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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 10 
DIVISÃO DO CÓDIGO PENAL ........................................................................................................................ 10 
CONCEITO DE DIREITO PENAL ..................................................................................................................... 10 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 11 
FONTES DO DIREITO PENAL ............................................................................................................................. 11 
FONTE MATERIAL ........................................................................................................................................ 11 
FONTE FORMAL ........................................................................................................................................... 12 
FORMAL IMEDIATA .................................................................................................................................. 12 
FORMAL MEDIATA ................................................................................................................................... 12 
PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO DIREITO PENAL............................................................................................. 13 
CONCEITO DE PRINCÍPIO ............................................................................................................................. 13 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS .................................................................................................................... 13 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE...................................................................................................................... 13 
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ................................................................................................................ 14 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL ........................................................................................ 15 
PRINCÍPIO DA FORMALIDADE DA NORMA .............................................................................................. 16 
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE DA NORMA .............................................................................................. 16 
FUNÇÕES DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ............................................................................................... 17 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 18 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA ........................................................................................... 22 
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DA PENA ......................................................................................... 23 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 23 
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDADE .................................................... 24 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E JURISPRUDENCIAIS .......................................................................................... 25 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA .................................................................................................... 25 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 26 
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE OU NECESSIDADE ............................................................................... 26 
PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE ....................................................................................................... 27 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 27 
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE/ALTERIDADE/ TRANSCENDENTALIDADE ...................................................... 28 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 29 
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL OU HISTÓRICA................................................................................ 29 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 30 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU CRIME DE BAGATELA ..................................................................... 31 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 33 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM ................................................................................................................. 36 
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO .................................................................................................................... 37 
MAPAS MENTAIS E RESUMOS ..................................................................................................................... 38 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL ................................................................................................................................ 40 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 40 
ANTERIORIDADE DA LEI PENAL ............................................................................................................... 40 
LEI PENAL NO TEMPO .................................................................................................................................. 40 
LEIS PENAIS EM BRANCO ......................................................................................................................... 42 
ANTINOMIA JURÍDICA OU CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO .......................................................... 43 
ABOLITIO CRIMINIS .................................................................................................................................. 43 
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS .................................................................................................................... 44 
NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA ........................................................................................................... 47 
NOVATIO LEGIS IN PEJUS ......................................................................................................................... 47 
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA ........................................................................................................ 48 
TEMPO DO CRIME ................................................................................................................................... 49 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 50 
LEI PENAL NO ESPAÇO ................................................................................................................................. 55 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 55 
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE TEMPERADA .....................................................................................55 
DIVISÃO DO TERRITÓRIO ......................................................................................................................... 56 
TERRITÓRIO FÍSICO/PROPRIAMENTE DITO/EFETIVO/REAL ..................................................................... 56 
TERRITÓRIO FICTÍCIO, ABSTRAÇÃO JURÍDICA, EXTENSÕES DO TERRITÓRIO .......................................... 57 
EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS ................................................................................................................... 58 
EMBARCAÇÕES ESTRANGEIRAS ............................................................................................................... 59 
AERONAVES BRASILEIRAS ........................................................................................................................ 60 
AERONAVES ESTRANGEIRAS .................................................................................................................... 61 
PASSAGEM INOCENTE ............................................................................................................................. 62 
LUGAR DO CRIME .................................................................................................................................... 63 
EXTRATERRITORIALIDADE ....................................................................................................................... 63 
PRINCÍPIOS QUE REGEM A EXTRATERRITORIALIDADE ............................................................................ 66 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 68 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO ............................................................................................................... 77 
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA ....................................................................................................... 78 
CONTAGEM DE PRAZO ................................................................................................................................ 79 
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA ..................................................................................................... 79 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................................................. 80 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 81 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
DO CRIME ........................................................................................................................................................ 83 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 83 
CONCEITO DE CRIME ................................................................................................................................... 83 
ASPECTO MATERIAL ................................................................................................................................ 84 
ASPECTO FORMAL/LEGAL ........................................................................................................................ 84 
CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME ............................................................................................................. 86 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 87 
FATO TÍPICO ................................................................................................................................................. 89 
CONDUTA ................................................................................................................................................ 90 
CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO ......................................................................................................... 91 
CRIME DOLOSO ........................................................................................................................................ 92 
TEORIAS DO DOLO ................................................................................................................................... 92 
ESPÉCIES DE DOLO ................................................................................................................................... 92 
CRIME CULPOSO ...................................................................................................................................... 95 
ESPÉCIES DE CULPA ................................................................................................................................. 95 
DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE ................................................................................................. 96 
COMPENSAÇÃO DE CULPAS .................................................................................................................... 97 
CRIME PRETERDOLOSO ........................................................................................................................... 97 
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA CONDUTA ...................................................................................................... 97 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 98 
RESULTADO NATURALÍSTICO................................................................................................................. 103 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 105 
NEXO CAUSAL ............................................................................................................................................ 106 
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES DA CAUSA ................................................................ 107 
TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA .................................................................................................. 108 
OMISSÃO PENALMENTE RELEVANTE ........................................................................................................ 113 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 115 
TIPICIDADE ................................................................................................................................................. 117 
TIPICIDADE FORMAL .............................................................................................................................. 117 
TIPICIDADE MATERIAL ........................................................................................................................... 118 
