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Tribologia de Elementos de Máquinas Resumo unidade 01 Geometria das superfícies . A maior parte das superfícies de engenharia suscetíveis a desgastes são retificadas ou usinadas. Algumas até mesmo mantem suas superfícies finais do processo de fundição ou forjamento. O grau de rugosidade superficial pode vir a impactar diretamente na taxa e no mecanismo de desgaste da peça. A partir dos perfis das superfícies diversos parâmetros estatísticos podem ser obtidos Formas de levantamento da qualidade superficial MEDIÇÃO MECÂNICA • Apalpadores fabricados com materiais de altíssima dureza para evitar erros durante a medição. • Mecanismos de amplificação das oscilações verticais (alavancas, engrenagens, cremalheiras, etc.) Seu objetivo é fazer com que a leitura dos apalpadores (que é muito pequena) seja captada e representada de forma gráfica. • Vantagens o Versátil na acomodação de diversas formas o Alta Amplitude de resolução • Desvantagens o Técnica muito lenta o Incapacidade de penetrar alguns vales o Possibilidade de danificar a peça MEDIÇÃO ÓTICA O princípio de funcionamento está baseado no ajuste continuo do foco sobre a superfície, e a comparação das variações das distancias focais sucessivas com uma determinada referência. • Vantagens o Medição em 2D-3D o Maior precisão de apalpadores mecânicos o Não há contato com a superfície • Desvantagens o Técnica muito lenta MEDIÇÃO PNEUMÁTICA Funciona de modo que a variação da fenda de medição devido ao movimento do orifício do medidor provoca alterações no fluxo de arou da pressão. Essa variação é então relacionada as mudanças do perfil da superfície. • Vantagens o Ótimo potencial de automação o Evita arranhões na superfície o Limpeza da superfície MEDIÇÃO ELÉTRICA Seu funcionamento é baseado na variação capacitiva entre o aparelho de medição e a superfície medida. • Desvantagens o Necessidade de utilizar um sensor compatível com a superfície MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA O principio de funcionamento do microscópio eletrônico de varredura (SEM) consiste na utilização de um feixe de elétrons, guiado por um sistema específico, que varre a superfície da amostra investigada. Estes elétrons interagem com os átomos da amostra produzindo sinais que permitem a obtenção de informações com a topográfica e a composição da superfície. • Vantagens o Alta resolução o Medição 3D o Não há contato com a superfície Atrito . A força de atrito pode ser definida como a resistência encontrada ao se mover um corpo sobre o outro. 𝜇 = 𝐹 𝑊 Onde: µ = Coeficiente de Atrito F = Força aplicada W = Carga normal Seu valor pode variar de 0,001 para mancais de rolamentos levemente carregados ou 10 para materiais idênticos sob condição de vácuo. Metis em geral, na ausência de lubrificante possuem coeficiente de atrito variando entre 0,1 e 1,0. Leis de Atrito . 1. A força de atrito é proporcional a carga normal. 2. A força de atrito independe da área de contato. 3. A força de atrito independe da velocidade de escorregamento. Essas leis se originam de observações empíricas experimentais e não são validas para todos os casos. • Primeira Lei 𝐹 = 𝜇𝑊 Para vários materiais lubrificados ou com ausência de lubrificação essa relação é absolvida. • Segunda Lei Teoria de Amontons e Coulomb para o atrito . • No modelo Coulomb Energia dissipada pelo atrito = Energia necessária para vencer a gravidade A falha desse modelo se torna aparente ao analisarmos o movimento de B para C. Pois o trabalho realizado para mover o objeto de A para B é recuperado logo em seguida pela força da gravidade. Modelo Clássico para atrito (Bowden e Tabor) . Nesse modelo assume-se que a força de atrito é proveniente de forças de adesão e forças de deformação. 