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1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 2 GESTANTES 3 1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE GESTANTES GESTAÇÃO – período que vai da concepção até o parto com duração de = 37 a 42 semanas no qual ocorre o desenvolvimento fetal. 1º trimestre até 13 semanas de gestação 2º trimestre entre 14 e 27 semanas 3º trimestre mais de 28 semanas (MS, 2000). Idade Gestacional (IG) Para efeito de cálculo, usa-se a duração média da gestação = 40 semanas ou 280 dias; Conta-se o tempo de amenorréia (ausência de menstruação) a partir da Data da Última Menstruação (DUM); DUM: refere-se ao primeiro dia em que ocorreu a menstruação, com fluxo expressivo (habitual): - DUM conhecida: dias transcorridos / 7; - DUM provável: aproximação - 5 – início do mês 15 – meio do mês 25 – final do mês - DUM desconhecida: basear-se no exame físico (palpação abdominal do útero, altura uterina) médico ou enfermeiro. Data Provável do Parto (DPP): - Regra de Nagele – DPP = DUM + 7 dias + 9 meses 4 1.1 – AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Técnicas de aferição de medidas antropométricas (Anexo) Estatura: deverá ser aferida usando-se um estadiômetro fixado em superfície plana e apoiado em parede sem rodapé. A gestante deverá estar descalça e em posição ortostática (em pé, com os calcanhares unidos e em apnéia respiratória), com os olhos no Plano Frank Fort (olhando para o horizonte), com as costas, a parte posterior dos joelhos e calcanhares encostados na parede. A avaliada não deverá utilizar nenhum adereço na cabeça. Peso pré-gestacional: peso usual antes de engravidar ou peso verificado até o 1º trimestre de gestação. Peso atual: a gestante deverá subir na balança e colocar-se de frente para o avaliador. A avaliada deverá estar sem boné, chapéu, casaco, jaqueta, chaves, carteira, sapatos ou outros adereços. Gestação Gemelar Recomendação de ganho de peso durante toda gestação: 18 a 20,5 kg Recomendação de ganho de peso após 20ª semana gestacional: IMC pré-gestacional de BP: 790g/semana IMC pré-gestacional de EU: 680g/semana Fonte: Accioly, Saunders e Lacerda, 2005. 5 Gestação adolescente Fonte: SISVAN, 2004. Obs: Rosso superestima a desnutrição na gestação em 50% Fonte: Coelho KS, Souza AI, Batista Filho M. Avaliação antropométrica do estado nutricional da gestante: visão retrospectiva e prospectiva. Rev. Bras. Saúde Materno Infantil, 2 (1): 57-61, jan – abr, 2002. Índice de Massa Corporal (IMC) – pré-gestacional Fonte: OMS, 1995. Fonte: SISVAN, 2004 IMC pré- gestacional Classificação Ganho de peso total Ganho de peso semanal < 19,8 Baixo Peso 12,5 a 18 500g 19,8 a 26 Eutrofia 11,5 a 16 400g 26,1 a 29 Sobrepeso 7,0 a 11,5 300g > 29 Obesidade < 7,0 (adulta) 7,0 a 9,0 (adolescente) 200g Estado Nutricional Inicial (IMC) Ganho de Peso (kg) no 1º trimestre Ganho de peso (kg) semanal médio no 2º e 3º trimestres Ganho de peso total na gestação Baixo Peso (BP) 2,3 0,5 12,5 a 18 Adequado (A) 1,6 0,4 11,5 a 16 Sobrepeso (S) 0,9 0,3 7,0 a 11,5 Obesidade (O) - 0,3 < 7,0 (adulta) 7,0 a 9,0 (adolescente) IMC (kg/m2) = peso atual (kg) Altura (m)2 6 7 TABELA SISVAN 2004 8 Circunferência do Braço (CB) e Prega Cutânea Tricipital (PCT) - Na gestação essas medidas são úteis para avaliar as modificações que ocorrem durante o período gestacional. Isto é, são indicadas como parâmetro de comparação entre as medidas tomadas anteriormente para identificar modificações na condição nutricional; - Considera-se que a circunferência do braço aumenta do início até o final da gestação, mas que é possível encontrar diminuição da medida da prega cutânea tricipital como padrão nutricional adequado da evolução gestacional, já que há transferência de reservas energéticas entre os segmentos corporais durante esse período fisiológico. - O resultado pode ser comparado com padrões de referência para mulheres ou mesmo entre os valores iniciais e finais. Fonte: Vitolo, 2003 Prega Cutânea Tricipital (PCT) Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 PCT percentil 50 Padrões para a Prega Cutânea do Tríceps. Idade 5 10 25 50 75 90 95 18-18,9 10 12 15 18 22 26 30 19-24,9 10 11 14 18 24 -30 34 25-34,9 10 12 16 21 27 34 37 35-44,9 12 14 18 23 29 35 38 45-54,9 12 16 20 25 30 36 40 55-64,9 12 16 20 25 31 36 38 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade PCT 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% Fonte: ASPEN, 1993 9 Circunferência do Braço (CB) Adequação da CB% = CB obtida x 100 CB percentil 50 Padrões para a Circunferência do Braço Idade 5 10 25 50 75 90 95 18.18,9 22,2 22,7 24,1 25,8 28,1 31,2 32,5 19-24,9 22,1 23,0 24,7 26,5 29,0 31,9 34,5 25-34,9 23,3 24,0 25,6 27,7 30,4 34,2 36,8 35-44,9 24,1 25,1 26,7 29,0 31,7 35,6 37,8 45-54,9 24,2 25,6 27,4 29,9 32,8 36,2 38,4 55.64,9 24,3 25,7 28,0 30,3 33,5 36,7 38,5 Fonte: Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% 111 – 120% > 120% Fonte: ASPEN, 1993 Circunferência Muscular do Braço (CMB) CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314 Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 CMB percentil 50 Padrões para a Circunferência Muscular do Braço. Idade 5 10 25 50 75 90 95 I8-18,9 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23.,7 24,5 19-24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9 25-34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4 35-44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2 45-54,9 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 27,4 55-64,9 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0 Fonte: Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia CMB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% Fonte: ASPEN, 1993 10 1.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS Cálculo do Gasto Energético Basal (GEB) ou Taxa de Metabolismo Basal (TMB): Cálculo do GEB ou TMB segundo idade materna Idade (anos) GEB (kcal/dia) 10 - 18 (12,2 x P) + 746 18 – 30 (14,7 x P) + 496 30 - 60 (8,7 x P) + 829 Fonte: FAO/OMS, 1985. Sendo: peso em kg, considerar o peso pré-gestacional. Fator Atividade (FA) Leve Moderada Intensa 18 – 65 anos 1,55 1,65 1,8 Fonte: FAO/OMS, 1985. Cálculo do Gasto Energético Total (GET) GET = TMB pré-gestacional x FA + 300 kcal (a partir do 2º trimestre) FAO/OMS, 1985 + 300 Kcal durante a gestação + 1,2 g (1º trimestre); + 6,2 g (2º trimestre); + 10,7 g (3º trimestre) + 500 kcal durante a amamentação Método de cálculo do VET FAO/OMS, 1989: Estado Nutricional Pré-Gestacional VET Baixo Peso PI* X 30 a 35kcal Eutrófica PI* ou PA X 25 a 30kcal Sobrepeso/obesidade PA X 25 a 30kcal *PI para a semana gestacional (verificar na curva de IMC para gestante) 11 DRI, 2002: - Gestação: EER (kcal/dia) = EER + mudança no GE 24h durante a gestação + armazenamento de energia 1º trimestre: EER para mulheres + 0 2º trimestre: EER para mulheres + 160 + 180 3º trimestre: EER para mulheres + 272 + 180 OBS: mudança no GE 24h durante a gestação é de 8 kcal/ semana, sendo no 2º trimestre 8 kcal x 20 semanas e no 3º trimestre 8 kcal x 34 semanas - Lactação: EER (kcal/dia) = EER + consumo de energia para produção de leite – mobilização de energia 1º trimestre: EER para mulheres + 500 - 170 2º semestre: EER para mulheres + 400 - 0 OBS: no 1º semestre a lactante costuma perder cerca de 180g/mês. ADA, 1994: 1º trimestre: 26 a 35 Kcal/Kg de peso ideal pré-gestacional + 300 Kcal OU 26 a 35 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional 2º trimestre: 29 a 37 Kcal/Kg de peso ideal pré-gestacional + 300 Kcal OU 29 a 37 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional Manual de nutrição durante a gestação UnB, 2000: Gestantes obesas e/ou com complicações: 30 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional. 12 Gestantes eutróficas e baixo peso: 36 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional. Gestantes adolescentes: 38 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional. Recomendações de Proteínas para gestantes - Adultas – 0,75 a 1g/kg de peso + 6g - Adolescentes até 15 anos – 1,7g/kg de peso - Adolescentes com mais 15 anos – 1,5g/kg de peso 13 CRIANÇA 14 2. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS De 0 a 9 anos e 11 meses CONDIÇÕES DO NASCIMENTO Tamanho para a idade gestacional: PIG: < percentil 10 AIG: entre percentis 10 e 90 GIG: > percentil 90 Peso ao nascer Peso adequado: ≥ 2500 g Baixo peso ao nascer: < 2500 g Muito baixo peso: < 1500 g Fonte: SISVAN, 2004. Comprimento ao nascer 48 a 50 cm Ganho de peso ≤ 6 meses: 20 g/dia > 6 meses: 15 a 20 g/dia 2.1 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA - Peso Atual(kg) - Comprimento (cm): para crianças até 2 anos - Estatura (m): para crianças acima de 2 anos - IMC/I (kg/m²) - P/I - P/E - E/I: para crianças de 0 a 5 anos (Usar os gráficos das curvas de crescimento da OMS, 2006). - IMC/I (kg/m²) - P/I - E/I: para crianças acima de 5 anos (Usar os gráficos das curvas de crescimento da OMS, 2007). 