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Agroecologia - Resumo

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AGROECOLOGIA – RESUMO
· Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN):
· Industrial (Fertilizantes): 
· Processo caro, com alta demanda energética;
· Fertilizantes nitrogenados: cuidados especiais transporte e armazenamento, baixo aproveitamento agronômico e podem ser poluentes do ambiente;
· Expansão do uso: limitada pelo capital e impacto ambiental. 
· Biológica: 
· Recurso natural renovável e passivo de manipulação; 
· Barato e sem impacto ambiental;
· Responsável por 65% do N2 incorporado nos seres vivos do planeta; 
· Microrganismos e Sistemas Fixadores de N2:
Biofertilizantes para a cultura do arroz: Anabaena azollae forma simbiose com Azolla 
· Rápida propagação e crescimento (duplica biomassa a cada 3-6 dias);
· Rápida decomposição no solo;
· Isentos de doenças.
Associações de fixadores de N2 com espécies vegetais (fixadores de nitrogênio em associações com gramíneas).
· Relação solo-planta: rizosfera; zona de solo ao redor da raiz que tem seus atributos químicos, físicos e biológicos alterados pela raiz.
A maioria das espécies de plantas, em condições naturais, se encontra associada a determinados fungos de solo numa simbiose mutualística do tipo micorrízica.
Fungos: Parasíticos e mutualistas (Facultativos: cultivados em meios definidos, na ausência da planta hospedeira; Obrigatórios: não são cultivados e não esporulam na ausência da planta hospedeira. Também chamados biotróficos obrigatórios).
Micorrizas: associações mutualistas entre raízes e certos grupos de fungos do solo.
Simbiose mutualística que ocorre na maioria das plantas vasculares nativas e cultivadas, caracterizada pelo contato íntimo e pela perfeita integração morfológica entre o fungo e a planta, pela regulação nutricional e troca de metabólitos, com benefícios mútuos.
Micorrizicas obrigatórias: crescimento extremamente reduzido na ausência de micorrizas. Plantas com sistema radicular dominado por raízes curtas, grossas, pouco desenvolvidas, com pouco pêlo absorvente. Ex.: citros, mandioca, leguminosas.
Micorrizas facultativas: possuem sistema radicular mais desenvolvido e mais eficiente na absorção de água e nutrientes do solo. Taxas de colonização micorrízica são geralmente mais baixas do que no grupo anterior. Ex.: gramíneas, em geral.
Não micorrizicas: Não dependem e não se beneficiam da associação com fungos. Ex.: crucíferas.
BALANÇO HÍDRICO
Contabilização das entradas e saídas de água de um sistema dentro de escalas espaciais: 
Escala macro: balanço hídrico é o próprio ciclo hidrológico cuja resultado nos fornecerá a água disponível no sistema (biosfera).
Escala intermediária: representada por uma microbacia hidrográfica, o balanço hídrico resulta na vazão de água desse sistema. 
Escala local: no caso de uma cultura, o balanço hídrico tem por objetivo estabelecer a variação de armazenamento e, consequentemente, a disponibilidade de água no solo. Conhecendo-se qual a umidade do solo ou quanto de água este armazena é possível se determinar se a cultura está sofrendo deficiência hídrica, a qual está intimamente ligada aos níveis de rendimento dessa lavoura.
· Componentes do balanço hídrico para condições naturais:
Entradas: chuva (P), orvalho (O), escorrimento superficial (Ri), escorrimento subsuperficial (DLi), ascensão capilar (AC). Chuva: principal entrada de água em um sistema; orvalho: papel importante em regiões muito áridas; ascensão capilar: somente ocorre em locais com lençol freático superficial e em períodos muito secos. 
Saídas: evapotranspiração (ET), escorrimento superficial (Ro), escorrimento subsuperficial (DLo), drenagem profunda (DP). Evapotranspiração: principal saída de água do sistema; drenagem profunda: outra via de saída de água do volume controle de solo nos períodos excessivamente chuvosos.
Balanço Hídrico Climatológico (BHC): começou a ser empregado para fins agronômicos dada a grande inter-relação da agricultura com as condições climáticas.
Elaborar o BHC: conhecer a capacidade de água disponível no solo (CAD). Pode ser elaborado em qualquer escala de tempo. Utiliza-se a escala mensal para o BHC normal, e escalas menores (10 ou 5 dias) para o BHC sequencial. 
CAD: máximo de água disponível que determinado tipo de solo pode reter em função de suas características físico-hídricas (umidade da capacidade de campo (cc), umidade do ponto de murcha permanente (pmp), massa específica do solo (dg) e da profundidade efetiva do sistema radicular (Zr)). 
· BHC Normal: caracterização regional da disponibilidade hídrica do solo possibilita:
· Comparação dos climas de diferentes localidades;
· Caracterização dos períodos secos/úmidos;
Planejamento agrícola (áreas aptas, época mais favorável de semeadura, sistema de cultivo), baseado no zoneamento agroclimático.
 - Valores médios de P e ETP de uma região BHC Normal; indicador climatológico da disponibilidade hídrica na região, por meio da variação sazonal das condições do BH ao longo de um ano médio (cíclico).
· BHC Sequencial: Permite conhecer o que ocorreu em termos de disponibilidade hídrica do solo, deficiência e excedente hídricos em períodos específicos e, com isso, identificar a variabilidade dessas variáveis. 
