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Princípios penais

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Princípios penais e penais-constitucionais. 
a) são dirigidos a TODOS. 
b) podem ser explícitos ou implícitos. 
Como isto já foi cobrado em concurso público? 
(CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Assinale a opção 
que apresenta princípios que devem ser observados pelas leis penais por 
expressa previsão constitucional. 
 a) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, 
economicidade, individualização da pena 
 b) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da 
inocência, eficiência da pena 
 c) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da 
inocência, individualização da pena 
 d) legalidade, irretroatividade, moralidade, presunção da inocência, 
individualização da pena 
 e) legalidade, impessoalidade, irretroatividade, presunção da inocência, 
individualização da pena
(FUNDATEC - PC/RS - ESCRIVÃO) Os princípios 
só podem ser explícitos, ou seja, positivados no 
ordenamento jurídico. 
GABARITO: ERRADO
Legalidade: art. 5°, XXXIX, CF 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
 
Irretroatividade: art. 5°, XL, CF 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu;
Responsabilidade pessoal ou intranscendência da pena: 5°, XLV, CF 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
 
Presunção de inocência ou da não culpabilidade: art. 5°, LVII, CF 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença 
penal condenatória; 
 
Individualização da pena: art. 5°, XLVI, CF 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes:
Princípio da intervenção mínima: preconiza que a criminalização de uma conduta só se 
legitima se constituir meio necessário para a prevenção de ataques contra bens jurídicos 
importantes. Ademais, se outras formas de sanção ou outros meios de controle social 
revelarem- se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização é inadequada e não 
recomendável 
Indaga-se: o fato pode ser suficientemente reprimido por outros ramos do direito? 
Caráter Fragmentário (princípio da fragmentariedade, dirigido ao LEGISLADOR): o Direito 
Penal não existe para proteção de todo e qualquer bem jurídico, mas sim somente para 
proteção daqueles bens jurídicos considerados mais importantes dentro da sociedade. 
Indaga-se: o bem jurídico está entre os mais importantes a ponto de receber a tutela penal? 
Caráter Subsidiário (princípio da subsidiariedade, dirigido ao OPERADOR DO DIREITO): se, 
no caso concreto, o problema puder ser equacionado por outro ramo do direito, deve-se afastar 
o Direito Penal. 
Indaga-se: no caso concreto, pode se afastar a aplicação do Direito Penal sem prejudicar a 
repressão ao fato?
Exemplo de aplicação da subsidiariedade penal: 
“O paciente foi denunciado porque se constatou, em imóvel de sua 
propriedade, suposta subtração de água mediante ligação direta 
com a rede da concessionária do serviço público. Anote-se que, à 
época dos fatos, ele não residia no imóvel, mas quitou o respectivo 
débito. Dessarte, é aplicável o princípio da subsidiariedade, pelo 
qual a intervenção penal só é admissível quando os outros ramos 
do Direito não conseguem bem solucionar os conflitos sociais. Daí 
que, na hipótese, em que o ilícito toma contornos meramente 
contratuais e tem equacionamento no plano civil, não está 
justificada a persecução penal” (STJ, HC 197.601/RJ, rel. Min. 
Maria Thereza de Assis Moura, 6.a Turma, j. 28.06.2011, noticiado 
no Informativo 479).
Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
(CESPE - TCE-PR - Auditor) Conforme o entendimento 
doutrinário dominante relativamente ao princípio da 
intervenção mínima, o direito penal somente deve ser 
aplicado quando as demais esferas de controle não se 
revelarem eficazes para garantir a paz social. Decorrem de 
tal princípio a fragmentariedade e o caráter subsidiário do 
direito penal. 
• GABARITO: CERTO 
(FCC - TJ-MS - Juiz) O princípio de intervenção mínima do 
Direito Penal encontra expressão nos princípios da 
fragmentariedade e da subsidiariedade. 
