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0 NAVEGAÇÃO AÉREA

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COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
NAVEGAÇÃO AÉREA
NAVEGAÇÃO AÉREA
APOSTILA 
BCT
CFS
2009
IMPRESSO NA SUBSEÇÃO GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
NAVEGAÇÃO AÉREA
Apostila da disciplina Navegação Aérea, da Especialidade 
BCT, do Curso de Formação de Sargentos.
Elaborador: Paulo Sérgio da Silva - 2S BCT 
GUARATINGUETÁ, SP
2009
Documento de Propriedade da EEAR
Todos os Direitos Reservados
Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é 
proibida a reprodução total ou parcial deste documento, utilizando-
se qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive 
processos xerográficos de fotocópias e de gravação sem a 
permissão expressa e por escrito da Escola de Especialistas de 
Aeronáutica - Guaratinguetá - SP.
SUMÁRIO
Introdução........................................................................................................................01
1 INTRODUÇÃO À NAVEGAÇÃO..............................................................................03
1.1 Histórico e métodos de navegação.................................................................03
1.2 Tipos de navegação........................................................................................05
2 SUPERFÍCIE DA TERRA E SUA REPRESENTAÇÃO............................................06
2.1 Forma e tamanho da terra (círculo máximo e círculo menor) ..............................06
2.2 Sistema de coordenadas - latitude e longitude...............................................08
2.3 Diferença de latitude e longitude...................................................................11
2.4 Conversão de distâncias angulares e lineares................................................16
2.5 Exercícios.......................................................................................................17
3 ESTUDO DO TEMPO.................................................................................................19
3.1 Introdução......................................................................................................19
3.2 Fusos horários................................................................................................20
3.3 Fusos horários e horas legais do Brasil..........................................................22
4 MAGNETISMO TERRESTRE....................................................................................23
4.1 Introdução......................................................................................................23
4.2 Bússola...........................................................................................................26
4.3 Representação da direção...............................................................................29
4.4 Rota................................................................................................................31
4.5 Rumo..............................................................................................................31
4.6 Proa................................................................................................................32
5 INSTRUMENTOS DE NAVEGAÇÃO.......................................................................34
5.1 Horizonte artificial.........................................................................................34
5.2 Indicador de curva e indicação (Turn and Bank)...........................................34
5.3 Giro direcional...............................................................................................35
5.4 Altitude e altímetros.......................................................................................36
5.5 Indicador de subida e descida (CLIMB)........................................................41
5.6 Velocímetro...................................................................................................41
6 CARTAS AERONÁUTICAS......................................................................................44
6.1 Projeções – mapas e cartas aeronáuticas........................................................44
6.2 Escala da carta...............................................................................................49
6.3 Projeção mercador.........................................................................................50
6.4 Projeção Lambert conformal.........................................................................52
7 AL 6 PILOT COMPUTER AND PLOTTER...............................................................54
7.1 Face de cálculo...............................................................................................54
7.2 Cálculos de tempo, velocidade e distância....................................................58
7.3 Consumo........................................................................................................62
7.4 Exercícios.......................................................................................................64
8 NAVEGAÇÃO RÁDIO...............................................................................................66
8.1 Radiogoniometria...........................................................................................66
8.2 Marcação magnética e verdadeira..................................................................69
8.3 Marcação relativa...........................................................................................76
8.4 Linha de posição magnética (QDR) e verdadeira..........................................82
9 PROCEDIMENTOS SOBRE RADIOGONIOMETRIA ............................................85
9.1 Mudança de marcação magnética..................................................................85
9.2 Mudança de linha de posição magnética.......................................................89
9.3 Cálculo de tempo estimado fora....................................................................93
9.4 Correção de deriva.........................................................................................99
9.5 Procedimento de espera...............................................................................107
9.6 Exercícios.....................................................................................................110
10 INDICADOR RÁDIO MAGNÉTICO - RMI .........................................................115
10.1 Exercícios...................................................................................................118
Referências....................................................................................................................121
ANEXO A – Questionário de navegação 1ª parte.........................................................122
ANEXO B – Questionário de navegação 2ª parte.........................................................135
EEAR 1 
INTRODUÇÃO
O assunto contido nesta apostila, concernente à matéria Navegação Aérea, foi planejado e 
distribuído de modo a conter em forma ordenada os conhecimentos básicos para o Serviço de 
Tráfego Aéreo, permitindo o estudo orientado e o acompanhamento dos assuntos de acordo com 
o plano de matéria.
Os capítulos, relativos aos assuntos a serem estudados, visam a estruturar, organizar e 
facilitar o estudo adequado da matéria.
Críticas e sugestões a presente apostila serão bem recebidas.
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 3
1 INTRODUÇÃO À NAVEGAÇÃO
1.1 Histórico e métodos de navegação
Navegação é a arte ou ciência de situar e dirigir um navio ou aeronave com segurança 
sobre a superfície da Terra.
Desde os mais remotos tempos que o homem começou a se movimentar na superfície da 
Terra, surgiram as noções de posição, tempo e distância. Daí podem dizer que a Navegação é 
uma das mais antigas ciências conhecidas pelo homem.
A Navegação Aérea começa e termina no solo; antes da decolagem é preciso saber adistância a percorrer, o tempo estimado de voo, a direção a seguir e durante o voo o piloto deve 
conhecer a sua posição a todo o momento.
Sem esses conhecimentos básicos o piloto não conduzirá a aeronave com segurança.
1.1.1 Posição
É um ponto definido na superfície da Terra, qualificada frequentemente por adjetivos: 
posição estimada, sem vento, geográfica, mais provável, etc. A palavra posição sempre se refere 
a um lugar que pode ser identificado.
1.1.2 Direção
É a posição de um ponto em relação a outro, sem considerar a distância que os separa. A 
direção não é propriamente um ângulo, mas é muitas vezes expressa em termos de distância 
angular a partir de um marco de referência.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 4
PONTOS CARDEAIS, COLATERAIS E SUB - COLATERAIS
CARDEAIS COLATERAIS SUB - COLATERAIS
N - Norte NE - Nordeste NNE - Nor-nordeste
S - Sul NW - Noroeste NNW - Nor-noroeste
E - Este SE - Sudeste SSE - Su-sudeste
O - Oeste SW - Sudoeste SSW - Su-sudoeste
ENE - Es-nordeste
ESE Es-sudeste
WSW - Oes-sudoeste
WNW – Oes - noroeste
Tabela 01
Observação: figura 01 a seguir.
Figura 01
1.1.3 Distância
É a separação entre dois pontos e é medida pelo comprimento da linha que os une. Numa 
superfície plana o problema é bem simples, entretanto, numa esfera onde a separação entre dois 
pontos pode ser expressa numa variedade de curvas, é essencial que seja decidido, exatamente 
como a distância será medida.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 5
À distância entre dois pontos, isto é, o comprimento de uma linha, pode ser traduzido nas 
várias unidades de comprimento conhecidas.
1.1.4 Tempo
Pode ser definido de diversas maneiras, porém as definições que interessam a navegação 
aérea podem ser resumidas em duas expressões: hora do dia e intervalo ou fração da hora.
Os métodos de se expressar posição, direção, distância e tempo serão cobertos 
inteiramente em capítulos posteriores.
1.2 Tipos de navegação
1.2.1 Navegação por contato ou visual
É o método de conduzir uma aeronave de um ponto a outro sobre a superfície da Terra, 
pela observação de pontos de referências conhecidos ou localizados em uma carta de navegação 
por contato. Este sistema elementar de navegação é o mais usado pelos principiantes na arte de 
navegar.
1.2.1.1 Navegação estimada
É o método de conduzir uma aeronave de um ponto a outro sobre a superfície da Terra, 
determinando sua posição através de cálculos da DV/VV (direção e velocidade do vento), 
velocidade do avião, tempo estimado e distância, a partir de um ponto conhecido.
1.2.1.2 Navegação radiogoniométrica 
É o método de navegação no qual se aplica um equipamento denominado 
radiogoniômetro, pelo qual um piloto pode se orientar mesmo com condições adversas de tempo.
Esse equipamento, dentro de sua máxima simplicidade, é constituído por um aparelho 
rádio-receptor e uma antena especial que tem a propriedade de determinar a direção das ondas de 
rádio emitidas por um transmissor (NDB).
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 6
1.2.1.3 Navegação eletrônica
É o método pelo qual a posição é determinada através de instrumentos eletrônicos 
(computadores).
1.2.1.4 Navegação astronômica
Sistema no qual as posições são obtidas através da observação de corpos celestes.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 7
2 SUPERFÍCIE DA TERRA E SUA REPRESENTAÇÃO
2.1 Forma e tamanho da terra (círculo máximo e círculo menor)
2.1.1 Forma e tamanho
Para fins de navegação aérea, assume-se que a Terra é uma esfera perfeita. Como se sabe, 
na crosta terrestre há variações de aproximadamente 12 (doze) milhas, do pico da mais alta 
montanha à mais profunda das depressões marítimas. As variações da superfície: vales, 
montanhas, oceanos, rios, etc., causam a aparência irregular da crosta terrestre.
Medida no Equador, a Terra possui aproximadamente 6.887,91 milhas náuticas de 
diâmetro, ao passo que o traçado através dos polos mede 6.864,57 milhas náuticas.
A diferença é, portanto, de 23,34 milhas náuticas e essa diferença é usada para 
caracterizar a Elepticidade da Terra.
Portanto, eixo da Terra é a linha imaginária que passa pelo seu centro em torno da qual 
realiza seu movimento de rotação.
Os pontos imaginários de interseção de eixo com a superfície da terra são denominados 
Polos da Terra. Assim, existe um Polo Norte e um Polo Sul.