TIPICIDADE CONGLOBANTE ................................................................................................................... 119 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 120 
ITER CRIMINIS ............................................................................................................................................ 126 
CRIME CONSUMADO ................................................................................................................................. 128 
CRIME TENTADO ........................................................................................................................................ 128 
NATUREZA JURÍDICA DATENTATIVA ..................................................................................................... 129 
TEORIA ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL ............................................................................................... 129 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
PENA DA TENTATIVA ............................................................................................................................. 129 
ESPÉCIES DE TENTATIVA ............................................................................................................................ 130 
TENTATIVA BRANCA OU INCRUENTA .................................................................................................... 130 
TENTATIVA VERMELHA OU CRUENTA ................................................................................................... 131 
TENTATIVA PERFEITA OU ACABADA OU CRIME FALHO ........................................................................ 131 
TENTATIVA IMPERFEITA OU INACABADA .............................................................................................. 132 
CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA .............................................................................................. 133 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 134 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ ......................................................................... 141 
REQUISITOS DA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA .......................................................................................... 142 
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ............................................................... 143 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA X TENTATIVA .............................................................................................. 144 
REQUISITOS DO ARREPENDIMENTO EFICAZ ......................................................................................... 144 
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DO ARREPENDIMENTO EFICAZ ............................................................... 145 
NATUREZA JURÍDICA DOS DOIS INSTITUTOS ......................................................................................... 145 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR ................................................................................................................. 146 
REQUISITOS DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR .................................................................................. 147 
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS ................................................................................................................. 148 
NATUREZA JURÍDICA DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR .................................................................... 148 
JURISPRUDÊNCIAS IMPORTANTES ........................................................................................................ 148 
CRIME IMPOSSÍVEL .................................................................................................................................... 148 
REQUISITOS DO CRIME IMPOSSÍVEL ..................................................................................................... 149 
NATUREZA JURÍDICA .............................................................................................................................. 150 
SÚMULAS IMPORTANTES ...................................................................................................................... 150 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 150 
CAUSAS EXCLUDENTES DO FATO TÍPICO ................................................................................................... 164 
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE ................................................................................................................... 165 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE GENÉRICAS ............................................................................................... 166 
ESTADO DE NECESSIDADE ..................................................................................................................... 166 
TEORIA UNITÁRIA X DIFERENCIADORA ................................................................................................. 168 
TIPOS DE ESTADO DE NECESSIDADE ...................................................................................................... 170 
LEGÍTIMA DEFESA .................................................................................................................................. 171 
LEGÍTIMA DEFESA E ERRO NA EXECUÇÃO ............................................................................................. 172 
LEGÍTIMA DEFESA PARA AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA ................................................................. 173 
TIPOS DE LEGÍTIMA DEFESA .................................................................................................................. 173 
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL .......................................................................................... 174 
EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO .................................................................................................... 175 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
OFENDÍCULOS ........................................................................................................................................ 176 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE ESPECÍFICAS ............................................................................................. 177 
CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE ............................................................................. 177 
EXCESSO PUNÍVEL ...................................................................................................................................... 178 
EXCESSO INTENSIVO .............................................................................................................................. 178 
EXCESSO EXTENSIVO ............................................................................................................................. 179 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 180 
CULPABILIDADE ......................................................................................................................................... 187 
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DA CULPABILIDADE ...................................................................................... 187 
IMPUTABILIDADE PENAL ....................................................................................................................... 188 
RETROATIVIDADE DA AFERIÇÃO DA IMPUTABILIDADE ......................................................................... 190 
CAUSAS EXCLUDENTES DA IMPUTABILIDADE ....................................................................................... 190 
CAUSAS QUE NÃO EXCLUEM A IMPUTABILIDADE ................................................................................. 192 
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE ............................................................................................... 194 
CAUSAS EXCLUDENTES DA POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE .................................................... 194 
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA .................................................................................................. 195 
CAUSAS EXCLUDENTES DA EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA ...................................................... 195 
ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO ...........................................................................................................202 
ERRO DE TIPO ............................................................................................................................................ 202 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL ...................................................................................................................... 202 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL ESCUSÁVEL/DESCULPÁVEL, INEVITÁVEL ...................................................... 202 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL INESCUSÁVEL/INDESCULPÁVEL, EVITÁVEL .................................................. 203 
DESCRIMINANTES PUTATIVAS POR ERRO DE TIPO ............................................................................... 203 
ERRO PROVOCADO POR TERCEIROS ..................................................................................................... 204 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL ..................................................................................................................... 205 
ERRO DE PROIBIÇÃO .................................................................................................................................. 208 
ERRO DE PROIBIÇÃO ESCUSÁVEL .......................................................................................................... 209 
ERRO DE PROIBIÇÃO INESCUSÁVEL ....................................................................................................... 209 
ERRO DE PROIBIÇÃO GROSSEIRO .......................................................................................................... 209 
ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO ................................................................................................................. 210 
ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO ............................................................................................................. 210 
EXERCÍCIO ...................................................................................................................................................... 211 
CONCURSO DE PESSOAS (ART. 29 A 31, CP) .................................................................................................. 211 
CONSIDERAÇÕES INICIAI ........................................................................................................................... 211 
AUTORIA, COAUTORIA, PARTICIPAÇÃO ................................................................................................. 212 
ACESSORIEDADE DA PARTICIPAÇÃO ..................................................................................................... 213 
PUNIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO ................................................................................................................. 213 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
AUTORIA MEDIATA OU INDIRETA ......................................................................................................... 213 
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS ............................................................................................. 214 
TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS .......................................................................................... 214 
PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA (ART. 29, §1º, CP) .............................................................. 214 
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA (ART. 29, §2º, CP) ................................................................ 214 
COMUNICABILIDADE DAS ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS DO TIPO PENAL (ART. 30, CP) ............. 215 
CASOS IMPUNÍVEIS (ART. 31, CP) .......................................................................................................... 216 
QUESTÕES FINAIS DOUTRINÁRIAS SOBRE CONCURSO DE PESSOAS .................................................... 216 
CONCURSO DE CRIMES .................................................................................................................................. 217 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 217 
CONCURSO MATERIAL ........................................................................................................................... 218 
CONCURSO FORMAL ............................................................................................................................. 218 
CRIME CONTINUADO ............................................................................................................................. 219 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 220 
PARTE ESPECIAL-CRIMES CONTRA A VIDA .................................................................................................... 225 
