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Unidade II CUIDADOS À PESSOA E FAMÍLIA NA SAÚDE MENTAL E PSIQUIÁTRICA Profa. Dra. Cely de Oliveira Funções psíquicas – psicopatologia O ser humano se distingue de outros seres vivos por possuir linguagem articulada, atividade psíquica, raciocínio desenvolvido, além de dimensões biológicas, psicológicas, sociais, culturais, espirituais e intelectuais integradas entre si. No curso de sua vida, experimenta emoções, sentimentos, percepções, pensamentos, recordações, desejos e impulsos de forma integrada como resultado de suas funções psíquicas. A vivência desses fenômenos é parte do viver saudável do ser humano. A seguir, as funções psíquicas são conhecidas como: Funções psíquicas Descrição geral: aparência, comportamento e atitude perante o examinador. Psicomotricidade. Nível de consciência. Orientação. Fala. Pensamento: curso, forma e conteúdo. Percepção. Humor. Funções psíquicas Afeto. Atenção. Memória. Inteligência. Julgamento. Insight. Vontade. Consciência do eu. Impulsividade. Avaliação das funções psíquicas O enfermeiro, ao prestar cuidado ao cliente com distúrbio mental, precisa identificar as funções psíquicas alteradas, os sintomas presentes e, principalmente, as manifestações de comportamento decorrentes para poder determinar com segurança suas ações. Torna-se explícito, portanto, que para a compreensão do todo da pessoa com transtorno mental é necessária uma observação acurada do seu comportamento para conhecer suas diferentes dimensões. Avaliação das funções psíquicas Pata tal, tem de se observar o que ela pensa, faz, diz, suas emoções, seus afetos, como ela se relaciona consigo mesma e com os outros, como tudo isso é expresso ou acontece; quais influências biológica, cultural, ambiental, espiritual podem influenciar seu modo de ser no mundo. Essa percepção integrada do ser humano evidencia que físico e psíquico estão de tal forma integrados que permite a afirmação de que não há manifestações isoladas. Transtornos mentais e assistência de enfermagem A Organização Mundial da Saúde, OMS, alerta que uma em cada 10 pessoas no mundo, 10% da população global, sofre de algum distúrbio de saúde mental. Isso representa, aproximadamente, 700 milhões de pessoas. No entanto, apenas 1% da força de trabalho mundial de saúde atua nessa área. Segundo a OMS, quase metade da população global vive em países onde há menos de um psiquiatra para cada 100 mil pessoas. Transtorno do pensamento (esquizofrenia) A esquizofrenia caracteriza-se por distorções do pensamento, da percepção e de afetos inapropriados ou embotados. A consciência e a capacidade intelectual, em geral, estão preservadas, mas alguma deficiência cognitiva pode surgir com a evolução do transtorno. As manifestações mais comumente encontradas, segundo vários autores, podem ser organizadas mais didaticamente em três grupos: 1) sintomas positivos; 2) sintomas negativos; 3) distúrbios das relações interpessoais. Transtorno do pensamento (esquizofrenia) Intervenções de enfermagem: Encorajar o cliente a manter-se na realidade, aproveitando cada contato com ele. Pesquisar junto ao cliente suas habilidades e propiciar atividades de seu real interesse para mantê-lo na realidade e socializá-lo. Essas atividades devem ser simples, concretas e pertinentes ao cotidiano do cliente, à sua cultura e à capacidade de desempenho da pessoa. Estimular sua participação em pequenos grupos. Transtornos do humor (TH) Os transtornos do humor (TH) são caracterizados fundamentalmente pelas alterações patológicas que levam a pessoa a perder o controle sobre seu humor e seus afetos. Ao apresentar os transtornos do humor ou do afeto, é interessante compreender que o humor se refere a um estado emocional interno e duradouro que dá o colorido à vida psíquica das pessoas; o afeto é a expressão externa do tom emocional da pessoa. Os transtornos afetivos, conhecidos hoje como transtornos do humor, englobam uma gama de transtornos, classificados segundo a CID-10 conforme indicados a seguir: Transtornos do