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Escultura e Modelagem (Questão 9 resposta correta I E III)

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ARTES VISUAIS 
ESCULTURA E MODELAGEM 
Rita de Cássia Bolzan
Caroline Galdino Ré
APRESENTAÇÃO 
Caros Alunos, 
Apresentamos a você a disciplina Escultura e Modelagem. 
O homem, como ser racional, sente a necessidade de expressar suas 
emoções, seus pensamentos, ideias e descobertas e, por sua vez, utiliza-se, dentre 
outras possibilidades, de manifestações artísticas. 
Tais manifestações abrangem desde as técnicas mais antigas, como pintura, 
escultura, arquitetura, até as mais novas tecnologias da comunicação e informação 
que possibilitam novas maneiras de codificar a informação, tais como a fotografia, 
artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação, entre outros. 
É certo notar que apesar de mudanças na maneira de se fazer arte, ela nunca 
perdeu seu valor. Proporciona-nos experiências únicas e não podem ser 
substituídas por nenhuma outra área do conhecimento humano. 
Bons estudos! 
Rita de Cássia Bolzan 
 
 
 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
EMENTA –Linguagem Tridimensional: Fundamentos básicos e conceituais da 
escultura. Pesquisa de instrumentos e materiais. Projetos tridimensionais com 
enfoque na arte contemporânea. A tridimensionalidade e o espaço. A construção 
poética escultórica com enfoque individual e grupal. Aspectos metodológicos da 
tridimensionalidade na educação básica. 
 
OBJETIVOS: 
 Reconhecer a tridimensionalidade como área do conhecimento autêntico e 
autônomo, respeitando o contexto sociocultural em que está inserida. 
 Conseguir socializar informações sobre essa manifestação artística através 
de vivências e experiências com a produção artística. 
 Estimular a criação crítica e social. Impulsionar mudanças no processo de 
produção e disseminação do conhecimento artístico através da 
tridimensionalidade. 
 Proporcionar vivências significativas, para que o aluno possa realizar 
produções individuais e coletivas. 
 
CONTEÚDO: 
Fundamentos básicos e conceituais da linguagem bidimensional e tridimensional; 
Projetos tridimensionais com enfoque na arte contemporânea; 
A tridimensionalidade e o espaço; 
Aspectos metodológicos do bidimensional e tridimensional na educação básica. 
 
METODOLOGIA: 
Adotamos para a disciplina uma metodologia que alia a teoria à prática, propiciada 
por meio de atividades que permitam, a partir de exemplos, a reflexão sobre a 
expressão bi e tridimensional. 
 
AVALIAÇÃO: 
No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, 
entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na 
avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e 
espaço pré-determinados, diferentemente, a avaliação a distância permite que o 
aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, a 
necessidade de estabelecimento de prazos. 
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes 
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 
1) Provas realizadas presencialmente; 
2) Trabalhos de pesquisa e atividade online. 
As estratégias de recuperação incluirão: 
1) Retomada eventual dos conteúdos abordados nas unidades, quando não 
satisfatoriamente dominados pelo aluno; 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, s.d.; 
JANSON H. W. e JANSON, A. F. Introdução à história da arte. SP: Martins Fontes, 
2009. 
KRAUSS, R. E. Caminhos da escultura moderna. SP: Martins Fontes, 2007. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
BARDI, P. E KLINTOWITZ, J. Um século de escultura no Brasil. SP: Museu de Arte de 
SP, 1982. 
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. RJ: LTC S. A, 1993. 
ITAÚ CULTURAL. Tridimensionalidade: a arte brasileira do século XX. SP: Itaú 
Cultural, 2000. 
NEISTEN, J. Feitura das artes. SP: Perspectiva, 1981. 
UNIDADE 01 – O INÍCIO DA ESCULTURA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Conhecer e reconhecer aspectos característicos que envolvem a 
construção de objetos tridimensionais e o início de sua utilização pelo homem. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 Prezado aluno, é importante antes de começarmos a estudar a 
tridimensionalidade, pensarmos um pouco na necessidade que temos de fazer arte, 
não nos atentando apenas às esculturas. 
Durante o transcorrer dos tempos, nossa vida vai se tornando mais complexa 
e mecanizada, sempre dividida por classes e interesses, o que nos torna, cada vez 
mais, seres isolados, esquecendo-nos daquilo que completa e une os seres 
humanos: o espírito coletivo. 
Principalmente com os avanços da ciência e da tecnologia, o homem se 
afasta de seu semelhante, sentindo-se desaparecer as mais simples condições de 
vida. 
Neste ponto, queridos alunos, entra o papel da arte, na tentativa de diminuir 
essa lacuna, lutando contra a complexidade e a mecanização humana. 
A arte é responsável, ainda, por permitir às comunidades explodirem seu 
poder criativo através das várias manifestações. 
É sabido que a arte é tão antiga quanto o homem. Foi utilizando ferramentas 
que o homem se fez homem, produziu-se a si mesmo. Indissoluvelmente ligados 
um ao outro, homem e ferramenta passaram a existir simultaneamente. Segundo 
Ernst Fischer, “o homem possui razão e mão, e foi a mão que libertou a razão 
humana produzindo consciência própria do homem. A eficiência é muito mais 
antiga do que o propósito; a mão é uma descobridora há mais tempo do que o 
cérebro”. (Fisher Ernst- “A necessidade da arte” – dezembro de 2009) 
Podemos comprovar sua citação, quando observamos uma criança 
desfazendo um nó: ela apenas experimenta, sem pensar. Somente depois, 
vagarosamente, a partir da experiência em desfazer o nó, é que vem a compreensão 
de como se fez e o melhor modo de desfazê-lo. 
Na pré-história, o homem ainda não tinha essa consciência clara da distinção 
entre a sua atividade e o objeto ao qual se relacionava; funcionavam apenas como 
uma unidade distinta. Somente a arte possibilitou recriar essa unidade entre o 
singular e o universal; elevando o homem de um estado fragmentado a um estado 
total e íntegro. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
 É na era Paleolítica que encontramos as primeiras manifestações artísticas, 
onde o homem desenhou imagens em paredes de cavernas. Já no Neolítico 
aprenderam a técnica de tecerem panos, de fabricar cerâmica e construir casas e, 
logo após a descoberta do fogo, deu início ao trabalho com metais. Portanto, como 
já disse anteriormente, a arte sempre fez parte da história de todos nós. 
Ao longo da história, o homem sempre produziu ferramentas para facilitar 
ou ajudá-lo em suas atividades. Ele, também produziu coisas que, apesar de não 
terem uma utilidade imediata, conseguiam demonstrar seus sentimentos diante da 
vida. Portanto, podemos notar que a arte pode ser entendida como a forma de 
comunicação; nela, podemos expressar como também receber ideias. 
Durante milhares de anos, acompanhando a ascensão e queda de cada 
civilização, essas três formas de arte – pintura, escultura e arquitetura- encarnaram 
as ambições, os sonhos e os valores culturais. 
Vamos atentar, nesse momento para a ESCULTURA; modalidade tão antiga 
quanto o homem na face da terra. 
Por definição, sabemos que se trata de uma arte que representa imagens 
plásticas em relevo. 
A escolha de um material a ser utilizado está intimamente ligada à técnica a 
ser empregada. 
Existem materiais tradicionais, que trataremos nas próximas unidades, como 
a pedra, metais, madeira, argila, entre outros, e mais contemporâneos, indo desde 
o plástico, moldagens com resinas, ou mesmo a utilização da luz coerente para dar 
uma sensação de tridimensionalidade. Basta sabermos, com o tempo, quais desses 
materiais serão duradouros ou não. 
O que nos importa, realmente, é saber que o artista plástico, no caso o 
escultor, produz suas obras, usando criatividade, sentimentos e ideias, criando 
volumes, formas e definindo espaços. 
Convido
você a fazer um passeio pelo tempo, focalizando os caminhos 
percorridos pela escultura. 
Assim como a história da arte, ela é 
também dividida por períodos e fases, de 
modo a facilitar o estudo e a comparação entre 
os diferentes movimentos artísticos. A história 
da escultura começa nos tempos pré-
históricos e caminha junto por todas as 
culturas. 
As mais antigas esculturas entalhadas 
forma feitas em ossos, marfim, pedra ou chifre. 
A Vênus de Willendorf, que você vê ao 
lado, data de 25.000-20.000 a.C. É uma das 
mais antigas figuras humanas conhecidas. Possui seios enormes, ancas largas e a 
cabeça redonda estilizada, constituindo mais um amontoado de esferas do que 
uma mulher individualizada. Provavelmente, era um fetiche de fertilidade, 
simbolizando abundância. Eram feitas em pedra ou marfim, em tamanhos 
pequenos, podendo ser transportados com facilidade. 
Venus de Willendorf 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 02 – HISTÓRIA DA ESCULTURA NA ANTIGUIDADE 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Analisar e compreender as evoluções técnicas e estilísticas presentes na 
escultura do período. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Entrando agora, na Antiguidade, encontramos os baixo-relevos na 
Mesopotâmia. Em parceria com a escrita cuneiforme, percebemos que os entalhes 
descrevem minuciosamente os feitos militares. 
Outro tema facilmente 
encontrado nos baixo-relevos são as 
narrativas mostrando a coragem 
pessoal do rei, durante as expedições 
de caça. Numa caçada típica, os 
criados incitavam os leões à fúria e 
depois os soltavam da jaula para que 
o rei os matasse. 
A escultura acima retrata o animal ferido, paralisado pelas flechas. As orelhas 
baixas e os músculos contraídos da figura transmitem a agonia da morte com muito 
realismo. 
Já, no Egito, sua temática era outra, limitando-se ao religioso, encontrando 
sua razão de ser na vida eterna do homem após a morte. 
Assim como na pintura, a escultura também obedecia a padrões rígidos de 
representação da figura humana, estabelecendo uma bem sucedida aliança entre a 
imitação realista e quase científica das formas naturais e sua idealização, e ainda 
hoje são prestigiados como modelos de beleza. 
“A leoa agonizante”- Nínive 
As esculturas em granito ou diorito 
eram feitas para durar eternamente. Na 
posição sentada ou de pé, possuíam poucas 
saliências, o que dificultava ainda mais que se 
quebrasse. Eram sempre na posição frontal, 
com muita simetria, e com os braços próximos 
ao torso. 
“Príncipe Rahotep e sua esposa Nofret” 
Akhenaton, escultor egípcio, deixa-nos 
obra marcante: o busto da rainha Nefertiti. O seu nome significa “a mais bela 
chegou”. É conhecida nem tanto em estilo realístico, mas sim, por apresentar novo 
sentido da forma, que procurou abranger a imobilidade tradicional dessa arte; não 
apenas os contornos, mas também as formas plásticas parecem mais suaves, 
maleáveis e antigeométricas. 
 A escultura torna-se uma das mais importantes 
expressões da cultura grega. Tem valor no campo 
artístico, assim como em inúmeras esferas da vida e do 
saber, tais como a religião, a política, a ciência, a 
decoração de espaços e edifícios públicos, o esporte, a 
educação e outros. Até hoje é considerada como uma 
referência para toda a cultura ocidental. 
 
