Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1ª Proposta a) Porque/ou de que forma o sistema Beveridgiano influencia a existência e a adesão no fomento a participação/contratação de planos privados de saúde e/ou previdência? Título: PARECER JURÍDICO Ementa: DIREITO PREVIDÊNCIARIO. SISTEMA BEVERIDGIANO. PLANOS PRIVADOS. SÁUDE. PREVIDÊNCIA. Relatório: Trata-se de proposta formulada em busca de saber de que forma o sistema Beveridgiano influencia a existência e a adesão no fomento a participação/contratação de planos privados de saúde e/ou previdência. É o relatório. Passo a opinar. Fundamentação: O Plano Beveridge foi encomendado em 1941 pelo Governo da Inglaterra, pois pretendia buscar maneiras para se reerguer pós 2ª guerra mundial, e escrito por Willian Beveridge (economista e reformista social), o mesmo baseava-se numa proteção ampla e duradoura, no qual era afirmado que a segurança social deveria ser prestada do berço ao túmulo. Segundo Martins (2010, p. 5-6): o Plano Beveridge tinha por objetivos (a) unificar os seguros sociais existentes; (b) estabelecer o princípio da universalidade, para que a proteção se estendesse a todos os cidadãos e não apenas aos trabalhadores; (c) igualdade de proteção; (d) tríplice forma de custeio, porém com predominância do custeio estatal.” O Plano Beveridge tinha cinco pilares: (a) necessidade; (b) doença; (c) ignorância; (d) carência (desamparo); (e) desemprego. Era universal e uniforme. Visava ser aplicado a todas as pessoas e não apenas a quem tivesse contrato de trabalho, pois o sistema de então não atingia quem trabalhava por conta própria. (...) Tinha por objeto abolir o estado de necessidade. Objetivava proporcionar garantia de renda às pessoas, atacando a indigência. (...) Os princípios fundamentais do sistema eram: horizontalidade das taxas de benefícios de subsistência, horizontalidade das taxas de contribuição, unificação da responsabilidade administrativa, adequação dos benefícios, racionalização e classificação. O plano buscava um sistema de seguro social, onde a ideia era de ter benefícios universais para remover a pobreza causada, por exemplo, pelo desemprego ou incapacidade e está segurança social deveria ser prestada do berço ao túmulo. Propõe a instituição do Welfare state (Modelo de Bem-Estar social). Dessa forma, as pessoas com condição de trabalhar deveriam pagar um valor semanal ao Estado e este valor seria usado como subsídios para doentes, desempregados, reformados e viúvas. Seria um sistema que daria condições dos cidadãos terem um nível de vida mínimo, onde os benefícios deveriam ser ajustados para atender todas as necessidades básicas do indivíduo e da família, e os mesmos não poderiam viver abaixo deste mínimo necessário. O Plano Beveridge previa um modelo de sistema que atendesse toda a população através da mobilização do Estado e da sociedade, o Governo teria que garantir serviços de saúde com qualidade e gratuidade, fornecer formas para reabilitação profissional e promover a manutenção do emprego (a manutenção do emprego seria a chave para o êxito do seguro social). A influência do plano de Beveridge para a adesão de planos privados de saúde e de previdência está na busca pelo bem-estar social, no qual o indivíduo quer se resguardar caso venha precisar, e desse modo adere ao plano privado de forma facultativa por saber que poderá utilizá-lo quando preciso. Há a garantia da contraprestação, o que não ocorre nos planos fornecidos pelo governo, que são obrigatórios, e na grande maioria quando o indivíduo precisa não consegue utilizar o benefício, ficando a mercê da própria sorte. Conclusão: A influência do sistema Beveridgiano na contratação de planos privados de saúde e/ou previdência reside no fator de busca pelo bem-estar social, buscando o meio garantidor e eficaz no momento de necessidade do ali aderido. Desse modo, tem-se a garantia que ao realizar a contratação do plano privado terá a sua contraprestação, assim, garantido o seu bem-estar social. É o parecer. 2ª Proposta a) A contrario senso, porque resta inviabilizado a criação/adesão a um plano privado de assistência social? A assistência social é aquela que será prestada para quem dela necessitar, independente de contribuição. Sendo um fator de transformação social, e não mero socorro provisório e momentâneo ao necessitado. Dessa forma tem o objetivo de promover a integração e a inclusão do assistido na vida comunitária, proporcionando a partir do recebimento das prestações assistenciais, que seja “menos desigual”, e posso exercer atividades que lhe garantam a subsistência. De modo, a possibilitar a assistência social, não sendo só aquela advinda do Estado, há a participação da comunidade que se dá por Entidades de Assistência Social Privada Sem Fins Lucrativos, que surgem na sociedade atendendo a demandas especificas da comunidade carente. Uma pesquisa do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2015 traz que o Brasil tem 13.659 unidades prestadoras de serviços de assistência social privadas em atividade. Estas prestadoras têm como alguns objetivos: o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos; a defesa e a garantia de direitos; os serviços de proteção especial para deficientes e idosos; abordagem social; proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa; proteção em situação de calamidades públicas e de emergências; serviço especializado para pessoas em situação de rua; Estas prestadoras oferecem auxílios como alimentação, e doações de benefícios por conta da própria instituição, por exemplo de: agasalhos, roupas, cobertores e móveis; fraldas; material escolar e esportivo; aparelhos ortopédicos, próteses e cadeiras de rodas, além de medicamentos e vacinas. Portanto, trata-se de caráter assistencialista, no qual o individuo precisa de ajuda, por não possuir condições de arcar com as necessidades, restando inviabilizado aderir a um plano privado de assistência social, pois demandaria uma contraprestação, ou seja, pagamento, o qual não tem como realizar. b) Crie uma política, ação para minorar ou exterminar os efeitos de uma vulnerabilidade social? Vulnerabilidade social é definida como situação em que os recursos e habilidades de um dado grupo social são insuficientes e inadequados para lidar com as oportunidades oferecidas pela sociedade, não se restringe à categoria econômica, passa-se por organizações políticas de raça, orientação sexual, gênero, e etnia. Em grande maioria, é abarcada nas “periferias”, nas quais os adolescentes desde muito cedo se envolvem com a marginalidade. Um meio para se tentar evitar a marginalização de crianças e adolescentes nas periferias é tanto a população como o governo se conscientizar que ali tem pessoas que precisam de auxilio, não fazendo discriminação, aplicando meios de inserirem estas pessoas que não possuem oportunidade no convívio com os demais, de modo a expor que se ela quiser seguir um caminho fora da marginalização é possível e ela tem meios para isso. É preciso políticas públicas que de fato façam a inserção, que não fiquem somente no papel e na mídia. Por exemplo, criar um espaço no qual as crianças vão ter convívio com diversas pessoas, de varias raças, etnias, orientação sexual, para aprender sobre cada um e as possibilidades que a vida traz, de modo a evitar desde cedo a discriminação e o não conhecimento.
Compartilhar