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ATIVIDADE AVALIATIVA - 15-10-2021

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Questões:
1) Caso o devedor não faça o depósito judicial (consignação em pagamento) integral da dívida, qual é o posicionamento pacífico do STJ (REsp 1.108.058-DF)?
Neste caso negou-se provimento ao recurso especial, para os efeitos repetitivos, restou fixada a seguinte tese: "Em ação consignatória, a insuficiência do depósito realizado pelo devedor conduz ao julgamento de improcedência do pedido, pois o pagamento parcial da dívida não extingue o vínculo obrigacional".
2) O pagamento realizado reiteradamente pelo devedor em local diverso do ajustado em contrato é um exemplo do que se denomina supressio.
Verdadeira de acordo com o art.330 do Código Civil. A supressio, como modalidade de limitação aos negócios jurídicos, decorre da inércia prolongada do titular do direito que faz nascer uma perspectiva no devedor.
3) André entabulou com Enzo dois negócios distintos, em razão dos quais se obrigou a pagar a este as quantias de R$ 1.000,00 e de R$ 500,00, sendo a primeira dívida onerada pela fixação de juros moratórios, e a segunda, apenas pelo estabelecimento de multa. Vencidas as dívidas, André, que só dispunha de R$ 600,00, propôs pagar parte do capital da primeira dívida, já que esta era a mais onerosa. Encontrou, no entanto, resistência de Enzo. Com base na situação hipotética acima descrita, por oferecer quantia diversa daquela efetivamente devida, André, na verdade, tentou utilizar-se da dação em pagamento.
Falsa. Por dispor de quantia insuficiente ao pagamento integral da primeira obrigação, André não podia servir-se da imputação em pagamento para determinar qual das duas obrigações seria saldada.
4) Remição é a renúncia gratuita do crédito.
Falsa A remissão segundo, Tartuce: é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor, estando tratada entre os artigos 385 a 388 do CC em vigor.
5) João é locatário de um imóvel residencial de propriedade de Marcela, pagando mensalmente o aluguel por meio da entrega pessoal da quantia ajustada. O locatário tomou ciência do recente falecimento de Marcela ao ler “comunicação de falecimento” publicada pelos filhos maiores e capazes de Marcela, em jornal de grande circulação. Marcela, à época do falecimento, era viúva. Aproximando-se o dia de vencimento da obrigação contratual, João pretende quitar o valor ajustado. Todavia, não sabe a quem pagar e sequer tem conhecimento sobre a existência de inventário. Nesse caso como  João deve proceder para adimplir com sua obrigação?
João estará autorizado a consignar em pagamento o valor do aluguel aos filhos de Marcela, diante da recusa injustificada do credor em receber, da dúvida do devedor quanto a quem deve se pagar ou da dificuldade em realizar esse pagamento, a lei permite que o sujeito passivo se utilize do procedimento de consignação (arts. 334 a 345 do CC e arts. 539 a 549 do CPC).

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