• GABARITO: CERTO
(FCC - DPE-PR - Defensor Público) O princípio da intervenção mínima 
no Direito Penal encontra reflexo nos princípios da subsidiariedade e da 
fragmentariedade. 
• GABARITO: CERTO 
 
(PC-SP - PC-SP - Delegado de Polícia) A ideia de que o Direito Penal, 
deve tutelar os valores considerados imprescindíveis para a sociedade, e 
não todos os bens jurídicos, sintetiza o princípio da fragmentariedade. 
• GABARITO: CERTO 
(FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) O princípio da intervenção 
mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. 
• GABARITO: CERTO
Princípio da alteridade ou exteorização do fato: o Direito Penal 
somente pode criminalizar condutas que produzam ou possam 
produzir lesões a bens jurídicos alheios. Comportamentos que 
prejudiquem exclusivamente bens jurídicos próprios devem ser 
considerados irrelevantes penais. 
EXEMPLO: o Direito Penal não tipificou como crime as condutas 
de autoflagelação, a autolesão, a tentativa de suicídio, o uso de 
droga etc. 
Cuidado: algumas bancas (como CESPE, por exemplo) o 
consideram como sinônimo do princípio da lesividade. 
Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
(FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) O princípio da 
alteridade permite a punição do agente por conduta sem condições 
de atingir direito de terceiros. 
• GABARITO: ERRADO 
(CESPE - TCE-PR - Auditor) Dado o princípio da alteridade, a 
atitude meramente interna do agente não pode ser incriminada, 
razão pela qual não se pune a cogitação. 
• GABARITO: CERTO
(CESPE - TJ-PB - Juiz Substituto) Depreende-se do princípio da lesividade que a 
autolesão, via de regra, não é punível. 
• GABARITO: CERTO 
(MPE/BA - MPE/BA - PROMOTOR) A assertiva de que ninguém pode ser punido pelo 
que pensa ou pelo modo de viver reflete o princípio da exteriorização do fato em 
direito penal. 
• GABARITO: CERTO 
(CESPE - TJDFT - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS) Aplicado no 
direito penal brasileiro, o princípio da alteridade assinala que, para haver crime, a 
conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a 
incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor. 
• GABARITO: CERTO
• Princípio da ofensividade: somente podem ser criminalizadas 
condutas que provoquem lesão ao bem jurídico ou, ao menos, 
exponham-no a perigo. 
Cuidado: algumas bancas (como FUNDATEC, por exemplo) o 
consideram como sinônimo do princípio da lesividade. 
• Crime de dano: são aqueles cuja consumação somente se 
produz com a efetiva lesão do bem jurídico. Como exemplos 
podem ser lembrados os crimes de homicídio (CP, art. 121), 
lesões corporais (CP, art. 129) e dano (CP, art. 163).
• Crimes de perigo: são aqueles que se consumam com a mera 
exposição do bem jurídico penalmente tutelado a uma situação de 
perigo, ou seja, basta a probabilidade de dano. Subdividem-se em: 
• a) crimes de perigo abstrato, presumido ou de simples desobediência: 
consumam-se com a prática da conduta, automaticamente. Não se 
exige a comprovação da produção da situação de perigo. Ao contrário, 
há presunção absoluta (juris et de jure) de que determinadas condutas 
acarretam perigo a bens jurídicos. É o caso do tráfico de drogas (Lei 
11.343/2006, art. 33, caput), assim como os crimes de porte ilegal de 
arma de fogo (arts. 14 e 16 da Lei 10.826/03). 
• Obs: embora haja controvérsia, prevalece que os crimes de perigo 
abstrato são constitucionais.
• b) crimes de perigo concreto: consumam-se com a efetiva 
comprovação, no caso concreto, da ocorrência da situação de 
perigo. 
