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CLAUSULA PENAL

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TEORIA DAS OBRIGAÇÕES – CLAUSULA PENAL 
 
 art. 408 até art. 416 do CC. 
 
o TERMINOLOGIA: 
 
clausula penal é a mesma coisa que multa 
contratual/pena contratual. 
 
o CONCEITO: 
 
Trata-se de uma cláusula acessória em que se 
prevê uma multa para o contratante que 
descumprir, no todo ou em parte, uma 
obrigação (contrato). 
 
o FUNÇÕES: 
 
− Assegurar o exato cumprimento da 
obrigação; 
 
− fixar, antecipadamente, o valor das perdas 
e danos; 
 
o ESPÉCIES: 
 
• clausula penal compensatória: buscar 
compensar o cumprimento total do 
contrato. O inadimplemento completo da 
obrigação abre ao credor um tríplice 
alternativa: 
− Pleitear a pena compensatória 
correspondente à fixação antecipada 
dos prejuízos. 
− postular o ressarcimento das perdas e 
danos, arcando com o ônus de provar o 
prejuízo. 
− exigir o cumprimento específico da 
obrigação. 
 Em nenhum desses casos poderá haver a 
cumulação de pedidos. 
 
• clausula penal moratória: 
− Para o caso de mora; 
− para o caso de infração de cláusula 
especial. 
 
 Embora raro, um contrato pode prever 3 
cláusulas penais de valores diferentes: uma, de 
valor elevado, para o caso de inadimplemento 
total (compensatória); outra, para garantir a 
observância de uma cláusula especial (ex.: a 
cor ou o modelo do carro adquirido) – moratória; 
outra para sancionar o mero atraso (moratória). 
o LIMITES: 
 
− Art. 412/CC: o valor da cominação 
imposta na cláusula penal não pode exceder o 
da obrigação principal (para o caso de cláusula 
penal compensatória). 
 
− Art. 1.336, §1: 2% em caso de 
condomínio. 
 
− Art. 52, §1/CDC: 2% em caso de mora 
decorrente do inadimplemento de contrato de 
consume. 
 
o HIPÓTESE DE REDUÇÃO DA CLÁUSULA 
PENAL: 
 
• Art. 413: a penalidade deve ser reduzida 
equitativamente pelo juiz se a obrigação 
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o 
montante da penalidade for manifestamente 
excessivo, tendo-se em vista a natureza e a 
finalidade do negócio. 
 
 Na primeira parte do dispositivo 
(cumprimento parcial), a redução observará o 
princípio da proporcionalidade. 
 
 Na segunda parte (excessividade do 
valor da cláusula, em razão da natureza e 
finalidade do negócio), a redução observará o 
princípio da ponderação. 
 
o INDENIZAÇÃO COMPLEMENTAR – SÓ SE 
PREVISTA: 
 
• Art. 416: para exigir a pena convencional, 
não é necessário que o credor alegue prejuízo. 
 
§ único: ainda que o prejuízo exceda ao 
previsto na cláusula penal, não pode o credor 
exigir indenização suplementar se assim não foi 
convencionado. Se o tiver sido, a pena vale 
como mínimo da indenização, competindo ao 
credor provar o prejuízo excedente (cláusula 
penal punitiva). 
 
o CLAUSULA PENAL E OBRIGAÇÕES 
DIVISIVEIS E INDIVISIVEIS: 
 
• Art. 414: sendo indivisível a obrigação, 
todos os devedores, caindo em falta um deles, 
incorrerão na pena; mas esta só se poderá 
TEORIA DAS OBRIGAÇÕES – CLAUSULA PENAL 
 
demandar integralmente do culpado, 
respondendo cada um dos outros somente pela 
sua quota. 
 
§ único: aos não culpados fica reservada a 
ação regressiva contra aquele que deu causa à 
aplicação da pena. 
 
• Art. 415: quando a obrigação for divisível, 
só incorre na pena o devedor ou o herdeiro do 
devedor que a infringir. e proporcionalmente à 
sua parte na obrigação. 
 
 
DIVISÍVEL 
Só pratica a pena o 
devedor ou o herdeiro do 
devedor. 
 
INDIVISÍVEL 
Todos os devedores 
praticam a pena.

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