humor (TH) Episódio maníaco. Transtorno afetivo bipolar. Episódio depressivo. Transtorno depressivo recorrente. Transtornos persistentes do humor (afetivos). Outros transtornos do humor (afetivos). Transtorno do humor (afetivo) não especificado. Transtornos do humor (TH) Intervenções de enfermagem: Estimular e, se necessário, auxiliar o cliente na realização das atividades de autocuidado (alimentação, banho, vestuário e higiene íntima). Fornecer alimentos e bebidas ricos em proteínas e calorias, nutritivos e de fácil digestão. Oferecer refeições pequenas e frequentes. Monitorar a aceitação alimentar, permanecendo ao lado do cliente durante as refeições e, se possível, providenciar alimentos de sua preferência. Transtornos ansiosos A ansiedade é uma sensação comum a qualquer ser humano. O sentimento presente é único, difuso, vago, desagradável e complexo pelas inúmeras alterações fisiológicas presentes e faz parte do cotidiano. A ansiedade, diferentemente do medo, é gerada por um evento novo e desconhecido do indivíduo. No DSM-IV-TR, os transtornos de ansiedade estão divididos em: Transtorno de ansiedade generalizada. Transtorno de pânico com agorafobia. Agorafobia sem história de transtorno de pânico. Transtorno obsessivo-compulsivo. Transtorno de estresse pós-traumático. Transtornos ansiosos Intervenções de enfermagem. Minimizar estímulos. Manter uma postura empática e de tranquilidade. Auxiliar o paciente a identificar as situações ansiogênicas. Administrar medidas físicas de relaxamento, como banhos mornos, música etc. Ajudar o cliente a identificar sentimentos antes de um ataque ou no início. Transtornos somatoformes Somatização é todo mecanismo por meio do qual a ansiedade se traduz em doenças físicas ou queixas corporais. As doenças psicossomáticas (psoríase, asma, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras) diferem da somatização, pois esta pressupõe a presença de sintomas inexplicáveis, enquanto na primeira há a existência de mecanismos fisiopatológicos que explicam os sintomas apresentados. Transtornos somatoformes Os transtornos somatoformes dividem-se em: de somatização; conversivo; dismórficos corporal; hipocondria; somatoformes indiferenciado; doloroso; de somatização sem outra especificação. Transtornos somatoformes Auxiliar o paciente a reconhecer e enaltecer os pontos fortes e as conquistas. Incentivar o cliente à participação do processo decisório quanto ao cuidado. Avaliar a percepção que o cliente tem de sua imagem corporal. Auxiliar o paciente na visão de que sua imagem corporal está distorcida. Aceitar que a queixa física é real para o cliente, mesmo que não se encontre nenhum comprometimento orgânico. Ajudar o paciente a identificar os ganhos que a sintomatologia física proporciona. Transtornos dissociativos Dissociação é uma separação entre os elementos da unidade psiquiátrica, na qual consciência, memória, identidade e percepção do ambiente são alteradas temporariamente e um de seus aspectos deixa de funcionar integradamente aos outros, como se não pertencessem todos à mesma pessoa, não se podendo atribuir a isso qualquer causa orgânica. O DSM-IV-TR divide esses transtornos em: amnésia dissociativa; fuga dissociativa; dissociativo deidentidade; de despersonalização. Transtornos dissociativos Intervenções de enfermagem. Oferecer aceitação incondicional. Transmitir ao cliente que ele é uma pessoa de valor e capaz de cuidar de si próprio. Encorajar o paciente a cuidar de si mesmo. Auxiliar o cliente a trabalhar de modo ativo nas suas dificuldades pessoais. Estimular o indivíduo a expor suas crenças, suas convicções e suas preocupações sobre si mesmo. Transtornos de personalidade O transtorno de personalidade, conhecido também como sociopatia ou psicopatia, é evidenciado quando um indivíduo não demonstra adaptação e apresenta repertório limitado de respostas às situações comuns e estressantes, isto é, padrões de comportamento desajustados; não adaptados e inflexíveis. Ele tem, portanto, disfunção nos papéis sociais, familiares e ocupacionais, o