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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
RESUMO
O trabalho mostrara de maneira simples e eficaz a respeito da educação ambiental, bem como sua forma de desenvolvimento, construção, seus objetivos. Tanto para o conceito de desenvolvimento sustentável quanto para a preservação e conscientização ecológica. Em síntese, a finalidade da educação ambiental é moldar os pilares das sociedades sustentáveis, que envolvem a colaboração dos sistemas sociais para incorporar a dimensão ambiental nas suas atividades de produção e consumo bem como sua criação e normatização no Brasil, A Política Nacional de Educação Ambiental está em grande crescimento no Brasil, como resultado da organização em rede dos educadores ambientais na busca pela aprovação da Lei de Educação Ambiental, bem como sua regulamentação nos mais diversos territórios e instâncias educacionais. A educação ambiental como pressuposto para um desenvolvimento sustentável onde a Carta Magna brasileira concedeu ênfase especial ao princípio da sustentabilidade, tanto no Artigo 225, o qual, ao mesmo tempo garante o direito a um meio ambiente equilibrado para todos, impõe a corresponsabilidade da coletividade em defendê-lo e preservá-lo, possibilitando, constitucionalmente, uma ativa participação dos cidadãos e um trabalho conjunto com o Poder Público na tutela ambiental. Além disso, o Artigo 170, VI, CF/88 versa sobre a defesa do meio ambiente como um pressuposto para o desenvolvimento econômico e os princípios da carta da terra onde, pode-se dizer que nas últimas décadas do século XX, a questão ambiental deixou de ser um campo de preocupação restrito a biólogos e ativistas naturalistas. Economistas, políticos, jornalistas, engenheiros, agrônomos, psicólogos, agentes da saúde etc. são envolvidos para participar na construção de uma nova forma de se relacionar com o planeta Terra. A questão ecológica deixa de ser uma disciplina, um campo restrito de especialistas e passa a ser vista como um campo interdisciplinar e complexo.
Palavras Chave: Educação Ambiental. Sustentabilidade. Meio Ambiente
1 INTRODUÇÃO
Na elaboração deste artigo muitos fatores foram de grande importância, o objetivo geral deste artigo é de mostrar de maneira simplificada a importância da educação ambiental, sua contribuição para o meio ambiente, sua promoção para a formação de professores e educadores que buscam um melhor aperfeiçoamento em relação aos problemas ambientais.
	Na primeira parte deste artigo será mostrado por que a educação ambiental foi criada, conceituando o que é meio ambiente e o que é desenvolvimento sustentável, logo em seguida será abordado sobre o Art. 1º da Lei da Educação Ambiental onde a define como um processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 
Na segunda parte será abordado sobre a normatização da Educação Ambiental no Brasil incluindo à em todos os níveis de ensino do país, bem como a Política Nacional de Educação Ambiental que está em grande crescimento no Brasil, como resultado da organização em rede dos educadores ambientais na busca pela aprovação da Lei de Educação Ambiental, bem como sua regulamentação nos mais diversos territórios e instâncias educacionais.
	Em terceiro momento será abordado educação ambiental como pressuposto para um desenvolvimento sustentável e democrático no Brasil. Onde à Carta Magna brasileira concedeu ênfase especial ao princípio da sustentabilidade, tanto no Artigo 225, o qual, ao mesmo tempo garante o direito a um meio ambiente equilibrado para todos, impõe a corresponsabilidade da coletividade em defendê-lo e preservá-lo, possibilitando, constitucionalmente, uma ativa participação dos cidadãos e um trabalho conjunto com o Poder Público na tutela ambiental. Além disso, o Artigo 170, VI, CF/88 versa sobre a defesa do meio ambiente como um pressuposto para o desenvolvimento econômico. Finalizando com o Princípio da Carta da Terra onde a proposta rompe com a motivação a uma solidariedade abstrata para com as gerações futuras e resgata a brevidade da questão ambiental. Tradicionalmente, o apelo às gerações futuras teve uma carga emotiva, mas foi pouco eficiente. O compromisso individual é unitário e depende de um engajamento coletivo.
2 DESENVOLVIMENTO
A Educação Ambiental foi construída, com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável com a formação de uma cultura de sustentabilidade, o que consiste na harmonização de objetivos sociais, ambientais e econômicos. Tanto o conceito de meio ambiente, como de desenvolvimento sustentável vem sendo interpretado de diversos modos, ora numa perspectiva mais restrita, que tenta enquadrá-los num aspecto da realidade, ora numa perspectiva abstrata, que se distancia do diálogo entre os setores afetados da sociedade e da economia.
O art. 1º da Lei da Educação Ambiental a define como um processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 
Em síntese, a finalidade da educação ambiental é moldar os pilares das sociedades sustentáveis, que envolvem a colaboração dos sistemas sociais para incorporar a dimensão ambiental nas suas atividades de produção e consumo.
2 NORMATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Atualmente a educação ambiental apresenta pontos positivos por apresentar na sua matriz de conceitos e consensos pressupostos teóricos e metodológicos da educação. A Política Nacional de Educação Ambiental está em grande crescimento no Brasil, como resultado da organização em rede dos educadores ambientais na busca pela aprovação da Lei de Educação Ambiental, bem como sua regulamentação nos mais diversos territórios e instâncias educacionais.
