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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DENTÁRIOS

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PROPRIEDADES
Serve para entender como o material funciona, o que ele é capaz, em que situação ele é indicado ou contraindicado.
De modo geral, as propriedades são determinadas a partir de ensaios laboratoriais e testes clínicos, para descrever suas qualidades, comparar materiais e orientar quanto a indicação e contraindicação 
ANSI: American National Standard Institute
ADA: American Dental Association 
Essas duas agências foram as primeiras a determinar um roteiro para todo material odontológico. Elas são como a Anvisa nos EUA. Por meio dessas agências é feita uma padronização dos materiais, determinando cada composição desses materiais.
Propriedades dos Materiais
· Propriedades físicas
· Propriedades mecânicas
· Propriedades biológicas
PROPRIEDADES FÍSICAS
Ao verificar as instruções de uso dos materiais, verifica-se algumas descrições, como temperatura de fusão, condutividade térmica, difusividade térmica, coeficiente de expansão térmica e reologia.
Temperatura de fusão
- É a temperatura na qual o material passa do estado sólido para o estado líquido. Esta mudança do estado sólido para o estado líquido caracteriza-se pela mudança na organização estrutural dos grupos de moléculas que compõem o sólido.
- Isso vai acontecer em muitos materiais, principalmente os ligados a prótese e alguns ligados à dentística. Na confecção de uma prótese de grande extensão, pode expandir e contrair e nem sempre fica adaptado perfeitamente na boca
- Alguns podem atuar sozinhos ou em conjunto. 
	TEMPERATURA DE FUSÃO
	Material
	Temperatura de fusão (°C)
	Cobalto
	1495
	Ouro
	1063
	Prata
	960
	Alumínio
	660
	
Condutividade Térmica (K)
- Determina a facilidade com que o calor será transferido através do material por meio das interações das vibrações das estruturas cristalinas e pela movimentação de elétrons e sua interação com os átomos (fluxo de energia).
- A condutividade térmica é a quantidade de calor expressa em calorias (ou joules) por segundo, que passa por um material de 1 cm de espessura com uma área de 1 cm² quando a temperatura diferencial entre as superfícies perpendiculares ao fluxo de calor da amostra é de 1ºC.
- A unidade de medida da condutividade térmica é mcal/s.cm².ºC. No SI, a unidade da condutividade térmica é watt por metro por segundo por kelvin (W x m"1 x s"1 x K"1).
- A velocidade de fluxo de calor através da estrutura é proporcional à área. Portanto, se existir uma porosidade na estrutura, a área disponível para a condução será reduzida, assim como também haverá redução na velocidade do fluxo do calor. 
- De acordo com a segunda lei da termodinâmica, o calor se propaga dos pontos de maior temperatura para os de menor temperatura.
- Os materiais que possuem alta condutividade térmica são denominados condutores, e os de baixa condutividade térmica são denominados isolantes, e quanto maior a condutividade térmica, maior a capacidade da substância em transmitir energia térmica, e vice-versa. Ex: entre um metal e um plástico, o metal vai conduzir mais rapidamente o calor. Metal – condutor; polímero – isolante.
- Para entender melhor, basta comparar metal e plástico: o metal vai conduzir rapidamente o calor. Ou seja, a condução do metal vai ser muito mais alta. Dessa forma, ao fazer uma restauração de grande profundidade em um paciente com material de metal, o estímulo por meio de água gelada – ou um café bastante quente – vai chegar mais rapidamente, podendo causar sensibilidade. No entanto, na utilização de resina composta isso não acontece.
- Um alto valor relativo de condutividade térmica de um material indicia que ele não promove um isolamento térmico adequado da polpa. Por essa razão ás vezes, é necessário associar aos materiais restauradores metálicos, como o amálgama, um material de base de outro material com menor condutibilidade térmica.
Difusividade Térmica
- É a medida da velocidade pela qual um corpo de temperatura não-uniforme atinge um estado de equilíbrio térmico. Indica como o calor se difunde através de um material. Ou seja, é a velocidade em que a temperatura vai passar pelo corpo, indicando como esse calor se difunde.
- A eficiência de um material em prevenir a transferência de calor é diretamente proporcional à espessura da camada
- Na cavidade oral, as temperaturas não são mantidas constantes durante a ingestão de alimentos e líquidos. Em virtude da existência deste estado de falta de equilíbrio, a transferência de calor através do material diminui o gradiente de temperatura.
