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ARTES VISUAIS ESCULTURA E MODELAGEM Rita de Cássia Bolzan Caroline Galdino Ré APRESENTAÇÃO Caros Alunos, Apresentamos a você a disciplina Escultura e Modelagem. O homem, como ser racional, sente a necessidade de expressar suas emoções, seus pensamentos, ideias e descobertas e, por sua vez, utiliza-se, dentre outras possibilidades, de manifestações artísticas. Tais manifestações abrangem desde as técnicas mais antigas, como pintura, escultura, arquitetura, até as mais novas tecnologias da comunicação e informação que possibilitam novas maneiras de codificar a informação, tais como a fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação, entre outros. É certo notar que apesar de mudanças na maneira de se fazer arte, ela nunca perdeu seu valor. Proporciona-nos experiências únicas e não podem ser substituídas por nenhuma outra área do conhecimento humano. Bons estudos! Rita de Cássia Bolzan PROGRAMA DA DISCIPLINA EMENTA –Linguagem Tridimensional: Fundamentos básicos e conceituais da escultura. Pesquisa de instrumentos e materiais. Projetos tridimensionais com enfoque na arte contemporânea. A tridimensionalidade e o espaço. A construção poética escultórica com enfoque individual e grupal. Aspectos metodológicos da tridimensionalidade na educação básica. OBJETIVOS: Reconhecer a tridimensionalidade como área do conhecimento autêntico e autônomo, respeitando o contexto sociocultural em que está inserida. Conseguir socializar informações sobre essa manifestação artística através de vivências e experiências com a produção artística. Estimular a criação crítica e social. Impulsionar mudanças no processo de produção e disseminação do conhecimento artístico através da tridimensionalidade. Proporcionar vivências significativas, para que o aluno possa realizar produções individuais e coletivas. CONTEÚDO: Fundamentos básicos e conceituais da linguagem bidimensional e tridimensional; Projetos tridimensionais com enfoque na arte contemporânea; A tridimensionalidade e o espaço; Aspectos metodológicos do bidimensional e tridimensional na educação básica. METODOLOGIA: Adotamos para a disciplina uma metodologia que alia a teoria à prática, propiciada por meio de atividades que permitam, a partir de exemplos, a reflexão sobre a expressão bi e tridimensional. AVALIAÇÃO: No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e espaço pré-determinados, diferentemente, a avaliação a distância permite que o aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, a necessidade de estabelecimento de prazos. A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 1) Provas realizadas presencialmente; 2) Trabalhos de pesquisa e atividade online. As estratégias de recuperação incluirão: 1) Retomada eventual dos conteúdos abordados nas unidades, quando não satisfatoriamente dominados pelo aluno; BIBLIOGRAFIA BÁSICA DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, s.d.; JANSON H. W. e JANSON, A. F. Introdução à história da arte. SP: Martins Fontes, 2009. KRAUSS, R. E. Caminhos da escultura moderna. SP: Martins Fontes, 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARDI, P. E KLINTOWITZ, J. Um século de escultura no Brasil. SP: Museu de Arte de SP, 1982. GOMBRICH, E. H. A História da Arte. RJ: LTC S. A, 1993. ITAÚ CULTURAL. Tridimensionalidade: a arte brasileira do século XX. SP: Itaú Cultural, 2000. NEISTEN, J. Feitura das artes. SP: Perspectiva, 1981. UNIDADE 01 – O INÍCIO DA ESCULTURA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer e reconhecer aspectos característicos que envolvem a construção de objetos tridimensionais e o início de sua utilização pelo homem. ESTUDANDO E REFLETINDO Prezado aluno, é importante antes de começarmos a estudar a tridimensionalidade, pensarmos um pouco na necessidade que temos de fazer arte, não nos atentando apenas às esculturas. Durante o transcorrer dos tempos, nossa vida vai se tornando mais complexa e mecanizada, sempre dividida por classes e interesses, o que nos torna, cada vez mais, seres isolados, esquecendo-nos daquilo que completa e une os seres humanos: o espírito coletivo. Principalmente com os avanços da ciência e da tecnologia, o homem se afasta de seu semelhante, sentindo-se desaparecer as mais simples condições de vida. Neste ponto, queridos alunos, entra o papel da arte, na tentativa de diminuir essa lacuna, lutando contra a complexidade e a mecanização humana. A arte é responsável, ainda, por permitir às comunidades explodirem seu poder criativo através das várias manifestações. É sabido que a arte é tão antiga quanto o homem. Foi utilizando ferramentas que o homem se fez homem, produziu-se a si mesmo. Indissoluvelmente ligados um ao outro, homem e ferramenta passaram a existir simultaneamente. Segundo Ernst Fischer, “o homem possui razão e mão, e foi a mão que libertou a razão humana produzindo consciência própria do homem. A eficiência é muito mais antiga do que o propósito; a mão é uma descobridora há mais tempo do que o cérebro”. (Fisher Ernst- “A necessidade da arte” – dezembro de 2009) Podemos comprovar sua citação, quando observamos uma criança desfazendo um nó: ela apenas experimenta, sem pensar. Somente depois, vagarosamente, a partir da experiência em desfazer o nó, é que vem a compreensão de como se fez e o melhor modo de desfazê-lo. Na pré-história, o homem ainda não tinha essa consciência clara da distinção entre a sua atividade e o objeto ao qual se relacionava; funcionavam apenas como uma unidade distinta. Somente a arte possibilitou recriar essa unidade entre o singular e o universal; elevando o homem de um estado fragmentado a um estado total e íntegro. BUSCANDO O CONHECIMENTO É na era Paleolítica que encontramos as primeiras manifestações artísticas, onde o homem desenhou imagens em paredes de cavernas. Já no Neolítico aprenderam a técnica de tecerem panos, de fabricar cerâmica e construir casas e, logo após a descoberta do fogo, deu início ao trabalho com metais. Portanto, como já disse anteriormente, a arte sempre fez parte da história de todos nós. Ao longo da história, o homem sempre produziu ferramentas para facilitar ou ajudá-lo em suas atividades. Ele, também produziu coisas que, apesar de não terem uma utilidade imediata, conseguiam demonstrar seus sentimentos diante da vida. Portanto, podemos notar que a arte pode ser entendida como a forma de comunicação; nela, podemos expressar como também receber ideias. Durante milhares de anos, acompanhando a ascensão e queda de cada civilização, essas três formas de arte – pintura, escultura e arquitetura- encarnaram as ambições, os sonhos e os valores culturais. Vamos atentar, nesse momento para a ESCULTURA; modalidade tão antiga quanto o homem na face da terra. Por definição, sabemos que se trata de uma arte que representa imagens plásticas em relevo. A escolha de um material a ser utilizado está intimamente ligada à técnica a ser empregada. Existem materiais tradicionais, que trataremos nas próximas unidades, como a pedra, metais, madeira, argila, entre outros, e mais contemporâneos, indo desde o plástico, moldagens com resinas, ou mesmo a utilização da luz coerente para dar uma sensação de tridimensionalidade. Basta sabermos, com o tempo, quais desses materiais serão duradouros ou não. O que nos importa, realmente, é saber que o artista plástico, no caso o escultor, produz suas obras, usando criatividade, sentimentos e ideias, criando volumes, formas e definindo espaços. Convido você a fazer um passeio pelo tempo, focalizando os caminhos percorridos pela escultura. Assim como a história da arte, ela é também dividida por períodos e fases, de modo a facilitar o estudo e a comparação entre os diferentes movimentos artísticos. A história da escultura começa nos tempos pré- históricos e caminha junto por todas as culturas. As mais antigas esculturas entalhadas forma feitas em ossos, marfim, pedra ou chifre. A Vênus de Willendorf, que você vê ao lado, data de 25.000-20.000 a.C. É uma das mais antigas figuras humanas conhecidas. Possui seios enormes, ancas largas e a cabeça redonda estilizada, constituindo mais um amontoado de esferas do que uma mulher individualizada. Provavelmente, era um fetiche de fertilidade, simbolizando abundância. Eram feitas em pedra ou marfim, em tamanhos pequenos, podendo ser transportados com facilidade. Venus de Willendorf UNIDADE 02 – HISTÓRIA DA ESCULTURA NA ANTIGUIDADE CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Analisar e compreender as evoluções técnicas e estilísticas presentes na escultura do período. ESTUDANDO E REFLETINDO Entrando agora, na Antiguidade, encontramos os baixo-relevos na Mesopotâmia. Em parceria com a escrita cuneiforme, percebemos que os entalhes descrevem minuciosamente os feitos militares. Outro tema facilmente encontrado nos baixo-relevos são as narrativas mostrando a coragem pessoal do rei, durante as expedições de caça. Numa caçada típica, os criados incitavam os leões à fúria e depois os soltavam da jaula para que o rei os matasse. A escultura acima retrata o animal ferido, paralisado pelas flechas. As orelhas baixas e os músculos contraídos da figura transmitem a agonia da morte com muito realismo. Já, no Egito, sua temática era outra, limitando-se ao religioso, encontrando sua razão de ser na vida eterna do homem após a morte. Assim como na pintura, a escultura também obedecia a padrões rígidos de representação da figura humana, estabelecendo uma bem sucedida aliança entre a imitação realista e