15 Curvas de crescimento da OMS (Anexo) Técnicas de avaliação antropométrica (Anexo) Estatura estimada Meninos: E = 40,54 + (2,22 x AJ) Meninas: E = 43,21 + (2,15 x AJ) Fonte: Chumlea, 1994. Crianças de 2 a 12 anos: (OBS: estudo com crianças com paralisia cerebral) 2,69 x AJ + 24,2 Fonte: Stevenson, 1995. Crianças e adolescentes com limitações físicas: Medida de segmento Estimativa de estatura Desvio-padrão CSB (4,35 x CSB) + 21,8 ± 1,7 CT (3,26 x CT) + 30,8 ± 1,4 CJ (2,69 x CJ) + 24,2 ± 1,1 Fonte: Stevenson, 1995. - CSB (comprimento superior do braço): distância do acrômio até a cabeça do rádio medido com o membro superior fletido a 90⁰; - CT (comprimento da tíbia): medida da borda súpero-medial da tíbia até a borda do maléolo medial inferior; - CJ (comprimento do joelho): comprimento do joelho ao tornozelo 16 * Observação: Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do excesso de peso entre crianças. Avalie esta situação pela interpretação dos índices de Peso/Estatura ou IMC/Idade. Estatura por Idade – E/I (0 a 5 anos) Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para a idade > Percentil 3 > Escore-z -2 Estatura Adequada para a idade Peso por Idade – P/I (0 a 5 anos) Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade > Percentil 0,1 e Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixo peso para a idade > Percentil 3 e < Percentil 97 > Escore-z -2 e < Escore-z +2 Peso adequado para a idade > Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade* Peso por Estatura – P/E (0 a 5 anos) Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza > Percentil 3 e < Percentil 85 > Escore-z -2 e < Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 85 e < Percentil 97 > Escore-z +1 e < Escore-z +2 Risco de sobrepeso > Percentil 97 e < Percentil 99,9 > Escore-z +2 e < Escore-z +3 Sobrepeso > Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade 17 * Observação: Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do excesso de peso entre crianças. Avalie esta situação pela interpretação do IMC/Idade. IMC por Idade – IMC/I (0 a 5 anos) Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza > Percentil 3 e < Percentil 85 > Escore-z -2 e < Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 85 e < Percentil 97 > Escore-z +1 e < Escore-z +2 Risco de sobrepeso > Percentil 97 e < Percentil 99,9 > Escore-z +2 e < Escore-z +3 Sobrepeso > Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade Estatura por Idade – E/I (5 a 9 anos e 11 meses) Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para a idade > Percentil 3 > Escore-z -2 Estatura Adequada para a idade Peso por Idade – P/I (5 a 9 anos e 11 meses) Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade > Percentil 0,1 e Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixo peso para a idade > Percentil 3 e < Percentil 97 > Escore-z -2 e < Escore-z +2 Peso adequado para a idade > Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade* 18 Observação: Não tem os parâmetros de Peso/Estatura na ref. OMS (2007) para crianças maiores de 5 anos de idade. Tabelas de classificação dos pontos de corte para os gráficos OMS: IMC por Idade - Classificação segundo os percentis < P3 Baixo IMC para a idade ≥ P 3 < P 85 IMC adequado ou eutrofia ≥ P 85 < P 97 Sobrepeso ≥ P 97 Obesidade Peso por Idade - Classificação segundo os percentis < P 0,1 Peso muito baixo para idade ≥ P 0,1 < P3 Peso baixo para a idade ≥ P 3 < P 97 Peso adequado ou eutrofia ≥ P 97 Peso elevado para idade Peso por Estatura - Classificação segundo os percentis < P3 Peso baixo para a estatura ≥ P 3 < P 97 Peso adequado ou eutrofia ≥ P 97 Peso elevado para estatura Obs.: somente para crianças de 0 a 5 anos Estatura por Idade - Classificação segundo os percentis < P3 Baixa estatura para a idade ≥ P 3 Estatura adequada para a idade IMC por Idade (5 a 9 anos e 11 meses) Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza > Percentil 3 e < Percentil 85 > Escore-z -2 e < Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 85 e < Percentil 97 > Escore-z +1 e < Escore-z +2 Sobrepeso > Percentil 97 e < Percentil 99,9 > Escore-z +2 e < Escore-z +3 Obesidade > Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave 19 2.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS Estimativa do Gasto Energético Total (GET) Cálculo simplificado do GET para crianças: GET e VET serão iguais (para dietas normocalóricas) 0 a 5 meses 108 x P 5 meses a 1 ano 98 x P 1 a 3 anos 102 x P 4 a 6 anos 90 x P 7 a 10 anos 70 x P FAO – Cálculo do GET de 0 a 10 anos Taxa metabólica Basal (TMB) Sexo Idade Equações para GEB/TMB Masculino 0 a 3 anos 60,9 (P) - 54 3 a 10 anos 22,7 (P) + 495 Feminino 0 a 3 anos 61 (P) – 51 3 a 10 anos 22,5 (P) + 499 OMS, 1985. Se a criança estiver fora do percentil de eutrofia, calcular a dieta usando o peso ideal de acordo com a curva P/I P50. Cálculo do fator de atividade (FA) Crianças sedentárias 1,2 a 1,3 Crianças ativas 1,4 a 1,5 O fator de atividade deve refletir o estilo de vida da criança sem se basear somente na presença ou ausência de exercícios regulares (Vitolo, 2003). Gasto Energético Total (GET=VET) – dietas normocalóricas GET (kcal/dia) = TMB x FA Cuppari e Schor, 2002. Métodos de cálculo do VET ADA, 1994: ≤ 1 ano de idade: 1000 Kcal > 1 ano de idade: 1000 Kcal + 100 Kcal a cada ano completo 20 Guia alimentar para crianças menores de 2 anos (MS, 2002): FAO/OMS/ONU, 1985 Butte, 1996 Idade (meses) Kcal/Kg/dia Kcal/dia Kcal/Kg/dia Kcal/dia 0 – 2 116 520 88 404 3 – 5 99 662 82 550 6 – 8 95 784 83 682 9 – 11 101 949 89 830 12 – 23 106 1170 - - RDA, 1996: Idade (anos) Kcal/Kg Kcal/dia 0 – 6 meses 108 650 6 meses – 1 ano 98 850 1 ano – 3 anos 102 1300 4 anos – 6 anos 90 1800 7 anos – 10 anos 70 2000 Necessidades hídricas: Peso (kg) Volume Pré-termo ou < 1 kg 140 a 150 mL/kg 1 a 10 kg 100 mL/kg 11 a 20 kg 1000 mL + 50 mL para cada kg > 10kg 21 a 50 kg 1500 mL + 20 mL para cada kg > 20kg > 50 kg 3000 mL Fonte: Holliday-Segar (Palma e cols. Nutrição Clínica na infância e adolescência. Manole, 2009) Recomendação diária de proteínas Idade g/kg de peso 0 a 6 meses 2,2 6 a 12 meses 1,6 1 a 3 anos 1,2 4 a 6 anos 1,1 7 a 10 anos 1,0 Fonte: RDA, 1989 21 Tamanho do estômago de um recém-nascido (ilustração). 2.4 - ORIENTAÇÕES PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA MENORES DE 2 ANOS Dez Passos para Alimentação Saudável Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento; Passo 2 - A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais; Passo 3 - Após 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno; Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança; Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família; Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida; Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições; 22 Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinho e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação; Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados; Passo 10 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados Fonte: Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos (MS, 2010) Principais condutas de acordo com a idade da criança: Segundo a Organização Mundial da Saúde (2007), o aleitamento materno costuma ser classificado em: 23 • Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. • Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais. • Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. • Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. • Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. Volume e número de refeições lácteas por faixa etária no primeiro ano: Idade Volume/Refeição Número de refeições/dia Do nascimento aos 30 dias 60 – 120 ml 6 a 8 30 a 60 dias 120 – 150 ml 6 a 8 2 a 3 meses 150 – 180 ml 5 a 6 3 a 4 meses 180 – 200 ml 5 a 6 > 4 meses 180 – 200 ml 2 a 3 Fonte: Brasil, 2004 Obs.: estes valores são aproximados de acordo com a variação do peso corporal do lactente nas diferentes idades. Recomenda-se que a partir do quarto/sexto mês de vida o leite seja oferecido com outros alimentos (alimentação complementar). Reconstituição do leite para crianças menores de 4 meses: Leite em pó integral: 1 colher (sobremesa) rasa para 100ml de água fervida 1 ½ colher (sobremesa) rasas para 150ml de água fervida 2 colheres (sobremesa) rasas para 200ml de água fervida Preparo do leite em pó: diluir o leite em pó em um pouco de água fervida e em seguida adicionar a água restante necessária. Leite integral fluido: 2/3 de leite fluido + 1/3 de água fervida 70ml de leite + 30 ml de água = 100ml 100ml de leite + 50 ml de água = 150ml 130ml de leite + 70 ml de água = 200ml 24 Fórmulas lácteas que podem receber acréscimos calóricos (açúcar, farinha e óleo) * exceto farinha de trigo Preparo: Acrescente o açúcar e a farinha ao leite reconstituído. Levo ao fogo para cozinhar, deixando ferver por 4 – 5 minutos. Retire do fogo, deixe amornar e acrescente o óleo. As quantidades foram estimadas em colheres cheias. O preparo das fórmulas infantis específicas deve seguir as orientações do rótulo do produto. Exemplo de introdução da alimentação complementar (Anexo) Açúcar Farinha* Óleo Volume leite (ml) 5% 3% 3% 100 1 col. chá 1 col. chá 1 col.chá 150 1 col. chá 1 col. chá 1 col.chá 200 2 col. chá 2 col. chá 2 col.chá 240 1 col. sopa 1 col.sopa 1col.sopa 25 ADOLESCENTE 26 3. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTE De 10 a 19 anos e 11 meses 3.1 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Técnicas de avaliação antropométrica (Anexo) IMC (Índice de Massa Corporal) Classificação Percentil do IMC Diagnóstico Nutricional < 5 Baixo Peso ≥ 5 e < 85 Adequado Ou Eutrófico ≥ 85 Sobrepeso Fonte: SISVAN, 2004 / WHO, 1995. Obs: Diagnóstico SB: IMC > P 85 + PCT e PCSE > P 90 Diagnóstico OB: IMC > P 95 + PCT e PCSE > P 90 IMC (kg/m2) = peso atual (kg) Altura (m)2 27 PCT – Prega Cutânea Tricipital (mm) Padrões para a Prega Cutânea do Tríceps (mm) Sexo masculino Sexo feminino Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 10-10,9 6 6 8 10 14 18 21 7 8 10 12 17 23 27 11-11,9 6 6 8 11 16 20 24 7 8 10 13 18 24 28 12-12,9 6 6 8 11 14 22 28 8 9 11 14 18 23 27 13-13,9 5 5 7 10 14 22 26 8 8 12 15 21 26 30 14-14,9 4 5 7 9 14 21 24 9 10 13 16 21 26 28 15-15,9 4 5 6 8 11 18 24 8 10 12 17 21 25 32 1616,9 4 5 6 8 12 16 22 10 12 15 18 22 26 31 17-17,9 5 5 6 8 12 16 19 10 12 13 19 24 30 37 18-18,9 4 5 6 9 13 20 24 10 12 15 18 22 26 30 19-24,9 4 5 7 10 15 20 22 10 11 14 18 24 -30 34 Fonte: ASPEN, 1993. Estatura por Idade – E/I Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para a idade > Percentil 3 > Escore-z -2 Estatura Adequada para a idade IMC por Idade – IMC/I Valores Críticos Diagnóstico Nutricional < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza > Percentil 3 e < Percentil 85 > Escore-z -2 e < Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 85 e < Percentil 97 > Escore-z +1 e < Escore-z +2 Sobrepeso > Percentil 97 e < Percentil 99,9 > Escore-z +2 e < Escore-z +3 Obesidade > Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 PCT percentil 50 28 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade PCT 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% PCSE – Prega Cutânea Subescapular (mm) Percentagem de Gordura corporal %GC= PCT(mm) + PCSE(mm) Percentis da soma das dobras cutâneas do tríceps e da subescapular (mm) de adolescentes do sexo MASCULINO Idade (anos) Percentis 5 10 15 25 50 75 85 90 95 10 a 10,9 9,0 10,0 11,0 12,0 15,5 22,0 27,0 33,5 42,0 11 a 11,9 9,0 10,0 11,0 12,5 16,5 25,0 33,0 40,0 53,5 12 a 12,9 9,0 10,0 11,0 12,5 17,0 24,0 34,0 40,5 53,0 13 a 13,9 8,5 10,5 11,0 12,5 15,0 21,0 29,0 37,0 48,0 14 a 14,9 9,0 10,0 11,0 12,0 15,0 22,0 27,0 33,0 45,0 15 a 15,9 10,0 10,5 11,0 12,0 15,0 21,0 27,0 32,5 43,0 16 a 16,9 10,0 11,5 12,0 13,0 16,0 22,5 27,5 33,3 44,0 17 a 17,9 10,0 11,0 12,0 13,0 16,0 22,0 27,0 31,5 41,0 18 a 24,9 11,0 12,0 - 15,0 21,0 30,0 - 41,5 50,5 Percentis prega cutânea triciptal + subescapular (mm) por idade e sexo. Dados dos inquéritos NHANES I e NHANES II (1976 – 1980), compilados por Frisancho (1990). IN: GIBSON, R. S. Nutritionnal Assessment: a Laboratory Manual. New York. Oxford University Press, 1993 Percentis da soma das dobras cutâneas do tríceps e da subescapular (mm) de adolescentes do sexo FEMININO Idade (anos) Percentis 5 10 15 25 50 75 85 90 95 10 a 10,9 12,0 12,5 13,0 15,0 20,00 28,5 34,5 40,5 51,0 11 a 11,9 12,0 13,5 14,5 16,0 22,0 30,0 37,0 42,0 55,0 12 a 12,9 13,0 14,0 15,0 18,0 23,0 31,0 37,0 44,0 57,0 13 a 13,9 12,5 14,0 15,5 18,5 24,5 35,5 43,0 47,5 56,5 14 a 14,9 14,5 16,0 17,5 20,0 26,0 37,0 44,5 48,5 62,0 15 a 15,9 15,0 17,0 18,0 20,5 26,5 34,5 42,5 48,5 62,5 16 a 16,9 17,5 20,0 21,5 24,0 30,0 39,5 47,0 53,5 69,5 17 a 17,9 16,5 18,5 20,0 23,0 31,0 42,0 49,0 55,5 67,4 18 a 24,9 16,7 19,0 - 24,0 32,0 44, - 58,5 70 Percentis prega cutânea triciptal + subescapular (mm) por idade e sexo. Dados dos inquéritos NHANES I e NHANES II (1976 – 1980), compilados por Frisancho (1990). IN: GIBSON, R. S. Nutritionnal Assessment: a Laboratory Manual. New York. Oxford University Press, 1993. Classificação do Estado Nutricional de adolescente segundo Porcentagem de Gordura Corporal < P15 Abaixo do % adequado P15 – P85 Adequado > P85 Acima do % adequado 29 Circunferência do Braço (CB) Adequação da CB% = CB obtida x 100 CB percentil 50 Padrões para a Circunferência do Braço (mm) Sexo masculino Sexo feminino Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 10.10,9 18,1 18,4 19,6 21,0 23,1 26,2 27,4 17,4 18,2 19,3 21,0 22,8 25,1 26,5 11-11,9 18,6 19,0 20,2 22,3 24,4 26,1 28,0 18,5 19,4 20,8 22,4 24,8 27,6 30,3 12-12,9 19,3 20,0 21,4 23,2 25,4 28,2 30,3 19,4 20,3 21,6 23,7 25,6 28,2 29,4 13.13,9 19,4 21,1 22,8 24,7 26,3 28,6 30,1 20,2 21,1 22,3 24,3 27,1 30,1 33,8 14-14,9 22,0 22,6 23,7 25,3 28,3 30,3 32,2 21,4 22,3 23,7 25,2 27,2 30,4 32,3 15-15,9 22,2 22,9 24,4 26,4 28,4 31,1 32,0 20,8 22,1 23,9 25,4 27,9 30,0 32,3 16-16,9 24,4 24,8 26,2 27,8 30,3 32,4 34,3 21,8 22,4 24,1 25,8 28,3 31,8 33,4 17-17,9 24,6 25,3 26,7 28,5 30,8 33,6 34,7 22,0 22,7 24,1 26,4 29,5 32,4 35,0 18.18,9 24,5 26,0 27,6 29,7 32,1 35,3 37,9 22,2 22,7 24,1 25,8 28,1 31,2 32,5 19-24,9 26,2 27,2 28,8 30,8 33,1 35,5 37,2 22,1 23,0 24,7 26,5 29,0 31,9 34,5 Fonte: Frisancho,1990 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CB 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% Circunferência Muscular do Braço (CMB) CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314) Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 CMB percentil 50 Padrões para a Circunferência Muscular do Braço (cm) Sexo Masculino Sexo Feminino Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 10-10,9 15,6 16,0 16,6 18,0 19,1 20,9 22,1 14,8 15,0 15,9 17,0 18,0 19,0 19,7 11-11,9 15,9 16,5 17,3 18,3 19,5 20,5 23,0 15,0 15,8 17,1 18,1 19,6 21,7 22,3 12-12,9 16,7 17,1 18,2 19,5 21,0 22,3 24,1 16,2 16,6 18,0 19,1 20,1 21,4 22,0 13-13,9 17,2 17,9 19,6 21,1 22,6 23,8 24,5 16,9 17,5 18,3 19,8 21,1 22,6 24,0 14-14,9 18,9 19,9 21,2 22,1 24,0 26,0 26,4 17,4 17,9 19,0 20,1 21,6 23,2 24,7 15-15,9 19,9 20,4 21,8 23,7 25,4 26,6 27,2 17,5 17,8 18,9 20,2 21,5 22,8 24,4 16-16,9 21,3 22,5 23,4 24,9 26,9 28,7 29,6 17,0 18,0 19,0 20,2 21,6 23,4 24,9 17-17,9 22,4 23,1 24,5 25,8 27,3 29,4 31,2 17,5 18,3 19,4 20,5 22,1 23,9 25,7 18-18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23.,7 24,5 19-24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9 30 Fonte: ASPEN, 1993 3.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS *Para adolescentes com idade superior a 18 anos, utilizar as fórmulas de necessidades nutricionais do adulto. Método de cálculo da Taxa Metabólica Basal (TMB) Masculino Feminino Idade (anos) Fórmula Idade (anos) Fórmula 10 – 18 (17,5 x peso) + 651 10 – 18 (12,2 x peso) + 746 18 – 30 (15,3 x peso) + 697 18 – 30 (14,7 x peso) + 496 Fonte: Adaptado FAO/OMS, 1985. Método de cálculo do Gasto Energético Total (GET) GET (kcal/dia) = TMB x FA Fonte: Cuppari e Schor, 2002. FA (Fator Atividade) Idade (anos) Masculino Feminino 10 – 13 1,7 1,6 14 – 18 1,6 1,5 19 – 20 Ver recomendações para adultos Fonte: Adaptado FAO/OMS, 1985. DRI’s, 2005: Masculino (≥19 anos) 662 – 9,53 x idade + NAF x [15,91 x peso + 539,6 x altura] Feminino (≥19 anos) 354 – 6,91 x idade + NAF x [9,36 x peso + 727 x altura] Até 18 anos – ver recomendações para crianças NAF (Nível de Atividade Física) Sedentária Leve Moderada Intensa Masculino 1,0 1,11 1,25 1,48 Feminino 1,0 1,12 1,27 1,45 Fonte: DRI’s, 2005. CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia CMB 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 31 Métodos de cálculo do VET Cálculo do VET (método prático): Sexo Idade Equação Masculino 11 a 14 anos 55 X (P) 15 a 18 anos 45 X (P) Feminino 11 a 14 anos 47 X (P) 15 a 18 anos 40 X (P) Fonte: RDA ,1989. Considerar P o peso ideal no percentil 50 do IMC/Idade. Recomendação diária de energia por centímetro de altura: Homens Mulheres 11 a 14 anos 16 kcal/cm 14 kcal/cm 15 a 18 anos 17 kcal/cm 13,5 kcal/cm Fonte: RDA ,1989. ADA, 1994: Kcal/dia Kcal/Kg do peso meta Masculino (12 a 15 anos) 1500 a 2000 + 200 acima dos 12 anos 33 a 40 Feminino (12 a 15 anos) 1500 a 2000 + 100 acima dos 12 anos 29 a 33 Obs: Após o estirão de crescimento e manutenção da altura há algum tempo: dieta hipocalórica de acordo com as recomendações para adultos. Recomendação diária de proteínas Idade g/kg de peso g g/cm de altura Sexo Masculino 11 a 14 anos 15 a 18 anos 1,0 0,9 45 66 0,29 0,26 Sexo Feminino 11 a 14 anos 15 a 18 anos 1,0 0,8 46 55 0,28 0,33 (RDA, 1989) 32 ADULTO 33 4. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTO 4.1 - AVALIAÇÃO ATROPOMÉTRICA Técnicas de aferição de medidas antropométricas (Anexo) ESTATURA (m) Estimativa da altura pelo método indireto em pacientes acamados Estatura = [ 0,73 x (2 x medida da envergadura do braço) ] Colocar o braço do paciente em ângulo reto (90°). Medir com fita métrica a distância entre Chanfradura esternal e a ponta do dedo médio da mão, duplicando o resultado. (Fonte: OMS, 1999) Envergadura dos braços adaptada (Fonte: OMS, 1999): Altura = [0,73 x (2 x envergadura do braço(m))] + 0,43 Medir do esterno ao dedo médio Estimativa da altura através da altura do joelho (AJ) (25 a 60 anos) Masculino Altura = 72,803 + (1,80 x AJ) Feminino Altura = 51,875 + (2,184 x AJ) Fonte: SILVEIRA e SILVA,1994 PESO (kg) Peso Atual (peso aferido na consulta) Estimativa de peso Homens (kg) = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Mulheres (kg) = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] Fonte: Chumlea, 1985. Onde: CP: Circunferência da Panturrilha; AJ: Altura do Joelho; CB: Circunferência do Braço; PCSE: Prega Cutânea Subescapular 34 Peso Estimado Simplificado: Mulheres Negras: 19 – 59 anos: (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 Mulheres Brancas: 19 – 59 anos: (AJ X 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04 Homens Negros: 19 – 59 anos: (AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72 Homens Brancos: 19 – 59 anos: (AJ X 1,19) + (CB x 3,14) – 86,82 Fonte: Chumlea e cols., 1988. In: Waitzberg DL, Dias MCG. Guia Básico de Terapia Nutricional: Manual de Boas Práticas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. p. 44. Obs: não aplicar em casos de grandes alterações no estado hídrico Peso estimado para pacientes edemaciados: Peso = peso atual – peso resultante do edema - Estimativa de peso de edema Grau de edema Peso a ser substituído + Tornozelo 1 kg ++ Joelho 3 a 4 kg +++ Raiz da coxa 5 a 6 kg ++++ Anasarca 10 a 12 kg Fonte: Duarte; Castellani, 2002. - Estimativa de peso de ascite e edema Grau da ascite/edema Peso ascítico (kg) Edema periférico (kg) Leve 2,2 1,0 Moderado 6,0 5,0 Grave 14,0 10,0 Fonte: James, 1989 Peso ajustado para amputação (Fonte: MARTINS, 2000) Peso Corrigido = Peso antes da amputação (100 - % da amputação) 100 Membro amputado % de amputação Membro superior (braço todo) 6,5 Braço 3,5 Antebraço 2,3 Mão 0,8 Membro inferior (perna inteira) 18,5 Coxa 11,6 Perna abaixo do joelho 5,3 Pé 1,8 35 Obs: Para amputações bilaterais, as porcentagens dobram. Figura: porcentagens do peso correspondentes a cada segmento do corpo. Fonte: Osterkamp, 1995. Peso Usual (PU) Adequação de PU: % PU = PA x 100 PU Classificação do Estado Nutricional Relativo ao Peso Usual % do Peso Usual Estado Nutricional < 74 Desnutrição grave 75 – 84 Desnutrição moderada 85 - 95 Desnutrição leve Fonte: ASPEN, 1993. Porcentagem de Perda de Peso Ponderal Recente (%PPR): % PPR = PU – PA x 100 Onde: PU = peso usual e PA = Peso atual PU Tempo Perda significativa de peso (%) Perda grave de peso (%) 1 semana 1 – 2 > 2 1 mês 5 > 5 3 meses 7,5 > 7,5 > 6 meses 10 > 10 Fonte: Blackburn, G.L., Bistrian, B.R. Nutricional and metabolic assessment of de hospitalized patient. JPEN, 1:11 – 22, 1997. 36 Interpretação dos Dados de Perda Ponderal Relativa ao Tempo % PPR Significado clínico < 10% em 6 meses Não significante > 15% em 6 meses Queda da sobrevida (câncer) 10 – 35% em 6 meses Diminuição da defesa do hospedeiro, capacidade de cicatrização e sobrevida. Fonte: Waitzberg, 1995 Peso Ideal: Peso Ideal (kg) = IMC desejável x Altura (m)2 Sendo que o peso Ideal calculado a partir do IMC médio proposto pela FAO (1985) utiliza valores médios de IMC para homens de 22 e mulheres 20,8 kg/ m². Fonte: Duarte e Castellani, 2002. Adequação do Peso: % Peso Ideal = PA x 100 PI Classificação do Estado Nutricional Relativo ao Peso Ideal % Peso Ideal Classificação < 69 Desnutrição severa 70 – 79 Desnutrição moderada 80 – 90 Desnutrição leve 90,1 -110 Normal 110,1 – 130 Excesso de peso 130,1 – 199 Obesidade > 200 Obesidade mórbida Fonte: ASPEN, 1993 Peso ajustado ou Corrigido para situações especiais: O peso atual deve ser ajustado em pacientes desnutridos (% adequação de PI <95%) ou com excesso de peso (% adequação de PI >115%). É obtido por meio da seguinte equação: Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual . Fonte: Cuppari, 2014 37 IMC (Índice de Massa Corporal) IMC (18 – 64 anos e 11 meses) Classificação <16 Desnutrição intensa ou grave 16 –16,99 Desnutrição moderada 17 – 18,49 Desnutrição leve ou baixo peso 18,5 – 24,99 Eutrofia ou Normal 25 – 29,99 Pré-obesidade ou excesso de peso 30 – 34,99 Obesidade leve ou tipo I 35 – 39,9 Obesidade moderada ou tipo II ≥ 40 Obesidade mórbida ou tipo III PREGAS CUTÂNEAS Prega cutânea Técnica de medição Prega Cutânea Triciptal (PCT) Braço não dominante. No mesmo ponto de aferição da CB, desprender do tecido muscular, aplicar adipômetro em ângulo reto. Prega Cutânea Biciptal (PCB) Pcte com a palma da mão voltada para cima. Aplicar adipômetro 1 cm acima do local medido para a PCT Prega Cutânea Subescapular (PCSE) 1 cm abaixo, ângulo inferior da escapula, formando 45º com coluna vertebral. Prega Cutânea Supra-ilíaca (PCSI) Medida na linha média axilar (diagonal), seguindo a linha de clivagem natural da pele do lado direito. Fonte: Cuppari, 2014. Prega Cutânea Tricipital (PCT) Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 PCT percentil 50 IMC (kg/m2) = peso atual (kg) Altura (m)2 38 Padrões para a Prega Cutânea do Tríceps. Sexo masculino Sexo feminino 19-24,9 4 5 7 10 15 20 22 10 11 14 18 24 -30 34 25-34,9 5 6 8 '12 16 20 24 10 12 16 21 27 34 37 35-44,9 5 6 8 12 16 20 23 12 14 18 23 29 35 38 45-54,9 6 6 8 12 15 20 25 12 16 20 25 30 36 40 55-64,9 5 6 8 11 14 19 22 12 16 20 25 31 36 38 Fonte: ASPEN, 1993 Percentagem de Gordura corporal (%GC) % de gordura corporal = PCT + PCSE + PCSI + PCB Onde: PCT = prega cutânea tricipital PCSE = Prega cutânea subescapular PCSI = prega cutânea supra ilíaca PCB = Prega cutânea bicipital CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade PCT 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% 39 Fonte: DURNIN & WOMERSLEY, 1974. Dobras cutâneas (mm) Homem ( idade em anos) Mulheres ( idade em anos) 17 - 29 30 - 39 40 - 49 + 50 16 - 29 30 - 39 40 - 49 + 50 15 4,8 ------ ------- ------ 10,5 ------ ------- ------ 20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17,0 19,8 21,4 25 10,5 14,2 15,0 15,6 16,8 19,4 22,2 24,0 30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 21,8 24,5 26,6 35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5 40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3 45 17,7 20,4 23,0 24,7 25,0 26,9 29,6 31,9 50 19,0 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31,0 33,4 55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6 60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7 65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7 70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35,0 37,7 75 24,0 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7 80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6 85 25,5 27,2 32,1 34,8 34,0 35,1 37,5 40,4 90 26,2 27,8 33,0 35,8 34,8 35,8 38,3 41,2 95 26,9 28,4 33,7 36,6 35,6 36,5 39,0 41,9 100 27,6 29,0 34,4 37,4 36,4 37,2 39,7 42,6 105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,1 37,9 40,4 43,3 110 28,8 30,1 35,8 39,0 37,8 38,6 41,0 43,9 115 29,4 30,6 36,4 39,7 38,4 39,1 41,5 44,5 120 30,0 31,1 37,0 40,4 39,0 39,6 42,0 45,1 125 31,0 31,5 37,6 41,1 39,6 40,1 42,5 45,7 130 31,5 31,9 38,2 41,8 40,2 40,6 43,0 46,2 135 32,0 32,3 38,7 42,4 40,8 41,1 43,5 46,7 140 32,5 32,7 39,2 43,0 41,3 41,6 44,0 47,2 145 32,9 33,1 39,7 43,6 41,8 42,1 44,5 47,7 150 33,3 33,5 40,2 44,1 42,3 42,6 45,0 48,2 155 33,7 33,9 40,7 44,6 42,8 43,1 45,4 48,7 160 34,1 34,3 41,2 45,1 43,3 43,6 45,8 49,2 165 34,5 34,6 41,6 45,6 43,7 44,0 46,2 49,6 170 34,9 34,8 42,0 46,1 44,1 44,4 46,6 50,0 175 35,3 -------- ------- -------- ------- 44,8 47,0 50,4 180 35,6 -------- ------- ------- ------- 45,2 47,4 50,8 185 35,9 -------- ------- -------- -------- 45,6 47,8 51,2 190 ------ -------- -------- -------- --------- 45,9 48,2 51,6 195 ------ -------- ------- -------- -------- 46,2 48,5 52,0 200 ------ -------- ------- -------- --------- 46,5 48,8 52,4 205 ------ -------- ------- -------- --------- --------- 49,1 52,7 210 ------ -------- ------- -------- -------- -------- 