que se inicia na infância ou no começo da adolescência e continua na idade adulta. Transtornos de personalidade Intervenções de enfermagem. Prevenir e impedir atuação impulsiva, ser consistente, definir e fixar limites e condutas aceitas, isto é, o que se espera do paciente. Avaliar, com o cliente, se seus planos para o futuro estão de acordo com a realidade. Oferecer ambiente terapêutico. Fortalecer as regras e as políticas inerentes. Interatividade Assinale a alternativa correta. Os transtornos de ansiedade estão divididos com exceção: a) Transtorno de ansiedade generalizada. b) Transtorno de pânico com agorafobia. c) Transtorno obsessivo-compulsivo. d) Transtorno de estresse pós-traumático. e) Transtorno de somatização. Resposta Assinale a alternativa correta. Os transtornos de ansiedade estão divididos com exceção: a) Transtorno de ansiedade generalizada. b) Transtorno de pânico com agorafobia. c) Transtorno obsessivo-compulsivo. d) Transtorno de estresse pós-traumático. e) Transtorno de somatização. Transtornos alimentares A conduta alimentar é motivada pelas sensações básicas de fome, sede e saciedade. Elas são geradas, controladas e monitoradas por diversas áreas: o hipotálamo (centro da saciedade) e várias estruturas límbicas e corticais. Os transtornos alimentares estão intimamente vinculados ao modo como o indivíduo vivencia seu corpo e (re)organiza sua imagem corporal durante a travessia da adolescência. Costumam acometer, basicamente, as mulheres, sendo raros entre os homens, embora não ausentes, mesmo que sem comprovação científica. Dividem-se em: anorexia e bulimia nervosas. Transtornos alimentares Intervenções de enfermagem. Evitar comentários sobre o ganho ou a perda de peso, assegurar que um aumento rápido de peso não é desejável. Oferecer apoio. Auxiliar o cliente a desenvolver uma percepção realista da imagem corporal e da relação com o alimento. Estabelecer contrato de aceitação mútua com o cliente para atingir a meta de 80 a 85% do peso corporal ideal, ou IMC igual ou superior a 19. Planejar e supervisionar as atividades físicas. Fenômenos das drogas lícitas e ilícitas Apesar de tema polêmico e bastante discutido por diferentes canais midiáticos, a discussão atual do consumo de substâncias psicoativas (termo que se refere tanto a drogas lícitas como ilícitas) parece transmitir a ideia de que estamos lidando com algo novo nos cenários nacional e internacional. No entanto, seu uso fez e fará parte da história da humanidade, atuando como papel de integração social entre indivíduos de diferentes ideologias, descontruindo, desse modo, a ideia de que a presença de drogas na sociedade é fato recente. Fenômenos das drogas lícitas e ilícitas Existem diversos padrões de consumo de álcool que variam de intensidade ao longo de um continuum de uso, no entanto, consideram-se inexistentes padrões seguros de consumo de substâncias. São considerados padrões de baixo risco à saúde aqueles compreendidos pelo uso de baixas doses de álcool, para evitar possíveis prejuízos. Outro padrão reconhecido é o uso de risco, caracterizado por um consumo de substância que aumenta a probabilidade de problemas de um modo geral, no qual o indivíduo se coloca em situação de perigo. Fenômenos das drogas lícitas e ilícitas O consumo de grandes quantidades de álcool em uma única ocasião é denominado binge drinking, sendo definido como de alto risco, ocasionando vários prejuízos (sexo sem proteção, baixo desempenho escolar, acidentes automobilísticos, brigas). Com relação às drogas ilícitas, o consumo delas pode levar à dependência e causar prejuízos sociais, familiares e o padrão de consumo é o que irá determinar a necessidade de intervenção ou não, e a escolha para o tratamento depende sempre do indivíduo, uma vez que alguns princípios orientam a assistência de enfermagem aos usuários de álcool e outras drogas, os quais não são diferentes dos princípios que norteiam o cuidado em outras áreas. Emergências psiquiátricas A emergência psiquiátrica é a condição mais difícil em psiquiatria e um