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Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura do TCC

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Elaboração de relatórios de pesquisa: 
linguagem e estrutura
APRESENTAÇÃO
O processo de pesquisa científica tem por finalidade apresentar determinadas conclusões ou 
indícios para a sociedade, objetivando proporcionar a solução ou o esclarecimento de 
determinada situação. A pesquisa por si só pode ser entendida como um conjunto de ações que 
visam a descobertas ou aprimoramentos do conhecimento. Mas não se pode apenas observar, 
buscar conhecimento. É necessário entender a importância da escrita científica, pois ela é 
fundamental para a apresentação das ideias sobre determinado assunto, dessa forma qualificando 
as pesquisas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai poder definir a estrutura da elaboração de relatórios 
de pesquisa, analisando as especificidades da escrita de relatórios de pesquisa, além de 
reconhecer o uso da linguagem em sua elaboração.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir a estrutura da elaboração de relatórios de pesquisa.•
Analisar as especificidades da escrita de relatórios de pesquisa.•
Reconhecer o uso da linguagem na elaboração de relatórios de pesquisa.•
DESAFIO
Um texto científico é uma produção textual, uma narrativa escrita que aborda algum conceito ou 
teoria, com base no conhecimento, por meio da linguagem científica.
Um aluno do curso de Serviço Social está produzindo um relatório de pesquisa, cujo título é 
"Impacto do programa Bolsa Família na melhoria da qualidade de vida das famílias 
beneficiárias". Por isso, o estudante escreveu a seguinte introdução para o relatório:
 
Você é o professor orientador desse estudante e, após receber uma cópia do trabalho no seu e-
mail, pôs-se a analisar como estava a escrita dessa etapa. Após leitura e análise atenta do 
conteúdo, responda:
a) É possível afirmar que a escrita está adequada?
b) Que aspectos justificam o seu posicionamento com relação à escrita dessa parte da pesquisa? 
INFOGRÁFICO
Um relatório técnico-científico é um documento original pelo qual se faz a difusão de dados 
técnicos e científicos, sendo ainda o registro permanente das informações obtidas. É elaborado 
principalmente para descrever experiências, processos, métodos e análises.
Confira no Infográfico os principais aspectos a serem observados na produção de um relatório 
de pesquisa:
CONTEÚDO DO LIVRO
Toda pesquisa se torna uma busca, seja por respostas, por novos conhecimentos 
ou pela investigação de um objeto ou fenômeno. Por isso, é necessário que o pesquisador 
tenha compromisso com a ciência e utilize a pesquisa para apresentar resultados válidos e 
confiáveis, em formato de relatório. Sendo assim, a formação de um pesquisador é consolidada 
por meio da rica experiência de relatar, de forma científica, todo processo que 
envolva investigação desse tipo.
No capítulo Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura, da obra Pesquisa em 
Serviço Social, você verá como se dá esse processo de relatar/descrever a pesquisa e sua 
importância, bem como o passo a passo para elaboração e o uso da linguagem no relatório de 
pesquisa.
Boa leitura.
PESQUISA EM 
SERVIÇO SOCIAL
Camila Muniz Assumpção
Elaboração de relatórios 
de pesquisa: linguagem 
e estrutura
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir a estrutura da elaboração de relatórios de pesquisa.
  Analisar as especificidades da escrita de relatórios de pesquisa.
  Reconhecer o uso da linguagem na elaboração de relatórios de 
pesquisa.
Introdução
O relatório de pesquisa descreve, informa e transmite conhecimentos 
acerca do que foi realizado e apreendido na pesquisa. Ele é um con-
junto de informações utilizado para reportar resultados parciais ou 
totais de determinado estudo. Por isso, você deve ter cautela na hora 
de redigir o seu relatório, a fim de estabelecer o foco correto para o 
que deseja informar.
Neste capítulo, você vai conhecer a estrutura dos relatórios de pes-
quisa. Você também vai verificar a importância desses relatórios, bem 
como analisar as especificidades da sua escrita.
A estrutura de relatórios de pesquisa
O relatório de pesquisa não é apenas mais uma etapa do processo de pes-
quisa, mas uma parte fundamental dele. Afi nal, é por meio do relatório que 
o pesquisador comunica o resultado da sua investigação e as suas interpre-
tações originais, socializando e disseminando conhecimento. Portanto, o 
relatório de pesquisa tem dupla função: divulgar informações e registrar 
um trabalho executado.
De acordo com Carrapiço (2001), o relatório é um conjunto de informa-
ções que descrevem os resultados obtidos em uma pesquisa, assim como 
as ideias associadas a esses resultados. Fox (1982), por sua vez, afirma que 
não existe um modo único de organizar um relatório de pesquisa, e sim 
concordâncias sobre o que deve ser incluído e em que sequência. Assim, 
a forma pode variar, contanto que o estilo seja adequado e garanta a co-
municação perfeita entre o autor e os seus leitores. Fica claro, então, que a 
melhor configuração de um relatório depende da natureza, da finalidade e da 
complexidade da pesquisa.