“Educação Ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente” (BRASIL, 2010). A Educação Ambiental é assumida como permanente, democrática, interdisciplinar e transversal, seus propósitos são ousados por sugerir uma boa prática educativa, de formação das pessoas para uma sociedade sustentável. 
A Constituição Federal, de 1988, por sua vez, reconhece o direito de todos os cidadãos brasileiros e atribui ao Estado o dever de “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. (Art. 225,§ 1º, inciso VI). Já, na Lei nº 9.394, de 20/12/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a menção à EA é feita parcialmente no Artigo 32, inciso II, no qual atribui ao Ensino Fundamental a incumbência de estimular a “compreensão ambiental natural e social do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade”, e no artigo 36, § 1º, segundo o qual os currículos do Ensino Fundamental e Médio “devem abranger, obrigatoriamente, [...] o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil”.
Em 27 de abril de 1999, se institui a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA através da Lei nº 9.795, que reitera o direito de todos à educação ambiental, indicando seus princípios e objetivos, os atores e instâncias responsáveis por sua implementação, nos âmbitos formal e não formal, e as suas principais linhas de ação.
3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO PRESSUPOSTO PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DEMOCRÁTICO NO BRASIL 
A Carta Magna brasileira concedeu ênfase especial ao princípio da sustentabilidade, tanto no Artigo 225, o qual, ao mesmo tempo garante o direito a um meio ambiente equilibrado para todos, impõe a corresponsabilidade da coletividade em defendê-lo e preservá-lo, possibilitando, constitucionalmente, uma ativa participação dos cidadãos e um trabalho conjuntocom o Poder Público na tutela ambiental. Além disso, o Artigo 170, VI, CF/88 versa sobre a defesa do meio ambiente como um pressuposto para o desenvolvimento econômico.
Porém, embora a Constituição Federal brasileira enfatize a tutela ambiental como um direito fundamental dos cidadãos, o modelo atual de desenvolvimento econômico capitalista é quem segue ditando as regras para o propagado “desenvolvimento sustentável”. Sendo assim, ao contrário do que muitos afirmam, a ecologização do capitalismo não é possível. Este tem se mostrado incompatível com as exigências de um desenvolvimento sustentável.
Diante do poder do “mercado”, a legislação vigente está sendo incapaz de frear, controlar e regular a destruição dos recursos naturais e a poluição ambiental. Faz-se necessária uma mudança geral e urgente para com o meio ambiente e, neste contexto, a educação ambiental se apresenta como um importante método, que se baseia na tomada de consciência da coletividade sobre a importância da preservação ambiental para uma melhor qualidade de vida, bem como sobre sua corresponsabilidade na tutela do meio ambiente.
A educação ambiental é, sem dúvidas, um grande desafio para atual sociedade e, em especial, para os professores e educadores ambientais, os quais possuem a difícil tarefa de trazer para o debate a conexão existente entre destruição ambiental, o atual modelo de produção capitalisa e os problemas sociais, bem como trabalhar a diversidade cultural, a ideologia e os diferentes interesses da sociedade na esfera da proteção ambiental.
No processo de educação ambiental, as informações ambientais possuem um relevante significado, pois possibilitam que os cidadãos possam inteirar-se sobre a situação, organizar-se e influenciar nos processos públicos de decisão, assim como exigir uma maior e mais qualificada tutela ambiental. A atuação da coletividade pode concretizar-se através da participação na criação de direitos, da participação na formulação e aplicação de políticas públicas ambientais e também por vias judiciais. Neste sentido, o § 1º do inciso IV da CF/88 obriga o Poder público a divulgar o conteúdo dos estudos de impacto ambiental e submetê-los a audiências públicas, nas quais os cidadãos podem esclarecer dúvidas, propor alternativas e apresentar críticas, que deverão ser consideradas na tomada de decisões da questão em estudo.
Apesar da importância destas audiências públicas como mecanismos educadores e democráticos, estas ocorrem esporadicamente. Além disso, é garantida constitucionalmente a participação da coletividade em decisões ambientais através de referendos e plebiscitos acerca do tema (Artigo 14, I e II CF/88).
Em síntese, a finalidade da educação ambiental é edificar os pilares das sociedades, que envolvem a colaboração dos sistemas sociais para incorporar a dimensão ambiental nas suas atividades de produção e consumo, nos sistemas jurídicos que consolidam normas e condutas e no sistema político-cultural que consolida os espaços democráticos e de educação ambiental. A competência para implementar as ações de promoção da educação ambiental é de todos os segmentos sociais e esferas do governo. A atribuição do Governo Federal é de articular ações educativas para proteger, recuperar e potencializar a educação, de maneira a promover mudanças culturais e sociais.