DOS CRIMES CONTRA A VIDA .................................................................................................................... 225 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................................... 225 
A) HOMICÍDIO SIMPLES ......................................................................................................................... 225 
B) HOMICÍDIO PRIVILEGIADO- CASO DE DIMINUIÇÃO DE PENA ........................................................... 226 
C) HOMICÍDIO QUALIFICADO ................................................................................................................. 226 
D) HOMICÍDIO CULPOSO ....................................................................................................................... 229 
E) HOMICÍDIO CULPOSO MAJORADO- AUMENTO DE PENA ................................................................. 229 
F) HOMICÍDIO DOLOSO MAJORADO ..................................................................................................... 230 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU À AUTOMUTILAÇÃO ................................ 231 
INFANTICÍDIO ......................................................................................................................................... 234 
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM SEU CONSENTIMENTO ............................................ 235 
ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO .................................................................................................. 236 
ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO, COM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE ............................... 236 
FORMA QUALIFICADA............................................................................................................................ 237 
DAS LESÕES CORPORAIS ................................................................................................................................ 238 
LESÃO CORPORAL .................................................................................................................................. 238 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS: ..................................................................................................................... 238 
LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE: ............................................................................................. 239 
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE ................................................................................................ 241 
LESÃO CORPORAL CULPOSA .................................................................................................................. 242 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ......................................................................................................................... 242 
AÇÃO PENAL NOS CASOS DE CRIMES DE LESÃO CORPORAL ................................................................. 243 
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MUDE SUA VIDA! 
7 
 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA ....................................................................................................................244 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 244 
CALÚNIA ................................................................................................................................................ 245 
EXCEÇÃO DA VERDADE .......................................................................................................................... 246 
DIFAMAÇÃO ........................................................................................................................................... 246 
INJÚRIA .................................................................................................................................................. 247 
INJÚRIA REAL ......................................................................................................................................... 248 
INJÚRIA QUALIFICADA PELO PRECONCEITO .......................................................................................... 248 
MAJORANTES OU CAUSAS DE AUMENTO DE PENA .............................................................................. 249 
EXCLUSÃO DO CRIME ............................................................................................................................ 249 
RETRATAÇÃO ......................................................................................................................................... 250 
CRIMES CONTRA LIBERDADE INDIVIDUAL ..................................................................................................... 251 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL ........................................................................................... 252 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL ................................................................................................................. 252 
AUMENTO DE PENA ............................................................................................................................... 252 
AMEAÇA ................................................................................................................................................. 253 
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO ......................................................................................................... 254 
FORMAS QUALIFICADAS DO DELITO ..................................................................................................... 254 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO .......................................................................................................... 255 
DO FURTO .................................................................................................................................................. 255 
FURTO .................................................................................................................................................... 255 
FURTO QUALIFICADO ............................................................................................................................ 258 
FURTO DE COISA COMUM ..................................................................................................................... 259 
DO ROUBO E DA EXTORSÃO ...................................................................................................................... 260 
ROUBO ................................................................................................................................................... 260 
EXTORSÃO ............................................................................................................................................. 263 
MAJORANTES OU CAUSAS DE AUMENTO DE PENA .............................................................................. 264 
QUALIFICADORAS .................................................................................................................................. 264 
SEQUESTRO RELÂMPAGO ...................................................................................................................... 264 
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO ....................................................................................................... 265 
QUALIFICADORAS .................................................................................................................................. 266 
DO DANO ................................................................................................................................................... 267 
DANO ..................................................................................................................................................... 267 
DANO QUALIFICADO .............................................................................................................................. 267 
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA ..................................................................................................................... 268 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA ....................................................................................................................... 268 
AUMENTO DE PENA ............................................................................................................................... 269 
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES ..................................................................................................... 269 
ESTELIONATO ......................................................................................................................................... 269 
ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO FRAUDULENTA DE COISA PRÓPRIA .......................................................... 270 
DEFRAUDAÇÃO DE PENHOR .................................................................................................................. 271 
FRAUDE NA ENTREGA DE COISA ............................................................................................................ 271 
FRAUDE PARA RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO OU VALOR DE SEGURO ............................................ 271 
FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE ............................................................................... 271 
ESTELIONATO CONTRA IDOSO .............................................................................................................. 272 
DA RECEPTAÇÃO ........................................................................................................................................ 273 
RECEPTAÇÃO ......................................................................................................................................... 273 
RECEPTAÇÃO QUALIFICADA .................................................................................................................. 273 
RECEPTAÇÃO DE ANIMAL ...................................................................................................................... 275 
DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................. 275 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................................. 276 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 276 
DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............ 277 
PECULATO APROPRIAÇÃO/DESVIO ....................................................................................................... 277 
PECULATO FURTO .................................................................................................................................. 278 
PECULATO CULPOSO .............................................................................................................................278 
PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM ............................................................................................. 278 
EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS ................................................................... 278 
CONCUSSÃO .......................................................................................................................................... 279 
EXCESSO DE EXAÇÃO ............................................................................................................................. 279 
CORRUPÇÃO PASSIVA ............................................................................................................................ 280 
PREVARICAÇÃO ...................................................................................................................................... 280 
FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO ............................................................................ 281 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA .......................................................................................................... 281 
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA .............................................................................................................. 281 
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL ........................... 281 
USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA ....................................................................................................... 281 
RESISTÊNCIA .......................................................................................................................................... 282 
DESOBEDIÊNCIA ..................................................................................................................................... 282 
DESACATO ............................................................................................................................................. 282 
CORRUPÇÃO ATIVA ............................................................................................................................... 283 
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA ............................................................................ 283 
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA .................................................................................................................. 283 
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO .................................................................. 283 
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MUDE SUA VIDA! 
9 
 