quase científica das formas naturais e sua idealização, e ainda hoje são prestigiados como modelos de beleza. “A leoa agonizante”- Nínive As esculturas em granito ou diorito eram feitas para durar eternamente. Na posição sentada ou de pé, possuíam poucas saliências, o que dificultava ainda mais que se quebrasse. Eram sempre na posição frontal, com muita simetria, e com os braços próximos ao torso. “Príncipe Rahotep e sua esposa Nofret” Akhenaton, escultor egípcio, deixa-nos obra marcante: o busto da rainha Nefertiti. O seu nome significa “a mais bela chegou”. É conhecida nem tanto em estilo realístico, mas sim, por apresentar novo sentido da forma, que procurou abranger a imobilidade tradicional dessa arte; não apenas os contornos, mas também as formas plásticas parecem mais suaves, maleáveis e antigeométricas. A escultura torna-se uma das mais importantes expressões da cultura grega. Tem valor no campo artístico, assim como em inúmeras esferas da vida e do saber, tais como a religião, a política, a ciência, a decoração de espaços e edifícios públicos, o esporte, a educação e outros. Até hoje é considerada como uma referência para toda a cultura ocidental. Busto de Nefertiti O nu masculino aparece com os gregos e as estátuas femininas evoluíram de totalmente vestidas para o nu sensual. Também as proporções ideais das estátuas representavam a perfeição do corpo e da mente. BUSCANDO CONHECIMENTO Tão importante quanto as esculturas na antiguidade, a arquitetura da época também é vista como uma obra de arte, que remetia a uma cultura, região e até mesmo a crenças religiosas. Citando o Egito, no Antigo Império, temos como modelo arquitetônico as famosas pirâmides do deserto de Gizé, construídas por importantes faraós: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Essas pirâmides demonstram o domínio que os egípcios tinham em sua técnica de construção, já que as pirâmides foram construídas sem qualquer tipo de argamassa entre seus blocos e pedras, os quais formam suas imensas paredes. Tais monumentos retratavam a imponência do poder político e religioso dos faraós. A Grande Pirâmide – Deserto de Gizé A estrutura das pirâmides não era feita de forma isolada; eram ligados imensos distritos funerários com templos e outras diversas edificações que faziam parte de celebrações religiosas, durante e após a vida do faraó. Ao redor das três grandes pirâmides (dos faraós Quéops. Quéfren e Quéops), encontram-se outras pirâmides menores e diversas mastabas (construções simples e retangulares) onde eram sepultados membros da família real e altos oficiais. UNIDADE 03 - A ESCULTURA EGÍPCIA: MODELOS E MINIATURAS CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer modelos de escultura egípcia. ESTUDANDO E REFLETINDO O modelo não é ainda uma “maquete de arquiteto”, pois teria sido utilizado como objeto de ritual de cerimônias a divindades solares e utilizado na “apresentação” durante os ritos de fundação de um templo. A segunda miniatura, feita em pedra, vinda de Dashour, é semelhante à apresentação de projeto de uma câmara mortuária. Este modelo representa as câmaras funerárias, ou melhor, o túmulo do faraó Amenemhat III, na pirâmide de Hawara. ESFINGE DE AMENEMHAT III O fato de o modelo estar inserido no contexto funerário, isso dificulta a classificação dele ser “maquete de arquiteto”. O terceiro modelo é o modelo para construção da galeria de entrada da pirâmide de Quéops. Nas escavações dentro dessa pirâmide encontraram-se duas galerias subterrâneas em rampa alinhadas. No ponto de encontro das duas, como você vê no esquema abaixo, encontra-se uma terceira passagem que descia perpendicular ao solo. Do ponto de encontro das galerias, apenas uma delas aprofundava-se abaixo do solo. DESENHO EM CORTE COM FIGURAS DA “PASSAGEM DE TESTE DE GIZÉ” No estudo dessa galeria encontrou-se desenhos de plantas e cortes, que foi interpretada como um modelo, em escala real, que serviu como peça auxiliadora aos mestres de obras à construção do acesso principal da pirâmide de Queops. A hipótese que encontramos a esse fato é que tais galeriais foram construídas como teste e referência tridimensional para a execução da pirâmide. DESENHO EM CORTE DA PIRÂMIDE DE GIZÉ, MOSTRANDO OS DOIS CORREDORES INCLINADOS EM RAMPA. BUSCANDO O CONHECIMENTO Portanto, vimos que no Egito, os objetos em escala reduzida foram utilizados com várias funções e que eles mantinham, com o arquiteto da época, uma relação de intimidade adquirindo grande liberdade artística. Sabemos também que os egípcios possuíam rígidos padrões formais na composição, mas que, por uma razão ou outra, foram abolidas desses modelos arquitetônicos, possibilitando assim aos estudiosos, estabelecer relações entre a sociedade, a arquitetura e a arte egípcia antiga. Quanto a ser ou não um “modelo de arquiteto”, o contexto funerários em que estavam inseridos, o uso ritualístico em cerimônias e as características formais desses objetos não permitem classificá-los como tais. Sobre a arquitetura grega, o que nos chega são supostamente objetos encontrados em escavações e que provavelmente podem ter sido “maquetes de arquitetura”. Alguns objetos que vamos nos referir foram encontrados em Creta, datados entre 2000 e 900 a.C., e outros entre os gregos, entre 900 e 600 a.C. É interessante observar que Creta, devido aos constantes contatos com o Egito, com a Ásia menor e com o Oriente, recebeu influências marcantes em seus modelos arquitetônicos. VISTA LATERAL DO MODELO DE ARKHANES O modelo de Arkhanes que você vê acima foi encontrado próximo à região onde estão os palácios de Creta. São muito parecidos com os verdadeiros, em um mesmo princípio formal de composição. Tanto na arquitetura da época como nas miniaturas, percebemos as mesmas soluções plásticas tradicionais, como a assimetria, a composição ortogonal com alternância entre formas quadradas e retangulares, a subdivisão do espaço definido por um quadrado menor dentro de um maior, agrupamento de novos quartos em torno de um núcleo central. Apesar de tudo isso, esse modelo de Arkhanes feito em escala, muito semelhante a arquitetura real, com detalhes de sua construção não pode ser classificado como “maquete de arquiteto” na integridade de seu significado e, infelizmente, atualmente não temos informações maiores para poder afirmar se é ou não trabalho de arquiteto. Ele pode sim, com certeza, ser classificado como um modelo didático, pois apresentam os princípios espaciais e os elementos formais da arquitetura da época. É visto sobre vários pontos de vista, variando de uma oferenda até um objeto decorativo. É, sem dúvida, uma peça de extrema originalidade por apresentar certas soluções de modelagem arquitetônica, como a possibilidade de montar e desmontar as partes; a possibilidade também de observar o dentro e o fora do espaço; a possibilidade de ver o todo e os detalhes mesmo em escala reduzida. Mesmo com todas essas argumentações presentes, assim mesmo, o modelo de Arkhanes não pode ser considerado como maquete de arquiteto, como já foi dito, por não caracterizar um modelo de projeto definido, reunindo apenas características de uma arquitetura residencial tradicional. UNIDADE 04 - OS MODELOS GREGOS E A ARQUITETURA MONUMENTAL CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer modelos gregos e a sua arquitetura monumental: o papel do desenho. ESTUDANDO E REFLETINDO Partimos agora para os modelos Gregos e sua arquitetura monumental. Em escavações arqueológicas, perto de lugares consagrados, foram encontrados objetos, os quais nos levam a crer terem sidos utilizados como oferendas em rituais religiosos, prática essa em virtude de agradecimentos ou pedidos de proteção. TESOURO DE ATERIAS EM DELFOS – GRÉCIA, C. 500- 485 A.C. FOTO DE ARTUR ROZESTRATEN Os arquitetos ao realizarem seus projetos arquitetônicos utilizavam-se de desenhos com detalhes gravados diretamente nas paredes em escala 1:1. Existe forte polêmica entre autores, com relação ao papel do desenho na atividade desses arquitetos gregos. Uns defendem a ideia de que os arquitetos gregos não se valiam de desenho; outros, defendem a ideia de que os arquitetos compunham projetos completos com desenhos detalhados de suas obras. Outros, por fim, acreditam numa posição intermediária, ou seja, os desenhos inacabados, se completariam, em escala real, conforme a necessidade da obra. Acreditam que, a arquitetura Grega se compunha a partir de “regras de proporção”; a forma geral do edifício deveria ser igual e os arquitetos preocupavam-se apenas com os detalhes. Desses três grupos, os últimos é onde encontramos maior respaldo científico. COLUNAS E CAPITÉIS NO TEMPLO DE ZEUS OLÍMPICO, ATENAS, GRÉCIA. FOTO ARTUR ROZESTRATEM Concluimos que os gregos, ao invés de criar, optavam por cópias de modelos, onde o trabalho do artista se limitava em enriquecer a obra com detalhes. Esses detalhes ornamentais eram peças padronizadas inicialmente feitas em gesso, madeira, cerâmica e pedra. A obra abaixo é exemplo de um protótipo- “primeiro-tipo”- onde o artista utilizou o próprio molde na obra, ou seja, ele não foi descartado. CAPITEL CORÍNTIO – SÉCULO IV A.C. – GRÉCIA - FOTO VICGUINDA BUSCANDO O CONHECIMENTO Quando mencionamos a arquitetura grega, o que mais desperta interesse a todos são os templos, em que os mesmo não foram criados para reunir um grupo de pessoas para cultos religiosos, e sim para proteger as esculturas de deuses e deusas do excesso de sol e chuva. O que podemos perceber de mais característicos nesses templos