2.1.2 Círculos máximos e círculos menores
O Círculo Máximo é definido como um círculo na superfície de uma esfera cujo centro e 
raio são os mesmos da esfera. É o maior círculo que pode ser desenhado em uma esfera; é a linha 
de interseção, com a superfície da Terra, de qualquer plano que passe pelo seu centro. Um 
círculo máximo divide a Terra em dois hemisférios.
O arco de círculo máximo é o caminho mais curto entre dois pontos numa esfera, assim 
como a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos, num mesmo plano. Em qualquer 
esfera, um infinito número de círculos máximos pode ser traçado através de um ponto; toda via, 
somente um círculo máximo pode ser traçado através de dois pontos que não sejam 
diametralmente opostos.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 8
Todos os demais círculos na superfície de uma esfera, não considerados círculos 
máximos, são chamados círculos menores.
Portanto, o plano de um círculo menor não passa pelo centro da esfera.
Círculo Máximo
Círculo Menor
Figura 02
2.2 Sistema de coordenadas - latitude e longitude 
2.2.1 Equador
É um círculo máximo cujo plano é perpendicular ao eixo da Terra e divide a mesma em 
dois hemisférios: Norte e Sul. Sabemos que os polos estão a 180º um do outro, cada ponto no 
Equador está a 90º dos polos.
2.2.2 Paralelo
É um círculo menor, paralelo ao Equador e cujo plano é perpendicular ao eixo da Terra. É 
comumente conhecido como paralelo de latitude.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 9
Figura 03 - Paralelos de latitude são círculos menores, paralelos ao Equador.
2.2.3 Meridiano
É a metade de um círculo máximo que passa pelos polos sendo seu plano perpendicular 
ao Equador. É comumente conhecido como meridiano de longitude.
Figura 04
2.2.4 Latitude (LAT)
Arco de meridiano compreendido entre o Equador e o paralelo de um lugar. É medida ao 
longo de um meridiano, de 00º a 90º para o Norte ou para o Sul do Equador.
2.2.4.1 Co - latitude
É o arco de meridiano compreendido entre o paralelo de latitude e o polo. É o 
complemento da latitude.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 10
2.2.5 Longitude (LONG)
É baseada no meridiano de Greenwich ou 1o meridiano que passou a ser adotado pela 
maioria das nações através da Convenção de Washington de 1884. Esse meridiano passa pelo 
Observatório Astronômico de Greenwich (Inglaterra). Portanto longitude é o arco de Equador ou 
de paralelo, compreendido entre o meridiano de Greenwich e o meridiano de um lugar.
É o ângulo formado no centro da Terra, entre os planos do meridiano de Greenwich e do 
meridiano do lugar considerado.
É a medida de 000º a 180º a partir do meridiano de Greenwich para Este (E) e para Oeste 
(W). Os graus de longitude devem ser expressos em três algarismos. Os graus de latitude devem 
ser expressos em dois algarismos.
2.2.5.1 Sistemas de coordenadas
É formado por duas componentes: Latitude e Longitude.
Figura 05 - Brasília: (15º 51S - 047º 56W) Latitude é medida com referência ao Equador longitude com referência ao primeiro 
meridiano
2.2.5.2 Antimeridiano
Semicírculo máximo limitado pelos polos e contendo o antípoda de um observador. Fica, 
portanto, a 180º de distância angular de um meridiano considerado.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 11
2.2.5.3 Posição
Pode-se, portanto localizar pontos na superfícieda Terra com as latitudes e longitudes 
dos mesmos. Assim, a coordenada geográfica é a referência ideal para a determinação de 
posição.
Identificamos a cidade de Brasília pelo paralelo (15º51’S - 047º56’W). As coordenadas 
são representadas pela latitude e longitude, nesta sequência, separadas por um traço de união e 
entre parênteses.
Exemplos: (00º04’N - 001º50’W) (36º35’S – 121º03’E); (89º55’S - 179º55’E) (02º24’N - 
013º38’W)
2.3 Diferença de latitude e longitude
2.3.1 Diferença de latitude e longitude (DLA e DLO)
Define-se a diferença de latitude, ou diferença de longitude entre dois pontos 
considerados, como a diferença angular entre as latitudes ou longitudes, respectivamente, 
daqueles pontos.
Uma regra simples é aplicada na solução dessas diferenças:
Obtém-se a diferença de latitude ou longitude entre dois pontos na superfície da Terra, 
somando-as quando de nomes contrários ( N + S e E + W ) e subtraindo, a menor da maior, 
quando do mesmo nome” ( N - N ; S - S ; E - E ; W -W ).
Figura 06
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 12
No caso particular da diferença da longitude, quando após a aplicação da regra, o ângulo 
encontrado é maior que 180º, subtrai-se de 360º para se ter a verdadeira diferença angular de 
longitude.
2.3.2 Latitude média (LAM)
Para se obter a latitude média, após a aplicação da regra acima, na solução da diferença 
da latitude, divide-se por dois o número encontrado, e o quociente dessa divisão é subtraído da 
maior latitude. O resultado dessa subtração é a latitude média.
A latitude média, logicamente, toma o nome da maior latitude considerada no problema.
2.3.3 Longitude média (LOM)
Analogamente, para se obter a longitude média, divide-se por dois o número encontrado, 
na diferença de longitude, e o quociente desta divisão é subtraído da maior longitude. O resto 
dessa última subtração é a longitude média, e toma o nome da maior longitude.
A latitude e a longitude média podem ser obtidas também: Semi-soma, no caso de duas 
latitudes ou longitudes de mesmo nome.
Exemplo: Latitude 10º20’N +
Latitude 20º10’N
30º30’N : 2 = 15º15’N é a LAM.
Semi diferença, no caso de duas latitudes ou longitudes de nomes contrários.
Exemplo: Longitude 084º40’E -
Longitude 028º50’W
055º50’ : 2 = 027º55’E é a LOM ( leva o nome da maior ).
Dados: Ponto A - (52º40’N - 105º15’W);
Ponto B - (22º10’N - 085º15’W).
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Latitude média 
Longitude média 
Outro método para cal. LAM/LONGM
Outro método para cal de LAM/LONGM
Mais fácil 
Mais fácil 
Médias
EEAR 13
Pede-se:
a) Diferença da Latitude;
b) Diferença da Longitude;
c) Latitude Média;
d) Longitude Média.
Sendo as latitudes e longitudes respectivamente, de mesmo nome ( N,N - W,W ) no 
cálculo de DL e DLO, subtrai-se :
a) - DL
52º40’N - 22º10’N = 30º30’
b) - DLO
105º15’W - 085º15’W = 20º
c) - LM
30º30’ : 2 = 15º15’
52º40’ - 15º15’ = 37º25’N
d) - LOM
20º : 2 = 10º
105º15’W - 10º = 095º15’w
Dados: Ponto A - (22º00’N - 068º45’W);
Ponto B - (12º00’S - 021º15’E).
Pede-se:
a) Diferença da Latitude;
b) Diferença da Longitude;
c) Latitude Média;
d) Longitude Média.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Importante
EEAR 14
Sendo as latitudes e longitudes respectivamente, de nomes contrários (N,S - W,E) no 
cálculo de DL e DLO, soma-se :
a) - DL
22º00’N + 12º00’S = 34º
b) - DLO
068º45’W + 021º15’E = 90º
c) - LM
34º : 2 = 17º
22º00’ - 17º = 05º00’N
d) - LOM
90º : 2 = 45º
068º45’W - 45º = 023º45’w
Figura 07
Dados: Ponto A - (01º22’N - 150º32’W);
Ponto B - (15º52’N - 079º28’E).
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 15
Pede-se:
a) Diferença da Latitude;
b) Diferença da Longitude;
c) Latitude Média;
d) Longitude Média.
Sendo as latitudes de nomes iguais (N e N) e as longitudes de nomes diferentes (W e E), 
subtrai-se e soma-se respectivamente :
a) - DL
15º52’N - 01º22’N = 14º30’
b) - DLO
150º32’W + 079º28’E = 230º
Portanto maior que 180º, logo:
360º - 230º = 130º
c) - LM
14º30’ : 2 = 07º15’
15º52’N - 07º15’ = 08º37’N
d) - LOM - sendo o caso especial (diferença de 360º); tem-se:
130º : 2 = 65º
079º28’E + 65º = 144º28’E
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 16
Figura 08
2.4 Conversão de distâncias angulares e lineares
2.4.1 Medição de distância
A distância pode ser representada em qualquer unidade de medida linear. Em navegação 
aérea, usa-se, normalmente, a milha marítima (mima), a milha terrestre (mite) ou o quilômetro 
(Km); no entanto é preferível a milha marítima, conforme será explicado.
A circunferência da Terra é, aproximadamente, 40.000Km ou 21.600 milhas marítima. 
Assim, o Equador é um Círculo Máximo e tem 360º, e cada grau de arco, no Equador, é igual a 
60 milhas marítimas, (21.600 : 60) desde que um grau de arco, possui 60 minutos de arco, um 
minuto de arco é igual a uma milha marítima (1’ = 1 mima).
Sendo a Terra considerada uma esfera perfeita (para efeito de navegação aérea), os 
meridianos, combinados dois a dois e 180º opostos, formam Círculos Máximos de 
aproximadamente o mesmo comprimento do Equador.
Pode-se, então, dizer que, 1 (um) minuto de arco em qualquer meridiano é igual a uma 
milha marítima. Os paralelos, entretanto, por definição, são Círculos Menores, logo 1 (um) 
minuto de arco num paralelo tem uma distância linear menor que a de 1 minuto de arco num 
Círculo máximo.
Em face da convergência dos meridianos, as distâncias entre dois meridianos decrescem à 
medida que se aproximam dos polos. Portanto, 1 (um) minuto de arco em qualquer paralelo, 
excetuando o Equador, não mede 1 milha marítima.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 17
Principais unidades de medidas usadas em navegação aérea e sua correspondência (vide 
tabela na página seguinte).