• Exemplo (no CTB): 
• Art. 309. Dirigir veículo automotor,em via pública, sem a devida 
Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o 
direito de dirigir, gerando perigo de dano: 
• Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
(CESPE - TJ-RR - Titular de Serviços de Notas e de Registros) 
Decorre do princípio da ofensividade a vedação ao legislador de 
criminalizar condutas que causem potencial lesão a bem jurídico 
relevante. 
• GABARITO: ERRADO 
(FCC - MP/PE - TÉCNICO) Não há crime sem lesão efetiva ou 
ameaça concreta ao bem jurídico tutelado. Tal enunciado refere-se 
ao princípio da ofensividade. 
• GABARITO: CERTO
(FUNDATEC - PC/RS - ESCRIVÃO) O princípio da ofensividade ou 
lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que do fato praticado 
ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
GABARITO: ERRADO 
(CESPE - TJ/BA - JUIZ) O princípio da ofensividade, segundo o qual não 
há crime sem lesão efetiva ou concreta ao bem jurídico tutelado, não 
permite que o ordenamento jurídico preveja crimes de perigo abstrato. 
GABARITO: ERRADO
• Princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, CF/88). 
• “XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, 
• entre outras, as seguintes...” 
• Individualização legislativa; 
• Individualização judicial; 
• Individualização administrativa;
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (CESPE - TCE-PR - Auditor) Do princípio da individualização da pena decorre a exigência 
de que a dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, não havendo correlação do referido 
princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a feitura de normas penais 
incriminadoras. 
• GABARITO: ERRADO 
• (IBADE - SEJUDH - MT - Advogado) Segundo o art.5°da Lei de Execução Penal, os 
condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para 
orientar a individualização da execução penal, tratando-se, destarte, do princípio da 
individualização da pena. 
• GABARITO: CERTO 
• (FAPEMS - PC-MS - Delegado de Polícia) Não se aplica o princípio da individualização da 
pena na fase da execução penal. 
• GABARITO: ERRADO
• Princípio da proporcionalidade (razoabilidade, convivência 
das liberdades públicas). 
• Deve haver correspondência entre a gravidade do ilícito 
praticado e a resposta estatal a ele ser imposta.
• Proibição ao excesso (Art. 273, CP) (HC 239.363/PR, Corte 
Especial, STJ, 26.02.2015). 
• Exemplo: 
• Configurar, como tráfico de drogas, conduta de quem está portando 
droga para consumo pessoal.
• Proibição à proteção deficiente. 
• Exemplo: 
• Criação da Lei Maria da Penha.
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (FCC - MPE-SE - Técnico Administrativo) Conta-se que o rei grego 
Drácon, na Antiguidade, exatamente por não dispor de nada ainda mais 
grave, mandava punir indistintamente todos os criminosos com a pena 
de morte. Daí, portanto, o adjetivo draconiano a um direito penal assim 
severo. À vista disso, já com o repertório da modernidade penal, 
poderíamos cr i t icar Drácon por não observar a ideia de 
proporcionalidade. 
• GABARITO: CERTO 
• (CESPE - MPE-AC - Promotor de Justiça) Uma das vertentes do 
princípio da proporcionalidade é a proibição de proteção deficiente, por 
meio da qual se busca impedir um direito fundamental de ser 
deficientemente protegido, seja mediante a eliminação de figuras típicas, 
seja pela cominação de penas inferiores à importância exigida pelo bem 
que se quer proteger. 
• GABARITO: CERTO
• (FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Dentre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos 
especialmente importantes ao direito penal brasileiro, NÃO tem 
expressa e literal disposição constitucional o da 
• a) legalidade 
• b) proporcionalidade. 
• c) individualização. 
• d) pessoalidade. 
• e) dignidade humana. 
• (CESPE - MPE-PI - Promotor de Justiça) O legislador, ao considerar 
o gênero da vítima, utilizando o sexo como critério de diferenciação, 
para criar, à luz do princípio da igualdade, mecanismos para coibir e 
prevenir a violência doméstica contra a mulher, pautou-se pelo 
princípio da proibição de proteção insuficiente dos direitos 
fundamentais. 