teste de sua qualidade, podendo ser classificada como toda e qualquer alteração psíquica que requer uma intervenção terapêutica imediata e imprescindível com a intenção de prevenir conclusão danosa individual e social. Os eventos caracterizados como emergências psiquiátricas podem ocorrer em diversos cenários, como em prontos- socorros de hospitais gerais, unidades de internação psiquiátricas em hospitais gerais, hospitais psiquiátricos e em domicílio. Emergências psiquiátricas São condições consideradas como emergências psiquiátricas: suicídio; transtornos psicóticos; transtorno ansioso; uso e abuso de drogas; depressão unipolar; transtorno bipolar; comportamento de heteroagressividade e de violência. Emergências psiquiátricas Assistência de enfermagem em emergências psiquiátricas. O profissional de saúde precisa compreender se o indivíduo a ser atendido está apresentando uma urgência, uma emergência ou uma situação eletiva. Além disso, necessita identificar as urgências com rapidez, para que não se tornem emergências. Um processo decisório eficiente diante das condutas de atendimento a um paciente em emergência psiquiátrica se dá pela observação inicial de seu comportamento (aparência geral, nível de consciência, presença de hálito etílico etc.) seguida da realização dos exames psíquico e físico (inspeção, ao menos). Estratégias de comunicação terapêutica As estratégias de comunicação terapêutica foram classificadas em três grupamentos, segundo sua finalidade e sua complexidade. São eles: Grupamento expressão: facilita a descrição de pensamentos e sentimentos sobre a experiência que os desencadeou. Grupamento clarificação: utilizado para ajudar na compreensão ou na clarificação das mensagens enviadas pelos clientes. Grupamento validação: oferece ao enfermeiro a oportunidade de verificar a compreensão das mensagens veiculadas entre os interlocutores. Correntes psiquiátricas e tratamento em transtorno mental A tentativa de explicar os distúrbios mentais, e por consequência seu método de tratamento, oscilou desde a Antiguidade até o período contemporâneo sob três tendências: a tentativa de explicar as doenças da mente em termos físicos, isto é, o método orgânico, a tentativa de encontrar explicações psicológicas e sociais e a tentativa de lidar com o não conhecido por meio de explicações sobrenaturais. Avanços do conhecimento em saúde mental e psiquiatria Nas últimas décadas, o conhecimento em saúde indica apenas os principais resultados de pesquisa nas áreas de: Neurociências: Genética. Epidemiologia: estudos do impacto dos transtornos mentais. Terapêutica: Psicofarmacologia. Serviços de atendimento em saúde mental e psiquiatria Os serviços preconizados pelo Ministério da Saúde são: Serviços de Residências Terapêuticas (SRT). Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Centros de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas (CAPS-ad). Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS-i). Internação hospitalar (geral e especializado). Comunidades terapêuticas. Padrões de assistência Padrões de assistência de enfermagem são parâmetros que determinam as ações de enfermagem e os limites de atuação do enfermeiro. São eles que permitem uma avaliação mais objetiva da prática de enfermagem, garantindo, assim, a qualidade. O enfermeiro tem de se manter alerta para acompanhar as evidências científicas com o objetivo de aplicá-las à sua prática em seu papel terapêutico específico. Para tal, ele tem de conhecer ou identificar os parâmetros que garantem a qualidade das suas ações – os padrões de assistência de enfermagem. Condições essenciais para a implementação de padrões O local de trabalho deve oferecer programas de educação continuada sobre a área específica e sobre pesquisas em relação aos avanços do conhecimento e dos modelos assistenciais. Só assim os enfermeiros poderão incorporar novos conhecimentos e tecnologia à sua prática. Recursos bibliográficos pertinentes devem estar à disposição dos enfermeiros no local da prática ou na biblioteca da instituição. Condições