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1 MASC – revisão para av2 + texto 3 da apresentação dos trabalhos + Lei de Mediação OBS: Recorte de livros da SESES e referências bibliográficas da aula. A dignidade da pessoa humana é a base fundamental do direito de acesso à justiça, a proteção da dignidade da pessoa humana impõe que se assegure aos cidadãos a possibilidade de "recorrer ao Poder Judiciário para a proteção dos seus direitos, especialmente aqueles que gozam de dignidade constitucional“ O acesso à justiça deve ser encarado como requisito fundamental de um sistema jurídico moderno e igualitário que pretenda garantir, e não apenas proclamar direitos a todos. Em síntese, a consagração do direito de acesso à justiça como direito fundamental demonstra sua importância e essencialidade para a promoção e preservação da dignidade da pessoa humana. Ainda que não se tenha dúvida da dignidade decorrente de sua qualidade de direito fundamental, a concretização ou a realização do direito de acesso à justiça encontra uma série de obstáculos de variadas naturezas. Esses obstáculos de acesso à justiça são: de natureza econômica, sócio-cultural e legal. Teoria do conflito A teoria do conflito aborda uma questão importante dentro da sociedade. Assim, ela esquematiza como cada indivíduo reage diante de um sistema que enaltece certas posições sociais. Isso evidencia uma óbvia desvantagem de uns em relação aos outros. Dessa forma, fomentando um conflito natural e que continua perdurando com o passar do tempo. Podemos notar que a hostilidade é um movimento comum a essa teoria. Isso é uma resposta imediata à opressão que a classe dominada sofre em relação a classe dominante. Mesmo em uma sociedade moderna como a nossa, o padrão continuará a se repetir. Dado o caminho em que nos encontramos, tende a se perpetuar. O conflito pode ser definido como um processo ou estado em que duas ou mais pessoas divergem em razão de metas, interesses ou objetivos individuais percebidos como mutuamente incompatíveis. Em regra, intuitivamente se aborda o conflito como um fenômeno negativo nas relações sociais que proporciona perdas para, ao menos, uma das partes envolvidas. O conflito é uma vontade em assumir posições que entram em oposição aos desejos do outro, envolvendo uma luta pelo poder, e sua manifestação pode ser explícita ou oculta atrás de uma posição ou um discurso. A palavra conflito deriva do antigo latim, e tem como raiz etimológica a ideia de choque, de contrapor ideias, palavras, ideologias, valores ou armas. Por isso, para que haja conflito é preciso, em primeiro lugar, que as forças confrontantes sejam dinâmicas, contendo em si o sentido de ação, reagindo uma sobre as outras. Diferentes percepções do conflito Quando pensamos em conflito, temos a tendência a imaginar, num primeiro momento, situações negativas, que envolvem embates, discussões, comportamentos indesejáveis e discordâncias que nos levam a decepções, angústias, desinteresses e, consequentemente, à diminuição da produtividade. Entretanto, é preciso entender que, em situações de conflitos, podemos encontrar discussões acaloradas que nos levam a 2 repensar nossas ações, originando uma mudança de comportamento quase sempre sadia. É natural a pessoa se acomodar quando nada difere ou discorda daquilo que ele diz ou faz. Por isso, em alguns momentos, o conflito é necessário, a fim de estimular o embate de ideias criativas e relevantes, aumentando a produtividade e eliminando a estagnação. No mundo corporativo, tanto oportunidades quanto problemas ocorrem a todo momento, entretanto, o empoderamento de um ou do outro depende da visão que temos sobre ambos: 1) se conseguirmos enxergar no problema um estímulo para o nosso crescimento, ele deixa de ser um problema para se tornar uma oportunidade. 