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Apostila Avaliação Nutricional UNIP 2016

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1 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO 
ESTADO 
NUTRICIONAL
2 
 
 
 
 
GESTANTES 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE GESTANTES 
 
 GESTAÇÃO – período que vai da concepção até o parto com duração 
de = 37 a 42 semanas no qual ocorre o desenvolvimento fetal. 
 1º trimestre  até 13 semanas de gestação 
 2º trimestre  entre 14 e 27 semanas 
 3º trimestre  mais de 28 semanas (MS, 2000). 
 
 Idade Gestacional (IG) 
 
 Para efeito de cálculo, usa-se a duração média da gestação = 40 
semanas ou 280 dias; 
 Conta-se o tempo de amenorréia (ausência de menstruação) a partir da 
Data da Última Menstruação (DUM); 
 DUM: refere-se ao primeiro dia em que ocorreu a menstruação, com 
fluxo expressivo (habitual): 
 
- DUM conhecida: dias transcorridos / 7; 
 
- DUM provável: aproximação - 5 – início do mês 
 15 – meio do mês 
 25 – final do mês 
 
- DUM desconhecida: basear-se no exame físico (palpação abdominal 
do útero, altura uterina)  médico ou enfermeiro. 
 
 Data Provável do Parto (DPP): 
- Regra de Nagele – DPP = DUM + 7 dias + 9 meses 
 
 
 
 
 
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1.1 – AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
 Técnicas de aferição de medidas antropométricas (Anexo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estatura: deverá ser aferida usando-se um estadiômetro fixado em 
superfície plana e apoiado em parede sem rodapé. A gestante deverá estar 
descalça e em posição ortostática (em pé, com os calcanhares unidos e em 
apnéia respiratória), com os olhos no Plano Frank Fort (olhando para o 
horizonte), com as costas, a parte posterior dos joelhos e calcanhares 
encostados na parede. A avaliada não deverá utilizar nenhum adereço na 
cabeça. 
 
 Peso pré-gestacional: peso usual antes de engravidar ou peso verificado 
até o 1º trimestre de gestação. 
 
 Peso atual: a gestante deverá subir na balança e colocar-se de frente para 
o avaliador. A avaliada deverá estar sem boné, chapéu, casaco, jaqueta, 
chaves, carteira, sapatos ou outros adereços. 
 
 Gestação Gemelar 
Recomendação de ganho de peso durante toda gestação: 18 a 20,5 kg 
Recomendação de ganho de peso após 20ª semana gestacional: 
 IMC pré-gestacional de BP: 790g/semana 
 IMC pré-gestacional de EU: 680g/semana 
Fonte: Accioly, Saunders e Lacerda, 2005. 
 
5 
 
 Gestação adolescente 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SISVAN, 2004. 
 
 Obs: Rosso superestima a desnutrição na gestação em 50% 
Fonte: Coelho KS, Souza AI, Batista Filho M. Avaliação antropométrica do estado nutricional da 
gestante: visão retrospectiva e prospectiva. Rev. Bras. Saúde Materno Infantil, 2 (1): 57-61, jan 
– abr, 2002. 
 
 
 Índice de Massa Corporal (IMC) – pré-gestacional 
 
 
 
 
Fonte: OMS, 1995. 
 
Fonte: SISVAN, 2004 
 
IMC pré-
gestacional 
Classificação Ganho de peso total 
Ganho de peso 
semanal 
< 19,8 Baixo Peso 12,5 a 18 500g 
19,8 a 26 Eutrofia 11,5 a 16 400g 
26,1 a 29 Sobrepeso 7,0 a 11,5 300g 
> 29 Obesidade 
< 7,0 (adulta) 
7,0 a 9,0 (adolescente) 
200g 
Estado 
Nutricional 
Inicial (IMC) 
Ganho de 
Peso (kg) no 
1º trimestre 
Ganho de peso (kg) 
semanal médio no 2º 
e 3º trimestres 
Ganho de peso total 
na gestação 
Baixo Peso (BP) 2,3 0,5 12,5 a 18 
Adequado (A) 1,6 0,4 11,5 a 16 
Sobrepeso (S) 0,9 0,3 7,0 a 11,5 
Obesidade (O) - 0,3 
< 7,0 (adulta) 
7,0 a 9,0 (adolescente) 
IMC (kg/m2) = peso atual (kg) 
 Altura (m)2 
 
6 
 
 
 
 
7 
 
TABELA SISVAN 2004 
 
 
 
 
 
8 
 
 Circunferência do Braço (CB) e Prega Cutânea Tricipital (PCT) 
- Na gestação essas medidas são úteis para avaliar as modificações que 
ocorrem durante o período gestacional. Isto é, são indicadas como parâmetro 
de comparação entre as medidas tomadas anteriormente para identificar 
modificações na condição nutricional; 
- Considera-se que a circunferência do braço aumenta do início até o final da 
gestação, mas que é possível encontrar diminuição da medida da prega 
cutânea tricipital como padrão nutricional adequado da evolução gestacional, já 
que há transferência de reservas energéticas entre os segmentos corporais 
durante esse período fisiológico. 
- O resultado pode ser comparado com padrões de referência para mulheres 
ou mesmo entre os valores iniciais e finais. 
 Fonte: Vitolo, 2003 
 
 
 Prega Cutânea Tricipital (PCT) 
 
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 
 PCT percentil 50 
 
Padrões para a Prega Cutânea do Tríceps. 
Idade 5 10 25 50 75 90 95 
18-18,9 10 12 15 18 22 26 30 
19-24,9 10 11 14 18 24 -30 34 
25-34,9 10 12 16 21 27 34 37 
35-44,9 12 14 18 23 29 35 38 
45-54,9 12 16 20 25 30 36 40 
55-64,9 12 16 20 25 31 36 38 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
PCT 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
Fonte: ASPEN, 1993 
 
 
 
9 
 
 Circunferência do Braço (CB) 
 
Adequação da CB% = CB obtida x 100 
 CB percentil 50 
 
Padrões para a Circunferência do Braço 
Idade 
5 10 25 50 75 90 95 
18.18,9 22,2 22,7 24,1 25,8 28,1 31,2 32,5 
19-24,9 22,1 23,0 24,7 26,5 29,0 31,9 34,5 
25-34,9 23,3 24,0 25,6 27,7 30,4 34,2 36,8 
35-44,9 24,1 25,1 26,7 29,0 31,7 35,6 37,8 
45-54,9 24,2 25,6 27,4 29,9 32,8 36,2 38,4 
55.64,9 24,3 25,7 28,0 30,3 33,5 36,7 38,5 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
CB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
Fonte: ASPEN, 1993 
 
 Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314 
 
 
Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 
 CMB percentil 50 
 
Padrões para a Circunferência Muscular do Braço. 
Idade 5 10 25 50 75 90 95 
I8-18,9 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23.,7 24,5 
19-24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9 
25-34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4 
35-44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2 
45-54,9 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 27,4 
55-64,9 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição leve Eutrofia 
CMB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% 
Fonte: ASPEN, 1993 
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1.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
 
 Cálculo do Gasto Energético Basal (GEB) ou Taxa de Metabolismo 
Basal (TMB): 
 
Cálculo do GEB ou TMB segundo idade materna 
Idade (anos) GEB (kcal/dia) 
10 - 18 (12,2 x P) + 746 
18 – 30 (14,7 x P) + 496 
30 - 60 (8,7 x P) + 829 
Fonte: FAO/OMS, 1985. Sendo: peso em kg, considerar o peso pré-gestacional. 
 
Fator Atividade (FA) 
 Leve Moderada Intensa 
18 – 65 anos 1,55 1,65 1,8 
Fonte: FAO/OMS, 1985. 
 
 
 Cálculo do Gasto Energético Total (GET) 
 
GET = TMB pré-gestacional x FA + 300 kcal (a partir do 2º trimestre) 
 
 FAO/OMS, 1985 
+ 300 Kcal durante a gestação 
+ 1,2 g (1º trimestre); + 6,2 g (2º trimestre); + 10,7 g (3º trimestre) 
+ 500 kcal durante a amamentação 
 
 
 
 Método de cálculo do VET 
 
 FAO/OMS, 1989: 
Estado Nutricional Pré-Gestacional VET 
Baixo Peso PI* X 30 a 35kcal 
Eutrófica PI* ou PA X 25 a 30kcal 
Sobrepeso/obesidade PA X 25 a 30kcal 
*PI para a semana gestacional (verificar na curva de IMC para gestante) 
11 
 
 DRI, 2002: 
- Gestação: 
EER (kcal/dia) = EER + mudança no GE 24h durante a gestação + 
armazenamento de energia 
1º trimestre: EER para mulheres + 0 
2º trimestre: EER para mulheres + 160 + 180 
3º trimestre: EER para mulheres + 272 + 180 
OBS: mudança no GE 24h durante a gestação é de 8 kcal/ semana, sendo no 
2º trimestre 8 kcal x 20 semanas e no 3º trimestre 8 kcal x 34 semanas 
 
- Lactação: 
EER (kcal/dia) = EER + consumo de energia para produção de leite – 
mobilização de energia 
1º trimestre: EER para mulheres + 500 - 170 
2º semestre: EER
para mulheres + 400 - 0 
OBS: no 1º semestre a lactante costuma perder cerca de 180g/mês. 
 
 
 ADA, 1994: 
1º trimestre: 
 26 a 35 Kcal/Kg de peso ideal pré-gestacional + 300 Kcal 
 OU 
 26 a 35 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional 
2º trimestre: 
 29 a 37 Kcal/Kg de peso ideal pré-gestacional + 300 Kcal 
 OU 
 29 a 37 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional 
 
 
 Manual de nutrição durante a gestação UnB, 2000: 
Gestantes obesas e/ou com complicações: 30 Kcal/Kg de peso ideal para a 
idade gestacional. 
12 
 
Gestantes eutróficas e baixo peso: 36 Kcal/Kg de peso ideal para a idade 
gestacional. 
Gestantes adolescentes: 38 Kcal/Kg de peso ideal para a idade gestacional. 
 
 
 
 Recomendações de Proteínas para gestantes 
- Adultas – 0,75 a 1g/kg de peso + 6g 
- Adolescentes até 15 anos – 1,7g/kg de peso 
- Adolescentes com mais 15 anos – 1,5g/kg de peso 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
CRIANÇA 
 
 
 
 
 
14 
 
 
2. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS 
De 0 a 9 anos e 11 meses 
 
 
CONDIÇÕES DO NASCIMENTO 
 
 Tamanho para a idade gestacional: 
PIG: < percentil 10 
AIG: entre percentis 10 e 90 
GIG: > percentil 90 
 
 Peso ao nascer 
Peso adequado: ≥ 2500 g 
Baixo peso ao nascer: < 2500 g 
Muito baixo peso: < 1500 g 
 Fonte: SISVAN, 2004. 
 
 Comprimento ao nascer  48 a 50 cm 
 
 Ganho de peso 
≤ 6 meses: 20 g/dia 
> 6 meses: 15 a 20 g/dia 
 
 
2.1 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
- Peso Atual(kg) 
- Comprimento (cm): para crianças até 2 anos 
- Estatura (m): para crianças acima de 2 anos 
- IMC/I (kg/m²) - P/I - P/E - E/I: para crianças de 0 a 5 anos (Usar os gráficos 
das curvas de crescimento da OMS, 2006). 
- IMC/I (kg/m²) - P/I - E/I: para crianças acima de 5 anos (Usar os gráficos 
das curvas de crescimento da OMS, 2007). 
 
15 
 
 Curvas de crescimento da OMS (Anexo) 
 
 Técnicas de avaliação antropométrica (Anexo) 
 
 
 Estatura estimada 
Meninos: E = 40,54 + (2,22 x AJ) 
Meninas: E = 43,21 + (2,15 x AJ) 
Fonte: Chumlea, 1994. 
 