Busto de Nefertiti 
 O nu masculino aparece com os gregos e as estátuas femininas evoluíram 
de totalmente vestidas para o nu sensual. Também as proporções ideais das 
estátuas representavam a perfeição do corpo e da mente. 
 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
Tão importante quanto as esculturas na antiguidade, a arquitetura da época 
também é vista como uma obra de arte, que remetia a uma cultura, região e até 
mesmo a crenças religiosas. Citando o Egito, no Antigo Império, temos como 
modelo arquitetônico as famosas pirâmides do deserto de Gizé, construídas por 
importantes faraós: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Essas pirâmides demonstram o 
domínio que os egípcios tinham em sua técnica de construção, já que as pirâmides 
foram construídas sem qualquer tipo de argamassa entre seus blocos e pedras, os 
quais formam suas imensas paredes. Tais monumentos retratavam a imponência 
do poder político e religioso dos faraós. 
 
 
 A Grande Pirâmide – Deserto de Gizé 
 
A estrutura das pirâmides não era feita de forma isolada; eram ligados 
imensos distritos funerários com templos e outras diversas edificações que faziam 
parte de celebrações religiosas, durante e após a vida do faraó. Ao redor das três 
grandes pirâmides (dos faraós Quéops. Quéfren e Quéops), encontram-se outras 
pirâmides menores e diversas mastabas (construções simples e retangulares) onde 
eram sepultados membros da família real e altos oficiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 03 - A ESCULTURA EGÍPCIA: MODELOS E MINIATURAS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Conhecer modelos de escultura egípcia. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
O modelo não é ainda uma “maquete de arquiteto”, pois teria sido utilizado 
como objeto de ritual de cerimônias a divindades solares e utilizado na 
“apresentação” durante os ritos de fundação de um templo. 
A segunda miniatura, feita em pedra, vinda de Dashour, é semelhante à 
apresentação de projeto de uma câmara mortuária. 
Este modelo representa as câmaras funerárias, ou melhor, o túmulo do faraó 
Amenemhat III, na pirâmide de Hawara. 
 
ESFINGE DE AMENEMHAT III 
O fato de o modelo estar inserido no contexto funerário, isso dificulta a 
classificação dele ser “maquete de arquiteto”. 
O terceiro modelo é o modelo para construção da galeria de entrada da 
pirâmide de Quéops. 
Nas escavações dentro dessa pirâmide encontraram-se duas galerias 
subterrâneas em rampa alinhadas. No ponto de encontro das duas, como você vê 
no esquema abaixo, encontra-se uma terceira passagem que descia perpendicular 
ao solo. Do ponto de encontro das galerias, apenas uma delas aprofundava-se 
abaixo do solo. 
 
DESENHO EM CORTE COM FIGURAS DA “PASSAGEM DE TESTE DE GIZÉ” 
 
No estudo dessa galeria encontrou-se desenhos de plantas e cortes, que foi 
interpretada como um modelo, em escala real, que serviu como peça auxiliadora 
aos mestres de obras à construção do acesso principal da pirâmide de Queops. 
A hipótese que encontramos a esse fato é que tais galeriais foram 
construídas como teste e referência tridimensional para a execução da pirâmide. 
 
 
DESENHO EM CORTE DA PIRÂMIDE DE GIZÉ, MOSTRANDO OS DOIS CORREDORES INCLINADOS EM 
RAMPA. 
 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Portanto, vimos que no Egito, os objetos em escala reduzida foram utilizados 
com várias funções e que eles mantinham, com o arquiteto da época, uma relação 
de intimidade adquirindo grande liberdade artística. 
Sabemos também que os egípcios possuíam rígidos padrões formais na 
composição, mas que, por uma razão ou outra, foram abolidas desses modelos 
arquitetônicos, possibilitando assim aos estudiosos, estabelecer relações entre a 
sociedade, a arquitetura e a arte egípcia antiga. 
Quanto a ser ou não um “modelo de arquiteto”, o contexto funerários em 
que estavam inseridos, o uso ritualístico em cerimônias e as características formais 
desses objetos não permitem classificá-los como tais. 
Sobre a arquitetura grega, o que nos chega são supostamente objetos 
encontrados em escavações e que provavelmente podem ter sido “maquetes de 
arquitetura”. 
Alguns objetos que vamos nos referir foram encontrados em Creta, datados 
entre 2000 e 900 a.C., e outros entre os gregos, entre 900 e 600 a.C. É interessante 
observar que Creta, devido aos constantes contatos com o Egito, com a Ásia menor 
e com o Oriente, recebeu influências marcantes em seus modelos arquitetônicos. 
 
VISTA LATERAL DO MODELO DE ARKHANES 
 
O modelo de Arkhanes que você vê acima foi encontrado próximo à região 
onde estão os palácios de Creta. São muito parecidos
com os verdadeiros, em um 
mesmo princípio formal de composição. 
Tanto na arquitetura da época como nas miniaturas, percebemos as mesmas 
soluções plásticas tradicionais, como a assimetria, a composição ortogonal com 
alternância entre formas quadradas e retangulares, a subdivisão do espaço definido 
por um quadrado menor dentro de um maior, agrupamento de novos quartos em 
torno de um núcleo central. 
Apesar de tudo isso, esse modelo de Arkhanes feito em escala, muito 
semelhante a arquitetura real, com detalhes de sua construção não pode ser 
classificado como “maquete de arquiteto” na integridade de seu significado e, 
infelizmente, atualmente não temos informações maiores para poder afirmar se é 
ou não trabalho de arquiteto. Ele pode sim, com certeza, ser classificado como um 
modelo didático, pois apresentam os princípios espaciais e os elementos formais 
da arquitetura da época. É visto sobre vários pontos de vista, variando de uma 
oferenda até um objeto decorativo. 
É, sem dúvida, uma peça de extrema originalidade por apresentar certas 
soluções de modelagem arquitetônica, como a possibilidade de montar e 
desmontar as partes; a possibilidade também de observar o dentro e o fora do 
espaço; a possibilidade de ver o todo e os detalhes mesmo em escala reduzida. 
Mesmo com todas essas argumentações presentes, assim mesmo, o modelo 
de Arkhanes não pode ser considerado como maquete de arquiteto, como já foi 
dito, por não caracterizar um modelo de projeto definido, reunindo apenas 
características de uma arquitetura residencial tradicional. 
 
 
UNIDADE 04 - OS MODELOS GREGOS E A ARQUITETURA 
MONUMENTAL 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Conhecer modelos gregos e a sua arquitetura monumental: o papel do desenho. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Partimos agora para os modelos Gregos e sua arquitetura monumental. 
Em escavações arqueológicas, perto de lugares consagrados, foram 
encontrados objetos, os quais nos levam a crer terem sidos utilizados como 
oferendas em rituais religiosos, prática essa em virtude de agradecimentos ou 
pedidos de proteção. 
 
TESOURO DE ATERIAS EM DELFOS – GRÉCIA, C. 500- 485 A.C. FOTO DE ARTUR ROZESTRATEN 
 
Os arquitetos ao realizarem seus projetos arquitetônicos utilizavam-se de 
desenhos com detalhes gravados diretamente nas paredes em escala 1:1. 
Existe forte polêmica entre autores, com relação ao papel do desenho na 
atividade desses arquitetos gregos. Uns defendem a ideia de que os arquitetos 
gregos não se valiam de desenho; outros, defendem a ideia de que os arquitetos 
compunham projetos completos com desenhos detalhados de suas obras. Outros, 
por fim, acreditam numa posição intermediária, ou seja, os desenhos inacabados, 
se completariam, em escala real, conforme a necessidade da obra. Acreditam que, 
a arquitetura Grega se compunha a partir de “regras de proporção”; a forma geral 
do edifício deveria ser igual e os arquitetos preocupavam-se apenas com os 
detalhes. 
Desses três grupos, os últimos é onde encontramos maior respaldo 
científico. 
 
COLUNAS E CAPITÉIS NO TEMPLO DE ZEUS OLÍMPICO, ATENAS, GRÉCIA. 
FOTO ARTUR ROZESTRATEM 
 
Concluimos que os gregos, ao invés de criar, optavam por cópias de 
modelos, onde o trabalho do artista se limitava em enriquecer a obra com detalhes. 
Esses detalhes ornamentais eram peças padronizadas inicialmente feitas em 
gesso, madeira, cerâmica e pedra. 
A obra abaixo é exemplo de um protótipo- “primeiro-tipo”- onde o artista 
utilizou o próprio molde na obra, ou seja, ele não foi descartado. 
 
CAPITEL CORÍNTIO – SÉCULO IV A.C. – GRÉCIA - FOTO VICGUINDA 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Quando mencionamos a arquitetura grega, o que mais desperta interesse a 
todos são os templos, em que os mesmo não foram criados para reunir um grupo 
de pessoas para cultos religiosos, e sim para proteger as esculturas de deuses e 
deusas do excesso de sol e chuva. O que podemos perceber de mais característicos 
nesses templos é a simetria entre o pronau – entrada - e o opistódomo – fundo. 
Esses templos eram construídos sobre uma base de três degraus. Sob o grau 
mais elevado – conhecido como estilóbata – eram erguidas as grandes colunas e as 
paredes do núcleo do templo. Haviam duas ordens seguidas como modelo: a 
Ordem Dórica e a Ordem Jônica. 
Na Ordem Dórica encontramos uma arquitetura mais simples, onde os fustes 
das colunas eram firmados no estilóbata diretamente. Os capitéis –acima dos fustes 
– eram bem simples. 
 