2) Dependendo da perspectiva que usamos para enxergar o conflito, a visão e o objetivo que colocamos quando aplicamos nossos conhecimentos, a fim de transformá-lo de forma criativa, sem deixar de ser crítico, ele será positivo. Toda ação apresenta dois lados; precisamos analisar as diferentes respostas que ambos os lados nos trazem a fim de tirarmos dela o que melhor convier. Assim, podemos perceber que nem sempre o conflito se apresenta em algo negativo. Há, inicialmente, um desequilíbrio natural, para que assim possamos nos reorganizar de forma diferente e nos adequarmos as situações apresentadas e vivenciadas. Evoluímos quando somos contestados. Procuramos novas formas de nos superar, de nos recriar para os desafios que se apresentam Os conflitos geram repercussão positiva quando: 1) Servem de indicadores para analisar o que precisa ser melhorado; 2) Auxiliam o crescimento individual e organizacional; 3) Contribuem para que os objetivos e as metas sejam alcançados; 4) Estimulam a criatividade dos envolvidos; 5) Proporcionam a coesão entre as pessoas envolvidas, na medida em que se unem para obter uma resposta positiva. Os conflitos apresentam repercussão negativa quando: 1) Geram tensão e desacordo entre os envolvidos; 2) Geram desmotivação e incertezas, diminuindo a produtividade; 3) Provocam desvio do foco principal; 4) Criam situações que resultam em esperdício de tempo e esforços. → Conflitos negativos levam a estagnação, à perda de tempo, até porque o tempo a ser aplicado no trabalho é gasto com resoluções de problemas – desperdício de recursos materiais e humanos, ao desequilíbrio emocional, entre tantos outros aspectos. A animosidade acaba por atingir todo o setor ou departamento, contaminando outros colaboradores, dificultando a evolução pessoal e coletiva, diminuindo a produtividade e provocando o retrabalho. Isso tudo gera um ambiente de trabalho negativo e desagradável a todos. Pontos positivos e negativos do conflito 3 Visões do conflito Temos três visões sobre o conflito: visão tradicional, visão das relações humanas, visão interacionista. Visão tradicional: O conflito era considerado ruim e, portanto, deveria ser evitado. O conflito era visto como uma característica negativa no processo administrativo, sendo, por essa razão, contraproducente e resultante de falhas na comunicação e da falta de confiança entre as pessoas; portanto, poderia ser decorrente de uma falha dos administradores ao gerir as necessidades e as aspirações de seus funcionários. Nessa visão, o conflito indicaria disfunção no grupo ou na organização e era visto como desnecessário e prejudicial à empresa e às pessoas que dela fazem parte, resultando sempre em algo negativo à organização, provocando o desvio do foco no trabalho para atender o conflito gerado. A visão tradicional prevaleceu de forma intensa nas décadas de 1930 e 1940. Visão das relações humanas: O conflito é percebido como uma consequência natural e inevitável quando existem pessoas com ideias, necessidades e atitudes diferentes trabalhando no mesmo ambiente. Nessa visão, os conflitos são inerentes às relações sociais, não sendo necessariamente ruins; podem ser considerados uma força positiva que impulsiona o desempenho do grupo e da produtividade. A visão das relações humanas dominou a teoria sobre conflitos do final dos anos 1940 até a metade da década de 1970, embora contemporaneamente ainda seja considerada em algumas organizações. Visão interacionista: é a abordagem mais recente para a qual, além de uma força positiva, o conflito é considerado necessário para o desempenho eficaz de um grupo e, consequentemente, para a organização, impulsionando a criatividade e a inovação e aumentando, assim, a produtividade. Nessa visão, os gestores são incentivados a provocar, ainda que de forma leve, um clima de conflito na organização, suficiente para 4 tornar os colaboradores autocríticos e criativos. No entanto, pode se tornar um problema, caso o conflito saia do controle de quem o gerencia. Exige habilidades e competência do gestor, no sentido de controlar o grau e as consequênciasdo conflito gerado. → Conflitos são naturais, e em muitos casos necessários, Entretanto, muitos conflitos são desnecessários e destroem valores, causando prejuízos para as organizações e para as pessoas que nelas trabalham. Pensar em uma organização sem conflitos é irreal e utópico, porque as organizações são formadas por pessoas e estas, por sua vez, têm valores, princípios, necessidades, expectativas, pluralidade de interesses e formações diferentes. Então, se não é possível viver sem conflitos, é fundamental saber administrá-los, gerenciá-los e resolvê-los, caso contrário, o espírito de equipe e de cooperação pode ficar comprometido, ocasionando problemas relevantes a todos os envolvidos. TIPOS DE CONFLITOS Os conflitos são intrapessoais quando eles são próprios das pessoas e gerados pelos seus pensamentos e sentimentos, suas histórias de