49,4 53,0 40 Classificação do Estado Nutricional segundo Porcentagem de Gordura Corporal de acordo com sexo e faixa etária Idade (anos) Desnutrição Eutrofia Pré-Obesid Obesidade Mulheres 20 – 39 < 21% 21 a 32% 33 a 38,9% > 39% 40 – 59 <23% 23 a 33,9% 34 a 39,9% > 40% 60 – 79 < 24% 24 a 35,9% 36 a 41,9% > 42% Homens 20 – 39 < 8% 8 a 19,95% 20 a 24,9% > 25% 40 – 59 < 11% 11 a 21,9% 22 a 27,9% > 28% 60 – 79 < 13% 13 a 24,9% 25 a 29,9% > 30% Fonte: Gallagher, 2000. CIRCUNFERÊNCIAS Circunferência da Cintura (CC) Circunferência do Quadril (CQ) Relação Cintura Quadril (RCQ) RCQ = Circunferência da cintura Circunferência do quadril Distribuição de Gordura Corporal Sexo Normal Obesidade abdominal (andróide) Obesidade de glúteos (ginóide) Homens <1,0 >1,0 <0,85 Mulheres <0,85 >0,85 <0,75 Fonte: OMS, 1998 Circunferência Abdominal (CA) Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade Elevado Muito Elevado Homem > = 94cm > = 102 Mulher > = 80 cm > = 88 Fonte: OMS, 1998 Circunferência do Braço (CB) Adequação da CB% = CB obtida x 100 CB percentil 50 41 Padrões para a Circunferência do Braço. Sexo masculino Sexo feminino Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 18.18,9 24,5 26,0 27,6 29,7 32,1 35,3 37,9 22,2 22,7 24,1 25,8 28,1 31,2 32,5 19-24,9 26,2 27,2 28,8 30,8 33,1 35,5 37,2 22,1 23,0 24,7 26,5 29,0 31,9 34,5 25-34,9 27,1 28,2 30,0 31,9 34,2 36,2 37,5 23,3 24,0 25,6 27,7 30,4 34,2 36,8 35-44,9 27,8 28,7 30,5 32,6 34,5 36,3 37,4 24,1 25,1 26,7 29,0 31,7 35,6 37,8 45-54,9 26,7 28,1 30,1 32,2 34,2 36,2 37,6 24,2 25,6 27,4 29,9 32,8 36,2 38,4 55.64,9 25,8 27,3 29,6 31,7 33,6 35,5 36,9 24,3 25,7 28,0 30,3 33,5 36,7 38,5 Fonte: Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% 111 – 120% > 120% Circunferência Muscular do Braço (CMB) CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314) Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 CMB percentil 50 Padrões para a Circunferência Muscular do Braço. Sexo Masculino Sexo Feminino Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 I8-18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23.,7 24,5 19-24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9 25-34,9 24,3 25,0 26,4 27,9 29,8 31,4 32,6 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4 35-44,9 24,7 25,5 26,9 28,6 30,2 31,8 32,7 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2 45-54,9 23,9 24,9 26,5 28,1 30,0 31,5 32,6 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 27,4 55-64,9 23,6 24,5 26,0 27,8 29,5 31,0 32,0 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0 Fonte: Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia CMB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% Fonte: ASPEN, 1993 42 4.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS Estimativa de gasto energético Equação de Harris e Benedict: Gasto Energético de Repouso (GER) Homens GER = 66 + (13,7 x P) + (5 x E) – (6,8 x I) Mulheres GER = 655 + (9,6 x P) + (1,7 x E) – (4,7 x I) E: estatura (cm); I: idade (anos) Gasto Energético Total (GET) GET (kcal/dia) = GER x FA x FI x FT Fatores de Atividade (FA) Fatores Térmicos (FT) Acamado no ventilador 1,1 38º C 1,1 Acamado 1,2 39º C 1,2 Acamado + Móvel 1,25 40º C 1,3 Deambulante 1,3 41º C 1,4 Fonte: Martins, 2000 FATOR INJÚRIA (FI) AIDS / Câncer 1,1 a 1,45 Cirurgia eletiva 1,0 a 1,2 Desnutrição grave 1,5 Desnutrição não complicada 0,8 a 1,0 Diabetes mellitus (DM) 1,1 Doença cardiopulmonar com cirurgia 1,3 a 1,55 Doença cardiopulmonar com sepse 1,25 Doença cardiopulmonar sem sepse 0,9 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 1,2 Doença Renal Crônica (DRC) com ou sem diálise 1,35 Falência de 1 ou 2 órgãos 1,4 a 1,5 Fraturas múltiplas 1,2 a 1,35 Infecção grave 1,3 a 1,35 Infecções 1,1 a 1,25 Insuficiência cardíaca 1,3 a 1,5 (sem FA) Insuficiência hepática 1,3 a 1,55 Insuficiência Renal Aguda (IRA) 1,3 Jejum / paciente não complicado 0,85 a 1,0 Multitrauma com sepse 1,6 Multitrauma reabilitação 1,5 Neurológico / coma 1,15 a 1,2 O grande 1,10 a 1,25 Pancreatite 1,3 a 1,8 Pequena cirurgia 1,2 43 Pequeno trauma de tecido 1,14 a 1,37 Peritonite 1,2 a 1,5 Pós-operatório (PO) câncer 1,1 a 1,4 Pós-operatório (PO) cirurgia cardíaca 1,2 a 1,5 Pós-operatório (PO) cirurgia eletiva 1,0 a 1,1 Pós-operatório (PO) geral 1,0 a 1,5 Pós-operatório (PO) leve 1,00 a 1,05 Pós-operatório (PO) médio 1,05 a 1,10 Pós-operatório (PO) torácico 1,2 a 1,5 Queimaduras até 20% 20 a 50% 50 a 70% 70 a 90% 100% 1,0 a 1,5 1,7 1,8 2,0 2,1 Retocolite / Crohn 1,3 Sepse 1,4 a 1,8 Síndrome da angústia respiratória 1,35 Síndrome do Intestino Curto (SIC) 1,45 Transplante de Medula Óssea (TMO) 1,2 a 1,3 Transplante hepático 1,2 a 1,5 Trauma com sepse 1,60 Trauma Crânio Encefálico (TCE) 1,4 Trauma de tecidos moles 1,14 a 1,37 Trauma esquelético 1,35 Fonte: JESUS, 2002; AUGUSTO et al., 1995. * Adaptado de SILBERMAN; ELISENBERG; GUERRA, 2002. Estimativa do Gasto Energético pela FAO/OMS (2004): Taxa Metabólica Basal (TMB) Faixa etária (anos) Masculino Feminino 0 - 3 59,512 x P - 30,4 58,317 x P - 31,1 3 - 10 22,706 x P + 504,3 20,315 x P + 485,9 10 - 18 17,686 x P + 658,2 13,384 x P + 692,6 18 - 30 15,057 x P + 692,2 14,818 x P + 486,6 30 - 60 11,472 x P + 873,1 8,126 x P + 845,6 >60 11,711 x P + 587,7 9,082 x P + 658,5 Fonte: FAO, 2004. P: peso em kg Gasto Energético Total (GET) GET= TMB X FA Sendo: GET: gasto energético total. TMB: taxa metabólica basal. FA: fator atividade. Fonte: Cuppari e Schor, 2014. Obs.: para evitar subestimar ou superestimar o GET faça o ajuste do peso corporal para desnutridos e pacientes com excesso de peso. Fator Atividade Sexo Tipo de atividade 44 Leve Moderada Intensa Masculino 1,55 1,78 2,10 Feminino 1,56 1,64 1,82 Fonte: FAO, 2004 Leve: a maior parte dos trabalhos em escritório, andar, passear, estudar, dirigir, usar transporte coletivo. Moderada: atividades mecânicas, exercícios leves e moderados, andar vigorosamente, carregar peso, dançar; atividades domesticas. Intensa: caminhar com carga, trabalho manual pesado, exercícios intensos ou prolongados. Fórmula de bolso (Método simplificado): VET = Peso x kcal Condição clínica Kcal/kg/dia Perda de peso / Paciente crítico 20 a 25 Manutenção de peso / Trauma 25 a 30 Ganho de peso / Cirurgia eletiva 30 a 35 TCE (traumatismo crânio-encefálico) 35 a 40 Fonte: National Advisory Group on Standards and Practice Guidelines for Parenteral Nutrition, 1998. Hipocalóricos: - ADA, 1994: 22Kcal/Kg peso meta ou desejado - FAO/OMS, 1996: VET anamnese – 1.000 a 500 Kcal/dia (não inferior a 1.200 Kcal/dia ou igual ao GET calculado com o peso meta). - Carvalho in Cuppari, 2002: 10 a 19 Kcal/Kg de peso desejado. Abaixo de 10 Kcal/Kg de peso desejado, somente em períodos inferiores a 4 semanas (após tentativas menos restritivas). Normocalóricos: - 25 a 30 Kcal/Kg de peso atual. - FAO/OMS, 1998: GET com o peso atual. 45 Hipercalóricos: - 30 a 50 Kcal/Kg de peso atual. - FAO/OMS, 1998: GET com o peso atual. Observação: Segundo a ADA, 1994: - Fisicamente ativos: 31 a 35 Kcal/Kg de peso desejado é hipercalórico; - Moderadamente ativos: 26 a 31 Kcal/Kg de peso desejado é normocalórico; - Sedentários: 22 a 26 Kcal/Kg de peso desejado é hipocalórico. Conforme objetivo ou condição clínica Objetivo/ condição Kcal/kg/dia g ptn/kg/dia Perda de peso 1,2 20 a 25 Manutenção de peso 1,2 25 a 30 Ganho de peso 1,2 30 a 35 Cirurgia eletiva geral 1 32 Politrauma 1 40 Sepse 1 25 a 30 Câncer 2 - manutenção - repleção - hipermetabólicos e má-absorção 25 a 30 30 a 35 > 35 0,8 a 1,0 1 a 1,2 1,5 a 2,5 Renais em tratam. conservador 2 - depleção - manutenção - repleção 30 30 a 35 >35 TFG > 60 mL/min e DM descompensado: 0,8 TFG < 60 mL/min: 0,6 Renais em hemodiálise 2 - depleção - manutenção - repleção 20 a 30 30 a 35 35 a 50 1,2 1,2 a 1,4 Renais em diálise peritonial 2 - depleção - manutenção - repleção 20 a 25 25 a 35 35 a 50 1,3 1,3 a 1,5 Pancreatite grave 2,5 25 a 35 2 FI: 1,3 a 1,5 5 1,2 a 1,5 SIDA 2 - assintomáticos - sintomáticos 25 a 30 35 a 40 0,8 a 1,25 1,5 a 2,0 Hepatite aguda ou crônica 2 , Cirrose compensada ou não 2 , Colestase 2 30 a 40 1,0 a 1,5 46 Encefalopatia - grau 1 ou 2 - grau 3 ou 4 25 a 40 25 a 40 0,5 a 1,2 0,5 Transplante de fígado 2 - pré - pós 30 a 50 30 a 35 1,2 a 1,75 1,0 Desnutrição Infantil grave 3 - fase inicial - fase de reabilitação 80 a 100 150 a 220 1,0 a 1,5 4,0 a 5,0 Desnutrição grave 4 - 7 a 10 anos - 11 a 14 anos - 15 a 18 anos - 19 a 75 anos - acima 75 anos 75 60 50 40 35 Traumatismo cranioencefálico FI: 1,5 Queimados 2 - adultos - crianças FI: 2 a 2,5 FI: 2 a 2,5 2,0 a 3,0 1,5 Fonte: 1 Martins, 2000; 2 Cuppari, 2006; 3 Manual de atendimento a criança com desnutrição grave em nível hospitalar, MS/2005; 4 Manejo da desnutrição grave.OMS, 200; 5 Shills et al, 2003. Recomendação de proteína: Estimativa das Necessidades Protéicas para o Adulto Adulto Proteína (g/kg/dia) Normal e sem estresse 0,8 – 1,0 Cirurgia eletiva sem complicações 1,0 – 1,2 Estresse moderado 1,1 – 1,5 Estresse grave (sepse, trauma, respiração artificial) e repleção protéica. 