Crianças de 2 a 12 anos: (OBS: estudo com crianças com paralisia cerebral) 
2,69 x AJ + 24,2 
Fonte: Stevenson, 1995. 
 
Crianças e adolescentes com limitações físicas: 
Medida de segmento Estimativa de estatura Desvio-padrão 
CSB (4,35 x CSB) + 21,8 ± 1,7 
CT (3,26 x CT) + 30,8 ± 1,4 
CJ (2,69 x CJ) + 24,2 ± 1,1 
Fonte: Stevenson, 1995. 
 
- CSB (comprimento superior do braço): distância do acrômio até a cabeça do 
rádio medido com o membro superior fletido a 90⁰; 
- CT (comprimento da tíbia): medida da borda súpero-medial da tíbia até a 
borda do maléolo medial inferior; 
- CJ (comprimento do joelho): comprimento do joelho ao tornozelo 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
* Observação: Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do 
excesso de peso entre crianças. Avalie esta situação pela interpretação dos índices de 
Peso/Estatura ou IMC/Idade. 
 
 
 
 
 
Estatura por Idade – E/I (0 a 5 anos) 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade 
> Percentil 0,1 e < 
Percentil 3 
> Escore-z -3 e < 
Escore-z -2 
Baixa estatura para a idade 
 
> Percentil 3 > Escore-z -2 Estatura Adequada para a idade 
Peso por Idade – P/I (0 a 5 anos) 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade 
> Percentil 0,1 e 
 Percentil 3 
> Escore-z -3 e 
< Escore-z -2 
Baixo peso para a idade 
> Percentil 3 e 
< Percentil 97 
> Escore-z -2 e 
< Escore-z +2 
Peso adequado para a idade 
> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade* 
Peso por Estatura – P/E (0 a 5 anos) 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada 
> Percentil 0,1 e 
< Percentil 3 
> Escore-z -3 e 
< Escore-z -2 
Magreza 
> Percentil 3 e 
< Percentil 85 
> Escore-z -2 e 
< Escore-z +1 
Eutrofia 
> Percentil 85 e 
< Percentil 97 
> Escore-z +1 e 
< Escore-z +2 
Risco de sobrepeso 
> Percentil 97 e 
< Percentil 99,9 
> Escore-z +2 e 
< Escore-z +3 
Sobrepeso 
> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade 
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 * Observação: Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do 
 excesso de peso entre crianças. Avalie esta situação pela interpretação do IMC/Idade. 
 
 
IMC por Idade – IMC/I (0 a 5 anos) 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada 
> Percentil 0,1 e 
< Percentil 3 
> Escore-z -3 e 
< Escore-z -2 
Magreza 
> Percentil 3 e 
< Percentil 85 
> Escore-z -2 e 
< Escore-z +1 
Eutrofia 
> Percentil 85 e 
< Percentil 97 
> Escore-z +1 e 
< Escore-z +2 
Risco de sobrepeso 
> Percentil 97 e 
< Percentil 99,9 
> Escore-z +2 e 
< Escore-z +3 
Sobrepeso 
> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade 
Estatura por Idade – E/I (5 a 9 anos e 11 meses) 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade 
> Percentil 0,1 e < 
Percentil 3 
> Escore-z -3 e < 
Escore-z -2 
Baixa estatura para a idade 
 
> Percentil 3 > Escore-z -2 Estatura Adequada para a idade 
Peso por Idade – P/I (5 a 9 anos e 11 meses) 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade 
> Percentil 0,1 e 
 Percentil 3 
> Escore-z -3 e 
< Escore-z -2 
Baixo peso para a idade 
> Percentil 3 e 
< Percentil 97 
> Escore-z -2 e 
< Escore-z +2 
Peso adequado para a idade 
> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade* 
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Observação: Não tem os parâmetros de Peso/Estatura na ref. OMS (2007) 
para crianças maiores de 5 anos de idade. 
 
 
Tabelas de classificação dos pontos de corte para os gráficos OMS: 
 
IMC por Idade - Classificação segundo os percentis 
< P3 Baixo IMC para a idade 
≥ P 3 < P 85 IMC adequado ou eutrofia 
≥ P 85 < P 97 Sobrepeso 
≥ P 97 Obesidade 
 
Peso por Idade - Classificação segundo os percentis 
< P 0,1 Peso muito baixo para idade 
≥ P 0,1 < P3 Peso baixo para a idade 
≥ P 3 < P 97 Peso adequado ou eutrofia 
≥ P 97 Peso elevado para idade 
 
Peso por Estatura - Classificação segundo os percentis 
< P3 Peso baixo para a estatura 
≥ P 3 < P 97 Peso adequado ou eutrofia 
≥ P 97 Peso elevado para estatura 
Obs.: somente para crianças de 0 a 5 anos 
 
Estatura por Idade - Classificação segundo os percentis 
< P3 Baixa estatura para a idade 
≥ P 3 Estatura adequada para a idade 
 
IMC por Idade (5 a 9 anos e 11 meses) 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada 
> Percentil 0,1 e 
< Percentil 3 
> Escore-z -3 e 
< Escore-z -2 
Magreza 
> Percentil 3 e 
< Percentil 85 
> Escore-z -2 e 
< Escore-z +1 
Eutrofia 
> Percentil 85 e 
< Percentil 97 
> Escore-z +1 e 
< Escore-z +2 
Sobrepeso 
> Percentil 97 e 
< Percentil 99,9 
> Escore-z +2 e 
< Escore-z +3 
Obesidade 
> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave 
19 
 
 
2.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
 
 Estimativa do Gasto Energético Total (GET) 
 
 
 Cálculo simplificado do GET para crianças: 
GET e VET serão iguais (para dietas normocalóricas) 
0 a 5 meses 108 x P 
5 meses a 1 ano 98 x P 
1 a 3 anos 102 x P 
4 a 6 anos 90 x P 
7 a 10 anos 70 x P 
 
 
 FAO – Cálculo do GET de 0 a 10 anos 
Taxa metabólica Basal (TMB) 
Sexo Idade Equações para GEB/TMB 
Masculino 
0 a 3 anos 60,9 (P) - 54 
3 a 10 anos 22,7 (P) + 495 
Feminino 
0 a 3 anos 61 (P) – 51 
3 a 10 anos 22,5 (P) + 499 
OMS, 1985. Se a criança estiver fora do percentil de eutrofia, calcular a dieta usando o peso 
ideal de acordo com a curva P/I P50. 
 
Cálculo do fator de atividade (FA) 
Crianças sedentárias 1,2 a 1,3 
Crianças ativas 1,4 a 1,5 
O fator de atividade deve refletir o estilo de vida da criança sem se basear
somente na 
presença ou ausência de exercícios regulares (Vitolo, 2003). 
 
 
Gasto Energético Total (GET=VET) – dietas normocalóricas 
GET (kcal/dia) = TMB x FA 
Cuppari e Schor, 2002. 
 
 
 Métodos de cálculo do VET 
 
 ADA, 1994: 
≤ 1 ano de idade: 1000 Kcal 
> 1 ano de idade: 1000 Kcal + 100 Kcal a cada ano completo 
 
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 Guia alimentar para crianças menores de 2 anos (MS, 2002): 
 FAO/OMS/ONU, 1985 Butte, 1996 
Idade (meses) Kcal/Kg/dia Kcal/dia Kcal/Kg/dia Kcal/dia 
0 – 2 116 520 88 404 
3 – 5 99 662 82 550 
6 – 8 95 784 83 682 
9 – 11 101 949 89 830 
12 – 23 106 1170 - - 
 
 RDA, 1996: 
Idade (anos) Kcal/Kg Kcal/dia 
0 – 6 meses 108 650 
6 meses – 1 ano 98 850 
1 ano – 3 anos 102 1300 
4 anos – 6 anos 90 1800 
7 anos – 10 anos 70 2000 
 
 
 
 Necessidades hídricas: 
Peso (kg) Volume 
Pré-termo ou < 1 kg 140 a 150 mL/kg 
1 a 10 kg 100 mL/kg 
11 a 20 kg 1000 mL + 50 mL para cada kg > 10kg 
21 a 50 kg 1500 mL + 20 mL para cada kg > 20kg 
> 50 kg 3000 mL 
Fonte: Holliday-Segar (Palma e cols. Nutrição Clínica na infância e adolescência. Manole, 
2009) 
 
 
 Recomendação diária de proteínas 
Idade g/kg de peso 
0 a 6 meses 2,2 
6 a 12 meses 1,6 
1 a 3 anos 1,2 
4 a 6 anos 1,1 
7 a 10 anos 1,0 
Fonte: RDA, 1989 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 Tamanho do estômago de um recém-nascido (ilustração). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 - ORIENTAÇÕES PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA 
MENORES DE 2 ANOS 
 
 
 Dez Passos para Alimentação Saudável 
 
Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás 
ou qualquer outro alimento; 
Passo 2 - A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros 
alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais; 
Passo 3 - Após 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, 
carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver 
em aleitamento materno; 
Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os 
horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o 
apetite da criança; 
Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e 
oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, 
gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família; 
Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação 
variada é uma alimentação colorida; 
Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas 
refeições; 
22 
 
Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, 
salgadinho e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com 
moderação; 
Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o 
seu armazenamento e conservação adequados; 
Passo 10 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o 
seu armazenamento e conservação adequados 
Fonte: Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos (MS, 2010) 
 
 
 Principais condutas de acordo com a idade da criança: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Segundo a Organização Mundial da Saúde (2007), o aleitamento materno 
costuma ser classificado em: 
 
23 
 
• Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite 
materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem 
outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo 
vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. 
 
• Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do 
leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, 
infusões), sucos de frutas e fluidos rituais. 
 
• Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da 
mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. 
 
• Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do 
leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de 
complementá-lo, e não de substituí-lo. 
 
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite 
materno e outros tipos de leite. 
 
 
 Volume e número de refeições lácteas por faixa etária no primeiro ano: 
Idade Volume/Refeição Número de refeições/dia 
Do nascimento aos 30 dias 60 – 120 ml 6 a 8 
30 a 60 dias 120 – 150 ml 6 a 8 
2 a 3 meses 150 – 180 ml 5 a 6 
3 a 4 meses 180 – 200 ml 5 a 6 
> 4 meses 180 – 200 ml 2 a 3 
Fonte: Brasil, 2004 
Obs.: estes valores são aproximados de acordo com a variação do peso corporal do lactente 
nas diferentes idades. Recomenda-se que a partir do quarto/sexto mês de vida o leite seja 
oferecido com outros alimentos (alimentação complementar). 
 
 
 Reconstituição do leite para crianças menores de 4 meses: 
 
Leite em pó integral: 
1 colher (sobremesa) rasa para 100ml de água fervida 
1 ½ colher (sobremesa) rasas para 150ml de água fervida 
2 colheres (sobremesa) rasas para 200ml de água fervida 
Preparo do leite em pó: diluir o leite em pó em um pouco de água fervida 
e em seguida adicionar a água restante necessária. 
 
Leite integral fluido: 2/3 de leite fluido + 1/3 de água fervida 
70ml de leite + 30 ml de água = 100ml 
100ml de leite + 50 ml de água = 150ml 
130ml de leite + 70 ml de água = 200ml 
 
 
24 
 
 
 Fórmulas lácteas que podem receber acréscimos calóricos (açúcar, 
farinha e óleo) 
* exceto farinha de trigo 
Preparo: Acrescente o açúcar e a farinha ao leite reconstituído. Levo ao fogo para 
cozinhar, deixando ferver por 4 – 5 minutos. Retire do fogo, deixe amornar e 
acrescente o óleo. As quantidades foram estimadas em colheres cheias. O preparo 
das fórmulas infantis específicas deve seguir as orientações do rótulo do produto. 
 