- BHC elaborado com dados período/sequência de períodos de um ano específico para uma certa região e possibilita que se faça o acompanhamento em tempo real das condições de deficiência hídrica e excedente hídrico.
· BHC para controle da irrigação: adaptação do BHC sequencial, no qual trabalha-se somente no intervalo de umidade do solo em que a cultura consiga extrair água na mesma taxa que ela necessita. A irrigação é uma prática cujo objetivo é atender as necessidades hídricas das culturas, evitando deficiências hídricas e, consequentemente, reduções em seus rendimentos. Irrigações deficientes/excessivas: reduzindo o rendimento das lavouras. O ideal é aplicar a lâmina ótima: depende do monitoramento do balanço hídrico.
Antes de se iniciar o controle da irrigação pelo BH, é preciso se conhecer:
· Fenologia da Cultura: necessidade hídrica de uma cultura varia de acordo com suas fases fenológicas, que estão relacionadas aos valores de Kc. Culturas perenes muitas vezes necessitam de um período de repouso vegetativo onde as irrigações não são necessárias. Culturas anuais não necessitam ser irrigadas na fase de maturação. 
· Demanda Hídrica da Cultura: varia de acordo com as condições meteorológicas, principalmente o saldo de radiação e a demanda atmosférica. A evapotranspiração da cultura (ETc) pode ser estimada em: ETP: ETc = Kc * ETP
· Características físico-hídricas do solo: importantes para se determinar a CAD e a AFD. CAD: capacidade de água disponível; AFD: água facilmente disponível.
Irrigar e Molhar: irrigar implica em conhecer as necessidades hídricas das culturas, as características do solo e, assim, fornecer água em quantidade adequada no momento certo.
APLICAÇÕES DA BIOTECNOLOGIA NA AGRICUTLURA
Biotecnologia: ferramenta importante nos programas de melhoramento genético de plantas. Auxilia de diferentes formas para aumentar a eficiência:
· Acelerar o processo de obtenção de novas cultivares. Ex: híbridos;
· Auxiliar no aumento da variabilidade genética dentro da espécie. Ex: mutação de plantas;
· Obteção de cruzamentos que não seriam possiveis pelos métodos convencionais de melhoramento genético. Ex: cruzamento interespecíficos;
· Maior controle na inserção de características desejáveis nas cultivares. Ex: plantas transgênicas.
· No melhoramento genético: indução de mutações, hibridaçõ interespecífica ou intergenética, fertilização em vitro, fusão de protoplastos, transgenia, obtenção de plantas haploides e duplo-haploides
Biorremediação: uso de enzimas e microrganismos vivos naturais para acelerar a metabolização de substâncias orgânicas indesejáveis e prejudiciais ao meio ambiente, em substâncias úteis, não tóxicas, degradando-as na forma de elementos minerais que possam ter uso específico.
· Biorremediação em solos contaminados com pesticidas: Plantas como azevém, alfafa e painço; cianobactérias e bactérias filamentosas;
· Cultivo de microrganismose inimigos naturais: Controle biológico de pragas e doenças;
· Rhizobium e Leguminosas: promovem a fixação de N do ar nas raízes das plantas (substitui a adubação nitrogenada);
· Cana-de-açúcar e microrganismos: bactérias fixadoras de N na planta Gluconacebacter diozotrophicus e Herbospirillum spp.
· Bacillus thuringiensis (BT) bioinseticidada (produção de toxinas) utilizada na cultura do milho;
· Baculovirus no controle de lagartas: causador de doenças em lagartas;
· Fungos entomopatógenos: infecção de insetos Bouveria bossiana;
· Fungo Trichoderma: controle de fungos de solo Fusarium, Rhizoctonia, Pythium, Phytophtora;
· Cultura de tecidos das plantas: 
· Baseado na totipotência celular;
· Ambiente controlado: temperatura, luminosidade, ambiente asséptico e exigências fisiológicas; 
Aplicações:
· Espécies não comerciais: estabelecimento de protocolos de propagação;
- Alternativa na propagação de espécies com dificuldades de propagação;
- Compreender, utilizar e conservar recursos genéticos as plantas;
- Intercâmbio de germoplasma em condições assépticas;
- Pesquisas na área de Fisiologia, Bioquímica, Genética.
· Espécies Comerciais: propagação massal de genótipos superiores;
- Avaliação e seleção de germoplasma;
- Aumento/indução de variabilidade genética;
- Aceleração de programas de melhoramento genético de plantas;
- Recuperação de plantas livres de vírus.
· Produção de sementes sintéticas:
· Grande aplicação na propagação de plantas;
· Ainda pouco eficiente;
· Objetivos: redução de custos, produção em larga escala, material genético livre de doenças;
 
RECURSOS FLORESTAIS NA PAISAGEM RURAL: CONSERVAÇÃO, MANEJO E RESTAURAÇÃO
Estruturação do dossel florestal: obtida a partir da combinação de espécies com papéis diferentes na construção do dossel, diferentes velocidades de crescimento e diferentes características arquiteturais.