1,5 – 2,0 Queimadura > 20% da superfície corporal ≥ 2,0 Fonte: Martins e Cardoso, 2000. Recomendação protéica baseada nas quilocalorias totais Condição Quilocalorias por Grama de nitrogênio Normal e sem estresse 200 – 300 : 1 Estresse moderado 150 : 1 Estresse severo 90 – 125 : 1 6,25g de proteína = 1g de nitrogênio. Fonte: Martins e Cardoso, 2000. Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes 47 Estágio de vida Carboidratos Proteínas Lipídios Crianças 0-6m 60g (AI) 9,1g (AI) 31g (AI) 7-12m 95g (AI) 13,5g (RDA) 30g (RDA) 1-3 anos 45-65% 5-20% 30-40% 4-18 anos 45-65% 10-30% 25-35% Adultos > 18 anos 45-65% 10-35% 20-35% (AMDRs – Acceptable Macronutrient Distribution Ranges) Necessidades Hídricas, em ml/ Kg/ dia Jovem: 40 Idoso ( 55 – 75 anos): 30 Adulto: 35 Idoso ( > 75 anos): 25 Fonte: Apostila Hospital das Clínicas de Goiás – HC / UFG, 2010. Exame Físico (Anexo) 48 IDOSO 49 5. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSO 5.1 – AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA Técnicas de aferição de medidas antropométricas (Anexo) ESTATURA Estimativa da altura pelo método indireto em pacientes acamados Estatura = [ 0,73 x (2 x medida da envergadura do braço) ] - Colocar o braço do paciente em ângulo reto (90°) - Medir com fita métrica a distância entre Chanfradura esternal e a ponta do dedo médio da mão, duplicando o resultado. (Fonte: OMS, 1999) Estimativa da altura através da altura do joelho (AJ) Masculino (2,02 x altura do joelho) – (0,04 x idade) + 64,19 Feminino (1,83 x altura do joelho) – (0,24 x idade) + 84,88 Fonte: Silveira & Silva,1994 PESO (kg) Peso Atual (peso aferido na consulta) Estimativa de peso (Chumlea, 1985) Homens (kg) = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Mulheres (kg) = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] Fonte: Chumlea, 1985. Onde: CP: Circunferência da Panturrilha; AJ: Altura do Joelho; CB: Circunferência do Braço; PCSE: Prega Cutânea Subescapular Peso Estimado Simplificado: Mulheres Negras: 60-80 anos: (AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22 Mulheres Brancas: 60-80 anos: (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 Homens Negros: 60-80 anos: (AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21 Homens Brancos: 60-80 anos: (AJ x 1,09) + (CB x 3,07) – 75,81 50 Fonte: Chumlea e cols., 1988. In: Waitzberg DL, Dias MCG. Guia Básico de Terapia Nutricional: Manual de Boas Práticas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. p. 44. IMC (Índice de Massa Corporal) IMC = PA(kg) Onde: PA=Peso atual e A = altura. A(m) 2 Pontos de corte para classificação do estado nutricional de idoso IMC (kg/m2) Classificação <22 Baixo Peso 22 - 27 Adequado ou Eutrofia >27 Sobrepeso Fonte: SISVAN, 2004 PREGAS CUTÂNEAS Prega Cutânea Tricipital (PCT) Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 PCT percentil 50 Padrões de referência para PCT de idosos de acordo com o NHANES III – 1988-1991. Idade (anos) Homens Mulheres Percentil Percentil 10º 50º 90º 10º 50º 90º 60 – 69 7,7 12,7 23,1 14,5 24,1 34,9 70 – 79 7,3 12,4 20,6 12,5 21,8 32,1 >80 6,6 11,2 18,0 9,3 18,1 28,9 Fonte: Kamimura et al, 2002 Fonte: Kamimura et al, 2002 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade PCT <70% 70 – 80% 81 – 90 91 – 110% 111 – 120% > 120% 51 Circunferências Circunferência do Braço (CB) Adequação da CB% = CB obtida x 100 CB percentil 50 Percentis de circunferência do braço (CB) para idosos de ambos os sexos de acordo com o NHANES I, elaborado por Frisancho, 1990. Idade (anos) Homens Mulheres Percentil Percentil 10º 50º 90º 10º 50º 90º 60 – 64,9 27,8 32,0 35,8 26,1 30,6 37,1 65,0 – 69,9 26,8 31,2 35,1 25,7 30,3 36,2 70,0 – 74,9 26,3 30,7 34,6 25,3 30,2 35,8 Fonte: Shills et al,2003 CLASSIFICAÇÃO Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade CB <70% 70 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% Fonte: Kamimura et al, 2002 Circunferência Muscular do Braço (CMB) CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314) Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 CMB percentil 50 Percentis da circunferência muscular do braço (CMB) para idosos de ambos os sexos de acordo com o NHANES III – EUA, 1988 - 1991. Idade (anos) Homens Mulheres Percentil Percentil 10º 50º 90º 10º 50º 90º 60 – 69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4 70 – 79 24,4 27,2 30,5 20,3 23,0 27,0 >80 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26,0 Fonte: Kamimura et al, 2002 52 Classificação Desnutrição Intensa Desnutrição Moderada Desnutrição leve Eutrofia CMB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% Fonte: Kamimura et al, 2002 Circunferência da Cintura (CC) Relação Cintura Quadril (RCQ) RCQ = Circunferência da cintura Circunferência do quadril Distribuição de Gordura Corporal Sexo Obesidade abdominal (andróide) Obesidade de glúteos (ginóide) Homens >0,9 <0,9 Mulheres >0,8 <0,8 Fonte: Bray, 1989 Circunferência Abdominal (CA) Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade Elevado Muito Elevado Homem >= 94cm >= 102 Mulher >= 80 cm >= 88 Fonte: OMS, 1998 Circunferência da Panturrilha (CP) Este parâmetro indica alterações da massa magra que ocorrem com a idade e com o decréscimo na atividade física. É recomendado na avaliação nutricional de pacientes acamados e idosos. Valor encontrado Classificação > 31 Normal < 31 Depletado Fonte: Yamatto TH, 2007. 53 5.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS Estimativa de gasto energético Equação de Harris e Benedict: Gasto Energético de Repouso (GER) Homens GER = 66 + (13,7 x P) + (5 x E) – (6,8 x I) Mulheres GER = 655 + (9,6 x P) + (1,7 x E) – (4,7 x I) E: estatura (cm); I: idade (anos) Gasto Energético Total (GET) GET (kcal/dia) = TMB x FA x FI x FT Fatores de Atividade (FA) Fatores Térmicos (FT) Acamado no ventilador 1,1 38º C 1,1 Acamado 1,2 39º C 1,2 Acamado + Móvel 1,25 40º C 1,3 Deambulante 1,3 41º C 1,4 Fonte: Martins, 2000 FATOR INJÚRIA (FI) AIDS / Câncer 1,1 a 1,45 Cirurgia eletiva 1,0 a 1,2 Desnutrição grave 1,5 Desnutrição não complicada 0,8 a 1,0 Diabetes mellitus (DM) 1,1 Doença cardiopulmonar com cirurgia 1,3 a 1,55 Doença cardiopulmonar com sepse 1,25 Doença cardiopulmonar sem sepse 0,9 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 1,2 Doença Renal Crônica (DRC) com ou sem diálise 1,35 Falência de 1 ou 2 órgãos 1,4 a 1,5 Fraturas múltiplas 1,2 a 1,35 Infecção grave 1,3 a 1,35 Infecções 1,1 a 1,25 Insuficiência cardíaca 1,3 a 1,5 (sem FA) Insuficiência hepática 1,3 a 1,55 Insuficiência Renal Aguda (IRA) 1,3 Jejum / paciente não complicado 0,85 a 1,0 Multitrauma com sepse 1,6 Multitrauma reabilitação 1,5 Neurológico / coma 1,15 a 1,2 O grande 1,10 a 1,25 54 Pancreatite 1,3 a 1,8 Pequena cirurgia 1,2 Pequeno trauma de tecido 1,14 a 1,37 Peritonite 1,2 a 1,5 Pós-operatório (PO) câncer 1,1 a 1,4 Pós-operatório (PO) cirurgia cardíaca 1,2 a 1,5 Pós-operatório (PO) cirurgia eletiva 1,0 a 1,1 Pós-operatório (PO) geral 1,0 a 1,5 Pós-operatório (PO) leve 1,00 a 1,05 Pós-operatório (PO) médio 1,05 a 1,10 Pós-operatório (PO) torácico 1,2 a 1,5 Queimaduras até 20% 20 a 50% 50 a 70% 70 a 90% 100% 1,0 a 1,5 1,7 1,8 2,0 2,1 Retocolite / Crohn 1,3 Sepse 1,4 a 1,8 Síndrome da angústia respiratória 1,35 Síndrome do Intestino Curto (SIC) 1,45 Transplante de Medula Óssea (TMO) 1,2 a 1,3 Transplante hepático 1,2 a 1,5 Trauma com sepse 1,60 Trauma Crânio Encefálico (TCE) 1,4 Trauma de tecidos moles 1,14 a 1,37 Trauma esquelético 1,35 Fonte: JESUS, 2002; AUGUSTO et al., 1995. * Adaptado de SILBERMAN; ELISENBERG; GUERRA, 2002. Estimativa do Gasto Energético pela FAO/OMS (2004): Taxa Metabótica Basal (TMB) > 60 anos Masculino Feminino 11,711 x P + 587,7 9,082 x P + 658,5 Fonte: FAO, 2004 Gasto Energético Total (GET) GET (kcal/dia) = TMB x Fator de Atividade Fonte: Cuppari e Schor, 2002 Exame Físico (Anexo) 55 ANEXOS 56 Equipamentos Antropométricos 57 Técnicas de aferição de medidas antropométricas 1) PESO: O peso é a soma de todos os componentes corporais (água, gordura, ossos, músculos) e reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo. Técnica de medição de peso (LOHMAN et al., 1988): instalar a balança em superfície plana, firme e lisa e afastada da parede. Em caso de balança eletrônica, deve-se ligar a balança antes de o avaliado ser colocado sobre ela. Colocar o avaliado no centro do equipamento, com o mínimo de roupa possível, descalço, ereto, pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nesta posição. Realizar a