 
 
 Exemplo de introdução da alimentação complementar (Anexo) 
 
 
 
 
 Açúcar Farinha* Óleo 
Volume leite (ml) 5% 3% 3% 
100 1 col. chá 1 col. chá 1 col.chá 
150 1 col. chá 1 col. chá 1 col.chá 
200 2 col. chá 2 col. chá 2 col.chá 
240 1 col. sopa 1 col.sopa 1col.sopa 
25 
 
 
 
 
 
ADOLESCENTE 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
3. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTE 
De 10 a 19 anos e 11 meses 
 
3.1 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
 Técnicas de avaliação antropométrica (Anexo) 
 
 IMC (Índice de Massa Corporal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação 
Percentil do IMC Diagnóstico Nutricional 
< 5 Baixo Peso 
≥ 5 e < 85 Adequado Ou Eutrófico 
≥ 85 Sobrepeso 
Fonte: SISVAN, 2004 / WHO, 1995. 
 
 
Obs: 
Diagnóstico SB: IMC > P 85 + PCT e PCSE > P 90 
Diagnóstico OB: IMC > P 95 + PCT e PCSE > P 90 
 
 
 
 
IMC (kg/m2) = peso atual (kg) 
 Altura (m)2 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 PCT – Prega Cutânea Tricipital (mm) 
 
 
 
Padrões para a Prega Cutânea do Tríceps (mm) 
Sexo masculino Sexo feminino 
Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 
10-10,9 6 6 8 10 14 18 21 7 8 10 12 17 23 27 
11-11,9 6 6 8 11 16 20 24 7 8 10 13 18 24 28 
12-12,9 6 6 8 11 14 22 28 8 9 11 14 18 23 27 
13-13,9 5 5 7 10 14 22 26 8 8 12 15 21 26 30 
14-14,9 4 5 7 9 14 21 24 9 10 13 16 21 26 28 
15-15,9 4 5 6 8 11 18 24 8 10 12 17 21 25 32 
1616,9 4 5 6 8 12 16 22 10 12 15 18 22 26 31 
17-17,9 5 5 6 8 12 16 19 10 12 13 19 24 30 37 
18-18,9 4 5 6 9 13 20 24 10 12 15 18 22 26 30 
19-24,9 4 5 7 10 15 20 22 10 11 14 18 24 -30 34 
Fonte: ASPEN, 1993. 
 
Estatura por Idade – E/I 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade 
> Percentil 0,1 e < 
Percentil 3 
> Escore-z -3 e < 
Escore-z -2 
Baixa estatura para a idade 
 
> Percentil 3 > Escore-z -2 Estatura Adequada para a idade 
IMC por Idade – IMC/I 
Valores Críticos Diagnóstico Nutricional 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada 
> Percentil 0,1 e 
< Percentil 3 
> Escore-z
-3 e 
< Escore-z -2 
Magreza 
> Percentil 3 e 
< Percentil 85 
> Escore-z -2 e 
< Escore-z +1 
Eutrofia 
> Percentil 85 e 
< Percentil 97 
> Escore-z +1 e 
< Escore-z +2 
Sobrepeso 
> Percentil 97 e 
< Percentil 99,9 
> Escore-z +2 e 
< Escore-z +3 
Obesidade 
> Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave 
 Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 
 PCT percentil 50 
28 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
PCT 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
 
 
 PCSE – Prega Cutânea Subescapular (mm) 
 
 Percentagem de Gordura corporal 
%GC= PCT(mm) + PCSE(mm) 
 
Percentis da soma das dobras cutâneas do tríceps e da subescapular (mm) de 
adolescentes do sexo MASCULINO 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
10 a 10,9 9,0 10,0 11,0 12,0 15,5 22,0 27,0 33,5 42,0 
11 a 11,9 9,0 10,0 11,0 12,5 16,5 25,0 33,0 40,0 53,5 
12 a 12,9 9,0 10,0 11,0 12,5 17,0 24,0 34,0 40,5 53,0 
13 a 13,9 8,5 10,5 11,0 12,5 15,0 21,0 29,0 37,0 48,0 
14 a 14,9 9,0 10,0 11,0 12,0 15,0 22,0 27,0 33,0 45,0 
15 a 15,9 10,0 10,5 11,0 12,0 15,0 21,0 27,0 32,5 43,0 
16 a 16,9 10,0 11,5 12,0 13,0 16,0 22,5 27,5 33,3 44,0 
17 a 17,9 10,0 11,0 12,0 13,0 16,0 22,0 27,0 31,5 41,0 
18 a 24,9 11,0 12,0 - 15,0 21,0 30,0 - 41,5 50,5 
Percentis prega cutânea triciptal + subescapular (mm) por idade e sexo. Dados dos inquéritos 
NHANES I e NHANES II (1976 – 1980), compilados por Frisancho (1990). IN: GIBSON, R. S. 
Nutritionnal Assessment: a Laboratory Manual. New York. Oxford University Press, 1993 
 
 
 
Percentis da soma das dobras cutâneas do tríceps e da subescapular (mm) de 
adolescentes do sexo FEMININO 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
10 a 10,9 12,0 12,5 13,0 15,0 20,00 28,5 34,5 40,5 51,0 
11 a 11,9 12,0 13,5 14,5 16,0 22,0 30,0 37,0 42,0 55,0 
12 a 12,9 13,0 14,0 15,0 18,0 23,0 31,0 37,0 44,0 57,0 
13 a 13,9 12,5 14,0 15,5 18,5 24,5 35,5 43,0 47,5 56,5 
14 a 14,9 14,5 16,0 17,5 20,0 26,0 37,0 44,5 48,5 62,0 
15 a 15,9 15,0 17,0 18,0 20,5 26,5 34,5 42,5 48,5 62,5 
16 a 16,9 17,5 20,0 21,5 24,0 30,0 39,5 47,0 53,5 69,5 
17 a 17,9 16,5 18,5 20,0 23,0 31,0 42,0 49,0 55,5 67,4 
18 a 24,9 16,7 19,0 - 24,0 32,0 44, - 58,5 70 
Percentis prega cutânea triciptal + subescapular (mm) por idade e sexo. Dados dos inquéritos 
NHANES I e NHANES II (1976 – 1980), compilados por Frisancho (1990). IN: GIBSON, R. S. 
Nutritionnal Assessment: a Laboratory Manual. New York. Oxford University Press, 1993. 
 
 
Classificação do Estado Nutricional de adolescente segundo 
Porcentagem de Gordura Corporal 
< P15 Abaixo do % adequado 
P15 – P85 Adequado 
> P85 Acima do % adequado 
29 
 
 Circunferência do Braço (CB) 
 
Adequação da CB% = CB obtida x 100 
 CB percentil 50 
 
Padrões para a Circunferência do Braço (mm) 
Sexo masculino Sexo feminino 
Idade 
5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 
10.10,9 18,1 18,4 19,6 21,0 23,1 26,2 27,4 17,4 18,2 19,3 21,0 22,8 25,1 26,5 
11-11,9 18,6 19,0 20,2 22,3 24,4 26,1 28,0 18,5 19,4 20,8 22,4 24,8 27,6 30,3 
12-12,9 19,3 20,0 21,4 23,2 25,4 28,2 30,3 19,4 20,3 21,6 23,7 25,6 28,2 29,4 
13.13,9 19,4 21,1 22,8 24,7 26,3 28,6 30,1 20,2 21,1 22,3 24,3 27,1 30,1 33,8 
14-14,9 22,0 22,6 23,7 25,3 28,3 30,3 32,2 21,4 22,3 23,7 25,2 27,2 30,4 32,3 
15-15,9 22,2 22,9 24,4 26,4 28,4 31,1 32,0 20,8 22,1 23,9 25,4 27,9 30,0 32,3 
16-16,9 24,4 24,8 26,2 27,8 30,3 32,4 34,3 21,8 22,4 24,1 25,8 28,3 31,8 33,4 
17-17,9 24,6 25,3 26,7 28,5 30,8 33,6 34,7 22,0 22,7 24,1 26,4 29,5 32,4 35,0 
18.18,9 24,5 26,0 27,6 29,7 32,1 35,3 37,9 22,2 22,7 24,1 25,8 28,1 31,2 32,5 
19-24,9 26,2 27,2 28,8 30,8 33,1 35,5 37,2 22,1 23,0 24,7 26,5 29,0 31,9 34,5 
Fonte: Frisancho,1990 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
CB 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
 
 
 
 Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314) 
 
Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 
 CMB percentil 50 
 
 
Padrões para a Circunferência Muscular do Braço (cm) 
Sexo Masculino Sexo Feminino 
Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 
10-10,9 15,6 16,0 16,6 18,0 19,1 20,9 22,1 14,8 15,0 15,9 17,0 18,0 19,0 19,7 
11-11,9 15,9 16,5 17,3 18,3 19,5 20,5 23,0 15,0 15,8 17,1 18,1 19,6 21,7 22,3 
12-12,9 16,7 17,1 18,2 19,5 21,0 22,3 24,1 16,2 16,6 18,0 19,1 20,1 21,4 22,0 
13-13,9 17,2 17,9 19,6 21,1 22,6 23,8 24,5 16,9 17,5 18,3 19,8 21,1 22,6 24,0 
14-14,9 18,9 19,9 21,2 22,1 24,0 26,0 26,4 17,4 17,9 19,0 20,1 21,6 23,2 24,7 
15-15,9 19,9 20,4 21,8 23,7 25,4 26,6 27,2 17,5 17,8 18,9 20,2 21,5 22,8 24,4 
16-16,9 21,3 22,5 23,4 24,9 26,9 28,7 29,6 17,0 18,0 19,0 20,2 21,6 23,4 24,9 
17-17,9 22,4 23,1 24,5 25,8 27,3 29,4 31,2 17,5 18,3 19,4 20,5 22,1 23,9 25,7 
18-18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23.,7 24,5 
19-24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9 
30 
 
 
Fonte: ASPEN, 1993 
 
 
 
 
3.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
 
*Para adolescentes com idade superior a 18 anos, utilizar as fórmulas de 
necessidades nutricionais do adulto. 
 
 
 Método de cálculo da Taxa Metabólica Basal (TMB) 
Masculino Feminino 
Idade (anos) Fórmula Idade (anos) Fórmula 
10 – 18 (17,5 x peso) + 651 10 – 18 (12,2 x peso) + 746 
18 – 30 (15,3 x peso) + 697 18 – 30 (14,7 x peso) + 496 
Fonte: Adaptado FAO/OMS, 1985. 
 
 
 Método de cálculo do Gasto Energético Total (GET) 
GET (kcal/dia) = TMB x FA 
Fonte: Cuppari e Schor, 2002. 
 
FA (Fator Atividade) 
Idade (anos) Masculino Feminino 
10 – 13 1,7 1,6 
14 – 18 1,6 1,5 
19 – 20 Ver recomendações para adultos 
Fonte: Adaptado FAO/OMS, 1985. 
 
 DRI’s, 2005: 
Masculino (≥19 anos) 662 – 9,53 x idade + NAF x [15,91 x peso + 539,6 x altura] 
Feminino (≥19 anos) 354 – 6,91 x idade + NAF x [9,36 x peso + 727 x altura] 
Até 18 anos – ver recomendações para crianças 
 
NAF (Nível de Atividade Física) 
 Sedentária Leve Moderada Intensa 
Masculino 1,0 1,11 1,25 1,48 
Feminino 1,0 1,12 1,27 1,45 
Fonte: DRI’s, 2005. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição leve Eutrofia 
CMB 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 
31 
 
 Métodos de cálculo do VET 
 
 Cálculo do VET (método prático): 
Sexo Idade Equação 
Masculino 
11 a 14 anos 55 X (P) 
15 a 18 anos 45 X (P) 
Feminino 
11 a 14 anos 47 X (P) 
15 a 18 anos 40 X (P) 
Fonte: RDA ,1989. Considerar P o peso ideal no percentil 50 do IMC/Idade. 
 
 
 Recomendação diária de energia por centímetro de altura: 
 Homens Mulheres 
11 a 14 anos 16 kcal/cm 14 kcal/cm 
15 a 18 anos 17 kcal/cm 13,5 kcal/cm 
Fonte: RDA ,1989. 
 