Grupos funcionais e seus efeitos na dinâmica de regeneração de florestas neotropicais
	Arbustos e plantas herbáceas pioneiras
	Colonização de clareiras, pastos e lavoras abandonadas
	Arbustos e plantas herbáceas sombreadoras
	Sombreamento e competição, podendo inibir o estabelecimento de plântulas
	Arvoretas pioneiras 
	Inibição do cresc. de plantas herbáceas e arbustos pioneiros, alteração das condições ambientais
	Arvoretas sombreadoras
	Competição com plantas de espécies climácicas 
	Leguminosas (árvores)
	Aumento da razão de dec. e disp. de nutrientes 
	Palmeiras
	Redução da razão de dec. da serapilheira, colonização de áreas degradadas
	Árvores do dossel superior
	Criação de clareiras e extensas áreas iluminadas 
	Lianas
	Tombamento de árvores e criação de clareiras, prod. de serapilheira; competição com plântulas.
	Cipós 
	Rápido crescimento em clareiras 
	Epífitas herbáceas não parasitas
		Retenção de nutrientes, queda de galhos 
	Epífitas lenhosas parasitas
	Mortalidade de árvores hospedeiras
	Pássaros e animais frugívoros
	Dispersão de sementes 
	Patógenos (fungos) e herbívoros
	Redução de vigor e aumento da mortalidade de plantas, principalmente plântulas sombreadas
	Decompositores (insetos e microorganismos)
	Aumento da disp. de nutrientes, preservação das caracts. físicas do solo
	Fungos micorrízicos
	Aumento da disp. de nutrientes, decomposição da MO%, aumento da sobrevivência de plântulas
	Revolvedores de solo (formigas e mamíferos
	Remoção de serapilheira, aeração do solo, criação de conds. adequadas para sementes pequenas, mortalidade de plântulas.
Silvicultura: Conjunto de práticas e métodos que visa o cultivo, manejo e utilização de espécies arbóreas. 
· Produção de sementes de espécies florestais; 
· Produção de mudas; 
· Melhoramento; 
· Plantios florestais; 
· Técnicas e tratamentos silviculturais; 
· Técnicas agroflorestais; 
· Manejo florestal (produtos madeireiros e produtos não madeireiros). 
Cercas vivas: Delimitação de áreas, barrar ruídos, pó, proteção contra invasores, ornamental 
Floresta: Exploração predatória, em visão curto-prazista e não sustentável. Pressão sobre determinadas espécies de alto valor DEGRADAÇÃO
Demanda por terra para uso agropecuário PERDA DE HABITATS
Manejo: Tipo de produto que se quer manejar: Madeira, produtos florestais não madeireiros (PFNM), serviços ambientais.
- PFNM: Recursos/produtos biológicos que não a madeira que podem ser obtidos das florestas para subsistência e/ou para comercialização. Ampla gama de produtos: plantas medicinais, fibras, resinas, látex, óleos, frutas, castanhas, temperos. Eles podem vir de florestas naturais, primárias ou secundárias, florestas plantadas e/ou sistemas agroflorestais.
- PFM: madeira para estrutura, energia, movelaria, artesanato, construção naval, etc.
· Tipologias de Manejo:
· Extrativismo-coleta (pesca, coleta, agricultura) Direta, no interior da mata.
· Extrativismo manejado (práticas tradicionais/técnico-científicas) Interior da mata ou área adjacente
· Cultivo em área adjacente ou exterior à Mata.
· Produtos a serem manejados: tenham potencial de retorno econômico e possibilidade de conservação e de restauração do componente florestal.
· Medicinais: Espinheira santa (Maytenus ilicifolia), carqueja (Baccharis trimera); chapéu de couro (Echinodorus grandiflorus), etc.
· Arbóreas de uso medicinal: Guaçatonga (Casearia sylvestris); jequitibá (Cariniana estrellensis); pata de vaca (Bauhinia forficata); aroeira (Schinus terebinthifolius) utilizadas também para restauração florestal
Restauração Ecológica: recuperação de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído; prática de se restaurar ecossistemas. 
Ecologia da Restauração: apresenta/aborda conceitos, modelos, metodologias que dão suporte à prática da restauração.
· Nove atributos de ecossistemas restaurados: 
1. Composição de espécies característica que ocorre no ecossistema de referência que mantêm a estrutura da comunidade; 
2. Consiste, em sua “maior extensão praticável”, de espécies nativas; 
3. Representados todos os grupos funcionais necessários à sua estabilidade, ou têm potencial de colonização; 
4. Ambiente físico capaz de sustentar pops. reprodutivas das espécies necessárias para manter a estabilidade em sua trajetória;
5. Funcionamento normal para o estágio de desenvolvimento em que se encontra; 
6. Integrado à paisagem/matriz ecológica, com a qual interage (fluxos físicos e biológicos); 
7. Não existem ameaças à saúde e integridade (ou foram reduzidas ao máximo); 
8. Resiliente o suficiente para reagir a situações de stress ou distúrbios; 
9. Autossuficiente no mesmo grau do ecossistema referência, e tem potencial de persistir indefinidamente sob diferentes condições ambientais.
Restauração florestal: Advinda de um longo processo de degradação e fragmentação de ecossistemas; envolve demandas crescentes, quanto à pesquisa e a ações em diferentes escalas, no caso voltadas à recuperação da capacidade desses ecossistemas em desenvolver ou prestar uma ampla gama de serviços ambientais, ao resgate e conservação da biodiversidade, e à reinserção do componente florestal na paisagem rural brasileira.
