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Princípios penais e penais-constitucionais. a) são dirigidos a TODOS. b) podem ser explícitos ou implícitos. Como isto já foi cobrado em concurso público? (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Assinale a opção que apresenta princípios que devem ser observados pelas leis penais por expressa previsão constitucional. a) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, economicidade, individualização da pena b) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da inocência, eficiência da pena c) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da inocência, individualização da pena d) legalidade, irretroatividade, moralidade, presunção da inocência, individualização da pena e) legalidade, impessoalidade, irretroatividade, presunção da inocência, individualização da pena (FUNDATEC - PC/RS - ESCRIVÃO) Os princípios só podem ser explícitos, ou seja, positivados no ordenamento jurídico. GABARITO: ERRADO Legalidade: art. 5°, XXXIX, CF XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Irretroatividade: art. 5°, XL, CF XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; Responsabilidade pessoal ou intranscendência da pena: 5°, XLV, CF XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Presunção de inocência ou da não culpabilidade: art. 5°, LVII, CF LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; Individualização da pena: art. 5°, XLVI, CF XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: Princípio da intervenção mínima: preconiza que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a prevenção de ataques contra bens jurídicos importantes. Ademais, se outras formas de sanção ou outros meios de controle social revelarem- se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização é inadequada e não recomendável Indaga-se: o fato pode ser suficientemente reprimido por outros ramos do direito? Caráter Fragmentário (princípio da fragmentariedade, dirigido ao LEGISLADOR): o Direito Penal não existe para proteção de todo e qualquer bem jurídico, mas sim somente para proteção daqueles bens jurídicos considerados mais importantes dentro da sociedade. Indaga-se: o bem jurídico está entre os mais importantes a ponto de receber a tutela penal? Caráter Subsidiário (princípio da subsidiariedade, dirigido ao OPERADOR DO DIREITO): se, no caso concreto, o problema puder ser equacionado por outro ramo do direito, deve-se afastar o Direito Penal. Indaga-se: no caso concreto, pode se afastar a aplicação do Direito Penal sem prejudicar a repressão ao fato? Exemplo de aplicação da subsidiariedade penal: “O paciente foi denunciado porque se constatou, em imóvel de sua propriedade, suposta subtração de água mediante ligação direta com a rede da concessionária do serviço público. Anote-se que, à época dos fatos, ele não residia no imóvel, mas quitou o respectivo débito. Dessarte, é aplicável o princípio da subsidiariedade, pelo qual a intervenção penal só é admissível quando os outros ramos do Direito não conseguem bem solucionar os conflitos sociais. Daí que, na hipótese, em que o ilícito toma contornos meramente contratuais e tem equacionamento no plano civil, não está justificada a persecução penal” (STJ, HC 197.601/RJ, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6.a Turma, j. 28.06.2011, noticiado no Informativo 479). Como isto já foi cobrado em Concurso Público? (CESPE - TCE-PR - Auditor) Conforme o entendimento doutrinário dominante relativamente ao princípio da intervenção mínima, o direito penal somente deve ser aplicado quando as demais esferas de controle não se revelarem eficazes para garantir a paz social. Decorrem de tal princípio a fragmentariedade e o caráter subsidiário do direito penal. • GABARITO: CERTO (FCC - TJ-MS - Juiz) O princípio de intervenção mínima do Direito Penal encontra expressão nos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade. • GABARITO: CERTO (FCC - DPE-PR - Defensor Público) O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. • GABARITO: CERTO (PC-SP - PC-SP - Delegado de Polícia) A ideia de que o Direito Penal, deve tutelar os valores considerados imprescindíveis para a sociedade, e não todos os bens jurídicos, sintetiza o princípio da fragmentariedade. • GABARITO: CERTO (FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) O princípio da intervenção mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. • GABARITO: CERTO Princípio da alteridade ou exteorização do fato: o Direito Penal somente pode criminalizar condutas que produzam ou possam produzir lesões a bens jurídicos alheios. Comportamentos que prejudiquem exclusivamente bens jurídicos próprios devem ser considerados irrelevantes penais. EXEMPLO: o Direito Penal não tipificou como crime as condutas de autoflagelação, a autolesão, a tentativa de suicídio, o uso de droga etc. Cuidado: algumas bancas (como CESPE, por exemplo) o consideram como sinônimo do princípio da lesividade. Como isto já foi cobrado em Concurso Público? (FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) O princípio