- A equação matemática que relaciona: Difusividade térmica = condutividade térmica / calor específico
- Unidade – m2/s ou cm2/s
- Em um paciente que esteja bebendo água gelada, o baixo calor específico do amálgama e sua alta condutividade térmica favorecem uma situação de choque térmico, que tende a ocorrer com maior facilidade em relação à situação em que somente a estrutura natural de um dente é exposta à água gelada 
 - Embora a condutividade térmica do óxido de zinco e eugenol seja ligeiramente menor que o da dentina, sua difusividade térmica é mais que o dobro da dentina.
- A estrutura dental deve estar presente em espessura suficiente para que os cimentos dentais isolantes sejam eficientes. Quando a camada de dentina entre o fundo da cavidade e a polpa for muito fina, o dentista deverá colocar uma camada adicional de material isolante (cimentos dentais). Portanto, a espessura da dentina remanescente e da base é tão ou mais importante que as propriedades térmicas dos materiais
- Dentes artificiais de prótese total, geralmente são feitas de resina sintética de baixa condutividade térmica. Em uma prótese total superior, sua baixa condutividade térmica tende a prevenir a troca de calor entre os tecidos moles de suporte e a cavidade oral propriamente dita. Portanto, o paciente perde parcialmente a sensação de calor e frio durante a ingestão de alimentos e bebidas. O uso de uma prótese total com base metálica pode ser mais confortável e agradável, sob esse aspecto.
Expansão e Contração Térmica
- A expansão e contração térmica são fenômenos resultantes da variação das dimensões de um corpo em conseqüência da variação de sua temperatura. 
- O modo mais comum de mensurar essa expansão é avaliar o comprimento do material, aquecendo-o a uma certa temperatura e depois mensurando a alteração resultante no comprimento. É percebida macroscopicamente como aumento do volume total de um corpo corresponde a um maior espaçamento entre as moléculas que o compõem.
- Num material restaurador ideal, o coeficiente de expansão térmica deveria ser idêntico ao dos tecidos dentários, para não haver áreas de tensão entre o material e o dente quando sofrerem expansão/compressão. Se esse não for o caso, a troca térmica pode levar a formação de uma fenda/infiltração marginal, pode se descolar dente, e causar sensibilidade.
- Alguns materiais, como a prata, precisam de uma pequena quantidade de energia na forma de calor para elevar sua temperatura e expandir ou contrair rapidamente. Por sua vez, os materiais restauradores como os compósitos apresentam baixa difusividade térmica. Isso fornece alguma proteção contra o estímulo térmico, pois mais energia na forma de calor é necessária para elevar a temperatura e expansão correspondente. Entretanto, se um calor suficiente é fornecido, o material mostrará uma troca expansão/contração significativa com os tecidos dentários.
- Fraturas de peças fundidas podem ocorrer devido à diferença entre a temperatura da peça fundida e a temperatura do resfriamento, quando existe uma grande troca entre o material refratário e a liga fundida, sendo importante a correção das alterações dimensionais devido à adaptação de coroas e pontes.
Coeficiente de expansão térmica
- Mudança em comprimento ou volume de um material, em relação ao seu comprimento ou volume originais, pela variação (elevação) da temperatura
- Essa alteração no comprimento, quando determinada por unidade de comprimento para 1°C de alteração na temperatura, é chamada de coeficiente linear de expansão, α. Essa alteração é tãopequena que é mais comum ser expressa em termos de partes por milhão por grau centígrado (ppm/°C) ou (10-6/ ºC). 
- Unidade = coeficiente linear de expansão térmica α(10-6/°C)
	Coeficientes de expansão térmica linear dos materiais dentários e da estrutura dental
	Material
	α(10-6/°C)
	Cerâmica
	6,6
	Dentina
	8,3
	Titânio puro
	8,5
	Ionômero de vidro tipo II
	11
	Esmalte
	11,4
	Amálgama
	25
	Compósito
	14-50
- Se expandir na mesma velocidade que o dente, é ótimo, porque nenhum dos dois vão criar áreas de tensão, mas se o material tem o coeficiente de expansão térmica muito mais alto do que a estrutura dentária, ele vai expandir com maior velocidade e maior percentual, forçando a estrutura do dente.
- Amálgama tem o coeficiente bem mais alto. Ionômero de vidro é muito semelhante ao dente. A resina composta tem uma grande variação porque depende do tipo.