· Indução do banco de sementes; 
· Condução da regeneração natural; 
· Adensamento e enriquecimento; 
· Semeadura direta;
· Nucleação;
· Plantio. 
· Estratégias de restauração baseadas no aumento da conectividade da paisagem: 
CONSERVANDO E REPLANTANDO FLORESTAS EM APP E RESERVA LEGAL
· Usos diretos (SAF, manejo, sequestro de carbono,) ou outros (proteção de recursos, funções ecológicas); 
· Legislação; 
· Espécies nativas e/ou exóticas; 
· Características das espécies (estratificação, arquitetura, crescimento rápido, diversidade, interesse econômico);
· Custos de restauração; 
· Conservação (mais barato e melhor);
· Integração da restauração no desenvolvimento rural 
· Reconhecimento do lugar das florestas na sociedade; 
· Reconhecimento dos benefícios da restauração; 
· Utilização de estratégias compatíveis com costumes e anseios da sociedade;
· Modelos de restauração: custos compatíveis com a escala necessária; 
· Alternativas mais atraentes para conservação e produção;· Objetivos do manejo. 
Degradação ambiental: combinação de fatores que reduzem o status físico, químico ou biológico do ecossistema, limitando sua capacidade produtiva.
Recuperação: retorno de um sítio degradado a uma forma de utilização de acordo com um plano pré-estabelecido de uso do solo;
Restauração: retorno completo do ecossistema degradado a condições mais semelhantes possíveis às condições ambientais originais ou pré-existentes;
Reabilitação: retorno do ecossistema degradado a algum “estado estável alternativo”;
Redefinição: conversão de um ecossistema degradado num ecossistema com destinação ou uso distinto do original;
Recomposição: reintroduzir uma determinada vegetação, sem necessariamente ter o ecossistema original como modelo (focado na “composição” de espécies) 
Revegetação: replantar com espécies arbóreas ou não uma área degradada.
Dimensões ecológicas do desenvolvimento de ecossistemas naturais
MANEJO DE DOENÇAS VEGETAIS: CONTROLE BIOLÓGICO
Doença: condição envolvendo mudanças anormais na forma, fisiologia, integridade ou comportamento da planta, podendo resultar em dano parcial ou morte da planta ou de suas partes. 
Doença biótica: fungos, oomicetos, bactérias, fitoplasmas, espiroplasmas, nematoides, vírus, viroides e protozoários.
Doenças abióticas: fatores desfavoráveis do ambiente (temperatura, umidade, luz).
Sintomas: qualquer manifestação a um agente nocivo. Ex: murcha bacteriana.
Sinais: estruturas do patógeno exteriorizada. Ex: carvão da cana.
Diagnose: Identificação de uma doença e do seu agente causal, com base nos sintomas e sinais. 
Manejo integrado de doenças (MID): utilização de todas as técnicas disponíveis dentro de um programa unificado, de tal modo a manter a população de organismos nocivos abaixo do limiar de dano econômico e a minimizar os efeitos colaterais deletérios ao meio ambiente.
· Controle Cultural
· Controle Biológico
· Controle Químico
· Controle Legislativo
· Controle Físico-Mecânico
· Resistência de Plantas 
Controle biológico: Controle patógenos através da ação de microrganismos antagonistas. Principais interações antagônicas: antibiose, competição, parasitismo, indução de resistência e premunização. 
- Ação do agente de controle biológico: 
· no sítio infecção: sobre o patógeno;
· no hospedeiro, aumento resistência (Imunização);
· no solo/hospedeiro -sobre patógeno (antagonismo) 
- Produtos biológicos: aqueles cujo princípio ativo é um organismo vivo (insetos, fungos, bactérias, nematoides ou vírus) ou produtos como os semioquímicos (feromônios).
- Ingredientes ativos biológicos registrados no MAPA: Aspergillus flavus, Bacillus thuringiensis, Trichoderma harzianum, Cotesia flavipes, Metarhizium anisopliae e Trichogramma.
- Benefícios: Alguns isolados de Trichoderma promovem o crescimento da planta: estimular o maior enraizamento;
· Redução do uso de agroquímicos sintéticos aumento dos processos biológicos na área (ocorrência natural de fungos ou atração de predadores e parasitoides);
· Alternativa promissora para o manejo de pragas em sistemas agrícolas sustentáveis processo natural de regulação do número de inimigos naturais/agentes de controle biológico;
· Utilizado no cultivo de qualquer fruta ou hortaliça.
- Dificuldades: Planejamento e gerenciamento intensivos. 
· Mais tempo, mais controle, mais paciência, mais educação e treinamento; 
· Grande entendimento da biologia da praga e a de seus inimigos;
· Muitos inimigos naturais de pragas são sensíveis a agroquímicos; 
· Os resultados não são tão rápidos como aqueles do uso de agroquímicos. 
Rotulagem: - Os defensivos de controle biológico não precisarão mais usar a caveira que identifica substâncias perigosas. A decisão faz parte de programa de incentivo ao uso desses produtos. 
POLICULTIVOS E ADUBAÇÃO VERDE
Duas ou mais culturas na mesma área no mesmo ano.
Cultivo Sequencial: duas ou mais culturas em sequência. Sem competição.
Consórcio: duas ou mais culturas na mesma área, simultaneamente. Misturado (sem arranjo de linhas), em linhas, em faixas (havendo cultivo independente e interações entre as culturas), escalonado (simultaneamente durante parte do ciclo de cada uma). 
