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Radiologia Digital e Qualidade da Imagem Aula 2: Síntese da imagem digital Apresentação Nesta aula, você irá compreender de que forma a imagem digital é formada e quais são as in�uências do método de quantização e do sistema operacional. Preste atenção a todo o conteúdo e, ao �nal, não deixe de realizar os exercícios e nem de seguir as dicas do Explore +. Bons estudos! Objetivos Examinar a formação da imagem e o processo de digitalização; Analisar a principal estrutura da imagem digitalizada; Identi�car o ruído intrínseco nas imagens digitalizadas. A imagem digital A aplicação dos computadores, principalmente na medicina diagnóstica, se mantém em crescente aumento. A primeira utilização foi associada aos exames realizados na tomogra�a computadorizada (TC), posteriormente, foi inserida às imagens de ressonância magnética (RM) e ultrassonogra�a. Os computadores podem controlar a geração de radiação, os painéis de comando, a execução de �uoroscopias e radiogra�as digitais. Tecnologia na medicina - Fonte: Pixabay. Por PublicDomainPictures. O uso do computador na imagem digital é composto por duas partes principais e muito distintas: o hardware e o software, e cada um possui vários componentes. O hardware é o todo visível do computador, como porcas, parafusos e chips, que juntos formam a unidade de processamento central (CPU), e ainda conta com os dispositivos periféricos de entrada e saída de dados. O software é o dispositivo invisível aos olhos; são os programas computacionais responsáveis por direcionar aos hardwares o que deve ser executado, como armazenamento ou manipulação dos dados. Hardware Hardware - Fonte: Pixabay. Por: blickpixel. São categorizados, genericamente, pelas funções que exercem. Operações como processamento dos dados de entrada e de saída, memória, armazenagem e comunicação. Teclado, dispositivos apontadores e dispositivos de fontes de entrada de dados compõem hardwares de entrada. O mouse, por exemplo, é um dispositivo apontador, tendo como variação o trackball e o joystick. Os sistemas fontes de entrada de dados são os scanners, sistemas de imagem, dispositivos de som e de vídeo, câmeras etc. Eles permitem que dados externos ao computador sejam inseridos no dispositivo. Tipos de processamento Nos grandes sistemas computacionais, o hardware de processamento principal é o que compõe a estrutura central da CPU. Já nos microcomputadores, esses são denominados de microprocessadores e, apesar da distinção de tamanho, exercem a mesma função. O processador do sistema manda a informação a ser executada pelo software através de conectores elétricos, chamados bus. Assim, o software direciona a função escolhida para o hardware responsável por executá-la. A velocidade desses processamentos é determinada por um sistema interno de relógio, portanto, quanto mais veloz o relógio, mais veloz o sistema. O UAL, unidade aritmética/lógica que compõe a CPU juntamente com uma unidade de controle, realiza os cálculos matemáticos aritméticos ou lógicos, armazenando temporariamente os resultados que, posteriormente, serão transferidos para a memória do computador. A velocidade desses cálculos é, também, controlada pelo sistema interno de relógio. Componentes de um hardware Clique no botão acima. Memória Esta possui função diferenciada da do armazenamento. Enquanto a memória é mais ativa, o armazenamento trata de arquivos mais intrínsecos ao sistema. A memória pode ser chamada de armazenamento primário, memória interna ou memória de acesso randômico (RAM), que são os arquivos armazenados que permitem o acesso de qualquer lugar aleatório à memória principal. É importante saber que o conteúdo salvo na memória RAM é temporário e sua capacidade é variável de acordo com o computador. Há, também, uma memória apenas de leitura (ROM), que não pode ser escrita ou apagada, local onde �cam armazenadas informações fornecidas pelo fabricante, as chamadas �rmware. O ROM são chips que contêm instruções, uma especi�cando ao processador as funções básicas quando iniciado, e outra auxiliando o processador na hora de transferir informações para o monitor, a impressora ou qualquer outro dispositivo periférico. A placa do sistema, chamada de placa-mãe, é o circuito principal para o funcionamento do sistema. Formado por um microprocessador, um chip coprocessador, memórias e dispositivos de expansão com os respectivos endereços de armazenamento. Normalmente, uma memória externa é usada, uma secundária, onde �cam armazenados os arquivos que não estão em uso. Quando desejado, o arquivo é recuperado e transferido para a memória principal do computador. No sistema computacional, cada arquivo é nomeado de acordo com o conjunto que foi processado, sendo esse