vida. Originam-se em conflitos internos e surgem em virtude de nossas escolhas, pensamentos e livre arbítrio Os conflitos interpessoais são aqueles existentes entre diferentes pessoas e existem por razões diversas, influenciadas por pensamentos, valores e princípios. Eles ocorrem entre pessoas pertencentes a determinado grupo e são estimulados pelas diferenças pessoais, de papéis, de conhecimento ou de formação. Os conflitos organizacionais são gerados por normas e condutas organizacionais, típicos de cada organização, desdobrando-se em muitos outros pontos. Ocorrem em decorrência de falha na comunicação ou pelas normas e regras impostas pela organização. 5 ESTILOS DE NEGOCIAÇÃO Todas as pessoas negociam diariamente, seja no nível pessoal, com amigos, família, ou com colaboradores na empresa, entre outros. A negociação é chave também para o sucesso nos negócios, uma vez que, uma empresa não sobrevive com contratos que não objetivam o lucro. Por isso, podemos perceber que habilidades de negociação são extremamente relevantes para o sucesso pessoal e profissional. Existem diferentes estilos de negociação, dependendo das circunstâncias: → Negociação de sucesso – negociação ganha-ganha A negociação em si é uma exploração cuidadosa da posição das pessoas envolvidas, com o objetivo de encontrar um compromisso aceitável para ambos, satisfazendo, mesmo que, não completamente, ambas as partes. Ambos os lados devem se sentir confortáveis com a solução final, mesmo que nem todas as suas expectativas sejam contempladas. A negociação eficaz ajuda-nos a resolver situações de conflitos resultantes de desejos, necessidades e interesses diferentes entre os envolvidos. O objetivo da negociação ganha-ganha é encontrar uma solução que seja aceitável para ambas as partes, satisfazendo, ao final do processo, ambos os lados do conflito, ainda que os dois tenham de ceder em alguns pontos. Para a negociação ser ganha-ganha, ambas as partes devem sair satisfeitas desse processo, possibilitando que boas relações de trabalho sejam mantidas. Isso define o estilo da negociação – gritarias e demonstrações emocionais são claramente inadequados, porque podem minar a base racional da negociação e trazem um aspecto manipulativo, indesejável em qualquer tipo de negociação. → Negociação ganha-perde 6 A negociação ganha-perde consiste em uma negociação para resolver problemas imediatos, contornando as situações-problemas para que a ação seja executada a contento, somente enquanto durar o conflito, sem a esperança de que o relacionamento tenha continuidade, uma vez que, se houver um lado vencedor e outro perdedor, dificilmente haverá condições necessárias a um convívio saudável. Esse tipo de negociação não é recomendada para a resolução de disputas entre pessoas que tenham um relacionamento contínuo: um lado sairá, quase sempre, prejudicado, o que ocasionará represálias e desavenças posteriores. Da mesma forma, usar truques e manipulações durante uma negociação poderá minar a confiança e prejudicar o respeito, a credibilidade e o trabalho em equipe. Ex: relacionamento do vendedor/empresa com cliente. Negociação perde-perde Na negociação perde-perde, os indivíduos envolvidos no conflito estão mais preocupados em impedir que o outro ganhe do que realmente encontrar uma solução eficaz para o conflito. Dessa forma, acabam ambos os lados cedendo, não se chegando a um resultado positivo para nenhum dos dois lados. Então pessoal fica assim: Negociação ganha-ganha: Ambos os lados devem se sentir confortáveis com a solução final, mesmo que nem todas as suas expectativas sejam contempladas. Aqui nesse tipo de negociação todos ganham. Negociação ganha-perde: Normalmente, uma das partes utiliza seu poder para impor soluções para o conflito, não abrindo possibilidades para que a outra se manifeste, e esta sai insatisfeita do processo. Negociação perde-perde: Ambos os lados envolvidos no conflito acabam cedendo e não se alcança um resultado satisfatório para nenhum dos lados. Negociar consiste em chegar a um consenso em que ambas as partes saiam satisfeitas. No mundo atual, altamente competitivo, voltado para a solução de respostas que contemplem um maior número de pessoas, no qual os espaços geográficos já não são impedimentos para ampliar os negócios, não existe mais espaço para negociação ganha- perde ou perde-perde. É preciso negociar com princípios bem