• GABARITO: CERTO
• Princípio da humanidade (decorre da dignidade da pessoa 
humana, artigo 1º, III, CF/88). 
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (FCC - DPE-MA - Defensor Público) A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de 
tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua 
infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a ressocialização dos 
condenados são desdobramentos do princípio da humanidade. 
• GABARITO: CERTO 
• (IBFC - PC-RJ - Oficial de Cartório) O princípio da humanidade consubstancia-se na ideia de que o 
direito penal deve pautar-se na benevolência, de forma a tratar dignamente aquele que comete um 
fato delituoso, visto que, apesar de ter infringido a norma penal, é pessoa humana como qualquer 
outra. Sendo assim, podemos afirmar corretamente que a pena de morte confronta o princípio da 
humanidade, sendo vedada no ordenamento jurídico brasileiro de forma absoluta. 
• GABARITO: ERRADO 
• (CESPE - TJ/CE - Juiz) O princípio da humanidade assegura o respeito à integridade física e moral 
do preso na medida em que motiva a vedação constitucional de pena de morte e de prisão 
perpétua. 
• GABARITO: CERTO
• Princípio da pessoalidade, responsabilidade pessoal ou 
intranscendência da pena (art. 5º, XLV, CF/88). 
• “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de 
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra 
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;”
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (CESPE - TJ-MA - Juiz) A obrigação de pagar a quantia em dinheiro determinada 
na pena de multa é transmissível aos herdeiros do condenado. 
• GABARITO: ERRADO 
• (FAURGS - TJ-RS - Assessor Judiciário) O princípio da pessoalidade da pena 
impede que a responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado 
pelo autor do crime seja estendida aos seus herdeiros. 
• GABARITO: ERRADO 
• (CESPE - TJ/CE - JUIZ) O princípio da responsabilidade pessoal impede que os 
familiares do condenado sofram os efeitos da condenação de ressarcimento de 
dano causado pela prática do crime. 
• GABARITO: ERRADO
• (CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) Por ser uma pena pecuniária, a multa pode 
ser, nos termos da lei, estendida aos sucessores e contra eles executada, até o 
limite do valor do patrimônio transferido. 
• GABARITO: ERRADO 
• (FUMARC - PC/MG - DELEGADO) A responsabilidade pela indenização do 
prejuízo que foi causado pelo crime imputado ao agente não pode ser estendida 
aos seus herdeiros sem que haja violação do princípio da personalidade da pena. 
• GABARITO: ERRADO 
• (CESPE - PC/SE - DELEGADO) O princípio da individualização da pena 
determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual 
as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do 
delito. 
• GABARITO: ERRADO
• Princípio da responsabilidade penal subjetiva. 
• Ninguém pode ser punido criminalmente sem que tenha agido 
com dolo ou culpa. É vedada, portanto, a responsabilidade 
penal objetiva. 
• Exemplo: a gestante que não sabe que está grávida de gêmeos 
e ingere intencionalmente medicamento abortivo responde por 
crime único de aborto, pois não tem dolo de cometer dois 
crimes de aborto, mas apenas um.
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
(FCC- DPE/RS - DEFENSOR PÚBLICO) Arquimedes dirigia seu caminhão à noite, 
por uma estrada de serra, com muitas curvas, péssima sinalização e sob forte chuva. 