Consórcio de culturas anuais: Fornecimento de nutrientes no mesmo ciclo e para a cultura em sucessão.
· Base Ecológica: coexistência de muitas espécies vegetais no mesmo ambiente, geralmente em regiões tropicais. Espécies têm algum mecanismo de compensação entre suas características ecológicas. Processos envolvem liberação de recursos.
Heterogeneidade espacial de nutrientes, água e fatores físicos como luz e temperatura.
↑ Competidora nutrientes: ↓ competidora luz
↓ Competidora nutrientes: ↑ competidora luz
Heterogeneidade temporal dos nutrientes, água e fatores físicos.
↑ Cresc. altas temperaturas: ↓ competidora luz
↓ Cresc. altas temperaturas: ↑competidora luz
· Mosaico de espécies alocadas em diferentes partes de um ambiente heterogêneo;
· Maior proximidade entre espécies com maiores diferenças no ciclo produtivo;
· Maiores densidades populacionais de espécies com maiores diferenças no ciclo produtivo;
· Cultivo de fortes competidoras sob baixa densidade populacional;
· Utilização do maior número de espécies possível (diferentes hábitos de crescimento, acima e abaixo da superfície, algumas espécies mais adaptadas a estresse, espécie com grande potencial de produção, etc);
· Associação de espécies em sequências temporais;
· Base agronômica:
· Princípio da Produção Competitiva: Duas ou mais culturas consorciadas irão produzir mais do que os respectivos monocultivos se a competição mútua for suficientemente fraca. - Partição da energia luminosa e dos recursos do solo.
· Facilitação: Espécie(s) proporciona(m) algum(ns) tipo(s) de benefício(s) para a(s) outra(s). - Redução das ervas, redução das pragas, redução das doenças, melhoria da economia de água, fornecimento de N.
· Diferenças: hábito de crescimento, forma, plasticidade do dossel, utilização de luz;
· Diferenças: curvas de crescimento e absorção de nutrientes e água;
· Diferenças: importância relativa dos nutrientes e suscetibilidade à patógenos e pragas;
· Tolerância e estresse ambiental;
· Sem interação alelopática;
· Utilização, ao menos parcialmente, de diferentes formas de nitrogênio
Adubação verde: Feijão-de-porco, Crotalária juncea, corte no florescimento/frutificação, adubação mineral, composto orgânico.
PRINCÍPIOS ECOLÓGICOS PARA A AGRICULTURA
Desenvolvimento sustentável: transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. Aspectos múltiplos (ecológicos, econômicos, agronômicos, sociais, etc).
· Sustentabilidade ecológica de agroecossistemas: metas
· Estabilidade da produção de biomassa de populações específicas ao longo dos anos; Objetiva-se um sistema de produção resistente às quedas de produtividade e que recupere a capacidade produtiva após um estresse ambiental, e a produção de biomassa de algumas espécies, ou cultivares, mais do que estabilidade da biomassa de todas as espécies, o que envolveria as ervas, herbívoros etc., embora estes sejam componentes importantes do sistema.
· Produção da biomassa baseada em processos biológicos e ecológicos;
Produzir por meio de processos já presentes nos ecossistemas, menos ou não poluentes, com melhor saldo energético e poucos aportes externos. Enfatiza-se processos como a fixação biológica de nitrogênio, ciclagem de nutrientes, controle biológico e métodos culturais de controle das populações de herbívoros, patógenos, ervas, etc. Ex: utilização de resíduos vegetais, integração com criação animal, compostagem, SAF.
· Formas de produção que privilegiem a manutenção dos recursos produtivos.
Conservar os recursos necessários para a produção agrícola, sem grandes aportes externos para compensar as perdas de recursos e energiado agroecossistema. Ex: cultivo mínimo, cobertura viva ou morta.
· Manutenção da biodiversidade.
· Florestas tropicais como modelos para o desenho de agroecossistemas: fornecim. de serviços e processos ecológicos nos agroecossistemas. AGROECO
· Redução da erosão;
· Redução da lixiviação de nutrientes;
· Regulação dos processos hidrológicos;
· Regulação da população de organismos;
· Regulação do microclima;
· Estabilidade da produção de biomassa.
A sustentabilidade ecológica de agroecossistemas depende da sua diversidade de espécies
Diversidade estabilidade da produção produtividade
Estabilidade: resistência: pouco afetado pela perturbação e resiliência: recuperação após a perturbação. 
Busca-se a estabilidade (resistência e resiliência) da produção de biomassa (colheita e restos culturais) de determinadas populações (culturas e espécies para extrativismo), em face dos estresses ambientais (ataque de herbívoros e patógenos, seca, baixa disponibilidade de nutrientes, fogo, etc.). Comunidades de plantas mais diversificadas apresentam maior estabilidade da produção de biomassa quando submetidas a estresse ambiental.
Estabilidade frente à seca: Quanto maior a diversidade de espécies:
· Menor é a queda de produção de biomassa (maior resistência à seca);
· Mais rápida é a recuperação da produção de biomassa até seu valor médio, após a seca;
· Menor a variação da produção de biomassa da comunidade (mais estável);
· Maior a variação da produção de biomassa das populações de cada espécie em separado.Como consequência das duas últimas conclusões: a diversidade de espécies estabiliza a produção de biomassa da comunidade, mas não das populações dessa mesma comunidade.