Uma das formas de organizar um relatório de pesquisa é incluir a contextualização 
dos conceitos e os contextos históricos sobre o tema no primeiro capítulo, deixando a 
análise dos dados concentrada no segundo capítulo. No terceiro capítulo, o pesquisador 
pode apresentar os resultados que encontrou e expor as suas reflexões. Vale destacar 
que o relatório pode ter quantos capítulos forem necessários.
O relatório relata detalhadamente o que foi pesquisado, trazendo a descrição 
das informações da pesquisa. Consiste, então, na descrição escrita de fatos, 
que devem ser explicitados com clareza. Geralmente, o relatório de pesquisa 
tem a estrutura apresentada a seguir.
  Capa: deve conter o nome do autor, o título do trabalho, a cidade e o ano. 
Dependendo do caso, o nome da instituição de ensino pode aparecer no 
alto da página, principalmente em monografias de conclusão de cursos 
de graduação ou pós-graduação (LUCKESI, 1985; SALOMON, 2004; 
TRALDI; DIAS, 2004).
  Folha de rosto: deve trazer informações que precisam ser distribuídas 
de maneira clara e equilibrada na página. As informações são:
 ■ título da pesquisa;
 ■ nome do grupo (ou de seus participantes);
 ■ período a que se refere o relatório.
Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura2
  Índice ou conteúdo do relatório: é uma parte essencial de um relató-
rio de pesquisa, pois auxilia o leitor a se familiarizar com o trabalho, 
facilita o seu manuseio e permite que as informações sejam localizadas 
com facilidade.
  Apresentação: deve reiterar que se trata de um relatório de pesquisa e 
incluir: os motivos que levaram à realização da pesquisa; os problemas 
que a pesquisa busca resolver; os objetivos que a pesquisa procura; 
as hipóteses de trabalho ou as informações que a pesquisa busca. A 
introdução tem como função contextualizar o leitor em relação ao tema 
estudado, trazendo informações sobre as justificativas, os objetivos, as 
hipóteses e a formulação do problema de pesquisa.
  Metodologia: descreve toda a atividade desenvolvida para a obtenção 
dos dados utilizados no trabalho. Deve informar como foram feitos a 
pesquisa e o trabalho de campo. Esse tópico inclui os resultados da 
investigação e a sua interpretação, assim como os dados coletados pelas 
diferentes técnicas e instrumentos de pesquisa. Também entram em cena 
as discussões, ou seja, análises e interpretações que o pesquisador em-
preende sobre os dados: como foi problematizado o tema, quais soluções 
se apresentaram no processo de investigação, como a metodologia foi 
aplicada, entre outros aspectos. Os resultados e a discussão caracterizam 
o desenvolvimento do trabalho científico, em que “[...] se analisam e 
se discutem o problema principal e os secundários, decorrentes de sua 
colocação [...]” (SALOMON,2004, p. 42). Os dados coletados (fala dos 
entrevistados, resultados de observações, conteúdos de documentos e/
ou outros materiais de análise) devem estar expostos.
  Conclusão: é o fechamento/conclusão do trabalho científico. Deve ser 
o mais sintética possível, de forma que quem leia o relatório tenha um 
panorama geral dos resultados obtidos no trabalho.
  Bibliografia: é a referência bibliográfica dos materiais utilizados no 
trabalho, sejam livros, revistas, jornais ou quaisquer outras publica-
ções. Todos os autores citados no texto têm de constar nas referências 
bibliográficas.
  Anexos: incluem gráficos, tabelas ou figuras coletadas que sejam im-
portantes para a compreensão do texto do relatório. Também podem 
incluir modelos de questionários utilizados, roteiros de entrevistas, 
fotos da realidade pesquisada, etc.
3Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura
Na Figura 1, a seguir, você pode ver como o relatório se insere na pesquisa 
científica.
Figura 1. Momento do relatório no processo de pesquisa.
Fonte: Adaptada de Salomon (2004, p. 228).
A escrita de relatórios de pesquisa
A redação científi ca/técnica é decorrente de um processo de pesquisa e 
investigação. Ela envolve a elaboração de relações lógicas entre o objeto/
fenômeno investigado, os métodos utilizados e os resultados obtidos. As-
sim, a redação científi ca é um tipo específi co de redação, usado em artigos 
científi cos, relatórios, monografi as, etc.