leitura após o valor do peso estar fixado no visor. Registrar o valor mostrado no visor, imediatamente, sem arredondamentos (ex: 75,2 kg) Aferição do peso de crianças menores de 2 anos em balança pediátrica mecânica 58 Aferição do peso de crianças menores de 2 anos em balança pediátrica eletrônica Aferição do peso de crianças maiores de 2 anos e adultos em balança mecânica de plataforma 59 2) ALTURA: São medidas que expressam o processo de crescimento linear do corpo humano. Estatura: é a medição em pé de crianças maiores de dois anos até a idade adulta. Utiliza-se o estadiômetro. Comprimento: é a medição em decúbito dorsal (deitado, de ventre para cima), utilizado para crianças até dois anos de idade (mesmo que esta já fique em pé). Utiliza-se o infantômetro. Técnica de medição de altura: A pessoa deve estar sem calçados, com roupas leves, sem adornos na cabeça e nos bolsos. A pessoa deverá ser colocada ereta, e, sempre que possível, calcanhares, panturillha, escápulas e ombros encostados na parede ou portal, joelhos esticados, pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo. A cabeça deverá estar erguida (fazendo um ângulo de 90º com o solo), com os olhos mirando um plano horizontal à frente, de acordo com o plano de Frankfurt. Peça à pessoa que inspire profundamente e prenda a respiração por alguns segundos. Neste momento, desça o esquadro até que este encoste a cabeça da pessoa, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Realizar a leitura da estatura sem soltar o esquadro. Registre o valor encontrado, imediatamente, sem arrendondamentos. (ex: 1,734m). 2.1 Altura do joelho: O indivíduo deve estar em posição supina ou sentado o mais próximo possível da extremidade da cadeira, com o joelho esquerdo flexionado em ângulo de 90°. Medir o comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna (cabeça da fíbula) na altura do joelho. 60 2.2 Extensão dos braços (envergadura): Medida pela distância entre as pontas dos dedos médios quando os braços estiverem abertos no nível dos ombros. A medida corresponde à estimativa de estatura do indivíduo. 2.3 Meia envergadura ou Semi- envergadura: Corresponde à distância entre o esterno e a falange distal do dedo médio esquerdo, passando uma fita métrica flexível e inelástica paralelamente à clavícula. (Altura = semi-engergadura x 2) 2.4 Estatura Recumbente: O indivíduo deve estar em posição supina e com leito horizontal completo. Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo com auxílio de um triângulo. Medir a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica flexível. 61 3. CIRCUNFERÊNCIAS: 3.1 Circunferência do braço: Flexionar o braço a ser avaliado formando um ângulo de 90 graus. Localizar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano. Solicitar ao indivíduo que fique com o braço estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. Contornar o braço com fita flexível no ponto marcado de forma ajustada evitando compressão da pele ou folga. 3.2 Circunferência da cintura: Ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela. Leitura deve ser feita no momento da expiração. 3.3 Circunferência do abdômen: O indivíduo deve estar ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo e pernas fechadas. A medida deverá ser feita no plano horizontal. Posicione-se de frente para a pessoa. Posicione a fita na maior extensão do abdome num plano horizontal. Aperte o botão central da fita e passe a fita na parte posterior do avaliado, seguindo a extensão a ser medida, sem comprimir a pele, com a extremidade zero abaixo do valor a ser registrado. A medida é feita no momento de expiração normal. 3.4 Circunferência do quadril: Região de maior perímetro entre a cintura e a coxa (maior proeminência da região glútea). 62 3.5 Circunferência da panturrilha: A antropometrista posiciona-se lateralmente ao avaliado. O avaliado coloca-se em pé, com os pés afastados 20 cm um do outro, de forma que o peso fique distribuído igualmente em ambos pés. Uma fita inelástica é colocada ao redor da panturrilha (circunferência máxima no plano perpendicular à linha longitudinal da panturrilha) e deve-se mover a fita para cima e para baixo a fim de localizar esta máxima circunferência. A fita métrica deve passar em toda a extensão da panturrilha, sem fazer compressão. 4. PREGAS CUTÂNEAS ou DOBRAS CUTÂNEAS Identificar e marcar o local a ser medido. Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado. Pinçar a prega com o calibrador, exatamente no local marcado. Manter a prega entre os dedos até o término da aferição. A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo em cerca de 2 a 3 segundos. Utilizar a média de 3 medidas. 4.1 Tricipital (PCT): A dobra cutânea tricipital é medida no mesmo ponto médio localizado para a medida da circunferência do braço. O indivíduo deve estar em pé, com os braços estendidos confortavelmente ao longo do corpo. O adipômetro deve ser segurado com a mão direita. O examinador posiciona-se atrás do indivíduo. A dobra cutânea tricipital é tracionada com o dedo polegar e indicador, aproximadamente 1 cm do nível marcado e as extremidades do adipômetro são fixadas no nível marcado. 4.2 Bicipital (PCB): Com a palma da mão voltada para fora, marcar o local da medida 1 cm acima do local marcado para a prega tricipital. Segurar a prega verticalmente e aplicar o calibrador no local marcado. 63 4.3 Subescapular (PCSE): O local a ser medido é justamente no ângulo inferior da escápula. Para localizar o ponto, o examinador deve apalpar a escápula, percorrendo seus dedos inferior e lateralmente, ao longo da borda vertebral até o ângulo inferior ser identificado. Em alguns avaliados, especialmente em obesos, gentilmente peça que coloque os braços para trás, afim de que seja identificado mais facilmente o ponto. O sujeito permanece confortavelmente ereto, com as extremidades superiores relaxadas ao longo do corpo. A dobra cutânea é destacada na diagonal, inclinada ínfero- lateralmente aproximadamente num ângulo de 45º com o plano horizontal. 4.4 Suprailíaca (PCSI): É medida na linha axilar média imediatamente superior à crista ilíaca. O indivíduo posiciona-se em posição ereta e com as pernas fechadas. Os braços podem estar estendidos ao longo do corpo ou podem estar abduzidos levemente para melhorar o acesso ao local. Em indivíduos impossibilitados a ficarem em pé, a medida pode ser feita com o indivíduo em posição supina. Alinha-se inferomedialmente num ângulo de 45º com o plano horizontal. 64 Curvas de crescimento da OMS 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 Exemplo de introdução da alimentação complementar Folder “Alimentação saudável para menores de dois anos”. Núcleo de Saúde da Criança. Secretaria de Saúde do Distrito Federal Exame Físico REGIÃO MANIFESTAÇÃO POSSÍVEL SIGNIFICADO 88 Abdome Escavado Perda da reserva calórica Abdome “Umbigo em chapéu” Privação calórica, sem perda ponderal significativa Boca Baixa produção de saliva, Baixa umidade na parte inferior da língua Desidratação Bola gordurosa de Bichart Depletada. Associa-se com a atrofia temporal, formando o sinal de “asa quebrada”. Perda proteico-calórica prolongada Fáceis agudo Paciente cansado, não consegue ficar com olhos abertos por muito tempo Desnutrição aguda Fáceis crônico Aparência de tristeza, depressão Desnutrição crônica Fúrcula esternal (pescoço) Perdas musculares Depleção crônica Membros inferiores Atrofia da musculatura das coxas (fossa de quadríceps) Perda de força muscular Membros inferiores Atrofia da musculatura das panturrilhas Desnutrição proteico-calórica Membros superiores Atrofia da musculatura bi e tricipital Depleção crônica Membros superiores Atrofia das musculaturas de pinçamento Depleção crônica Musculatura paravertebral Atrofia. Redução da força de sustentação corporal Depleção crônica Olhos Brilho reduzido, tendem a ficar encovados Desidratação Pele Turgor e elasticidades reduzidos Desidratação Pele e mucosas Amareladas Icterícia Pele em regiões palmoplantares e mucosas, principalmente conjuntival e labial Palidez Anemia Regiões supra e infraclaviculares (pescoço) Perdas musculares Depleção crônica Têmporas Atrofia bitemporal Ingestão insuficiente, imunoincompetência Fonte: Duarte & Borges, 2007. No “fácies agudo”: - O paciente mostra ar de cansaço e observa-se atrofia temporal bilateral, que significa o pouco uso da mastigação por 3 a 4 semanas e conseqüente ingesta de dieta hipocalórica. No “fácies crônico”: - O paciente apresenta-se deprimido, com o humor comprometido, podendo ocorrer o consumo da bola gordurosa de Bichart. 