 
 ADA, 1994: 
 Kcal/dia 
Kcal/Kg do 
peso meta 
Masculino 
(12 a 15 anos) 
1500 a 2000 + 200 acima dos 12 anos 33 a 40 
Feminino 
(12 a 15 anos) 
1500 a 2000 + 100 acima dos 12 anos 29 a 33 
 
 
Obs: Após o estirão de crescimento e manutenção da altura há algum tempo: 
dieta hipocalórica de acordo com as recomendações para adultos. 
 
 
 
 
 
 Recomendação diária de proteínas 
 
 Idade g/kg de peso g 
g/cm de altura 
 
Sexo Masculino 
11 a 14 anos 
15 a 18 anos 
1,0 
0,9 
45 
66 
0,29 
0,26 
Sexo Feminino 
11 a 14 anos 
15 a 18 anos 
1,0 
0,8 
46 
55 
0,28 
0,33 
(RDA, 1989) 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
ADULTO 
 
 
 
 
33 
 
 
4. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTO 
 
4.1 - AVALIAÇÃO ATROPOMÉTRICA 
 
 Técnicas de aferição de medidas antropométricas (Anexo) 
 
 ESTATURA (m) 
 
 Estimativa da altura pelo método indireto em pacientes acamados 
 
Estatura = [ 0,73 x (2 x medida da envergadura do braço) ] 
 
Colocar o braço do paciente em ângulo reto (90°). Medir com fita métrica a 
distância entre Chanfradura esternal e a ponta do dedo médio da mão, 
duplicando
o resultado. (Fonte: OMS, 1999) 
 
 
 Envergadura dos braços adaptada (Fonte: OMS, 1999): 
 
Altura = [0,73 x (2 x envergadura do braço(m))] + 0,43 
 
Medir do esterno ao dedo médio 
 
 
 Estimativa da altura através da altura do joelho (AJ) (25 a 60 anos) 
Masculino Altura = 72,803 + (1,80 x AJ) 
Feminino Altura = 51,875 + (2,184 x AJ) 
Fonte: SILVEIRA e SILVA,1994 
 
 
 PESO (kg) 
 
 Peso Atual (peso aferido na consulta) 
 
 Estimativa de peso 
Homens (kg) = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] 
Mulheres (kg) = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] 
Fonte: Chumlea, 1985. Onde: CP: Circunferência da Panturrilha; AJ: Altura do Joelho; CB: 
Circunferência do Braço; PCSE: Prega Cutânea Subescapular 
 
34 
 
 Peso Estimado Simplificado: 
Mulheres Negras: 19 – 59 anos: (AJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 
Mulheres Brancas: 19 – 59 anos: (AJ X 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04 
Homens Negros: 19 – 59 anos: (AJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72 
Homens Brancos: 19 – 59 anos: (AJ X 1,19) + (CB x 3,14) – 86,82 
Fonte: Chumlea e cols., 1988. In: Waitzberg DL, Dias MCG. Guia Básico de Terapia Nutricional: 
Manual de Boas Práticas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. p. 44. 
 
Obs: não aplicar em casos de grandes alterações no estado hídrico 
 
 Peso estimado para pacientes edemaciados: 
Peso = peso atual – peso resultante do edema 
 
- Estimativa de peso de edema 
Grau de edema Peso a ser substituído 
+ Tornozelo 1 kg 
++ Joelho 3 a 4 kg 
+++ Raiz da coxa 5 a 6 kg 
++++ Anasarca 10 a 12 kg 
Fonte: Duarte; Castellani, 2002. 
 
- Estimativa de peso de ascite e edema 
Grau da ascite/edema Peso ascítico (kg) Edema periférico (kg) 
Leve 2,2 1,0 
Moderado 6,0 5,0 
Grave 14,0 10,0 
Fonte: James, 1989 
 
 
 Peso ajustado para amputação (Fonte: MARTINS, 2000) 
Peso Corrigido = Peso antes da amputação (100 - % da amputação) 
100 
 
Membro amputado % de amputação 
Membro superior (braço todo) 6,5 
Braço 3,5 
Antebraço 2,3 
Mão 0,8 
Membro inferior (perna inteira) 18,5 
Coxa 11,6 
Perna abaixo do joelho 5,3 
Pé 1,8 
35 
 
 
 Obs: Para amputações bilaterais, as porcentagens dobram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: porcentagens do peso correspondentes a cada segmento do corpo. 
Fonte: Osterkamp, 1995. 
 
 
 Peso Usual (PU) 
Adequação de PU: % PU = PA x 100 
 PU 
 
Classificação do Estado Nutricional Relativo ao Peso Usual 
% do Peso Usual Estado Nutricional 
< 74 Desnutrição grave 
75 – 84 Desnutrição moderada 
85 - 95 Desnutrição leve 
Fonte: ASPEN, 1993. 
 
 
 Porcentagem de Perda de Peso Ponderal Recente (%PPR): 
% PPR = PU – PA x 100 Onde: PU = peso usual e PA = Peso atual 
 PU 
 
Tempo Perda significativa de peso 
(%) 
Perda grave de peso (%) 
1 semana 1 – 2 > 2 
1 mês 5 > 5 
3 meses 7,5 > 7,5 
> 6 meses 10 > 10 
Fonte: Blackburn, G.L., Bistrian, B.R. Nutricional and metabolic assessment of de hospitalized 
patient. JPEN, 1:11 – 22, 1997. 
36 
 
 
Interpretação dos Dados de Perda Ponderal Relativa ao Tempo 
% PPR Significado clínico 
< 10% em 6 meses Não significante 
> 15% em 6 meses Queda da sobrevida (câncer) 
10 – 35% em 6 meses 
Diminuição da defesa do hospedeiro, capacidade de 
cicatrização e sobrevida. 
Fonte: Waitzberg, 1995 
 
 Peso Ideal: 
Peso Ideal (kg) = IMC desejável x Altura (m)2 
 
Sendo que o peso Ideal calculado a partir do IMC médio proposto pela FAO (1985) utiliza 
valores médios de IMC para homens de 22 e mulheres 20,8 kg/ m². Fonte: Duarte e Castellani, 
2002. 
 
 Adequação do Peso: 
 
% Peso Ideal = PA x 100 
 PI 
 
Classificação do Estado Nutricional Relativo ao Peso Ideal 
% Peso Ideal Classificação 
< 69 Desnutrição severa 
70 – 79 Desnutrição moderada 
80 – 90 Desnutrição leve 
90,1 -110 Normal 
110,1 – 130 Excesso de peso 
130,1 – 199 Obesidade 
> 200 Obesidade mórbida 
Fonte: ASPEN, 1993 
 
 Peso ajustado ou Corrigido para situações especiais: 
O peso atual deve ser ajustado em pacientes desnutridos (% adequação de PI 
<95%) ou com excesso de peso (% adequação de PI >115%). É obtido por 
meio da seguinte equação: 
Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual 
. 
Fonte: Cuppari, 2014 
 
37 
 
 
 
 IMC (Índice de Massa Corporal) 
 
 
 
 
IMC (18 – 64 anos e 11 meses) Classificação 
<16 Desnutrição intensa ou grave 
16 –16,99 Desnutrição moderada 
17 – 18,49 Desnutrição leve ou baixo peso 
18,5 – 24,99 Eutrofia ou Normal 
25 – 29,99 Pré-obesidade ou excesso de peso 
30 – 34,99 Obesidade leve ou tipo I 
35 – 39,9 Obesidade moderada ou tipo II 
≥ 40 Obesidade mórbida ou tipo III 
 
 
 PREGAS CUTÂNEAS 
 
Prega cutânea Técnica de medição 
Prega Cutânea Triciptal (PCT) 
Braço não dominante. No mesmo 
ponto de aferição da CB, desprender 
do tecido muscular, aplicar adipômetro 
em ângulo reto. 
Prega Cutânea Biciptal (PCB) 
Pcte com a palma da mão voltada 
para cima. Aplicar adipômetro 1 cm 
acima do local medido para a PCT 
Prega Cutânea Subescapular (PCSE) 
1 cm abaixo, ângulo inferior da 
escapula, formando 45º com coluna 
vertebral. 
Prega Cutânea Supra-ilíaca (PCSI) 
Medida na linha média axilar 
(diagonal), seguindo a linha de 
clivagem natural da pele do lado 
direito. 
Fonte: Cuppari, 2014. 
 
 Prega Cutânea Tricipital (PCT) 
 
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 
 PCT percentil 50 
 
IMC (kg/m2) = peso atual (kg) 
 Altura (m)2 
38 
 
 
 
Padrões para a Prega Cutânea do Tríceps. 
Sexo masculino Sexo feminino 
19-24,9 4 5 7 10 15 20 22 10 11 14 18 24 -30 34 
25-34,9 5 6 8 '12 16 20 24 10 12 16 21 27 34 37 
35-44,9 5 6 8 12 16 20 23 12 14 18 23 29 35 38 
45-54,9 6 6 8 12 15 20 25 12 16 20 25 30 36 40 
55-64,9 5 6 8 11 14 19 22 12 16 20 25 31 36 38 
Fonte: ASPEN, 1993 
 
 
 Percentagem de Gordura corporal (%GC) 
 
% de gordura corporal = PCT + PCSE + PCSI + PCB 
 
Onde: 
PCT = prega cutânea tricipital 
PCSE = Prega cutânea subescapular 
PCSI = prega cutânea supra ilíaca 
PCB = Prega cutânea bicipital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
PCT 70% 71 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
39 
 
 
 
 
Fonte: DURNIN & WOMERSLEY, 1974. 
Dobras 
cutâneas 
(mm) 
Homem ( idade em anos) Mulheres ( idade em anos) 
17 - 29 30 - 39 40 - 49 + 50 16 - 29 30 - 39 40 - 49 + 50 
15 4,8 ------ ------- ------ 10,5 ------ ------- ------ 
20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17,0 19,8 21,4 
25 10,5 14,2 15,0 15,6 16,8 19,4 22,2 24,0 
30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 21,8 24,5 26,6 
35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5 
40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3 
45 17,7 20,4 23,0 24,7 25,0 26,9 29,6 31,9 
50 19,0 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31,0 33,4 
55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6 
60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7 
65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7 
70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35,0 37,7 
75 24,0 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7 
80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6 
85 25,5 27,2 32,1 34,8 34,0 35,1 37,5 40,4 
90 26,2 27,8 33,0 35,8 34,8 35,8 38,3 41,2 
95 26,9 28,4 33,7 36,6 35,6 36,5 39,0 41,9 
100 27,6 29,0 34,4 37,4 36,4 37,2 39,7 42,6 
105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,1 37,9 40,4 43,3 
110 28,8 30,1 35,8 39,0 37,8 38,6 41,0 43,9 
115 29,4 30,6 36,4 39,7 38,4 39,1 41,5 44,5 
120 30,0 31,1 37,0 40,4 39,0 39,6 42,0 45,1 
125 31,0 31,5 37,6 41,1 39,6 40,1 42,5 45,7 
130 31,5 31,9 38,2 41,8 40,2 40,6 43,0 46,2 
135 32,0 32,3 38,7 42,4 40,8 41,1 43,5 46,7 
140 32,5 32,7 39,2 43,0 41,3 41,6 44,0 47,2 
145 32,9 33,1 39,7 43,6 41,8 42,1 44,5 47,7 
150 33,3 33,5 40,2 44,1 42,3 42,6 45,0 48,2 
155 33,7 33,9 40,7 44,6 42,8 43,1 45,4 48,7 
160 34,1 34,3 41,2 45,1 43,3 43,6
45,8 49,2 
165 34,5 34,6 41,6 45,6 43,7 44,0 46,2 49,6 
170 34,9 34,8 42,0 46,1 44,1 44,4 46,6 50,0 
175 35,3 -------- ------- -------- ------- 44,8 47,0 50,4 
180 35,6 -------- ------- ------- ------- 45,2 47,4 50,8 
185 35,9 -------- ------- -------- -------- 45,6 47,8 51,2 
190 ------ -------- -------- -------- --------- 45,9 48,2 51,6 
195 ------ -------- ------- -------- -------- 46,2 48,5 52,0 
200 ------ -------- ------- -------- --------- 46,5 48,8 52,4 
205 ------ -------- ------- -------- --------- --------- 49,1 52,7 
210 ------ -------- ------- -------- -------- -------- 49,4 53,0 
40 
 
 
Classificação do Estado Nutricional segundo Porcentagem de Gordura Corporal de 
acordo com sexo e faixa etária 
 Idade (anos) Desnutrição Eutrofia Pré-Obesid Obesidade 
Mulheres 
20 – 39 < 21% 21 a 32% 33 a 38,9% > 39% 
40 – 59 <23% 23 a 33,9% 34 a 39,9% > 40% 
60 – 79 < 24% 24 a 35,9% 36 a 41,9% > 42% 
Homens 
20 – 39 < 8% 8 a 19,95% 20 a 24,9% > 25% 
40 – 59 < 11% 11 a 21,9% 22 a 27,9% > 28% 
60 – 79 < 13% 13 a 24,9% 25 a 29,9% > 30% 
Fonte: Gallagher, 2000. 
 