(MT)
Milha Terrestre 
(MN)
Milha Marítima 
(Km)
Quilômetro 
1 0,869 1,609
1,151 1 1,852
0,621 0,541 1
Tabela 02
2.5 Exercícios
1 - Transforme 245 Km em MN e MT.
Resp. 1MN = 1,85 Km
XMN = 245 Km
X = 245 : 1,85
245 Km = 132 MN
1MT = 1,6 Km
XMT = 245 Km
X = 245 : 1,6
245 Km = 153 MT
2 - Transformar 887 MN em Km e MT.
Resp. 1MN = 1,85 Km
887 MN = X Km
X = 887 x 1,85
887 MN = 1660 Km
1MN = 1,15 MT
887 MN = X MT
X = 887 x 1,15
887 MN = 1020 MT
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 18
3 - Qual a distância em Km entre a cidade “A” de lat. 18º31’N e a cidade “B” de lat. 22º40’S, 
sabendo-se que ambas estão no mesmo meridiano?
A diferença de lat. entre “A” e “B” é (lat. de nomes diferentes soma-se)
Resp. 22º40’S +
18º31’N
40º71’ transformando em MN
1º = 60 MN
40º = X MN
X = 40 x 60
X = 2400
Como 1’de arco é igual a 1 MN então 71’ = 71MN 40º71’ = 2400 + 71MN
A distância entre “A” e “B” é de 2471 MN
1MN = 1,85Km
2471MN = X Km
X = 2471 x 1,85
A distância entre “A” e “B” é de 4571 Km.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Feita
EEAR 19
3 ESTUDO DO TEMPO
3.1 Introdução
3.1.1 Tempo
É um definido período de duração.
Assim, temos o tempo de - 1 dia, 1 mês, 1 ano, etc.
A medida do tempo é em função do movimento aparente dos astros ao redor da Terra. 
Devido ao movimento da Terra de W (Oeste) para E (Este), dá-nos a impressão de que o sol se 
movimenta de Este para Oeste. Este movimento aparente do sol de Este para Oeste é que vai nos 
fornecer a ideia do dia.
3.1.2 Espécie de tempo
3.1.2.1 Tempo sideral
Quando a medida do tempo é feita com uma estrela ou astro qualquer.
3.1.2.1.1 Dia sideral
É o espaço de tempo compreendido entredois sucessivos trânsitos de um astro qualquer 
(com exceção do sol) pelo mesmo observador.
3.1.2.2 Tempo solar verdadeiro
Tempo baseado no movimento real do sol ao redor da Terra.
3.1.2.2.1 Dia solar verdadeiro
É o espaço de tempo compreendido entre dois sucessivos trânsitos do sol verdadeiro, pelo 
mesmo meridiano. É o tempo, no qual, para se obter um dia a Terra terá que dar uma volta 
completa em torno de seu eixo. O sol verdadeiro ocupa duas vezes a mesma posição em menos 
de 24 horas; essa perda de alguns segundos por dia, causa o motivo do dia 29 de fevereiro (ano 
bissexto).
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 20
3.2 Fusos horários
A hora civil local, isto é, a hora real numa determinada posição, é variável de lugar para 
lugar na superfície da Terra, uma vez que a mesma é em função da longitude do local 
considerado. A adoção, por convenção, de Fusos Horários também chamados Zonas de Tempo, 
foi feita com a finalidade de se evitar as confusões criadas pela variação da hora, em função da 
longitude. Essa convenção de Fusos Horários, adotada pela maioria dos países civilizados, 
proporcionou a unificação das horas em regiões de consideráveis extensões geográficas, além da 
facilidade da diferença de horas ser apresentada em número inteiro (salvo casos particulares).
Tomando-se como ponto de partida o meridiano de Greenwich e dividindo-se a Terra, no 
Equador, em 24 partes iguais (360º : 24 = 15 ), obtém-se faixas de 15º que são chamados de 
Zona de Tempo ou Fusos Horários.
A hora civil local de meridiano central do fuso é que fornece a hora de zona. Essa hora do 
fuso é chamada hora legal.
Tomando-se como ponto de partida o meridiano de Greenwich, ou melhor, o meridiano 
de 000º de longitude, e medindo-se 7º30’, para Este e para Oeste, obtém-se um fuso. Da mesma 
forma são obtidos os demais 24 fusos, isto é, tendo como meridianos centrais os meridianos de 
longitude 015º, 030º, 045º, etc; para Este e Oeste de Greenwich. Cada fuso, portanto, cobre 7º30’ 
para cada lado do seu meridiano central. Para citação de um fuso qualquer sem a configuração de 
seus sinais (+ ou -), ficou estabelecido em convenção internacional, que os mesmos seriam 
designados por letras como se vê no quadro abaixo.
Y X W V U T S R Q P O N Z A B C D E F G H I K L M
+12 +11 +10 +9 +8 +7 +6 +5 +4 +3 +2 +1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6 -7 -8 -9 -10 -11 -12
Tabela 03 – Fusos horários
3.2.1 Hora de Greenwich - (HMG – GMT)
Hora Oficial adotada mundialmente em todos os órgãos de Controle de Tráfego Aéreo, 
para fins de coordenação de tráfego. É a hora do fuso Z ou hora Zulu, que todos os aviões do 
mundo marcam em seus relógios de bordo.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
E
W
EEAR 21
HMG = HLE ± no de fusos
3.2.2 Identificação do fuso
Conhecida a longitude de um ponto, para se identificar o fuso a que pertence, deve-se 
proceder da seguinte forma:
3.2.2.1 Dividir a longitude por 15º
➢ Se o resto for zero ou menor que 7º30’, o fuso será igual ao quociente da divisão;
➢ Se o resto for maior que 7º30’, o fuso será o quociente mais um;
➢ Se o resto for 7º30’, o ponto está no limite de dois fusos.
3.2.2.2 Longitude Oeste, fuso positivo; longitude Este, fuso negativo.
Exemplos:
Determinar os indicativos dos fusos em que se encontram os pontos de longitude:
a) - 125º27’ E
b) - 120º00’ W
c) - 127º47’ W
d) - 097º30’ E
Resposta: a) - 125º27’ E : 15º = 8; o resto é 5º27’, portanto menor que 7º30’; logo, a 
longitude sendo E o fuso será igual a - 8 ou fuso H;
b) - 120º00’ W : 15º = 8; o resto é zero; logo, sendo a longitude W, o fuso é igual a + 8 
ou fuso U;
c) - 127º47’ W : 15º = 8; o resto é 7º47’, portanto maior que 7º30’; logo, 8 + 1 = 9, a 
longitude sendo W o fuso será + 9 ou fuso V; e
d) - 097º30’ E : 15º = 6; o resto é 7º30’, logo, a longitude sendo E, o fuso será - 6 ou - 7 , 
F ou G. Isto quer dizer que o ponto considerado está no limite de dois fusos.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
<==--
EEAR 22
3.3 Fusos horários e horas legais do Brasil
Em 1913 foi estabelecida por lei a adoção de hora legal no Brasil de acordo com o 
sistema de fusos horários. O território brasileiro se estende desde a longitude de 030º00’W até a 
longitude de 074º00’W, compreendendo os seguintes fusos:
➢ Fuso O ou + 2, território de Fernando de Noronha e Ilha Trindade;
➢ Fuso P ou + 3, todo o litoral até o limite do território do Amapá, inclusive; o contorno 
do Rio Xingu; fronteira do Mato Grosso com Goiás e Bacia do Paraná, inclusive;
➢ Fuso Q ou + 4, a partir do fuso anterior, compreendendo o estado do Mato Grosso, a 
parte Leste do Amazonas, até o limite Oeste, determinado por um arco de círculo 
máximo que liga Tabatinga até Porto Acre (inclusive essas duas cidades) e daí 
contorna a fronteira sul do Território do Acre com a Bolívia.
➢ Fuso R ou + 5, desde o limite Oeste do fuso anterior compreendendo todo o território 
do Acre.
3.3.1 Linha de data internacional
Figura 09
O meridiano 180º é chamado Linha Internacional de Data, isto porque a data sempre 
muda sobre o meridiano de 180º. Na realidade, a linha Internacional de Data, não se superpõe, 
em toda sua extensão, ao meridiano 180º.
Em diversos pontos dela é desviada para manter a mesma data em localidades próximas 
aos meridianos. O fato de uma nova data sempre começar no meridiano 180º explica a razão do 
fuso correspondente ter uma de suas metades o indicativo + 12 e na outra - 12.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 23
4 MAGNETISMO TERRESTRE
4.1 Introdução
A existência de substâncias capazes de atraírem pequenos pedaços de ferro foi notada, 
por nossos antepassados, nas civilizações mais antigas. No ano 600 AC. Thales de Mileto 
descreveu as propriedades desses óxidos ferrosos magnéticos, ou ímãs. Quando uma agulha 
magnética ou ímã é colocado sobre um eixo de maneira a mover-se livremente, uma de suas 
extremidades aponta sempre, em direção ao Norte. Essa extremidade da agulha ou ímã é 
chamada de polo Norte ou polo positivo, e a outra é por analogia designada de polo sul ou 
negativo.
Quando dois ímãs são colocados perto um do outro, o polo norte de um repele o polo 
norte e atrai o polo sul do outro. Daí a regra: polos iguais se repelem; polos contrários se atraem.
Figura 10
A força de atração ou repulsão entre dois polos magnéticos varia com a distância entre 
eles. Quanto maior for à distância, menor será a atração ou a repulsão. A área na qual o ímã 
exerce sua influência é chamada Campo Magnético. Portanto, Campo Magnético de um ímã é 
formado pelo conjunto de linhas de força que unem os polos. Um pedaço de metal não 
magnético, entrando no campo de força de um ímã, torna-se magnetizado por indução. O 
magnetismo induzido é temporário, permanecendo enquanto o pedaço de metal estiver dentro do 
campo magnético.