é a simetria entre o pronau – entrada - e o opistódomo – fundo. Esses templos eram construídos sobre uma base de três degraus. Sob o grau mais elevado – conhecido como estilóbata – eram erguidas as grandes colunas e as paredes do núcleo do templo. Haviam duas ordens seguidas como modelo: a Ordem Dórica e a Ordem Jônica. Na Ordem Dórica encontramos uma arquitetura mais simples, onde os fustes das colunas eram firmados no estilóbata diretamente. Os capitéis –acima dos fustes – eram bem simples. Partenon – templo de Ordem Dórica Na Ordem Jônica encontramos uma arquitetura mais leve, porém mais ornamentada, onde os fustes eram mais delicadas e não eram firmadas diretamente no estilóbata mas sim, sobre uma base mais ornamentada. Os capitéis eram mais enfeitados. No final do século V a.C. o capitel coríntio foi criado e muito utilizado no lugar do capitel jônico, variando e enriquecendo ainda mais a ordem jônica. Templo de Atena Niké, dedicado a deusa Atena – Ordem Jônica Exemplos de colunas Dórica, Jônica e Coríntia UNIDADE 05 – ESCULTURA MONUMENTAL: GRÉCIA E ROMA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer alguns detalhes sobre a escultura monumental na Grécia e em Roma. ESTUDANDO E REFLETINDO Muito embora a Antiguidade não se restrinja à Grécia e a Roma, iremos nos focar nessas duas civilizações; não por serem melhores, mas por terem sido fonte de inspiração para outros períodos e passaram por constantes revisitas ao longo de nossa história. A escultura monumental apresentada na Grécia Antiga teve seu início há cerca de 650 aC, e por volta de 600 aC foi um elemento importante na arte grega com um mercado em expansão. As obras do período são um conjunto de tudo o que poderia ser adornado e adorado tendo como meio a imagem tridimensional. Como exemplo podemos citar: figuras de culto aos deuses, santuários, adornos para lápides, decorações arquitetônicas, e eventualmente, estátuas e relevos para as casas dos que podiam pagar pelo luxo. De tudo isto, relativamente pouco resta: muito pereceu por causas naturais, mas ainda mais foi destruído, de forma intencional, durante a Idade Média. Muito embora algumas esculturas tenham perecido por desavenças religiosas, o motivo maior foi o valor do mármore como matéria-prima para cal e do bronze para a sucata, de modo que, a fim de sobreviver, a escultura teve que ser fora da vista e do alcance. Por outro lado, a arte romana nos proporciona um excesso de cópias de esculturas gregas, tanto do período clássico como do helenístico. Essas cópias, algumas do período helenístico tardio, mas em sua maioria romanas, dificultam e ajudam a estudar a escultura grega. Embora estejam longe da qualidade da obra original, elas são muito mais numerosas e sobreviveram ao tempo de modo que as cópias são uma referência essencial em qualquer pesquisa estilística da escultura grega. Na prática, a nossa compreensão do desenvolvimento da escultura grega depende da análise estilística das obras sobreviventes, apoiados por uma miscelânea de datas de registros históricos e inscrições. Os principais materiais para escultura grega eram de pedra (especialmente mármore) e bronze - calcário, terracota e madeira sendo muito inferior - e havia vários exemplos famosos de marfim, nomeadamente as estátuas criselefantina feitas por Fídias de folhas de ouro e marfim montado em base de madeira. O mármore, que foi utilizado desde o início, ocorre em diversos lugares e em torno do mar Egeu, embora não no sul da Itália e Sicília. Os gregos gostavam das variedades brancas com textura de médio à fino, com muito mais brilho do que o Carrara, muito utilizado pelos romanos e ainda comum nos cemitérios da Europa Ocidental. A pedra calcária, é abundante na maioria das terras gregas e algumas delas são de alta qualidade, tornando-se a pedra mais comum para as estátuas, no século VII. A argila também era um material econômico para obra arquitetônica e escultórica, embora pouco durável. A madeira também era um material frágil e a julgar pelos registros antigos nunca esteve em uso regular para a escultura mais refinada, não obstante, possivelmente os moldes para as estátuas de bronze fossem feitos em madeira e argila. O bronze não era importante até a segunda metade do século VI, quando o martelar de chapa metálica foi substituída por molde oco, mas até o início do século Reprodução da estátua Atena Partenos na reprodução do Partenon em Nashville, Tennessee, EUA https://pt.wikipedia.org/wiki/Atena_Partenos https://pt.wikipedia.org/wiki/Atena_Partenos V era o meio preferido para a maioria dos tipos de estátuas (embora não para relevos e escultura arquitetônica). Estátuas criselefantina, que eram muito caras e talvez também muito facilmente danificadas, eram muito apreciadas como imagens de culto e eram mais comuns por volta da metade do século VI. BUSCANDO O CONHECIMENTO Outra inovação foi o princípio do apoio do peso, em que o peso do corpo se apoia em uma das pernas e o corpo segue esse alinhamento, dando a ilusão de uma figura em movimento. A escultura romana originou-se da grega e permaneceu como uma referência constante ao longo de toda sua trajetória embora, sabemos hoje, que se desenvolveram gradualmente um estilo próprio, dando importante contribuição, tanto na retratística como na escultura decorativa dos grandes monumentos públicos, em que se desenvolveu um estilo narrativo de grande força. Painéis de figuras esculpidas representando feitos militares decoravam arcos de triunfo, sob os quais desfilavam os exércitos vitoriosos conduzindo longas filas de prisioneiros acorrentados. Devemos a Roma muito do que conhecemos da arte da Grécia Antiga, a qual teve importância fundamental na formulação da estética do Renascimento e do Neoclassicismo. Marcus Aurelius – Colina Capiloline UNIDADE 6 – ESCULTURA NA IDADE MÉDIA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer os trabalhos escultóricos e as técnicas da idade média. ESTUDANDO E REFLETINDO Devemos a Roma muito do que conhecemos da arte da Grécia Antiga, a qual teve importância fundamental na formulação da estética do Renascimento e do Neoclassicismo. A escultura da Idade Média, como todas as manifestações artísticas dessa época, foi marcada por forte influência da Igreja Católica. No estilo Românico, assim como na pintura, a escultura teve caráter didático-religioso, uma vez que a maioria da população era analfabeta e a Igreja utilizou-se dessas imagens para ensinar os princípios da religião. No Estilo Gótico, embora também supervisionada pelo clero católico, prevaleceu o realismo. Os escultores retratavam os anjos, santos e personagens bíblicos dando-lhes aspecto real e humano. Deixo, caros alunos, de comentar a escultura bizantina, por não ter ela tido grande desenvoltura, pois sofreu fortes barreiras por causa de iconoclastia (movimento político-religioso contra a veneração de ícones e imagens religiosas). No período intermediário entre a modernidade e a Idade Média, encontramos o Renascimento; período marcado por grandes mudanças e conquistas culturais. Foi também marcado pelo aparecimento de grandes nomes como: Michelangelo, Donatello, El Greco, Filippo Brunelleschi, entre outros. Pietá, de Michelangelo São João Evangelista, de Donatello É característica da escultura renascentista integrar o interesse pela observação direta da natureza com os conceitos estéticos idealistas desenvolvido pelo humanismo. Estando o homem colocado no centro do universo, sua representação assumiu também um papel central. Houve o florescimento de gênero nu artístico e do retrato. BUSCANDO O CONHECIMENTO Já a escultura da época barroca foi uma continuação natural do renascimento, pois ambos os movimentos se interessam pela antiguidade clássica, embora com interpretações diferentes, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada período. Ela é marcada por intenso dramatismo, dinamismo, contrastes, assimetria, pelo excesso, exuberância das formas, faces expressivas, roupas esvoaçantes e uma tendência ao decorativo. Êxtase de Santa Teresa - Bernini Santo André, de François Duquesnoy, basílica de São Pedro No barroco, houve grande variedade de estilos, embora todas com a mesma denominação. É importante notarmos que as mudanças introduzidas se originaram de um profundo respeito pelas conquistas das gerações anteriores e de um desejo de superá-las com a criação de obras originais, dentro de um contexto social e cultural. UNIDADE 07 – ESCULTURA BARROCA BRASILEIRA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer os trabalhos escultóricos e as técnicas do barroco brasileiro. ESTUDANDO E REFLETINDO Você verá nesta unidade o “Barroco tardio” que aconteceu aqui no Brasil, introduzido pelos jesuítas, com intuito de doutrinação cristã. Portanto, o grande legado brasileiro está na arte sacra. Nosso Barroco recebeu influências europeias, embora adaptadas ao local. É preciso lembrar, aqui, que o contexto econômico da época era totalmente diferente do da Europa. Éramos inseridos em ambiente pobre e escasso, com tudo ainda “por fazer”. Por isso, o barroco brasileiro, apesar de todo o ouro empregado, foi acusado de pobreza e incompetência quando comparado com o europeu. Merece destaque Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, devido a uma deformação física que ele tinha. Vamos atentar à escultura realizada no Brasil, que acompanhou as correntes estéticas dos países do ocidente, especialmente dos europeus, de quem ganhamos as maiores influências. Ao longo da história do Brasil, o