de ouro coloidal e antígenos HIV-1/2. 
 Coloca a amostra do paciente, que atravessa a membrana. 
 Anticorpos presentes no soro se ligam a proteínas (imunoconjugado). 
 Imunoconjugado migra na membrana e é capturado pelos Ag fixados produzindo uma banda. 
Thais Alves Fagundes 
 Partículas de ouro coloidal chegam à região do controle e formam uma banda no controle. 
o Para que o teste rápido seja válido, isto é, esteja funcionando, é necessário formar a banda do 
controle. 
 Comparar a banda do teste com a banda do controle. 
o Teste negativo: formação de uma banda, a banda do controle. 
o Teste positivo: formação de duas bandas, banda do controle e banda do teste. 
o Teste inválido: não forma nenhuma banda ou forma apenas a banda do teste. Significa que o kit não 
está funcionando. 
 Esse tipo de resultado não é liberado. 
 
TESTES CONFIRMATÓRIOS 
 REAÇÃO DE WESTERN-BLOT 
 Identifica a fração do antígeno reconhecida pelo anticorpo (busca o anticorpo). 
 Preparação antigênica é submetida à eletroforese de proteínas (separação em bandas). 
 Proteínas antigênicas se separam em bandas, que se ligam na membrana de acordo com o peso molecular, 
formando bandas. 
 Bandas são transferidas para uma membrana de nitrocelulosa, na qual é colocada a amostra do paciente. 
 Se na amostra houver anticorpos específicos contra os determinantes antigênicos, irão se ligar e ao revelar, 
bandas ficaram visíveis. 
 
 
Thais Alves Fagundes 
 
Antígeno do HIV tem determinantes antigênicos: 
 Proteína do envelope gp120 
 Proteína do envelope gp41 
 Cápsula proteica p24 
Amostra negativa: ausência de reatividade (bandas), com qualquer proteína viral utilizada no ensaio. 
Amostra positiva: reatividade (bandas), em pelo menos duas das seguintes proteínas: p24; gp41; gp120/gp160. 
Amostra indeterminada: qualquer padrão de reatividade (bandas) diferente do item anterior. 
 Resultado indeterminado é liberado: Western-Blot indeterminado. 
 Se repetir o exame e der novamente indeterminado, realizar outro exame com outra metodologia (teste 
molecular). 
Imagem 2: 
 1 controle positivo. 
 2 controle negativo. 
 A, B e C: pacientes. 
 A: negativo. 
 B: positivo, banda em gp41 e gp24. 
 C: positivo, banda em gp120/gp160, gp41 e gp24. 
 TESTE MOLECULAR 
 Pesquisa direta e qualitativa de DNA viral no genoma de células do sangue periférico do paciente por PCR. 
 
Thais Alves Fagundes 
FLUXOGRAMAS DE RASTREIO DO HIV 
FLUXOGRAMA 1 
Fluxograma indicado para ser utilizado nas situações descritas no item 4.2.1: 
 
Dois testes rápidos (TR1 e TR2) realizados em sequência com amostras de sangue. 
Dois testes rápidos diferentes são usados sequencialmente, com amostras de sangue, com o objetivo de melhorar o 
valor preditivo positivo do fluxograma de testagem. A amostra de sangue pode ser obtida por punção da polpa 
digital ou por punção venosa em tubo contendo anticoagulante. Esse fluxograma é indicado para ser aplicado nas 
situações definidas no item 4.2.1 - Situações e locais nas quais o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais 
recomenda a utilização de Testes Rápidos. Além de sangue total, a maioria dos TR permite a utilização de soro ou 
plasma como amostra para a realização do teste. Leia atentamente as bulas/instruções/ guia de uso do produto, que 
acompanham todos os conjuntos diagnósticos, antes de selecionar a amostra a ser testada. 
 