4.1.1 A Terra como ímã
A Terra é um corpo magnético. E, pode-se dizer, um imenso ímã.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 24
Em consequência, a Terra possui polos magnéticos.
Da mesma forma que nos ímãs, um campo magnético envolve a Terra, e é formado pelo 
número infinito de linhas de força que unem os seus polos magnéticos.
Figura 11
Esses polos magnéticos não coincidem com os polos geográficos, e não estão, além disso, 
exatamente diametralmente opostos. O polo Norte Magnético está localizado aproximadamente 
na Ilha de Príncipe de Gales. O polo Sul fica na Antártida.
As observações mais recentes indicam que o polo Norte Magnético não é estacionário, 
pelo contrário, possui um movimento elíptico, cujo maior eixo mede 50 milhas.
Todo campo magnético tem uma direção definida; portanto, o Campo Magnético da Terra 
também a possui. Este campo é constituído por linhas de força que são considerados 
provenientesdo polo Norte em direção ao polo Sul. A presença dessas linhas de força pode ser 
indicada pela direção que uma agulha magnética assume quando é colocada no campo magnético 
da Terra.
4.1.2 Declinação terrestre
Quando uma agulha magnética sofre influência somente do campo magnético da Terra, a 
direção que ela aponta é chamada Norte Magnético.
A direção do Norte Geográfico é chamada direção do Norte Verdadeiro.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 25
Direções verdadeiras, são medidas a partir do Norte Verdadeiro, e direções magnéticas 
são em relação ao Norte Magnético. A diferença angular, em um ponto qualquer, entre as 
direções do Norte Verdadeiro e Norte Magnético é chamada Declinação Magnética.
Declinação Magnética é também definida como a diferença angular entre o meridiano e a 
direção indicada pela agulha de uma bússola sob a influência única do campo magnético da 
Terra.
A declinação magnética varia de posição para posição, na superfície da Terra.
Se a agulha da bússola aponta, em determinado local, na direção do norte verdadeiro, isto 
é, se a direção do Norte Verdadeiro coincide com o Norte Magnético, diz-se que a Declinação 
Magnética é igual a zero.
Quando a agulha aponta para a direita da direção do Norte Verdadeiro isto é, para Este, 
tem-se uma declinação Magnética Este (E). No caso inverso, isto é, apontando para esquerda 
Oeste, tem-se uma Declinação Magnética Oeste (W).
A maioria das cartas tem traçadas linhas de Declinação Magnética.
As linhas que unem pontos de mesma Declinação Magnética chamam-se Isogônicas. A 
que une pontos de Declinação Magnética zero, é chamada Agônicas.
No cálculo de rumos magnéticos, deve-se levar em consideração a data de publicação e a 
variação magnética anual da carta em uso.
4.1.3 Ângulo de inclinação
A direção do campo magnético da Terra não é paralela a sua superfície em todos os 
lugares. Portanto, um ímã ou agulha magnética, livre para girar em qualquer direção, assumirá 
diferentes atitudes, inclinando-se para cima ou para baixo dependendo da sua posição, no campo 
magnético da Terra.
Esse ângulo em relação ao horizonte é chamado ângulo de inclinação magnética. Varia de 
90º nos polos magnéticos a 0º, mais ou menos, na metade do caminho entre eles.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 26
Devido a este fato, isto é, ao ângulo de inclinação magnético, as bússolas magnéticas não 
podem ser utilizadas nas proximidades dos polos.
4.2 Bússola
É de todos os instrumentos de navegação aérea, o mais importante.
Vários tipos de bússola, dos mais diversos formatos, são especialmente construídos para a 
Navegação Aérea.
Apesar de diferirem na sua apresentação, basicamente são construídas por três partes 
principais:
➢ Uma superfície circular cônica ou cilíndrica, capaz de girar livremente em qualquer 
direção, num plano horizontal e tendo dois ou mais ímãs ajustados em sua base;
➢ Uma linha de fé ou marca de referência, paralela ao eixo longitudinal do avião; e
➢ Uma escala dividida em graus "angulares, ou limbo, conhecida também como Rosa 
dos Ventos, montada na superfície circular, e cujos números impressos crescem no 
sentido do movimento do ponteiro do relógio, de maneira a medir, instantaneamente, a 
proa do avião”.
Figura 12
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 27
Figura 13
A superfície circular móvel está montada sobre um eixo e dentro de uma caixa contendo 
querosene (ou líquido similar). O líquido serve para diversos fins:
➢ a maior parte do peso da superfície móvel sobre o eixo é anulada; e
➢ diminui a oscilação do limbo e permite uma lubrificação constante do eixo.
A graduação da escala é de 5º em 5º (em alguns modelos de grau em grau).
Na parte da caixa da bússola, voltada para o piloto, existe um vidro transparente por onde 
se leem as indicações. Bem no centro deste vidro fica a linha de fé, traçada no sentido vertical e 
correspondente ao eixo longitudinal do avião.
Tendo em vista que a leitura da bússola é feita pela parte posterior há necessidade da 
escala de graus ser numerada com 180º de ambiguidade, para proporcionar leitura exata.
Na parte fronteira da caixa há uma célula de expansão e contração, para permitir o 
aumento ou diminuição do volume do líquido, sob as mais diversas condições de temperatura ou 
pressão.
Na parte superior existem dois pequenos ímãs que são movimentados por intermédio de 
dois parafusos e que permitem a compensação da bússola.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 28
4.2.1 Erros da bússola em voo
A agulha da bússola (o conjunto da parte móvel, ímãs e limbo, no tipo acima descrito) 
pode girar livremente apenas no plano horizontal. Portanto, é feita para interpretar somente a 
componente horizontal do campo magnético da Terra. Assim, durante as curvas ou com as asas 
do avião inclinadas, as indicações da bússola são errôneas.
Da mesma forma, também se têm indicações falsas durante as acelerações e 
desacelerações.
4.2.2 Desvio da agulha ou desvio da bússola (DA)
Embora se tendo assumido que a agulha magnética é sempre orientada na direção do 
Norte Magnético, na realidade, em consequência de fatores diversos, como a estrutura metálica 
dos aviões, equipamentos elétricos e a própria caixa da bússola, todos emanando maior ou menor 
quantidade de força magnética, a bússola é afetada desviando-se, a agulha, do alinhamento 
previsto. Essa diferença de direção é conhecida como desvio da bússola.
Para se entender melhor o desvio, supõe-se que a agulha da bússola sempre está orientada 
em direção a um fictício polo norte bússola ou norte bússola.
O desvio não é constante para uma mesma bússola, varia para cada proa. De um modo 
geral, não ultrapassa 15º e é medido a Este (E) ou a Oeste (W) isto é, se o Norte Bússola está a 
Leste ou a Oeste da direção do Norte Magnético.
4.2.3 Calibração da bússola
Desde que o desvio está sempre presente, cada bússola deve ser calibrada e, tendo em 
vista que o desvio se altera com o tempo, a calibração deve ser realizada periodicamente.
A calibração da bússola compreende, na realidade, duas operações distintas: 
compensação e determinação do desvio residual. A compensação é feita introduzindo-se na 
bússola a correção dos desvios encontrados. A determinação do desvio residual é verificada por 
comparação das proas magnéticas e proas bússolas, correspondentes. Como resultado da 
calibração da bússola tem-se o Cartão de Desvio que é a representação gráfica dos valores 
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 29
numéricos (graus), das correções dos desvios, os quais devem ser aplicadas, algebricamente, a 
diversas proas magnéticas para se obter as proas bússolas correspondentes, ou vice-versa.
A compensação de uma bússola deve ser feita numa plataforma de compensação. Essa 
plataforma, nada mais é que uma rosa dos ventos, construída num local afastada de influências 
magnéticas (edifícios, hangares, aviões, redes elétricas, etc), e suficientemente grande para se 
poder manobrar um avião, nas diversas direções. Normalmente é em concreto e de forma 
circular, tendo anotado, e sua circunferência, as diversas direções magnéticas devidamente 
orientadas. O centro da plataforma é um disco móvel, de material não magnético, que gira 
livremente sobre o qual se coloca uma das rodas da aeronave cuja bússola está sendo 
compensada.
Algumas vezes, em substituição ao disco móvel, existe uma área côncava feita também 
deste cimento.
Figura 14
4.3 Representação da direção
A direção MQ é o ângulo a partir do Norte no sentido dos movimentos dos ponteiros do 
relógio, até a linha MQ.
Para se atravessar uma rua e ir à confeitaria basta uma olhada ao ponto de destino e 
começar a andar naquela direção. Para voar, entretanto,do Rio de Janeiro a Brasília, por 
exemplo, não se usa este método comum, porque simplesmente não se vê Brasília, do Rio de 
Janeiro.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 30
Assim, para voar de um lugar para o outro é preciso se obter a direção do voo de qualquer 
maneira. Usualmente, de uma carta onde aparecem o ponto de partida e o destino. Torna-se 
necessário dessa forma à existência de um sistema ou método de se expressar direção. Sabe-se, 
que o Norte, conhecido como Norte Verdadeiro em navegação, é a direção do Polo Norte, e Sul, 
é a direção do Polo Sul, partindo-se de qualquer ponto da Terra. É rudimentar também, que se 
voltando a face para o Norte, o Este fica à direita. O Oeste à esquerda e o Sul, à retaguarda. Estas 
são apenas quatro, do número infinito de direção. Algumas direções intermediárias também têm 
nomes tais como Nordeste, Nor-Nordeste etc. Todavia, o número de nomes de direções é 
relativamente pequeno.
O sistema de direção usado em navegação é muito simples e permite uma designação de 
direção mais exata.