barroco foi o período que testemunhou um grande florescimento de um estilo unificado, só predominando a diversidade, a partir do século XX. No final do século XVI, observamos as origens das esculturas brasileiras, que coincidem com o início das construções de templos e edifícios públicos, sendo as obras, em sua maioria, importadas da Europa, especialmente de Portugal. Encontramos, também, algumas peças de devoção religiosa. O fundador da escultura nacional é conferida a Frei Agostinho da Piedade, com suas obras sacras barrocas, que podem ser equiparadas à grande tradição europeia. No mesmo estilo, deparamo-nos, também, com obras de grande qualidade do artista Frei Agostinho de Jesus. Entrando no século XVII e XVIII, com a descoberta de grandes riquezas em ouro e diamantes, aqui em nossas terras, houve condições para que a arte recebesse mais atenção, especialmente nas esculturas voltada à arte sacra. Frei Agostinho de Jesus “Nossa Senhora do Rosário” Durante as missões, foi montado um grande acervo de escultura e talha de autoria indígena, recolhidas pelos padres Jesuítas. Com a descoberta de ouro e diamantes, as cidades mineiras, Ouro Preto, Diamantina, Sabará e Congonhas do Campo, tornaram-se o centro de templos, já num estilo rococó. Lá apareceu o primeiro escultor que marcou a arte nacional, o Aleijadinho. Aleijadinho morreu em 1814 e, com ele, não uma era, mas a tradição barroca, em descompasso com o que acontecia na Europa, continuou no Brasil até o início do século XX. ”Nossa Sra. da Piedade” - matriz de Sto. Antonio – Recife “São Francisco Xavier” arte missioneira (Museu Júlio de Castilhos) ”Cristo orando no horto das Oliveiras” – Aleijadinho Substituiu-se, gradativamente, a madeira pelo mármore e pelo bronze e, a partir de 1850, aparece a técnica dos moldes em gesso oco, iniciando o processo industrial em larga escala de reprodução de estatuária, o que provocou queda na qualidade geral. BUSCANDO O CONHECIMENTO Aos poucos, por volta de 1800, é notada uma modificação no estilo geral da arquitetura: as imagens agitadas e dramáticas perdem lugar, adequando-se à futura tendência do neoclassicismo. Abrem-se novos caminhos e novas buscas, no século XX, ligados às inovações tecnológicas e mudanças mundiais. Novas técnicas se aliam à arquitetura e à estatuária de fachadas, incorporando procedimentos industriais baratos e facilitadores como a técnica de moldes em cimento e estruturas de ferro ou aço. ”Nossa Senhora Aparecida” Realizada na técnica do gesso oco Detalhe da fachada da antiga cervejaria Brahma – Porto Alegre UNIDADE 8 – IDADE MODERNA: NOVAS POSSIBILIDADES ESCULTÓRICAS CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivo: Aprofundar os conhecimentos na área de expressão tridimensional e desenvolver uma reflexão crítica e estética tridimensional ESTUDANDO E REFLETINDO Entramos no século XIX e a escultura, agora, se mostra renovadora, assumindo novas e mais amplas possibilidades de expressão. A escultura desvincula-se dos meios julgados convencionais e se abre para o uso de materiais diversos como: objetos descartáveis, aparelhos elétricos, têxteis, ready mades e materiais industriais. Já a escultura de vanguardas do século XX e XXI vai devagar mostrando a importância da qualidade dos materiais. Tanto usando o mármore tradicional, como o plástico, o material sempre ganha uma rivalidade que compete com o valor da temática. BUSCANDO CONHECIMENTO No campo da escultura moderna Rodin foi um artista que merece aprofundamento em nossos estudos. Ele pertenceu mais ao século XX do que ao século XIX, pois apresentava uma escultura antiacadêmica. Trabalhou a tridimensionalidade, olhando por diversas facetas, causando emoções verdadeiras e de movimento e ousando desafiar os limites da estabilidade. É curioso observar que suas primeiras obras foram feitas na cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. Sua primeira obra “O homem de nariz quebrado” (1864) não foi aceita no salão de Paris, pois foi tida como uma obra inacabada, segundo júri. Entrou em contato direto com as obras dos artistas renascentistas, principalmente de Michelangelo e Donatello, dos quais muitas obras foram sua fonte de inspiração. A polêmica obra “A Idade de Bronze”, gerou comentários e críticas no meio artístico devido sua perfeição, levando os críticos a pensarem que teria usado um modelo vivo como molde. Seu reconhecimento artístico se deu com a obra “São João Batista pregando”. A partir dessa obra, recebeu a encomenda para a criação de uma grande porta de bronze para o Museu de Artes decorativas de Paris. Conhecida como a “Porta do Inferno”, essa obra teve início com temas de passagens da obra “Divina Comédia” de Dante Alighieri, que mais tarde assume outra temática, a das paixões humanas e a morte. Infelizmente, Rodin morre antes de terminar a obra. O homem de nariz quebrado http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/sojoobatistapregando.jpg http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/a20porta20do20inferno2020auguste20rodin2020museu20dorsay20paris2020foto20beatriz20brasil.jpg Estudando as esculturas clássicas, Rodin pôde perceber até que ponto uma parte da obra era capaz de representar o todo dela, coisa que ninguém jamais havia tentado. Em 1880, criou quatro grandes esculturas: “O Pensador”, “O Beijo”, “Os cidadãos de Calais” e “Filho Pródigo”. O Pensador O Beijo Os cidadãos de Calais Filho Pródigo http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/pensadorblo.jpg http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/obeijo.jpg “O Pensador” é a principal e mais conhecida obra do francês Auguste Rodin. Foi criada em bronze, representando Dante em frente dos portões do inferno, em tamanho pequeno, sendo ampliada pelo autor, em 1904, para 1,80 metros. Essa escultura paradigmática é o símbolo mais sugestivo da figura humana presente e o nu na obra demonstra toda sua admiração por Michelangelo. “O Pensador” vai além do homem físico apenas. Eleva-o a uma dimensão maior do ser humano, o espiritual. O artista conquistou fama enquanto vivo principalmente no mercado europeu e americano. Hoje suas obras encontram-se nos mais importantes museus do mundo. Não passou despercebida pelos que viviam as mudanças daquela época e o nascimento de uma nova sensibilidade. Percebemos, claramente, um momento de transição, em que mais nada havia de definido ou estável. Angyone Costa diz: O homem de agora assiste ao desenvolvimento de sua própria tragédia íntima sem acertar os caminhos que o levem às claras fontes de beleza(...) O momento é de confusão e de valores(...) O homem de agora não pensa como pensava o homem de um século atrás.(Costa Angyone- “A inquietude das abelhas” – 1927) UNIDADE 9 – MODERNISMO BRASILEIRO E ESCULTURA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivo: Conhecer e compreender as mudanças escultóricas causadas pelo modernismo no cenário brasileiro. ESTUDANDO E REFLETINDO Antes do sucesso da “Semana de Arte Moderna” (1922), a escultura brasileira era caracterizada por um absoluto conservadorismo. Destacamos aqui o artista Vitor Brecheret (1894-1955), natural de Farnese di Castro, Itália, que veio ao Brasil ainda menino, e com o passar dos anos se matriculou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Sua ida para a Itália, em 1913, fez com que ele estudasse com o escultor Dazzi. Em 1920 integra-se ao grupo modernista e com sua arte, passa a ser uma inspiração do movimento; expõe diversas obras no Teatro Municipal de São Paulo, devido à Semana de 1922. A “Semana de Arte Moderna” (1922) aconteceu em São Paulo, com uma proposta libertária e ousada. Os artistas apresentam esculturas apenas esboçadas e tratamento rústico de superfícies, explorando a materialidade, o que dava a sensação de inacabada, vindo a preparar os caminhos das esculturas abstratas a partir da década de 50. Tivemos, no modernismo, enorme variedade em termos de forma, técnica, temática e expressividade, o que gerou inúmeras correntes e estilos, sem uma linha central unificada, percebida até os dias de hoje. ”Monumento às Bandeira” - Victor Brecheret “Mother and Child” - Jacques Lipchitz O Movimento Concretista assinala a escultura brasileira contemporânea e é marcada pela acelerada expansão do abstracionismo, tanto de linhas geométricas como informais. ”Unidade Tripartida” - Max Bill Expoente da escultura concreta – Amilcar Grandiosos projetos arquitetônicos, urbanísticos e artísticos aparecem em Brasília na década de 50, o que abre mercado para a produção de uma escultura monumental. Alfredo Creschiatti – Justiça – Brasília Já nos anos 60, os escultores inspiram-se na Arte Pop norte-americana (Pop Art), refletindo o clima tenso criado pelo regime militar imposto em 1964. Entre estes anos e a década de 1980 o Brasil viu ainda aparecerem obras conceituais, minimalistas, poveras, land art, instações, móbiles e obras que recuperavam elementos da arte popular. BUSCANDO O CONHECIMENTO Destaca-se também, no modernismo brasileiro, o artista paulistano Bruno Giorgi (1905-1985), que estudou escultura em Roma e Paris, e em 1940, tornou-se conselheiro de muitos escultores em início de carreira, que passariam a se tornarem grandes figuras no mundo da arte brasileira. Giorgi passou por diversas fases, por assim dizer, desde suas obras de ‘vulto’ até uma certa influência barroca, devido a uma série de esculturas com suas imagens deitadas e reclinadas. As esculturas mais famosas de Giorgi estão presentes em Brasília, na praça dos Três