𝐹 = 𝐹𝑎𝑑 + 𝐹𝑑𝑒𝑓 Onde: 𝐹𝑎𝑑: Originada através das forças atrativas entre as asperezas das superfícies. • Estimativa da área de contato Onde: 𝐴𝑟: Área real 𝐴𝑎: Área aparente Onde: H: Dureza, uma medida de compressão que um material consegue suportar. Considerando que: • A soma de todas as junções de contato é igual a 𝐴𝑟 • As junções possuem a mesma resistência ao cisalhamento s. 𝐹𝑎𝑑 = 𝐴𝑟𝑠 𝐴𝑟 ≈ 𝑊 𝐻 𝐹𝑎𝑑 ≈ 𝑊 𝐻 𝑠 𝜇𝑎𝑑 = 𝐹𝑎𝑑 𝑊 ≈ 𝑠 𝐻 Sabendo que para matais dúcteis 𝑌 ≈ 1,7𝑠 𝐻 ≈ 3𝑌 𝜇𝑎𝑑 ≈ 0,2 Onde: 𝑌: Tensão de escoamento por compressão 𝑠: Tensão de escoamento em cisalhamento. No critério de falha de Von Misses Caso fosse utilizado o critério de Tresca o fator de 2. Ou seja, o coeficiente de atrito, nesse caso, não depende da área entre as superfícies. • Componente de deformação Outros efeitos que devem ser incluídos na construção da força de atrito: • Trabalho plástico • Crescimento das junções No modelo anterior foi considerado que a tensão de escoamento era constante (material perfeitamente plástico). Entretanto o endurecimento do material tende a aumentar a razão entre s e H. 𝜇𝑎𝑑 = 𝑠 𝐻 Em geral asperezas estão sob deformação plástica 𝑝0 2 = 𝑝1 2 + 4𝜏2 Critério de Tresca Ou seja, a presença de carga tangencial diminui a tensão normal que a junção está submetida. Critério de escoamento de Tresca: 𝜎𝑦 2 + 4𝜏𝑥𝑦 2 = 𝜎𝑌 2 Onde: 𝜎𝑌 2: Tensão de escoamento do material Coeficiente de atrito em Metais . Deve-se ter em mente que valores para o coeficiente de atrito dependem fortemente das condições experimentais as quais as superfícies em contato encontram-se. • Metais limpos em condições de alto vácuo Nessas condições ligações metálicas muito fortes são estabelecidas e a remoção de material ocorre quando se tenta separar uma superfície da outra. O coeficiente de atrito pode chegar na ordem de 10 ou mais. • Metais semelhantes da presença de ar o Metais, em geral, oxidam até certo ponto quando expostos ao ar atmosférico. o As camadas das superfícies de oxido (1 a 10nm) já aparecem com apenas alguns minutos de exposição. o O coeficiente de atrito entre metais e óxidos é geralmente menor que o do metal puro. • Metais que não dependem da formação de óxidos para apresentarem baixos valores de coeficiente de atrito o O chumbo possui solubilidade baixa nas fases matriciais. O filme de chumbo reduz o atrito o No caso do ferro fundido cinzento o filme é formado por grafite. Essas ligas com baixo coeficiente de atrito e que não dependem da formação de óxidos têm diversas aplicações na engenharia • Buchas de mancais (ligas de cobre contendo chumbo ou bismuto) • Corrediças de maquinário pesado (ferro fundido cinzento) Atrito em materiais cerâmicos . ➢ Nitreto de Silício (Si3N4) Características • Alta resistência em uma ampla faixa de temperatura • Condutividade térmica moderada • Baixo coeficiente de dilatação térmica • Elasticidade e tenacidade altas • Alta resistência ao desgaste Aplicações • Turbinas a gás • Bicos queimadores • Rolamentos • Ferramenta de corte de metais • Esfera de precisão ➢ Carbeto de Silício (SiC) Características • Dureza altíssima (só superado pelo diamante) • Resistente ao desgaste • Inerte a substancias alcalinas e acidas • Suporta elevadas temperaturas • Boa condutividade térmica Aplicações • Material abrasivo (lixas) • Ferramentas de corte • Queimadores • Trocadores de calor • Rolamentos ➢ Alumina (Al2O3) Características • Resistencia a corrosão • Inerte quimicamente• Isolante térmico • Alta dureza • Boa estabilidade térmica Aplicações • Válvula para torneiras • Pistões e camisas • Placa para fornos • Bicos para jatos de alta pressão Materiais cerâmicos também são utilizados para revestimento de outros materiais. Na indústria automotiva os