definidos e ética, a fim de se obter um resultado benéfico para ambas as partes. Competências essenciais no processo de negociação Negociar tornou-se um processo-chave chave principalmente no meio empresarial, especialmente em virtude das novas demandas econômicas e sociais, da abertura de novos mercados e do aumento da concorrência, que incentivam o desenvolvimento da criatividade e a permanência das empresas no mercado globalizado. As exigências dos consumidores ficaram mais severas e estimuladas pela grande e diversificada oferta no mercado, obrigando as empresas a se voltarem para a inovação e para o crescimento sustentável, preocupadas não só com qualidade do que é ofertado, mas com responsabilidade socioambiental do que é produzido. A gente vive em uma época em que a sociedade está preocupada com a interação, a qualidade de vida, a inovação e a sustentabilidade. Então as empresas tiveram de desenvolver, com organização e criatividade, verdadeiras estruturas em rede, baseadas 7 na competitividade, nos novos clientes, nos novos mercados, na qualidade, na lucratividade e no crescimento sustentado. Todo esse movimento não ocorreu de um dia para outro, mas ao longo de décadas. Muitos instrumentos de acompanhamento foram criados para garantir esses fatores, enfatizando variáveis de negociação como> sistema ISSO, balanço social (é um conjunto de informações demonstrando atividades de uma entidade privada com a sociedade que a ela está diretamente relacionada, com objetivo de divulgar sua gestão econômico- social), gestão inteligente, formação do preço de venda. Habilidade e competência para negociar tem sido os objetivos de todos os profissionais em qualquer área de atuação, até porque o bom relacionamento e a convivência saudável entre as pessoas são elementos fundamentais para o sucesso pessoal e profissional. Toda negociação deve estar pautada no domínio de algumas competências. Eu quero falar agora sobre essas competências. 1º Inteligência emocional – O negociador precisa ter o domínio dos sentidos e das emoções, deixando de lado o aspecto instintivo e ater-se ao seu raciocínio. Tendo em vista que nas negociações muitas vezes as emoções afloram. Inteligência emocional é como eu lido com as emoções. Mais especificamente, a como se percebe, processa, compreende e tem habilidade de gerenciá-las, gerenciamento das emoções significa aptidão para lidar com os próprios sentimentos. Daniel Goleman (psicólogo americano) posicionou a Inteligência Emocional em cinco pilares: Autoconsciência – capacidade de reconhecer as próprias emoções Autorregulação – capacidade de lidar com as própriasemoções Automotivação – capacidade de se motivar e de se manter motivado Empatia – capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros Habilidades sociais – conjunto de capacidades envolvidas na interação social A inteligência emocional pode ser desenvolvida com disciplina e paciência, devendo ser praticada a todo momento, até que se torne um hábito. Outra parte importante da inteligência emocional é a segurança que ela traz. O negociador percebe as tendências da negociação até para mudar o rumo do que está sendo tratado. Dominar suas emoções e saber colocá-las em prática, quando necessário, torna-se fundamental no processo de negociação. 2º Assertividade Não se deve negociar sem ter certeza de suas convicções. Precisamos entender as seguintes questões: O que se espera dessa negociação? Como devo conduzi-la? Até onde vai a sua autonomia como negociador? É preciso, como negociador, ter bem claras as respostas a essas perguntas, sob pena de arruinar a negociação. É preciso conhecer os meandros do processo para que se possa 8 avançar ou retroceder, quando necessário. Assertividade tem a ver com coerência e pertinência. Expor ideias de maneira consciente facilita o convencimento do outro, já que negociar também é convencer, de forma positiva, o cliente, trazendo-o para o seu lado. Sem assertividade, não há como ter êxito. 3º Bom Senso A pauta da negociação deve estar fundamentada em coerência de proposições que levem todas as partes a se sentir satisfeitas. Isso é extremamente complexo, já que nem todos primam pelo bom senso, no ímpeto de ganhar a negociação, não cedendo um milímetro. Expor soluções que fogem do pragmatismo indicam propostas escassas, sem formação técnica e sem experiência. Então fuja de ideias mirabolantes que nada vão acrescentar ao processo. Essas ideias podem até ser boas, mas em nada contribuirão. 