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Casos clinicos de neuro

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Paciente de 29 anos, gênero feminino, há 4 meses com queixa de vômitos sem náusea ou cefaléia associada, ocorrendo 2 a 3 vezes por dia.  No dia seguinte se associaram soluços que ocorriam mesmo com a paciente dormindo.  Após 2 dias notou fraqueza em hemicorpo direito e ptose palpebral à direita.  Foi internada e recebeu  uma medicação que inicialmente piorou seu quadro (parou de falar e deambular, turvação visual à direita e apresentou disfagia) e depois melhorou completamente.  Permaneceu assintomática até há 15 dias, quando iniciou dor cervical com sensação de “choque” quando flexionava o pescoço, fraqueza em nos 4 membros e retenção urinária e fecal.  Ao exame: vigil, orientada, não deambula, tetraparesia com força grau 4 proximal 3 distal MMSS, grau 4 MID e grau 3 MIE, reflexos profundos presentes MMSS e exaltados MMII, cutâneo-plantar flexor à direita e indiferente à esquerda, alodínea na região supraclavicular bilateralmente, apalestesia e anartrestesia MMII.
2.     Uma paciente de 92 anos é admitida no hospital referindo que acordou com queixa de tontura e disfagia.  Contava que seu olho direito “sempre foi um pouco para fora, mas seu médico lhe disse que não havia o que fazer”.  Ao exame, há uma proptose do olho direito com limitação na adução desse olho, com assimetria palpebral (semiptose à esquerda) e anisocoria (pupila direita > esquerda).  Sua marcha apresenta base alargada, a força muscular é preservada nos 4 membros, com dismetria no MSE.  Há hipoestesia na hemiface esquerda, além de paresia do palato à esquerda.
3.     Uma paciente de 43 anos, comissária de vôo, estava na Islândia queixando-se de “lábios partidos” há 2 dias, atribuídos ao frio.  Referiu certo edema local, com surgimento de “aftas” em hemilábio inferior direito.  No meio do vôo para o Brasil referiu que o edema piorou e surgiu parestesia em toda a hemi-mandíbula e hemi-língua direita.  Ao exame havia apenas hipoestesia tátil e dolorosa em hemi-mandíbula direita.  Onde está a lesão?
4.     Um paciente de 38 anos refere cefaléia holocraniana progressiva há 2 semanas, associadas a vômitos e diplopia horizontal.  Nesse período desenvolveu uma “fraqueza generalizada que o impediu de andar”.  Fez um procedimento que melhorou a cefaléia, vômitos e diplopia, mas persiste ainda sem deambular.  Ao exame: vigil, orientado, sem déficit motor, reflexos profundos exaltados nos 4 membros, Babinski bilateral, coordenação preservada nos 4 membros, sensibilidade e nervos cranianos sem alterações.
5.     Paciente de 84 anos, hipertenso, estava pendurando um quadro na parede quando subitamente apresentou sensação de tontura “como se tivessem empurrado ele para a esquerda”.  Nas horas seguintes a esposa notou a pálpebra esquerda mais caída. Ao exame: vigil, orientado, marcha com tendência a queda para esquerda e dismetria no índex-nariz à esquerda, hipoestesia tátil/dolorosa hemiface esquerda e semiptose palpebral/miose à esquerda.
6.      Uma paciente de 46 anos vem há 3 anos com crises de dor lombar irradiada para membros inferiores, com duração média de 7 dias cada, respondendo a anti-inflamatórios não-hormonais.  As crises ocorriam 2 ou 3 vezes por ano.  Há 6 meses surgiu fraqueza do pé direito de instalação progressiva, sem dor lombar concomitante.  Ao exame, não há alteração cognitiva.  A força muscular é preservada nos 4 membros exceto no pé direito: a paciente é incapaz de realizar flexão plantar e há dificuldade para realizar dorsiflexão.  O tônus é normal e os reflexos profundos são presentes e simétricos.  O reflexo cutâneo-plantar é indiferente bilateralmente.  O exame da coordenação e sensibilidade é normal.  Onde está a lesão?  Que exames você solicitaria para esclarecer a etiologia? 