nome único e correlacionado com os já existentes. Os arquivos de programas são os mais utilizados e possuem informações do software, como os de dados, imagens digitais, áudios etc. Armazenamento Para a compreensão ideal do que é o hardware de armazenamento, é preciso entender os termos técnicos utilizados para mensurar a capacidade de arquivo de memória. Bit e bytes O termo bit descreve a menor unidade medida em dígito binário, 0 ou 1. Quando combinados em conjuntos de oito dígitos, são denominados de byte e representam caracteres, dígitos ou algum outro valor no sistema. Ao agrupar 1.024 bytes teremos representado um quilobyte (KB). O megabyte (MB) é o conjunto de um milhão de bytes e são utilizados para determinar a capacidade de armazenagem dos microcomputadores. Quando agrupados uma quantidade aproximada de um bilhão de bytes, passamos a ter um gigabyte (GB), utilizado para medir a capacidade do disco rígido de um computador e a memória principal de um grande computador. Temos ainda o terabyte (TB) que é o conjunto de um trilhão de bytes. Dispositivos secundários Existem, também, dispositivos secundários para armazenamento, como a �ta magnética, o disquete, o disco rígido e o pen drive. A �ta magnética, antigamente, era utilizada para armazenamento de grandes sistemas computacionais. Atualmente, exerce a função de memória de arquivos para cópia de segurança e arquivamento histórico, como imagens de pacientes. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online O disquete, ou disco �exível, foi substituído por um disco compacto (CD), porém exercendo as mesmas funções de armazenagem e/ou transferência dos dados mais utilizados. Os discos rígidos são discos �nos de metal, completamente cobertos de materiais graváveis, que podem ser magnetizados. Nos microcomputadores, são, normalmente, embutidos, não permitindo a remoção. Quando comparamos os dispositivos rígidos com os removíveis, temos que os discos rígidos têm maior presteza e habilidade que os discos removíveis. Os discos rígidos de microcomputadores armazenam até um TB e são, comumente, utilizados nos procedimentos do setor de imagens radiológicas. O avanço tecnológico das formas de armazenamento para os grandes computadores está admitindo aos usuários, por meio de categorizações, acessar grandes bancos de dados de informações. Dados de saída Os hardwares de saída de dados objetivam a transferência das informações do computador em dados possíveis de interpretação. Monitores e impressoras representam os dispositivos de saída mais comuns, mas existem outros, como plotters, dispositivos multifuncionais e caixas de som. Os dispositivos de saída mais utilizados são os monitores ou as telas para visualização. Por exemplo, os displays de cristal líquido (LCD), que são painéis chatos, delgados e leves, formados por duas placas de vidro interpostas por um elemento, que pode sofrer ativação de maneiras diversas. O tubo de raios catódicos (CRT) é um tubo a vácuo que pode ser utilizado em conjunto com uma tela de visualização de computador ou com um terminal de vídeo. Desta forma, também, representa um dispositivo de saída. Esses dispositivos quando comparados em caráter de consumo de energia, temos que as telas planas consomem menos do que os tubos de raios catódicos,o que contribuiu ativamente para a substituição total desses últimos. Os dispositivos de entrada ou saída são terminais que utilizam um teclado como entrada e um monitor como saída de dados, e não conseguem realizar nenhum processamento sem terem um comando prévio. Podem ser terminais inteligentes ou estúpidos. O setor de imagens radiológicas usa um terminal inteligente, que tem a habilidade de processamento embutida juntamente com a memória RAM, mas não possui capacidade de armazenamento própria. Impressoras Temos como dados de saída as impressoras, que realizam cópias duras ou rígidas de caracteres, símbolos ou grá�cos. Sendo classi�cadas de acordo com a forma de mecanismo de contato da impressão, como impressoras de impacto e não impacto. As impressoras de impacto são aquelas que têm contato direto com o papel e vem sendo substituídas por impressoras de não impacto, as que operam a laser ou a jato de tinta. Na impressora a laser, as imagens são formadas pelo conjunto de pontos do tambor, tratadas por uma substância semelhante à tinta, o toner, e, posteriormente, transferidas para o papel. Podem imprimir até 32 páginas por minuto quando usada em um microcomputador e mais de 120 páginas por minuto em um computador de grande porte. Tem o sistema de operação similar ao de uma fotocopiadora, com chips ROM e de memória RAM embutidos para armazenamento dos dados de saída. O sistema de formação de imagens da impressora jato de tinta acontece também através de pequenos