 
 CIRCUNFERÊNCIAS 
 
 Circunferência da Cintura (CC) 
 
 Circunferência do Quadril (CQ) 
 
 Relação Cintura Quadril (RCQ) 
 
RCQ = Circunferência da cintura 
 Circunferência do quadril 
 
Distribuição de Gordura Corporal 
Sexo 
 
Normal Obesidade abdominal 
(andróide) 
Obesidade de glúteos 
(ginóide) Homens <1,0 >1,0 <0,85 
Mulheres <0,85 >0,85 <0,75 
Fonte: OMS, 1998 
 
 
 Circunferência Abdominal (CA) 
 
Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade 
 Elevado Muito Elevado 
Homem > = 94cm > = 102 
Mulher > = 80 cm > = 88 
Fonte: OMS, 1998 
 
 Circunferência do Braço (CB) 
Adequação da CB% = CB obtida x 100 
 CB percentil 50 
 
41 
 
Padrões para a Circunferência do Braço. 
Sexo masculino Sexo feminino 
Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 
18.18,9 24,5 26,0 27,6 29,7 32,1 35,3 37,9 22,2 22,7 24,1 25,8 28,1 31,2 32,5 
19-24,9 26,2 27,2 28,8 30,8 33,1 35,5 37,2 22,1 23,0 24,7 26,5 29,0 31,9 34,5 
25-34,9 27,1 28,2 30,0 31,9 34,2 36,2 37,5 23,3 24,0 25,6 27,7 30,4 34,2 36,8 
35-44,9 27,8 28,7 30,5 32,6 34,5 36,3 37,4 24,1 25,1 26,7 29,0 31,7 35,6 37,8 
45-54,9 26,7 28,1 30,1 32,2 34,2 36,2 37,6 24,2 25,6 27,4 29,9 32,8 36,2 38,4 
55.64,9 25,8 27,3 29,6 31,7 33,6 35,5 36,9 24,3 25,7 28,0 30,3 33,5 36,7 38,5 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
CB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
 
 
 
 Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314) 
 
Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 
 CMB percentil 50 
 
 
Padrões para a Circunferência Muscular do Braço. 
Sexo Masculino Sexo Feminino 
Idade 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 95 
I8-18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23.,7 24,5 
19-24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9 
25-34,9 24,3 25,0 26,4 27,9 29,8 31,4 32,6 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4 
35-44,9 24,7 25,5 26,9 28,6 30,2 31,8 32,7 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2 
45-54,9 23,9 24,9 26,5 28,1 30,0 31,5 32,6 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 27,4 
55-64,9 23,6 24,5 26,0 27,8 29,5 31,0 32,0 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição leve Eutrofia 
CMB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% 
Fonte: ASPEN, 1993 
 
 
 
 
 
 
42 
 
4.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
 
 Estimativa de gasto energético 
 
 Equação de Harris e Benedict: 
Gasto Energético de Repouso (GER) 
Homens GER = 66 + (13,7 x P) + (5 x E) – (6,8 x I) 
Mulheres GER = 655 + (9,6 x P) + (1,7 x E) – (4,7 x I) 
E: estatura (cm); I: idade (anos) 
Gasto Energético Total (GET) 
GET (kcal/dia) = GER x FA x FI x FT 
 
Fatores de Atividade (FA) Fatores Térmicos (FT) 
Acamado no ventilador 1,1 38º C 1,1 
Acamado 1,2 39º C 1,2 
Acamado + Móvel 1,25 40º C 1,3 
Deambulante 1,3 41º C 1,4 
Fonte: Martins, 2000 
 
FATOR INJÚRIA (FI) 
AIDS / Câncer 1,1 a 1,45 
Cirurgia eletiva 1,0 a 1,2 
Desnutrição grave 1,5 
Desnutrição não complicada 0,8 a 1,0 
Diabetes mellitus (DM) 1,1 
Doença cardiopulmonar com cirurgia 1,3 a 1,55 
Doença cardiopulmonar com sepse 1,25 
Doença cardiopulmonar sem sepse 0,9 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 1,2 
Doença Renal Crônica (DRC) com ou sem diálise 1,35 
Falência de 1 ou 2 órgãos 1,4 a 1,5 
Fraturas múltiplas 1,2 a 1,35 
Infecção grave 1,3 a 1,35 
Infecções 1,1 a 1,25 
Insuficiência cardíaca 1,3 a 1,5 (sem FA) 
Insuficiência hepática 1,3 a 1,55 
Insuficiência Renal Aguda (IRA) 1,3 
Jejum / paciente não complicado 0,85 a 1,0 
Multitrauma com sepse 1,6 
Multitrauma reabilitação 1,5 
Neurológico / coma 1,15 a 1,2 
O grande 1,10 a 1,25 
Pancreatite 1,3 a 1,8 
Pequena cirurgia 1,2 
43 
 
Pequeno trauma de tecido 1,14 a 1,37 
Peritonite 1,2 a 1,5 
Pós-operatório (PO) câncer 1,1 a 1,4 
Pós-operatório (PO) cirurgia cardíaca 1,2 a 1,5 
Pós-operatório (PO) cirurgia eletiva 1,0 a 1,1 
Pós-operatório (PO) geral 1,0 a 1,5 
Pós-operatório (PO) leve 1,00 a 1,05 
Pós-operatório (PO) médio 1,05 a 1,10 
Pós-operatório (PO) torácico 1,2 a 1,5 
Queimaduras 
até 20% 
20 a 50% 
50 a 70% 
70 a 90% 
100% 
1,0 a 1,5 
1,7 
1,8 
2,0 
2,1 
Retocolite / Crohn 1,3 
Sepse 1,4 a 1,8 
Síndrome da angústia respiratória 1,35 
Síndrome do Intestino Curto (SIC) 1,45 
Transplante de Medula Óssea (TMO) 1,2 a 1,3 
Transplante hepático 1,2 a 1,5 
Trauma com sepse 1,60 
Trauma Crânio Encefálico (TCE) 1,4 
Trauma de tecidos moles 1,14 a 1,37 
Trauma esquelético 1,35 
Fonte: JESUS, 2002; AUGUSTO et al., 1995. * Adaptado de SILBERMAN; ELISENBERG; 
GUERRA, 2002. 
 
 
 Estimativa do Gasto Energético pela FAO/OMS (2004): 
 
Taxa Metabólica Basal (TMB) 
Faixa etária (anos) Masculino Feminino 
0 - 3 59,512 x P - 30,4 58,317 x P - 31,1 
3 - 10 22,706 x P + 504,3 20,315 x P + 485,9 
10 - 18 17,686 x P + 658,2 13,384 x P + 692,6 
18 - 30 15,057 x P + 692,2 14,818 x P + 486,6 
30 - 60 11,472 x P + 873,1 8,126 x P + 845,6 
>60 11,711 x P + 587,7 9,082 x P + 658,5 
Fonte: FAO, 2004. P: peso em kg 
 
 
Gasto Energético Total (GET) 
GET= TMB X FA 
Sendo: GET: gasto energético total. TMB: taxa metabólica basal. FA: fator atividade. Fonte: 
Cuppari e Schor, 2014. 
 
 
Obs.: para evitar subestimar ou superestimar o GET faça o ajuste do peso 
corporal para desnutridos e pacientes com excesso de peso. 
Fator Atividade 
Sexo Tipo de atividade 
44 
 
Leve Moderada Intensa 
Masculino 1,55 1,78 2,10 
Feminino 1,56 1,64 1,82 
Fonte: FAO, 2004 
Leve: a maior parte dos trabalhos em escritório, andar, passear, estudar, dirigir, usar transporte 
coletivo. 
Moderada: atividades mecânicas, exercícios leves e moderados, andar vigorosamente, 
carregar peso, dançar; atividades domesticas. 
Intensa: caminhar com carga, trabalho manual pesado, exercícios intensos ou prolongados. 
 
 
 Fórmula de bolso (Método simplificado): 
 
VET = Peso x kcal 
 
 
Condição clínica Kcal/kg/dia 
Perda de peso / Paciente crítico 20 a 25 
Manutenção de peso / Trauma 25 a 30 
Ganho de peso / Cirurgia eletiva 30 a 35 
TCE (traumatismo crânio-encefálico) 35 a 40 
Fonte: National Advisory Group on Standards and Practice Guidelines for Parenteral Nutrition, 
1998. 
 
 
 
 Hipocalóricos: 
 
- ADA, 1994: 22Kcal/Kg peso meta ou desejado 
 
- FAO/OMS, 1996: VET anamnese – 1.000 a 500 Kcal/dia (não inferior a 1.200 
Kcal/dia ou igual ao GET calculado com o peso meta). 
 
- Carvalho in Cuppari, 2002: 10 a 19 Kcal/Kg de peso desejado. Abaixo de 10 
Kcal/Kg de peso desejado, somente em períodos inferiores a 4 semanas (após 
tentativas menos restritivas).
 Normocalóricos: 
 
- 25 a 30 Kcal/Kg de peso atual. 
 
- FAO/OMS, 1998: GET com o peso atual. 
 
 
 
45 
 
 Hipercalóricos: 
 
- 30 a 50 Kcal/Kg de peso atual. 
 
- FAO/OMS, 1998: GET com o peso atual. 
 
 
 
 Observação: Segundo a ADA, 1994: 
 
- Fisicamente ativos: 31 a 35 Kcal/Kg de peso desejado é hipercalórico; 
 
- Moderadamente ativos: 26 a 31 Kcal/Kg de peso desejado é normocalórico; 
 
- Sedentários: 22 a 26 Kcal/Kg de peso desejado é hipocalórico. 
 