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA .............................................................................................. 284 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................... 285 
GABARITO .................................................................................................................................................. 291 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
10 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá! Sou o professor Everton Mota, tecnólogo em Logística, bacharel e pós-graduado em 
Direito, aprovado em 15 concursos públicos, seis na área policial e três na área de tribunais, e 
aprovado no Exame da OAB. Estarei com você, compartilhando conhecimentos de Direito 
Penal, que vão ajudar bastante na sua aprovação. 
A dica que dou é: “nunca desista dos seus sonhos!” Estudei mais de 2 anos até passar 
no meu primeiro concurso, porém, depois do primeiro, eu fui aprovado em mais 14. Não 
tenho uma inteligência incomum ou acima da média, mas fui e sou muito esforçado em tudo 
que faço. 
Agora, vamos ao que interessa! 
 
DIVISÃO DO CÓDIGO PENAL 
O Có digó Penal e divididó em duas partes: parte geral e parte especial. 
 
A parte geral, que vai dó Art. 1º aó 120, e basicamente a parte teó rica. Trata da 
aplicabilidade da lei, da Teória dó Crime, da teória da pena etc. Trata das caracterí sticas, 
permissó es e próibiçó es cóntidas na lei penal. 
Já a parte especial vai dó Art. 121 aó 361 e trata justamente dós crimes em espe cie. 
Estuda ó crime em si, pór exempló, hómicí dió, róubó, estupró, etc. 
Cabe salientar que o Direito Penal é composto não apenas pelo Código Penal. Além do 
Código, existem leis penais especiais, as quais tipificam condutas, cominam penas e 
regulamentam a execução delas em alguns casos. Podemos citar como exemplo a Lei 
11.343/06 que é a famosa Lei de Drogas. 
CONCEITO DE DIREITO PENAL 
O Direito Penal póde ser cónceituadó cómó ramó dó Direito Público, fórmadó pór 
nórmas jurí dicas que te m ó cónda ó de seleciónar ós bens sóciais mais relevantes, criar 
crimes e cóminar penas para as cóndutas que lesam óu expó em a perigó esses bens. 
E Direitó Pu blicó pórque trata de uma relaça ó vertical, relaça ó entre Estadó e 
administradó, e tem cómó óbjetivó manter a paz sócial. 
Percebe-se que ó Direitó Penal na ó se impórta cóm tódós ós bens jurí dicós, mas apenas 
cóm ós bens mais relevantes e as cóndutas que cóntenham certó grau de significa ncia sócial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE 
D. PENAL 
DIREITO 
PÚBLICO 
PROTEGE BENS 
JURÍDICOS MAIS 
RELEVANTES 
CRIA CRIMES E 
COMINA PENAS 
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11 
 
EXERCÍCIOS 
1. O Direito Penal é ramo do Direito Privado que seleciona os bens jurídicos mais 
importantes para a sociedade, cria crimes e comina penas. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
Gabarito: Errado 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
O Direito Penal é ramo do direito PÚBLICO, e não de Direito Privado, pois se 
trata de uma relação entre Estado e administrado, ou seja, uma relação vertical. O 
ramo do Direito Privado seria uma relação horizontal, ou seja, conflitos entre os 
administrados. Como exemplo do ramo do Direito Privado, podemos citar o Direito 
Civil. 
 
 
2. O Direito Penal é o ramo do Direito Público que protege todos os bens sociais, cria 
crimes e comina suas respectivas sanções. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
Gabarito: Errado 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
O Direito Penal não se importa com todos os bens, apenas com os mais 
relevantes para a sociedade. Além disso, ele não se importa com qualquer conduta, 
e sim com as condutas que tenham um relevante valor, um valor significante para 
o Direito. 
 
 
FONTES DO DIREITO PENAL 
FONTE MATERIAL 
A fonte material é justamente onde o Direito Penal é construído/criado/produzido. Em 
regra, o Direito Penal tem como fonte material a União, pois é o Poder Legislativo Federal que 
cria as leis penais. Excepcionalmente, e somente quando se tratar de matérias específicas, 
também podemos citar os Estados federativos como fontes materiais do Direito Penal. Para 
tanto, é imprescindível a criação de uma lei complementar federal concedendo tal autorização 
ao Estado. 
 
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12 
 
Essa previsão encontra-se no Art. 22, da CF/88. Vejamos: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
I - Direito Civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (...) 
 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a 
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste 
artigo. 
 
FONTE FORMAL 
Já a fonte formal é justamente a forma de exteriorização do Direito Penal. É a forma 
como o Direito Penal se apresenta no mundo exterior. Por isso, é chamada também de fonte 
de conhecimento ou de fonte de cognição. 
Para entender melhor, basta pensar o seguinte: a fonte material (União) cria a fonte 
formal (a lei). Nesse caso, é por meio da lei que o Direito Penal se exterioriza no mundo real. 
Pode-se afirmar ainda que a fonte formal se subdivide em duas: imediata e mediata. 
FORMAL IMEDIATA 
Apesar de a doutrina clássica apontar a leicomo única fonte formal imediata, a doutrina 
moderna inclui nessa modalidade não apenas a Lei, mas também a Constituição Federal, os 
Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos, a jurisprudência, os princípios e os atos 
administrativos. 
FORMAL MEDIATA 
Paralelamente, a doutrina clássica aponta como fonte formal mediata os costumes e os 
princípios gerais do Direito. Mas para a doutrina moderna, a fonte formal mediata seria a 
própria doutrina. Nesse caso, os costumes são considerados fontes informais. 
 
FONTE 
MATERIAL 
A União e, 
excepcionalmente, 
os Estados. 
Doutrina Clássica Doutrina Moderna 
FONTE FORMAL 
IMEDIATA 
 
 
Lei 
Lei, CF, TIDH, 
Jurisprudência, 
princípios e atos 
administrativos. 
MEDIATA 
Costumes e os princípios 
gerais do Direito. 
Doutrina. 
 
 
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13 
 
PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO DIREITO PENAL 
CONCEITO DE PRINCÍPIO 
O princípio é a base, é o alicerce do direito. Tanto serve para sustentar como para impor 
limites ao direito. Para entendermos melhor podemos citar o conceito de princípio de Pinto 
Ferreira. Vejamos: 
 
 “os princípios estão para o direito assim como os trilhos estão para a locomotiva” 
 
Percebe-se que quem tem a força é o direito (representado pela locomotiva), porém, 
essa força é limitada pelos princípios (aqui representados pelos trilhos). Em resumo, os 
princípios orientam, sustentam e, ao mesmo tempo, impõe limites ao direito. 
 
Alguns doutrinadores costumam dividir os princípios em dois grupos: constitucionais e 
jurisprudenciais e doutrinários. Eremos abordar os mais relevantes. 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
Os princípios constitucionais são aqueles previstos na Constituição Federal, 
principalmente no Art. 5º da Carta Magna. Vejamos os mais relevantes no tocante ao Direito 
Penal: 
 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
O princípio da legalidade do Direito Penal está previsto no Art. 5º da CF/88 e também no 
Art. 1º do Código Penal. Vejamos: 
 
Art. 5º (...) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; 
 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena 
sem prévia cominação legal. 
Tal princípio tem como objetivo garantir a segurança jurídica e limitar o poder punitivo 
estatal, uma vez que proíbe que a lei penal seja aplicada a fatos ocorridos antes de sua entrada 
em vigor e, ao mesmo tempo, impede que o Estado puna alguém, caso a conduta praticada por 
ele não esteja prevista em lei como crime. Além disso, o princípio da legalidade reserva a 
matéria crime para a lei em sentido estrito e impede que tipos penais incriminadores sejam 
criados por outros meios diversos da lei. 
Por esse princípio, o crime e sua respectiva sanção só podem ser criados por lei em 
sentido estrito (criada pelo Poder Legislativo federal, em regra) e essa lei penal incriminadora 
só poderá ser aplicada aos fatos ocorridos após a sua entrada em vigor. 
Assim, podemos afirmar que o princípio da legalidade pode ser subdividido em dois: 
reserva legal e anterioridade da lei. Para termos uma didática melhor, iremos estudá-los 
separadamente. 
 