revestimentos cerâmicos são utilizados para: • Melhorar a dureza • Resistencia a corrosão • Altas temperaturas Características básicas de contato entre materiais cerâmicos • A menor ductilidade (cerâmicos) confere uma maior probabilidade de se ter contato elástico entre as asperezas • Forças adesivas entre as superfícies ainda são encontradas (covalente, iônica ou van der Waals), mas não são suficientes para gerar para gerar elevados coeficientes de atrito. • Coeficiente de atrito varia entre 0,25 e 0,8 (semelhante à de metais na presença de filmes óxidos) Apesar de conhecidos pela baixa reatividade, materiais cerâmicos não estão livres de reações tribo químicas Materiais cerâmicos de não óxido (não possuem oxigênio na sua estrutura química) apresentam uma considerável redução no coeficiente de atrito em presença de ar devido a oxidação dos mesmos. • Nitreto de Silício (Si3N4) • Carbeto de Silício (SiC) • Nitreto de Titânio (TiN) • Carbeto de Titânio (TiC) Essa oxidação se dá devido ao oxigênio presente no ar ou através do vapor de água Já os cerâmicos óxidos geralmente reagem com água (estado liquido ou vapor) criando superfícies hidratadas • Zircônia (ZrO2) • Alumina (Al2O3) Introdução à mecânica de contato ... Contatos mecânicos estão presentes em muitas aplicações envolvendo projetos mecânicos. • Engrenagens • Rolamento de Esferas ou rolos • Cames ou seguidores de rolete • Cilindros de Laminação Tipos de Contato . a) Contato incompleto e não conforme b) Contato completo c) Contato incompleto com singularidade d) Contato incompleto e conforme e) Contato com recuo A solução de problemas de contato é complexa e na maioria das vezes requer o uso de elaboradas funções computacionais. Entretanto, do ponto de vista prático, duas geometrias relativamente simples aparecem com frequência. • Contato esfera-esfera • Contato cilindro-cilindro Essas duas geometrias, para alguns casos especiais admitem soluções analíticas para os campos de tensão. Soluções para contatos esféricos e cilíndricos As soluções aqui apresentadas são extremamente uteis na compreensão de mecanismos de falha presentes em componentes mecânicos que envolvem contato. • Fadiga Superficial • Fadiga por fretting • Desgaste ➢ Contato entre esferas Caso o contato for do tipo não conforme, ambos os raios serão positivos. Caso o contato for do tipo conforme, a superfície interna terá raio positivo, já a superfície do corpo externo terá raio negativo. Tensão de Hertz (Esferas) Tensão de Hertz (Carregamento Normal) Tensão de Hertz (Carga Tangencial) Exemplo . Como nesse caso o material é todo o mesmo, em E* (Modo de Elasticidade Equivalente) poderia multiplica a primeira parcela por 2. R1 = Raio da esfera R2 = Raio da pista “O raio de curvatura da pista é plano” então o raio tende a infinito, portanto considera-se R2 = 0. a = Semi largura de contato Desgaste . O degaste consiste na mudança cumulativa e indesejada das dimensões/formas de um componente devido a remoção gradual de partículas das superfícies em contato. O desgaste ocorre quando duas superfícies solidas deslizam uma sobre a outra. O desgaste de uma forma geral é um processo complexo e resulta de diferentes processos que podem ocorrer de forma independente ou combinada. As cinco formas mais comuns de desgaste são: • Desgaste por adesão • Abrasão • Erosão • Corrosão • Fadiga superficial Teoria simplificada do desgaste adesivo . Quando duas superfícies deslizam uma sobre a outra, uma delas ou ambas irão se desgastar. Nesse caso, para modelar e obter uma expressão para quantificar o desgaste iremos utilizar a analise teórica proposta por Holm e independentemente por Archard. Esse estudo servirá como base para conseguirmos desenvolver uma equação que possa relacionar