Partenon – templo de Ordem Dórica 
Na Ordem Jônica encontramos uma arquitetura mais leve, porém mais 
ornamentada, onde os fustes eram mais delicadas e não eram firmadas diretamente no 
estilóbata mas sim, sobre uma base mais ornamentada. Os capitéis eram mais enfeitados. 
No final do século V a.C. o capitel coríntio foi criado e muito utilizado no lugar do capitel 
jônico, variando e enriquecendo ainda mais a ordem jônica. 
 
 
Templo de Atena Niké, dedicado a deusa Atena – Ordem Jônica 
 
 
Exemplos de colunas Dórica, Jônica e Coríntia 
 
 
 
 
 
UNIDADE 05 – ESCULTURA MONUMENTAL: GRÉCIA E ROMA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Conhecer alguns detalhes sobre a escultura monumental na Grécia e em Roma. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Muito embora a Antiguidade não se restrinja à Grécia e a Roma, iremos nos 
focar nessas duas civilizações; não por serem melhores, mas por terem sido fonte 
de inspiração para outros períodos e passaram por constantes revisitas ao longo de 
nossa história. 
 A escultura monumental apresentada na Grécia Antiga teve seu início há 
cerca de 650 aC, e por volta de 600 aC foi um elemento importante na arte grega 
com um mercado em expansão. As obras do período são um conjunto de tudo o 
que poderia ser adornado e adorado tendo como meio a imagem tridimensional. 
Como exemplo podemos citar: figuras de culto aos deuses, santuários, adornos 
para lápides, decorações arquitetônicas, e eventualmente, estátuas e relevos para 
as casas dos que podiam pagar pelo luxo. 
De tudo isto, relativamente pouco resta: muito pereceu por causas naturais, 
mas ainda mais foi destruído, de forma intencional, durante a Idade Média. Muito 
embora algumas esculturas tenham perecido por desavenças religiosas, o motivo 
maior foi o valor do mármore como matéria-prima para cal e do bronze para a 
sucata, de modo que, a fim de sobreviver, a escultura teve que ser fora da vista e 
do alcance. 
Por outro lado, a arte romana nos proporciona um excesso de cópias de 
esculturas gregas, tanto do período clássico como do helenístico. Essas cópias, 
algumas do período helenístico tardio, mas em sua maioria romanas, dificultam e 
ajudam a estudar a escultura grega. Embora estejam longe da qualidade da obra 
original, elas são muito mais numerosas e sobreviveram ao tempo de modo que as 
cópias são uma referência essencial em qualquer pesquisa estilística da escultura 
grega. 
Na prática, a nossa compreensão do desenvolvimento da escultura grega 
depende da análise estilística das obras sobreviventes, apoiados por uma 
miscelânea de datas de registros históricos e inscrições. 
 
Os principais materiais para escultura 
grega eram de pedra (especialmente 
mármore) e bronze - calcário, terracota e 
madeira sendo muito inferior - e havia 
vários exemplos famosos de marfim, 
nomeadamente as estátuas criselefantina feitas 
por Fídias de folhas de ouro e marfim 
montado em base de madeira. 
O mármore, que foi utilizado desde o início, ocorre em diversos lugares e 
em torno do mar Egeu, embora não no sul da Itália e Sicília. Os gregos gostavam 
das variedades brancas com textura de médio à fino, com muito mais brilho do que 
o Carrara, muito utilizado pelos romanos e ainda comum nos cemitérios da Europa 
Ocidental. A pedra calcária, é abundante na maioria das terras gregas e algumas 
delas são de alta qualidade, tornando-se a pedra mais comum para as estátuas,
no 
século VII. 
A argila também era um material econômico para obra arquitetônica e 
escultórica, embora pouco durável. A madeira também era um material frágil e a 
julgar pelos registros antigos nunca esteve em uso regular para a escultura mais 
refinada, não obstante, possivelmente os moldes para as estátuas de bronze fossem 
feitos em madeira e argila. 
O bronze não era importante até a segunda metade do século VI, quando o 
martelar de chapa metálica foi substituída por molde oco, mas até o início do século 
Reprodução da 
estátua Atena 
Partenos na 
reprodução do 
Partenon em 
Nashville, 
Tennessee, 
EUA 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atena_Partenos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atena_Partenos
V era o meio preferido para a maioria dos tipos de estátuas (embora não para 
relevos e escultura arquitetônica). Estátuas criselefantina, que eram muito caras e 
talvez também muito facilmente danificadas, eram muito apreciadas como imagens 
de culto e eram mais comuns por volta da metade do século VI. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Outra inovação foi o princípio do apoio do peso, em que o peso do corpo 
se apoia em uma das pernas e o corpo segue esse alinhamento, dando a ilusão de 
uma figura em movimento. 
 A escultura romana originou-se da grega e permaneceu como uma 
referência constante ao longo de toda sua trajetória embora, sabemos hoje, que se 
desenvolveram gradualmente um estilo próprio, dando importante contribuição, 
tanto na retratística como na escultura decorativa dos grandes monumentos 
públicos, em que se desenvolveu um estilo 
narrativo de grande força. Painéis de figuras 
esculpidas representando feitos militares 
decoravam arcos de triunfo, sob os quais 
desfilavam os exércitos vitoriosos conduzindo 
longas filas de prisioneiros acorrentados. 
Devemos a Roma muito do que 
conhecemos da arte da Grécia Antiga, a qual 
teve importância fundamental na formulação 
da estética do Renascimento e do 
Neoclassicismo. 
 
 
 
 
Marcus Aurelius – Colina Capiloline 
UNIDADE 6 – ESCULTURA NA IDADE MÉDIA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Conhecer os trabalhos escultóricos e as técnicas da idade média. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Devemos a Roma muito do que conhecemos da arte da Grécia Antiga, a qual 
teve importância fundamental na formulação da estética do Renascimento e do 
Neoclassicismo. 
A escultura da Idade Média, 
como todas as manifestações 
artísticas dessa época, foi marcada 
por forte influência da Igreja 
Católica. 
No estilo Românico, assim 
como na pintura, a escultura teve 
caráter didático-religioso, uma vez que a maioria da população era analfabeta e a 
Igreja utilizou-se dessas imagens para ensinar os princípios da religião. 
No Estilo Gótico, embora também supervisionada pelo clero católico, 
prevaleceu o realismo. Os escultores retratavam os anjos, santos e personagens 
bíblicos dando-lhes aspecto real e humano. 
Deixo, caros alunos, de comentar a escultura bizantina, por não ter ela tido 
grande desenvoltura, pois sofreu fortes barreiras por causa de iconoclastia 
(movimento político-religioso contra a veneração de ícones e imagens religiosas). 
No período intermediário entre a modernidade e a Idade Média, 
encontramos o Renascimento; período marcado por grandes mudanças e 
conquistas culturais. Foi também marcado pelo aparecimento de grandes nomes 
como: Michelangelo, Donatello, El Greco, Filippo Brunelleschi, entre outros. 
 
 Pietá, de Michelangelo São João Evangelista, de Donatello 
É característica da escultura renascentista integrar o interesse pela 
observação direta da natureza com os conceitos estéticos idealistas desenvolvido 
pelo humanismo. Estando o homem colocado no centro do universo, sua 
representação assumiu também um papel central. Houve o florescimento de 
gênero nu artístico e do retrato. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Já a escultura da época barroca foi uma continuação natural do 
renascimento, pois ambos os movimentos se interessam pela antiguidade clássica, 
embora com interpretações diferentes, o que teria resultado em diferenças na 
expressão artística de cada período. Ela é marcada por intenso dramatismo, 
dinamismo, contrastes, assimetria, pelo excesso, exuberância das formas, faces 
expressivas, roupas esvoaçantes e uma tendência ao decorativo. 
 Êxtase de Santa Teresa - Bernini 
 
Santo André, de François Duquesnoy, basílica de São Pedro 
 
No barroco, houve grande variedade de estilos, embora todas com a mesma 
denominação. É importante notarmos que as mudanças introduzidas se originaram 
de um profundo respeito pelas conquistas das gerações anteriores e de um desejo 
de superá-las com a criação de obras originais, dentro de um contexto social e 
cultural. 
 
 
 
 
UNIDADE 07 – ESCULTURA BARROCA BRASILEIRA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Conhecer os trabalhos escultóricos e as técnicas do barroco brasileiro. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Você verá nesta unidade o “Barroco tardio” que aconteceu aqui no Brasil, 
introduzido pelos jesuítas, com intuito de doutrinação cristã. Portanto, o grande 
legado brasileiro está na arte sacra. 
Nosso Barroco recebeu influências europeias, embora adaptadas ao local. É 
preciso lembrar, aqui, que o contexto econômico da época era totalmente diferente 
do da Europa. Éramos inseridos em ambiente pobre e escasso, com tudo ainda “por 
fazer”. Por isso, o barroco brasileiro, apesar de todo o ouro empregado, foi acusado 
de pobreza e incompetência quando comparado com o europeu. 
Merece destaque Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como 
Aleijadinho, devido a uma deformação física que ele tinha. 
 
 
Vamos atentar à escultura 
realizada no Brasil, que acompanhou as 
correntes estéticas dos países do 
ocidente, especialmente dos europeus, 
de quem ganhamos as maiores 
influências. 
Ao longo da história do Brasil, o 
barroco foi o período que testemunhou 
um grande florescimento de um estilo 
unificado, só predominando a 
diversidade, a partir do século XX. 
No final do século XVI, observamos as origens das esculturas brasileiras, que 
coincidem com o início das construções de templos e edifícios públicos, sendo as 
obras, em sua maioria, importadas da Europa, especialmente de Portugal. 
Encontramos, também, algumas peças de devoção religiosa. O fundador da 
escultura nacional é conferida a Frei Agostinho da Piedade, com suas obras sacras 
barrocas, que podem ser equiparadas à 
grande tradição europeia. No mesmo estilo, 
deparamo-nos, também, com obras de 
grande qualidade do artista Frei Agostinho 
de Jesus. 
Entrando no século XVII e XVIII, com 
a descoberta de grandes riquezas em ouro e 
diamantes, aqui em nossas terras, houve 
condições para que a arte recebesse mais 
atenção, especialmente nas esculturas 
voltada à arte sacra. 
 
