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Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Parte responsável pela principal função desse sistema (trocas gasosas) O termo respiração Respiração celular: reações químicas com utilização intracelular do oxigênio e substratos orgânicos com função de produzir energia Respiração externa: troca de gás entre o meio EXTERNO e as células do corpo Função primária: trocas gasosas fornecer oxigênio e eliminar dióxido de carbono principal transportador: hemoglobina Funções secundárias: equilíbrio ácido-básico: reação química bidirecional para regulação do pH através da excreção ou retenção de gás carbono equilíbrio térmico: a modulação da frequência respiratória controla a perda de água e calor) olfato: células quimiorreceptoras localizadas no teto das cavidades nasais são responsáveis por captar estímulos olfativos aquecimento, umidificação e filtração do ar: processamento do ar realizado na zona de condução das vias aéreas.; importante para condicionar o ar antes de chegar na zona respiratória vocalização/fonação: movimento do ar pelas pregas vocais, criando vibrações defesa contra partículas e patógenos inalados: mecanismos de defesa do epitélio respiratório capaz de aprisionar e destruir substâncias potencialmente nocivas antes que elas possam entrar no corpo Trajetória do ar Anatomia macroscópica 1. vias aéreas superiores 2. vias aeras inferiores 3. caixa torácica 4. musculatura respiratória 5. suprimento sanguíneo 6. pleuras Vias aéreas superiores cavidade nasal seios nasais faringe laringe glote pregas vocais Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Cavidade Nasal – Fossas Nasais são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas (para movimentar o muco e tudo que ficou preso nele) sistema mecânico de defesa no teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar Seios Nasais ossos pneumáticos (ossos com cavidades preenchidas por ar) presentes exclusivamente na face Faringe Tubo oco, posterior à cavidade nasal e oral revestido de mucosa Serve tanto ao sistema respiratório quanto ao sistema digestório Subdivida anatomicamente em três regiões: Laringe principal órgão responsável pela fonação (membrana tireo-hioidea: liga o osso hioide à cartilagem tireóidea) na porção mais superior, contém o único osso localizado na região anterior do pescoço: osso hioide abaixo do osso hioide tem-se a maior cartilagem do pescoço: cartilagem tireóidea entre a cartilagem tireóidea e o osso hioide tem-se uma membrana chamada de membrana tireo-hioidea, que no meio vira ligamento tireo-hioide fixam o osso à cartilagem Abaixo da cartilagem tireóidea tem-se a cartilagem cricóidea Entre as duas cartilagens tem-se o ligamento crico-tireoideo Glote e Pregas vocais Fazem parte da laringe (estão no interior dela) Glote: não é uma estrutura, é uma região (que não é delimitada por estruturas. É a região de entrada da laringe Pregas vocais: estruturas localizadas na laringe que vibram e produzem a vocalização Estruturas anatômicas das vias aéreas superiores Nariz Cavidade do nariz: Asas do nariz Septo do nariz (cartilagem, vômer e lâmina perpendicular do etmóide) Assoalho: formado pelos processos palatinos da maxila e lâmina horizontal do osso palatino Teto: formado pelo corpo do osso esfenóide, lâmina crivosa do osso etmóide, osso frontal, osso nasal, cartilagem do nariz Vestíbulo do nariz: coanas Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Parede lateral Concha nasal superior (do osso etmóide) Concha nasal média (do osso etmóide) Concha nasal inferior Recesso esfenoetmoidal (parte mais superior e posterior da cavidade nasal, onde chega o nervo craniano olfatório que emitem as terminações nervosas para captação do olfato) Parede latero-posterior (faringe) Osteo (abertura) da tuba auditiva: comunicação anatômica entre a nasofaringe e o canal auditivo Tórus tubário Prega salpingofaríngea Prega salpingopalatina Faringe É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais O ar inspirada pelas narinas e pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe Divide-se anatomicamente em: nasofaringe, orofaringe (bucofaringe) e laringofaringe Parte nasal = nasofaringe Coanas Óstio faríngeo da tuba auditiva Tórus tubário Prega salpingofaríngea Prega salpingopalatina Tonsila faríngea Recesso faríngeo Parte oral = orofaringe Istmo da garganta ou fauces Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Parte laríngea = laringofaringe Adito da laringe Recesso piriforme (mucosa lisa) É muito comum, quando há bronco-aspiração, partículas sólidas serem aspiradas. Quando isso acontece, um dos lugares mais comuns em que ela pode ficar alojada é no recesso piriforme. Nesse momento, os reflexos estimularão a tosse na tentativa de expelir essas partículas Músculo constritor superior, médio e inferior