89 - Exame do paciente em perfil mostra esta atrofia da musculatura temporal bilateral, descrita como “asa quebrada”. O exame da pele: - Fornece informações importantes. Devemos observar a cor, pigmentação, edema, lesões, temperatura e turgor. A anemia: - No exame de coloração da pele, a palidez cutânea e das mucosas conjutivas e labial sugerem presença de anemia, que pode ser primária (doenças hermatológicas) ou secundária (deficiência alimentar, hemorragia ou patologias diversas). Icterícia: - Impregnação de pigmento da pele e mucosa, produzindo uma coloração amarelada. - Deve ser pesquisada em ambiente com luz natural. Pode implicar na absorção das vitaminas A, D, E, K. Edema: - Indicativo de desnutrição (perda de proteína) - Hipoalbuminemia (< 2,5 g/d) - Ocorre com mais freqüência nos membros inferiores, sendo evidente no tornozelo. - Pressão suave e continua na face anterior da perna produz depressão tecidual (cacifo ou sinal de Godet) - Decúbito: Região lombo-sacra (maior de Godet) - Pacientes críticos com má distribuição hídrica: região subconjuntival. - Limitações: nefro e hepatopatias, queimaduras, eclâmpsia, estresse, hiperhidratação, câncer, gestação e idosos. Turgor: - O turgor mostra a elasticidade da pele, indicando a sua hidratação. - Examina-se o turgor piçando a pele com o polegar e o indicador: a prega se desfaz rapidamente. Na desidratação, se desfaz lentamente. - Sinais e sintomas dependendo do quadro: Sede, astenia, apatia, sonolência e agitação psicomotora. Lesões: - As feridas e a má cicatrização podem indicar um estado nutricional deficiente. As unhas: - Em condições normais: superfície plana, discretamente arredondada, com bordas lisas e regulares. - Unhas côncavas podem indicar deficiência de vitamina. A língua: (Em relação a cor, fissuras, cortes, umidade, textura e simetria) - Anormalidade de simetria pode significar problema com o 12º nervo craniano, o hipoglosso, podendo comprometer a mastigação. - A língua deve ser rósea, úmida, sem fissuras e ligeiramente áspera. - Glossite: Apresenta-se vermelha e dolorida. 90 Língua Magenta: - Pode significar distúrbio nutricional. - Aspecto saburroso ou branco significa falta de mastigação. Febre: - A temperatura axilar normal varia de 35,5º a 37ºc. - As causas mais comuns de hipertermia são infecções e metabolismo aumentado podendo desidratar e diminuir a ingestão de alimentos, levando a desnutrição. Verificação das massas musculares do pescoço, tórax, dorso e membros superiores. Verificação de massa muscular: imunidade. Pescoço/ombros: -Regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal. -Atrofia indica perda crônica, havendo uma redução da capacidade de formar anticorpos. Tórax: -Retração intercostal: diminui a força respiratória. -Atrofia do músculo paravertebral: diminui a força da sustentação corporal. -Decúbito dorsal: complicações infecciosas. Cifose: - Atrofia da musculatura diminui a capacidade de expansão ventilatória. -Diminui a mobilização de bases pulmonares (pneumonia). Oco Axilar: -Dificuldade de medir temperatura. Massa Muscular do Membro Superior: -Musculatura bicipital e tricipital e de pinçamento. -Menor forma de apreensão: baixa ingestão alimentar. Exame do abdome: escavado ou plano, distendido Abdome escavado: -Privação alimentar longa. -Perda de toda a reserva calórica. -Limitação: ascite (liquido na região Peritoneal). Umbigo em Chapéu: -Perda de gordura na região superior do abdome. -Perda do tônus do ânulo superior do umbigo. -Indicativo de baixa reserva adiposa (obesos). -Encontrado em indivíduos saudáveis que sofreram perda de peso. -Limitações: Alteração constitucional. 91 Umbigo em cálice: -Ânulo inferior – intervenção cirúrgica Exame da musculatura da massa inferior da coxa – porção interna (vale). -Diminui força para decúbito antigravitacional – decúbito dorsal – infecções, regurgitações, broncoaspirações. -Músculo da panturrilha: depleção mais precoce – Dificuldade para deambular. (Waitzberg, 2000; Duarte & Castellani, 2002) Alterações do Exame Físico Decorrentes de Desnutrição e carências Específicas de Nutrientes Cabelo Perda do brilho natural; seco e feio Kwashiorkor e, menos Fino e esparso comum, marasmo Sedoso e quebradiço; fino Despigmentado Sinal da bandeira Fácil de arrancar (sem dor) Face Seborréia nasolabial (pele estratificada em volta Riboflavina das narinas) Face edemaciada (face em lua cheia) Ferro Palidez Kwashiorkor Olhos Conjuntiva pálida Membranas, vermelhas Manchas de bitot Xerose conjuntival (secura) Xerose córnea (falta de vida) Anemia (ferro vitamina A) Queratomalacia (córnea adelgaçada) Vermelhidão e fissura rios epicantos Riboflavina, piridoxina Arco córneo (anel branco ao redor do olho) Hiperlipidemia Xantelasma (pequenas bolsas amareladas ao redor dos olhos) Lábios Estomatite angular (lesões róseas ou brancas Riboflavina nos cantos da boca) Escaras do ângulo Queilose (avermelhamento ou edema dos lábios e boca) Língua Língua escarlate e inflamada Ácido Nicotínico Língua magenta (púrpura) Riboflavina Língua edematosa Niacina Papila filiforme, atrofia e hipertrofia Ácido fólico Vitamina B12 Dentes Esmalte manchado Flúor Cáries Açúcar em excesso Dentes faltando Gengivas Esponjosas; sangrando Vitamina C Gengiva vazante 92 Glândulas Aumento da tireóide Iodo Aumento da paratireóide Inanição Pele Xerose Hiperqueratose folicular (pele em papel de areia) Vitamina A Petéquias (pequenas hemorragias na pele) Vitamina C Dermatose pelagra (pigmentação edematosa avermelhada nas áreas de exposição ao sol) Ácido nicotínico Equimoses em excesso Vitamina K Dermatose cosmética descamativa Kwashiorkor Dermatose vulvar e escrotal Riboflavina Xantomas (depósito de gordura sob a pele e ao redor das articulações) Hiperlipidemia Unhas Quebradiças; rugosas Ferro Coiloníquia (forma de colher) Tecido Edema Kwashiorkor Subcutâneo Gordura abaixo do normal Inanição; marasmo Gordura acima do normal Obesidade Fonte: Waitzberg, 2000 Exame físico do estado nutricional da Avaliação Subjetiva Global Gordura subcutânea Dicas Desnutrição Grave Desnutrição Leve/Moderada Bem nutrido Abaixo dos olhos Círculos escuros, depressão, pele solta flácida, “olhos fundos” Depósito de gordura visível Região do tríceps e bíceps Cuidado para não prender o músculo ao pinçar o local; movimentar a pele entre os dedos Pouco espaço de gordura entre os dedos ou os dedos praticamente se tocam Tecido adiposo abundante Massa Muscular Dicas Desnutrição Grave Desnutrição Leve/Moderada Bem nutrido Têmporas Observar de frente, olhar os dois lados Depressão Depressão leve Músculo bem definido Clavícula Observar se o osso está proeminente Osso protuberante Osso levemente proeminente Em homens não está visível; em mulheres pode estar visível, mas não prominente Ombros O paciente deve posicionar os braços ao lado do corpo; procurar por ossos proeminentes Ombro em forma quadrada (formando um ângulo reto), com ossos proeminentes Acrômio levemente protuberante Formato arredondado na curva na junção do ombro com o pescoço e do ombro com o braço Escápula Procurar por ossos proeminentes; o paciente deve estar com o braço esticado para a frente e a mão encostada numa Ossos proeminentes, visíveis; depressão entre a escápula, as costelas, ombro e coluna vertebral Depressões leves ou ossos levemente proeminentes Ossos não proeminentes, sem depressões significantes 93 superfície sólida Músculo interósseo Observar no dorso da mão o músculo entre o polegar e o indicador quando esses dedos estão unidos Área entre o dedo indicador e o polegar achatada ou com depressão Com pequena depressão ou levemente achatada Músculo proeminente, pode estar levemente achatado (sobretudo nas mulheres) Joelho (a parte inferior do corpo é menos sensível às alterações nutricionais) O paciente deve estar sentado com os pés apoiados em uma superfície sólida Ossos proeminentes Músculos proeminentes, ossos não protuberantes Quadríceps Pinçar e sentir o volume do músculo Parte interna da coxa com depressão Parte interna da coza com leve depressão Sem depressão Edema/Ascite Dicas Desnutrição Grave Desnutrição Leve/Moderada Bem nutrido Tentar identificar a existência de outras causas não relacionadas a desnutrição Pacientes com mobilidade observar o tornozelo; naqueles com atividade muito leve observar o sacro Edema aparente significante Edema leve a moderado Sem sinais de retenção de líquidos (CUPPARI, 2002) 94 Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes (AMDRs – Acceptable Macronutrient Distribution Ranges) Estágio de vida Carboidratos Proteínas Lipídios Crianças 0-6 meses 60g (AI) 9,1g (AI) 31g (AI) 7-12 meses 95g (AI) 13,5g (RDA) 30g (RDA) 1-3 anos 45-65% 5-20% 30-40% 4-18 anos 45-65% 10-30% 25-35% Adultos > 18 anos 45-65% 10-35% 20-35% Fonte: Institute of Medicine – Dietary Reference Intake, 2002. Necessidades Hídricas, em ml/ Kg/ dia Jovem = 40 ml/ Kg/ dia Idoso (
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