Poderes, no lago e em frente ao Palácio da Justiça. Os Candangos ou Os dois guerreiros, Bruno Giorgi O Meteoro, Bruno Giorgi Justiça, Bruno Giorgi Todas essas inúmeras tendências, subtipos, gêneros mistos, técnicas, materiais e recursos acabaram se entrecruzando e fundindo. Essas linhas ainda continuam presentes na escultura mais recente, com soluções sempre novas e que se adaptam à evolução da arte e da sociedade. Esses artistas desfrutam da total liberdade de expressão, recursos e materiais oferecidos pela indústria e tecnologia, além de todo o acervo de técnicas e formas herdadas da cultura anterior. UNIDADE 10 – A QUEBRA DOS LIMITES NA IDADE CONTEMPORÂNEA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Acompanhar a evolução dos materiais, técnicas e temas apresentados na escultura contemporânea. ESTUDANDO E REFLETINDO Vamos, nesta unidade, estudar e refletir um pouco sobre a escultura, que é marcada por uma notável tendência para a evolução das formas. Antes de começarmos o estudo propriamente dito, coloco abaixo algumas imagens para que você, com olhar descomprometido, apenas aprecie, observando as verdadeiras emoções e movimentos das obras, que desafiam os limites da estabilidade, criando assim, uma nova linguagem plástica. No campo da escultura, Auguste Rodin, como já abordamos em outra unidade, foi o artista que abriu caminhos para a arte de vanguarda. Ela vai afastar-se dos velhos padrões clássicos, ressaltando a importância da qualidade dos materiais. Portanto, o material vai competir com o valor da temática. A escultura contemporânea mantém alguns laços com a pintura, pois muitos escultores vão trabalhar influenciados pelo cubismo analítico. Como exemplo, podemos citar o artista Alexander Archipenko, que despersonifica as figuras, reduzindo-as a jogos rítmicos de formas geométricas. Simplificando a representação da figura humana, através de traços essenciais ou estilizados, Alexander Archipenko e outros artistas criam novos caminhos para a escultura, avançando no caminho da abstração. Nesse campo da abstração, foi importantíssima a obra de Brancusi, que considerava o valor dos materiais prioritários, sem uma temática preconcebida. São maravilhosas as obras do artista, tendo como referência a matéria com que cria volumes geradores de uma energia que conjuga a arte neolítica com uma atração pelo voo e pelo espaço. Inovam também as suas esculturas forte contraste entre texturas rugosas e as superfícies minuciosamente polidas. Obra de A. Archipenko Seguindo essa mesma linha de pensamento, Henri Moore é outro escultor que deixa sugestionar pelas formas contidas nos materiais, devendo a obra final produzir sempre as suas qualidades – peso, resistência, solidez e textura. Em suas esculturas de figuras humanas estilizadas, faz uma fusão de princípios arcaicos, surrealistas, abstracionistas e naturalista. Não podemos deixar de falar aqui de outros dois grandes nomes: Jean Arp e Alberto Giacometti. Arp, na sua arte de esculpir “formas” e “não- formas”, materializou o desejo de Cézanne que queria “unir as curvas das mulheres às encostas das colinas” Giacometti, em suas obras, volta- se à natureza, onde mostra intenso confronto entre as figuras simples e esguias. No entanto, existe uma infinidade de novas celebridades no campo da escultura, a partir da segunda metade do século XX, experimentando novas aventuras estéticas. BUSCANDO O CONHECIMENTO Terminamos essa etapa da disciplina, destacando as palavras de escultor contemporâneo Alberto Carneiro, cujas obras apresentam sempre a preocupação com questões fundamentais que ligam a arte à vida, com claras recordações do seu mundo rural e natural. “Desejo sempre que as minhas esculturas sejam um lugar para os outros, uma motivação para que haja um ato criador na contemplação. Procuro comunicar o meu mundo, que pode muito bem não ser o mundo que determinado contemplador encontrará se a sua formação e necessidade estéticas não coincidirem com as minhas. Considero que a obra de arte deve dar-se até ao ponto de poder ser recriada por quem a frui. Isso autentica a comunicação que se faz entre o criador e o contemplador no seio da coisa criada”. ALBERTO CARNEIRO – notas para um diário- 8 de julho de 1967. UNIDADE 11 – A ESCULTURA AO REDOR DO MUNDO: PESQUISA DE TÉCNCIAS E MATERIAIS CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Introduzir o aluno aos fundamentos da linguagem tridimensional que possibilitam a construção de objetos, a composição espacial, possibilitando a articulação e operacionalidade com instrumentos. Reconhecer objetos plásticos por meio à apropriação de materiais diversos. ESTUDANDO E REFLETINDO Notamos que, com o passar dos tempos, ocorrem grandes alterações nos procedimentos de produção, de transmissão e no uso do conhecimento. Estamos deixando de lado os suportes e ferramentas tradicionais, por outros, que melhor nos adaptem, segundo exigências do momento. Sabemos que eles estão cada vez mais presentes, mesmo com as dificuldades econômicas e sociais existentes. Os instrumentos artísticos vão desde o lápis ao computador, passando por uma infinidade de objetos que estão determinados para riscar, pintar, cortar, soldar, de acordo com os materiais e suportes a trabalhar. É deles que nos atentaremos a discutir nesta unidade. Somente o homem possui a capacidade de admiração aos fatos estéticos. Sabemos também que, associados à arte estão as metodologias, técnicas, instrumentos e suportes que foram evoluindo através dos tempos. Associamos às artes visuais os mecanismos da visão, do cérebro e das mãos. Para desenhar, pintar ou esculpir, devemos utilizar os gestos com as mãos. Os instrumentos surgem, então, como objetos que fazem o prolongamento das mãos, facilitando-lhe a expressão das mesmas. Podemos dizer, então, que os instrumentos são os responsáveis pelo registro das ideias desse homem, materializando o pensamento. Os materiais e suportes estão na base deste processo, pois são transformados, através de instrumentos de acordo com metodologias e técnicas colocadas a serviço das ideias criadoras. Encontramos uma grande quantidade de materiais à serviço das artes visuais, tais como papéis, telas, acrílicos, vidros, barro, gesso, metais, madeira, etc. Os instrumentos, materiais e suportes artísticos mudaram muito no século XX, com a alteração e a integração de novos conceitos em arte. A “body art”, por exemplo, considera o próprio corpo humano como “material” e “suporte”. Os “ready made” tiram os objetos de seu uso habitual e deslocam para o mundo das artes. Portanto, muitos materiais e suportes não seguem regra rígida e são condicionados pelo caráter original da ideia expressiva, como é o caso das “instalações”, “happenings” e “performances”. Durante muito tempo, materiais tradicionais, como a cerâmica, madeira, metal, vidro, etc. foram usados sem alteração na sua composição. No nosso século, entretanto, isso já não é mais tão habitual, pois tais materiais passam por processos tão sofisticados, que, muitas vezes, acabam até por serem irreconhecíveis. Torna-se a arte contemporânea, com toda essa diversidade de materiais e técnicas, um componente natural de nossa sociedade. Ela sofre profunda Instalação montada no Parque Mario Covas Performance de cabelo transformação; está em constante mudança, colocando o próprio conceito de arte em questão. Mas é fato que ela nunca desfrutou de tal popularidade como agora. Segundo Maurice de Sauzmarez, o instrumento, seja ele um lápis, caneta, giz ou pincel fará manchas características da sua natureza e estrutura e o material ou meio manifestará uma resposta...conforme a sua natureza. (Sauzmarez, Maurice de. “Desenho básico: as dinâmicas da forma visual” – Lisboa, 1986) Nas artes visuais, como observamos, todo material e instrumento podem ser utilizados para criar uma obra. Abordamos, também, a existência dos mais tradicionais ou convencionais e os mais modernos e contemporâneos. Vamos atentar, agora, para o mundo em duas dimensões: “o comprimento e a largura”. Eles formam entre si uma superfície plana, sobre a qual podem ser dispostas marcas sem profundidade. É o caso do desenho, da pintura, da impressão. Só que nosso mundo é totalmente tridimensional. O que enxergarmos não é imagens planas, contendo apenas comprimento e largura, mas há um espaço com profundidade e ele é o nosso foco principal. A designação “escultura” implica modelar ou retirar resíduos de um volume. Nesses últimos 30 anos, a modalidade artística, conhecida por escultura, modificou os suportes, materiais e os procedimentos. Essas esculturas, alicerçadas no entalhe e na modelagem, dão lugar à invenção de obras tridimensionais que não se pautam por nenhuma das duas práticas, sendo construções em termos arquitetônicos e mecânicos. Verificamos, aí, dois parâmetros para conceber o objeto: o primeiro continua a conceber a forma em profundidade, dentro de uma tradição que remonta a Michelangelo; o segundo, interessado nos valores absolutos da forma pura, rejeita a tradição humanista e seus critérios orgânicos. Os artistas contemporâneos interessam-se pelo volume e pela massa; pelo jogo de cheios e vazios; pela articulação rítmica de planos e contornos. Os materiais pequenos, grandes, leves, pesados, flexíveis, duro, ou resistentes, são apenas variedades que poderão enriquecer o trabalho. Eles estão sempre ao nosso serviço. As ferramentas apropriadas são peças indispensáveis para o manuseio do material escolhido. Variam desde os alicates, goivas, facas, espátulas, tesouras, etc. até