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DENIS HENRIQUE BENETTI BACCHI RA: 8086453 OS DESAFIOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA Tutor: Beatriz Consuelo Kuroishi Mello Santos Claretiano - Centro Universitário ITAPORÃ-MS 2021 1. CONTEXTUALIZAÇÃO/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Desde os tempos mais remotos em que a humanidade vivia da caça e da pesca, a matemática já existia na vida do homem, mesmo que de forma intuitiva, portanto, é considerada um processo da evolução humana. Ela foi incorporada à trajetória de desenvolvimento da humanidade, interagindo com as mudanças que ocorreram e continuam ocorrendo na sociedade. A matemática foi criada e desenvolvida de acordo com as necessidades do ser humano para sobreviver no meio social. Oliveira, Alves e Neves (2008), destacaram que o desenvolvimento dos conceitos matemáticos e seus aprimoramentos subsequentes ocorreram de forma gradativa e perceptível, e que a matemática foi continuamente criada e recriada de acordo com as necessidades de cada período histórico. Evidencia-se, então, que os professores precisam considerar a formação histórico-cultural dos alunos em suas atividades de ensino, bem como o da própria matemática. Afinal, o processo de ensino e aprendizagem ocorre por meio da interação, comunicação e socialização. Desse modo, o alicerce do processo educativo deve ser a atividade individual dos alunos, e toda a arte do educador deve se limitar a orientar e regulamentar tais atividades (VIGOTSKI, 2003, p. 75). Referindo‐se ao ensino da matemática, Micotti (1999) observa que a mediação do professor permite organizar as situações de aprendizagem do aluno para o saber matemático. Com o intuito de organizar o ensino, aliando teoria e prática, constituindo a ação de ensinar como atividade de ensino e consequentemente em atividade de aprendizagem para o aluno, cabe ao professor propor ações que gerem nos educandos a necessidade de solucionar problemas propostos, possibilitando a aprendizagem. Vale lembrar que o ensino da matemática é dinâmico e fundamento de todas as ciências (TAHAN, 2019). Nesse sentido, pensar em alunos e professores levará a uma compreensão profunda dos conhecimentos apresentados, pois aprender e ensinar matemática faz parte do processo e deve ser composto por conhecimentos relacionados. Realizar ensino de qualidade para que os alunos entendam o significado do conteúdo aplicado. Em outras palavras, é necessário enfatizar o significado compreendido quando o conhecimento atinge o nível de compreensão. Muitas são as reclamações sobre o modelo atual do ensino da matemática, enfatizando a descontextualização entre a matemática escolar e a usada na vida real dos alunos. Portanto, a realidade da educação matemática torna o currículo pouco atraente e, desse modo, o processo de ensino e aprendizagem da referida disciplina não obtém resultados satisfatórios, apresentando alto índice de reprovação. 2. JUSTIFICATIVA Segundo a Base Nacional Comum Curricular, o conhecimento matemático é necessário para todos os alunos da educação básica, por ser amplamente utilizado na sociedade contemporânea, ou porque tem potencial para formar cidadãos importantes, conscientizando-os sobre sua responsabilidade social (BRASIL, 2018). Há um consenso sobre as necessidades do ensino da matemática na educação básica, contudo, isso não significa que o ensino em si não seja objeto de debate. A matemática sempre ocupou um lugar de destaque na sociedade e gozou de posição privilegiada em relação às demais disciplinas, fomentando crenças e preconceitos. A própria sociedade acredita que a matemática é dirigida aos mais talentosos, e essa forma de conhecimento é inteiramente produzida por grupos sociais ou sociedades mais desenvolvidas e restritas. Apesar de sua importância, a matemática é considerada uma disciplina de difícil aprendizagem. Silveira (2002) explica que existe um sentimento preestabelecido na fala dos alunos de que a matemática não é fácil. Alguns pesquisadores como D’Ambrósio (2010), Bessa (2007) e Ogliari (2008), dão destaque à disciplina de matemática, principalmente quando o assunto é a necessidade de mudança no modelo de ensino adotado atualmente, sendo a vilã nos casos de reprovações. Portanto, um novo entendimento se faz necessário neste ponto, especialmente considerando a importância de novas visões sobre a disciplina de matemática e suas práticas de ensino. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Investigar e analisar as dificuldades de aprendizagem da matemática e os desafios que envolvem o ensino dessa disciplina. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS · Conhecer a história e origem da matemática; · Investigar tendências atuais na evolução matemática; · Compreender as dificuldades existentes no ensino da matemática; · Estudar os problemas norteadores das dificuldades no ensino-aprendizagem da matemática; · Identificar as principais causas das dificuldades nesse processo; · Analisar as teorias e práticas da Matemática no contexto escolar. 4. METODOLOGIA O trabalho desenvolvido é uma revisão narrativa da literatura, que segue os preceitos do estudo exploratório por meio de uma pesquisa bibliográfica, ou seja, elaborada a partir de material já existente, constituído de livros e artigos científicos (GIL, 2008). Inicialmente foi delineado o tema de interesse desta pesquisa, em seguida, foi realizada uma busca pelas bibliografias adequadas que pudessem subsidiar o trabalho. As fontes de pesquisa foram as mais diversas, como livros, artigos, monografias, leis e regulamentos, páginas da web, entre outras. Para Gil (2010), a pesquisa é um procedimento racional e sistemático cujo objetivo é fornecer respostas às questões levantadas. O autor ainda destaca que a pesquisa exploratória visa familiarizar mais as pessoas com o problema, tornando-o mais claro ou estabelecendo hipóteses. Nesse sentido, este trabalho busca, por meio da pesquisa, uma maior familiarização com o assunto, para, com base nisso, podermos fazer sugestões e trazer soluções conforme necessário. REFERÊNCIAS BESSA, K. P. Dificuldades de Aprendizagem em Matemática na Percepção de Professores e Alunos do Ensino Fundamental. 2007. 14 f. Trabalho de Conclusão de Curso. – Graduação em Licenciatura em Matemática da Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2007. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. D’AMBROSIO, B. S. Como Ensinar Matemática Hoje? SBEM, Brasília, ano 2, n.2, p.15-19, 1989. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010 MICOTTI, M. C. O. O ensino e as propostas pedagógicas. In.: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999. OGLIARI, L. N. A Matemática no Cotidiano e na Sociedade: perspectivas do aluno do ensino médio. 2008. 146 f. Dissertação de Mestrado. – Mestrado em Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. OLIVEIRA, J. S. B.; ALVES, A. X.; NEVES, S. S. M. História da Matemática: contribuições e descobertas para o ensino-aprendizagem de matemática. Belém: SBEM, 2008. SILVEIRA, M. R. A. “Matemática é difícil”: Um sentido pré-construído evidenciado na fala dos alunos. 2002. Disponível em: http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_25/matematica.pdf. Acesso em: 25 março 2021. TAHAN, Malba. O homem que calculava. 3 ed. Rio de Janeiro: Record, 2019. VIGOTSKI, L. S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.
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