Thais Alves Fagundes 
Fundamentação: 
No Fluxograma 1, dois testes rápidos são utilizados sequencialmente, ambos com amostras de sangue, com o 
objetivo de melhorar o valor preditivo positivo desse fluxograma. É importante que o primeiro TR (TR1) tenha 
sensibilidade equivalente ou superior ao segundo teste (TR2). O objetivo dessa estratégia é diferenciar os indivíduos 
que estão infectados (ambos TR1 e TR2 reagentes) daqueles que provavelmente tiveram um resultado falso-
reagente no teste de triagemG (TR1). 
Procedimento: 
A amostra com resultado não reagente no teste rápido1 (TR1) será definida como: “Amostra Não Reagente para 
HIV”. Em caso de suspeita de infecção pelo HIV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta 
dessa amostra. 
A amostra com resultado reagente no TR1 deverá ser submetida ao teste rápido 2 (TR2). A amostra com resultados 
reagentes no TR1 e no TR2 terá seu resultado definido como: “Amostra Reagente para HIV”. 
A amostra com resultados discordantes entre TR1 e TR2 não terá seu resultado definido. Nesse caso, devem-se 
repetir os dois testes; persistindo a discordância dos resultados, uma amostra deverá ser coletada por punção 
venosa e encaminhada para ser testada com um dos fluxogramas definidos para laboratório. 
Um teste rápido só pode ter seu resultado interpretado se for considerado um teste válido. Para o teste ser 
considerado válido, é necessária a presença visual de uma linha ou ponto na região controle (C) do teste. Caso o 
resultado do TR1 ou do TR2 seja inválido, devese repetir o teste com o mesmo conjunto diagnóstico, se possível com 
um lote distinto do que foi utilizado inicialmente. Persistindo o resultado inválido, uma amostra deverá ser coletada 
por punção venosa e encaminhada para ser testada com um dos fluxogramas definidos para laboratório. 
Desdobramentos do Fluxograma 1: 
O Fluxograma 1, com a utilização de dois TR, permite um rápido diagnóstico e imediato encaminhamento do 
indivíduo para atendimento médico, em uma única visita ao serviço de saúde. Nessa ocasião, deverá ser solicitado o 
teste de quantificação da Carga Viral do HIV (HIV-RNA). A Carga Viral, quando igual ou superior a 5.000 cópias/mL, 
confirma a infecção pelo HIV. Na eventualidade da Carga Viral ser inferior a 5.000 cópias/mL, deve-se considerar a 
ocorrência de um duplo resultado falso-positivo (TR1 e TR2) e a não infecção do indivíduo pelo HIV. Nessa situação, 
recomenda-se a realização de um ensaio sorológico complementar, como o Western blot, Imunoblot ou Imunoblot 
Rápido para esclarecer se se trata, de fato, de um resultado falso-positivo ou de um indivíduo controlador de elite. 
Os TR realizados presencialmente não requerem a coleta de uma segunda amostra, ou seja, não é necessária a 
coleta de uma nova amostra para confirmar o resultado. 
FLUXOGRAMA 2 
Um teste rápido utilizando fluido oral (TR-FO) seguido por um teste rápido utilizando sangue (TR). 
Neste fluxograma, dois testes rápidos de fabricantes diferentes são utlilizados sequencialmente, o primeiro com 
amostra de fluido oral e o segundo com amostra de sangue, que pode ser obtida por punção da polpa digital ou por 
punção venosa, em tubo contendo anticoagulante. Este fluxograma deve ser preferencialmente utilizado fora de 
unidades de saúde, em campanhas de testagem e em populações de alta vulnerabilidade. As amostras de FO 
oferecem baixo risco biológico. 
Fundamentação: 
O Fluxograma 2 é uma variação do Fluxograma 1 que permite a utilização de uma amostra obtida de forma não 
invasiva, no qual o primeiro TR é realizado em amostra de fluido oral e o segundo TR com uma amostra de sangue. 
Thais Alves Fagundes 
Esse fluxograma foi idealizado para melhorar o valor preditivo positivo do TR que utiliza uma amostra de fluido oral. 
O objetivo dessa estratégia é diferenciar os indivíduos que estão infectados (ambos TR-FO e TR reagentes) daqueles 
que provavelmente tiveram um resultado falso-positivo no teste de triagem (TR-FO). Deve-se considerar que, 
dependendo do fabricante do TR-FO, a janela de soroconversão do teste pode chegar a três (3) meses após a 
infecção. 
 
Procedimento: 
A conduta para a coleta da amostra de fluido oral deve seguir rigorosamente as recomendações do fabricante. 
A amostra com resultado não reagente no teste rápido utilizando fluido oral (TR-FO) será definida como: “Amostra 