Ele estava sonolento e apenas aguardava o próximo posto de combustíveis para 
estacionar e dormir. Motorista experiente que era, observavaas regras de tráfego no 
local, imprimindo ao veículo a velocidade permitida no trecho. Entretanto, a 50 Km do 
posto de combustíveis mais próximo, após uma curva, Arquimedes assustou-se com 
um vulto que de súbito adentrou a via, imediatamente acionando os freios, sem, 
contudo, evitar o choque. Inicialmente, pensou tratar-se de um animal, mas quando 
desembarcou do veículo, pôde constatar que se tratava de um homem. Desesperado 
ao vê-lo perdendo muito sangue, Arquimedes logo acionou o serviço de socorro e 
emergências médicas, que chegou rapidamente ao local, constatando o óbito do 
homem em cujo bolso foi encontrado um bilhete de despedida. Era um suicida. Da 
leitura do enunciado, pode-se afirmar que a conduta de Arquimedes não reúne os 
elementos necessários à configuração do fato como crime. 
• GABARITO: CERTO
• Princípio da coculpabilidade. 
• O estado, ante sua promoção de desigualdade social e 
econômica, também é responsável pela prática de 
determinados delitos.
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (FAURGS - TJ/RS - ASSESSOR) O princípio da 
coculpabilidade reconhece que o Estado também é 
responsável pelo cometimento de determinados delitos em 
razão das desigualdades sociais e econômicas. Tal 
circunstância pode ser considerada na dosimetria da pena, 
uma vez que o Código Penal prevê, no art. 66, uma atenuante 
inominada. 
• GABARITO: CERTO
• Princípio do ne bis in idem (art. 8º, 4, pacto de São José da 
Costa Rica) 
• O agente não pode ser acusado, processado, condenado, mais 
de uma vez por UM MESMO FATO dentro do MESMO RAMO 
DO DIREITO.
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto) É vedada 
a imposição de multa por infração administrativa ambiental 
cominada com multa a título de sanção penal pelo mesmo 
fato motivador, por violação ao princípio do non bis in idem. 
• GABARITO: ERRADO
• Princípio da presunção de inocência. 
• Ninguém poderá ser considerado culpado antes do trânsito em 
julgado de sentença penal condenatória. 
• O STF, quando do julgamento das ADCs 43, 44 e 54, firmou o 
entendimento de que início de cumprimento de pena somente 
pode se dar com a constatação de que o condenado é culpado e 
esta constatação somente ocorre quando da condenação não 
cabe mais qualquer tipo de recurso.
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Judiciária) Em razão do princípio constitucional da 
presunção de inocência, apenas condenações criminais transitadas em julgado podem justificar o 
agravamento da pena base. 
• GABARITO: CERTO 
• (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) A exigência da prisão provisória para apelar 
não ofende a garantia da presunção de inocência. 
• GABARITO: ERRADO 
 (FUNDATEC - PC-RS - Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde) O princípio da presunção de 
inocência (ou da não culpa) expresso na CF/1988 no artigo 5º, inciso LVII, determina que "ninguém 
será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Destarte, não 
é aceitável a decretação (excepcional) de uma prisão temporária ou preventiva sobre alguém sobre 
o qual pairam indícios suficientes de autoria, mas que ainda não pode ser considerado culpado. 
• GABARITO: ERRADO
• PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DO FATO. 
• Os tipos penais devem definir comportamentos humanos 
(fatos), sendo vedada a incriminação exclusivamente em razão 
de condições pessoais.
• Princípio da Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF/88). 
Art. 1º, CPB: 
“Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal” 
Também abarca as contravenções penais e as medidas de 
segurança?
• Como isto já foi cobrado em concurso público? 
(CONSULPLAN- TJ-MG - JUIZ) O princípio da legalidade tem 
âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor 
literal da lei, pois abrange crimes e contravenções penais, além 
de penas e medidas de segurança. 
• GABARITO: CERTO
• DESDOBRAMENTOS: 
• Não há crime sem lei (lei formal, reserva legal); 
• Não há crime sem lei anterior (anterioridade); 
• Não há crime sem lei escrita; 
• Não há crime sem lei estrita; 
• Não há crime sem lei certa (taxatividade). 