Garcia (2000, p. 394) utiliza a definição apresentada por Margaret Norgaard, 
que diz que uma redação técnica é “[...] qualquer espécie de linguagem escrita que 
trate de fatos ou assuntos técnicos ou científicos [...]”. Segundo o autor, Norgaard 
Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura4
traz a ideia de que “A redação técnica é necessariamente objetiva quanto ao ponto 
de vista, mas uma objetividade completamente desapaixonada torna o trabalho de 
leitura penoso e enfadonho por levar o autor a apresentar os fatos em linguagem 
descolorida, sem a marca da sua personalidade [...]” (GARCIA, 2000, p. 396).
Em síntese, considere que a redação científica (DUARTE, 2019):
  tem como finalidade discursiva esclarecer, informar e argumentar;
  busca uniformidade por meio da linguagem, evitando a possibilidade 
de múltiplas interpretações;
  tem a objetividade como marca registrada;
  possui estrutura, estilo e terminologia discursiva marcados pelo caráter 
uniforme;
  emprega linguagem denotativa.
Um bom texto transmite uma mensagem, mas para isso é preciso que ele 
tenha algumas qualidades, como: clareza, argumentação bem definida, fatos 
ou dados que ilustrem o assunto e apresentem novas opiniões. Tudo isso, claro, 
com rigor gramatical e estilo próprio.
No relatório de pesquisa, o pesquisador deve se preocupar com todos os 
detalhes da apresentação. As normas, diretrizes e sugestões da apresentação de 
um trabalho científico têm valor somente se forem tomadas pelo pesquisador 
como instrumentos para a organização de uma apresentação própria, original. 
Como você sabe, a dedicação e a criatividade transformam todo o processo 
em um trabalho científico que pode contribuir com melhorias, ideias originais 
e novos conhecimentos.
A redação do relatório é uma das tarefas mais importantes do autor. Quando 
o relatório é elaborado, tudo o mais já foi feito: seleção do problema, revisão 
da literatura, seleção da população, do método e dos instrumentos para a 
coleta de dados, a própria coleta dos dados e a sua tabulação. Na escrita, é 
necessário dedicar-se à análise e à interpretação dos dados.
A seguir, veja o que deve caracterizar a redação de um trabalho científico.
  Fluência: é adquirida por meio do domínio da gramática. Envolve a 
capacidade de ligar cada trecho do trabalho ao trecho anterior com 
palavras ou frases de transição, mantendo a narração contínua.
  Frescor: dá ao texto sabor de novidades, de atualização.
  Consistência: implica omitir detalhes tediosos, não essenciais à exatidão 
e à integridade do trabalho.
5Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura
  Impessoalidade: diz respeito ao caráter formal e impessoal da comu-
nicação científica. Isso significa que se deve evitar o uso da primeira 
pessoa do singular; é mais adequado o uso da primeira pessoa do plural 
ou de recursos que tornem o texto impessoal, como as expressões: 
“conclui-se que”; “percebe-se”; “é válido supor”, etc. (NUNES, 2011).
  Naturalidade: significa dizer as coisas de forma simples e não forçar 
uma eloquência por meio de uma linguagem afetada.
Cada pesquisador tem o seu estilo de redação e usa as palavras como acre-
dita ser mais adequado. Porém, você deve estar atento: a técnica de redação 
usada no relatório de pesquisa requer unidade, coerência e linguagem clara. 
O texto deve ser uniforme, deve dar ao leitor a impressão de que foi escrito 
por uma única pessoa, mesmo que seja fruto de várias mentes. Além disso, a 
redação deve ser coerente com os fatos apresentados.
O uso da linguagem
Existem dois tipos de manifestação da linguagem verbal: a oral e a escrita. 
Ambas servem para estabelecer comunicação por meio das palavras. Como 
você sabe, os relatórios utilizam a linguagem escrita, em que há maior rigor 
gramatical e exigência de cumprimento da norma culta. Tal norma possibilita 
uma comunicação precisa e efi ciente. Marcuschi (2001, p. 17) afi rma que a 
escrita “[...] se tornou indispensável, ou seja, sua prática e a avaliação social 
a elevaram a um status mais alto, chegando a simbolizar educação, desenvol-
vimento e poder [...]”.
Como você já viu, o relatório deve utilizar uma linguagem simples, 
clara, objetiva e precisa. A clareza do raciocínio, característica do método 
científico, deve transparecer na forma como o relatório é escrito. Um rela-
tório deve ser conciso e coerente, incluindo a informação indispensável à 
compreensão do trabalho. Além disso, o tipo de pesquisa realizada influencia 
a escrita. Você pode optar por linguagens mais simples, mais complexas ou 
técnicas. O mais importante é cuidar da redação do texto e da apresentação 
do material, evitando erros de grafia, gramaticais, de obscuridade, coesão 
e coerência (LEITE, 2008).