Embora, como foi dito a direção não seja propriamente um ângulo, é, normalmente, 
expressa em termos de grandeza angular. Assim, direção é definida pelo ângulo medido no 
sentido dos ponteiros do relógio, a partir do Norte. Em qualquer posição imagina-se um círculo 
cuja circunferência é dividida em 360 unidades iguais (graus). Se as direções forem numeradas a 
partir do Norte Verdadeiro, e no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, indicam 
direções verdadeiras do ponto central. Tal círculo é chamado Rosa dos Ventos. A direção Norte é 
000º ou 360º, Este é 090º, Sul 180º e Oeste 270º.
A direção por convenção é sempre expressa em 3 algarismos.
Figura 15 - Direção é um ângulo medido no sentido dos ponteiros do relógio
a partir do norte verdadeiro
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 31
Em outras palavras, é o ângulo entre o meridiano que passa em M e a linha MQ. A 
direção MQ é 025º, MR é 100º e MP é 260º. Um erro comum na medição de direção é fazê-la 
com diferença de 180º. Um método simples de se evitar é antes de medir uma direção, calculá-la 
por estima.
Após o cálculo de uma direção, sempre verificá-lo, usando-se o bom senso.
Desde que a determinação da direção é uma parte importante no trabalho do piloto, os 
vários termos que significam direção, devem ser claramente definidos e entendidos. Os mais 
conhecidos são:
4.4 Rota
Projeção Ortogonal na superfície da Terra, da trajetória desejada ou percorrida pela 
aeronave. A rota nem sempre pode ser programada. Ex. Um avião perdido.
4.5 Rumo
Direção da rota em um momento considerado, medida no sentido do movimento dos 
ponteiros do relógio (NESO) de 000º a 360º, a partir de um ponto de referência. É, em síntese, a 
direção pretendida.
➢ Quando o marco de referência é o Norte Verdadeiro temos: Rumo Verdadeiro (RV) 
ângulo formado entre a linha Norte-Sul Verdadeira (meridiano verdadeiro e a linha a 
de rota, de 000º a 360º no sentido NESO, e a partir da linha Norte-Sul o rumo 
verdadeiro é medido na carta).
➢ Quando o marco de referência é o Norte Magnético temos: Rumo Magnético (Rmg) 
ângulo formado entre a linha Norte-Sul magnética (meridiano magnético) e a linha de 
rota, de 000º a 360º no sentido NESO e a partir da linha Norte-Sul.
➢ Quando o marco de referência é o Norte Bússola ou Agulha temos: Rumo Bússola 
(RB) ou Agulha - ângulo formado entre a linha Norte-Sul da bússola e a linha de rota 
no sentido NESO, de 000º a 360º e a partir do Norte Agulha.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 32
4.6 Proa
Direção do eixo longitudinal de uma aeronave medida no sentido do movimento dos 
ponteiros do relógio (NESO) de 000º a 360º, a partir de um ponto de referência.
➢ Quando o marco de referência é o Norte Verdadeiro temos: Proa Verdadeira (PV) - 
ângulo formado entre a linha Norte-Sul Verdadeira e o eixo longitudinal do avião, 
medida no sentido NESO de 000º a 360º a partir da linha Norte-Sul. Não tem valor 
prático.
➢ Quando o marco de referência é o Norte Magnético temos - Proa Magnética (Pmg) - 
ângulo formado entre a linha Norte-Sul Magnética e o eixo longitudinal do avião, no 
sentido NESO de 000º a 360º a partir da linha Norte-Sul. É medida pelo Giro 
Direcional.
➢ Quando o marco de referencial é o Norte Bússola temos: Proa Bússola ( PB ) - ângulo 
formado entre a linha Norte-Sul bússola ou da agulha e o eixo longitudinal do avião, 
no sentido NESO de 000º a 360º, a partir da linha Norte-Sul. Um termo Muito usado 
pelo piloto "estou na proa de. ou estou na proa para." significa "estou com o nariz do 
avião voltado para tal lugar".
Só haverá diferença entre a proa e o rumo da aeronave quando houver vento. Caso 
contrário, a direção do nariz do avião coincide com a linha de rota, fazendo com que a proa e o 
rumo tenham os mesmos valores.
Podemos afirmar também que um avião com curva à direita, a proa e o rumo aumentam; 
e com curva à esquerda, a proa e o rumo diminuem.
Declinação Magnética ( Dm ) = 10º E
Desvio agulha (Da) = 3º E
Proa Bússola (Pb) = 125º
Procura-se:
Proa Verdadeira (PV) = ?
Proa Magnética (PMg) = ?
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 33
Resposta: PV = 138º
PMg = 128º
Figura 16
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 34
5 INSTRUMENTOS DE NAVEGAÇÃO
5.1 Horizonte artificial
Instrumentos de bordo que representa o horizonte real. É também chamado de indicador 
de atitude, porque dá informação relativa à atitude assumida pelo avião, em relação aos eixos 
longitudinal e lateral (rolagem e arfagem).
Consiste em uma barra horizontal móvel paralela à outra barra horizontal fixa no painel 
(vidro do instrumento).
Quando o avião faz movimento de arfagem, a barra horizontal móvel se move para cima 
ou para baixo da fixa, indicando movimento em relação ao eixo lateral. Quando o avião faz 
movimento de rolagem, a barra horizontal móvel se inclina em relação à fixa, indicando os graus 
de inclinação ao redor do instrumento.
Figura 17
5.2 Indicador de curva e indicação (Turn and Bank)
Instrumento que possibilita ao piloto notar se está voando reto e quando em curva, 
coordenar o leme de direção e aileron. O termo usado por muitos pilotos é "pau e bola"; o 
instrumento é importante porque nele o piloto observa se está fazendo uma curva padrão (3º por 
segundo) ou de meio padrão (1,5º por segundo), se está glissando ou derrapando.
Consiste em uma haste vertical móvel que em posição normal fornece ao piloto indicação 
de voo reto, curva correta. Conta com dois índices, um à direita e outro à esquerda, no vidro do 
instrumento que, quando a haste coincidir com os mesmos, o avião está em curva padrão (desde 
que a bola esteja em posição normal) para o lado do respectivo índice. Caso a bola do 
instrumento esteja para o lado da curva (do mesmo lado da haste) o avião está glissando; caso a 
bola esteja contrária à haste, o avião está derrapando.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 35
Figura 18
5.3 Giro direcional
Instrumento que indica a proa magnética do avião. Com a vantagem sobre a bússola de 
não sofrer erros de desvio do Norte Magnético.
É constituído de um cartão graduado de 000º a 360º, móvel e um índice no vidro do 
instrumento que coincide com o nariz do avião e que indica a proa no cartão. Funcionamento: as 
linhas de força do campo magnético da Terra são captadas por instrumentos eletrônicos 
normalmente colocados nas pontas das asas, que fornecem fielmente a direção do Norte 
Magnético ao instrumento (Giro). Esses instrumentos eletrônicos são sincronizados com 
Giroscópios.
5.3.1 Giroscópio
É uma massa em rotação, perfeitamente balanceada, montada numa estruturatambém 
balanceada, por meio de rolamentos sem atritos.
É dotado de rigidez, que é a capacidade de não ser influenciado, após seu funcionamento 
por qualquer força extra ao instrumento, mantendo assim a direção do seu eixo de rotação e 
consequentemente a posição do Norte Magnético do instrumento.
Figura 19
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 36
5.4 Altitude e altímetros
Altitude é definida como a distância vertical de um nível, ponto ou objeto considerado 
como ponto, em relação a um nível de referência.
Em outras palavras, a altitude de uma aeronave é a sua distância vertical acima de um 
nível de referência. Portanto, dependendo do nível de referência, existem várias altitudes, cujas 
definições seguem:
➢ Altitude indicada
Altitude lida diretamente no altímetro;
➢ Altitude pressão
Altitude em relação ao nível de pressão padrão é denominada como Nível de Voo;
É a leitura do altímetro quando nele está inserida a pressão padrão 1013.2 Mb ( ajuste 
QNE ), Mb = Milibares.
➢ Altitude verdadeira
Altitude em relação ao nível do mar.
É a leitura do altímetro quando nele está inserido o ajuste QNH.
➢ Altitude absoluta ou altitude
Distância vertical de uma aeronave em relação ao terreno sobrevoado.
Figura 20
O nível de pressão padrão é um nível teórico onde a pressão atmosférica é 29.92 
polegadas de mercúrio ou 1013.2 Milibares, e a temperatura é igual a + 15º C. O nível descrito 
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 37
está numa atmosfera padrão, ao nível do mar, isto é, na altitude zero, a pressão e de 29.92 
polegadas de mercúrio e a temperatura + 15º C. À medida que se sobe, na atmosfera padrão, a 
pressão e a temperatura decrescem numa razão constante, respectivamente, como se pode ser 
visto abaixo:
• 2º para cada 1000 Ft (pés).
As altitudes e alturas são medidas por duas espécies de altímetros:
5.4.1 Altímetro de pressão
Para se entender perfeitamente o altímetro de pressão, há necessidade de uma explicação 
do barômetro aneroide. Um balão de borracha cheio de gás, por exemplo, se expande até que a 
pressão interior fica igual à pressão do ar exterior acrescida, logicamente, da pressão exercida 
para dentro, pela borracha do balão.
Se a pressão do ar externo diminui, a pressão interna do gás expande o balão até que o 
novo equilíbrio seja alcançado.
O coração de um barômetro aneroide é uma célula ou cápsula aneroide, que trabalha 
identicamente ao balão de borracha.
A cápsula é basicamente uma caixa de metal, hermeticamente fechada, cujos lados são 
finos e flexíveis. No interior da caixa existe vácuo parcial, e os lados são separados entre si por 
meio de uma mola (ou a própria elasticidade do metal). Quando a pressão atmosférica diminui, 
os lados da célula se movem para fora; quando aumenta, se movem em sentido contrário. Na 
ilustração abaixo está esquematizada uma célula aneroide.