 
Frei Agostinho de Jesus 
“Nossa Senhora do Rosário” 
 Durante as missões, foi montado 
um grande acervo de escultura e talha de 
autoria indígena, recolhidas pelos padres 
Jesuítas. 
Com a descoberta de ouro e 
diamantes, as cidades mineiras, Ouro 
Preto, Diamantina, Sabará e Congonhas 
do Campo, tornaram-se o centro de 
templos, já num estilo rococó. Lá 
apareceu o primeiro escultor que 
marcou a arte nacional, o Aleijadinho. 
Aleijadinho morreu em 1814 e, 
com ele, não uma era, mas a tradição 
barroca, em descompasso com o que 
acontecia na Europa, continuou no Brasil 
até o início do século XX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
”Nossa Sra. da Piedade” - matriz de Sto. Antonio – Recife 
“São Francisco Xavier” 
arte missioneira (Museu 
Júlio de Castilhos) 
”Cristo orando no horto das Oliveiras” – Aleijadinho 
 
Substituiu-se, gradativamente, a madeira pelo 
mármore e pelo bronze e, a partir de 1850, aparece a 
técnica dos moldes em gesso oco, iniciando o 
processo industrial em larga escala de reprodução
de 
estatuária, o que provocou queda na qualidade geral. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Aos poucos, por volta de 1800, é notada uma modificação no estilo geral da 
arquitetura: as imagens agitadas e dramáticas perdem lugar, adequando-se à futura 
tendência do neoclassicismo. 
Abrem-se novos caminhos e novas buscas, no 
século XX, ligados às inovações tecnológicas e 
mudanças mundiais. 
Novas técnicas se aliam à arquitetura e à 
estatuária de fachadas, incorporando procedimentos 
industriais baratos e facilitadores como a técnica de 
moldes em cimento e estruturas de ferro ou aço. 
 
 
 
 
”Nossa 
Senhora 
Aparecida” 
Realizada na 
técnica do 
gesso oco 
 
Detalhe da fachada da antiga cervejaria Brahma – Porto Alegre 
 
 
 
UNIDADE 8 – IDADE MODERNA: NOVAS POSSIBILIDADES 
ESCULTÓRICAS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Aprofundar os conhecimentos na área de expressão tridimensional e 
desenvolver uma reflexão crítica e estética tridimensional 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Entramos no século XIX e a escultura, 
agora, se mostra renovadora, assumindo novas e 
mais amplas possibilidades de expressão. A 
escultura desvincula-se dos meios julgados 
convencionais e se abre para o uso de materiais 
diversos como: objetos descartáveis, aparelhos 
elétricos, têxteis, ready mades e materiais 
industriais. 
 
 Já a escultura de vanguardas do século XX 
e XXI vai devagar mostrando a importância da 
qualidade dos materiais. Tanto usando o 
mármore tradicional, como o plástico, o material 
sempre ganha uma rivalidade que compete com 
o valor da temática. 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
 No campo da escultura moderna Rodin foi um artista 
que merece aprofundamento em nossos estudos. 
Ele pertenceu mais ao século XX do que ao século XIX, 
pois apresentava uma escultura antiacadêmica. Trabalhou a 
tridimensionalidade, olhando por diversas facetas, causando emoções verdadeiras 
e de movimento e ousando desafiar os limites da estabilidade. 
É curioso observar que suas primeiras obras foram feitas na cozinha de sua 
mãe, com massa que ela usava para fazer pão. 
Sua primeira obra “O homem de nariz quebrado” (1864) não foi aceita no 
salão de Paris, pois foi tida como uma obra inacabada, segundo júri. 
 Entrou em contato direto com as obras dos 
artistas renascentistas, principalmente de 
Michelangelo e Donatello, dos quais muitas 
obras foram sua fonte de inspiração. 
 
 
 
 
A polêmica obra “A Idade de 
Bronze”, gerou comentários e críticas no 
meio artístico devido sua perfeição, 
levando os críticos a pensarem que teria 
usado um modelo vivo como molde. 
Seu reconhecimento artístico se 
deu com a obra “São João Batista 
pregando”. 
 
 
 
A partir dessa obra, recebeu a encomenda para a criação 
de uma grande porta de bronze para o Museu de Artes 
decorativas de Paris. 
Conhecida como a 
“Porta do Inferno”, essa 
obra teve início com temas de passagens da obra 
“Divina Comédia” de Dante Alighieri, que mais 
tarde assume outra temática, a das paixões humanas 
e a morte. Infelizmente, Rodin morre antes de 
terminar a obra. 
O homem de nariz quebrado 
http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/sojoobatistapregando.jpg
http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/a20porta20do20inferno2020auguste20rodin2020museu20dorsay20paris2020foto20beatriz20brasil.jpg
Estudando as esculturas clássicas, Rodin pôde perceber até que ponto uma 
parte da obra era capaz de representar o todo dela, coisa que ninguém jamais havia 
tentado. 
Em 1880, criou quatro grandes esculturas: “O Pensador”, “O Beijo”, “Os 
cidadãos de Calais” e “Filho Pródigo”. 
 
O Pensador O Beijo 
Os cidadãos de Calais 
 
 
 Filho Pródigo 
http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/pensadorblo.jpg
http://michelechristine.files.wordpress.com/2010/08/obeijo.jpg
 “O Pensador” é a principal e mais conhecida obra do francês Auguste Rodin. 
Foi criada em bronze, representando Dante em frente dos portões do inferno, em 
tamanho pequeno, sendo ampliada pelo autor, em 1904, para 1,80 metros. 
Essa escultura paradigmática é o símbolo mais sugestivo da figura humana 
presente e o nu na obra demonstra toda sua admiração por Michelangelo. 
“O Pensador” vai além do homem físico apenas. Eleva-o a uma dimensão 
maior do ser humano, o espiritual. 
O artista conquistou fama enquanto vivo principalmente no mercado 
europeu e americano. Hoje suas obras encontram-se nos mais importantes museus 
do mundo. 
Não passou despercebida pelos que viviam as mudanças daquela época e o 
nascimento de uma nova sensibilidade. Percebemos, claramente, um momento de 
transição, em que mais nada havia de definido ou estável. 
Angyone Costa diz: 
 O homem de agora assiste ao desenvolvimento de sua própria tragédia 
íntima sem acertar os caminhos que o levem às claras fontes de beleza(...) 
O momento é de confusão e de valores(...) O homem de agora não pensa 
como pensava o homem de um século atrás.(Costa Angyone- “A 
inquietude das abelhas” – 1927) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 9 – MODERNISMO BRASILEIRO E ESCULTURA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivo: Conhecer e compreender as mudanças escultóricas causadas pelo 
modernismo no cenário brasileiro. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Antes do sucesso da “Semana de Arte Moderna” (1922), a escultura brasileira 
era caracterizada por um absoluto conservadorismo. Destacamos aqui o artista 
Vitor Brecheret (1894-1955), natural de Farnese di Castro, Itália, que veio ao Brasil 
ainda menino, e com o passar dos anos se matriculou no Liceu de Artes e Ofícios 
de São Paulo. Sua ida para a Itália, em 1913, fez com que ele estudasse com o 
escultor Dazzi. Em 1920 integra-se ao grupo modernista e com sua arte, passa a 
ser uma inspiração do movimento; expõe diversas obras no Teatro Municipal de 
São Paulo, devido à Semana de 1922. 
 A “Semana de Arte Moderna” (1922) aconteceu em São Paulo, com uma 
proposta libertária e ousada. Os artistas apresentam esculturas apenas esboçadas 
e tratamento rústico de superfícies, explorando a materialidade, o que dava a 
sensação de inacabada, vindo a preparar os caminhos das esculturas abstratas a 
partir da década de 50. 
Tivemos, no modernismo, enorme variedade em termos de forma, técnica, 
temática e expressividade, o que gerou inúmeras correntes e estilos, sem uma linha 
central unificada, percebida até os dias de hoje. 
 
 
”Monumento às Bandeira” - Victor Brecheret 
 
“Mother and Child” - Jacques Lipchitz 
 
 O Movimento Concretista assinala a escultura 
brasileira contemporânea e é marcada pela 
acelerada expansão do abstracionismo, tanto de 
linhas geométricas como informais. 
 
 
 
 
 
”Unidade Tripartida” - Max Bill 
 
Expoente da escultura concreta – Amilcar 
Grandiosos projetos arquitetônicos, urbanísticos e artísticos aparecem em 
Brasília na década de 50, o que abre mercado para a produção de uma escultura 
monumental. 
 
Alfredo Creschiatti – Justiça – Brasília 
Já nos anos 60, os escultores inspiram-se na Arte Pop norte-americana (Pop 
Art), refletindo o clima tenso criado pelo regime militar imposto em 1964. Entre 
estes anos e a década de 1980 o Brasil viu ainda aparecerem obras conceituais, 
minimalistas, poveras, land art, instações, móbiles e obras que recuperavam 
elementos da arte popular. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
 Destaca-se também, no modernismo brasileiro, o artista paulistano Bruno 
Giorgi (1905-1985), que estudou escultura em Roma e Paris, e em 1940, tornou-se 
conselheiro de muitos escultores em início de carreira, que passariam a se tornarem 
grandes figuras no mundo da arte brasileira. Giorgi passou por diversas fases, por 
assim dizer, desde suas obras de ‘vulto’ até uma certa influência
barroca, devido a 
uma série de esculturas com suas imagens deitadas e reclinadas. As esculturas mais 
famosas de Giorgi estão presentes em Brasília, na praça dos Três Poderes, no lago 
e em frente ao Palácio da Justiça. 
 