Não Reagente para HIV”. Em caso de suspeita de infecção pelo HIV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias 
após a data da coleta dessa amostra. 
A amostra com resultado reagente no TR-FO deverá ser submetida ao teste rápido utilizando sangue (TR). A amostra 
com resultados reagentes no TR-FO e no TR terá seu resultado definido como: “Amostra Reagente para HIV”. 
Um teste rápido só pode ter seu resultado interpretado se for considerado um teste válido. Para o teste ser 
considerado válido é necessária a presença de uma linha ou ponto na região controle (C). Caso o resultado do TR1 ou 
do TR2 seja inválido, deve-se repetir o teste com o mesmo conjunto diagnóstico, se possível com um lote distinto do 
que foi utilizado inicialmente. Persistindo o resultado inválido, uma amostra deverá ser coletada por punção venosa 
e encaminhada para ser testada com um dos fluxogramas definidos para laboratório. 
A amostra com resultados discordantes entre TR-FO e TR não terá seu resultado definido. Ambos os testes deverão 
ser repetidos. Persistindo a discordância, uma amostra deverá ser coletada por punção venosa e encaminhada para 
ser testada com um dos fluxogramas definidos para laboratório. 
Desdobramentos do Fluxograma 2: 
O Fluxograma 2, com a utilização de dois TR, permite um rápido diagnóstico e imediato encaminhamento do 
indivíduo para atendimento médico. Nessa ocasião, é solicitada a quantificação da Carga Viral do HIV (HIV-RNA). A 
Carga Viral igual ou superior a 5.000 cópias/mL confirma a infecção pelo HIV. Na eventualidade de a Carga Viral ser 
inferior a 5.000 cópias/mL, deve-se considerar a ocorrência de um duplo resultado falso-positivo (TR-FO e TR) e a 
não infecção do indivíduo pelo HIV. Nessa situação, recomenda-se a realização de um ensaio sorológico 
complementar, como o Western Blot, Imunoblot ou Imunoblot Rápido para esclarecer se se trata, de fato, de um 
resultado falso-positivo ou de um indivíduo controlador de elite. 
Os TR realizados presencialmente não requerem a coleta de uma segunda amostra, ou seja, não é necessária a 
coleta de uma nova amostra para confirmar o resultado. 
Thais Alves Fagundes 
 PROPOSTAS DE ESTRATÉGIAS PARA TRIAGEM EM LABORATÓRIOS 
A testagem laboratorial é utilizada para: triagem; confirmação de amostras encaminhadas após teste de triagem 
reagente ou com resultados discordantes nos Fluxogramas 1 e 2. 
Cada vez mais, os imunoensaios (IE) empregados estritamente em laboratório (e alguns TR) detectam qualquer 
classe de anticorpos anti-HIV, incluindo IgM, o que melhora a sensibilidade analítica. Como discutido no item 5 - 
Sistema de estagiamento laboratorial da infecção recente pelo HIV: Classificação de Fiebig, na fase inicial da infecção 
estes IE apresentam maior sensibilidade do que os testes complementares do tipo Western Blot (WB), Imunoblot 
(IB) e Imunoblot Rápido (IBR). 
Além disso, os IE de quarta geração, que detectam simultaneamente antígeno e anticorpo, e os testes moleculares, 
de amplificação de ácidos nucleicos (NAT), oferecem alternativas para a detecção cada vez mais precoce da infecção 
pelo HIV. Os fluxogramas propostos com testes utilizados em laboratório incorporaram essas considerações, e 
oferecem opções que podem ser selecionadas dependendo da capacidade do laboratório e contexto clínico. 
FLUXOGRAMA 3 
O Fluxograma 3 utiliza um imunoensaio de 4ª geração (IE4ªG) como teste de triagem, e um teste molecularG como 
teste complementar para amostras reagentes na triagem. O IE deve possuir, além de antígenos do HIV-1, também 
antígenos do HIV-1 grupo “O” e do HIV-2. O IE de triagem, apesar de ser de 4ª geração, é menos sensível do que o 
teste molecular confirmatório. Portanto, amostras reagentes no teste de triagem e positivas no teste molecular 
representam infecção pelo HIV. No entanto, uma amostra reagente no IE de triagem, mas negativa no teste 
molecular, pode representar infecção pelo HIV-2 ou indicar infecção em um indivíduo com Carga Viral abaixo do 
limite de detecçãoG . Esta última situação pode ocorrer também em indivíduos em tratamento com antirretrovirais 
(ARV) ou em indivíduos denominados controladoresde elite. O diagnóstico desses indivíduos pode ser realizado com 
um teste sorológico confirmatório (WB/IB/IBR). 
O Fluxograma 3 é o que permite o diagnóstico mais precoce da infecção pelo HIV. 
Nesse fluxograma, o IE de triagem é menos sensível do que o teste molecular: 
 