a taxa de desgaste com parâmetros como carregamento e quantidade de deslizamento sofrido entre essas peças. O modelo de Archard, proposto inicialmente para metais, baseia-se nos seguintes fatos: • A área real do contato será definida pela soma total de todas as áreas das asperezas em contato. • O contato entre as asperezas é predominantemente plástico. • A área real é proporcional a carga normal. • O desgaste desse modelo é devido a adesão. Hipóteses simplificadoras: • A região de contato é formada por n asperezas de diâmetro 2a. • A área de contato entre as asperezas é dada por 𝜋𝑎2. • A tensão de escoamento das asperezas é dada por 𝑝0 (material perfeitamente plástico). • O volume de material removido quando as asperezas deslocam uma distância de 2a é 2 3 𝜋𝑎3 (volume de uma semiesfera). • Nem todas as asperezas são removidas durante o processo. Onde: Q: Taxa de desgaste K: Coeficiente de desgaste (adimensional) δP: Carga normal de cada aspereza H: Dureza do material S: Distancia de deslizamento V: Volume de material perdido k: Coeficiente de desgaste específico Para muitos materiais de fato a equação de Archard é válida, porem algumas transições abruptas também são observadas, mas com menos frequência. Compatibilidade metalúrgica no desgaste adesivo Um fator importante que afeta a adesão de metais é a compatibilidade metalúrgica dos matérias em contato. Metais compatíveis são solúveis um no outro e tendem a dissolver-se formando uma liga metálica. Metais incompatíveis tendem a formar poucas junções e essas junções são fracas. Combinações idênticas e compatíveis não devem ser utilizadas em aplicações com deslizamento não lubrificado. Desgaste por Oxidação . A maioria dos desgastes dos metais está sujeito a oxidação quando em presença de ar. Portanto suas superfícies são geralmente cobertas por óxidos. A taxa de oxidação pode ser afetada por: • Perturbação mecânica (remoção de óxidos e exposição do material) • Aumento de temperatura (aumento da difusão de íons através do aumento de vazios na camada de filme) Regime de desgaste • No desgaste severo, as cargas são altas e o contato metálico se faz presente em quase que toda a área de contato (baixa resistência elétrica). Contato metal-metal produz desgaste severo. • No desgaste moderado, as cargas são relativamente baixas e a camada de óxido formada entre as superfícies funciona como uma camada protetiva (alta resistência elétrica). De forma geral, os principais mecanismos controlando a taxa de desgaste são: • Tensões de contato • Taxa de oxidação • Temperatura A temperatura é geralmente controlada pela velocidade de deslizamento. Ela influencia tanto as propriedades mecânicas das superfícies quanto a taxa das reações químicas nas superfícies. Devido à complexidade do fenômeno de desgaste e das diversas variáveis envolvidas no processo, a utilização de mapas de desgaste nos ajuda a compreender melhor o processo. Figura 1: Mapa de desgaste para o escorregamento do aço em um ensaio pino sem lubrificação Apesar desse gráfico se referir ao aço, a maior parte dos materiais metálicos apresenta um comportamento parecido. Neste regime, as cargas são muito altas, a área real do contato tende a ser igual a área aparente e o travamento das superfícies é estabelecido. Altas cargas induzem um alto dano mecânico. Neste regime, têm-se altas cargas e baixas velocidades de escorregamento. As asperezaspenetram a camada de óxido, elevadas tensões são desenvolvidas e detritos metálicos são formados resultando em um desgaste severo. Neste regime, têm-se baixas cargas e baixas velocidades de escorregamento. As asperezas não conseguem penetrar as camadas de óxido. O desgaste moderado se dá pela própria formação dos óxidos. Nos regimes II e III