4º Confiança Nenhuma negociação se estabelece sem confiança. Todos os envolvidos na negociação precisam estar despidos de vaidades e de outros vícios ao empenharem sua palavra. Isso porque com arrogância e prepotência não chegamos a lugar nenhum. Se não houver esse cuidado, a negociação está fadada ao fracasso. Essa, infelizmente, é uma variável que dificilmente será revertida, diferente de outros princípios aqui propostos. Confiança envolve o caráter de cada um e talvez seja o principal fator de desgaste nas instituições. A pessoa que se sente enganada dificilmente voltará a estabelecer vínculos com quem a enganou. O problema de relacionamento passa a ser o ponto chave da questão. 5º Empatia É muito comum que as partes ou uma das partes ceda em algum momento da negociação. Caso contrário, não há como ter sucesso, ou será uma negociação ganha- perde, na qual só um lado sairá satisfeito. Colocar-se no lugar do outro e compreender que, naquele momento, aquela é a condição a se cumprir, talvez seja a forma correta para se chegar a um consenso. Negociar com sucesso é tornar ambos os lados vencedores. 6º Pensamento sistêmico Cada negociação é única, pois envolve elementos diferentes que se entrelaçam e se cruzam, caso contrário, não haveria negociação. Todas as varáveis precisam ser levadas em conta, sob pena de obstrução da negociação. A proposta é a interação e a integração entre os negociadores, agregando diferentes possibilidades e interesses diversos, levando a uma negociação ganha-ganha, em que o todo é maior que as partes somadas. 7º Resistência à frustração Quando uma negociação não gera o resultado esperado, as partes devem buscar novas chances de negócio, sem se deixar abater. Não se para na primeira tentativa e, muitas vezes, não se chega a um consenso no primeiro momento. Ao contrário, como o objetivo é ganha-ganha, muitas vezes devem ser inúmeras as buscas pelo sucesso. Não negociamos para só um vencer, mas até que todos ganhem. 8º Empoderamento 9 O negociador deve ser incentivado pelos superiores a ousar, mas sem que perca o foco na negociação. Ele deve analisar cuidadosamente a si e aos seus clientes e determinar ideias inovadoras, criativas, diferentes, colocando o cliente em uma posição confortável em relação aos seus concorrentes. O negociador que a cada negociação se fortalece por ela e com ela, com o aval daquele que o acompanha, vai formando um conjunto de ideias para futuras negociações. 9º Circularidade A circularidade (no sentido de agir em diversas frentes em movimento e conectadas) hoje é condição indispensável para qualquer processo humano, inclusive as negociações. O que o negociador faz aqui reflete imediatamente nas suas outras interações. Não há nada estanque e as redes de relacionamento, são cada vez mais abrangentes. Daí o cuidado de estabelecer relações honestas e transparentes. 10º Timing Existe um momento para agir. Se o negociador não tem essa percepção, a negociação não acontece e o processo “desanda”. São inúmeros os insucessos por agir precipitadamente ou, ao contrário, por perder o momento de se propor uma ideia – e isso não depende de critérios subjetivos. Um bom planejamento e um estudo mais aprofundado torna-se importante, a fim de se precisar as etapas da negociação, sob pena de “atropelar” o seu andamento. Gerenciar um conflito não significa eliminá-lo por meio da interação com pessoas, conciliando suas emoções e mediando seus interesses, vontades e expectativas. Prever tensões, identificar a origem e seus desdobramentos e, principalmente, encontrar soluções satisfatórias são ações que fazem parte do processo. HABILIDADES BÁSICAS EM NEGOCIAÇÃO Negociar é ter pode de persuasão, diplomacia e capacidade de chegar a soluções criativas, alcançando sucesso, na medida do possível, num resultado ganha-ganha na resolução de conflitos. Negociar, de modo eficaz, exige que o negociador seja capaz de se comunicar de forma eficiente, saiba ouvir e ler seu público, seja flexível e diplomático. Para que se faça uma negociação bem sucedida, é preciso domínio de algumas habilidades de modo a se tornar competente. Eu quero falar sobre essas habilidades: ↘ Analisar problemas – negociadores eficazes devem saber analisar o problema, identificando os interesses de cada uma das partes na negociação. Uma análise detalhada da situação ajuda a identificar o problema, as partes interessadas e as metas a se obter. ↘Preparar-se para a negociação – A preparação do negociador inclui a determinação de objetivos, as áreas de comércio e alternativas para as metas estabelecidas. Além disso, o negociador deve estudar o histórico da relação entre as duas partes e as negociações já ocorridas entre elas para encontrar pontos concordantes e objetivos comuns. Os precedentes e os resultados podem definir o tom para as negociações em curso. 