7.     Um paciente de 67 anos, hipertenso e diabético, há 1 ano apresentou episódio súbito de perda visual à esquerda.  Na época apresentava uma hemianopsia homônima esquerda e realizou um procedimento endovascular.  Há 6 horas estava tomando café-da-manhã quando subitamente apresentou diplopia e fraqueza em hemicorpo direito.  No transporte até o hospital iniciou sonolência progressiva.  Na avaliação inicial apresentava-se sonolento porém despertável, desorientado no tempo e no espaço, obedecendo ordens simples, com hemiparesia direita e paresia na adução do olho esquerdo e nistagmo no olhar lateral para direita.  Apresentava hipoestesia tátil em hemiface esquerda e hemicorpo direito.  Em 30min de avaliação no setor de emergência do hospital, evoluiu para estado de coma, com retirada inespecífica ao estímulo doloroso somente do lado esquerdo e sinal de Babinski bilateral.
8.     Um paciente de 74 anos, sexo masculino, hipertenso e diabético, há 2 anos apresentou um quadro súbito de turvação visual seguido de incapacidade para ler.  Referiu que na época apresentava raciocínio normal, inclusive realizando cálculos complexos, falava e compreendia linguagem verbal sem dificuldade, e escrevia sem dificuldade, mas não conseguia ler palavras simples.  Houve recuperação ao ponto de que hoje lê bem, embora mais lentamente do que antes do evento inicial.  Há 1 ano os familiares referiram um episódio prolongado de perda de consciência, sem detalhes do evento.  No dia da admissão hospitalar, acordou bem e estava brincando com os netos, quando subitamente começou a enxergar “estrelas brilhantes” em ambos os olhos.  Em seguida apresentou dificuldade para falar caracterizado por incapacidade para falar o nome dos netos ou filhos, embora reconhecesse quem eram.  O quadro durou 30 minutos e reverteu completamente antes da chegada ao hospital.  Como explicar os episódios?  Onde está a lesão?
9.     Um paciente de 35 anos é admitido com uma crise de dispnéia, tosse seca e sibilos há 24 horas, sem febre.  Refere ser asmático desde os 25 anos de idade, com crises frequentes necessitando admissões a serviços de emergência.  Você é consultado por queixa de dor em membro inferior direito durante o internamento.  Ao exame: vigil, orientado, marcha impossibilitada pela dor em MID.  Força muscular grau 5 nos 4 membros exceto na dorsiflexão do pé direito (grau 2) e abdução dos dedos da mão esquerda (grau 3), tonus normal, atrofia de musculos interósseos intrínsecos da mão esquerda, reflexos profundos presentes e simétricos, cutâneo-plantar flexor bilateral, hipoestesia 4º e 5º quirodáctilos ã esquerda e no dorso do pé direito.  Há também alodínea no dorso do pé direito.  Coordenação de movimentos e nervos cranianos sem alterações.
10.   Um paciente de 86 anos com diagnóstico de doença de Alzheimer é admitido no hospital com história de perda transitória da fala.  Conta a família que o paciente apresentava esquecimento para fatos recentes, mas que fazia atividades domésticas de forma independente e que falava normalmente.  Em ambos os episódios o paciente permanecia em média 5 minutos sem falar e a seguir os familiares notaram que ele ficava mais sonolento do que o habitual durante 1 a 2 horas.  Ao exame o paciente encontra-se um pouco sonolento e desatento, desorientado no tempo e no espaço, não recorda nenhuma de 3 palavras apresentadas após 5 minutos, hemiparesia direita de predomínio bráquio-facial com reflexos vivos à direita e sinal de Babinski à direita.  No momento da admissão conseguia nomear objetos e falar normalmente.  Que território arterial foi afetado? Onde está a lesão?  Qual o diagnóstico diferencial?
11.   41 anos, há 1 ano em tratamento para depressão depois de separação conjugal.  Há 1 mês com cefaléia e piora do comportamento, mais agressiva com familiares. Ao exame: vigil, orientada, sem déficit motor ou sensitivo, reflexo palmo-mentoniano presente à direita.  Restante do exame normal.

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