essenciais para a implementação de padrões Recursos materiais compatíveis com os padrões preconizados devem fazer parte da infraestrutura do local, com impressos adequados que facilitem os registros necessários sobre o cliente: admissão, observação, tratamentos específicos, evolução, incidentes, entre outros. Eles têm de ser anexados ao prontuário do cliente para permitir intercâmbio de informações, entre os diferentes profissionais que compõem a equipe interdisciplinar, sobre o cliente, seu tratamento e sobre os cuidados a ele dispensados. Padrões de cuidados Os padrões de enfermagem mais conhecidos são os elaborados pela American Nurses Association (ANA). Os seis primeiros padrões recebem a denominação Padrões de Cuidado e correspondem às seis fases do processo de enfermagem: Avaliação inicial. Diagnóstico de enfermagem. Identificação dos resultados. Planejamento. Implementação. Avaliação final. Interatividade Assinale a alternativa correta. Caracteriza-se por distorções do pensamento, da percepção e de afetos inapropriados ou embotados. A consciência e a capacidade intelectual, em geral, estão preservadas, mas alguma deficiência cognitiva pode surgir com a evolução do transtorno. A descrição está relacionada com: a) Esquizofrenia. b) Transtorno do humor. c) Transtorno de ansiedade. d) Transtorno alimentar. e) Transtorno somatoforme. Resposta Assinale a alternativa correta. Caracteriza-se por distorções do pensamento, da percepção e de afetos inapropriados ou embotados. A consciência e a capacidade intelectual, em geral, estão preservadas, mas alguma deficiência cognitiva pode surgir com a evolução do transtorno. A descrição está relacionada com: a) Esquizofrenia. b) Transtorno do humor. c) Transtorno de ansiedade. d) Transtorno alimentar. e) Transtorno somatoforme. Saúde mental Todo indivíduo tem características próprias e em comum (contexto e significado). “Estado dinâmico em que se demonstram pensamentos, sentimentos e comportamentos que são apropriados para a idade e congruentes com as normas locais e culturais.” (APA) Saúde mental Indicadores de reflexo da saúde mental: Atitude positiva quanto a si mesmo (aceitação). Crescimento, desenvolvimento e capacidade de conseguir realização pessoal (sucesso/fracasso em cada fase). Integração (adaptação aos fatores – estresse). Autonomia (escolhas e responsabilidade). Percepção da realidade (percepção do ambiente sem distorções, respeito e preocupação com os outros). Domínio do ambiente (satisfação no grupo, sociedade e ambiente). Aparelho psíquico: Freud Aparelho psíquico: Freud organizou a estrutura da personalidade em três componentes principais: id, ego e superego. Eles são distinguidos por suas funções peculiares e características diferentes, bem como os estágios do desenvolvimento da personalidade. Id: “princípio do prazer”. Os comportamentos impulsionados pelo id são impulsivos e podem ser irracionais. Ego: “princípio da realidade”. O ego começa a se desenvolver entre os 4 e os 6 meses de idade. Superego: “princípio da perfeição”. Desenvolvendo-se entre os 3 e os 6 anos de idade. O superego internaliza os valores e os princípios morais estabelecidos pelos responsáveis primários pelo cuidado do indivíduo. Mecanismos de defesa do ego Compensação: encobrir uma fraqueza real ou percebida, enfatizando uma característica que se considera mais desejável. Negação: recusar-se a reconhecer a existência de uma situação real ou os sentimentos associados a ela. Deslocamento: a transferência de sentimentos de um alvo para outro, que é considerado menos ameaçador ou é neutro. Identificação: tentativa de aumentar o valor pessoal, adquirindo alguns atributos e características de um indivíduo que se admira. Intelectualização: uma tentativa de evitar a expressão de emoções reais associadas a uma situação de estresse pelo uso dos processos intelectuais da lógica, do raciocínio e da análise. Mecanismos de defesa do ego Introjeção: integrar as crenças e os valores de um outro indivíduo à estrutura do próprio ego. Racionalização: tentar