- A tensão causada na imagem foi tão grande na imagem, que pode causar fraturas nessas regiões do dente
Reologia
- A reologia é o estudo do escoamento dos materiais. 
- Em materiais mais líquidos ou fluidos é mais usado o termo viscosidade, já quando é sólido, é usado o termo escoamento ou creep. 
Viscosidade 
- A viscosidade é a resistência de um líquido ao escoamento.
- Essa resistência ao escoamento (viscosidade) é controlada pelas forças de atrito interno entre os átomos dentro do líquido. É a medida da consistência de um fluido e sua incapacidade ao escoamento. Um fluido altamente viscoso escoa lentamente
- É necessário aplicar a força (F) para vencer o atrito interno do líquido (viscosidade). A tensão é a força por unidade de área que se desenvolve em uma estrutura quando uma força externa é aplicada. A tensão causa uma alteração de comprimento ou deformação.
- Muitos materiais dentários possuem um comportamento pseudoplástico. Sua viscosidade diminui com o aumento da taxa de deformação até alcançar um valor praticamente constante. Os que apresentam uma tendência oposta são denominados dilatantes. Estes tornam-se mais rígidos à medida que a taxa de deformação aumenta (taxa de deformação por cisalhamento).
- A viscosidade de um material dentário pode determinar sua aplicação clínica e como ele deve ser manipulado, podendo ser utilizada para mensurar o tempo de trabalho de um material que irá sofrer uma transformação de líquido para sólido.
- A viscosidade da maioria dos líquidos diminui rapidamente com o aumento da temperatura.
-A viscosidade também depende das deformações anteriores sofridas pelo líquido. Um líquido que se torna menos viscoso e mais fluido sob aplicação repetida de pressão é denominado tixotrópico. As pastas dentais para profilaxias, gessos, cimentos resinosos e alguns materiais de moldagens são tixotrópicos. 
- Por exemplo, esse material, que é silicone de adição e para moldagens de alta precisão, mas para copiar detalhes subgengivais e términos de preparo não é tão preciso. Então há outro silicone de adição, com a consistência mais fluida, e menor viscosidade para conseguir melhorar a capacidade de cópia.
Escoamento
- É um termo utilizado para descrever a reologia dos materiais amorfos, já puxando para o sólido, como ceras, cimento, metal, porcelana, que sofrem transformação de líquido para sólido na boca. Materiais amorfos como ceras e resinas aparentam ser sólidos, mas são líquidos super-resfriados que, quando submetidos a pequenas tensões contínuas, escoam plasticamente (de modo irreversível) ou apresentam deformação elástica (de modo reversível)
 - É a medida do potencial para se deformar de um material sob uma carga estática pequena, mesmo associada ao próprio peso do material. 
- Exemplo: ao colocar um determinado peso X sobre o amálgama, ele pode não se deformar de início, mas à medida que vai colocando mais peso ele vai se deformando. Se ultrapassar o limite do amálgama, ele pode passar do limite do dente, começando a se fraturar, podendo causar sensibilidade, formação de cárie tardia.
Creep
- O creep é definido como a deformação plástica dependente do tempo de um material sob carga estática ou tensão constante. 
- O fenômeno creep é constantemente confudido com escoamento. O creep implica uma pequena deformação produzida por altas tensões relativas durante um longo período, enquanto o escoamento se refere a uma grande deformação produzida de forma mais rápida e sob tensões aplicadas de menor magnitude.
- Em virtude ao baixo ponto de fusão do Hg, o amálgama dental pode sofrer creep em um local restaurado e mantido sob tensão periódica, como o imposto por pacientes que possuem o hábito de cerrar os dentes. Pelo fato de o creep produzir deformação plástica contínua, este processo pode ser destrutivo para uma prótese dentária.
PROPRIEDADES MECÂNICAS 
- Definição: A ciência física que estuda a energia e a força que atuam sobre um corpo e suas conseqüências
- Em odontologia: Conhecer o comportamento dos materiais utilizados na cavidade bucal. As propriedades mecânicas são as respostas mensuradas quando submetidas a uma força aplicada.
- Ex: eu tenho um paciente que um paciente que está faltando um dente e tenho outro que está sem 3 ou 4 dentes. Para o primeiro eu vou indicar uma coroa em resina, e para o outro vou indicar uma prótese metalocerâmica. Isso ocorre porque cada caso vai precisar de uma resistência/força diferente.