Diversificação: 
· Maior estabilidade da produção geral quando há estresse ambiental menor dependência de intervenções biológicas ou químicas; As espécies devem diferir quanto à suscetibilidade ao estresse e competir por recursos (competição limitada e extremamente manejada por meio de podas, adubação e irrigação diferenciadas, capinas seletivas, determinação do número de indivíduos por área, arranjo espacial das culturas no campo (consórcios, cultivo em faixas, etc.)).
· Aumenta a variabilidade da produção de biomassa de cada espécie;
· Baixas produções das culturas: problemáticas para a economia dos agricultores familiares (solos menos férteis, relevo mais acidentado, limitações de crédito e pequena disponibilidade de terras);
Produtividade: parece resultar mais das características do meio físico e das espécies presentes do que da diversidade de espécies.
· Produção estável não significa alta produtividade, podendo mesmo ocorrer estabilidade de uma baixa produção de biomassa;
· Comunidades vegetais podem ser produtivas com baixa ou alta diversidade ou estabilidade;
· Sistemas de produção diversificados devem conter culturas com potencial de alta produtividade dentre aquelas cultivadas;
PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PSA)
Serviços sistêmicos: serviços prestados pelos ecossistemas naturais ou implantados para
sustentação da vida humana na Terra.
Serviços ambientais: práticas adotadas pelo homem para manutenção, recuperação ou melhoria dos serviços ecossistêmicos.
· Classificação dos serviços ecossistêmicos:
· Provisão: serviços provenientes dos bens produzidos ou aprisionados pelos ecossistemas: alimento, água doce, lenha, fibras, recursos genéticos, produtos farmacêuticos.
· Regulação: serviços obtidos pela regulação dos processos naturais que regulam às condições ambientais locais ou globais: purificação da água, polinização de cultivos agrícolas do entorno, regulação do clima, das cheias, atenuação da erosão, de doenças, de pragas, etc.
· Culturais: benefícios sociais, educacionais e psicológicos gerados à sociedade pela interação com ecossistemas naturais: investigação para obtenção de conhecimentos, recreação, eco e agroturismo, ritos espirituais e religiosos.
· Suporte: serviços necessários para a produção de todos os outros serviços pelos ecossistemas: formação de solo, fotossíntese e produção primária, dispersão das sementes, ciclagem de nutrientes.
Pagamento por serviços ambientais: transação financeira voluntária entre um comprador (ou consumidor) e um vendedor (ou produtor) de um serviço ambiental sob a condição de que o vendedor garanta a provisão deste serviço.
· Como definir valor a ser pago num projeto de PSA:
· Custo de Oportunidade: Quanto se deixa de ganhar com a atividade produtiva em função da mudança de uso do solo;
· Nível e valor do serviço ambiental: Quanto do serviço ambiental considerado será gerado e quanto isso impacta economicamente nos usuários do serviço;
· Custo de Transação: Quanto se gasta para implantar as ações necessárias para gerar o serviço ambiental. Ex.: custo para plantar e manter árvores na mata ciliar.
· Classificação dos projetos de PSA em função do serviço ambiental gerado:
· Modalidade carbono: Mitigação das mudanças climáticas pela fixação do carbono
atmosférico (gás do efeito estufa)
- Protocolo de Kyoto (1997): países desenvolvidos: redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 5,2% entre 2008 e 2012;
- Mecanismos de flexibilização, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL);
- Racionalização do uso e mudança da matriz energética, e atividades de uso da terra, mudança do uso da terra e floresta;
- PSA carbono: reflorestamento/restauração benefícios adicionais não existentes sem ele.
- Quem paga pelo carbono: Empresas interessadas, por motivos de marketing ou certificações em neutralizar suas emissões; Grandes eventos interessados em neutralizar suas emissões;
- Desafios e soluções para ampliar escala dos projetos de carbono:
· Redução dos custos de transação (certificação, monitoramento e validação);
· Desenvolvimento de métodos baratos para monitoramento do carbono; 
· Associação de projetos para redução dos custos individuais de transação.
· Modalidade Água: Remuneração de produtores rurais pela proteção dos recursos hídricos em áreas estratégicas para a produção e conservação da água.
- Qualidade da água: reduzem erosão e aporte de sedimentos e nutrientes na água.
- Quantidade de água (em escala local): demanda de água para crescimento inicial pode reduzir água a jusante num primeiro momento
- Regulação do fluxo: aumento das vazões de base (seca) e diminuição das vazões de pico (chuvas).
- Quem paga a conta: Comitês de Bacias Hidrográficas (órgãos colegiados instituídos nas bacias a partir da Política Nacional dos Recursos Hídricos) administram os recursos hídricos da respectiva bacia e tem poder para cobrar pelo uso da água e assim retornar para deste valor para proteger os recursos hídricos por meio do PSA; interesse voluntário (ex: empresas interessadas em garantir a qualidade e/ou quantidade de água utilizada no processo produtivo); Compensação da pegada hídrica por grandes usuários; Arcabouço legal (regulamentações legais e fundos que destinam recursos para o PSA).
- Desafios:
· Aprimoramento do monitoramento dos serviços ambientais;
· Pagamento em função do serviço gerado (predomina pelo custo de oportunidade);
· Busca de fonte de recursos e projetos duradouros;
· Crescimento em escala: resultados significativos;
· Grande demanda em pesquisa nestes temas.