Os Candangos ou Os dois guerreiros, Bruno Giorgi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Meteoro, Bruno Giorgi 
 
Justiça, Bruno Giorgi 
 
Todas essas inúmeras tendências, subtipos, gêneros mistos, técnicas, 
materiais e recursos acabaram se entrecruzando e fundindo. Essas linhas ainda 
continuam presentes na escultura mais recente, com soluções sempre novas e que 
se adaptam à evolução da arte e da sociedade. Esses artistas desfrutam da total 
liberdade de expressão, recursos e materiais oferecidos pela indústria e tecnologia, 
além de todo o acervo de técnicas e formas herdadas da cultura anterior. 
 
 
 
UNIDADE 10 – A QUEBRA DOS LIMITES NA IDADE CONTEMPORÂNEA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Acompanhar a evolução dos materiais, técnicas e temas apresentados na 
escultura contemporânea. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Vamos, nesta unidade, estudar e refletir um pouco sobre a escultura, que é 
marcada por uma notável tendência para a evolução das formas. 
Antes de começarmos o estudo propriamente dito, coloco abaixo algumas 
imagens para que você, com olhar descomprometido, apenas aprecie, observando 
as verdadeiras emoções e movimentos das obras, que desafiam os limites da 
estabilidade, criando assim, uma nova linguagem plástica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No campo da escultura, Auguste Rodin, como já abordamos em outra 
unidade, foi o artista que abriu caminhos para a arte de vanguarda. 
Ela vai afastar-se dos velhos padrões clássicos, ressaltando a importância da 
qualidade dos materiais. Portanto, o material vai competir com o valor da temática. 
A escultura contemporânea mantém alguns laços com a pintura, pois muitos 
escultores vão trabalhar influenciados pelo cubismo analítico. Como exemplo, 
podemos citar o artista Alexander Archipenko, que 
despersonifica as figuras, reduzindo-as a jogos rítmicos de 
formas geométricas. 
Simplificando a representação da figura humana, através de traços essenciais 
ou estilizados, Alexander Archipenko e outros artistas criam novos caminhos para a 
escultura, avançando no caminho da abstração. 
Nesse campo da abstração, foi importantíssima a obra de Brancusi, que 
considerava o valor dos materiais prioritários, sem uma temática preconcebida. 
São maravilhosas as obras do artista, tendo como referência a matéria com que cria 
volumes geradores de uma energia que conjuga a arte neolítica com uma atração 
pelo voo e pelo espaço. Inovam também as suas esculturas forte contraste entre 
texturas rugosas e as superfícies minuciosamente polidas. 
Obra de A. Archipenko 
Seguindo essa mesma linha de pensamento, Henri Moore é outro escultor 
que deixa sugestionar pelas formas contidas nos materiais, devendo a obra final 
produzir sempre as suas qualidades – peso, resistência, solidez e textura. Em suas 
esculturas de figuras humanas estilizadas, faz uma fusão de princípios arcaicos, 
surrealistas, abstracionistas e naturalista. 
 
 Não podemos deixar de falar aqui de outros dois 
grandes nomes: Jean Arp e Alberto Giacometti. 
Arp, na sua arte de 
esculpir “formas” e “não-
formas”, materializou o 
desejo de Cézanne que 
queria “unir as curvas das mulheres às encostas das colinas” 
 
 
Giacometti, em suas obras, volta-
se à natureza, onde mostra intenso 
confronto entre as figuras simples e 
esguias. 
No entanto, existe uma 
infinidade de novas celebridades no campo da escultura, a partir da segunda 
metade do século XX, experimentando novas aventuras estéticas. 
 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Terminamos essa etapa da disciplina, destacando as palavras de escultor 
contemporâneo Alberto Carneiro, cujas obras apresentam sempre a preocupação 
com questões fundamentais que ligam a arte à vida, com claras recordações do seu 
mundo rural e natural. 
 
 
“Desejo sempre que as minhas esculturas sejam um lugar para os outros, 
uma motivação para que haja um ato criador na contemplação. Procuro 
comunicar o meu mundo, que pode muito bem não ser o mundo que 
determinado contemplador encontrará se a sua formação e necessidade 
estéticas não coincidirem com as minhas. Considero que a obra de arte 
deve dar-se até ao ponto de poder ser recriada por quem a frui. Isso 
autentica a comunicação que se faz entre o criador e o contemplador no 
seio da coisa criada”. 
 
ALBERTO CARNEIRO – notas para um diário- 8 de julho de 1967. 
 
 
UNIDADE 11 – A ESCULTURA AO REDOR DO MUNDO: PESQUISA DE 
TÉCNCIAS E MATERIAIS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Introduzir o aluno aos fundamentos da linguagem tridimensional que 
possibilitam a construção de objetos, a composição espacial, possibilitando a 
articulação e operacionalidade com instrumentos. Reconhecer objetos plásticos por 
meio à apropriação de materiais diversos. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Notamos que, com o passar dos tempos, ocorrem grandes alterações nos 
procedimentos de produção, de transmissão e no uso do conhecimento. Estamos 
deixando de lado os suportes e ferramentas tradicionais, por outros, que melhor 
nos adaptem, segundo exigências do momento. Sabemos que eles estão cada vez 
mais presentes, mesmo com as dificuldades econômicas e sociais existentes. 
Os instrumentos artísticos vão desde o lápis ao computador, passando por 
uma infinidade de objetos que estão determinados para riscar, pintar, cortar, soldar, 
de acordo com os materiais e suportes a trabalhar. É deles que nos atentaremos a 
discutir nesta unidade. 
 Somente o homem possui a capacidade de admiração aos fatos estéticos. 
Sabemos também que, associados à arte estão as metodologias, técnicas, 
instrumentos e suportes que foram evoluindo através dos tempos. 
Associamos às artes visuais os mecanismos da visão, do cérebro e das mãos. 
Para desenhar, pintar ou esculpir, devemos utilizar os gestos com as mãos. Os 
instrumentos surgem, então, como objetos que fazem o prolongamento das mãos, 
facilitando-lhe a expressão das mesmas. 
Podemos dizer, então, que os instrumentos são os responsáveis pelo registro 
das ideias desse homem, materializando o pensamento. 
Os materiais e suportes estão na base deste processo, pois são 
transformados, através de instrumentos de acordo com metodologias e técnicas 
colocadas a serviço das ideias criadoras. 
Encontramos uma grande quantidade de materiais à serviço das artes visuais, 
tais como papéis, telas, acrílicos, vidros, barro, gesso, metais, madeira, etc. 
Os instrumentos, materiais e suportes artísticos mudaram muito no século 
XX, com a alteração e a integração de novos conceitos em arte. A “body art”, por 
exemplo, considera o próprio corpo humano como “material” e “suporte”. Os “ready 
made” tiram os objetos de seu uso habitual e 
deslocam para o mundo das artes. 
Portanto, muitos materiais e suportes 
não seguem regra rígida e são condicionados 
pelo caráter original da ideia expressiva, como 
é o caso das “instalações”, “happenings” e 
“performances”. 
 
 Durante muito tempo, materiais 
tradicionais, como a cerâmica, madeira, 
metal, vidro, etc. foram usados sem 
alteração na sua composição. No nosso 
século, entretanto, isso já não é mais tão 
habitual, pois tais materiais passam por 
processos tão sofisticados, que, muitas vezes, acabam até 
por serem irreconhecíveis. 
Torna-se a arte contemporânea, com toda essa diversidade de materiais e 
técnicas, um componente natural de nossa sociedade. Ela sofre profunda 
Instalação montada no Parque Mario Covas 
Performance de cabelo 
transformação; está em constante mudança, colocando o próprio conceito de arte 
em questão. Mas é fato que ela nunca desfrutou de tal popularidade como agora. 
Segundo Maurice de Sauzmarez, 
o instrumento,
seja ele um lápis, caneta, giz ou pincel fará manchas 
características da sua natureza e estrutura e o material ou meio 
manifestará uma resposta...conforme a sua natureza. 
(Sauzmarez, Maurice de. “Desenho básico: as dinâmicas da forma visual” 
– Lisboa, 1986) 
 
Nas artes visuais, como observamos, todo material e instrumento podem ser 
utilizados para criar uma obra. Abordamos, também, a existência dos mais 
tradicionais ou convencionais e os mais modernos e contemporâneos. 
Vamos atentar, agora, para o mundo em duas dimensões: “o comprimento 
e a largura”. Eles formam entre si uma superfície plana, sobre a qual podem ser 
dispostas marcas sem profundidade. É o caso do desenho, da pintura, da impressão. 
 
Só que nosso mundo é totalmente tridimensional. O que 
enxergarmos não é imagens planas, contendo apenas 
comprimento e largura, mas há um espaço com profundidade e ele 
é o nosso foco principal. 
A designação “escultura” implica modelar ou retirar resíduos de um volume. 
Nesses últimos 30 anos, a modalidade artística, conhecida por escultura, 
modificou os suportes, materiais e os procedimentos. Essas esculturas, alicerçadas 
no entalhe e na modelagem, dão lugar à invenção de obras tridimensionais que 
não se pautam por nenhuma das duas práticas, sendo construções em termos 
arquitetônicos e mecânicos. Verificamos, aí, dois parâmetros para conceber o 
objeto: o primeiro continua a conceber a forma em profundidade, dentro de uma 
tradição que remonta a Michelangelo; o segundo, interessado nos valores absolutos 
da forma pura, rejeita a tradição humanista e seus critérios orgânicos. 
Os artistas contemporâneos interessam-se pelo volume e pela massa; pelo 
jogo de cheios e vazios; pela articulação rítmica de planos e contornos. 
Os materiais pequenos, grandes, leves, pesados, flexíveis, duro, ou 
resistentes, são apenas variedades que poderão enriquecer o trabalho. Eles estão 
sempre ao nosso serviço. As ferramentas apropriadas são peças indispensáveis para 
o manuseio do material escolhido. Variam desde os alicates, goivas, facas, espátulas, 
tesouras, etc. até nossas próprias mãos. 
 As obras de arte que mais permaneceram na história foram as que se 
utilizaram de materiais mais perenes e duráveis, tais como a pedra (mármore, pedra 
calcária, granito) ou metais (bronze, ouro, prata). Ou ainda, as que usaram técnicas 
para melhorar a durabilidade de certos materiais (argila, terracota) ou que 
empregaram os materiais de origem orgânica mais nobres possíveis (madeiras, 
marfim ou âmbar). Mas, de um modo geral, pode-se esculpir em quase tudo que 
consiga manter, pelo menos, algumas horas a forma idealizada (manteiga, gelo, 
cera, gesso, areia molhada). No entanto, essas obras efêmeras não podem ser 
apreciadas por um público que não seja da mesma época, pois se perdem 
rapidamente. 
 
 BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
A escolha de um material, normalmente, implica a técnica adequada a se 
utilizar e está diretamente ligada aos recursos naturais existentes em cada região. 
Introduzimos, abaixo, materiais e técnicas utilizados mais frequentemente, 
em diferentes regiões e épocas: 
 
ÍNDIA: As mais antigas esculturas do mundo foram feitas na Índia, 
em pedra, e somente mais tarde passaram a ser elaboradas em 
bronze. Alguns santuários, como o de Elbora, apresentam 
grandes estátuas esculpidas diretamente na rocha. A 
representação das passagens e ensinamentos de Buda 
encontram-se, hoje, no Paquistão e Afeganistão. Embora a 
Índia fizesse esculturas religiosas, Buda nunca tinha sido representado na forma 
humana, apenas por símbolos. 
CHINA: Produziu alguns vasos em bronze fundido. 
O período considerado a idade de ouro da 
China é a “Dinastia Tang”, com suas esculturas 
budistas, algumas monumentais, considerados 
tesouros da arte mundial. 
É interessante notar que lá não havia nus e poucos 
retratos, exceto nos mosteiros, onde eram mais comuns. 
JAPÃO: As esculturas japonesas eram em argilas, 
colocadas sobre tumbas, chamadas de “haniva”. A 
imagem em madeira do século IX de “Shakyamuni”, 
um Buda histórico, é atípica escultura da era “Heian”, 
com seu corpo curvado, coberto com um denso 
drapeado e com uma austera expressão facial 
AMÉRICAS: Encontramos algumas obras, em alto-relevo, decorando edificações 
Maia e Asteca do Peru ao México e algumas peças primitivas em madeira ou argila, 
geralmente, de caráter religioso. Só se começou a produzir arte, realmente, a partir 
do século XVI, já sob influência do barroco, com destaque para imagens religiosas 
em madeira, terracota e pedra macia. 
A escultura popular em argila do nordeste brasileiro, as obras em madeira e 
argila dos povos da Amazônia também possuem sua relevância no contexto atual. 
Shiva – Em Bronze 
Xian – guerreiros de terracota 
ÁFRICA: Encontramos esculturas 
especialmente em ébano e outras 
madeiras nobres. Além das divindades 
antropomórficas, têm especial interesse 
as máscaras rituais. 
ANTIGO EGITO: As esculturas do Egito tinham grandes dimensões e eram 
associadas à arquitetura. 
Possuíam regras rígidas: homens eram mais escuros que mulheres; as mãos 
de pessoas sentadas deveriam estar nos joelhos; cada deus tinha suas regras 
específicas de representação. Encontramos obras maravilhosas como a cabeça de 
Nefertiti ou a máscara mortuária de Tutancamon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 12 – TÉCNICAS ESCULTÓRICAS: ARGILA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Objetivos: Apresentar ao aluno algumas técnicas de modelagem em argila (de 
forma introdutória). 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Comece o processo amassando com as mãos 
lentamente a argila para aquecê-la e para aerá-la. Isso 
irá uniformizar a textura da argila. 
Uma vez que ela esteja homogênea será possível trabalhar com ela, abaixo 
veremos alguns métodos de modelagem de vasos. 
Divida sua argila ao meio com um fio rígido, e verificar se há bolhas ou 
lacunas. Uma vez que seu barro é amassado, tente um dos métodos abaixo para 
fazer o seu pote. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Método: Rolinhos de barro 
Uma vez que a argila está morna e flexível, faça 
uma bola do tamanho de um punho e enrole-a em 
uma longa corda que chamaremos bobina. O 
diâmetro da bobina irá determinar a espessura das 
paredes do seu vaso. Para o seu primeiro pote, faça suas 
bobinas um pouco mais grossas que um lápis, e cerca de 
30 a 60 cm de comprimento mantendo espessura 
uniforme. 
Começamos criando o fundo, para isso, a partir de uma extremidade, enrole 
a bobina em uma espiral até que o fundo é o tamanho que você deseja. Você 
também pode criar o fundo modelando um disco de argila da mesma espessura 
que suas bobinas e depois cortar o excesso com uma faca, usando copo ou prato 
como. 
Prepare a argila para começar a trabalhar 
umedecendo com água ou barbotina (uma mistura fina de 
argila e água) a parte inferior das bobinas enquanto você 
trabalha. Isso vai melhorar a liga da argila e fazer o seu 
pote mais forte (funcionará como uma cola para ligar 
espirais de argila). Coloque a primeira bobina em cima 
da base, e enrole, criando uma parede. 
Para fazer o seu trabalho mais resistente e ligar 
os rolinhos de argila, alise o interior do pote, forçando 
para baixo o barro da bobina superior na parte da 
bobina que está abaixo dela. 
Para manter a forma do seu pote, apoie o lado de 
fora enquanto alisa o interior. Você pode suavizar tanto 
dentro como fora, se desejar. 
Para finalizar crie os seus contornos, 
ajustando o posicionamento das bobinas, e 
moldar o barro durante o alisamento e processo 
de fortalecimento. Adicione toda a decoração que 
desejar, e dependendo do tipo de argila que você 
está usando você pode secar o pote ou cozê-lo em um forno. Siga as instruções do 
fabricante sobre o método correto. 
 
Método: Moldando. 
Faça uma bola rolando a argila, faça 
um buraco com o seu polegar no meio da 
bola de argila para criar o
fundo. 
Trabalhe os lados com os dedos 
polegar e indicador apertando a argila e 
pressionando para cima. Trabalhar em todo 
o interior, e com cada passagem, belisque a 
partir do fundo e movendo a argila para cima, repetindo até que o seu pote tenha 
a forma que você quiser. 
Alise o fundo pressionando a partir do interior contra 
a mesa que você está trabalhando, para que o fundo fique 
liso e plano. Alise o interior e o exterior do pote e decore. 
 
Método: Torno. 
Assim como nas outras técnicas, é necessário 
preparar a argila deixando-a morna e maleável, para 
tanto, bata sua argila, jogue-a firmemente de mão em 
mão, batendo-a em uma forma de bola. Para ajudar a 
argila a aderir ao torno, segue-o. Uma vez que começa a 
girar, a última coisa que você quer é uma bola de barro 
molhado voando pela sala. 
Coloque um balde de água onde você pode 
alcançar facilmente para molhar as 
mãos enquanto você trabalha. 
Coloque o barro o mais próximo do 
centro do torno que você conseguir, 
em seguida, pressione-o para baixo em uma forma cónica. 
Comece a girar o torno, conforme for aumentando a velocidade, molhe o 
barro, e com uma mão na lateral do cone de barro e a outra 
sobre ele, apertando o centro para fazer a parte interna. Use a 
mão superior para manter o barro controlado, impedindo que 
voe do torno. Você perceberá que o barro está equilibrado 
quando já não parecer que está balançando, mas ficar parado no centro da roda 
do torno. Não pare de girar. 
Molhando as mãos para trabalhar a argila, repita o 
movimento de cunha algumas vezes para levantar as laterais de seu 
pote. Certifique-se de manter o barro centralizado enquanto você 
trabalha. 
Modele com quatro 
dedos na parte interna do 
buraco, e use a outra mão para 
trabalhar ao redor até que a 
parte interna tenha o tamanho que você deseja. Trabalhe lentamente, puxando 
gradualmente o barro até a altura deseja, mas sempre com a mesma pressão. 
Se você quiser um pouco mais largo no gargalo, 
basta puxar para trás com os dedos de dentro para fora. 
Não fazê-lo muito difícil. 
Para remover o vaso acabado, molhe o torno (não 
o pote) e usando uma de linha de pesca dura tensa entre 
as duas mãos, puxe-a da parte de trás do pote em sua 
direção até o pote se soltar do torno 
 
 
 
 
 
UNIDADE 13 – PROJETOS TRIDIMENSIONAIS NA ESCOLA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
 Objetivos: Desenvolver no educando a capacidade de se relacionar, sentir e assumir 
uma consciência crítica frente à manifestação escultórica. Apresentar uma reflexão 
sobre o ensino da arte, para mostrar como ela é importante na formação dos 
alunos. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
 O ambiente escolar é o local que pode e deve ganhar forma e relevo. Nem 
sempre essa linguagem é abordada nas aulas de arte, mas é bom sabermos que 
uma diversidade de técnicas e materiais simples permite aos alunos entrarem no 
mundo da tridimensionalidade com práticas criativas e interessantes, 
acompanhadas do embasamento histórico. 
Sabemos que o ensino da arte na educação básica, passa por mudanças 
significativas, pois mudou consideravelmente a realidade do contexto escolar. 
Mediante esse quadro de mudanças, percebemos a necessidade de 
compreendermos novos direcionamentos no ensino, inclusive da escultura, com 
desenvolvimento de práticas educativas mais significativas. 
Você, futuro educador, precisa ter consciência da existência de muitas 
técnicas tridimensionais, mas é importante, também, escolher uma estratégia 
inserida na realidade do aluno, não se esquecendo de que a construção do 
conhecimento é um processo muito pessoal. 
 