Figura 21
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 38
Pode-se ver como o movimento de vai e vem da célula é transmitido mecanicamente e 
transformado em movimento giratório de um ponteiro sobre um mostrador. O mostrador pode 
ser graduado em polegadas de mercúrio, em milibares ou outra unidade de pressão atmosférica. 
Se um instrumento for utilizado como altímetro, o mostrador será graduado em unidades de 
distância: pés ou metros.
Qualquer que seja a graduação do mostrador é bom se ter em mente que o barômetro 
aneroide mede, na realidade, pressões.
O altímetro de pressão é, portanto, um barômetro aneroide, que mede a pressão em 
polegadas de mercúrio ou milibares e a transforma em indicações de pés (Ft) ou metros de 
altitudes. A cápsula aneroide dos altímetros de pressão é instalada numa caixa que recebe a 
pressão estática exterior.
Para qualquer mudança de pressão, o altímetro indica a correspondente mudança de 
altitude. O altímetro é construído para medir altitudes acima de qualquer nível de 28.00 a 31.00 
polegadas de mercúrio ou 948.19 a 1049.78 milibares. A pressão ajustada na janela do mostrador 
é o nível de pressão acima do qual o altímetro indica a altitude.
Figura 22 – Mostrador de um altímetro de pressão
O mostrador do altímetro é numerado no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, 
de 0 a 9 correspondendo a centenas de pés ou metros, com 5 ou 10 subdivisões marcadas. Há 
normalmente 3 ponteiros; o maior indica as dezenas; o mais largo e curto, indica as centenas e o 
menor e estreito, os milhares.
A maioria dos altímetros de pressão são construídos para indicar um limite de 35.000 a 
50.000 pés.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 39
5.4.1.1 Ajuste do altímetro – número Kollsman
Como foi visto, a altitude pressão é a altitude medida de acordo com a pressão 
atmosférica com o altímetro ajustado para a pressão padrão. Portanto, a altitude indicada não é 
real e sim uma altitude em relação a um nível fictício e a cuja medida em metros ou pés, dá-se o 
nome de nível de voo.
Quando se voa em rota, em AWY ou não, deve-se usar o ajuste QNE (1013.2 Mb). Ao se 
aproximar para pouso, será fornecido pelo órgão de proteção ao voo o ajuste do altímetro (QNH) 
em polegadas de mercúrio ou milibares, que é a pressão barométrica do local de pouso reduzida 
ao nível médio do mar. O altímetro, estando ajustado para essa pressão (Número Kollsman), 
quando a aeronave pousa, indicará a altitude local.
Pés Pressão Temperatura
16.000 16.21 HG - 17º C
15.000 16.88 - 15º C
14.000 17.57 - 13º C
13.000 18.29 - 11º C
12.000 19.03 - 9º C
11.000 19.79 - 7º C
10.000 20.58 - 5º C
9.000 21.38 - 3º C
8.000 22.22 - 1º C
7.000 23.09 1º C
6.000 23.98 3º C
5.000 24.89 5º C
4.000 25.84 7º C
3.000 26.81 9º C
2.000 27.82 11º C
1.000 28.86 13º C
Nível do Mar 29.92 15º C
Tabela 03 – Pressão padrão e temperatura com intervalos de 1000 pés
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 40
Figura 23 – O altímetros mede altitude somente acima dos pontos onde a pressão é igual a ajustada no altímetro
Por vezes, há necessidade de se ajustar, no altímetro, uma pressão tal que indique zero 
(metros ou pés) de altitude quando a aeronave está no solo e no nível da pista. Ao número 
(polegadas ou milibares) que representa a pressão ajustada no altímetro chama-se, ajuste a zero.
5.4.1.2 Altimetria
Para se entender a operação dos altímetros de pressão, deve-se conhecer os efeitos da 
mudança de temperatura e pressão sobre o instrumento.
O ar frio é mais pesado que o ar quente, portanto, quando o ar se esfria, o nível de pressão 
cai. Assim, com um determinado ajuste no altímetro dá indicações maiores que a realidade. O 
mesmo acontece quando se voa de uma área de alta pressão para uma de baixa.
Figura 24 - Se a pressão muda na superfície, a altitude pressão também mudará.
5.4.2 Radioaltímetro
Também chamado altímetro absoluto, é um instrumento importante em navegação aérea e 
na moderna técnica de pilotagem, principalmente em missões de fotografia aérea e na navegação 
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
É o Nível da pressão que cai e não a pressão, pois a pressão aumenta em níveis mais baixos e baixa temperatura.
EEAR 41
por pressão padrão. O radioaltímetro indica instantaneamente a altura de voo da aeronave, no 
momento considerado.
Princípios de operação: o radioaltímetro transmite um pulso de rádio energia, da aeronave 
ao terreno sobrevoado, o qual é refletido imediatamente, regressando a um receptor. O tempo 
que o pulso leva em ir e voltar são medidos eletronicamente, e transformado em medida de 
distância (pés ou metros), que pode ser lida, diretamente, num tubo de raio catódicos ou num 
mostrador graduado, dependendo do tipo e finalidade do instrumento.
5.5 Indicador de subida e descida (CLIMB)
Instrumento usado para medir a razão na qual um avião está mudando de altitude.
Auxilia o piloto a manter uma velocidade verticalno avião, principalmente no 
procedimento de descida por instrumentos. Seu princípio de funcionamento é idêntico ao do 
altímetro; um mostrador é graduado em pés por minuto.
Figura 25 – Indicador de subida e descida
5.6 Velocímetro
Instrumento do painel do avião que informa a velocidade com que a aeronave se desloca 
(em Km, MN, ou MT por hora).
Velocidade - distância percorrida numa unidade de tempo.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 42
Figura 26 – Tubo de Pitot
O desenho acima mostra um tubo de Pitot, que fornece a pressão estática para o altímetro 
e climb; e as pressões estática e de impacto para o velocímetro.
5.6.1 Funcionamento do velocímetro
A pressão estática enche a caixa do instrumento, a qual fica, teoricamente, com a pressão 
igual à pressão atmosférica exterior. A linha de pressão de impacto é conectada a uma cápsula 
aneroide.
Quando a aeronave se movimenta, aumenta a pressão de impacto, delata-se a cápsula ou 
diafragma, pondo em movimento as engrenagens e o ponteiro, o qual se desloca ao longo do 
indicador de velocidade.
Daí têm:
5.6.1.1 Velocidade indicada (VI)
Velocidade indicada pelo instrumento.
5.6.1.2 Velocidade no ar ou aerodinâmica (VA)
É a velocidade indicada corrigida para altitude e temperatura. A (VA) cresce com a 
altitude, devido à diminuição da densidade do ar e consequentemente causando menor resistência 
ao avanço. Esse aumento de velocidade é, aproximadamente, em dois por cento (2%) da (VI), 
para cada 1000 pés de altitude.
A maneira correta para determinação da (VA) é pelo computador (instrumento que 
estudaremos a seguir, mas que não entraremos em detalhe quanto à VA).
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 43
O vento não influencia a VA.
5.6.1.3 Velocidade no solo
Velocidade em relação ao solo. É a velocidade resultante; será igual à VA quando não 
houver vento.
Figura 27 – Mostrador de velocímetro
No nível do mar, com a atmosfera padrão, sem vento, as três velocidades se igualam.
Nó (Kt) unidade de velocidade - 1 Kt significa 1 Mina por hora. É errado dizer-se que 
uma aeronave voa a 100 kt por hora. Ela tem velocidade de 100 nós (Kt).
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 44
6 CARTAS AERONÁUTICAS
6.1 Projeções – mapas e cartas aeronáuticas
6.1.1 Projeção
É a maneira de representar num plano, a superfície da terra ou parte dela, parecendo com 
perfeição os seus meridianos e paralelos.
A matéria sobre projeção, mapas e cartas, é muito vasta envolve mais de uma dezena dos 
mais diferentes tipos. Entretanto, dentro do nosso programa, duas projeções devem ser 
estudadas: Mercator e Lambert.
Considerando-se os maiores ou menores detalhes empregados numa projeção, ela pode 
ser classificada como mapa ou carta.
6.1.1.1 Mapa
É a representação numa superfície plana, da superfície da Terra ou parte dela, sem 
grandes detalhes de projeção. Os mapas são mais utilizados para fins escolares.
6.1.1.2 Carta
É a representação numa superfície plana, da superfície da Terra, ou parte dela, mostrando, 
no máximo detalhes, elevações, cidades, vilas, rodovias, ferrovias, lagos, rios, rádios, faróis, 
aeroportos, áreas perigosas, e tudo mais que pode ser útil à navegação.
As cartas são especialmente destinadas para fins de navegação.
6.1.2 Escolha da projeção
Cada projeção tem suas características, que a tornam com maior ou menor preferência 
para certos usos. Daí os diversos tipos de projeção e que são usados de acordo com a área de 
voo.
Assim, nas regiões polares, por exemplo, as projeções utilizadas são completamente 
diferentes daquelas usadas em baixas latitudes.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 45
6.1.2.1 Gratícula
Chama-se gratícula ou gradeado, o aspecto formado pelos meridianos e paralelo de uma 
projeção.
6.1.3 Classificação das projeções
➢ Quando a superfície onde são desenvolvidas (projetadas), classifica-se em três tipos:
• Cilíndricas - Quando projetadas em cilindros (é o caso das projeções mercator).
Figura 28 – Projeção cilíndrica
• Cônicas - Quando projetadas em cones (é o caso da projeção de Lambert).
Figura 29
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Mercator
Lambert
1
2
EEAR 46
Figura 30
• Azimutais ou zenitais - Quando projetadas em superfície planas.