os efeitos térmicos também são desprezíveis. Neste regime, têm-se altas velocidades, mas cargas menores. As temperaturas nesse caso também são elevadas, mas não o suficiente para derreter o material. Porém as altas temperaturas induzem altas taxas de oxidação, que são responsáveis pelo desgaste moderado. Regiões de transição englobando tanto desgaste moderado quanto desgaste severo. Desgaste em Materiais Cerâmicos . Principais características materiais cerâmicas: • Diferem dos metais na natureza de suas ligações Inter atômicas, o que lhes confere uma maior fragilidade. • São mais suscetíveis a fratura frágil do que escoamento plástico. • Tendem a ser menos sensíveis a variações de temperatura • Também estão suscetíveis a reações tribo químicas assim como os metais Para cargas baixas, as forças de deslizamento não serão altas o suficiente para causar fratura das asperezas na superfície e o desgaste será baixo. Cargas elevadas induzem o aparecimento de cargas tangenciais altas o suficiente pra causar fratura frágil na superfície de escorregamento. A fratura geralmente se dá no contorno dos grãos do material. O desgaste em materiais cerâmicos pode ser dominado pelos seguintes fatores: • Fratura frágil • Reações tribo químicas • Escoamento plástico Figura 2: Desgaste alumina para diferentes cargas e velocidade de deslizamento [Hsu e Shen, 1996] O aumento do desgaste com a velocidade com se dá devido a remoção da água adsorvida nas superfícies. Desgaste em polímeros . Ao contrário dos metais e materiais cerâmicos, polímeros apresentam coeficientes de atrito mais baixos (0.1 < 𝜇 < 0.5) Os baixos coeficientes de atrito dos polímeros fazem com que estes muitas vezes sejam utilizados sem nenhum tipo de lubrificação (engrenagens e rolamentos). Polímeros são bem menos rígidos que metais e materiais cerâmicos. Apresentam também resistência mecânica bem menor. Caso as superfícies em contato (material mais duro/contra polímero) sejam bem acabadas, o desgaste resultará principalmente da adesão das superfícies. Caso a superfície do material mais duro apresente elevada rugosidade, o desgaste se dará mais por abrasão. Mecanismos de desgaste coesivo (deformações) O desgaste coesivo resulta das deformações superficiais e abaixo da superfície. As deformações sofridas pelo polímero podem ser permanentes ou elásticas. • Se as deformações forem plásticas, temos o desgaste abrasivo • No caso de deformações elásticas, o desgaste é gerado pela fadiga Mecanismos de desgaste interfacial (adesão) O desgaste interfacial se dá em sua maior parte pela adesão entre as superfícies em contato quando essas são bem acabadas. Este tipo de desgaste resulta na transferência de material polimérico para a superfície mais dura. O desgaste interfacial também pode ocorrer devido a degradação térmica (termofixos). Desgaste abrasivo . No desgaste abrasivo o material é removido por partículas duras ou protuberâncias de uma superfície em contato. Geralmente uma distribuição é feita nessa forma de desgaste • Desgaste abrasivo de dois corpos • Desgaste abrasivo de três corpos Influência da dureza A dureza das partículas envolvidas na abrasão influencia na taxa de desgaste • Partículas com dureza próxima ou abaixo da dureza da superfície geram pouco desgaste. • Por outro lado, a taxa de desgaste não é tão sensível a variação de dureza quando Ha/Hs é grande Onde: Ha: Dureza partícula abrasiva Hs: Dureza da superfície Influência da forma • No desgaste abrasivo, as partículas são geralmente equiaxiais. • Mas suas granularidades podem variar bastante de acordo com seu mecanismo de formação • Partículas angulares geram taxas de desgaste bem maiores Fator de esfericidade (uma das formas mais simples) 𝐹 = 𝐴 𝐴𝑐 = 4𝜋𝐴 𝑃2 Quanto