 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
1. PROJETO DESENVOLVIDO PELA PROFA. VALÉRIA PEIXOTO DE ALENCAR: é 
historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de 
Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, 
questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte). 
Objetivo 
Conhecer as diferentes formas de se realizar uma escultura. 
Comentários 
Aquela que é considerada a terceira das artes clássicas, pode ser estudada 
de forma lúdica, levando os alunos a ter familiaridade com os diversos materiais e 
aprender a observar obras de arte muito fáceis de serem encontradas no espaço 
urbano. 
Material 
Os textos sobre Escultura do site Lição de Casa são um ótimo ponto de 
partida. 
Para confeccionar esculturas: 
 Argila ou massa de modelar 
 Sabão em pedra 
 Sucata 
 Papelão 
 Palitos de madeira de diversos tipos (para auxiliar na modelagem da argila) 
 Estilete (para esculpir no sabão) 
Estratégias 
1) Leitura e interpretação dos textos sugeridos. 
2) Leitura de obras de arte (imagens que o professor tenha ou monumentos 
públicos) 
Atividades 
Confecção da escultura. 
Após a leitura dos textos, os alunos podem escolher uma técnica que eles 
considerem melhor para realizar a escultura. O sabão será utilizado em substituição 
da pedra, só para que eles percebam o que é cinzelação. O papelão pode substituir 
chapas de metal. 
Observe que todos os alunos não escolham a mesma técnica e material, para 
que dentro da sala de aula tenha uma amostragem de pelo menos três formas 
diferentes. 
2. OBJETO, ESPAÇO E ARTE 
Profª. Marieta Ferber: é designer e diretora de arte. Desenha produtos e 
espaços, faz a criação e direção de arte de projetos gráficos e audiovisuais para 
cinema e TV. Trabalhou, no longa metragem ‘Ação entre amigos’, de Beto Brant; é 
autora das videoarte ‘Absurdo’ e ‘Pedras’ em que o objeto e suas manifestações 
são tema central. 
Um olhar crítico e prático sobre a relação dos objetos com a arte, os limites 
do útil e do estético, desde as esculturas à pop-arte, passando pelos ready-mades, 
instalações, arte pública e a forma como se relacionam com os espaços. A 
arquitetura como manifestação artística, a função como tema e o espaço de 
contemplação. 
 
Plano de Aulas: 
Aula 1. 
Escultura rumo à instalação, expressões tridimensionais. 
Apresentação de algumas das principais vertentes da produção contemporânea 
para análise dos pontos de contato entre a produção artística e o objeto útil. 
Aula 2. 
Apropriação do objeto na arte, Marcel Duchamp e o ready-made. 
O objeto-escultura no surrealismo. Salvador Dali. Louise Bourgeois 
Representação e abstração do objeto no neoplasticismo de Piet Mondrian. 
Aula 3. 
Proposta de Exercício: experiências que transformem o significado de 
objetos úteis, usando-os em uma instalação e/ou escultura, ou registrar o objeto, 
através da fotografia ou vídeo para colagens/montagens (o computador pode ser 
usado). O próprio corpo pode ser parte do trabalho, usado como objeto na 
colagem, na instalação ou na escultura/performance. 
Aula 4. 
A ‘arte da produção’ e o espaço arquitetônico no construtivismo. Vladimir 
Tatlin. 
A ‘arquitetura total’, o objeto incorporado no espaço, DeStijl e Bauhaus. 
Mies Van der Rohe e Laszlo Moholy-Nagy. 
Aula 5. 
Exercício pautado em aula teórica. 
Aula 6. 
Arte Pop, cultura de massa e cultura material. Andy Warhol, Allen Jones, 
Roy Lichtenstein, Robert Rauschenberg. 
Minimalismo. Donald Judd, Richard Serra. 
O objeto e o espaço das instalações. Dan Grahan. 
Objeto na arte conceitual. Grupo Fluxus, Joseph kosuth e Bruce Naumam. 
Aula 7. 
Exercício pautado em aula teórica. 
Aula 8. 
Noção de espaço interno e espaço externo. Intervenções urbanas e obras no 
espaço público. Christo. O objeto no espaço público, equipamentos urbanos. 
Aula 9. 
Exercício pautado em aula teórica e discussão em grupo do andamento da 
experimentação de cada aluno. 
Aula 10. 
Land-art e body-art, o corpo como objeto na paisagem. Robert Smithson, 
Richard Long, Yves Klein, Marina Abramovic. 
Performance. Grupo Fluxus, Joseph Bouys, John Cage e Laurie Anderson. 
Aula 11. 
Exercício pautado em aula teórica e discussão em grupo do andamento da 
experimentação de cada aluno. 
Aula
12. 
Hoje na arte: Sarah Lucas, Damien Hirst, Amilcar Packer, Cildo Meireles, 
Tunga. Apresentação dos trabalhos finalizados e análise em grupo de cada 
trabalho. 
Material necessário para o aluno levar nas aulas: Material definido junto aos alunos 
antes de cada aula prática. 
 
3. PROJETO ESCULTURAS SONORAS 
Profs: Andrea Aly, Jerusa Messina e Vicente Régis 
 
A proposta desse projeto pedagógico foi buscar integrar as diferentes 
linguagens artísticas. Foi realizado nos meses de abril e maio e consiste na produção 
de corpos tridimensionais que revelam, aspectos de uma pesquisa visual e sonoro, 
com caráter investigativo e experimental. 
A ideia é que, enquanto resultado, as esculturas sonoras correspondam ao 
caráter plástico de uma escultura e, ao mesmo tempo, carreguem a possibilidade 
de serem exploradas musicalmente. Algo que seja bem resolvido plasticamente e 
que produza um som interessante e inusitado. 
1º PASSO: Os alunos exploram individualmente as possibilidades sonoras de vários 
objetos e materiais cotidianos, tais como sucatas, canos, bexigas, colheres, panelas, 
e outros. 
2º PASSO: Elaboração coletiva de escultura sonora, articulando as escolhas de sons 
descobertos individualmente com a maneira mais apropriada de estruturar sua 
forma escultórica. 
OBS: No decorrer do projeto, as aulas são permeadas por diversos momentos de 
apreciação de obra de arte, em que a música e as artes visuais estejam em diálogo, 
de modo que os alunos tenham referências concretas e contextualizem suas 
criações. Alguns dos artistas estudados forma Smetak, Tinguely, Fernando Sardo e 
Paulo Nenflidio. 
“Foi tudo muito desafiador e mágico, tanto durante a construção, 
enquanto ainda não sabíamos exatamente o que seria o resultado das 
escolhas e junções, quanto no momento em que já tínhamos as esculturas 
prontas e tantas possibilidades de “tocá-las”. O momento final, quando o 
Vicente chegou para gravarmos o som, foi muito especial e importante: 
os alunos organizaram e deram contorno às suas experimentações 
sonoras, amparados pelo olhar, pela escuta atenta e pelas orientações do 
professor de música” 
http://www.vila.com.br/blog/?p=5333 
 
3º PASSO: O processo de trabalho foi documentado em vídeo para que todos 
possam apreciar as esculturas e as composições musicais criadas. 
 
4. ARGILA, SEU USO NA SALA DE AULA 
Profª. VALÉRIA PEIXOTO DE ALENCAR 
 
Objetivos 
 Conhecer técnicas para o trabalho com argila. 
 Elaborar uma escultura. 
Comentários 
O uso da argila como material nas aulas de Artes é sempre recomendado, 
mas é preciso conhecer bem esse material, para poder orientar seu uso. Para as 
crianças, pode não ser uma modelagem tão fácil como a feita com massa de 
modelar, mas pode render trabalhos duradouros. Além disso, é muito importante 
o trabalho com materiais naturais. 
 
Material 
Os textos sobre Escultura do UOL Educação são um ótimo ponto de partida 
para iniciar o estudo. 
Para a atividade: 
 argila 
 tinta guache ou plástica (diversas cores) 
 pincéis 
 barbante 
 palitos de soverte 
 plástico ou jornal para forrar a mesa 
 pote com água 
 
Estratégia 
Leitura e interpretação dos textos para que os alunos conheçam as 
características de uma escultura. 
Proposta do trabalho com argila, explicando seu uso. Uma sugestão é 
estipular um tema para que a sala produza objetos que se relacionem com o tema 
proposto. 
 
Atividade 
A execução da escultura deve seguir os seguintes passos: 
1. Forre a mesa. 
2. Mantenha a argila dentro do plástico, retirando, aos poucos, 
pedaços para a modelagem. 
3. Mexa livremente com a argila. Oriente os alunos para que sintam 
sua consistência e pensem nas possibilidades que ela pode oferecer.
 
4. Comece a modelar, se necessário, umedeça a mão. 
5. Deixe secar a sombra. 
http://educacao.uol.com.br/artes/escultura-1-a-arte-que-representa-imagens-em-tres-dimensoes.jhtm
6. Pinte. 
 
Observações 
 Conheça e leve para a sala de aula tipos diferentes de argila. 
 Se você comprar pacotes grandes de argila, poderá cortá-la em pedaços 
com o auxílio de um barbante. 
 A Argila deve estar sempre úmida para ser modelada. 
 Se a argila estiver molhada ou mole demais, sem plasticidade (que não quer 
se soltar das mãos), deve-se pegar um pouco dela e bater com um pedaço 
de madeira ou qualquer superfície que possa ser molhada, mudando os 
lados, até sair o excesso de água. 
 As sobras de argila devem ser guardadas em plástico bem fechado e em 
lugar fresco. 
 A pintura deve ser feita sobre a peça bem seca. 
 
 
 
UNIDADE 14 - MODELAGEM EM CERÂMICA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Esclarecer as singularidades da técnica em cerâmica, ressaltando suas 
ressonâncias individualizadas no processo experimental. Aperfeiçoar estudos na 
história da modelagem em cerâmica. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Vamos estudar nessa unidade um pouco da história, tipos e modos para se 
modelar. Vamos ressaltar que nesse processo 3D gera muitas dúvidas porque não 
há um método claro que possa ser seguido por todos. Cada artista adota as suas 
próprias práticas e técnicas para gerar os modelos. 
A técnica que você vai encontrar aqui, com maiores detalhes, é a mais antiga 
das expressões plásticas que o homem pratica: a cerâmica. Vamos pensar no 
processo que envolve o indivíduo quando este realmente coloca a mão no barro. 
O homem percebe há uns quinze mil anos atrás, que o barro, o qual pisava 
com os pés, se colocado à ação do fogo endurecia, e consequentemente poderia 
usá-lo a seu benefício, na estocagem de líquidos ou de excedentes de alimentos. 
Isso mudou radicalmente a postura do homem, uma vez que não precisavam mais 
se deslocar para obter alimentos. Deixaram, portanto de serem nômades. 
Foi através da técnica da cerâmica que se iniciou o desenvolvimento estético 
da forma. 
 