SISTEMAS ALTERNATIVOS DE PRODUÇÃO E BEM ESTAR ANIMAL
Instalações Alternativas: instalações que “fogem” do convencional e não seguem um padrão típico de instalações para criações industriais. Pode ser galpões inativados adaptados para criação animal. 
Objetivo: Incentivar o uso de instalações não apropriadas para o sistema industrial de criação, 
· Respeitar o bem-estar animal;
· Preservar o meio ambiente;
· Melhora a saúde do animal e do homem. 
Instalações alternativas para aves: Intensivo, semi-extensivo e aproveitamento de galpões.
· Instalações alternativas para suínos:
· Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre: Bom desempenho;
· Baixo custo de implantação e manutenção;
· Nº reduzido de instalações; 
· Redução do uso de medicamentos; 
· Facilidade de implantação e ampliação;
· Bem-estar animal;· Animais reprodutores e tipo carne: em piquetes: reprodução, maternidade e creche reduz o custo e ↓ o estresse; confinados: crescimento e terminação.
· Cama sobreposta: Menor custo de implantação; 
· Maior facilidade no tratamento dos dejetos; 
· Menor poder de poluição; 
· Melhor compostagem;
· Maior conforto e bem-estar aos suínos;
· Cuidados: Maior altura do pé-direito e maior ventilação, maior disponibilidade de água, material de boa qualidade para a cama (maravalha, casca de arroz, palha ou feno), plantel de matrizes com bom “status” sanitário.
· Aproveitamento de Galpões: galpões/garagens desativadas, sentido Norte-Sul. 
· Instalações Alternativas para Peixes: 
· Tanque Rede: Disponibilidade de água 
· Sem preocupação com a troca da água e nem com instalações de ladrões e aeradores; 
· Instalar de modo que a água de um tanque não vá para os outros;
· Verificar se o tamanho do tanque e material é compatível com a espécie;
· Verificar se não há predadores naturais no local;
· Possibilidade de roubos;
· Tanque escavado: Verificar a disponibilidade de água e a topografia do local;
· Facilidade de manejo;
· Instalações com fundo de alvenaria ou não – tipo de solo;
· Qualidade da água;
· Instalação de ladrões e aeradores.
· Tanque de fibra de vidro: Pode ser instalado em qualquer local;
· Preocupação com a troca da água e instalação de aeradores; 
· Verificar a qualidade da água (entrada e saída); 
· Necessidade de instalações físicas para armazenar ração e medicamentos.
· Berçários em tanques plásticos: Pode ser instalado em qualquer local;
· Facilidade de manejo; 
· Preocupação com a troca da água e instalação de aeradores; 
· Verificar a qualidade da água (entrada e saída); 
· Necessidade de instalações físicas para armazenar ração e manter as condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento da espécie escolhida.
· Instalações alternativas para bovinos, caprinos e ovinos: 
· Silvipastoril e agrossilvipastoril: sistemas de uso da terra e dos recursos naturais (SAFs) que combinam a utilização de espécies florestais, agrícolas, e/ou criação de animais numa mesma área de maneira simultânea e/ou escalonada no tempo.
· Combinar atividades (agrícolas, florestais e pecuárias) buscando otimização de recursos e rentabilidade por área de modo sustentável;
· Preservação ambiental por meio de práticas adequadas de manejo; 
· Diversificação de atividades com o intuito de amenizar riscos de mercado;
· Aumento de produtividade devido a fatores interligados do sistema.
Alimentos Alternativos: todos os alimentos que não são utilizados convencionalmente. Convencionais: Milho e soja. 
Alternativos ao milho: Sorgo, milheto, mandioca, trigo; 
Alternativos a soja: Canola, girassol, algodão;
- Vantagens: menor custo, existentes na propriedade, não competem com a alimentação humana e não são utilizados na fabricação de biocombustíveis.
- Desvantagens: sazonais ou regionais, preço varia de acordo com a oferta, presença de fatores antinutricionais, podem ser tóxicos.
Medicamentos Alternativos: Fitoterápicos (Passiflora, camomila, valeriana, orégano, alho). 
Bem-estar animal: habilidade do animal de interagir e viver bem em seu ambiente. Está baseada em 5 liberdades:
· Psicológica: o animal não deve sentir medo, ansiedade ou estresse;
· Comportamental: o animal deve expressar seu comportamento natural;
· Fisiológica: o animal não deve sentir fome ou sede;
· Sanitária: o animal deve estar livre de doenças, injúrias e dor;
· Ambiental: o animal tem o direito de viver em ambientes adequados, com conforto.
Indicadores de alteração no bem-estar 
· Comportamentos anormais;
· Vocalização anormal, manchas e descolorações na pele, tremores; 
· Aceleração aguda da respiração e batimentos cardíacos; 
· Desempenho, estado nutricional 
· Lesões, mortes 
· Qualidade dos produtos. 
Benefícios do BEA: Respeita a fisiologia do animal; 
· Pode melhorar o desempenho;
· Menor incidência de estresses;
· Melhora a saúde do plantel; 
· Menor gasto com medicamentos; 
· Melhor qualidade de carne, leite e ovos.