• Não há crime sem lei (lei formal, reserva legal, estrita 
legalidade): somente pode falar sobre Direito Penal uma LEI 
em sentido FORMAL, ou seja, que tenha passado por todo o 
processo legislativo (art. 61, CPB). 
• Espécies normativas que são consideradas leis em sentido 
material mas não em sentido formal não podem falar sobre 
Direito Penal. Exemplos: medida provisória e lei delegada. 
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (IBFC - PC-RJ - Oficial de Cartório) O princípio da reserva legal 
constitui-se na garantia individual de que o poder de punir do Estado 
em matéria penal será exercido nos limites da norma positivada, 
permitindo a criação de tipos penais incriminadores e a instituição de 
penas por intermédio de Lei em sentido estrito, entendida esta como 
a espécie normativa aprovada em regular processo legislativo levado 
a efeito no âmbito do Poder Legislativo. 
• GABARITO: CERTO 
• (MPE-MT - MPE-MT - Promotor de Justiça) Em caso de relevância e 
urgência, é possível a edição de Medida Provisória em matéria 
penal, desde que em benefício do réu. 
• GABARITO: ERRADO
• (CESPE - PRF) O presidente da República, em caso de extrema relevância e 
urgência, pode editar medida provisória para agravar a pena de determinado 
crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente após a 
aprovação da medida pelo Congresso Nacional. 
• GABARITO: ERRADO 
• (VUNESP - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento) 
Pode-se afirmar que o princípio da legalidade torna possível à medida provisória 
e lei delegada definirem crimes, criando tipos e impondo penas, desde que a 
exceção esteja prevista na Constituição Federal. 
• GABARITO: ERRADO 
• (CESPE - PC/SE - DELEGADO) Em razão do princípio da legalidade penal, a 
tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em sentido 
material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal. 
• GABARITO: ERRADO
• Não há crime sem lei anterior (anterioridade);
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (VUNESP - PC-BA - Investigador) A lei penal incriminadora 
somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que 
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações 
temporárias e excepcionais, no entanto, admite-se a 
mitigação do princípio da anterioridade. 
• GABARITO: ERRADO
• Não há crime sem lei escrita;
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça) Com relação ao crime de furto praticado 
durante o repouso noturno (art. 155, § 1º, do Código Penal) para se definir o conceito 
de "repouso noturno", é totalmente irrelevante levar em consideração os costumes de 
uma determinada localidade. 
• GABARITO: ERRADO 
• (UFMT - TJ-MT - Distribuidor) Os costumes podem servir como fontes de agravamento 
de pena ou de criação de infrações penais. 
• GABARITO: ERRADO 
• (VUNESP - PC-BA - Investigador) Uma das funções do princípio da legalidade é 
permitir a criação de crimes e penas pelos usos e costumes. 
• GABARITO: ERRADO
• Não há crime sem lei estrita;
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal) Em se tratando de direito penal, admite-se a analogia 
quando existir efetiva lacuna a ser preenchida e sua aplicação for 
favorável ao réu. Constitui exemplo de analogia a aplicação ao 
companheiro em união estável da regra que isenta de pena o 
cônjuge que subtrai bem pertencente ao outro cônjuge, na 
constância da sociedade conjugal. 
• GABARITO: CERTO 
(FCC - MPE-AM - Agente Técnico - Jurídico) O uso da analogia para 
punir alguém por ato não previsto expressamente em lei, mas 
semelhante a outro por ela definido, é vedado, por importar em 
violaçãodo princípio da legalidade. 
• GABARITO: CERTO
(CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) Pela analogia, meio de 
interpretação extensiva, busca-se alcançar o sentido 
exato do texto de lei obscura ou incerta, admitindo-
se, em matéria penal, apenas a analogia in bonam 
partem. 
• GABARITO: ERRADO 
(CESPE - PC-GO - Agente de Polícia Substituto) Em 
razão do princípio da legalidade, a analogia não 
pode ser usada em matéria penal. 