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14 
 
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL 
O princípio da reserva legal estabelece que o crime e sua respectiva sanção só podem ser 
criados por lei em sentido estrito, ou seja, lei criada pelo Poder Legislativo. Nota-se que tal 
princípio RESERVOU a matéria CRIME para ser tratada com exclusividade pelo Poder 
Legislativo, o qual representa o povo brasileiro. 
Portanto, atenção! Lei penal incriminadora só pode ser criada por lei em sentido 
estrito. Medida provisória, decreto, regulamento, ou qualquer outra coisa, NÃO podem 
tipificar condutas nem cominar sanções. 
Porém, é preciso ter muito cuidado! A lei penal NÃO incriminadora não deve respeito 
ao princípio da reserva legal. Ou seja, a lei penal que não cria crime nem comina pena pode ser 
criada por meio de lei em sentido amplo, por exemplo, por meio de decreto. 
O que mais aparece em provas de concursos são questões afirmando que Medida 
Provisória pode tipificar condutas e cominar penas. Mas o Art. 62 da CF/88 deixa claro que 
isso não é possível. Vejamos: 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo 
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
 
I – relativa a: […] 
 
b) Direito Penal, processual penal e processual civil 
 
Apesar de o artigo não especificar se a proibição é para qualquer tipo de lei penal ou 
apenas para lei penal incriminadora, devemos seguir o que a doutrina majoritária afirma. 
Portanto, se cair na prova objetiva, você deverá responder que o Presidente da República 
somente poderá editar Medida Provisória no tocante à Lei Penal, se e somente se a lei penal 
for NÃO incriminadora. Caso seja uma questão discursiva, você terá que abordar as duas 
correntes: 
➢ A primeira corrente afirma que a medida provisória não pode ser editada para 
tratar de NENHUMA lei penal. 
 
➢ A segunda afirma que é proibido editar medida provisória apenas no tocante à lei 
penal INCRIMINADORA. Essa última prevalece no STF. 
 
Cabe salientar que a reserva legal também impede utilização da analogia in malam 
partem, ou seja, para prejudicar o réu. Nesse caso, não é possível comparar um fato novo com 
um fato tipificado como crime para então punir alguém, nem mesmo comparar um fato 
qualquer com uma qualificadora, por exemplo, para qualificar o crime e prejudicar o réu. 
Por fim, é importante saber que, se por acaso o Presidente da República editar uma 
Medida Provisória tipificando uma conduta, ela NÃO PODERÁ SER CONVALIDADA, pois tal 
MP é considerada inconstitucional e, portanto, é inválida desde sua origem. 
 
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15 
 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL 
Já o princípio da anterioridade da lei afirma que a lei deve vir antes do fato (não há crime 
sem lei ANTERIOR que o defina) assim como a sanção deve ser cominada previamente (não há 
pena sem PRÉVIA cominação legal). 
Dessa forma, a lei penal só deve ser aplicada a fatos ocorridos após a sua entrada em 
vigor. 
 
Exemplo: No dia 1º de janeiro de 2020, Everton aperta a campainha da casa do vizinho e 
corre. Tal conduta até então não era tipificada como crime. Dez dias depois, entra em vigor 
uma lei que acrescenta a conduta de apertar campainha alheia no rol de crimes contra a paz 
social. Pergunta: Everton pode ser punido? É claro que não, pois a lei veio após o fato. 
 
Convém perceber que, em regra, a lei penal é ex nunc, que significa dizer que ela não 
retroage para alcançar fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Temos então o 
princípio da irretroatividade da lei penal, que pode ser visto como corolário do princípio da 
anterioridade da lei penal. Vejamos o que diz o Art. 5º, XL, da CF/88: 
 
Art. 5º (...) XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu; 
 
Portanto, em regra, a lei penal NÃO pode retroagir e alcançar fatos passados. Porém, 
poderá retroagir excepcionalmente se for para beneficiar o réu. 
 
Exemplo 1: Everton cometeu o crime de tráfico de drogas em 2005, e a lei em vigor 
nessa época previa uma pena de 5 a 10 anos de reclusão. Porém, Everton só foi julgado em 
2006, quando já havia entrado em vigor a Lei 11.343/06, a qual aumentou a pena máxima 
para 15 anos. Essa lei pode ser aplicada no julgamento de Everton? Não! Segue-se a regra: a lei 
penal não retroagirá se não for para beneficiar o réu. 
 
Exemplo 2: Everton foi preso pelo crime de adultério tipificado pela lei X e foi 
condenado a cumprir uma pena de 1 ano de prestação de serviço comunitário. Dois meses 
após o início do cumprimento da pena, surge uma lei penal nova (lei Y) que aboliu o crime de 
adultério. Essa lei Ypode ser aplicada ao crime de Everton? Sim! Isso porque nesse caso irá 
beneficiar o réu. O juiz deve liberar Everton imediatamente e apagar o nome dele do livro do 
rol dos culpados. 
 
Cuidado! 
 
Nos chamados CRIMES PERMANENTES, o flagrante se protrai no tempo, portanto, 
aplica-se a lei vigente no momento do fim do flagrante, independentemente se o flagrante 
iniciou ainda durante a vigência de uma lei mais benéfica para o réu. 
 
Exemplo: um crime de sequestro e cárcere privado iniciou quando uma lei x estava em 
vigor, porém, antes da liberação da vítima, uma lei y (que piora a situação do réu) entra em 
vigor revogando a lei x. Será aplicada a lei y, ainda que seja prejudicial ao réu, pois o flagrante 
ainda existia quando a lei y entrou em vigor. 
 
Outro caso muito cobrado em provas é sobre normas penais em vacatio legis. Podem ou 
não podem ser aplicadas? A resposta é não! 
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16 
 
 Vacatio legis é o tempo entre a publicação de uma lei até a sua entrada em vigor. Nesse 
período, ela NÃO pode ser plicada. Isso é até lógico, pois a lei ainda não entrou em vigor. 
 
Exemplo: a lei X foi publicada no dia 1ºde janeiro de 2020 e no final havia a seguinte 
expressão: Essa lei entra em vigor 30 dias após sua publicação. São dois tempos diferentes, 
o primeiro é a publicação da lei, o segundo é sua entrada em vigor, portanto, a lei só poderá 
ser aplicada após o fim dos 30 dias, ou seja, do seu período de vacatio legis. 
 