da faringe Vista posterior: Laringe A entrada da laringe chama-se glote acima dela existe uma espécie de “lingueta” de cartilagem denominada epiglote (formato semelhante ao da língua), que funciona como válvula (abre ou fecha para liberar ou impedir a passagem de algo) Quando nos alimentamos, a laringe se eleva e sua entrada é fechada pela epiglote isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias Forma a proeminência laríngea (pomo de Adão) Formada por 9 cartilagens Possui pregas vestibulares e pregas vocais O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar Funções do nariz + faringe = filtrar, umedecer e aquecer Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Cartilagens Cartilagem epiglote Cartilagem tireoide ímpares Cartilagem cricóidea Cartilagem aritenóidea Cartilagem corniculada pares Cartilagem cuneiforme Ligamentos, membranas e músculos (os ligamentos tireóideos são formados pela membrana) Cricotireoidostomia Consiste no acesso cirúrgico das vias aéreas através da membrana cricotireóidea Toda cricotireoidostomia deve ser convertida para uma traqueostomia dentro de 24-72h Uma complicação descrita, que é a estenose subglótica, pode ser evitada com a conversão precoce Traqueotomia É a simples abertura da traqueia para qualquer intervenção cirúrgica na mesma (exemplo: ressecção de tumores intra-traqueais, tempo principal durante a traqueostomia) Traqueostomia É a exteriorização da traqueia através da prótese ou anastomose direta a pele da região cervical ou mediastinal Pode ser temporária (uso de prótese) ou definitiva (anastomose à pele) Os objetivos principais são a ultrapassagem de uma obstrução na via aérea superior, laríngea ou supra laríngea ou proporcionar acesso ao trato respiratório inferior para limpeza por aspiração ou ministrar ventilação mecanicamente assistida Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Nervos Cavidade da laringe Ádito da laringe Vestíbulo da laringe (cavidade supra-glótica) Prega vestibular Ventrículo da laringe Glote Prega vocal Cavidade infra-glótica Vista anterior Vista posterior Vasos linfáticos Veias Artérias Vias aéreas inferioresTraqueia Brônquios Bronquíolos Alvéolos Traqueia Parte cervical Parte torácica Cartilagens traqueais Ligamentos anulares traqueais Parede membranácea da traqueia Bifurcação da traqueia Carina da traqueia É um tubo oco de cerca de 1,5cm de diâmetro 11cm de comprimento Estende da laringe (C1) até T5/T6 Formada por semianéis cartilaginosos cartilagens em forma de C, mantendo a via respiratória aberta Divide-se em brônquios principais direito e esquerdo brônquio esquerdo é mais comprido brônquio direito é mais verticalizado brônquio direito possui maior diâmetro Implicações clínicas provocadas por essas diferenças: broncoaspiração é mais comum no brônquio direito seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e deglutidas ou expectoradas Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Pulmões ápice base hilo pulmonar (“porta de passagem”) = depressão encontrada na face mediastinal do pulmão, onde as estruturas que formam a raiz do pulmão (brônquios, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos) entram e saem dos pulmões bordas pulmonares: anterior, posterior e inferior fissuras pulmonares (separações que formam os lobos): obliqua e horizontal faces pulmonares: costal, diafragmática, mediastínica e interlobar pleura formato semelhante ao de um cone Pulmão direito Pulmão esquerdo Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII Pleura é uma membrana de parede dupla que envolve os pulmões divide-se em pleura parietal e visceral entre as pleuras existe o espaço pleural (“espaço virtual”) preenchida com o líquido pleural, permitindo que uma membrana deslize sobre a outra Pneumotórax Descontinuidade na pleura visceral: ar de dentro do pulmão vaza para dentro da cavidade pleural (Pneumotórax espontâneo) Quando algo acontece e abre um orifício entre o meio externo e o meio interno da cavidade pleural (Pneumotórax traumático) Brônquios anatomia dos brônquios: arvore bronquial brônquios principais (direito e esquerdo) brônquios lobares (3 no direito e 2 no esquerdo) brônquios segmentares bronquíolos OBS: até os bronquíolos terminais tem-se cartilagem formando a via aérea de condução do ar. Após os bronquíolos terminais (do bronquíolo respiratório em diante) não existe mais cartilagem na via aérea, pois inicia-se a área de trocas gasosas alvéolos sáculos alveolares Músculos Respiratórios Inspiratórios principal: músculo diafragma Morfofuncional II Maria Letícia - XXXVIII acessórios: intercostais externos, esternocleidomastóideo Expiratórios a expiração normal é um processo passivo músculos abdominais (são recrutados quando há necessidade de uma expiração forçada – exemplo: tosse)
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