desculpar ou formular razões lógicas para justificar sentimentos ou comportamentos inaceitáveis. Formação reativa: impedir a expressão de pensamentos ou sentimentos inaceitáveis exagerando pensamentos ou tipos de comportamentos opostos. Regressão: retirar-se em resposta ao estresse para um nível anterior de desenvolvimento e as medidas de conforto associadas a esse nível. Mecanismos de defesa do ego Repressão: bloquear involuntariamente da própria consciência sentimentos e experiências desagradáveis. Sublimação: redirecionar pulsões ou impulsos que são pessoal ou socialmente inaceitáveis para atividades construtivas. Supressão: o bloqueio voluntário da própria consciência de sentimentos e experiências desagradáveis. Anulação: desfazer ou cancelar simbolicamente uma experiência que se considera intolerável. Interatividade Assinale a alternativa correta. Em uma situação estressante, uma pessoa pode adotar mecanismos de defesa ou de ajuste, comportamentos que atuam em um nível inconsciente para proteger o ego e reduzir o estresse. Assinale a alternativa que indica os termos conhecidos como mecanismos de defesa do ego: a) Compensação, negação e isolamento. b) Variação, acusação e violação. c) Variação, violação e isolamento. d) Compensação, variação e acusação. e) Isolamento, variação e negação. Resposta Assinale a alternativa correta. Em uma situação estressante, uma pessoa pode adotar mecanismos de defesa ou de ajuste, comportamentos que atuam em um nível inconsciente para proteger o ego e reduzir o estresse. Assinale a alternativa que indica os termos conhecidos como mecanismos de defesa do ego: a) Compensação, negação e isolamento. b) Variação, acusação e violação. c) Variação, violação e isolamento. d) Compensação, variação e acusação. e) Isolamento,variação e negação. Teoria Psicanalítica: estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud Idade: nascimento aos 18 meses. Estágio: oral. Principais tarefas do desenvolvimento: Alívio da ansiedade por meio da gratificação oral das necessidades. Idade: 18 meses a 3 anos. Estágio: anal. Principais tarefas do desenvolvimento: Aprendizagem da independência e do controle esfincteriano. Teoria Psicanalítica: estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud Idade: 3 a 6 anos. Estágio: fálico. Principais tarefas do desenvolvimento: Identificação com genitor do mesmo sexo, desenvolvimento de identidade sexual, foco em órgãos genitais. Idade: 13-20 anos. Estágio: genital. Principais tarefas do desenvolvimento: Libido redespertada com a maturação dos órgãos genitais, foco em relações com membros do sexo oposto. Teoria Interpessoal: estágios do desenvolvimento de Sullivan Idade: nascimento a 18 meses. Estágio: infância. Principais tarefas do desenvolvimento: Alívio da ansiedade pela gratificação oral das necessidades. Idade: 18 meses a 6 anos. Estágio: pré-escolar. Principais tarefas do desenvolvimento: Aprender a aceitar um adiamento na gratificação pessoal sem ansiedade excessiva. Teoria Interpessoal: estágios do desenvolvimento de Sullivan Idade: 6 a 9 anos. Estágio: juvenil. Principais tarefas do desenvolvimento: Aprender a formar relacionamentos satisfatórios com pares. Idade: 9 a 12 anos. Estágio: pré-adolescência. Principais tarefas do desenvolvimento: Aprender a formar relacionamentos satisfatórios com pessoas do gênero oposto, iniciar sentimentos de afeição por outra pessoa. Teoria Interpessoal: estágios do desenvolvimento de Sullivan Idade: 12 a 14 anos. Estágio: adolescência inicial. Principais tarefas do desenvolvimento: Aprender a formar relacionamentos satisfatórios com pessoas do gênero oposto, desenvolver senso de identidade. Idade: 14 a 21 anos. Estágio: fase tardia da adolescência. Principais tarefas do desenvolvimento: Estabelecer autoidentidade, vivenciar relacionamentos satisfatórios, trabalhar para desenvolver um relacionamento íntimo duradouro com gênero. Teoria Psicossocial: estágios do desenvolvimento na Teoria Psicossocial de Erickson Infância (nascimento – 18 meses). Estágio: confiança versus