PRINCÍPIO DA FORMALIDADE DA NORMA 
 
Alguns autores costumam citar outros princípios como sendo derivações do princípio da 
legalidade. Iremos estudar dois deles: o da formalidade e o da taxatividade da norma penal. 
O princípio da formalidade da norma indica que as normas penais incriminadoras 
devem passar pelas formalidades legais. Isso nada mais é que o devido processo legislativo, ou 
seja, é o rito por meio do qual a lei é criada. Leis penais, em regra, devem advir do Governo 
Federal, da União, (Congresso Nacional). A criação de crimes e as suas penas são de 
competência privativa da União, mas, como já vimos, excepcionalmente os Estados podem 
receber autorização para tratar de condutas específicas de âmbito local. 
Em matéria penal, o princípio da legalidade exige que a tipificação ocorra tanto por meio 
de lei em sentido formal (devido processo legislativo) quanto em sentido material 
(conteúdo de acordo com a CF/88). 
 
Exemplo: A Câmara de Vereadores do Município X criou uma lei penal incriminadora. 
Para a criação dessa lei, foram respeitados rigorosamente todos os procedimentos legais de 
criação de lei municipal. 
 
Nesse exemplo, a lei respeitou o sentido FORMAL da legalidade, pois passou pero rito 
legal de criação de uma lei municipal. Porém, não respeitou o sentido MATERIAL, visto que a 
matéria crime foi reservada à União. 
 
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE DA NORMA 
 
Esse princípio afirma que a lei penal deve ser clara e compreensível pelo homem 
médio. Não pode deixar dúvidas; a população tem que entender claramente o sentido da 
norma. A lei penal deve completa e precisa e deve delimitar expressamente a conduta 
considerada criminosa. 
 
 
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FUNÇÕES DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Por fim, cabe ressaltar que o princípio da legalidade possui algumas funções 
importantíssimas para o Direito e para a sua prova. Vejamos cada uma delas de forma bem 
resumida e compreensiva. 
 
A primeira função é a de proibir a retroatividade da lei, isso enxergamos dentro do 
princípio da anterioridade da lei, que visa justamente garantir a segurança jurídica. Em latim 
pode cair na prova da seguinte forma: nullum crimen nulla poena sine lege praevia, traduzindo, 
não há crime e não há pena sem uma lei prévia. 
A segunda função é a de proibir a criação de crimes e penas por meio dos costumes. 
Podemos enxergar dentro do próprio princípio de reserva legal, o qual afirma que o crime só 
pode ser criado por lei em sentido estrito, lei formal. Em latim, nullum crimen nulla poena sine 
lege scripta, não há crime e não há pena sem lei escrita. 
A terceira função é a de proibir o emprego de analogia para criar crimes. Como 
vimos, a analogia só pode ser utilizada no Direito Penal se for para beneficiar o réu, e NUNCA 
para criar um crime. Em latim, pode vir da seguinte forma, nullum crimen nulla poena sine lege 
stricta. 
Por fim, o princípio da legalidade visa proibir incriminações vagas e indeterminadas. 
A lei deve ser clara e compreensiva, conforme estudado no princípio da taxatividade. Em 
latim, nullum crimen nulla poena sine lege certa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA 
LEGALIDADE 
RESERVA 
LEGAL 
ANTERIORIDADE 
DA LEI DA 
LEGALIDADE 
Crime e pena só podem 
ser criados por lei em 
sentido estrito. 
A lei deve vir antes do fato 
e em regra não retroage, 
salvo para beneficiar o réu. 
PRINCÍPIO DA 
FORMALIDADE 
PRINCÍPIO DA 
TAXATIVIDADE 
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18 
 
EXERCÍCIOS 
3. O Art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Considerando esse dispositivo legal, bem 
como os princípios e as repercussões jurídicas dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
 
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, 
em caráter absoluto, a analogia no Direito Penal, seja para criar tipo penal incriminador, 
seja para fundamentar ou alterar a pena. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
Gabarito: Errado 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A questão afirma que é proibida a analogia em caráter absoluto, o que não é 
verdade, uma vez que existe exceção, que é justamente sua aplicação para o 
benefício do réu. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
O que se proíbe, no Direito Penal, é a ANALOGIA que prejudique o réu, ou 
seja, IN MALAM PARTEM. Porém, é permitida a analogia para beneficiar o réu, em 
latim, IN BONAM PARTEM. A questão afirma que é proibida em caráter absoluto, o 
que não é verdade, uma vez que existe exceção que é justamente sua aplicação 
para o benefício do réu. 
 
Nesse caso, não é possível comparar um fato novo com um fato tipificado 
como crime para então punir alguém, nem mesmo comparar um fato qualquer com 
uma qualificadora, por exemplo, para qualificar o crime e prejudicar o réu. 
 Porém, se a comparação for para derrubar a qualificadora ou para 
desclassificar o crime, aí sim, pode ser utilizada. 
 
4. (Cespe-2018) Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e 
coletivos e às garantias constitucionais. 
 
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser 
feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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19 
 
Gabarito: Errado 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
A lei deve respeitar tanto o sentido material, como o formal. 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
Pelo princípio da legalidade, mais precisamente o da formalidade da norma, a 
lei penal incriminadora deve ser feita respeitando tanto o sentido formal, que é o 
respeito ao devido processo legislativo, como também o sentido material, que 
significa dizer que a lei deve respeitar a matéria em si. 
Em matéria penal, a própria Constituição Federal conferiu à União a 
competência para criar crimes. Portanto, se outro ente federativo criar um crime, 
mesmo que respeite o sentido formal da norma, estaria desrespeitando o sentido 
material. Já o sentido formal é o respeito ao rito legislativo pelo qual a lei deve 
passar. No caso de crimes, teria que passar pelo Congresso Nacional em ambas as 
Casas e depois seguir para o Presidente da República sancionar. 
O erro da questão está justamente em afirmarque não se exige o sentido 
formal. 
5. (Cespe – 2016) O Art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que não há crime sem lei 
anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
 
O Presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida 
provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena 
agravada ocorra somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: Errado 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A criação de crime e a cominação de pena só podem se dar por meio de lei 
em sentido estrito. Medida provisória jamais poderá criar crime nem agravar uma 
pena. 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
O Presidente da República pode editar Medida Provisória para criar lei penal 
NÃO INCRIMINADORA, porém, para criar crime e cominar pena, ou até mesmo 
aumentar a pena, devemos respeitar o princípio de reserva legal, ou seja, apenas 
lei em sentido estrito é que pode tratar dessa matéria. Assim, criar tipos penais por 
meio de medida provisória viola o princípio da reserva legal. 
 