Benefícios para os Produtos de Origem Animal 
Carne: Menor incidência de carne PSE (pale, soft, exsudative) e carne DFD (dark, firm, dry). 
- Significado econômico da PSE: aumento das perdas na cura (maturação) de até 5% 
Aumento das perdas no cozimento de até 20%; 
Aumento da proporção de gelatina em enlatado de até 8%;
Aumento de 6 a 10% das perdas por exsudação na carne fresca; 
Palidez no lombo e duas tonalidades no pernil;
Aumento da mortalidade no transporte; 
- Fatores negativos da DFD: falta de sabor e aroma; 
Pior qualidade degustativa; 
Vida de prateleira inferior a dois dias a 0oC; 
Baixa atratividade;
Menor capacidade de difusão do sal durante a cura;
 - Fatores positivos da DFD: maior capacidade de retenção de água 
Menor perda de água por exsudação (0,5%);
Menores perdas no cozimento (5%).
Ovos: maior vida útil, maior disponibilidade de vitaminas e minerais, albúmen mais firme e maior qualidade.
Leite: melhora da qualidade, maior concentração de sólidos totais e maior rentabilidade de derivados. 
ZONEAMENTO CLIMÁTICO
Delimitação, em mapas, da aptidão das regiões de cultivo quanto ao fator clima em escalas macroclimáticas e regionais.
Para que zonear: Investigar sobre as possíveis consequências da dinâmica e atuação de sistemas naturais sobre uma superfície que esteja sob domínio de um sistema de produção vegetal criado pelo homem. 
Essa dinâmica não se restringe apenas ao aumento à fertilidade e movimentos da água no solo, mas também aos movimentos atmosféricos, aos processos geomorfológicos e, principalmente, às repercussões socioeconômicas ocorridas nas áreas cultivadas, em especial nas áreas rurais, transformando todas essas informações em mapas. 
O Zoneamento Agroclimático preocupa-se com o macroclima. O macroclima não pode ser mudado para se adequar às necessidades do cultivo. No entanto, dentro do clima regional o agricultor pode escolher as características do relevo (topoclima) que melhor acomoda uma dada cultura.
Zoneamento agrícola: Leva em consideração, além dos atributos climáticos, a associação de fatores como o solo (zoneamento edáfico), e o meio socioeconômico, com intuito de organizar a distribuição racional das culturas economicamente rentáveis, respeitando as características sociais e culturais de cada região.
Zoneamento agrícola de risco climático: Além das variáveis analisadas (clima, solo e planta), aplica-se funções matemáticas e estatísticas com o objetivo de quantificar o risco de perda das lavouras com base no histórico de ocorrência de eventos climáticos adversos (seca, ocorrência de geadas). 
Zoneamento edafoclimático: Estudo de complementação da potencialidade natural de determinada região para dada cultura, no qual, além do clima, inserem-se no estudo os aspectos edáficos, ou pedológicos.
Zoneamento agroclimático: envolvem a definição dos objetivos, escala geográfica do estudo, caracterização das exigências climáticas das culturas, levantamento climático da região estudada e preparo das cartas finais de zoneamento.
- Sistema de Informação Geográfica (SIG): sistema de informação designado para trabalhar com dados referenciados por coordenadas espaciais ou geográficas (manual ou automatizada);
- Sistemas de Informações Agrometeorológicas (SAI): conjunto de técnicas que visam auxiliar no planejamento das atividades agrícolas, fundamentada em os dados meteorológicos, os biológicos (necessidades bioclimáticas) e os dados de previsão do tempo.
· Gestão de riscos na agricultura familiar:
Responsabilidade do segurado: usar tecnologia recomendada, plantar em áreas apropriadas, minimizar efeitos de eventos adversos.
Responsabilidade do segurador: Induzir uso de tecnologia adequada, eficiência da perícia, segurar em condições de risco conhecido.
Indicativo de plantio: Município (microclima/região);
Tipo de solo (retenção de água baixa, média, alta); Profundidade mínima de 50 cm, declividade máxima de 45% e retenção de água mínima de 10%, solos inaptos: áreas de preservação, solos pedregosos esolos com retenção > 10%.
Ciclo da Cultivar (precoce, semi-precoce, médio, tardio).
Algumas culturas seguráveis: algodão, amendoim, feijão Phaseolus, girassol, milho, soja, sorgo, trigo, café, dendê, maçã...
Previstas para serem zoneadas: abacaxi, açaí, cacau, cana-de-açúcar, canola, citrus, côco, eucalipto, gergelim, mamão, maracujá, milheto, pinus, pupunha, palma forrageira, pimenta do reino, consórcio algodão-caupi, cons. café-feijão, cons. café-milho, cons. feijão milho, cons. milho-Brachiaria, cons. soja-Brachiaria.
Culturas já zoneadas: algodão herbáceo, arroz, amendoim, ameixa, banana, dendê, feijão Phaseolus, girassol, maçã, mamona, mandioca, milho, nectarina, pêra, pêssego, soja, sorgo granífero,
· Desafios do zoneamento: 
· Controle do nível de acerto (datas de plantio e resultados das lavouras);
· Sistemas de produção (características agricultura familiar);
· Consórcios (diversidade de culturas);
· Integração lavoura pecuária;
· Manejos com vegetação natural;
· Padrões de comportamento do ano;
· Previsão climatólogica para o ano; 
· Rede de estações meteorológicas.

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