O pesquisador deve dominar a linguagem técnica do trabalho e estar atento 
ao fato de que o uso de uma linguagem mais complexa pode dificultar a in-
Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura6
terpretação das informações. Nem sempre a linguagem rebuscada é garantia 
de qualidade; uma linguagem mais simples expõe de forma clara e precisa a 
mensagem da pesquisa.
Leite (2008) observa que a escrita do relatório deve levar em consideração 
o público da pesquisa. Assim, deve-se adequar a linguagem e os termos técni-
cos, bem como a complexidade do texto. Isso facilita a interpretação daqueles 
que irão utilizar o relatório para compreender a pesquisa ou utilizá-lo como 
fonte de pesquisa.
Medeiros e Tomasi (2007) recomendam que a utilização de vocábulos 
específicos ocorra apenas para designar instrumentos de um ofício ou ciência, 
ou para introduzir conceitos científicos, entre alguns outros casos. Do mesmo 
modo, alertam sobre as palavras utilizadas na linguagem técnica: por vezes, 
são as mesmas utilizadas na linguagem comum, mas no trabalho científico 
adquirem um sentido preciso, monossêmico, estritamente técnico.
A linguagem que se pretende desenvolver é neutra, de vocabulário pre-
ciso, construída sob o rigor da subordinação e da ausência de emoção, o que 
se externa pela hierarquização de ideias e o uso de orações subordinadas 
(MEDEIROS; TOMASI, 2007). Além disso, o texto científico deve utilizar 
linguagem simples a fim de que seja compreendido por toda a comunidade 
(NUNES, 2011).
Para que a leitura siga um raciocínio lógico, as frases devem ser completas. 
Por sua vez, as afirmações precisam ser baseadas em provas factuais, e não 
em opiniões próprias e infundadas do autor. Como você já viu, a linguagem 
científicaé objetiva, clara e precisa; assim, não admite várias interpretações. 
Na pesquisa, a linguagem não é coloquial e não é literária: é didática e serve 
para informar e transmitir conhecimentos.
Veja algumas recomendações para a redação do relatório de pesquisa:
  evitar o uso de termos e expressões afetados, que nada têm a acrescentar e apenas 
dificultam a compreensão do texto;
  evitar a linguagem coloquial;
  evitar escrever o que não é necessário para a compreensão do texto, como transpor 
frases feitas ou usar linguagem sentimental.
7Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura
CARRAPIÇO, F. Como elaborar um relatório: Biologia Celular. Lisboa: Centro de Biologia 
Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 2001.
DUARTE, V. M. N. Diferenças entre redação científica e redação literária. 2019. Disponível 
em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/diferencas-entre-redacao-
-cientifica-redacao-literaria.htm. Acesso em: 05 jun. 2019.
FOX, D. J. Fundamentals of research in nursing. 4th ed. New York: Appleton-Century-
-Crofts, 1982.
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever aprendendo a 
pensar. Rio de Janeiro: FGV, 2000.
LEITE, F. T. Metodologia científica: métodos e técnicas de pesquisa. 2. ed. Aparecida: 
Ideias & Letras, 2008. (Monografias, Dissertações, Teses e Livros).
LUCKESI, C. C. Fazer universidade: uma proposta metodológica. São Paulo: Cortez, 1985.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cor-
tez, 2001.
MEDEIROS, J. B.; TOMASI, C. Português forense: língua portuguesa para curso de direito. 
3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
NUNES, R. Manual na monografia jurídica: como se faz: uma monografia, uma disser-
tação, uma tese. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
TRALDI, M. C.; DIAS, R. Monografia passo a passo. Campinas: Alínea, 2004.
Leituras recomendadas
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Altas, 1996.
GNERRE, M. Linguagem, escrita e poder. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Elaboração de relatórios de pesquisa: linguagem e estrutura8
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
Um relatório de pesquisa pode ser entendido como a exposição escrita de determinado trabalho 
ou experiência. Não é apenas uma descrição do modo de proceder, mas sim uma elaboração 
planejada e organizada.
Nesta Dica do Professor, você poderá entender como se organiza um relatório de pesquisa do 
tipo artigo científico.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Representação da sociedade civil nos conselhos e comissões nacionais
Leia mais sobre a representação da sociedade civil na composição dos conselhos e das 
comissões nacionais neste relatório de pesquisa.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Desafios interdisciplinares nos processos de formação e trabalho em saúde urbana na 
comunidade
O presente relatório final tem por finalidade sintetizar o trabalho de investigação desenvolvido 
por uma pesquisa realizada no período de março de 2012 a dezembro de 2014. Quer saber mais? 
Então acesse o conteúdo e boa leitura.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
O método lógico para redação científica
Aqui se trazem alguns requisitos lógicos e de comunicação necessários para a construção de um 
artigo científico, mostrando alguns raciocínios que exemplificam esses princípios para tomada 
de decisão durante a redação científica.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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