Figura 31
➢ Quanto ao ponto de tangência da superfície com a esfera terrestres, classificam-se três tipos:
• Equatoriais - Quando a superfície onde a projeção é desenvolvida, é tangente a 
Terra, no Equador.
Figura 32
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Tangente a terra no Equador
1
3
6.4 Projeção Lambert conformal É aquela projetada num cone secante a Terra em dois paralelos Standard, previamente selecionados.
EEAR 47
• Polares - Quando a superfície onde a projeção é desenvolvida, é tangente a Terra, 
no polo.
Figura 33
• Oblíquas - Quando a superfície onde a projeção é desenvolvida, é tangente a 
Terra num paralelo qualquer.
Figura 34
➢ Quanto ao ponto de origem das linhas de projeção, classificam-se em três tipos:
• Gnomônica - Quando as linhas de projeção têm origem no centro da Terra.
Figura 35
• Estereográficas - Quando as linhas de projeção têm origem no ponto oposto ao de 
tangência.
• Ortográfica - Quando as linhas de projeção têm origem no infinito.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Tangente a terra nos Polos
Tangente a terra em um paralelo qualquer
2
3
1
2
3
EEAR 48
6.1.4 Rota ortodrômica
É aquela que corta todos os meridianos em ângulos diferentes. É também conhecida 
como Rota do Círculo Máximo, por representar um segmento do mesmo.
Figura 36
A direção do Círculo Máximo, apresentada, mostra um ângulo de 050º com o meridiano 
de Nova York, 090º com o meridiano da Islândia, e aumenta mais ainda em relação ao meridiano 
de Londres (próximo ao polegar direito).Em outras palavras, a direção do Círculo Máximo é 
modificada constantemente com a progressão do voo ao longo da rota, e é diferente em cada 
ponto do Círculo Máximo. Voando uma rota assim, isto é, um arco de Círculo Máximo, ou 
direção ortodrômica, é óbvio a necessidade de mudanças constantes de direção, o que dificultaria 
o voo sob condições normais.
Entretanto, a ortodrômica é a rota mais desejável, porque, é o caminho mais curto entre 
dois pontos na superfície da Terra.
6.1.5 Rota loxodrômica
A linha que intercepta qualquer meridiano com um mesmo ângulo, é chamada 
loxodrômica. Uma aeronave mantendo uma proa constante está voando numa loxodrômica. A 
loxodrômica é uma linha curva e, se prolongada, transforma-se em uma espiral em direção ao 
polo (norte ou sul), nunca o atingindo.
Embora se sabendo que a ortodrômica é o caminho mais curto entre dois pontos no globo 
terrestre, para pequenas distâncias o uso da loxodrômica, como rota a ser seguida, é mais 
aconselhável. Neste caso (pequenas distâncias), a diferença entre os comprimentos da 
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 49
ortodrômica e loxodrômica é desprezível, tal não acontece, entretanto, em latitudes próximas aos 
polos.
Figura 37
6.2 Escala da carta
Toda projeção é construída em determinada escala.
6.2.1 Escala
É a relação entre uma dada distância na carta e a que ela representa na superfície da Terra.
6.2.2 Escala fracionária
É a que é representada sob a fórmula matemática.
Exemplo:1 : 1.000.000 ou 1 ( um por um milhão )
 1.000.000
Isto quer dizer que, uma unidade na carta, representa um milhão de unidades no solo.
A unidade mais usada é o centímetro. Logo, nessa escala:
 1 podemos dizer que: 1cm = 1cm = 1cm
 1.000.000 1.000.00cm 10.000m 10Kmou seja 1 cm representa 10 km.
Do mesmo modo procedemos para qualquer escala. Assim, nas escalas abaixo, 3cm 
quantos quilômetros ( Km ) representam?
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 50
 1cm = 1cm = 1cm , logo, 3cm = 75Km
2.500.000cm 25.000m 5Km
 1cm = 1cm = 1cm , logo, 3cm = 111Km
3.700.000cm 37.000m 37Km
O afastamento entre os meridianos numa projeção e consequentemente o afastamento 
entre os paralelos, depende da escala da carta.
6.2.3 Escala gráfica
É a linha representativa, em Km ou milhas, existentes nas cartas ou mapas e destinada à 
medição de distâncias. É sempre constituída de acordo com a escala da carta.
6.3 Projeção mercador
Essa projeção foi imaginada por Gerhard Kramer, que adotou o nome latino Geradus 
Mercator. É conhecida com projeção Mercator cilíndrica equatorial. Cilíndrica por ser projetada 
num cilindro.
6.3.1 Equatorial
Por ser o cilindro tangente à Terra no Equador.
Toda projeção que conserva as mesmas relações angulares entre seus meridianos e 
paralelos e cuja escala de expansão entre os meridianos é a mesma dos paralelos (razão de 
distorção) e chamada de conformal.
Na Mercator, os meridianos e paralelos interceptam-se a 90º e a razão de distorção entre 
os meridianos é a mesma que entre os paralelos. Portanto, a Mercator é conformal.
O uso do cilindro tangente para explicar o desenvolvimento da projeção é uma maneira 
de simplificação e que realmente nos dá uma boa aproximação da projeção.
Figura 38
6.3.2 Aparência
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Isto pode ser observado, pelas aberturas dos compassos A e B, na figura. O compasso A indica 10º de latitude e, portanto, 600 MN na LM de 15ºN, enquanto o compasso B, com abertura bem maior, indica também 10º de latitude também 600 MN, mas na LM 45ºN. Isso mostra claramente a variação da escala com a latitude.
15°
45°
1° = 60NM
1' = 1NM
10°=600NM
10°=600NM
EEAR 51
Na projeção Mercator, os meridianos aparecem como linhas retas, paralelos e 
equidistantes. Os paralelos aparecem como linhas retas, paralelos e não equidistantes (aparência 
da Gratícula).
6.3.3 Rumo e distância pelo loxodrômica
A reta AB traçada na figura anterior é uma loxodrômica, porque corta todos os 
meridianos em ângulos iguais.
Esses ângulos são os rumos da loxodrômica, que na projeção Mercator podem ser 
medidos em qualquer meridiano.
À distância de uma rota loxodrômica para pequenos trechos, não difere muito da 
ortodrômica ou Círculo Máximo. Somente para trechos longos as diferenças são acentuadas e 
especialmente em altas latitudes.
6.3.4 Escala de distância
Todas as distâncias, na Mercator, devem ser medidas na latitude média da região em que 
se estiver operando devido à variação da escala com o crescimento das latitudes (distorção 
observada, na figura anterior).
Isto pode ser observado, pelas aberturas dos compassos A e B, na figura. O compasso A 
indica 10º de latitude e, portanto, 600 MN na LM de 15ºN, enquanto o compasso B, com 
abertura bem maior, indica também 10º de latitude também 600 MN, mas na LM 45ºN. Isso 
mostra claramente a variação da escala com a latitude.
6.3.5 Vantagens
➢ Paralelos e meridianos cortam-se a 90º;
➢ Fácil medição de rumos; e
➢ Rota loxodrômica é representada por uma linha reta.
6.3.6 Desvantagens
➢ Grandes distorções das áreas projetadas, em altas latitudes;
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
Prova de 2011
EEAR 52
➢ Limitações de uso em torno dos 60º de latitude Norte-Sul;
➢ Um Círculo Máximo é representado por uma linha curva; e
➢ Escala de distância variável com a latitude.
6.4 Projeção Lambert conformal
É aquela projetada num cone secante a Terra em dois paralelos Standard, previamente 
selecionados.
Foi imaginada por Johann Lambert (sábio Alsaciano).
6.4.1 Gratícula
Os meridianos aparecem como linhas retas e convergentes e os paralelos como linhas 
curvas e concêntricas. Meridianos e paralelos cortam-se a 90º.
6.4.2 Rumo e distância
Uma linha reta AB traçada na carta, representa uma rota Ortodrômica, porque corta todos 
os meridianos em ângulos diferentes.
Esses ângulos são os rumos da rota ortodrômica entre os pontos A e B.
Se quisermos saber o rumo da Loxodrômica verdadeiro, entre A e B, devemos medi-lo no 
meridiano médio entre dois pontos.
6.4.3 Escala de distância
Na projeção Lambert Conformal a escala é constante.
Pode ser medida em qualquer latitude. A distância de uma linha reta, nessa projeção, 
representa a menor distância entre dois pontos, ou seja, a distância da rota ortodrômica.
6.4.4 Vantagens
➢ Perfeição nas áreas projetadas;
➢ Escala de distância constante; e
➢ Um Círculo Máximo é representado por uma linha 
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 53
6.4.5 Desvantagens
➢ Uma loxodrômica é representada por uma linha curva.
➢ Limite útil de 0 a 75º Norte-Sul do Equador.
Essa projeção também é conhecida pelos nomes: Lambert Conformal, Cônica, Projeção 
Cônica Secante, Projeção Cônica com dois paralelos estandart.
7 AL 6 PILOT COMPUTER AND PLOTTER
Qualquer tipo de navegação requer a solução de simples problemas matemáticos 
envolvendo tempo, velocidade, distâncias e consumo de combustível. Além disso, o efetivo do 
vento sobre a aeronave deve ser conhecido; assim, o vento é também um dado importante a ser 
considerado.
Para se resolver esse problema, rapidamente, e dentro de um limite, razoável de exatidão, 
vários tipos de réguas de cálculo, ou computadores, têm sido construídos e usados por 
aeronavegantes em todo mundo.
O tipo aqui descrito é conhecido como AL6.
Este computador é a combinação de dois instrumentos:
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 54
7.1 Face de cálculo
A régua de cálculo é um instrumento padrão para a solução mecânica de vários 
problemas aritméticos. Opera em bases de logaritmos, porém não há necessidade de 
conhecimento de logaritmo para o manuseio das réguas de cálculo. Podem ser retas ou 
circulares. A usada no computador de navegação estimada é circular, para maior facilidade de 
transporte.