nossas próprias mãos. As obras de arte que mais permaneceram na história foram as que se utilizaram de materiais mais perenes e duráveis, tais como a pedra (mármore, pedra calcária, granito) ou metais (bronze, ouro, prata). Ou ainda, as que usaram técnicas para melhorar a durabilidade de certos materiais (argila, terracota) ou que empregaram os materiais de origem orgânica mais nobres possíveis (madeiras, marfim ou âmbar). Mas, de um modo geral, pode-se esculpir em quase tudo que consiga manter, pelo menos, algumas horas a forma idealizada (manteiga, gelo, cera, gesso, areia molhada). No entanto, essas obras efêmeras não podem ser apreciadas por um público que não seja da mesma época, pois se perdem rapidamente. BUSCANDO CONHECIMENTO A escolha de um material, normalmente, implica a técnica adequada a se utilizar e está diretamente ligada aos recursos naturais existentes em cada região. Introduzimos, abaixo, materiais e técnicas utilizados mais frequentemente, em diferentes regiões e épocas: ÍNDIA: As mais antigas esculturas do mundo foram feitas na Índia, em pedra, e somente mais tarde passaram a ser elaboradas em bronze. Alguns santuários, como o de Elbora, apresentam grandes estátuas esculpidas diretamente na rocha. A representação das passagens e ensinamentos de Buda encontram-se, hoje, no Paquistão e Afeganistão. Embora a Índia fizesse esculturas religiosas, Buda nunca tinha sido representado na forma humana, apenas por símbolos. CHINA: Produziu alguns vasos em bronze fundido. O período considerado a idade de ouro da China é a “Dinastia Tang”, com suas esculturas budistas, algumas monumentais, considerados tesouros da arte mundial. É interessante notar que lá não havia nus e poucos retratos, exceto nos mosteiros, onde eram mais comuns. JAPÃO: As esculturas japonesas eram em argilas, colocadas sobre tumbas, chamadas de “haniva”. A imagem em madeira do século IX de “Shakyamuni”, um Buda histórico, é atípica escultura da era “Heian”, com seu corpo curvado, coberto com um denso drapeado e com uma austera expressão facial AMÉRICAS: Encontramos algumas obras, em alto-relevo, decorando edificações Maia e Asteca do Peru ao México e algumas peças primitivas em madeira ou argila, geralmente, de caráter religioso. Só se começou a produzir arte, realmente, a partir do século XVI, já sob influência do barroco, com destaque para imagens religiosas em madeira, terracota e pedra macia. A escultura popular em argila do nordeste brasileiro, as obras em madeira e argila dos povos da Amazônia também possuem sua relevância no contexto atual. Shiva – Em Bronze Xian – guerreiros de terracota ÁFRICA: Encontramos esculturas especialmente em ébano e outras madeiras nobres. Além das divindades antropomórficas, têm especial interesse as máscaras rituais. ANTIGO EGITO: As esculturas do Egito tinham grandes dimensões e eram associadas à arquitetura. Possuíam regras rígidas: homens eram mais escuros que mulheres; as mãos de pessoas sentadas deveriam estar nos joelhos; cada deus tinha suas regras específicas de representação. Encontramos obras maravilhosas como a cabeça de Nefertiti ou a máscara mortuária de Tutancamon. UNIDADE 12 – TÉCNICAS ESCULTÓRICAS: ARGILA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Apresentar ao aluno algumas técnicas de modelagem em argila (de forma introdutória). ESTUDANDO E REFLETINDO Comece o processo amassando com as mãos lentamente a argila para aquecê-la e para aerá-la. Isso irá uniformizar a textura da argila. Uma vez que ela esteja homogênea será possível trabalhar com ela, abaixo veremos alguns métodos de modelagem de vasos. Divida sua argila ao meio com um fio rígido, e verificar se há bolhas ou lacunas. Uma vez que seu barro é amassado, tente um dos métodos abaixo para fazer o seu pote. BUSCANDO O CONHECIMENTO Método: Rolinhos de barro Uma vez que a argila está morna e flexível, faça uma bola do tamanho de um punho e enrole-a em uma longa corda que chamaremos bobina. O diâmetro da bobina irá determinar a espessura das paredes do seu vaso. Para o seu primeiro pote, faça suas bobinas um pouco mais grossas que um lápis, e cerca de 30 a 60 cm de comprimento mantendo espessura uniforme. Começamos criando o fundo, para isso, a partir de uma extremidade, enrole a bobina em uma espiral até que o fundo é o tamanho que você deseja. Você também pode criar o fundo modelando um disco de argila da mesma espessura que suas bobinas e depois cortar o excesso com uma faca, usando copo ou prato como. Prepare a argila para começar a trabalhar umedecendo com água ou barbotina (uma mistura fina de argila e água) a parte inferior das bobinas enquanto você trabalha. Isso vai melhorar a liga da argila e fazer o seu pote mais forte (funcionará como uma cola para ligar espirais de argila). Coloque a primeira bobina em cima da base, e enrole, criando uma parede. Para fazer o seu trabalho mais resistente e ligar os rolinhos de argila, alise o interior do pote, forçando para baixo o barro da bobina superior na parte da bobina que está abaixo dela. Para manter a forma do seu pote, apoie o lado de fora enquanto alisa o interior. Você pode suavizar tanto dentro como fora, se desejar. Para finalizar crie os seus contornos, ajustando o posicionamento das bobinas, e moldar o barro durante o alisamento e processo de fortalecimento. Adicione toda a decoração que desejar, e dependendo do tipo de argila que você está usando você pode secar o pote ou cozê-lo em um forno. Siga as instruções do fabricante sobre o método correto. Método: Moldando. Faça uma bola rolando a argila, faça um buraco com o seu polegar no meio da bola de argila para criar o fundo. Trabalhe os lados com os dedos polegar e indicador apertando a argila e pressionando para cima. Trabalhar em todo o interior, e com cada passagem, belisque a partir do fundo e movendo a argila para cima, repetindo até que o seu pote tenha a forma que você quiser. Alise o fundo pressionando a partir do interior contra a mesa que você está trabalhando, para que o fundo fique liso e plano. Alise o interior e o exterior do pote e decore. Método: Torno. Assim como nas outras técnicas, é necessário preparar a argila deixando-a morna e maleável, para tanto, bata sua argila, jogue-a firmemente de mão em mão, batendo-a em uma forma de bola. Para ajudar a argila a aderir ao torno, segue-o. Uma vez que começa a girar, a última coisa que você quer é uma bola de barro molhado voando pela sala. Coloque um balde de água onde você pode alcançar facilmente para molhar as mãos enquanto você trabalha. Coloque o barro o mais próximo do centro do torno que você conseguir, em seguida, pressione-o para baixo em uma forma cónica. Comece a girar o torno, conforme for aumentando a velocidade, molhe o barro, e com uma mão na lateral do cone de barro e a outra sobre ele, apertando o centro para fazer a parte interna. Use a mão superior para manter o barro controlado, impedindo que voe do torno. Você perceberá que o barro está equilibrado quando já não parecer que está balançando, mas ficar parado no centro da roda do torno. Não pare de girar. Molhando as mãos para trabalhar a argila, repita o movimento de cunha algumas vezes para levantar as laterais de seu pote. Certifique-se de manter o barro centralizado enquanto você trabalha. Modele com quatro dedos na parte interna do buraco, e use a outra mão para trabalhar ao redor até que a parte interna tenha o tamanho que você deseja. Trabalhe lentamente, puxando gradualmente o barro até a altura deseja, mas sempre com a mesma pressão. Se você quiser um pouco mais largo no gargalo, basta puxar para trás com os dedos de dentro para fora. Não fazê-lo muito difícil. Para remover o vaso acabado, molhe o torno (não o pote) e usando uma de linha de pesca dura tensa entre as duas mãos, puxe-a da parte de trás do pote em sua direção até o pote se soltar do torno UNIDADE 13 – PROJETOS TRIDIMENSIONAIS NA ESCOLA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Desenvolver no educando a capacidade de se relacionar, sentir e assumir uma consciência crítica frente à manifestação escultórica. Apresentar uma reflexão sobre o ensino da arte, para mostrar como ela é importante na formação dos alunos. ESTUDANDO E REFLETINDO O ambiente escolar é o local que pode e deve ganhar forma e relevo. Nem sempre essa linguagem é abordada nas aulas de arte, mas é bom sabermos que uma diversidade de técnicas e materiais simples permite aos alunos entrarem no mundo da tridimensionalidade com práticas criativas e interessantes, acompanhadas do embasamento histórico. Sabemos que o ensino da arte na educação básica, passa por mudanças significativas, pois mudou consideravelmente a realidade do contexto escolar. Mediante esse quadro de mudanças, percebemos a necessidade de compreendermos novos direcionamentos no ensino, inclusive da escultura, com desenvolvimento de práticas educativas mais significativas. Você, futuro educador, precisa ter consciência da existência de muitas técnicas tridimensionais, mas é importante, também, escolher uma estratégia inserida na realidade do aluno, não se esquecendo de que a construção do conhecimento é um processo muito pessoal. BUSCANDO CONHECIMENTO 1. PROJETO DESENVOLVIDO PELA PROFA. VALÉRIA PEIXOTO DE ALENCAR: é historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte). Objetivo Conhecer as diferentes formas de se realizar uma escultura. Comentários Aquela que é considerada a terceira das artes clássicas, pode ser estudada de forma lúdica, levando os alunos a ter familiaridade com os diversos materiais e aprender a observar obras de arte muito fáceis de serem encontradas no espaço urbano. Material Os textos sobre Escultura do site Lição de Casa são um ótimo ponto de partida. Para confeccionar esculturas: Argila ou massa de modelar Sabão em pedra Sucata Papelão Palitos de madeira de diversos tipos (para auxiliar na modelagem da argila) Estilete (para esculpir no sabão) Estratégias 1) Leitura e interpretação dos textos sugeridos. 