menor o valor de F mais a geometria se afasta de um perfil esférico. Influência do tamanho • O tamanho de partículas abrasivas varia bastante (5µm a 500µm) • Partículas menores induzem uma menor taxa de desgaste O desgaste abrasivo envolve tantos mecanismos de escoamento plástico quanto fratura frágil Geralmente ambos ocorrem durante o processo de desgaste (menos nos materiais muito frágeis). Escoamento plástico Fratura frágil Desgaste por erosão . O desgaste por erosão é causado pelo choque de partículas duras contra uma superfície mais mole. Essas partículas geralmente são movimentadas através de correntes de ar ou um fluido escoando. Métodos de teste . Investigações experimentais são geralmente utilizadas para se compreender melhor os mecanismos de desgaste assim como similar situações práticas de projeto. Principais variáveis dos ensaios • Materiais e acabamentos superficiais das partes de contato • Geometria incluindo forma e dimensões • Cargas aplicadas e tensões de contato • Velocidade de escorregamento • Lubrificação • Condições ambientais Aparatos experimentais para se avaliar os desgastes são chamados de tribômetros. Exceto pelo teste disco-disco, todas as configurações geométricas para se avaliar atrito e desgaste mostradas anteriormente apresentam uma condição de contorno assimétrica. Essa assimetria é responsável por: • Alterar o número de interações por asperezas nas superfícies • Mudar o perfil de temperatura • Modificar os mecanismos de formação de partículas de desgaste e sua remoção na forma de debris. Formas de medir o desgaste: • Verificação de mudanças na massa ou volume do espécimen • Medição continua do deslocamento do corpo de prova através do teste • No desgaste contatos não conformes, a área de contato varia com o desgaste. Neste caso, a quantidade de material removido deve ser relacionada de alguma outra forma com o deslocamento do corpo ou do tamanho da marca de desgaste do espécimen. Em ensaios de desgaste, é recomendável registrar a força de atrito continuamente. Mudanças no coeficiente de atrito podem estar atrelados a diversos fatores que ajudam na compressão dos mecanismos de desgaste, por exemplo: • Formação de quebra de filmes de óxidos • Mudanças no regime de lubrificação para sistemas lubrificados. • Efeitos térmicos etc. • Temperatura ambiente (propriedades mecânicas e reações químicas). • Temperatura do lubrificante (variação da viscosidade do fluido lubrificante) • Composição ar atmosférico (umidade e oxigênio) • Orientação do aparato (desgaste de detritos) Fadiga Superficial . Existem ainda algumas divergências quanto aos mecanismos deste tipo de falha, no caso do rolamento puro: • Uma das teorias mais aceitas é de que as máximas tensões cisalhantes desenvolvidas abaixo da superfície de contato são responsáveis pela iniciação de trincas. Essas trincas se propagam até a superfície gerando a remoção de lascas do material • Outras vertentes acreditam que a crateração se inicia com a propagação de trincas iniciadas na superfície. Estas se propagam de forma horizontalizada até encontrar a superfície livre de contato gerando a crateração. • Possivelmente a presença de imperfeições no material pode vir a favorecer um dos dois tipos de trinca Resistênciaà fadiga superficial Da fadiga convencional, sabemos que carregamentos flutuantes levam a peça a falhar em níveis de tensão menores do que os observados em carregamentos estáticos. Devido as incertezas quanto aos reais mecanismos de falha na fadiga superficial, o que geralmente se faz é associar **um parâmetro de fácil obtenção com os números de ciclos até a falha. **Menor tensão principal abaixo do contato No caso do rolamento puro: −𝑃𝑚á𝑥
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