Tensão
- Quando uma força atua sobre um corpo, uma reação a essa carga é desenvolvida internamente. Essa reação tem a mesma magnitude e direção, contudo sentido oposto à força externa sendo denominada tensão.
- A tensão é designada como força por área, pelo fato de a força aplicada se distribuir em uma dada área do corpo
- No sistema Internacional de medidas, a tensão é reconhecida em N/m²
De acordo com as diferenças de aplicação da força, tem-se:
- Tensões de tração
- Tensões de compressão
- Tensões de cisalhamento
- Tensões de flexão
- Essas tensões agem simultaneamente a mastigação. A tensão de compressão e flexão entre o alimento e o dente, a tensão de cisalhamento entre a restauração e o dente e a tensão de tração para que o material ajude a triturar o alimento.
- Para saber medir o limite máximo de cada tipo de tensão, este deve ser feito isoladamente
Tensão de tração
- É causada por uma força que tende a esticar ou alongar um corpo
- A tração resulta de um conjunto de duas forças que se afastam uma da outra na mesma linha reta ou quando uma das extremidades é fixa e a outra extremidade é submetida a uma força que se afasta do ponto de fixação.
- Uma tensão de tração está sempre acompanhada por uma deformação de tração. Existem poucas tensões puramente de tração na odontologia, como por exemplo, em prótese fixa, em que uma bala de jujuba pode remover próteses unitárias por meio de uma força de tração quando os pacientes tentam abrir a boca.
- Entretanto, tensões de tração, compressão e cisalhamento podem, também, ser produzidas por uma força de flexão
- Como a maioria dos materiais dentários é friável, eles são altamente suscetíveis à iniciação da trinca na presença de defeitos superficiais quando submetidos a tensões de tração e flexão. 
Tensão de compressão
- É causada por uma força que tende a comprimir um corpo, diminuindo de volume, conforme essa tensão aumenta
- A compressão resulta de um conjunto de duas forças direcionadas uma contra a outra na mesma linha reta ou quando uma superfície é fixa de um lado e o outro lado é submetido a uma força na direção do ponto de fixação
Tensão de cisalhamento
- É a força que tende a resistir o deslizamento de um corpo sobre outro. 
- A força deve ser aplicada adjacente à interface entre os corpos para ser caracterizada como força de cisalhamento
- Um exemplo disso é a restauração. Há o contato do material restaurador com o dente, ao aplicar a força sobre o material restaurador, ele vai causar a tensão de cisalhamento na interface com o dente.
- Tensões de cisalhamento também podem ser produzidas pela torção de um material. Por exemplo, se uma força for aplicada ao longo da superfície do esmalte dental por um instrumento
-Na cavidade oral, uma falha por cisalhamento dificilmente ocorre, por pelo menos quatro razões:
1: Muitos dos materiais friáveis em superfícies de dentes restaurados geralmente apresentam superfícies rugosas e curvas. 
2: A presença de chanfros, biséis ou alterações de curvatura em uma superfície dental aderida dificulta ainda mais a ocorrência de uma falha por tensão de cisalhamento.
3. Para se produzir uma falha por cisalhamento, a força aplicada deve ser localizada imediatamente adjacente à interface. Isso é muito difícil de se conseguir. Quanto mais longe de uma interface a força for aplicada, maior será a tendência de ocorrer
falha por tração em vez de falha por cisalhamento.
4. A resistência à tração de materiais friáveis ou frágeis é geralmente bem inferior aos seus valores de resistência ao cisalhamento; portanto, a falha por tração é mais provável de ocorrer
Tensão de flexão 
- É causada por uma força que tende a dobrar um corpo
- É como se fosse uma ponte. A tensão é aplicada bem no meio do corpo
- O dobramento ou flexão resulta da aplicação de um momento de flexão.
- A força vai ser aplicada no meio, que vai ter resposta.
- No centro vai ter tensões de compressões na hora que o corpo está dobrando. Na parte de baixo, há a tensão de tração. E nos extremos, há tensão de cisalhamento. As 4 tensões correm de forma simultânea na mastigação. 
DEFORMAÇÃO
- A deformação é variação de comprimento relativa de um objeto submetido a uma tensão. 
- É descrita como a mudança no comprimento (L-L0) dividida pelo comprimento original (L0) do corpo quando submetido a uma carga.