• GABARITO: ERRADO
• (FCC - Prefeitura de Teresina – PI - Auditor Fiscal 
da Receita Municipal) O emprego da analogia para 
estabelecer sanções criminais é admissível no 
Direito Penal. 
• GABARITO: ERRADO 
• (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - 
Procurador Municipal) O princípio da legalidade 
veda o uso da analogia in malam partem, e a 
criação de crimes e penas pelos costumes. 
• GABARITO: CERTO
• Não há crime sem lei certa (taxatividade): tem por finalidade 
conferir eficácia ao princípio da legalidade, vedando a 
aprovação de leis que contenham tipos penais vagos, com 
conteúdo impreciso, indeterminado. É necessário, portanto, que 
a lei penal tipifique a conduta ilícita de forma taxativa, vale dizer, 
descrevendo de maneira clara e exata em que consiste o crime. 
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (FCC - TCE-SP - Procurador) O princípio constitucional da legalidade em matéria penal 
exige a taxatividade da lei incriminadora, admitindo, em certas situações, o emprego da 
analogia. 
• GABARITO: CERTO 
• (VUNESP - PC-BA - Investigador) Desdobramento do princípio da legalidade é o da 
taxatividade, que impede a edição de tipos penais genéricos e indeterminados. 
• GABARITO: CERTO 
• (CESPE - TJ/BA - JUIZ) O princípio da taxatividade, ou do mandado de certeza, 
preconiza que a lei penal seja concreta e determinada em seu conteúdo, sendo vedados 
os tipos penais abertos. 
• GABARITO: ERRADO
Norma Penal em branco: o tipo penal, para ter aplicação necessita 
de complemento em seu preceito primário (descrição da conduta). 
Este complemento pode ser de lei ou de ato infralegal. 
a) Heterogênea, própria, ou em sentido estrito; 
Ex: Crimes envoltos à lei de drogas. 
a) Homogênea, imprópria, ou em sentido amplo; 
b.1) Homogênea homovitelina 
Ex: Art. 312, CPB. 
b.2) Homogênea heterovitelina 
Ex: Art. 236, CPB.
 Peculato 
 Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro 
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, 
em proveito próprio ou alheio: 
 Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento 
 Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou 
ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não 
pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de 
erro ou impedimento, anule o casamento.
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (CESPE - TRE-MT - Analista Judiciário - Judiciária) Configura lei 
penal em branco em sentido estrito o artigo do Código Penal, que 
estabelece como criminosa a conduta de casar-se mesmo 
conhecendo existir impedimento que acarrete a nulidade absoluta do 
casamento. 
• GABARITO: ERRADO 
• (FAURGS - TJ/RS - ASSESSOR) O uso da norma penal em branco 
heterogênea constitui situação de violação ao princípio da legalidade. 
• GABARITO: ERRADO
• Lei penal em branco ao avesso (imperfeita, ao revés ou 
secundariamente remetida): o tipo penal, para ter aplicação 
necessita de complemento em seu preceito secundário 
(descrição da pena). Este complemento somente pode ser 
através de lei estrita. 
• Ex. Art. 304, CP. 
• Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou 
alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: 
• Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público? 
• (FMP - DPE-PA - Defensor Público Substituto) No crime de uso de documento falso, o Código 
Penal brasileiro emprega a técnica de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis 
penais que remetem a outras normas incriminadoras para especificação da pena. 
• GABARITO: CERTO 
• (CESPE- DPE-MA - Defensor Público) Na norma penal em branco ao avesso, o preceito 
secundário fica a cargo de norma complementar, que, de acordo com o ordenamento jurídico 
brasileiro, pode ser legal ou infralegal. 
• GABARITO: ERRADO 
• (FUNDEP- MPE/MG - PROMOTOR) Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela 
em que a complementação se dá no preceito sancionador e não no mandamento proibitivo. 
• GABARITO: CERTO

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