Fonte da imagem: internet 
 
Fonte da imagem: internet 
As modelagens aparecem durante a antiguidade, quando os egípcios criam 
seus primeiros instrumentos domésticos. 
A técnica usada por eles variava de modelagem em barro seca ao sol à 
cerâmica de maior resistência, queimadas em forno. Essa técnica ainda é muito 
usada hoje em dia por grandes artistas plásticos. 
A cerâmica inicialmente aparece na modelagem de pequenas figuras, 
durante o período Paleolítico Superior. No Neolítico desenvolveu-se a cerâmica de 
vasos. 
O homem evoluiu e continuou com essa necessidade de pegar uma massa 
de barro em suas mãos e modelar alguma coisa. Isso ainda é muito frequente 
acontecer, principalmente nos grandes centros aonde pessoas vão à procura de 
uma atividade manual tentando encontrar um equilíbrio por nossas funções 
orgânicas. Acredita-se que esse processo ajude na integração do ser, uma vez 
poder ser praticada por qualquer um. 
 
Fonte da imagem: internet 
 
A cerâmica é considerada uma atividade que congrega e se relaciona com 
quase todos os ramos e aspectos da cultura humana. Por exemplo, sem ela, não 
existiriam dentaduras, foguetes e muito menos vidros. 
O material empregado na confecção da cerâmica é a argila, que deve passar 
por processo de queima para adquirir nova consistência. Com essa técnica 
podemos fabricar objetos artísticos, utilitários ou mistos. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
 
Chega-nos, por tradição, que a técnica, envolve três áreas principais: 
Modelagem, Escultura, e Painéis Cerâmicos. 
A maior parte dos produtos fabricados em cerâmica é desenvolvida na área 
de modelagem, abrangendo desde objetos grandes como os pequenos, tais como 
vasos, cinzeiros, adornos, etc. 
 
Fonte da imagem: internet 
 
Já a área da escultura e dos painéis tem maior importância do ponto de vista 
da qualidade desses produtos, o que não exclui totalmente a confecção de 
modelagem artística. Ela utiliza-se mais de métodos industriais, como a colagem 
em moldes de gesso, prensagem industrial,
fabricação através de torno, entre 
outros. 
Geralmente em cursos, onde se aprende modelagem utilitária, é muito 
comum entrarmos em contato com os processos e métodos utilizados, esquecendo 
que o foco principal deveria ser o da criação. 
A cerâmica, além das áreas que já falamos, envolve outras áreas de 
especialização, envolvendo-se no uso arquitetônico, na fabricação de revestimentos 
e azulejos, na decoração de interiores e móveis, ou mesmo sendo auxiliadores 
industriais, na área de engenharias, odontologia, e tantas outras. 
 
Fonte da imagem: internet 
 
É, portanto, um trabalho científico de muitas pessoas, que a cada dia buscam 
novas análises, técnicas e metodologias para melhorar o trabalho com argilas. 
 
 
 
UNIDADE 15 - A CERÂMICA ARTÍSTICA E A CERÂMICA INDUSTRIAL 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Conhecer os fundamentos da produção da cerâmica artística e industrial e a 
sua relação na sociedade contemporânea. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Conseguimos perceber nítida distinção entre a cerâmica artística e a 
cerâmica artesanal ou industrial. A primeira está totalmente voltada e engajada ao 
momento estético; ela é obra única de seu criador. 
 
Fonte da imagem: internet 
 
Pensando na cerâmica industrial, sua posição é totalmente contrária à 
primeira, uma vez não existir “a peça única”, como falamos, e sim uma reprodução 
em larga escala. 
 
Fonte da imagem: internet 
 
No meio dessas duas encontramos o artesanato, com a mesma solução para 
todas as peças. Nessa produção artesanal nem sempre uma peça sai igual à outra, 
pois o trabalho é exclusivamente manual. Envolve sempre o mesmo modo de 
resolver os problemas, ou seja, repetem-se os mesmos esquemas para se conseguir 
o produto final. 
 
 
Fonte da imagem: internet 
 
O que nos interessa estudar, portanto, é o trabalho artístico com cerâmica, 
levando em conta sua criatividade e emoção. 
No momento seguinte, veremos mais detalhadamente os caminhos que nos 
levam à criação, o qual é um potencial inerente e necessário ao ser humano. 
Veremos também, detalhadamente as diversas técnicas no processo da modelagem 
em argila. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
 
O homem é e sempre foi muito criativo. Como vivemos inseridos dentro de 
um contexto sociocultural, nossa criatividade é moldados a partir deles. 
A criatividade é nato de cada indivíduo, enquanto que a criação são as 
realizações que produzimos em determinada cultura. Criar é dar forma às coisas, 
independente de como e quais os meios a serem utilizados. É através deles que 
conseguimos visualizar o pensamento. 
Na sociedade contemporânea, mesmo com as múltiplas exigências sociais e 
ao fluxo crescente de informação que temos, infelizmente, estamos passando por 
um processo de alienação humana em relação à criatividade e relações sociais. Isso 
é decorrente dessa sociedade capitalista em que vivemos que impossibilita o ser 
humano a criar e se realizar em sua vida no sentido mais humano. 
Por isso, a arte tenta reverter essa situação, resgatando a nós mesmos. Cabe 
ao artista o direito de expressar o seu ser e manter um posicionamento ativo frente 
à criatividade, condição esta que tem levado muitas pessoas a procurarem as 
diversas manifestações artísticas como solucionadores dentro desse processo. 
No simples fato de amassarmos o barro, já utilizamos a ferramenta básica 
do ser humano para formar e informar, que seria o nosso próprio corpo. Podemos 
com nossas mãos executar algo, realizar uma ação, e como estamos trabalhando 
com argila, nossas mãos é a parte do corpo que ganha maior evidência. 
Vamos agora partir para o estudo das diversas etapas do trabalho com 
cerâmica. A primeira fase seria a de “bater o barro”. A pessoa que pretende 
trabalhar com a argila precisa antes de começar seu trabalho, propriamente dito, 
bater o barro sobre uma superfície para retirar as bolhas de oxigênio presentes na 
massa. Esse processo é para evitar a explosão da peça, uma vez que ocorre a 
expansão dessas bolhas durante a queima. 
Esse movimento de “bater o barro” exige certa força, o qual 
automaticamente propicia um extravasar de energia, por parte de quem as faz. 
Modelagem direta, técnica da placa, técnica dos cordões e a técnica do torno 
elétrico é a diversidade de técnicas que podemos trabalhar com argila. 
Vamos separadamente estudar sobre cada um deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 16 - APRESENTAÇÕES DE TÉCNICAS DE MODELAGEM 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
 
Conhecer várias técnicas de modelagem. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
MODELAGEM DIRETA 
Na modelagem direta, o artista tem total liberdade para se expressar dando 
margem à sua imaginação criadora. Nessa técnica pegamos um bloco de argila e 
moldamos a massa em um fluxo livre, sem nenhuma intervenção, com nossas 
próprias mãos, qualquer forma. Forma essa, sem nenhum limite, revelando a 
qualidade da expressão pessoal. 
Outro aspecto dessa técnica é o fato de utilizarmos as mãos num movimento 
de alisar ou deslizar a massa. A esta ação está embutida a sensação de serenidade 
e quietude em nível de comportamento por quem o faz. 
É comprovado terapeuticamente, que essa técnica, pelo fato de alisar e 
deslizar propicia efeito sedante. É muito indicado para crianças com problemas 
disciplinares e de concentração e por indivíduos que necessitam de terapia pelo seu 
poder relaxante. 
 
 
Fonte de consulta: internet 
 
Fonte de consulta: internet 
 
TÉCNICA DAS PLACAS 
Posso comparar a técnica das placas, de um modo bem grosseiro, com o 
abrir a massa de um pastel ou de uma massa qualquer. Abrir a massa de argila 
engloba estende-la sobre um pano sem textura, e com um rolo esticá-la até ficar 
na espessura desejada. Duas ripas de madeira servem de parâmetro para se calcular 
essa espessura da placa. 
É muito utilizado na modelagem de pratos ou superfícies planas, embora 
com possibilidade de se fazer estruturas verticais apoiados por moldes de gesso ou 
papelão. 
Sua principal característica é a obtenção de uma superfície totalmente lisa, a 
qual dá chance ao artista criar uma infinidade de texturas sobre ela, extravasando 
assim seu poder criativo. 
A técnica de placa é simples e rápida. Sua indicação terapêutica está para 
indivíduos com problemas de ansiedade, uma vez que a peça pode ser realizada 
rapidamente, levando o paciente progressivamente a ir relaxando através da 
continuidade do trabalho. 
 
 
Fonte de consulta: internet 
 
Fonte de consulta: internet 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DOS CORDÕES 
Nessa técnica conseguimos fazer utilitários domésticos como vasos, potes, 
bules, entre outros. 
É feita com rolinhos cilíndricos de argilas sobrepondo-os um ao outro. Entre 
as camadas é aplicada uma cola chamada barbutina, que é feita através da mistura 
do barro com vinagre. 
Antes de se aplicar a cola é necessário fazer texturas na superfície a ser 
colada favorecendo a união dos cordões. Percebemos, se compararmos com as 
outras técnicas já estudadas, que este requer uma maior paciência e calma por parte 
de quem os faz. Essa técnica é mais usada por pessoas detalhistas, pois conseguem 
obter melhores resultados finais. 
Ela é muito aplicada aos indivíduos mais atentos à observação e 
concentração, com o objetivo de desenvolver um comportamento mais tranquilo. 
 
 
Fonte de consulta: internet 
 
Fonte de consulta: internet 
 
TÉCNICA DO TORNO ELÉTRICO 
 
Das técnicas que já vimos, essa é a mais avançada no processo de 
modelagem e a que mais exerce fascínio sobre os praticantes. 
Consiste em fixar a argila no formato de bola no centro de um torno elétrico, 
fazendo movimentações com as mãos para modelá-las no formato que desejamos. 
Temos que molhar a peça com água durante o processo, e ela é moldada 
na velocidade da roda giratória do torno. 
Essa técnica geralmente é associada a certa dose de sensualidade, por causa 
do filme “Ghost”, onde a atriz

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