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20 
 
Portanto, é inconstitucional agravar pena de crime por meio de medida 
provisória. Igualmente, se tal medida for editada, não poderá ser convalidada pelo 
Congresso Nacional, pois é considerada inconstitucional desde sua origem. 
Portanto, a questão erra duas vezes, a primeira, quando fala em agravar pena 
por meio de medida provisória; a segunda, quando fala que o Congresso pode 
aprovar posteriormente. 
 
6. (CESPE -2018) À luz do Código Penal, julgue o item que se segue. 
 
No caso de entrar em vigor lei penal que inove o ordenamento jurídico ao prever como 
crime conduta até então considerada atípica, será aplicada a retroatividade. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
 
Gabarito: Errado 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
A regra é que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
O princípio da anterioridade da lei afirma que a lei penal deve vir antes do 
fato, assim como a cominação da pena deve ser prévia. Desse princípio deriva o da 
irretroatividade da lei penal, o qual determina que a lei penal não pode retroagir e 
alcançar fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor, salvo se a lei nova 
beneficiar o réu. 
 
 
No caso em tela, a questão apresentou uma situação de lei penal 
incriminadora. Dessa forma, ele não poderá retroagir, visto ser pior para o réu. 
Segue a base legal para uma melhor compreensão: 
 
 
Art. 5º (...) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena 
sem prévia cominação legal; 
 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia 
cominação legal. 
 
Art. 5º (...) XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
 
 
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7. (CESPE - 2017) Com relação ao acesso à justiça e aos princípios processuais, julgue o 
item subsecutivo. 
 
O princípio da legalidade não impede que o juiz apene o acusado criminal com base nos 
costumes e que o legislador vote norma penal sancionadora de coação direta, impondo 
desde logo a pena, sem julgamento. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
Gabarito: Errado 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
 Uma das funções do princípio da legalidade é justamente impedir a utilização dos 
costumes para criminalizar uma conduta ou apenar alguém. Apenas a lei é que 
pode estabelecer isso. A questão peca ao afirmar que o princípio da legalidade não 
impede tal situação. 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
Além disso, não pode haver norma penal sancionadora de coação direta, pois 
para o Estado exercer o seu poder de punir, deve haver antes o devido processo 
legal. Senão vejamos: 
 
CF/88, Art. 5°,(...) 
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal. 
CP, Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal. 
 
8. (CESPE – 2016) Uma das funções do princípio da legalidade refere-se à proibição de se 
realizar incriminações vagas e indeterminadas, visto que, no preceito primário do tipo 
penal incriminador, é obrigatória a existência de definição precisa da conduta proibida ou 
imposta, sendo vedada, com base em tal princípio, a criação de tipos que contenham 
conceitos vagos e imprecisos. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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22 
 
Gabarito: Certo 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
A questão conceituou justamente o princípio da taxatividade, o qual deriva do 
princípio da legalidade. 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Uma das funções do princípio da legalidade é justamente proibir incriminações 
vagas e indeterminadas. A lei deve ser clara e compreensiva, conforme estudado 
no princípio da taxatividade. Em latim, nullum crimen nulla poena sine lege certa. 
Ou seja, não há crime nem pena sem que haja uma lei certa, clara, compreensiva 
por todos. 
 
 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
 
Por esse princípio, as penas que serão imputadas devem ser adequadas de acordo com a 
PERSONALIDADE, os antecedentes criminais, a conduta social, a natureza do agente. O juiz, 
antes de sentenciar o acusado, deve fazer a dosimetria da pena. Isso é feito individualmente, 
pessoa por pessoa. 
Portanto, se duas pessoas praticarem juntas o mesmo crime, não significa que as penas 
serão idênticas. O juiz vai observar a pena mínima e máxima. Porém, ele deve analisar as 
circunstâncias judiciais do Art. 59 do Código Penal de forma individual, ou seja, ele analisa 
cada agente delitivo individualmente para depois fixar a pena de cada um separadamente. 
 A individualização da pena deve ser feita com base nas duas finalidades básicas do 
Direito Penal, quais sejam; ressocialização, também chamada de reabilitação e a prevenção. 
A própria Constituição Federal expressa que a pena é individual e a lei deverá regular tal 
individualização. Vejamos: 
 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre 
outras, as seguintes: 
 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos. 
 
Cuidado! 
Não se deve confundir a individualização com a intranscendência da pena. As 
questões costumam misturar esses dois conceitos. Já estudamos a definição de 
individualização, que impõe que a pena deve ser individual e cada pessoa deve ter 
sua pena analisada separadamente. Agora, passaremos a estudar o princípio da 
intranscendência. 
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PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DA PENA 
 
O princípio da intranscendência da pena sustenta que as sanções penais não podem 
ultrapassar (transcender) a pessoa que foi condenada. Ou seja, só quem pode cumprir uma 
sanção penal é a pessoa que foi condenada e, se ela morrer, a pena morre com ela. 
Porém, as sansões civis, como a reparação do dano e o perdimento de bens, podem ser 
estendidas para os sucessores (herdeiros) da pessoa que foi condenada. Mas essa 
transferência tem um limite! Os sucessores só assumem as sanções civis até o valor do 
patrimônio deixado pelo falecido. Vejamos o que diz a CF/88: 
 
CF/88- XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores 
e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio 
transferido. 
Exemplo: Everton foi condenado por tráfico de drogas e crime de dano emconcurso de 
crimes e, na sentença, o juiz impôs uma pena de 10 anos de reclusão, decretou o perdimento 
de uma casa no valor de 100 mil reais, a qual ficou provada que foi adquirida com o dinheiro 
do tráfico, e a reparação do dano causado, no valor de 150 mil reais. Everton, que possuía um 
carro no valor de 50 mil reais, morreu antes de iniciar a pena e, automaticamente, seus bens 
passaram a ser do seu filho. 
Quem vai cumprir os 10 anos de prisão que Everton ficou devendo? Ninguém! A casa 
que agora pertence ao filho dele vai ser perdida em favor do Estado? Sim! Isso porque o 
perdimento de bens se estende aos sucessores. O dano no valor de 150 mil reais será 
realizado pelo filho integralmente? Não! O patrimônio deixado por Everton foi um carro no 
valor de 50 mil reais. Nesse caso, o filho dele só fica obrigado a reparar apenas 50 mil reais do 
dano, não se responsabilizando pelos 100 mil restantes. 
 