pontos, nos quais as gotas de tinta são pulverizadas sobre a página. Normalmente, são menos custosas e possuem armações mais discretas. Tem como ponto negativo a quantidade de página por minuto reduzida, 20 páginas contendo apenas textos preto e 10 com imagens coloridas. Existem outros dispositivos especializados de saída com aplicabilidades de�nidas, como os plotters, usados para criar desenhos arquitetônicos e mapas. Temos, também, dispositivos de múltiplas especializações, mas com capacidade variada através de uma unidade única, como uma máquina de escaneamento, uma copiadora ou um equipamento de fax. Comunicação ou telecomunicação Raio X - Fonte: Pixabay - Por: AlarconAudiovisual. É a transferência dos dados de um sistema emissor para um receptor a uma determinada distância. A própria técnica de telerradiologia é um exemplo dessa transferência, envolvendo a transmutação das imagens médicas e dos dados do paciente para sítios remotos. Esse deslocamento pode ocorrer através de meios físicos, tais como �os, cabos ou até mesmo por meio de “nuvens”, ou seja, sem �o. Existem linhas de troca que são análogas, em virtude disso, o computador precisa ter um modulador com o intuito de converter os dados digitais em analógicos, e um que faça a conversão inversa, informação analógica em digital. Para a transmutação correta dos dados, o computador precisa ter um software de comunicação associado ao modem de transferência. 1 A velocidade em que esses dados são convertidos e transmitidos é medida em bits por segundo (bps) ou em quilobits por segundo (kbps). O avanço da tecnologia permite o desenvolvimento dos dispositivos de comunicação, tornando-os cada vez mais ágeis e práticos em suas ações. Exemplo Provedores de cabos ofertam transmissões mil vezes mais rápido do que linhas básicas de telefone. As inovações na telerradiologia estão modi�cando a forma como designamos os recursos para melhorar a presteza na interpretação, o encaminhamento dos relatórios e a ordenação das representações de dados dos pacientes. Software https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0340/aula2.html Software de programação - Fonte: Pixabay. Por James Osborne. Tudo que listamos até agora corresponde ao hardware, que são os dispositivos �xos e visíveis do sistema. Mas eles constituem apenas metade do computador, sendo a outra parte integrada ao software. O sistema computacional concebe aceitar e relatar caracteres alfanuméricos decimais, mas não permite o funcionamento no sistema. O termo dígito é oriundo do latim e signi�ca “dedo”, tornando clara a origem do sistema e a quantidade de somente 10 dígitos, de 0 a 9. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Outros sistemas numéricos foram elaborados utilizando sequências de números de base, por exemplo: sistema duodecimal, com 12 elementos usados para discriminar os meses do ano e as horas do dia e da noite. No entanto, mesmo com todo o avanço, os computadores permanecem operando com o sistema mais básico e elementar de todos, o sistema binário, apenas com os algoritmos 0 e 1. Sistema numérico binário O sistema outorga apenas o uso de dois dígitos, 0 ou 1. O computador reconhece as diversas operações e as converte em valores decimais, letras ou funções matemáticas. Apesar dos números binários serem convertidos predominantemente em longas e extensas sentenças, o sistema computacional os reconhece de forma individual e realiza os ajustes, adequando-os às diretrizes corretas dos circuitos do computador. No sistema numérico binário, o algoritmo 0 representa o número 0, e o 1 representa o 1, sendo apenas essas as semelhanças diretas com o sistema decimal. As sequências terminam em 1, pois são oriundas de 2°. Vale ressaltar que, é igual a 1 qualquer algoritmo elevado a 0, como 1° é igual a 1, ou 2° igual a 1. Para expressar o algoritmo decimal 2 em notação binária, por exemplo, é igual a 2¹ + 0, ou seja, 10. O decimal 3 é expresso por 2¹ + 2°, sendo 2° igual a 1, temos 11 na forma binária. Assim como temos ciência das notações cientí�cas na potência de 10, precisamos ter compreensão das notações com potência de 2. Na imagenologia, usamos as notações binárias para especi�car o tamanho da imagem, a faixa de contraste especí�co do tom de cinza e a e�ciência em armazenamento de dados da representação digital. A imagem digitalizada é formada por elementos discretos e pequenos, os pixels, que, quando organizados em grupos, originam uma matriz. Para representar o tamanho das ilustrações digitais, usamos os códigos binários, que genericamente medem 256 x 256 (2 ) a 1.024 x 1.024 (2 ), para as imagens tomográ�cas e de ressonância magnética. Temos, também, matrizes de tamanhos 2.048 x 2.048 (2 ) e 4.096 x 4.096 (2 ), que são utilizadas nos diagnósticos médicos por meio de radiogra�as digitais. 