-A deformação pode ser tanto elástica ou plástica quanto elástica e plástica.
- Num gráfico de tensão-deformação, antes do limite de proporcionalidade é chamada de região elástica, mas quando um objeto experimenta uma tensão maior do que o limite de proporcionalidade, ocorre uma deformação permanente ou irreversível.
Deformação elástica
- A deformação elástica é reversível. O objeto recupera totalmente a sua forma original quando a força é removida
- Não ultrapassa o limite de resistência do material
Deformação plástica
- A deformação plástica representa uma deformação permanente do material, que nunca se recupera quando a força é removida
- Ultrapassa o limite de resistência do material
- Quando um componente protético, como o braço de um grampo de uma prótese parcial é deformado além do seu limite elástico, indo para a região de deformação permanente, somente a deformação elástica é recuperada quando a força é removida. Portanto, o grampo retornam uma certa quantidade da deformação imposta, que representa recuperação da porção elástica da deformação.
Gráfico tensão x deformação
- Deformação elástica: a deformação é proporcional à tensão. A região onde a curva tensão-deformação é linear é conhecida como região elástica linear, e representa a região onde ocorre a deformação elástica 
- Deformação plástica: a deformação não é proporcional à tensão, retirada a força, o material estará permanentemente deformado
- - - Quando começa a se aplicar força no material, na linha verde, a deformação é proporcional; ao tirar a tensão nessa faixa, o material volta para o estado original. 
- Onde a curva inicia o desvio do seu trajeto linear, o material terá excedido o seu limite de tensão, começando a ocorrer a deformação plástica. Se essa força continua sendo aplicada, vai chegar o momento em que o material vai fraturar.
Esses limites estão próximos um do outro.(x = proporcionalidade; x + 1 = elástico; x+2 = convencional de escoamento
- Limite de proporcionalidade: é o ponto no qual a curva do gráfico deixa de ser uma linha reta. 
- Limite elástico: é a maior tensão que um material pode ser submetido sem que ocorra deformação plástica
- Limite convencional de escoamento: é a tensão mínima necessária para produzir deformação permanente
MÓDULO DE ELASTICIDADE (E)
- Descreve a rigidez do material. Quanto maior o módulo de elasticidade, maior a rigidez. A elasticidade vai ser dada pelo ângulo formado pelo inicio das aplicações das tensões
- Também conhecido como módulo de Young
- O módulo de elasticidade representa a rigidez de um material na região elástica. O módulo de elasticidade pode ser determinado a partir da curva tensão-deformação, pelo cálculo da razão entre a tensão e a deformação ou da inclinação da região linear da curva. 
- Medida através da tangente do ângulo
	- Maior inclinação da reta
	- Maior o ângulo 
	- Maior o módulo de elasticidade
- Maior rigidez
RESILIÊNCIA
- Resiliência é a capacidade de um material para resistir à deformação permanente. 
- Ela indica a quantidade de energia necessária para deformar o material até o limite de proporcionalidade.
- A resiliência é, portanto, medida pela área sob a região elástica de uma curva tensão-deformação
DUCTIBILIDADE
- Ductilidade é a capacidade do material de suportar uma grande deformação permanente sob tensões de tração antes sofrer fratura
- Representa sua capacidade de ser transformado e moldado em forma de fio por meio de tração.
-Em materiais usados ns odontologia, os metais,como ouro, prata e platina são mais maleáveis e dúcteis, enquanto as cerâmicas tendem a ser frágeis.
MALEABILIDADE
- Capacidade do material em suportar uma deformação permanente em se fraturar sob tensões de compressão
- Capacidade de formar lâmina
- Dos metais de interesse para o dentista, o ouro, a prata e o cobre são os materiais com maior maleabilidade
FRIABILIDADE
- Incapacidade do material suportar deformação plástica antes de fraturar
- O material fratura próximo ao limite de proporcionalidade
- Não ultrapassa o limite de proporcionalidade por ter elasticidade muito baixa. Vidro pode receber força de tensão e deformação elastica, mas não pode ter deformação plástica
TENACIDADE
- É a quantidade de energia de deformação elástica e plástica necessária para fraturar o material
- Área total do gráfico tensão/deformação 
- Constitui uma medida de resistência à fratura
- Quanto maiores forem a resistência e a ductilidade, maior será a tenacidade. Portanto, pode ser concluído que um material tenaz é geralmente mais resistente, embora um material resistente não seja necessariamente tenaz.
PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA
FADIGA
- É um tipo de falha estrutural causada pela aplicação cíclica de carregamento fixo ou variável
- Esses impactos mecânicos do ultimo gráfico, quando freqüentes causa fadiga, que pode causar uma rachadura inicial, que pode ser imperceptível. Se os impactos continuam a rachadura vai crescendo causa uma trinca, até quebrar.
Considerações gerais sobre fadiga
- Responsável por 90% das falhas em estruturas protéticas em cerâmica. Outros materiais como resina, amalgama, ionômero de vidro também sofrem fadiga
- Caracterizada pela formação e propagação de trincas
- Causa redução significativa na resistência dos materiais
- Causa fratura frágil em materiais dúcteis
.
TESTE DE DUREZA
- Dureza relativa é a capacidade de resistir ao risco ou à penetração
- O teste de dureza é feito em muitos materiais conforme o seu substrato. É feito para avaliar dureza do esmalte após clareamento, por exemplo. 
- Para avaliar a dureza de diferentes substratos, profundidade de polimerização em compósitos, grau de conversão em compósitos
- No teste de dureza de Brinell, uma esfera de aço é prensada com uma carga específica sobre a superfície polida de um material e quanto menor a penetração, mais duro será o material. Tem sido usado extensivamente para determinar a dureza de metais e materiais metálicos utilizados na odontologia. 
- O teste de dureza Rockwell é semelhante ao teste Brinell, no qual uma esfera de aço ou ponta de diamante cónica é usada. Em vez de mensurar o diâmetro da penetração, a profundidade é medida diretamente por um dispositivo acoplado ao instrumento
- Vickers: utiliza-se uma pirâmide com base quadrada. O teste é adequado para se determinar a dureza de materiais friáveis, como porcelana, portanto, ele tem sido usado para a quantificação da dureza da estruturadental.
-Knoop: O formato da penetração é de losango, e o comprimento da maior diagonal é medida. Muito usadas para compósito e ionômero de vidro
- Os testes de dureza Knoop e Vickers são classificados como de microdureza, em comparação com os testes de macrodureza tipo Brinell e Rockwell.
PROPRIEDADES QUÍMICAS
SOLUBILIDADE
- A capacidade que uma substância tem de se dissolver em outra, expressa pela concentração da solução saturada.
- Todo material sofre principalmente na mastigação e saliva, porque a água é um dos solventes mais crueis que existem 
- O dentista faz uma restauração belíssima com resina composta. Com o tempo, a umidade, meio ácido, meio básico e outros aspectos, podem fazer com que haja uma solubilidade inicial para o meio. Mais a frente, percebe-se que essa restauração está alterada pela mudança de cor, por fendas, fraturas.
Sorção de água
- A sorção de água é a entrada de água e a liberação dos componentes do material para o meio. Ou seja, a água entra no bloco de resina e, por isso, esse bloco passa a liberar componentes – o que vai causar perda de cor, perda de propriedades (perde resistência), variação volumétrica, degradação.
- Geralmente é desejável que tanto a sorção da água quanto a fração solúvel dos polímeros sejam a menor possível. Isso assegura que o polímero mantém suas propriedades características, e que nenhum componente seja lixiviados para fora, o que pode influenciar negativamente a biocompatibilidade do material.
CORROSÃO
- Desgaste ou modificação química ou estrutural de um material, provocados pela ação química ou eletrolítica espontânea de agente do meio ambiente. É o contato do meio básico/ácido com o metal.
- Por exemplo: amálgama, que inicialmente fica um metal bastante brilhante, mas com o tempo sua coloração fica bem alterada, fica bem rugosa e bem irregular. Isso ocorre por corrosão do meio.
CORROSÃO GALVÂNICA
- A corrosão galvânica ocorre quando dois metais diferentes são combinados, resultando na corrosão significativamente maior de um dos metais.
- Um exemplo clássico disso é a corrosão do zinco com a platina. A platina reage muito rapidamente com os íons hidrogênio que são fornecidos pelo ácido, e elétrons liberados, produzindo hidrogênio (que é um exemplo de um processo catódico). Isso gera um desequilíbrio elétrico entre o zinco e a platina, assim elétrons fluem do zinco para a platina, levando o zinco a corroer mais rapidamente quando estiver em contato com a platina.
- Choque galvânico: curto circuito em uma célula eletrolítica

Outros materiais