Thais Alves Fagundes 
Fundamentação: 
O Fluxograma 3 utiliza um IE4ªG como teste de triagem e um teste molecular como teste complementar para 
amostras reagentes na triagem e, a exemplo do Fluxograma 4 a seguir, aumenta a chance de podermos realizar um 
diagnóstico de infecção recente pelo HIV. O emprego de um IE de triagem seguido por um teste molecular evita o 
uso de testes complementares do tipo WB, IB e IBR e elimina resultados negativos ou indeterminados desses testes. 
A principal limitação do teste molecular é a possibilidade de ocorrerem resultados falso-positivos, quando utilizados 
para fins diagnósticos, tendo em vista que a especificidade varia de acordo com o conjunto diagnóstico utilizado. Em 
sua maioria, resultados falso-positivos tendem a apresentar resultados muito próximos ao limite de detecção do 
ensaio. Esse perfil requer a repetição do teste para afastar a possibilidade de ocorrência de resultados falso-
positivos. O DDAHV sugere cautela para essas situações e recomenda que, para fins diagnósticos, os testes 
moleculares quantitativos que apresentarem número de cópias inferior a 5.000 cp/mL, uma nova amostra seja 
coletada para repetição do ensaio. 
Uma situação que merece especial atenção é aquela em que ocorre um resultado falso-positivo no IE de triagem, 
tendo como consequência natural um teste molecular negativo. Trata-se de um padrão de resultados semelhante ao 
que pode ocorrer com indivíduos controladores de elite. Resultados falso-positivos no IE tendem a apresentar uma 
relação DO/COG baixa, enquanto que indivíduos controladores de elite apresentam uma resposta imune humoral 
normal e uma relação DO/CO alta. 
Procedimento: 
A amostra com resultado não reagente no IE de 4ª geração (IE4ªG) será definida como: “Amostra Não Reagente para 
HIV”. O laudo deverá ser liberado com a seguinte ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HIV, uma nova 
amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra”. 
A amostra com resultado reagente no IE4ªG deverá ser submetida ao teste molecular. A amostra com resultados 
reagente no IE4ªG e detectável (no caso da utilização de ensaio qualitativo) ou com número de cópias igual ou 
superior a 5.000 cópias/mL (para fins diagnósticos no caso da utilização de ensaio quantitativo) terá seu resultado 
definido como: “Amostra Reagente para HIV”. 
O laudo laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Para comprovação do diagnóstico laboratorial, uma segunda 
amostra deverá ser coletada e submetida ao primeiro teste do Fluxograma 3 para o Diagnóstico Laboratorial da 
Infecção pelo HIV em Indivíduos com Idade acima de 18 meses”. Esta segunda amostra deverá ser colhida o mais 
rapidamente possível e deverá ser testada preferencialmente no mesmo local em que se realizaram os testes com a 
primeira amostra. 
É responsabilidade do profissional de saúde que atender o indivíduo solicitar e identificar o pedido do exame como 
segunda amostra, e do laboratório ou do serviço de saúde registrá-la como tal para a finalização do diagnóstico 
laboratorial da infecção pelo HIV em indivíduos com idade acima de 18 meses. 
Quando o resultado do teste com a segunda amostra for reagente, o resultado deverá ser liberado como: “Amostra 
Reagente para o HIV”. O laudo laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Resultado definido com a segunda 
amostra”. 
A amostra com resultado inferior a 5.000 cópias/mL ou indetectável no ensaio molecular não terá o seu resultado 
definido. Em caso de suspeita de infecção pelo HIV-1, a amostra deverá ser submetida ao ensaio de Western Blot, 
Imunoblot ou Imunoblot Rápido. A amostra com resultado reagente no Western Blot, Imunoblot ou Imunoblot 
Rápido terá seu resultado definido como “Amostra Reagente para HIV”. O laudo laboratorial deverá reportar o 
resultado de todas as bandas reativas encontradas nos testes Western Blot, Imunoblot e Imunoblot Rápido e incluir 
a seguinte ressalva: “Para comprovação do diagnóstico laboratorial, uma segunda amostra deverá ser coletada e 
submetida ao primeiro teste do Fluxograma 3 para o Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HIV em Indivíduos 
Thais Alves Fagundes 
com Idade acima de 18 meses”. Esta segunda amostra deverá ser colhida o mais rapidamente possível e deverá ser 
testada preferencialmente no mesmo local em que se realizaram os testes com a primeira amostra. 
Quando o resultado do teste com a segunda amostra for reagente, o resultado deverá ser liberado como: “Amostra 
Reagente para o HIV”. O laudo laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Resultado definido com a segunda 
amostra”. 
A amostra com resultado negativo ou indeterminado no Western Blot ou Imunoblot ou Imunoblot Rápido terá seu 
resultado definido como “Amostra Indeterminada para HIV”. É obrigatória a liberação desse resultado e o laudo 
laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Persistindo a suspeita de infecção pelo HIV, uma nova amostra 
deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra”. A nova amostra deverá ser colhida e submetida 
novamente ao fluxograma, preferencialmente no mesmo local em que se realizou o teste com a primeira amostra. 
Caso o resultado com a nova amostra permaneça indeterminado, deve-se considerar a possibilidade de infecção 
pelo HIV-2. Nesse caso, o DDAHV deverá ser contatado para orientar quanto aos procedimentos para o envio da 
amostra ao Laboratório de Referência Nacional para HIV-2, com vistas à confirmação da infecção. 
Considerações para a utilização do Fluxograma 3 
Existem três situações nas quais esse fluxograma necessita que testes adicionais sejam realizados para a definição do 
diagnóstico: (1) Em indivíduos controladores de elite que desenvolvem anticorpos normalmente, mas podem 
apresentar Carga Viral inferior a 5.000 cópias/mL, levando a um resultado falso-negativo; (2) Embora os IE4ªG 
detectem anticorpos anti-HIV-2, alguns testes moleculares não são desenvolvidos para detectar o ácido nucleico do 
HIV-2. Portanto, havendo suspeita de infecção pelo HIV-2, o DDAHV deverá ser contatado para encaminhar a 
resolução do diagnóstico; (3) Em amostras que apresentarem resultado falso positivo no teste 1 - teste de triagem. 
FLUXOGRAMA 4 
Triagem com Imunoensaio de 3ª Geração e Teste Molecular como Teste Complementar/Confirmatório. 
O Fluxograma 4 utiliza um imunoensaio de 3ª geração (IE3ªG) como teste de triagem e oferece a opção de utilizar 
um teste molecular como teste complementar/confirmatório para amostras reagentes na triagem. Os Fluxogramas 3 
e 4 diferem na geração do IE utilizado na etapa inicial. O IE deve possuir além de antígenos do HIV-1, também 
antígenos do HIV-1 grupo “O” e do HIV-2. Nesse fluxograma, o IE de triagem é menos sensível do que o teste 
molecular. Portanto, amostras reagentes no teste de triagem e detectáveis (qualitativo) ou com contagem igual ou 
superior a 5.000 cópias/mL (quantitativo) no teste molecular, representam infecção pelo HIV. No entanto, uma 
amostra reagente no IE de triagem, mas negativa no teste molecular, pode representar infecção pelo HIV-2 ou 
indicar infecção em um indivíduo com Carga Viral abaixo do limite de detecção. Esta última situação pode ocorrer 
em indivíduos em tratamento com ARV ou em indivíduos denominados controladores de elite. 
Fundamentação: 
Esse fluxograma apresenta a opção de utilizar um teste molecular como teste complementar/confirmatório, e 
também um ensaio de triagem, que detecta anticorpos das classes IgM e IgG e inclui antígenos do HIV-2 e HIV-1 
grupo “O”. Esse fluxograma representa um avanço para os laboratórios que realizam em sua rotina testes 
moleculares qualitativos ouquantitativos para a detecção/monitoramento da infecção pelo HIV. 
A principal vantagem do teste molecular nesse fluxograma, em relação ao Fluxograma 5 a seguir, é o potencial de 
eliminar resultados negativos ou indeterminados de testes complementares do tipo WB, IB e IBR. A principal 
limitação do teste molecular é a possibilidade de ocorrência de resultados falso-positivos, quando utilizados para fins 
diagnósticos, tendo em vista que a especificidade varia de acordo com o conjunto diagnóstico utilizado. Em sua 
maioria, os resultados falso-positivos tendem a apresentar resultados muito próximos ao limite de detecção do 
ensaio. Esse perfil requer a repetição do teste para afastar a possibilidade de resultado falso-positivo. O DDAHV 
sugere cautela para essas situações e recomenda que, para fins diagnósticos, com a utilização de testes moleculares 
Thais Alves Fagundes 
quantitativos com número de cópias inferior a 5.000 cp/mL uma nova amostra seja coletada para repetição do 
ensaio. 
Uma situação que merece especial atenção é aquela em que ocorre um resultado falso-positivo no IE de triagem, 
tendo como consequência natural um teste molecular negativo. Trata-se de um padrão de resultados semelhantes 
ao que pode ocorrer com indivíduos controladores de elite. Resultados falso-positivos no IE tendem a apresentar 
uma relação DO/CO baixa, enquanto que indivíduos controladores de elite apresentam uma resposta imune humoral 
normal e uma relação DO/CO alta. 
 