8 10 11 12 Programas de computador É formado pela sucessão de instruções elaboradas por um pro�ssional programador de software, chamado de programa de computador. Pode ser dividido em duas categorias: softwares de sistema e softwares de aplicação. Os softwares de sistema compreendem os programas que facilitam, para os usuários que utilizam o computador, o máximo proveito do equipamento. Os softwares de aplicação se apresentam em linguagens técnicas de alto nível, desenvolvidas para exercerem as funções do usuário, por exemplo, programas de aplicações. Softwares de sistema e linguagem de programação Clique no botão acima. Softwares de sistema É o chamado, popularmente, de sistema operacional, sendo o programa pertinente ao hardware. Compreende a sequência de instruções que visam adequar a organização do curso de bases informativas através do computador, pretendendo a elucidação de adversidades próprias. Assim, pode tornar os recursos computacionais acessíveis aos programas de aplicação. Comandos básicos, como a autorização para iniciar um sistema ou o armazenamento de informações, são inerentes aos sistemas operacionais. Os mais populares são o Windows e o Linux. Esses sistemas são desenvolvidos pelos próprios fabricantes do computador e acondicionado no interior da CPU. Como os computadores compreendem, basicamente, conjuntos de 0 e 1, existem softwares responsáveis por torná- los legíveis, são os programas interpretadores ou compiladores. Esses softwares traduzem os algoritmos operacionais de alto nível em linguagem mais adequada diretamente na CPU, e mais compreensível ao usuário. Isso acontece porque a interatividade dos programas compiladores — que tornam os sistemas maisfáceis, acessíveis e leves — permite que a informações sejam processadas com maior rapidez. Software de aplicação São os programas operacionais desenvolvidos pelo fabricante do computador e do software. É o programa que permite ao usuário a impressão de documentos, formulários, avaliações e, ainda, a reformatação da imagem obtida pela transmissão de raios X. São escritos em linguagem de alto nível e, posteriormente, traduzidos pelos compiladores em um programa de linguagem adequado, que será executado seguidamente pelo computador. Linguagem de computação As linguagens de alto nível computacional são as responsáveis por permitir que o usuário desenvolva um texto utilizando palavras, símbolos e números que se aproximam da linguagem comum, ao invés de textos em códigos binários. Esta acessibilidade viabiliza que as instruções dadas pelo utilitário sejam compreendidas pelo sistema de software e executadas pelos hardwares operacionais do computador. Temos linguagens de computação com funções determinadas e aplicações especí�cas, como processamento de dados numéricos, manipulação de imagens e programas voltados para o público infantil ou para a inteligência militar. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 1. A memória sistémica exerce função distinta da do armazenamento. A memória é mais ativa e pode ser, também, nomeada de armazenamento primário, memória interna ou memória RAM. Qual o signi�cado da sigla RAM? a) Memória secundária randômica. b) Memória de leitura. c) Memória de acesso interno. d)Memória de acesso randômico. e) Memória randômica ativa. 2. Os hardwares de armazenamento são medidos de acordo com a capacidade dos arquivamentos de memória. No agrupamento de 1.024 bytes temos representado: a) Um quilobyte (KB) b) Um megabyte (MB) c) Um terabyte (TB) d) Um gigabyte (GB) e) Um tetrabyte (TB) 3. Hardware é o todo visível do computador, categorizado de acordo com as suas funções. São exemplos de componentes do hardware: a) Impressora, monitor e Linux. b) Porcas, mouse e Windows. c) Linux, Windows e DOS. d) Porcas, impressora e Windows. e) Teclado, dispositivos apontadores e dispositivos de entrada e saída de dados. Notas TÍTULO1 “Nuvem” é semelhante a um disco virtual, objetivado para arquivamento e compartilhamento de arquivos ou fotos. É uma das formas mais protegidas de partilhar pastas sem se expor à ação de vírus. Referências GONZALEZ, R.C.; WOODS, R.C. Processamento Digital de Imagens. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. SANTOS, G. C. Manual de Radiologia: Fundamentos e Técnicas. São Paulo: Yends, 2008. SOLOMON, C.; BECKON, T. Fundamentos do Processo Digital de Imagens. Rio de Janeiro: LTC, 2013. Próxima aula Produção da imagem digitalizada; Sistema de radiologia computadorizada; Sistema de radiologia digital. Explore mais Assista aos vídeos: Sistema binário Unidades de medida. Software de aplicativo e software de sistema. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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