2) Leitura de obras de arte (imagens que o professor tenha ou monumentos públicos) Atividades Confecção da escultura. Após a leitura dos textos, os alunos podem escolher uma técnica que eles considerem melhor para realizar a escultura. O sabão será utilizado em substituição da pedra, só para que eles percebam o que é cinzelação. O papelão pode substituir chapas de metal. Observe que todos os alunos não escolham a mesma técnica e material, para que dentro da sala de aula tenha uma amostragem de pelo menos três formas diferentes. 2. OBJETO, ESPAÇO E ARTE Profª. Marieta Ferber: é designer e diretora de arte. Desenha produtos e espaços, faz a criação e direção de arte de projetos gráficos e audiovisuais para cinema e TV. Trabalhou, no longa metragem ‘Ação entre amigos’, de Beto Brant; é autora das videoarte ‘Absurdo’ e ‘Pedras’ em que o objeto e suas manifestações são tema central. Um olhar crítico e prático sobre a relação dos objetos com a arte, os limites do útil e do estético, desde as esculturas à pop-arte, passando pelos ready-mades, instalações, arte pública e a forma como se relacionam com os espaços. A arquitetura como manifestação artística, a função como tema e o espaço de contemplação. Plano de Aulas: Aula 1. Escultura rumo à instalação, expressões tridimensionais. Apresentação de algumas das principais vertentes da produção contemporânea para análise dos pontos de contato entre a produção artística e o objeto útil. Aula 2. Apropriação do objeto na arte, Marcel Duchamp e o ready-made. O objeto-escultura no surrealismo. Salvador Dali. Louise Bourgeois Representação e abstração do objeto no neoplasticismo de Piet Mondrian. Aula 3. Proposta de Exercício: experiências que transformem o significado de objetos úteis, usando-os em uma instalação e/ou escultura, ou registrar o objeto, através da fotografia ou vídeo para colagens/montagens (o computador pode ser usado). O próprio corpo pode ser parte do trabalho, usado como objeto na colagem, na instalação ou na escultura/performance. Aula 4. A ‘arte da produção’ e o espaço arquitetônico no construtivismo. Vladimir Tatlin. A ‘arquitetura total’, o objeto incorporado no espaço, DeStijl e Bauhaus. Mies Van der Rohe e Laszlo Moholy-Nagy. Aula 5. Exercício pautado em aula teórica. Aula 6. Arte Pop, cultura de massa e cultura material. Andy Warhol, Allen Jones, Roy Lichtenstein, Robert Rauschenberg. Minimalismo. Donald Judd, Richard Serra. O objeto e o espaço das instalações. Dan Grahan. Objeto na arte conceitual. Grupo Fluxus, Joseph kosuth e Bruce Naumam. Aula 7. Exercício pautado em aula teórica. Aula 8. Noção de espaço interno e espaço externo. Intervenções urbanas e obras no espaço público. Christo. O objeto no espaço público, equipamentos urbanos. Aula 9. Exercício pautado em aula teórica e discussão em grupo do andamento da experimentação de cada aluno. Aula 10. Land-art e body-art, o corpo como objeto na paisagem. Robert Smithson, Richard Long, Yves Klein, Marina Abramovic. Performance. Grupo Fluxus, Joseph Bouys, John Cage e Laurie Anderson. Aula 11. Exercício pautado em aula teórica e discussão em grupo do andamento da experimentação de cada aluno. Aula 12. Hoje na arte: Sarah Lucas, Damien Hirst, Amilcar Packer, Cildo Meireles, Tunga. Apresentação dos trabalhos finalizados e análise em grupo de cada trabalho. Material necessário para o aluno levar nas aulas: Material definido junto aos alunos antes de cada aula prática. 3. PROJETO ESCULTURAS SONORAS Profs: Andrea Aly, Jerusa Messina e Vicente Régis A proposta desse projeto pedagógico foi buscar integrar as diferentes linguagens artísticas. Foi realizado nos meses de abril e maio e consiste na produção de corpos tridimensionais que revelam, aspectos de uma pesquisa visual e sonoro, com caráter investigativo e experimental. A ideia é que, enquanto resultado, as esculturas sonoras correspondam ao caráter plástico de uma escultura e, ao mesmo tempo, carreguem a possibilidade de serem exploradas musicalmente. Algo que seja bem resolvido plasticamente e que produza um som interessante e inusitado. 1º PASSO: Os alunos exploram individualmente as possibilidades sonoras de vários objetos e materiais cotidianos, tais como sucatas, canos, bexigas, colheres, panelas, e outros. 2º PASSO: Elaboração coletiva de escultura sonora, articulando as escolhas de sons descobertos individualmente com a maneira mais apropriada de estruturar sua forma escultórica. OBS: No decorrer do projeto, as aulas são permeadas por diversos momentos de apreciação de obra de arte, em que a música e as artes visuais estejam em diálogo, de modo que os alunos tenham referências concretas e contextualizem suas criações. Alguns dos artistas estudados forma Smetak, Tinguely, Fernando Sardo e Paulo Nenflidio. “Foi tudo muito desafiador e mágico, tanto durante a construção, enquanto ainda não sabíamos exatamente o que seria o resultado das escolhas e junções, quanto no momento em que já tínhamos as esculturas prontas e tantas possibilidades de “tocá-las”. O momento final, quando o Vicente chegou para gravarmos o som, foi muito especial e importante: os alunos organizaram e deram contorno às suas experimentações sonoras, amparados pelo olhar, pela escuta atenta e pelas orientações do professor de música” http://www.vila.com.br/blog/?p=5333 3º PASSO: O processo de trabalho foi documentado em vídeo para que todos possam apreciar as esculturas e as composições musicais criadas. 4. ARGILA, SEU USO NA SALA DE AULA Profª. VALÉRIA PEIXOTO DE ALENCAR Objetivos Conhecer técnicas para o trabalho com argila. Elaborar uma escultura. Comentários O uso da argila como material nas aulas de Artes é sempre recomendado, mas é preciso conhecer bem esse material, para poder orientar seu uso. Para as crianças, pode não ser uma modelagem tão fácil como a feita com massa de modelar, mas pode render trabalhos duradouros. Além disso, é muito importante o trabalho com materiais naturais. Material Os textos sobre Escultura do UOL Educação são um ótimo ponto de partida para iniciar o estudo. Para a atividade: argila tinta guache ou plástica (diversas cores) pincéis barbante palitos de soverte plástico ou jornal para forrar a mesa pote com água Estratégia Leitura e interpretação dos textos para que os alunos conheçam as características de uma escultura. Proposta do trabalho com argila, explicando seu uso. Uma sugestão é estipular um tema para que a sala produza objetos que se relacionem com o tema proposto. Atividade A execução da escultura deve seguir os seguintes passos: 1. Forre a mesa. 2. Mantenha a argila dentro do plástico, retirando, aos poucos, pedaços para a modelagem. 3. Mexa livremente com a argila. Oriente os alunos para que sintam sua consistência e pensem nas possibilidades que ela pode oferecer. 4. Comece a modelar, se necessário, umedeça a mão. 5. Deixe secar a sombra. http://educacao.uol.com.br/artes/escultura-1-a-arte-que-representa-imagens-em-tres-dimensoes.jhtm 6. Pinte. Observações Conheça e leve para a sala de aula tipos diferentes de argila. Se você comprar pacotes grandes de argila, poderá cortá-la em pedaços com o auxílio de um barbante. A Argila deve estar sempre úmida para ser modelada. Se a argila estiver molhada ou mole demais, sem plasticidade (que não quer se soltar das mãos), deve-se pegar um pouco dela e bater com um pedaço de madeira ou qualquer superfície que possa ser molhada, mudando os lados, até sair o excesso de água. As sobras de argila devem ser guardadas em plástico bem fechado e em lugar fresco. A pintura deve ser feita sobre a peça bem seca. UNIDADE 14 - MODELAGEM EM CERÂMICA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Esclarecer as singularidades da técnica em cerâmica, ressaltando suas ressonâncias individualizadas no processo experimental. Aperfeiçoar estudos na história da modelagem em cerâmica. ESTUDANDO E REFLETINDO Vamos estudar nessa unidade um pouco da história, tipos e modos para se modelar. Vamos ressaltar que nesse processo 3D gera muitas dúvidas porque não há um método claro que possa ser seguido por todos. Cada artista adota as suas próprias práticas e técnicas para gerar os modelos. A técnica que você vai encontrar aqui, com maiores detalhes, é a mais antiga das expressões plásticas que o homem pratica: a cerâmica. Vamos pensar no processo que envolve o indivíduo quando este realmente coloca a mão no barro. O homem percebe há uns quinze mil anos atrás, que o barro, o qual pisava com os pés, se colocado à ação do fogo endurecia, e consequentemente poderia usá-lo a seu benefício, na estocagem de líquidos ou de excedentes de alimentos. Isso mudou radicalmente a postura do homem, uma vez que não precisavam mais se deslocar para obter alimentos. Deixaram, portanto de serem nômades. Foi através da técnica da cerâmica que se iniciou o desenvolvimento estético da forma. Fonte da imagem: internet Fonte da imagem: internet As modelagens aparecem durante a antiguidade, quando os egípcios criam seus primeiros instrumentos domésticos. A técnica usada por eles