da alteridade permite a punição do agente por conduta sem condições de atingir direito de terceiros. • GABARITO: ERRADO (CESPE - TCE-PR - Auditor) Dado o princípio da alteridade, a atitude meramente interna do agente não pode ser incriminada, razão pela qual não se pune a cogitação. • GABARITO: CERTO (CESPE - TJ-PB - Juiz Substituto) Depreende-se do princípio da lesividade que a autolesão, via de regra, não é punível. • GABARITO: CERTO (MPE/BA - MPE/BA - PROMOTOR) A assertiva de que ninguém pode ser punido pelo que pensa ou pelo modo de viver reflete o princípio da exteriorização do fato em direito penal. • GABARITO: CERTO (CESPE - TJDFT - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS) Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da alteridade assinala que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor. • GABARITO: CERTO • Princípio da ofensividade: somente podem ser criminalizadas condutas que provoquem lesão ao bem jurídico ou, ao menos, exponham-no a perigo. Cuidado: algumas bancas (como FUNDATEC, por exemplo) o consideram como sinônimo do princípio da lesividade. • Crime de dano: são aqueles cuja consumação somente se produz com a efetiva lesão do bem jurídico. Como exemplos podem ser lembrados os crimes de homicídio (CP, art. 121), lesões corporais (CP, art. 129) e dano (CP, art. 163). • Crimes de perigo: são aqueles que se consumam com a mera exposição do bem jurídico penalmente tutelado a uma situação de perigo, ou seja, basta a probabilidade de dano. Subdividem-se em: • a) crimes de perigo abstrato, presumido ou de simples desobediência: consumam-se com a prática da conduta, automaticamente. Não se exige a comprovação da produção da situação de perigo. Ao contrário, há presunção absoluta (juris et de jure) de que determinadas condutas acarretam perigo a bens jurídicos. É o caso do tráfico de drogas (Lei 11.343/2006, art. 33, caput), assim como os crimes de porte ilegal de arma de fogo (arts. 14 e 16 da Lei 10.826/03). • Obs: embora haja controvérsia, prevalece que os crimes de perigo abstrato são constitucionais. • b) crimes de perigo concreto: consumam-se com a efetiva comprovação, no caso concreto, da ocorrência da situação de perigo. • Exemplo (no CTB): • Art. 309. Dirigir veículo automotor,em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: • Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Como isto já foi cobrado em Concurso Público? (CESPE - TJ-RR - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Decorre do princípio da ofensividade a vedação ao legislador de criminalizar condutas que causem potencial lesão a bem jurídico relevante. • GABARITO: ERRADO (FCC - MP/PE - TÉCNICO) Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado. Tal enunciado refere-se ao princípio da ofensividade. • GABARITO: CERTO (FUNDATEC - PC/RS - ESCRIVÃO) O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. GABARITO: ERRADO (CESPE - TJ/BA - JUIZ) O princípio da ofensividade, segundo o qual não há crime sem lesão efetiva ou concreta ao bem jurídico tutelado, não permite que o ordenamento jurídico preveja crimes de perigo abstrato. GABARITO: ERRADO • Princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, CF/88). • “XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, • entre outras, as seguintes...” • Individualização legislativa; • Individualização judicial; • Individualização administrativa; • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (CESPE - TCE-PR - Auditor) Do princípio da individualização da pena decorre a exigência de que a dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, não havendo correlação do referido princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a feitura de normas penais incriminadoras. • GABARITO: ERRADO • (IBADE - SEJUDH - MT - Advogado) Segundo o art.5°da Lei de Execução Penal, os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal, tratando-se, destarte, do princípio da individualização da pena. • GABARITO: CERTO • (FAPEMS - PC-MS - Delegado de Polícia) Não se aplica o princípio da individualização da pena na fase da execução penal. • GABARITO: ERRADO • Princípio da proporcionalidade (razoabilidade, convivência das liberdades públicas). • Deve haver correspondência entre a gravidade do ilícito praticado e a resposta estatal a ele ser imposta. • Proibição ao excesso (Art. 273, CP) (HC 239.363/PR, Corte Especial, STJ, 26.02.2015). • Exemplo: • Configurar, como tráfico de drogas, conduta de quem está portando droga para consumo pessoal. • Proibição à proteção deficiente. • Exemplo: • Criação da Lei Maria da Penha. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (FCC - MPE-SE - Técnico Administrativo) Conta-se que o rei grego Drácon, na Antiguidade, exatamente por não dispor de nada ainda mais grave, mandava punir indistintamente todos os criminosos com a pena de morte. Daí, portanto, o adjetivo draconiano a um direito penal assim severo. À vista disso, já com o repertório da modernidade penal, poderíamos cr i t icar Drácon por não observar a ideia de proporcionalidade. • GABARITO: CERTO • (CESPE - MPE-AC - Promotor de Justiça) Uma das vertentes do princípio da proporcionalidade é a proibição de proteção deficiente, por meio da qual se busca impedir um direito fundamental de ser deficientemente protegido, seja mediante a eliminação de figuras típicas, seja pela cominação de penas inferiores à importância exigida pelo bem que se quer proteger. • GABARITO: CERTO • (FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Dentre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos especialmente importantes ao direito penal brasileiro, NÃO tem expressa e literal disposição constitucional o da • a) legalidade • b) proporcionalidade. • c) individualização. • d) pessoalidade. • e) dignidade humana. • (CESPE - MPE-PI - Promotor de Justiça) O legislador, ao considerar o gênero da vítima, utilizando o sexo como critério de diferenciação, para criar, à luz do princípio da igualdade, mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher, pautou-se pelo princípio da proibição de proteção insuficiente dos direitos fundamentais. • GABARITO: CERTO • Princípio da humanidade (decorre da dignidade da pessoa humana, artigo 1º, III, CF/88). • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (FCC - DPE-MA - Defensor Público) A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a ressocialização dos condenados são desdobramentos do princípio da humanidade. • GABARITO: CERTO • (IBFC - PC-RJ - Oficial de Cartório) O princípio da humanidade consubstancia-se na ideia de que o direito penal deve pautar-se na benevolência, de forma a tratar dignamente aquele que comete um fato delituoso, visto que, apesar de ter infringido a norma penal, é pessoa humana como qualquer outra. Sendo assim, podemos afirmar corretamente que a pena de morte confronta o princípio da humanidade, sendo vedada no ordenamento jurídico brasileiro de forma absoluta. • GABARITO: ERRADO • (CESPE - TJ/CE - Juiz) O princípio da humanidade assegura o respeito à integridade física e moral do preso na medida em que motiva a vedação constitucional de pena de morte e de prisão perpétua. • GABARITO: CERTO • Princípio da pessoalidade, responsabilidade pessoal ou intranscendência da pena (art. 5º, XLV, CF/88). • “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;” • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (CESPE - TJ-MA - Juiz) A obrigação de pagar a quantia em dinheiro determinada na pena de multa é transmissível aos herdeiros do condenado. • GABARITO: ERRADO • (FAURGS - TJ-RS - Assessor Judiciário) O princípio da pessoalidade da pena impede que a responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado pelo autor do crime seja estendida aos seus herdeiros. • GABARITO: ERRADO • (CESPE - TJ/CE - JUIZ) O princípio da responsabilidade pessoal impede que os familiares do condenado sofram os efeitos da condenação de ressarcimento de dano causado pela prática do crime. • GABARITO: ERRADO • (CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) Por ser uma pena pecuniária, a multa pode ser, nos termos da lei, estendida aos sucessores e contra eles executada, até o limite do valor do patrimônio transferido. • GABARITO: ERRADO • (FUMARC - PC/MG - DELEGADO) A responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado pelo crime imputado ao agente não pode ser estendida aos seus herdeiros sem que haja violação do princípio da personalidade da pena. • GABARITO: ERRADO • (CESPE - PC/SE - DELEGADO) O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do delito. • GABARITO: ERRADO • Princípio da responsabilidade penal subjetiva. • Ninguém pode ser punido criminalmente sem que tenha agido com dolo ou culpa. É vedada, portanto, a responsabilidade penal objetiva. • Exemplo: a gestante que não sabe que está grávida de gêmeos e ingere intencionalmente medicamento abortivo responde por crime único de aborto, pois não tem dolo de cometer dois crimes de aborto, mas apenas um. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? (FCC- DPE/RS - DEFENSOR PÚBLICO) Arquimedes dirigia seu caminhão à noite, por uma estrada de serra, com muitas curvas, péssima sinalização e sob forte chuva. Ele estava sonolento e apenas aguardava o próximo posto de combustíveis para estacionar e dormir. Motorista experiente que era, observavaas regras de tráfego no local, imprimindo ao veículo a velocidade permitida no trecho. Entretanto, a 50 Km do posto de combustíveis mais próximo, após uma curva, Arquimedes assustou-se com um vulto que de súbito adentrou a via, imediatamente acionando os freios, sem, contudo, evitar o choque. Inicialmente, pensou tratar-se de um animal, mas quando desembarcou do veículo, pôde constatar que se tratava de um homem. Desesperado ao vê-lo perdendo muito sangue, Arquimedes logo acionou o serviço de socorro e emergências médicas, que chegou rapidamente ao local, constatando o óbito do homem em cujo bolso foi encontrado um bilhete de despedida. Era um suicida. Da leitura do enunciado, pode-se afirmar que a conduta de Arquimedes não reúne os elementos necessários à configuração do fato como crime. • GABARITO: CERTO • Princípio da coculpabilidade. • O estado, ante sua promoção de desigualdade social e econômica, também é responsável pela prática de determinados delitos. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (FAURGS - TJ/RS - ASSESSOR) O princípio da coculpabilidade reconhece que o Estado também é responsável pelo cometimento de determinados delitos em razão das desigualdades sociais e econômicas. Tal circunstância pode ser considerada na dosimetria da pena, uma vez que o Código Penal prevê, no art. 66, uma atenuante inominada. • GABARITO: CERTO • Princípio do ne bis in idem (art. 8º, 4, pacto de São José da Costa Rica) • O agente não pode ser acusado, processado, condenado, mais de uma vez por UM MESMO FATO dentro do MESMO RAMO DO DIREITO. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto) É vedada a imposição de multa por infração administrativa ambiental cominada com multa a título de sanção penal pelo mesmo fato motivador, por violação ao princípio do non bis in idem. • GABARITO: ERRADO • Princípio da presunção de inocência. • Ninguém poderá ser considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. • O STF, quando do julgamento das ADCs 43, 44 e 54, firmou o entendimento de que início de cumprimento de pena somente pode se dar com a constatação de que o condenado é culpado e esta constatação somente ocorre quando da condenação não cabe mais qualquer tipo de recurso. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Judiciária) Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, apenas condenações criminais transitadas em julgado podem justificar o agravamento da pena base. • GABARITO: CERTO • (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) A exigência da prisão provisória para apelar não ofende a garantia da presunção de inocência. • GABARITO: ERRADO (FUNDATEC - PC-RS - Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde) O princípio da presunção de inocência (ou da não culpa) expresso na CF/1988 no artigo 5º, inciso LVII, determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Destarte, não é aceitável a decretação (excepcional) de uma prisão temporária ou preventiva sobre alguém sobre o qual pairam indícios suficientes de autoria, mas que ainda não pode ser considerado culpado. • GABARITO: ERRADO • PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DO FATO. • Os tipos penais devem definir comportamentos humanos (fatos), sendo vedada a incriminação exclusivamente em razão de condições pessoais. • Princípio da Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF/88). Art. 1º, CPB: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal” Também abarca as contravenções penais e as medidas de segurança? • Como isto já foi cobrado em concurso público? (CONSULPLAN- TJ-MG - JUIZ) O princípio da legalidade tem âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor literal da lei, pois abrange crimes e contravenções penais, além de penas e medidas de segurança. • GABARITO: CERTO • DESDOBRAMENTOS: • Não há crime sem lei (lei formal, reserva legal); • Não há crime sem lei anterior (anterioridade); • Não há crime sem lei escrita; • Não há crime sem lei estrita; • Não há crime sem lei certa (taxatividade). • Não há crime sem lei (lei formal, reserva legal, estrita legalidade): somente pode falar sobre Direito Penal uma LEI em sentido FORMAL, ou seja, que tenha passado por todo o processo legislativo (art. 61, CPB). • Espécies normativas que são consideradas leis em sentido material mas não em sentido formal não podem falar sobre Direito Penal. Exemplos: medida provisória e lei delegada. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (IBFC - PC-RJ - Oficial de Cartório) O princípio da reserva legal constitui-se na garantia individual de que o poder de punir do Estado em matéria penal será exercido nos limites da norma positivada, permitindo a criação de tipos penais incriminadores e a instituição de penas por intermédio de Lei em sentido estrito, entendida esta como a espécie normativa aprovada em regular processo legislativo levado a efeito no âmbito do Poder Legislativo. • GABARITO: CERTO • (MPE-MT - MPE-MT - Promotor de Justiça) Em caso de relevância e urgência, é possível a edição de Medida Provisória em matéria penal, desde que em benefício do réu. • GABARITO: ERRADO • (CESPE - PRF) O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional. • GABARITO: ERRADO • (VUNESP - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento) Pode-se afirmar que o princípio da legalidade torna possível à medida provisória e lei delegada definirem crimes, criando tipos e impondo penas, desde que a exceção esteja prevista na Constituição Federal. • GABARITO: ERRADO • (CESPE - PC/SE - DELEGADO) Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal. • GABARITO: ERRADO • Não há crime sem lei anterior (anterioridade); • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (VUNESP - PC-BA - Investigador) A lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações temporárias e excepcionais, no entanto, admite-se a mitigação do princípio da anterioridade. • GABARITO: ERRADO • Não há crime sem lei escrita; • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça) Com relação ao crime de furto praticado durante o repouso noturno (art. 155, § 1º, do Código Penal) para se definir o conceito de "repouso noturno", é totalmente irrelevante levar em consideração os costumes de uma determinada localidade. • GABARITO: ERRADO • (UFMT - TJ-MT - Distribuidor) Os costumes podem servir como fontes de agravamento de pena ou de criação de infrações penais. • GABARITO: ERRADO • (VUNESP - PC-BA - Investigador) Uma das funções do princípio da legalidade é permitir a criação de crimes e penas pelos usos e costumes. • GABARITO: ERRADO • Não há crime sem lei estrita; • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal) Em se tratando de direito penal, admite-se a analogia quando existir efetiva lacuna a ser preenchida e sua aplicação for favorável ao réu. Constitui exemplo de analogia a aplicação ao companheiro em união estável da regra que isenta de pena o cônjuge que subtrai bem pertencente ao outro cônjuge, na constância da sociedade conjugal. • GABARITO: CERTO (FCC - MPE-AM - Agente Técnico - Jurídico) O uso da analogia para punir alguém por ato não previsto expressamente em lei, mas semelhante a outro por ela definido, é vedado, por importar em violaçãodo princípio da legalidade. • GABARITO: CERTO (CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Pela analogia, meio de interpretação extensiva, busca-se alcançar o sentido exato do texto de lei obscura ou incerta, admitindo- se, em matéria penal, apenas a analogia in bonam partem. • GABARITO: ERRADO (CESPE - PC-GO - Agente de Polícia Substituto) Em razão do princípio da legalidade, a analogia não pode ser usada em matéria penal. • GABARITO: ERRADO • (FCC - Prefeitura de Teresina – PI - Auditor Fiscal da Receita Municipal) O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é admissível no Direito Penal. • GABARITO: ERRADO • (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA - Procurador Municipal) O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de crimes e penas pelos costumes. • GABARITO: CERTO • Não há crime sem lei certa (taxatividade): tem por finalidade conferir eficácia ao princípio da legalidade, vedando a aprovação de leis que contenham tipos penais vagos, com conteúdo impreciso, indeterminado. É necessário, portanto, que a lei penal tipifique a conduta ilícita de forma taxativa, vale dizer, descrevendo de maneira clara e exata em que consiste o crime. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (FCC - TCE-SP - Procurador) O princípio constitucional da legalidade em matéria penal exige a taxatividade da lei incriminadora, admitindo, em certas situações, o emprego da analogia. • GABARITO: CERTO • (VUNESP - PC-BA - Investigador) Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos penais genéricos e indeterminados. • GABARITO: CERTO • (CESPE - TJ/BA - JUIZ) O princípio da taxatividade, ou do mandado de certeza, preconiza que a lei penal seja concreta e determinada em seu conteúdo, sendo vedados os tipos penais abertos. • GABARITO: ERRADO Norma Penal em branco: o tipo penal, para ter aplicação necessita de complemento em seu preceito primário (descrição da conduta). Este complemento pode ser de lei ou de ato infralegal. a) Heterogênea, própria, ou em sentido estrito; Ex: Crimes envoltos à lei de drogas. a) Homogênea, imprópria, ou em sentido amplo; b.1) Homogênea homovitelina Ex: Art. 312, CPB. b.2) Homogênea heterovitelina Ex: Art. 236, CPB. Peculato Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (CESPE - TRE-MT - Analista Judiciário - Judiciária) Configura lei penal em branco em sentido estrito o artigo do Código Penal, que estabelece como criminosa a conduta de casar-se mesmo conhecendo existir impedimento que acarrete a nulidade absoluta do casamento. • GABARITO: ERRADO • (FAURGS - TJ/RS - ASSESSOR) O uso da norma penal em branco heterogênea constitui situação de violação ao princípio da legalidade. • GABARITO: ERRADO • Lei penal em branco ao avesso (imperfeita, ao revés ou secundariamente remetida): o tipo penal, para ter aplicação necessita de complemento em seu preceito secundário (descrição da pena). Este complemento somente pode ser através de lei estrita. • Ex. Art. 304, CP. • Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: • Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. • Como isto já foi cobrado em Concurso Público? • (FMP - DPE-PA - Defensor Público Substituto) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras normas incriminadoras para especificação da pena. • GABARITO: CERTO • (CESPE- DPE-MA - Defensor Público) Na norma penal em branco ao avesso, o preceito secundário fica a cargo de norma complementar, que, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, pode ser legal ou infralegal. • GABARITO: ERRADO • (FUNDEP- MPE/MG - PROMOTOR) Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela em que a complementação se dá no preceito sancionador e não no mandamento proibitivo. • GABARITO: CERTO
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