Procedimento: 
A amostra com resultado não reagente no IE de 3ª geração (IE3ªG) será definida como: “Amostra Não Reagente para 
HIV”. O laudo deverá ser liberado com a seguinte ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HIV, uma nova 
amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra”. 
A amostra com resultado reagente no IE3ªG deverá ser submetida ao Teste Molecular. A amostra com resultado 
reagente no IE3ªG e detectável (no caso da utilização de ensaio qualitativo) ou com número de cópias igual ou 
superior a 5.000 cópias/mL (para fins diagnósticos no caso da utilização de ensaio quantitativo) terá seu resultado 
definido como: “Amostra Reagente para HIV”. 
O laudo laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Para comprovação do diagnóstico laboratorial, uma segunda 
amostra deverá ser coletada e submetida ao primeiro teste do Fluxograma 4 para o Diagnóstico Laboratorial da 
Infecção pelo HIV em Indivíduos com Idade acima de 18 meses”. Esta segunda amostra deverá ser colhida o mais 
rapidamente possível e deverá ser testada preferencialmente no mesmo local em que se realizaram os testes com a 
primeira amostra. 
A amostra com resultado inferior a 5.000 cópias/mL ou indetectável no ensaio molecular não terá o seu resultado 
definido. Em caso de suspeita de infecção pelo HIV-1, a amostra deverá ser submetida ao ensaio de Western Blot, 
Imunoblot ou Imunoblot Rápido. A amostra com resultado reagente no Western Blot, Imunoblot ou Imunoblot 
Thais Alves Fagundes 
Rápido terá seu resultado definido como “Amostra Reagente para HIV”. O laudo laboratorial deverá reportar o 
resultado de todas as bandas reativas encontradas nos testes Western Blot, Imunoblot e Imunoblot Rápido e incluir 
a seguinte ressalva: “Para comprovação do diagnóstico laboratorial, uma segunda amostra deverá ser coletada e 
submetida ao primeiro teste do Fluxograma 4 para o Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HIV em Indivíduos 
com Idade acima de 18 meses”. Esta segunda amostra deverá ser colhida o mais rapidamente possível, e deverá ser 
testada, preferencialmente no mesmo local em que se realizaram os testes com a primeira amostra. 
Quando o resultado do teste com a segunda amostra for reagente, o resultado deverá ser liberado como: “Amostra 
Reagente para o HIV”. O laudo laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Resultado definido com a segunda 
amostra, conforme estabelecido pela Portaria no 29 de 17 de dezembro de 2013”. 
A amostra com resultado negativo ou indeterminado no Western blot ou Imunoblot ou Imunoblot Rápido terá seu 
resultado definido como “Amostra Indeterminada para HIV”. É obrigatória a liberação desse resultado e o laudo 
laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Persistindo a suspeita de infecção pelo HIV, uma nova amostra 
deverá ser coletada, 30 dias após a data da coleta desta amostra”. A nova amostra deverá ser colhida e submetida 
novamente ao fluxograma, preferencialmente no mesmo local em que se realizou o teste com a primeira amostra. 
Caso o resultado com a nova amostra permaneça indeterminado, deve-se considerar a possibilidade de infecção 
pelo HIV-2. Nesse caso, o DDAHV deverá ser contatado para orientar quanto aos procedimentos para o envio da 
amostra ao Laboratório de Referência Nacional para HIV-2, com vistas à confirmação da infecção. 
FLUXOGRAMA 5 
Triagem com Imunoensaio de 3ª Geração e Western blot, Imunoblot ou Imunoblot Rápido como Teste 
Complementar/Confirmatório. 
O Fluxograma 5 é a representação do fluxograma convencional e atualmente não representa um avanço no esforço 
de tornar o diagnóstico do HIV mais precoce, preciso e com custo mais acessível. O único avanço oferecido é a 
indicação de que, quando possível, seja realizado um teste molecular nas amostras que apresentarem resultado 
indeterminado ou discordante entre os testes. Esse fluxograma oferece a opção de utilizar um imunoensaio de 3ª 
geração como teste de triagem e um teste sorológico complementar/confirmatório do tipo WB/IB/IBR para amostras 
reativas na triagem. Cabe ressaltar que o IE de triagem é mais sensível do que os testes complementares 
(WB/IB/IBR). 
Fundamentação: 
Diante dos avanços tecnológicos, esse fluxograma apresenta limitações, apesar de ter tido uma ampla utilização. No 
entanto, se acrescido de um teste molecular para amostras negativas ou indeterminadas, torna o diagnóstico mais 
precoce e preciso; porém, é mais oneroso do que os fluxogramas anteriormente apresentados. 
Procedimento: 
A amostra com resultado não reagente no IE de 3ª geração (IE3a G) será definida como: “Amostra Não Reagente 
para HIV”. O laudo deverá ser liberado com a seguinte ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HIV, uma 
nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra”. 
A amostra com resultado reagente no IE3a G deverá ser submetida ao Western Blot ou Imunoblot ou Imunoblot 
Rápido. A amostra com resultados reagentes no IE3a G e no WB/IB/IBR terá seu resultado definido como: “Amostra 
Reagente para HIV”. O laudo laboratorial deverá reportar o resultado de todas as bandas reativas encontradas nos 
testes Western Blot, Imunoblot e Imunoblot Rápido e incluir a seguinte ressalva: “Para comprovação do diagnóstico 
laboratorial, uma segunda amostra deverá ser coletada e submetida ao primeiro teste do Fluxograma 5 para o 
Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HIV em Indivíduos com Idade acima de 18 meses”. Esta segunda amostra 
deverá ser colhida o mais rapidamente possível, e deverá ser testada, preferencialmente no mesmo local em que se 
realizaram os testes com a primeira amostra. 
Thais Alves Fagundes 
Quando o resultado do teste com a segunda amostra for reagente, o resultado deverá ser liberado como: “Amostra 
Reagente para o HIV”. O laudo laboratorial deverá incluir a seguinte ressalva: “Resultado definido com a segunda 
amostra, conforme estabelecido pela Portaria no 29 de 17 de dezembro de 2013”. 
No caso de ocorrer resultado indeterminado no IE3a G, deve-se solicitar uma nova amostra do pacienteG e reiniciar 
o fluxograma. Persistindo o resultado indeterminado com a nova amostra, deve-se considerar a possibilidade da 
utilização de um fluxograma que inclua a realização de testes moleculares (RNA e/ou DNA), para auxiliar na definição 
do diagnóstico. 
Amostra com resultado reagente no IE3a G e resultado indeterminado ou não reagente no WB/IB/IBR terá seu 
resultado definidocomo “Amostra Indeterminada para HIV”. Deve-se considerar a possibilidade da utilização de um 
fluxograma que inclua a realização de testes moleculares (RNA e/ou DNA), para auxiliar na definição desse 
diagnóstico. Caso o teste molecular não possa ser realizado, devesse liberar o resultado e o laudo laboratorial deverá 
incluir a seguinte ressalva: “Persistindo a suspeita de infecção pelo HIV, uma nova amostra deverá ser coletada, 30 
dias após a data da coleta desta amostra”. 
O IBR é um teste rápido, e como todo teste rápido somente pode ter seu resultado interpretado se for válido. Isso 
significa presença de linha na janela de leitura do controle (C). Caso se opte pela utilização desse teste e ocorrer 
resultado inválido, deve-se repetir o teste com o mesmo conjunto diagnóstico, se possível com um lote distinto do 
que foi utilizado inicialmente. Persistindo o resultado inválido, uma nova amostra deverá ser coletada para 
esclarecer o diagnóstico. 
Nesse fluxograma, o IE de triagem é mais sensível do que o teste s complementares: 
 