variava de modelagem em barro seca ao sol à cerâmica de maior resistência, queimadas em forno. Essa técnica ainda é muito usada hoje em dia por grandes artistas plásticos. A cerâmica inicialmente aparece na modelagem de pequenas figuras, durante o período Paleolítico Superior. No Neolítico desenvolveu-se a cerâmica de vasos. O homem evoluiu e continuou com essa necessidade de pegar uma massa de barro em suas mãos e modelar alguma coisa. Isso ainda é muito frequente acontecer, principalmente nos grandes centros aonde pessoas vão à procura de uma atividade manual tentando encontrar um equilíbrio por nossas funções orgânicas. Acredita-se que esse processo ajude na integração do ser, uma vez poder ser praticada por qualquer um. Fonte da imagem: internet A cerâmica é considerada uma atividade que congrega e se relaciona com quase todos os ramos e aspectos da cultura humana. Por exemplo, sem ela, não existiriam dentaduras, foguetes e muito menos vidros. O material empregado na confecção da cerâmica é a argila, que deve passar por processo de queima para adquirir nova consistência. Com essa técnica podemos fabricar objetos artísticos, utilitários ou mistos. BUSCANDO O CONHECIMENTO Chega-nos, por tradição, que a técnica, envolve três áreas principais: Modelagem, Escultura, e Painéis Cerâmicos. A maior parte dos produtos fabricados em cerâmica é desenvolvida na área de modelagem, abrangendo desde objetos grandes como os pequenos, tais como vasos, cinzeiros, adornos, etc. Fonte da imagem: internet Já a área da escultura e dos painéis tem maior importância do ponto de vista da qualidade desses produtos, o que não exclui totalmente a confecção de modelagem artística. Ela utiliza-se mais de métodos industriais, como a colagem em moldes de gesso, prensagem industrial, fabricação através de torno, entre outros. Geralmente em cursos, onde se aprende modelagem utilitária, é muito comum entrarmos em contato com os processos e métodos utilizados, esquecendo que o foco principal deveria ser o da criação. A cerâmica, além das áreas que já falamos, envolve outras áreas de especialização, envolvendo-se no uso arquitetônico, na fabricação de revestimentos e azulejos, na decoração de interiores e móveis, ou mesmo sendo auxiliadores industriais, na área de engenharias, odontologia, e tantas outras. Fonte da imagem: internet É, portanto, um trabalho científico de muitas pessoas, que a cada dia buscam novas análises, técnicas e metodologias para melhorar o trabalho com argilas. UNIDADE 15 - A CERÂMICA ARTÍSTICA E A CERÂMICA INDUSTRIAL CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer os fundamentos da produção da cerâmica artística e industrial e a sua relação na sociedade contemporânea. ESTUDANDO E REFLETINDO Conseguimos perceber nítida distinção entre a cerâmica artística e a cerâmica artesanal ou industrial. A primeira está totalmente voltada e engajada ao momento estético; ela é obra única de seu criador. Fonte da imagem: internet Pensando na cerâmica industrial, sua posição é totalmente contrária à primeira, uma vez não existir “a peça única”, como falamos, e sim uma reprodução em larga escala. Fonte da imagem: internet No meio dessas duas encontramos o artesanato, com a mesma solução para todas as peças. Nessa produção artesanal nem sempre uma peça sai igual à outra, pois o trabalho é exclusivamente manual. Envolve sempre o mesmo modo de resolver os problemas, ou seja, repetem-se os mesmos esquemas para se conseguir o produto final. Fonte da imagem: internet O que nos interessa estudar, portanto, é o trabalho artístico com cerâmica, levando em conta sua criatividade e emoção. No momento seguinte, veremos mais detalhadamente os caminhos que nos levam à criação, o qual é um potencial inerente e necessário ao ser humano. Veremos também, detalhadamente as diversas técnicas no processo da modelagem em argila. BUSCANDO CONHECIMENTO O homem é e sempre foi muito criativo. Como vivemos inseridos dentro de um contexto sociocultural, nossa criatividade é moldados a partir deles. A criatividade é nato de cada indivíduo, enquanto que a criação são as realizações que produzimos em determinada cultura. Criar é dar forma às coisas, independente de como e quais os meios a serem utilizados. É através deles que conseguimos visualizar o pensamento. Na sociedade contemporânea, mesmo com as múltiplas exigências sociais e ao fluxo crescente de informação que temos, infelizmente, estamos passando por um processo de alienação humana em relação à criatividade e relações sociais. Isso é decorrente dessa sociedade capitalista em que vivemos que impossibilita o ser humano a criar e se realizar em sua vida no sentido mais humano. Por isso, a arte tenta reverter essa situação, resgatando a nós mesmos. Cabe ao artista o direito de expressar o seu ser e manter um posicionamento ativo frente à criatividade, condição esta que tem levado muitas pessoas a procurarem as diversas manifestações artísticas como solucionadores dentro desse processo. No simples fato de amassarmos o barro, já utilizamos a ferramenta básica do ser humano para formar e informar, que seria o nosso próprio corpo. Podemos com nossas mãos executar algo, realizar uma ação, e como estamos trabalhando com argila, nossas mãos é a parte do corpo que ganha maior evidência. Vamos agora partir para o estudo das diversas etapas do trabalho com cerâmica. A primeira fase seria a de “bater o barro”. A pessoa que pretende trabalhar com a argila precisa antes de começar seu trabalho, propriamente dito, bater o barro sobre uma superfície para retirar as bolhas de oxigênio presentes na massa. Esse processo é para evitar a explosão da peça, uma vez que ocorre a expansão dessas bolhas durante a queima. Esse movimento de “bater o barro” exige certa força, o qual automaticamente propicia um extravasar de energia, por parte de quem as faz. Modelagem direta, técnica da placa, técnica dos cordões e a técnica do torno elétrico é a diversidade de técnicas que podemos trabalhar com argila. Vamos separadamente estudar sobre cada um deles. UNIDADE 16 - APRESENTAÇÕES DE TÉCNICAS DE MODELAGEM CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Conhecer várias técnicas de modelagem. ESTUDANDO E REFLETINDO MODELAGEM DIRETA Na modelagem direta, o artista tem total liberdade para se expressar dando margem à sua imaginação criadora. Nessa técnica pegamos um bloco de argila e moldamos a massa em um fluxo livre, sem nenhuma intervenção, com nossas próprias mãos, qualquer forma. Forma essa, sem nenhum limite, revelando a qualidade da expressão pessoal. Outro aspecto dessa técnica é o fato de utilizarmos as mãos num movimento de alisar ou deslizar a massa. A esta ação está embutida a sensação de serenidade e quietude em nível de comportamento por quem o faz. É comprovado terapeuticamente, que essa técnica, pelo fato de alisar e deslizar propicia efeito sedante. É muito indicado para crianças com problemas disciplinares e de concentração e por indivíduos que necessitam de terapia pelo seu poder relaxante. Fonte de consulta: internet Fonte de consulta: internet TÉCNICA DAS PLACAS Posso comparar a técnica das placas, de um modo bem grosseiro, com o abrir a massa de um pastel ou de uma massa qualquer. Abrir a massa de argila engloba estende-la sobre um pano sem textura, e com um rolo esticá-la até ficar na espessura desejada. Duas ripas de madeira servem de parâmetro para se calcular essa espessura da placa. É muito utilizado na modelagem de pratos ou superfícies planas, embora com possibilidade de se fazer estruturas verticais apoiados por moldes de gesso ou papelão. Sua principal característica é a obtenção de uma superfície totalmente lisa, a qual dá chance ao artista criar uma infinidade de texturas sobre ela, extravasando assim seu poder criativo. A técnica de placa é simples e rápida. Sua indicação terapêutica está para indivíduos com problemas de ansiedade, uma vez que a peça pode ser realizada rapidamente, levando o paciente progressivamente a ir relaxando através da continuidade do trabalho. Fonte de consulta: internet Fonte de consulta: internet TÉCNICA DOS CORDÕES Nessa técnica conseguimos fazer utilitários domésticos como vasos, potes, bules, entre outros. É feita com rolinhos cilíndricos de argilas sobrepondo-os um ao outro. Entre as camadas é aplicada uma cola chamada barbutina, que é feita através da mistura do barro com vinagre. Antes de se aplicar a cola é necessário fazer texturas na superfície a ser colada favorecendo a união dos cordões. Percebemos, se compararmos com as outras técnicas já estudadas, que este requer uma maior paciência e calma por parte de quem os faz. Essa técnica é mais usada por pessoas detalhistas, pois conseguem obter melhores resultados finais. Ela é muito aplicada aos indivíduos mais atentos à observação e concentração, com o objetivo de desenvolver um comportamento mais tranquilo. Fonte de consulta: internet Fonte de consulta: internet TÉCNICA DO TORNO ELÉTRICO Das técnicas que já vimos, essa é a mais avançada no processo de modelagem e a que mais exerce fascínio sobre os praticantes. Consiste em fixar a argila no formato de bola no centro de um torno elétrico, fazendo movimentações com as mãos para modelá-las no formato que desejamos. Temos que molhar a peça com água durante o processo, e ela é moldada na velocidade da roda giratória do torno. Essa técnica geralmente é associada a certa dose de sensualidade, por causa do filme “Ghost”, onde a atriz
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