10 ↘Saber escutar – A escuta ativa envolve a capacidade de ler a linguagem corporal, bem como a comunicação verbal. É importante ouvir a outra parte para encontrar áreas comuns durante a reunião. Escuta ativa é uma técnica de comunicação que ajuda a aumentar a compreensão entre o negociador e as partes, favorecendo um diálogo eficiente e um melhor relacionamento entre eles. Trata-se do esforço consciente para ouvir não apenas as palavras que estão sendo ditas pela outra pessoa, é preciso ir além, para compreender a mensagem de forma completa. Para isso, no momento da interação, o ouvinte/negociador presta atenção também na escolha das palavras, no tom de voz e até na linguagem corporal utilizada. Enquanto evita se distrair com outras coisas ao redor, ficar entediado a ponto de perder o foco ou mesmo formar argumentos enquanto a outra pessoa ainda está falando. Esse conceito foi criado porque, apesar de parecer muito simples, o ato de ouvir o outro requer um cuidado consciente. a maioria dos profissionais que precisam operar a escuta ativa não conseguem estabelecer um diálogo eficaz justamente porque apenas está escutando passivamente, e não assimilando e interpretandoa mensagem na sua totalidade. Seja pela quantidade de informação, pela falta de concentração, pelo ambiente ou qualquer outro fator que impeça uma conexão real entre as partes. Talvez você mesmo já deve ter passado por uma situação parecida, onde se perguntou se a pessoa estava realmente prestando atenção e se valia a pena continuar a conversa. Para evitar que isso aconteça, é necessário eliminar as distrações do ambiente. Essa técnica tem resultados excelentes em todas as situações que envolvem um relacionamento, mas principalmente em gerenciamento de equipes, mediação de conflitos e aconselhamentos. Como faço a escuta ativa?? você precisa ter em mente que a disposição para a escuta ativa precisa partir do ouvinte. Estou falando do esforço consciente de não apenas escutar as palavras ditas, mas entendê-las de fato, atentar para a linguagem corporal, a entonação da voz, olhar nos olhos. ↘Ter controle emocional – É vital que um negociador tenha a capacidade de manter suas emoções sob controle durante a reunião pode levar a resultados desfavoráveis. Ter autoconhecimento é fundamental para se desenvolver. É preciso ser honesto consigo mesmo sobre quem se é. Reconhecer suas fraquezas e forças não de modo emocional, mas de forma a analisar criticamente isso. É normal perguntarmos a uma pessoa o porquê de ela estar triste, e receber como resposta “eu não sei“. Essa falta de conhecimento indica falta de autoconhecimento. Essa pessoa tem dificuldade de analisar a situação e se analisar. Quando você consegue saber exatamente o que motiva sua tristeza, então você tem, controle emocional. Ter facilidade de perceber que as pessoas estão sentindo, e analisar seus gestos são atributos de quem tem controle emocional. ↘Ter boa comunicação verbal – Os negociadores devem ter a capacidade de se comunicar com clareza e eficácia durante a negociação. Mal-entendidos podem ocorrer se o negociador não indicar claramente o que espera da negociação. ↘Resolver problemas – Os indivíduos com habilidades de negociação tem a capacidade de buscar uma variedade de soluções para os problemas. Em vez de se concentrar no objetivo final da negociação, o indivíduo com habilidade pode se concentrar em resolver problema de forma a beneficiar ambos os lados da questão. 11 ↘Relacionar-se bem com outras pessoas – Negociadores eficazes tem boas habilidades interpessoais para manter uma relação de trabalho agradável com os envolvidos na negociação. Negociadores com paciência e capacidade de persuadir os outros sem usar de manipulação podem manter uma atmosfera positiva durante uma negociação difícil.
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