 
 Conforme objetivo ou condição clínica 
Objetivo/ condição Kcal/kg/dia g ptn/kg/dia 
Perda de peso
1,2
 20 a 25 
Manutenção de peso
1,2
 25 a 30 
Ganho de peso
1,2
 30 a 35 
Cirurgia eletiva geral
1
 32 
Politrauma
1
 40 
Sepse
1
 25 a 30 
Câncer
2
 
- manutenção 
- repleção 
- hipermetabólicos e má-absorção 
 
25 a 30 
30 a 35 
> 35 
 
0,8 a 1,0 
1 a 1,2 
1,5 a 2,5 
Renais em tratam. conservador
2
 
- depleção 
- manutenção 
- repleção 
 
30 
30 a 35 
>35 
TFG > 60 mL/min e DM 
descompensado: 0,8 
TFG < 60 mL/min: 0,6 
Renais em hemodiálise
2
 
- depleção 
- manutenção 
- repleção 
 
20 a 30 
30 a 35 
35 a 50 
 
 
1,2 
1,2 a 1,4 
Renais em diálise peritonial
2
 
- depleção 
- manutenção 
- repleção 
 
20 a 25 
25 a 35 
35 a 50 
 
 
1,3 
1,3 a 1,5 
Pancreatite grave
2,5
 
25 a 35
2
 
FI: 1,3 a 1,5
5
 
1,2 a 1,5 
SIDA
2
 
- assintomáticos 
- sintomáticos 
 
25 a 30 
35 a 40 
 
0,8 a 1,25 
1,5 a 2,0 
Hepatite aguda ou crônica
2
, Cirrose 
compensada ou não
2
, Colestase
2
 
30 a 40 
 
1,0 a 1,5 
46 
 
Encefalopatia 
- grau 1 ou 2 
- grau 3 ou 4 
 
25 a 40 
25 a 40 
 
0,5 a 1,2 
0,5 
Transplante de fígado
2
 
- pré 
- pós 
 
30 a 50 
30 a 35 
 
1,2 a 1,75 
1,0 
Desnutrição Infantil grave
3
 
- fase inicial 
- fase de reabilitação 
 
80 a 100 
150 a 220 
 
1,0 a 1,5 
4,0 a 5,0 
Desnutrição grave
4
 
- 7 a 10 anos 
- 11 a 14 anos 
- 15 a 18 anos 
- 19 a 75 anos 
- acima 75 anos 
 
75 
60 
50 
40 
35 
 
 
Traumatismo cranioencefálico FI: 1,5 
Queimados
2
 
- adultos 
- crianças 
 
FI: 2 a 2,5 
FI: 2 a 2,5 
 
2,0 a 3,0 
1,5 
Fonte: 
1
Martins, 2000; 
2
Cuppari, 2006; 
3
Manual de atendimento a criança com desnutrição 
grave em nível hospitalar, MS/2005; 
4
Manejo da desnutrição grave.OMS, 200; 
5
Shills et al, 
2003. 
 
 
 Recomendação de proteína: 
Estimativa das Necessidades Protéicas para o Adulto 
Adulto 
Proteína 
(g/kg/dia) 
Normal e sem estresse 0,8 – 1,0 
Cirurgia eletiva sem complicações 1,0 – 1,2 
Estresse moderado 1,1 – 1,5 
Estresse grave (sepse, trauma, respiração artificial) e repleção 
protéica. 
1,5 – 2,0 
Queimadura > 20% da superfície corporal ≥ 2,0 
Fonte: Martins e Cardoso, 2000. 
 
 
Recomendação protéica baseada nas quilocalorias totais 
Condição Quilocalorias por Grama de nitrogênio 
Normal e sem estresse 200 – 300 : 1 
Estresse moderado 150 : 1 
Estresse severo 90 – 125 : 1 
6,25g de proteína = 1g de nitrogênio. Fonte: Martins e Cardoso, 2000. 
 
 
 
 Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes 
47 
 
Estágio de vida Carboidratos Proteínas Lipídios 
Crianças 
0-6m 60g (AI) 9,1g (AI) 31g (AI) 
7-12m 95g (AI) 13,5g (RDA) 30g (RDA) 
1-3 anos 45-65% 5-20% 30-40% 
4-18 anos 45-65% 10-30% 25-35% 
Adultos 
> 18 anos 45-65% 10-35% 20-35% 
(AMDRs – Acceptable Macronutrient Distribution Ranges) 
 
 
 Necessidades Hídricas, em ml/ Kg/ dia 
Jovem: 40 Idoso ( 55 – 75 anos): 30 
Adulto: 35 Idoso ( > 75 anos): 25 
Fonte: Apostila Hospital das Clínicas de Goiás – HC / UFG, 2010. 
 
 
 Exame Físico (Anexo) 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
5. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSO 
 
5.1 – AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
 Técnicas de aferição de medidas antropométricas (Anexo) 
 
 ESTATURA 
 
 Estimativa da altura pelo método indireto em pacientes acamados 
 
Estatura = [ 0,73 x (2 x medida da envergadura do braço) ] 
- Colocar o braço do paciente em ângulo reto (90°) 
- Medir com fita métrica a distância entre Chanfradura esternal e a ponta do 
dedo médio da mão, duplicando o resultado. (Fonte: OMS, 1999) 
 
 Estimativa da altura através da altura do joelho (AJ) 
 
Masculino (2,02 x altura do joelho) – (0,04 x idade) + 64,19 
Feminino (1,83 x altura do joelho) – (0,24 x idade) + 84,88 
Fonte: Silveira & Silva,1994 
 
 
 PESO (kg) 
 
 Peso Atual (peso aferido na consulta) 
 
 Estimativa de peso (Chumlea, 1985) 
Homens (kg) = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] 
Mulheres (kg) = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] 
Fonte: Chumlea, 1985. Onde: CP: Circunferência da Panturrilha; AJ: Altura do Joelho; CB: 
Circunferência do Braço; PCSE: Prega Cutânea Subescapular 
 
 Peso Estimado Simplificado: 
Mulheres Negras: 60-80 anos: (AJ x 1,50) + (CB x 2,58) – 84,22 
Mulheres Brancas: 60-80 anos: (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) – 65,51 
Homens Negros: 60-80 anos: (AJ x 0,44) + (CB x 2,86) – 39,21 
Homens Brancos: 60-80 anos: (AJ x 1,09) + (CB x 3,07) – 75,81 
 
50 
 
Fonte: Chumlea e cols., 1988. In: Waitzberg DL, Dias MCG. Guia Básico de Terapia Nutricional: 
Manual de Boas Práticas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. p. 44. 
 
 IMC (Índice de Massa Corporal) 
 
IMC = PA(kg) Onde: PA=Peso atual e A = altura. 
 A(m)
2
 
 
Pontos de corte para classificação do estado nutricional de idoso 
IMC (kg/m2) Classificação 
<22 Baixo Peso 
22 - 27 Adequado ou Eutrofia 
>27 Sobrepeso 
Fonte: SISVAN, 2004 
 
 
 
 PREGAS CUTÂNEAS 
 
 Prega Cutânea Tricipital (PCT) 
 
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 
 PCT percentil 50 
 
Padrões de referência para PCT de idosos de acordo com o NHANES 
III – 1988-1991. 
 
Idade 
(anos) 
Homens Mulheres 
Percentil Percentil 
10º 50º 90º 10º 50º 90º 
60 – 69 7,7 12,7 23,1 14,5 24,1 34,9 
70 – 79 7,3 12,4 20,6 12,5 21,8 32,1 
>80 6,6 11,2 18,0 9,3 18,1 28,9 
Fonte: Kamimura et al, 2002 
 
Fonte: Kamimura et al, 2002 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
PCT <70% 70 – 80% 81 – 90 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
51 
 
 Circunferências 
 
 Circunferência do Braço (CB) 
 
Adequação da CB% = CB obtida x 100 
 CB percentil 50 
 
Percentis de circunferência do braço (CB) para idosos de ambos os 
sexos de acordo com o NHANES I, elaborado por Frisancho, 1990. 
 
Idade 
(anos) 
Homens Mulheres 
Percentil Percentil 
10º 50º 90º 10º 50º 90º 
60 – 64,9 27,8 32,0 35,8 26,1 30,6 37,1 
65,0 – 69,9 26,8 31,2 35,1 25,7 30,3 36,2 
70,0 – 74,9 26,3 30,7 34,6 25,3 30,2 35,8 
Fonte: Shills et al,2003 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
CB <70% 70 – 80% 81 – 90% 91 – 110% 111 – 120% > 120% 
Fonte: Kamimura et al, 2002 
 
 
 Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
CMB = CB (cm) – (PCT x 0,314) 
 
Adequação da CMB% = CMB obtida x 100 
 CMB percentil 50 
 
Percentis da circunferência muscular do braço (CMB) para idosos de 
ambos os sexos de acordo com o NHANES III – EUA, 1988 - 1991. 
 
Idade 
(anos) 
Homens Mulheres 
Percentil Percentil 
10º 50º 90º 10º 50º 90º 
60 – 69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4 
70 – 79 24,4 27,2 30,5 20,3 23,0 27,0 
>80 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26,0 
Fonte: Kamimura et al, 2002 
 
 
52 
 
Classificação 
 
Desnutrição 
Intensa 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
leve 
Eutrofia 
CMB 70% 71 – 80% 81 – 90 91 – 110% 
 Fonte: Kamimura et al, 2002 
 
 
 Circunferência da Cintura (CC) 
 
 Relação Cintura Quadril (RCQ) 
 
RCQ = Circunferência da cintura 
 Circunferência do quadril 
 
 
Distribuição de Gordura Corporal 
Sexo 
 
Obesidade abdominal
(andróide) 
Obesidade de glúteos 
(ginóide) 
Homens >0,9 <0,9 
Mulheres >0,8 <0,8 
Fonte: Bray, 1989 
 
 Circunferência Abdominal (CA) 
 
Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade 
 Elevado Muito Elevado 
Homem >= 94cm >= 102 
Mulher >= 80 cm >= 88 
Fonte: OMS, 1998 
 
 Circunferência da Panturrilha (CP) 
Este parâmetro indica alterações da massa magra que ocorrem com a idade e 
com o decréscimo na atividade física. É recomendado na avaliação nutricional 
de pacientes acamados e idosos. 
 
Valor encontrado Classificação 
> 31 Normal 
< 31 Depletado 
Fonte: Yamatto TH, 2007. 
 
 
53 
 
5.2 - CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
 
 Estimativa de gasto energético 
 
 Equação de Harris e Benedict: 
Gasto Energético de Repouso (GER) 
Homens GER = 66 + (13,7 x P) + (5 x E) – (6,8 x I) 
Mulheres GER = 655 + (9,6 x P) + (1,7 x E) – (4,7 x I) 
E: estatura (cm); I: idade (anos) 
 
Gasto Energético Total (GET) 
GET (kcal/dia) = TMB x FA x FI x FT 
 
Fatores de Atividade (FA) Fatores Térmicos (FT) 
Acamado no ventilador 1,1 38º C 1,1 
Acamado 1,2 39º C 1,2 
Acamado + Móvel 1,25 40º C 1,3 
Deambulante 1,3 41º C 1,4 
Fonte: Martins, 2000 
 
FATOR INJÚRIA (FI) 
AIDS / Câncer 1,1 a 1,45 
Cirurgia eletiva 1,0 a 1,2 
Desnutrição grave 1,5 
Desnutrição não complicada 0,8 a 1,0 
Diabetes mellitus (DM) 1,1 
Doença cardiopulmonar com cirurgia 1,3 a 1,55 
Doença cardiopulmonar com sepse 1,25 
Doença cardiopulmonar sem sepse 0,9 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 1,2 
Doença Renal Crônica (DRC) com ou sem diálise 1,35 
Falência de 1 ou 2 órgãos 1,4 a 1,5 
Fraturas múltiplas 1,2 a 1,35 
Infecção grave 1,3 a 1,35 
Infecções 1,1 a 1,25 
Insuficiência cardíaca 1,3 a 1,5 (sem FA) 
Insuficiência hepática 1,3 a 1,55 
Insuficiência Renal Aguda (IRA) 1,3 
Jejum / paciente não complicado 0,85 a 1,0 
Multitrauma com sepse 1,6 
Multitrauma reabilitação 1,5 
Neurológico / coma 1,15 a 1,2 
O grande 1,10 a 1,25 
54 
 
Pancreatite 1,3 a 1,8 
Pequena cirurgia 1,2 
Pequeno trauma de tecido 1,14 a 1,37 
Peritonite 1,2 a 1,5 
Pós-operatório (PO) câncer 1,1 a 1,4 
Pós-operatório (PO) cirurgia cardíaca 1,2 a 1,5 
Pós-operatório (PO) cirurgia eletiva 1,0 a 1,1 
Pós-operatório (PO) geral 1,0 a 1,5 
Pós-operatório (PO) leve 1,00 a 1,05 
Pós-operatório (PO) médio 1,05 a 1,10 
Pós-operatório (PO) torácico 1,2 a 1,5 
Queimaduras 
até 20% 
20 a 50% 
50 a 70% 
70 a 90% 
100% 
1,0 a 1,5 
1,7 
1,8 
2,0 
2,1 
Retocolite / Crohn 1,3 
Sepse 1,4 a 1,8 
Síndrome da angústia respiratória 1,35 
Síndrome do Intestino Curto (SIC) 1,45 
Transplante de Medula Óssea (TMO) 1,2 a 1,3 
Transplante hepático 1,2 a 1,5 
Trauma com sepse 1,60 
Trauma Crânio Encefálico (TCE) 1,4 
Trauma de tecidos moles 1,14 a 1,37 
Trauma esquelético 1,35 
Fonte: JESUS, 2002; AUGUSTO et al., 1995. * Adaptado de SILBERMAN; ELISENBERG; 
GUERRA, 2002. 
 