Thais Alves Fagundes 
FLUXOGRAMA 6 
 
 HIV – MONITORAMENTO DA INFECÇÃO 
 
 Quantificação de células T CD4+ circulantes (citometria de fluxo). 
 Avaliação da Carga viral (RT- PCR; NASBA e bDNA). 
Quantificação de células T CD4+ circulantes: 
 Leucócitos são incubados com Ac monoclonais anti CD4, CD8 e CD3 marcados com fluorocromo. 
 Suspensão é analisada em citômetro de fluxo - identifica diferentes populações linfocitárias de acordo com 
fluorescência emitida após excitação com luz laser. 
 Aumento de 100 céls/µl/ano – bom controle virótico. 
Thais Alves Fagundes 
Imunofenotipagem por Citometria de fluxo: 
 
Avaliação da carga viral: 
 Quantificação de partículas virais plasmáticas (carga viral) avalia a intensidade da infecção. 
 Métodos: 
o RT-PCR - amplificação de cDNA transcrito pela transcriptase reversa a partir do RNA (detecta 50 a 
750.000 cópias/ml). 
o NASBA – amplifica região do gene gag do HIV no próprio RNA viral alvo (detecta 40 a 10.000.000 
cópias). 
o bDNA - Ensaio de hibridização (50 a 500.000 cópias). 
 
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DAS HEPATITES 
VIRAIS 
HEPATITES VIRAIS 
 As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo 
tecido hepático. 
 Apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. 
Infecções causadas pelos vírus: 
 HAV (hepatite A); HBV (hepatite B), HCV (hepatite C); HDV (hepatite D) e HEV (hepatite E). 
 
 HEPATITE B 
 Sério problema de saúde pública. 
 Distribuição universal. 
Thais Alves Fagundes 
 1/3 população mundial já foi exposta ao vírus HBV. 
 350 milhões de pessoas apresentam a forma crônica da doença. 
 Brasil: 15% da população já teve contato e 1% de casos crônicos. 
 Transmissão: sexual; parenteral (drogas injetáveis) e vertical. 
 Infecção: geralmente subclínica. 
 Pacientes crônicos são o maior “reservatório” do vírus. 
 Diagnóstico: triagem de doadores de sangue ou fase avançada da doença crônica. 
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO – HEPATITE B 
Marcadores utilizados no diagnóstico de hepatite aguda ou crônica, acompanhamento do paciente com a forma 
crônica e monitorização do tratamento. São eles: 
 HBsAg e anti-HBs 
 HBeAg e anti-HBe 
 Anti-HBc IgM e anti-HBc total 
 HBV-DNA 
OBS.: HBcAg não é detectável no sangue 
 
HBsAg 
 Detectável na infecção aguda e crônica. 
 Indica infecção em curso. 
 Primeiro marcador sorológico a aparecer. 
 Persistência do HBsAg por mais de 6 meses indica infecção crônica. 
HBeAg 
 Detectável uma semana após o surgimento do HBsAg. 
 Persistência por mais de 8 a 10 semanas sugere possibilidade de infecção crônica. 
 HBeAg positivo indica replicação viral: portador ativo. 
Anti-HBeAg 
 Indica diminuição de infectividade e geralmente corresponde à resolução da infecção. 
Anti-HBs 
 Indica recuperação da infecção e imunidade. 
 Último anticorpo detectável. 
Anti-HBc IgM 
 Indica infecção aguda. 
Thais Alves Fagundes 
 Primeiro anticorpo detectável. 
 Presente na fase de janela imunológica do HBsAg. 
Anti-HBc total 
 Melhor marcador de exposição ao vírus. 
 Presente na infecção aguda, crônica e indivíduos curados. 
 Marcador de escolha para estudos epidemiológicos. 
 
 
 
Thais Alves Fagundes 
Fluxograma 1 – Investigação inicial da infecção pelo HBV usando testes rápidos para detecção do HBsAg 
Os TR são ferramentas importantes para a ampliação das possibilidades de diagnóstico para diversos agravos. 
Quando houver a possibilidade de testagem presencial em unidades de saúde, esses testes permitem identi+car 
oportunamente o indivíduo portador de hepatite B e realizar os devidos encaminhamentos para a complementação 
diagnóstica e para a vinculação da pessoa ao serviço de saúde. O Fluxograma 1 emprega um teste rápido capaz de 
detectar o HBsAg em amostras de sangue total obtidas preferencialmente por punção digital. Esse fluxograma é 
indicado para uso em serviços de saúde e assistência, permitindo a investigação inicial da infecção pelo HBV. 
 