desconfiança. Desenvolver uma confiança básica na figura materna e ser capaz de generalizá-la a outras. Pré-escolaridade inicial (18 meses – 3 anos). Estágio: autonomia versus vergonha e dúvida. Adquirir algum autocontrole e independência no ambiente. Pré-escolaridade tardia (3 a 6 anos). Estágio: iniciativa versus culpa. Desenvolver um sentido de propósito e habilidade de iniciar e direcionar as próprias atividades. Teoria Psicossocial: estágios do desenvolvimento na Teoria Psicossocial de Erickson Idade escolar (6 – 12 anos). Estágio: indústria versus inferioridade. Obter um sentimento de autoconfiança por aprender, competir, ter um desempenho eficaz e receber reconhecimento dos entes queridos, colegas e conhecidos. Adolescência (12 – 20 anos). Estágio: identidade versus confusão de papéis. Integrar as tarefas dominadas nos estágios anteriores a um sentimento do “eu seguro”. Idade adulta jovem (20 – 30 anos). Estágio: intimidade versus isolamento. Estabelecer uma relação intensa e duradoura ou um compromisso com outra pessoa, causa, instituição ou atividade criativa. Teoria Psicossocial: estágios do desenvolvimento na Teoria Psicossocial de Erickson Idade adulta (30 – 65 anos). Estágio: produtividade versus estagnação. Alcançar os objetivos de vida estabelecidos para si mesmo, considerando-se também o bem-estar das futuras gerações. Idade avançada (65 anos – morte). Estágio: integridade do ego versus desespero. Rever a própria vida e derivar significado de eventos tanto positivos como negativos, obtendo igualmente um sentimento positivo do próprio valor. Interatividade Assinale a alternativa correta. A teoria de Sullivan também é conhecida como: a) Psicossocial. b) Interpessoal. c) Psicossexual. d) Natural. e) Artificial. Resposta Assinale a alternativa correta. A teoria de Sullivan também é conhecida como: a) Psicossocial. b) Interpessoal. c) Psicossexual. d) Natural. e) Artificial. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Funções psíquicas – psicopatologia Funções psíquicas Funções psíquicas Avaliação das funções psíquicas Avaliação das funções psíquicas Transtornos mentais e assistência de enfermagem Transtorno do pensamento (esquizofrenia) Transtorno do pensamento (esquizofrenia) Transtornos do humor (TH) Transtornos do humor (TH) Transtornos do humor (TH) Transtornos ansiosos Transtornos ansiosos Transtornos somatoformes Transtornos somatoformes Transtornos somatoformes Transtornos dissociativos Transtornos dissociativos Transtornos de personalidade Transtornos de personalidade Interatividade Resposta Transtornos alimentares Transtornos alimentares Fenômenos das drogas lícitas e ilícitas Fenômenos das drogas lícitas e ilícitas Fenômenos das drogas lícitas e ilícitas Emergências psiquiátricas Emergências psiquiátricas Emergências psiquiátricas Estratégias de comunicação terapêutica Correntes psiquiátricas e tratamento em transtorno mental Avanços do conhecimento em saúde mental e psiquiatria Serviços de atendimento em saúde mental e psiquiatria Padrões de assistência Condições essenciais para a implementação de padrões Condições essenciais para a implementação de padrões Padrões de cuidados Interatividade Resposta Saúde mental Saúde mental Aparelho psíquico: Freud Mecanismos de defesa do ego Mecanismos de defesa do ego Mecanismos de defesa do ego Interatividade Resposta Teoria Psicanalítica: estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud Teoria Psicanalítica: estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud �Teoria Interpessoal: estágios do desenvolvimento �de Sullivan� �Teoria Interpessoal: estágios do desenvolvimento �de Sullivan� �Teoria Interpessoal: estágios do desenvolvimento �de Sullivan� Teoria Psicossocial: estágios do desenvolvimento na Teoria Psicossocial de Erickson Teoria Psicossocial: estágios do desenvolvimento na Teoria Psicossocial de Erickson Teoria Psicossocial: estágios do desenvolvimento na Teoria Psicossocial de Erickson Interatividade Resposta Slide Number 60
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