 
 Estimativa do Gasto Energético pela FAO/OMS (2004): 
 
Taxa Metabótica Basal (TMB) > 60 anos 
Masculino Feminino 
11,711 x P + 587,7 9,082 x P + 658,5 
Fonte: FAO, 2004 
 
Gasto Energético Total (GET) 
GET (kcal/dia) = TMB x Fator de Atividade 
Fonte: Cuppari e Schor, 2002 
 
 
 Exame Físico (Anexo) 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 Equipamentos Antropométricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 Técnicas de aferição de medidas antropométricas 
 
1) PESO: O peso é a soma de todos os componentes corporais (água, gordura, 
ossos, músculos) e reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo. Técnica 
de medição de peso (LOHMAN et al., 1988): instalar a balança em superfície 
plana, firme e lisa e afastada da parede. Em caso de balança eletrônica, deve-se 
ligar a balança antes de o avaliado ser colocado sobre ela. Colocar o avaliado 
no centro do equipamento, com o mínimo de roupa possível, descalço, ereto, 
pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nesta 
posição. Realizar a leitura após o valor do peso estar fixado no visor. Registrar o 
valor mostrado no visor, imediatamente, sem arredondamentos (ex: 75,2 kg) 
 
 
 Aferição do peso de crianças menores de 2 anos em balança 
pediátrica mecânica 
 
 
 
58 
 
 Aferição do peso de crianças menores de 2 anos em balança 
pediátrica eletrônica 
 
 
 
 Aferição do peso de crianças maiores de 2 anos e adultos em 
balança mecânica de plataforma 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
2) ALTURA: São medidas que expressam o processo de crescimento linear do 
corpo humano. 
 Estatura: é a medição em pé de crianças maiores de dois anos até a 
idade adulta. Utiliza-se o estadiômetro. 
 Comprimento: é a medição em decúbito dorsal (deitado, de ventre para 
cima), utilizado para crianças até dois anos de idade (mesmo que esta já 
fique em pé). Utiliza-se o infantômetro. 
 Técnica de medição de altura: A pessoa deve estar sem calçados, com 
roupas leves, sem adornos na cabeça e nos bolsos. A pessoa deverá ser 
colocada ereta, e, sempre que possível, calcanhares, panturillha, 
escápulas e ombros encostados na parede ou portal, joelhos esticados, 
pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo. A cabeça deverá estar 
erguida (fazendo um ângulo de 90º com o solo), com os olhos mirando 
um plano horizontal à frente, de acordo com o plano de Frankfurt. Peça à 
pessoa que inspire profundamente e prenda a respiração por alguns 
segundos. Neste momento, desça o esquadro até que este encoste a 
cabeça da pessoa, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. 
Realizar a leitura da estatura sem soltar o esquadro. Registre o valor 
encontrado, imediatamente, sem arrendondamentos. (ex: 1,734m). 
 
 
2.1 Altura do joelho: O indivíduo deve estar em posição supina ou sentado o 
mais próximo possível da extremidade da cadeira, com o joelho esquerdo 
flexionado em ângulo de 90°. Medir o comprimento entre o calcanhar e a 
superfície anterior da perna (cabeça da fíbula) na altura do joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
2.2 Extensão dos braços (envergadura): 
Medida pela distância entre as pontas dos dedos 
médios quando os braços estiverem abertos no 
nível dos ombros. A medida corresponde à 
estimativa de estatura do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 Meia envergadura ou Semi-
envergadura: Corresponde à distância entre 
o esterno e a falange distal do dedo médio 
esquerdo, passando uma fita métrica flexível 
e inelástica paralelamente à clavícula. 
(Altura = semi-engergadura x 2) 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 Estatura Recumbente: O indivíduo 
deve estar em posição supina e com leito 
horizontal completo. Marcar o lençol na 
altura da extremidade da cabeça e da 
base do pé no lado direito do indivíduo 
com auxílio de um triângulo. Medir a 
distância entre as marcas utilizando uma 
fita métrica flexível. 
 
 
 
 
 
 
61 
 
3. CIRCUNFERÊNCIAS: 
 
 
3.1 Circunferência do braço: 
Flexionar o braço a ser avaliado formando um 
ângulo de 90 graus. Localizar o ponto médio entre 
o acrômio e o olecrano. Solicitar ao indivíduo que 
fique com o braço estendido ao longo do corpo 
com a palma da mão voltada para a coxa. 
Contornar o braço com fita flexível no ponto 
marcado de forma ajustada evitando compressão 
da pele ou folga. 
 
 
 
 
3.2 Circunferência da cintura: 
Ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela. Leitura 
deve ser feita no momento da expiração. 
 
 
 
 
 
3.3 Circunferência do abdômen: 
O indivíduo deve estar ereto, com os braços estendidos ao 
longo do corpo e pernas fechadas. A medida deverá ser 
feita no plano horizontal. Posicione-se de frente para a 
pessoa. Posicione a fita na maior extensão do abdome num 
plano horizontal. Aperte o botão central da fita e passe a fita 
na parte posterior do avaliado, seguindo
a extensão a ser 
medida, sem comprimir a pele, com a extremidade zero 
abaixo do valor a ser registrado. A medida é feita no 
momento de expiração normal. 
 
 
 
3.4 Circunferência do quadril: 
Região de maior perímetro entre a cintura e a coxa (maior 
proeminência da região glútea). 
 
 
 
 
62 
 
3.5 Circunferência da panturrilha: 
A antropometrista posiciona-se lateralmente ao avaliado. O 
avaliado coloca-se em pé, com os pés afastados 20 cm um 
do outro, de forma que o peso fique distribuído igualmente 
em ambos pés. Uma fita inelástica é colocada ao redor da 
panturrilha (circunferência máxima no plano perpendicular à 
linha longitudinal da panturrilha) e deve-se mover a fita para 
cima e para baixo a fim de localizar esta máxima 
circunferência. A fita métrica deve passar em toda a 
extensão da panturrilha, sem fazer compressão. 
 
 
4. PREGAS CUTÂNEAS ou DOBRAS CUTÂNEAS 
 
Identificar e marcar o local a ser medido. Segurar a prega formada pela pele e 
pelo tecido adiposo com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm 
do ponto marcado. Pinçar a prega com o calibrador, exatamente no local 
marcado. Manter a prega entre os dedos até o término da aferição. A leitura 
deverá ser realizada no milímetro mais próximo em cerca de 2 a 3 segundos. 
Utilizar a média de 3 medidas. 
 
 
4.1 Tricipital (PCT): A dobra cutânea tricipital é medida no mesmo ponto médio 
localizado para a medida da circunferência do braço. O indivíduo deve estar em 
pé, com os braços estendidos confortavelmente ao 
longo do corpo. O adipômetro deve ser segurado 
com a mão direita. O examinador posiciona-se atrás 
do indivíduo. A dobra cutânea tricipital é tracionada 
com o dedo polegar e indicador, aproximadamente 1 
cm do nível marcado e as extremidades do 
adipômetro são fixadas no nível marcado. 
 
 
 
 
4.2 Bicipital (PCB): Com a palma da mão voltada para 
fora, marcar o local da medida 1 cm acima do local 
marcado para a prega tricipital. Segurar a prega 
verticalmente e aplicar o calibrador no local marcado. 
 
 
 
 
 
63 
 
4.3 Subescapular (PCSE): O local a ser medido é justamente no ângulo inferior 
da escápula. Para localizar o ponto, o examinador deve apalpar a escápula, 
percorrendo seus dedos inferior e lateralmente, ao longo da borda vertebral até 
o ângulo inferior ser identificado. Em alguns avaliados, especialmente em 
obesos, gentilmente peça que coloque os 
braços para trás, afim de que seja 
identificado mais facilmente o ponto. O 
sujeito permanece confortavelmente ereto, 
com as extremidades superiores relaxadas 
ao longo do corpo. A dobra cutânea é 
destacada na diagonal, inclinada ínfero-
lateralmente aproximadamente num ângulo 
de 45º com o plano horizontal. 
 
 
4.4 Suprailíaca (PCSI): É medida na linha axilar 
média imediatamente superior à crista ilíaca. O 
indivíduo posiciona-se em posição ereta e com 
as pernas fechadas. Os braços podem estar 
estendidos ao longo do corpo ou podem estar 
abduzidos levemente para melhorar o acesso 
ao local. Em indivíduos impossibilitados a 
ficarem em pé, a medida pode ser feita com o 
indivíduo em posição supina. Alinha-se 
inferomedialmente num ângulo de 45º com o 
plano horizontal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
 Curvas de crescimento da OMS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
66 
 
67 
 
68 
 
69 
 
70 
 
71 
 
72 
 
73 
 
74 
 
75 
 
76 
 
77 
 
78 
 
79 
 
80 
 
81 
 
82 
 
83 
 
84 
 
85 
 
86 
 
87 
 
 
 Exemplo de introdução da alimentação complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Folder “Alimentação saudável para menores de dois anos”. Núcleo de Saúde da Criança. 
Secretaria de Saúde do Distrito Federal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exame Físico 
 
REGIÃO MANIFESTAÇÃO POSSÍVEL SIGNIFICADO 
88 
 
Abdome Escavado Perda da reserva calórica 
Abdome “Umbigo em chapéu” 
Privação calórica, sem perda 
ponderal significativa 
Boca 
Baixa produção de saliva, 
Baixa umidade na parte 
inferior da língua 
Desidratação 
Bola gordurosa de Bichart 
Depletada. Associa-se com a 
atrofia temporal, formando o 
sinal de “asa quebrada”. 
Perda proteico-calórica 
prolongada 
Fáceis agudo 
Paciente cansado, não 
consegue ficar com olhos 
abertos por muito tempo 
Desnutrição aguda 
Fáceis crônico 
Aparência de tristeza, 
depressão 
Desnutrição crônica 
Fúrcula esternal (pescoço) Perdas musculares Depleção crônica 
Membros inferiores 
Atrofia da musculatura das 
coxas (fossa de quadríceps) 
Perda de força muscular 
Membros inferiores 
Atrofia da musculatura das 
panturrilhas 
Desnutrição proteico-calórica 
Membros superiores 
Atrofia da musculatura bi e 
tricipital 
Depleção crônica 
Membros superiores 
Atrofia das musculaturas de 
pinçamento 
Depleção crônica 
Musculatura paravertebral 
Atrofia. Redução da força de 
sustentação corporal 
Depleção crônica 
Olhos 
Brilho reduzido, tendem a ficar 
encovados 
Desidratação 
Pele 
Turgor e elasticidades 
reduzidos 
Desidratação 
Pele e mucosas Amareladas Icterícia 
Pele em regiões 
palmoplantares e mucosas, 
principalmente conjuntival e 
labial 
Palidez Anemia 
Regiões supra e 
infraclaviculares (pescoço) 
Perdas musculares Depleção crônica 
Têmporas Atrofia bitemporal 
Ingestão insuficiente, 
imunoincompetência 
Fonte: Duarte & Borges, 2007. 
 