A régua de cálculo do computador, que é denominada Face de Cálculo, compreende dois 
discos de metal ou de plástico, um dos quais gira livremente ao redor de um centro comum. 
Esses discos são graduados com escalas logaritmos adjacentes, de maneira a formar uma régua 
de cálculo circular equivalente a uma régua de cálculo reta de 12 polegadas.
Desde que a escala externa (fixa) representa números de distância, e a interna (móvel), 
número de tempo; os dois discos são denominados, respectivamente, escala de distância e escala 
de tempo.
O número impresso em cada escala representa o valor decimal podendo, portanto, a 
vírgula (do número decimal) ser movimentada, imaginariamente, tanto para a direita como para a 
esquerda, aumentando ou diminuindo 10, 100, 1000, etc.
Figura 39
Por exemplo: o número 14, na escala de milhas, representa 0,14; 1,4; 14; 140; 1.400; 
14.000, etc.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 55
Figura 40
Desde que a velocidade é expressa em unidades de comprimento por hora (60 minutos), 
uma ponta de seta, conhecida como índice de velocidade é desenhada na marca dos 60 minutos.
As graduações de ambas as escalas são idênticas, numeradas de 10 a 100, e a unidade de 
intervalo diminui em tamanho, à medida que os números aumentam em valor. Nem todas as 
unidades de intervalo são numeradas.
A primeira coisa a se praticar no computador é a leitura dos números e suas divisões 
graduadas.
7.1.1 Leitura da régua de cálculo
Os intervalos que são numerados, não apresentam dificuldades na sua leitura.O problema 
é dar o valor correto as várias linhas que ficam entre os números. Não existe, por exemplo, 
número impresso entre 25 e 30, é obvio, portanto, que as divisões entre aqueles valores são 26, 
27, 28 e 29.
Entre 25 (não impresso) e 26, existem 5 divisões menores, cada qual valendo 0,2 da 
unidade maior (25; 25,2; 25,4; 25,6; 25,8 e 26).
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 56
Assim para se achar o número 278, primeiro procura-se o número 27 (para 270), depois 
28 (para 280) e, então, a quarta divisão menor entre eles é que representa 278, desde que vale 
cada uma 0,2 de 28.
Para um número como 27.812, o ponto já encontrado para 278 deve ser usado. Como foi 
dito, este ponto pode ser usado com 2,78; 27,8 ou 27.800.
Assim, o ponto 27.812 estará entre 27.800 e 28.000.
A melhor maneira de se encontrarem os pontos que correspondam a números como os 
acima exemplificados, é se usar o bom senso. Depois de alguma prática não haverá dificuldades.
7.1.2 Conversão de distâncias
Vide figura na página seguinte
Alguns outros índices são impressos nos computadores para facilidade de conversão de 
distâncias de uma unidade para outra. As mais usadas: Conversão de Distâncias são as que 
estabelecem correspondências entre milhas marítimas, milhas terrestres e quilômetros. 
Conversão de milhas marítimas (mima) em milhas terrestres (mite); e vice-versa.
A escala de distância do computador é marcada com dois índices, um de mite, no número 
54, e o outro de mima, correspondente a 72. Milhas terrestres e milhas marítimas são convertidas 
umas em outras, colocando-se a distância conhecida no índice de milhas respectivo e lendo-se a 
sua correspondência, na outra unidade, em oposição ao outro índice.
Exemplo: Para converter 150 mite em mima, coloca-se número 150 oposto ao índice de mite 
(STAT) e lê-se na direção do índice de mima (NAUT) o número de milhas marítimas 130.
150 mite = 130 mima
Veja a figura a seguir
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 57
Figura 41
Conversão de milhas marítimas (mima) e milhas terrestres (mite) em quilômetro (km); e 
vice-versa.
Um índice de quilômetro é também impresso na escala de distância em correspondência 
aos números 111 e 305. Quando distâncias em mima ou mite são colocadas sob seus respectivos 
índices, podem ser convertidas em quilômetros, bastando-se ler o número na escala de tempo que 
corresponde ao índice de quilômetro (km), ou vice-versa.
Exemplo: Para converter 105 mima em quilômetros, coloca-se número 105 na escala de tempo 
oposto ao índice de mima (NAUT), e lê-se na direção do índice de km o número 194.
105 mima = 194 km = 121 mite.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 58
Figura 42
7.2 Cálculos de tempo, velocidade e distância
7.2.1 Proporção simples
A face de cálculo do computador é construída de tal maneira que qualquer relação entre 
dois números (um na escala de distância e outro na escala de tempo) permanece constante e é 
verdadeira para todos os outros números que se correspondam nas duas escalas.
Assim, se os dois 10 são colocados opostos um ao outro (escala móvel com escala fixa) 
todos os números, se corresponderão, identicamente, ao redor da circunferência. Ex: 20 com 20, 
30 com 30, etc.
Se o 20, da escala de tempo, é colocado em oposição ao 10 da escala de distância, todos 
os números, na escala de tempo, serão duas vezes maiores que os correspondentes na escala de 
distância.
Esta regra permite a solução do quarto termo de qualquer proporção matemática.
Desta maneira, tendo a proporção:
14 = X
35 70
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 59
O valor de X pode ser obtido colocando-se 14 na escala de distância, correspondendo a 
35, na escala de tempo; lê-se então a resposta (28) oposta a 70 na escala de tempo. Esta relação 
permite também a solução de problemas envolvendo tempo, velocidade, distância e consumo.
Figura 43
7.2.2 Tempo, velocidade e distância
Uma aeronave voa 21 NM em 07 minutos. Quantos minutos são necessários para viajar 
120 NM? É também uma proporção simples:
21 = 120
07 X
Colocando-se número 21 sobre número 7, no computador, como é mostrado, lê-se sob 
120 a resposta, que é 40 minutos. Para se obter velocidade, o problema é resolvido da mesma 
maneira que o acima, exceto que o terceiro número da proporção, toda vez que se fala em 
velocidade, é 60 ou o índice de velocidade. No exemplo dado, se 21 for ajustado acima do 07, a 
velocidade da aeronave é 180 Kt, que é lida exatamente oposta ao índice de velocidade. Portanto, 
a seta preta do disco móvel indica a velocidade horária porque corresponde a 60 minutos, e 
qualquer distância percorrida em 60 minutos é a velocidade horária. Portanto, a seta preta do 
disco móvel indica a velocidade horária porque corresponde a 60 minutos, e qualquer distância 
percorrida em 60 minutos é velocidade horária.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 60
Figura 44
Exemplo 1: Achar o tempo, quando a velocidade e a distância são conhecidas.
Velocidade: 250Kt
Distância voada: 375 NM
Solução: Coloca-se o índice de velocidade em oposição a 250. Oposto a 375, da escala de 
distância, lê-se, na escala de tempo, 90 minutos ou 01:30h.
Vide figura na página seguinte.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 61
Figura 45
Exemplo 2: Achar a velocidade, quando o tempo e a distância são conhecidos.
Distância: 140 NM
Tempo: 40 minutos
Solução:Ajusta-se a distância 140, oposta a 40 minutos, lê-se oposto ao índice de velocidade 210 Kt.
Figura 46
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 62
Exemplo 3: Achar a distância, quando o tempo e a velocidade são conhecidos.
Velocidade: 204 MPH (milha terrestre por hora)
Tempo: 01:15 h
Solução: Ajusta-se o índice de velocidade em posição a 204 MPH. Lê-se em correspondência ao 
tempo 01:15 h, na escala de distância percorrida 255 mite.
Figura 47
7.3 Consumo
Quando se fala em consumo, normalmente subentende-se a quantidade de combustível 
gasto em uma hora. O consumidor pode ser expresso em: quilos por hora (Kg/h), libras por hora 
(lb/h), litros por hora (l/h) ou galões por (gl/h). Dessa forma, analogamente ao problema de 
velocidade, aparece como um dos fatores o número 60 (60 minutos - 1 hora), e a resolução é 
semelhante, bastando colocar-se em oposição ao índice de velocidades (cabeça de seta), o 
consumo horário.
Exemplo 1: Achar a quantidade de combustível consumido num intervalo de tempo.
Dados:Consumo horário: 100 gl/h
Tempo 15 min
Solução: Ajusta-se o índice de velocidades em 100, da escala de distância. Oposto a 15 min lê-se 
na escala de distância 25 galões.
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 63
Vide figura a seguir.
Figura 48
Exemplo 2: Achar o consumo horário, sabendo-se a quantidade de combustível gasto num 
intervalo de tempo.
Dados: Em 24 min o consumo foi de 105 litros
Solução: Ajusta-se o número 105 da escala de distância em oposição a 24 min, e lê-se, oposto ao 
índice de velocidades, o consumo horário: 262 l/h.
Figura 49
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 64
Exemplo 3
Dados:Consumo horário: 50 Kg/h
Quantidade de combustível a bordo: 325 Kg.
Solução:Em oposição ao índice de velocidades ajusta-se o consumo horário, 50 Kg, na escala de 
distância. Em oposição a 325, lê-se na escala de minutos, 6h30min.
Figura 50
7.4 Exercícios
Tempo, Velocidade e Distância:
TEMPO VELOCIDADE DISTÂNCIA
1 00:32 480 Kt ?
2 00:13 ? 42 mite
3 ? 340 Kt 510 mima
4 01:40 162 MPH ?
5 00:36 ? 160 mima
6 ? 177 MPH 660 mite
7 ? 280 Kt 410 NM
8 ? 225 Kt 300 NM
9 ? 480 Km/h 400 NM
10 01:30 ? 250 Metros
12 01:50 ? 315 mima
12 00:40 150 MPH ?
13 00:05:30 246 Kt ?
Tabela 04
 
DIVISÃO DE ENSINO SSMD
EEAR 65
Conversões
Distância

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