EXERCÍCIOS 
9. (CESPE- 2018) PC-SE - Delegado de Polícia 
Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às garantias 
constitucionais. 
 
O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa 
do condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão 
parentes do autor do delito. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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 Gabarito: Errado 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
Conforme alertado anteriormente, as questões costumam inverter os 
conceitos dos princípios. O princípio que determina que nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado é o da INTRANSCENDÊNCIA da pena, e não o da 
INDIVIDUALIZAÇÃO, como afirma a questão. 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
O princípio da individualização de pena aduz que a pena é individual e deve 
ser analisada separadamente, pessoa por pessoa. Vejamos o que diz a CF/88: 
 
CF/88- XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos 
da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. 
 
Já o da intranscendência fala que a pena não pode passar da pessoa que foi 
condenada. Convém perceber, no entanto, que o conceito está perfeito, mas a 
banca trocou o princípio. Segue o texto da CF/88: 
 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos. 
 
 
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDADE 
O princípio da presunção de inocência aduz que todos devem ser considerados 
inocentes até que haja uma sentença penal condenatória transitada em julgado. Ou seja, 
deve existir uma sentença condenando o réu e que não caiba mais nenhum tipo de recurso 
para só então o réu ser taxado de culpado. É o que afirma a CF/88: 
Art. 5º, LVII, CF/88 - ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
Nesse caso, todos devem ser tratados como inocentes dentro e fora do processo. Dentro 
do processo o juiz não pode decretar a execução da prisão condenatória do acusado se ainda 
couber algum tipo de recurso. Já fora do processo, o acusado não pode ser prejudicado por 
conta desse processo. Por exemplo, ele não pode ser eliminado na fase de investigação social 
de um concurso na área policial apenas por responder a um processo crime. 
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CUIDADO! 
O entendimento do STF ERA no sentido de que se a sentença fosse 
confirmada em segunda instância; o início do cumprimento da pena, antes mesmo 
de transitar em julgado, não feriria o princípio da presunção de inocência. 
ESSE ENTENDIMENTO MUDOU! 
 
Em 2019, o STF firmou entendimento no sentido de que o início do cumprimento 
condenatório (prisão pena) só deve se dar após o trânsito em julgado. Dessa forma, o 
entendimento hoje é o de que o início do cumprimento de prisão após a confirmação da 
sentença em segunda instância, sem que haja o trânsito em julgado, fere, sim, o princípio da 
presunção de inocência, e tal prisão é considerada inconstitucional. Porém, isso não impede 
que o juiz decrete a prisão preventiva do réu durante o andamento do processo, se estiverem 
presentes os requisitos da prisão preventiva, é claro! 
Tal entendimento foi aplicado no julgamento do recurso que libertou o Ex-Presidente da 
República, Luiz Inácio. O juiz, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, baseado no novo 
entendimento do STF, libertou Lula, pois ele seguia preso cumprindo uma sentença que até 
então não teria transitado em julgado. 
Por isso, cuidado! Pode constar em prova que o início do cumprimento de prisão penal, a 
partir da confirmação da sentença em segunda instância, fere o princípio da presunção de 
inocência. A resposta deve ser: sim; fere, sim. 
 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E JURISPRUDENCIAIS 
Estudamos os princípios fundamentais constitucionais que se aplicam ao Direito Penal. 
A partir de agora vamos estudar alguns princípios doutrinários e jurisprudenciais. 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA 
O princípio da intervenção mínima é um dos mais importantes do Direito Penal. 
Intervenção mínima do Direito Penal é dizer que esse direito deve intervir o mínimo possível 
na vida das pessóas e “quantó menós utilizadó fór, mais eficiente ele será”. 
Tal princípio sustenta que o Direito Penal só deve ser utilizado para proteger os bens 
jurídicos mais relevantes, punindo as condutas que causem relevantes lesões ou ameaça 
de lesões a esses bens, e só deve ser utilizado quando for estritamente necessário ao 
controle social, e somente após o fracasso dos demais ramos do Direito. 
Trata-se de princípio constitucional implícito, ou seja, não está escrito expressamente na 
Constituição. 
Depreende-se desse princípio que o Direito Penal não se importa com qualquer bem 
jurídico, mas apenas com os mais relevantes, assim como o Direito Penal só deve se preocupar 
com as condutas que causem lesão significante ou ameaça de lesão a esses bens. Aqui se 
enxerga o caráter fragmentário do Direito Penal (protege apenas fragmentos). 
Outro fator importante é que o Direito Penal só age quando todos os outros ramos do 
Direito falham. Ou seja, se o ramo do Direito Civil resolver, o penal não pode ser aplicado. Aqui 
se enxerga o caráter subsidiário do Direito Penal. 
 
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EXERCÍCIOS 
 
10. Acerca do concurso de pessoas e dos princípios de Direito Penal, julgue o item 
seguinte. 
 
Segundo o princípio da intervenção mínima, o Direito Penal somente deverá cuidar da 
proteção dos bens mais relevantes e imprescindíveis à vida social. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
Gabarito: Certo 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
A questão está correta, pois conceituou perfeitamente o princípio da 
fragmentariedade, o qual deriva do princípio da intervenção mínima do Direito 
Penal. 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
A questão trata do caráter fragmentário do Direito Penal, enxergado dentro 
do princípio da intervenção mínima. O Direito Penal deve intervir minimamente na 
vida das pessoas, por isso, não deve se “meter” em tudo e sair protegendo todos 
os bens jurídicos, mas deve, sim, selecionar os bens mais relevantes/importantes e 
imprescindíveis à vida social e os proteger. 
 
 
Do princípio da intervenção mínima derivam vários outros. Iremos estudar o princípio 
da subsidiariedade, fragmentariedade, lesividade, adequação social e o da insignificância. 
Estudaremos cada um separadamente, mas tenha em mente que eles podem ser entendidos 
como derivados do princípio da intervenção mínima. 
 
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE OU NECESSIDADE 
 
O princípio da subsidiariedade, ou para alguns princípios da necessidade, afirma

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