Indicação de uso O Fluxograma 1 é indicado para as situações previstas no item 5.1, e permite iniciar a investigação 
da infecção pelo HBV em unidades de saúde que usem TR. 
 Esse fluxograma pode ser utilizado em gestantes e em indivíduos menores de 18 meses. 
 A detecção do HBsAg é sugestiva de infecção ativa pelo HBV. 
 Após a detecção do HBsAg por meio de TR, a complementação do diagnóstico deve ser feita utilizando testes 
laboratoriais conforme os Fluxogramas 2 e 3. Não há necessidade de repetir a pesquisa de HBsAg. 
 Em caso de resultado não reagente, permanecendo a suspeita de infecção, deve-se coletar uma nova 
amostra após 30 dias e repetir o fluxograma. 
A seguir, estão listadas as situações e locais em que o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do 
HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) recomenda a utilização de TR: 
 Serviços de saúde sem infraestrutura laboratorial ou localizados em regiões de difícil acesso. 
 Instituições da Atenção Primária à Saúde (ex: UBS) e outras instituições pertencentes a Programas do 
Ministério da Saúde, tais como Rede Cegonha, Programa de Saúde da Família, Consultório na Rua, Quero 
Fazer, dentre outros programas. 
 Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Unidade de Testagem Móvel (UTM), Centro de Atenção 
Psicossocial (Caps), serviços de atendimento de emergência, pronto-socorro, hospitais e maternidades. 
 Segmentos populacionais flutuantes. 
 Populações vulneráveis. 
Procedimento: 
Na testagem rápida, a coleta da amostra pode ser realizada por punção da polpa digital ou punção venosa. A maioria 
dos TR também permite a utilização de soro ou plasma como amostra para a realização do teste. Contudo, esse 
*uxograma é proposto para quando a testagem rápida ocorre, preferencialmente, na presença do paciente. A 
Thais Alves Fagundes 
testagem presencial reduz o risco de troca de amostras e garante segurança para o indivíduo que está sendo testado 
e para o profissional que executa o teste. 
Um TR só pode ter seu resultado interpretado se for considerado um teste válido. Para o teste ser considerado 
válido, é necessária a presença de uma linha ou ponto na região controle (C) do teste. Caso o resultado do TR seja 
inválido, deve-se repetir o teste, se possível, com um conjunto diagnóstico de lote distinto do que foi utilizado 
inicialmente. Persistindo o resultado inválido, uma amostra deverá ser coletada por punção venosa e encaminhada 
para teste com um dos fluxogramas definidos para laboratório. 
Laudo: 
A amostra com resultado não reagente no TR será de+nida como: “Amostra não reagente para o antígeno de 
superfície do vírus da hepatite B (HBsAg)”. Na amostra com resultado não reagente no TR, o laudo deverá ser 
liberado com a seguinte ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HBV, uma nova amostra deveráser coletada 
30 dias após a data da coleta desta amostra, para a realização de um novo teste”. Essa é uma informação relevante, 
pois a presença dos antígenos virais varia em função do tempo de infecção e do estágio da doença na qual o 
indivíduo se encontra. A 
A amostra com resultado reagente no TR será definida como: “Amostra reagente para o antígeno de superfície do 
vírus da hepatite B (HBsAg)”. O laudo deverá ser emitido com a seguinte ressalva: “Realizar confirmação do 
diagnóstico da infecção pelo HBV utilizando teste molecular”. 
Desdobramentos do fluxograma: 
O Fluxograma 1, com a utilização de um TR, permite uma testagem rápida e a ampliação das oportunidades de 
diagnóstico, principalmente entre as populações-chave. A pessoa com resultado reagente pode ser oportunamente 
encaminhada para a complementação diagnóstica e vinculada ao serviço de saúde. 
Considerações sobre o fluxograma: 
O resultado reagente na pesquisa pelo HBsAg em uma amostra representa uma evidência direta da infecção pelo 
HBV. Esse resultado deverá ser complementado com a utilização de um teste molecular para detecção de material 
genético viral. 
O TR usado para detecção do HBsAg, por detectar antígenos virais, não possui restrições de uso com relação à idade 
do indivíduo e ao seu estado imunológico. 
No entanto, o TR poderá não ser capaz de detectar uma infecção pelo HBV nas situações descritas a seguir: 
 Nos casos de hepatite oculta, que ocorrem em aproximadamente 2,7% da população geral, em 12% das 
pessoas que usam drogas injetáveis, em 33% dos indivíduos com coinfecção HBV-HCV e em 58% dos 
hemodialisados. 
 Nos casos de cepas virais com mutações no HBsAg. 
Fluxograma 2 – Diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) usando a detecção de HBsAg e teste 
molecular 
Esse fluxograma é capaz de diagnosticar a infecção pelo HBV em indivíduos na fase aguda ou crônica da doença, 
salvo nas situações definidas no item 9.7.4. O Fluxograma 2 (Figura 11) se inicia com um imunoensaio apto a 
detectar o HBsAg, como teste inicial, e um teste molecular como teste confirmatório, usados sequencialmente. O 
imunoensaio pode ser um TR ou um ensaio laboratorial convencional. Uma discordância entre o primeiro e o 
segundo testes pode se dar em virtude de um resultado falso-reagente no primeiro teste ou por se tratar de um 
indivíduo com carga viral abaixo do limite de detecção da metodologia. 
Thais Alves Fagundes 
 