Atualmente, há experiências de educação ambiental envolvendo todos os níveis de ensino fundamental, médio e superior. Também há avanços significativos nas diferentes esferas da sociedade assumindo corresponsabilidades socioambientais, envolvendo a elaboração da Agenda 21, os programas de qualidade total e de gestão ambiental nas empresas, a responsabilidades das instituições de ensino quanto à formação de profissionais tem levado ao lançamento de programas de múltiplas faces, resultando a disseminação ampla da educação ambiental no país.
4 PRINCÍPIOS DA CARTA DA TERRA
Pode-se dizer que nas últimas décadas do século XX, a questão ambiental deixou de ser um campo de preocupação restrito a biólogos e ativistas naturalistas. Economistas, políticos, jornalistas, engenheiros, agrônomos, psicólogos, agentes da saúde etc. são envolvidos para participar na construção de uma nova forma de se relacionar com o planeta Terra. A questão ecológica deixa de ser uma disciplina, um campo restrito de especialistas e passa a ser vista como um campo interdisciplinar e complexo. O preâmbulo da Carta da Terra nos coloca uma nova visão de mundo e nos chama para participar de um movimento de resgate para uma sociedade global sustentável:
Encontramo-nos atualmente numa fase crítica da história do Planeta, num momento em que a humanidade precisa escolher seu futuro. O progresso rumo a modelos cada vez mais interdependentes, mas frágeis e contraditórios, projeta um repleto de grandes perigos e de grandes promessas. Para progredir, temos de reconhecer que, não obstante a extraordinária diversidade de culturas e de formas de vida, somos uma única família humana e uma única comunidade terrestre com o mesmo destino. Temos de nos empenhar para construir uma sociedade global sustentável, baseada no respeito à natureza, aos direitos humanos universais, à justiça econômica e numa cultura da paz. Para alcançar este objetivo, é imperativo que nós, todos os povos da Terra, declaremos nossas responsabilidades uns em relação aos outros, bem como o respeito á vasta comunidade dos seres vivos e das gerações futuras. (FERRERO, HOLAND, 2004, p. 43).
 
A proposta rompe com a motivação a uma solidariedade abstrata para com as gerações futuras e resgata a brevidade da questão ambiental. Tradicionalmente, o apelo às gerações futuras teve uma carga emotiva, mas foi pouco eficiente. O compromisso individual é unitário e depende de um engajamento coletivo.
Todos os povos da terra, respeitando a sua diversidade cultural e sua contribuição diferenciada na geração dos desequilíbrios, são igualmente afetados e podem dar a sua parcela de contribuição para a sustentabilidade da terra.
Os modelos convencionais de comunicação dos programas de educação ambiental buscam levar informação para que as pessoas assumam a importância da preservação do meio ambiente. Confunde-se informação com comunicação, distanciando-se da proposta de comunicação ambiental, baseada nos princípios da democratização, promoção da autonomia e emancipação, que se materializa pela inclusão ampla. A proposta educacional que está imbuída nesta comunicação é meramente informativo, descritiva e tende a um apelo mágico de gerar mudança de atitude dos indivíduos para ocasionar soluções à essa crise ecológica.
Afastando-se assim da proposta da educação como ato político o que pressupõe a busca ampla de consenso e bases de sustentação para as transformações sociais, caminho alternativo para soluções preconcebidas pela tecnocracia. Com o afastamento da prática política de debate e de diálogo, ficam limites para se passar da tomada de consciência da questão ambiental para articulação de ações concretas, ou seja, não se tem as bases para ultrapassar a fase de conhecimento do problema no sentido da responsabilidade pela construção de alternativas. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao elaborar este artigo se pode perceber que a educação ambiental surgiu em meios aos grandes avanços problemas ambientais, com o objetivo de promover a sustentabilidade e levar as pessoas o conhecimento necessário para que as mesmas pudessem se conscientizar.
Infelizmente o capitalismo ainda domina a sociedade e acabam deixando a preservação do meio ambiente em segundo plano, alguns governos preocupados com essas problemáticas ambientais, estão investindo na promoção da educação ambientais tais como: cursos de aperfeiçoamento de professores e educadores onde temos como exemplo o Brasil em especial no Estado do Pará, onde a Universidade Federal do Pará (UFPA) está promovendo um curso de aperfeiçoamento a distancia em educação ambiental, com o objetivo de formar cidadãos empenhados em lutar e preservar o meio ambiente. O objetivo que se esperava na elaboraçãodo artigo foi alcançado, mas esperamos um empenho maior das pessoas, cobrando das empresas, participando de conferencias sobre o meio ambiente, das políticas públicas, com o intuito de mostrar para as empresas e aos demais cidadãos que só visam o lucro a qualquer custo, que o meio ambiente é o nosso maior bem e sem ele não pode sobreviver.
	
REFERÊNCIA
BRASIL. LEI nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Disponível em: <http://www.lei.adv.br/9795-99.htm>. Acesso em: 28 nov. 2014.
BRASIL. Constituição Federativa do Brasil de 1988 (CF/88). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 28 nov. 2014
FERRERO, Elisabeth M.; HOLAND, Joe. Carta da Terra: reflexão pela ação. São Paulo: Cortez; Instituito Paulo Freire (Guia da escola cidadã), 10.

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