 
 
 
 No “fácies agudo”: 
- O paciente mostra ar de cansaço e observa-se atrofia temporal bilateral, que significa 
o pouco uso da mastigação por 3 a 4 semanas e conseqüente ingesta de dieta 
hipocalórica. 
 
 No “fácies crônico”: 
- O paciente apresenta-se deprimido, com o humor comprometido, podendo ocorrer o 
consumo da bola gordurosa de Bichart. 
89 
 
- Exame do paciente em perfil mostra esta atrofia da musculatura temporal bilateral, 
descrita como “asa quebrada”. 
 
 O exame da pele: 
- Fornece informações importantes. Devemos observar a cor, pigmentação, edema, 
lesões, temperatura e turgor. 
 
 A anemia: 
- No exame de coloração da pele, a palidez cutânea e das mucosas conjutivas e labial 
sugerem presença de anemia, que pode ser primária (doenças hermatológicas) ou 
secundária (deficiência alimentar, hemorragia ou patologias diversas). 
 
 Icterícia: 
- Impregnação de pigmento da pele e mucosa, produzindo uma coloração amarelada. 
- Deve ser pesquisada em ambiente com luz natural. Pode implicar na absorção das 
vitaminas A, D, E, K. 
 
 Edema: 
- Indicativo de desnutrição (perda de proteína) 
- Hipoalbuminemia (< 2,5 g/d) 
- Ocorre com mais freqüência nos membros inferiores, sendo evidente no tornozelo. 
- Pressão suave e continua na face anterior da perna produz depressão tecidual 
(cacifo ou sinal de Godet) 
- Decúbito: Região lombo-sacra (maior de Godet) 
- Pacientes críticos com má distribuição hídrica: região subconjuntival. 
- Limitações: nefro e hepatopatias, queimaduras, eclâmpsia, estresse, hiperhidratação, 
câncer, gestação e idosos. 
 
 Turgor: 
- O turgor mostra a elasticidade da pele, indicando a sua hidratação. 
- Examina-se o turgor piçando a pele com o polegar e o indicador: a prega se desfaz 
rapidamente. Na desidratação, se desfaz lentamente. 
- Sinais e sintomas dependendo do quadro: Sede, astenia, apatia, sonolência e 
agitação psicomotora. 
 
 Lesões: 
- As feridas e a má cicatrização podem indicar um estado nutricional deficiente. 
 
 As unhas: 
- Em condições normais: superfície plana, discretamente arredondada, com bordas 
lisas e regulares. 
- Unhas côncavas podem indicar deficiência de vitamina. 
 
 A língua: (Em relação a cor, fissuras, cortes, umidade, textura e simetria) 
- Anormalidade de simetria pode significar problema com o 12º nervo
craniano, o 
hipoglosso, podendo comprometer a mastigação. 
- A língua deve ser rósea, úmida, sem fissuras e ligeiramente áspera. 
- Glossite: Apresenta-se vermelha e dolorida. 
90 
 
 
 Língua Magenta: 
- Pode significar distúrbio nutricional. 
- Aspecto saburroso ou branco significa falta de mastigação. 
 
 Febre: 
- A temperatura axilar normal varia de 35,5º a 37ºc. 
- As causas mais comuns de hipertermia são infecções e metabolismo aumentado 
podendo desidratar e diminuir a ingestão de alimentos, levando a desnutrição. 
 
 
 Verificação das massas musculares do pescoço, tórax, dorso e membros 
superiores. Verificação de massa muscular: imunidade. 
 
 Pescoço/ombros: 
-Regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal. 
-Atrofia indica perda crônica, havendo uma redução da capacidade de formar 
anticorpos. 
 
 Tórax: 
-Retração intercostal: diminui a força respiratória. 
-Atrofia do músculo paravertebral: diminui a força da sustentação corporal. 
-Decúbito dorsal: complicações infecciosas. 
 
 Cifose: 
- Atrofia da musculatura diminui a capacidade de expansão ventilatória. 
-Diminui a mobilização de bases pulmonares (pneumonia). 
 
 Oco Axilar: 
-Dificuldade de medir temperatura. 
 
 Massa Muscular do Membro Superior: 
-Musculatura bicipital e tricipital e de pinçamento. 
-Menor forma de apreensão: baixa ingestão alimentar. 
 
 Exame do abdome: escavado ou plano, distendido 
 
 Abdome escavado: 
-Privação alimentar longa. 
-Perda de toda a reserva calórica. 
-Limitação: ascite (liquido na região Peritoneal). 
 
 Umbigo em Chapéu: 
-Perda de gordura na região superior do abdome. 
-Perda do tônus do ânulo superior do umbigo. 
-Indicativo de baixa reserva adiposa (obesos). 
-Encontrado em indivíduos saudáveis que sofreram perda de peso. 
-Limitações: Alteração constitucional. 
91 
 
 
 Umbigo em cálice: 
-Ânulo inferior – intervenção cirúrgica 
 
 Exame da musculatura da massa inferior da coxa – porção interna (vale). 
-Diminui força para decúbito antigravitacional – decúbito dorsal – infecções, 
regurgitações, broncoaspirações. 
-Músculo da panturrilha: depleção mais precoce – Dificuldade para deambular. 
(Waitzberg, 2000; Duarte & Castellani, 2002) 
 
 
 Alterações do Exame Físico Decorrentes de Desnutrição e carências 
Específicas de Nutrientes 
 
 
Cabelo Perda do brilho natural; seco e feio Kwashiorkor e, menos 
 Fino e esparso comum, marasmo 
 Sedoso e quebradiço; fino 
 Despigmentado 
 Sinal da bandeira 
 Fácil de arrancar (sem dor) 
 
Face 
 
Seborréia nasolabial (pele estratificada em volta 
 
Riboflavina 
 
 das narinas) 
 Face edemaciada (face em lua cheia) Ferro 
 Palidez Kwashiorkor 
 
Olhos Conjuntiva pálida 
 Membranas, vermelhas 
 Manchas de bitot 
 Xerose conjuntival (secura) 
 Xerose córnea (falta de vida) Anemia (ferro vitamina A) 
 Queratomalacia (córnea adelgaçada) 
 Vermelhidão e fissura rios epicantos Riboflavina, piridoxina 
 Arco córneo (anel branco ao redor do olho) Hiperlipidemia 
 Xantelasma (pequenas bolsas amareladas ao redor 
 dos olhos) 
 
Lábios Estomatite angular (lesões róseas ou brancas Riboflavina 
 nos cantos da boca) 
 Escaras do ângulo 
 Queilose (avermelhamento ou edema dos lábios e boca) 
 
Língua Língua escarlate e inflamada Ácido Nicotínico 
 Língua magenta (púrpura) Riboflavina 
 Língua edematosa Niacina 
 Papila filiforme, atrofia e hipertrofia Ácido fólico 
 Vitamina B12 
 
Dentes Esmalte manchado Flúor 
 Cáries Açúcar em excesso 
 Dentes faltando 
 
Gengivas Esponjosas; sangrando Vitamina C 
 Gengiva vazante 
 
92 
 
Glândulas Aumento da tireóide Iodo 
 Aumento da paratireóide Inanição 
 
Pele Xerose 
 Hiperqueratose folicular (pele em papel de areia) Vitamina A 
 Petéquias (pequenas hemorragias na pele) Vitamina C 
 Dermatose pelagra (pigmentação edematosa 
 avermelhada nas áreas de exposição ao sol) Ácido nicotínico 
 Equimoses em excesso Vitamina K 
 Dermatose cosmética descamativa Kwashiorkor 
 Dermatose vulvar e escrotal Riboflavina 
 Xantomas (depósito de gordura sob a pele e ao 
 redor das articulações) Hiperlipidemia 
 
 
 
 
Unhas Quebradiças; rugosas Ferro 
 Coiloníquia (forma de colher) 
 
Tecido Edema Kwashiorkor 
Subcutâneo Gordura abaixo do normal Inanição; marasmo 
 Gordura acima do normal Obesidade 
Fonte: Waitzberg, 2000 
 
 
 Exame físico do estado nutricional da Avaliação Subjetiva Global 
 
Gordura 
subcutânea 
Dicas Desnutrição Grave 
Desnutrição 
Leve/Moderada 
Bem nutrido 
Abaixo dos olhos 
Círculos escuros, 
depressão, pele 
solta flácida, “olhos 
fundos” 
 
Depósito de gordura 
visível 
Região do tríceps e 
bíceps 
Cuidado para não 
prender o músculo 
ao pinçar o local; 
movimentar a pele 
entre os dedos 
Pouco espaço de 
gordura entre os 
dedos ou os dedos 
praticamente se 
tocam 
 
Tecido adiposo 
abundante 
Massa Muscular Dicas Desnutrição Grave 
Desnutrição 
Leve/Moderada 
Bem nutrido 
Têmporas 
Observar de frente, 
olhar os dois lados 
Depressão Depressão leve 
Músculo bem 
definido 
Clavícula 
Observar se o osso 
está proeminente 
Osso protuberante 
Osso levemente 
proeminente 
Em homens não 
está visível; em 
mulheres pode estar 
visível, mas não 
prominente 
Ombros 
O paciente deve 
posicionar os braços 
ao lado do corpo; 
procurar por ossos 
proeminentes 
Ombro em forma 
quadrada (formando 
um ângulo reto), 
com ossos 
proeminentes 
Acrômio levemente 
protuberante 
Formato 
arredondado na 
curva na junção do 
ombro com o 
pescoço e do ombro 
com o braço 
Escápula 
Procurar por ossos 
proeminentes; o 
paciente deve estar 
com o braço 
esticado para a 
frente e a mão 
encostada numa 
Ossos 
proeminentes, 
visíveis; depressão 
entre a escápula, as 
costelas, ombro e 
coluna vertebral 
Depressões leves ou 
ossos levemente 
proeminentes 
Ossos não 
proeminentes, sem 
depressões 
significantes 
93 
 
superfície sólida 
Músculo interósseo 
Observar no dorso 
da mão o músculo 
entre o polegar e o 
indicador quando 
esses dedos estão 
unidos 
Área entre o dedo 
indicador e o polegar 
achatada ou com 
depressão 
Com pequena 
depressão ou 
levemente achatada 
Músculo 
proeminente, pode 
estar levemente 
achatado (sobretudo 
nas mulheres) 
Joelho (a parte 
inferior do corpo é 
menos sensível às 
alterações 
nutricionais) 
O paciente deve 
estar sentado com 
os pés apoiados em 
uma superfície sólida 
Ossos proeminentes 
Músculos 
proeminentes, 
ossos não 
protuberantes 
Quadríceps 
Pinçar e sentir o 
volume do músculo 
Parte interna da 
coxa com depressão 
Parte interna da coza 
com leve depressão 
Sem depressão 
Edema/Ascite Dicas Desnutrição Grave 
Desnutrição 
Leve/Moderada 
Bem nutrido 
Tentar identificar a 
existência de outras 
causas não 
relacionadas a 
desnutrição 
Pacientes com 
mobilidade observar 
o tornozelo; 
naqueles com 
atividade muito leve 
observar o sacro 
Edema aparente 
significante 
Edema leve a 
moderado 
Sem sinais de 
retenção de líquidos 
(CUPPARI, 2002) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
94 
 
 
 Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes 
 
(AMDRs – Acceptable Macronutrient Distribution Ranges) 
Estágio de vida Carboidratos Proteínas Lipídios 
Crianças 
0-6 meses 60g (AI) 9,1g (AI) 31g (AI) 
7-12 meses 95g (AI) 13,5g (RDA) 30g (RDA) 
1-3 anos 45-65% 5-20% 30-40% 
4-18 anos 45-65% 10-30% 25-35% 
Adultos 
> 18 anos 45-65% 10-35% 20-35% 
Fonte: Institute of Medicine – Dietary Reference Intake, 2002. 
 
 
 
 
 Necessidades Hídricas, em ml/ Kg/ dia 
 
Jovem = 40 ml/ Kg/ dia Idoso (

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