Buscar

Crítica à Noção de História na Modernidade

Prévia do material em texto

Aula 23 
22/11 
Said 
Estaria ele falando de algo arcaico ou atual? 
Para ele, a modernidade tem uma história oculta, mas sabemos a verdadeira história da 
modernidade por que lemos a história do colonizador. Está questionando a noção pós -
moderna, por exemplo, da existência de um mundo real, pois para ele existe. A história do 
sujeito moderno é sabido e sabível por alguns, mas não por todos, por que há um sujeito 
oculto, que nem todos sabem a verdade a história. 
Por que a verdade seria escondida de nós? 
Está fazendo uma crítica aos pós – modernos por que para ele o sujeito não é uma abstração, 
mas é um sujeito construído pelo outro, o sujeito moderno é uma construção social, pois para 
ele o sujeito moderno vem de um processo social da construção de uma identidade. 
Said faz uma critica ao Bodryart. 
O sujeito moderno só é construído em oposição a um sujeito não moderno, ou objeto não 
moderno. 
 A transformação de parte da humanidade como o não sujeito para criar o próprio sujeito. 
Haviam outros mas que na verdade, eram ‘EUs’. 
Você não conta a história da Europa direito se você começa de Westphalia, você deve começar 
das cruzadas. 
Como ele diz, para os povos do Império Árabe, eles eram o centro do mundo. Então, dizer que 
a Europa é o ‘EU’ e o centro do mundo é relativo. 
Só que por um motivo, nem todos conhecem essa história. 
Esses ‘EU’ diferentes acabam criando o sujeito moderno, a critica é a noção de história que a 
teoria compra. 
Ele considera que a história é resultado de um processo social e de lutas de força, entender 
como que a Europa colonizou esses impérios e se transformou como sendo o sujeito moderno. 
Nós olhamos a história da Europa de forma muito boa enquanto esquecemos e não olhamos 
para outras, é necessário mudar essa forma de visão. 
A história não começa em Westphalia. 
A Europa se definindo como Europa. 
A história nacional muitas vezes vira a história do colonizador. 
Eu sei que não sei a verdade. Como saber? Não é tão simples assim. 
A história é contada pelo colonizador, por meio da construção social da realidade. 
Said – eu quero encontrar a verdade, onde buscar o resto da história. 
Resposta: pode-se reler o passado. 
Volte ao passado, a história não é uma linha só para frente, é para trás também. 
Trauma. Eu quero voltar ao passado e descobrir a verdadeira verdade, mas você não consegue 
se desvencilhar do colonizador. O drama do colonizado é que ele tenta ser diferente, mas não 
consegue sem encontrar sem o colonizador. 
Uma língua híbrida, o passado visto pelo presente. Você nunca terá uma história verdadeira se 
olhar para o passado, no passado você descobre que ele foi parcialmente colonizado também. 
Há uma saída para essa situação? 
Uma outra estória. É no que o colonizador acha ser o mais estranho, o mais bárbaro que você 
deve trabalhar, você deve inverter a lógica, é começar a desconstruir essa relação e colocar o 
colonizador como aquele que é o estranho, que é o bárbaro. 
Quem possibilitou esse processo de questionamento da identidade européia? Os imgrantes, a 
colonização acabou. 
Os europeus perderam o centro do mundo e dentro da Europa você não sabe definir o 
europeu, você não sabe mais quem é o europeu. 
A discussão do Said se deu na história, é uma crítica temporal a noção de história. 
A colonização não é um fenômeno geográfico, mas temporal. 
O outro nunca é o outro distante, forasteiro, é sempre o bárbaro, outro, ele está atrás de você, 
mas não está longe, não existe o europeu sem o bárbaro. 
Não reconheço que existe um espaço do colonizado, é uma questão de desenvolvimento, um 
dia você chegará a ser como eu. Essa é a armadilha, você temporalizou a diferença. Por isso 
que o passado é uma armadilha. Said está dizendo que isso possibilita a criação de uma 
imagem distorcida do outro como imaturo, que ele chama do fenômeno do orientalismo, 
palavra usada na época da cristandade para se referir ao islã. 
A Europa cria se outro para se definir como o correto, o outro, o sábio. A criação do outro por 
parte dos europeus começa nas cruzadas e vai até o séc. XX. 
Então, Said não quer que os colonizados comprem a idéia do orientalismo, mas que 
questionem, por que a história é uma construção social. 
O EU ‘paranóico’ – uma necessidade e uma constituição identitária. 
 
Resumo feito por Higor França 
IRiscool 2012.1

Continue navegando