Indicação de uso: 
O Fluxograma 2 deve ser utilizado quando houver uma solicitação para “sorologia da hepatite B” ou “diagnóstico de 
HBV”, ou mesmo “sorologia de hepatite”. O mesmo fluxograma deve ser usado juntamente com as orientações para 
investigação da infecção pelo HAV e o Fluxograma 5 em caso de suspeita de infecção pelos vírus causadores de 
hepatite. 
 Esse fluxograma é capaz de identificar infecções ativas pelo HBV em adultos e em indivíduos menores de 18 
meses. 
 Em caso de resultado não reagente no primeiro teste, ou discordância entre o primeiro e o segundo testes, 
permanecendo a suspeita de infecção, deve-se coletar uma nova amostra após 30 dias e para repetir o 
fluxograma. 
Laudo: 
A amostra com resultado não reagente no imunoensaio para detectar o HBsAg será definida como: “Amostra não 
reagente para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg)”. O laudo deverá ser emitido com a seguinte 
ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HBV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da 
coleta desta amostra para a realização de um novo teste”. 
A amostra com resultado reagente no imunoensaio para detectar o HBsAg será de- +nida como: “Amostra reagente 
para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg)”. A amostra com carga viral indetectável será definida 
como: “HBV-DNA não detectado na amostra”. O laudo deverá ser emitido com a seguinte ressalva: “Em caso de 
suspeita de infecção pelo HBV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra 
para a realização de um novo teste”. 
A amostra com carga viral detectável será definida como: “Amostra com HBV-DNA detectável”. O laudo com 
resultado reagente para o HBsAg e com carga viral detectável deverá ser emitido com a seguinte ressalva: “A 
presença do HBsAg e do HBV-DNA é indicativa de infecção ativa pelo HBV”. 
Desdobramentos do fluxograma: 
O Fluxograma 2 é capaz de detectar a infecção pelo HBV, seja ela aguda ou crônica. 
Considerações para o uso do fluxograma 
Esse fluxograma não será capaz de detectar uma infecção pelo HBV nas situações descritas a seguir: 
Thais Alves Fagundes 
 
 Nos casos de hepatite oculta, que ocorrem em aproximadamente 2,7% da população geral, em 12% das 
pessoas que usam drogas injetáveis, em 33% dos indivíduos com coinfecção HBV-HCV e em 58% dos 
hemodialisados. 
 Nos casos de cepas virais com mutações no antígeno HBsAg. 
Fluxograma 3 – Diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) usando a detecção de HBsAg e anti-HBc 
total 
Esse fluxograma é capaz de diagnosticar a infecção pelo HBV em indivíduos na fase aguda ou crônica da doença, 
salvo nas situações de+nidas mais à frente. O Fluxograma 3 (Figura 12) se inicia com um imunoensaio capaz de 
detectar o HBsAg, como teste inicial, e um imunoensaio para a detecção do anti-HBc total como teste 
complementar, usados sequencialmente. 
 
Indicação de uso: 
O Fluxograma 3 deve ser utilizado quando houver uma solicitação para “sorologia da hepatite B” ou “diagnóstico de 
HBV”, ou mesmo “sorologia de hepatite”. O mesmo fluxograma deve ser usado juntamente com as orientações para 
investigação da infecção pelo HAV e o Fluxograma 5 em caso de suspeita de infecção pelos vírus causadores de 
hepatite. 
 Por fazer uso de testes que detectam anticorpos totais, esse fluxograma não deve ser usado em indivíduos 
menores de 18 meses de idade, e os resultados devem ser avaliados com cuidado em indivíduos 
imunossuprimidos/imunodeprimidos. 
 Esse fluxograma é capaz de identificar infecções ativas pelo HBV. › Em caso de resultado não reagente no 
primeiro teste, ou discordância entre o primeiro e o segundo testes, permanecendo a suspeita de infecção, 
coletar uma nova amostra após 30 dias e repetir o fluxograma. 
Laudo: 
A amostra com resultado não reagente no imunoensaio para detectar o HBsAg será de+nida como: “Amostra não 
reagente para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg)”. O laudo deverá ser emitido com a seguinte 
Thais Alves Fagundes 
ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HBV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da 
coleta desta amostra para a realização de um novo teste”. 
A amostra com resultado reagente no imunoensaio para detectar o HBsAg será definida como: “Amostra reagente 
para o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg)”. A amostra com resultado reagente no imunoensaio 
para a detecção do anti-HBc total será de+nida como: “Amostra reagente para o anti-HBc total”. O laudo com 
resultado reagente para o HBsAg e para o anti-HBc total deverá ser emitido com a seguinte ressalva: “A detecção do 
HBsAg e do anti-HBc total é indicativa de infecção ativa pelo HBV”. 
A amostra com resultado não reagente no imunoensaio para a detecção do anti- -HBc total será de+nida como: 
“Amostra não reagente para o anti-HBc total”. 
Se o HBV-DNA não for detectado na amostra, o laudo será liberado como: “HBVDNA não detectável na amostra”. O 
laudo também deverá ser emitido com a seguinte ressalva: “Em caso de suspeita de infecção pelo HBV, uma nova 
amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra para a realização de um novo teste”. 
A amostra com carga viral detectável será definida como: “Amostra com HBV-DNA detectável”. O laudo com 
resultado reagente para o HBsAg e com carga viral detectável deverá ser emitido com a seguinte ressalva: “A 
presença do HBsAg e do HBV-DNA é indicativa de infecção ativapelo HBV”. 
Desdobramentos do fluxograma: 
O Fluxograma 3 é capaz de detectar a infecção pelo HBV, seja ela aguda ou crônica. 
Considerações para o uso do fluxograma: 
O Fluxograma 3 não será capaz de detectar uma infecção pelo HBV nas situações descritas a seguir: 
 Nos casos de hepatite oculta, que ocorrem em aproximadamente 2,7% da população geral, em 12% das 
pessoas que usam drogas injetáveis, em 33% dos indivíduos com coinfecção HBV-HCV e em 58% dos 
hemodialisados. 
 Nos casos de cepas virais com mutações no antígeno HBsAg.

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