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Gengivite Ulcerativa Necrosante

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Processos agudos em 
periodontia 
• As doenças agudas tem um curso 
acelerado, um início dos sintomas pode 
ser abrupto, seguindo-se uma fase de 
deterioração até um máximo de sintomas 
e danos, e uma fase de plateau, com 
manutenção dos sintomas e 
possivelmente novos picos. 
• As doenças crônicas incluem condições 
em que os sintomas existem 
continuamente, causadas por 
organismos invasores com os quais já foi 
atingido um estágio de equilíbrio. A 
cronificação é para manter a homeostase 
do organismo. 
Gengivite Ulcerativa 
Necrosante (GUN) 
• Doença microbiana na gengiva que ocorre 
devido um déficit na resposta do 
hospedeiro. 
• Caracteriza-se por necrose e 
descamação do tecido gengival. 
• A microbiota cultivada consiste em 
Prevotella intermedia e espécies de 
Fusobacterium, as observações 
constantes revelam a presença de 
espécies como Treponema e 
Selenomonas – espiroquetas e bactérias 
fusiformes / do complexo Laranja 
• Resposta imunológica / inflamatória 
• Forma pontos de necrose gengival 
• Pode sobrepor-se à gengivite crônica ou 
a bolsas periodontais, considerados 
fatores de risco à doença 
• A presença de placa em algum nível é 
fundamental para o acontecimento da 
doença, visto que é uma infecção / 
inflamação causada por placa 
• Em paciente imunodeprimidos, a 
necessidade de grandes quantidades de 
placa é questionável 
 
Características clínicas 
• Doença aguda 
• A gravidade da GUN normalmente se 
reduz sem tratamento, o que leva a um 
estágio subagudo, com sintomas clínicos 
mais leves. 
• História de remissões e exacerbações 
repetidas, e a patologia também pode 
recorrer em pacientes previamente 
tratados. 
• Único dente, grupo de dentes ou por toda 
a boca. 
• A GUN pode causar destruição tecidual, 
envolvendo o aparelho de inserção 
periodontal 
• Quando ocorre perda óssea, a condição é 
chamada de periodontite ulcerativa 
necrosante (PUN). 
 
Histórico 
• Se caracteriza pelo início súbito dos 
sintomas, após um episódio de doença 
debilitante ou de uma infecção aguda do 
trato respiratório. 
• O paciente apresenta um histórico de 
alterações nos hábitos de vida, trabalho 
intenso sem repouso adequado, má 
nutrição, tabagismo e estresse psicológico, 
não é transmissível 
• O fator imunológico é importante mesmo 
que o paciente possua bactérias 
causadora em sua microbiota oral 
residente. 
Sinais orais 
• As lesões características são depressões 
semelhantes a crateras na crista das 
papilas interdentárias, estendendo-se 
para a gengiva marginal e, raramente, 
para a gengiva inserida e a mucosa oral; 
• A superfície das depressões gengivais é 
recoberta por epitélio necrosante 
pseudomembranoso acinzentado, 
demarcado do restante da mucosa 
gengival por uma região de eritema linear 
pronunciado 
• Em alguns casos, a pseudomembrana 
(camada amarelo-esbranquiçada de 
consistência macia, fibrina e tecido 
necrótico formado por leucócitos, 
eritrócitos e uma massa bacteriana) de 
superfície é desnudada, expondo a 
margem gengival, que se apresenta 
vermelha, brilhante e hemorrágica; 
• As lesões características podem destruir 
a gengiva e os tecidos periodontais 
• Hemorragia gengival espontânea ou 
sangramento intenso 
• Odor fétido e aumento da salivação 
• Pode ocorrer em bocas saudáveis ou 
sobrepor-se à gengivite crônica ou a 
bolsas periodontais 
• Não levam à formação de bolsas 
periodontais e perda de inserção, pois 
as alterações necróticas envolvem epitélio 
juncional 
• Rara em bocas edêntulas 
 
Sintomas orais 
• Sensíveis ao toque, e o paciente se queixa 
de dor incômoda e persistente 
intensificada pela ingestão de alimentos 
quentes ou picantes e pela mastigação. 
• O paciente relata uma sensação de gosto 
“metálico” e está consciente de uma 
quantidade excessiva de saliva “pastosa”. 
• Mal cheiro 
• Linfadenopatia local (inflamação e 
inchaço dos gânglios linfáticos) 
• Elevação da temperatura 
 
Sinais e Sintomas Extraorais e Sistêmicos 
• Linfadenopatia local e ligeira elevação da 
temperatura são características dos 
estágios leve e moderado. 
• Nos casos graves, pode haver febre alta, 
aumento da frequência cardíaca, 
leucocitose (glóbulos brancos estão acima 
da faixa normal), perda do apetite e apatia. 
• As reações são mais graves em crianças. 
• Insônia, constipação, distúrbios 
gastrointestinais, cefaleia e depressão 
mental ocasionalmente acompanham a 
patologia. 
Evolução clínica 
• Se não tratada, pode levar à destruição 
do periodonto e retração gengival, 
acompanhada por um aumento na 
gravidade das complicações sistêmicas. 
 
Evolução clínica 
• Em casos muito raros, que envolve além 
da mucosa inserida, foram descritas 
sequelas como estomatite necrosante e 
noma. Estão ligados a pacientes com 
desnutrição e/ou HIV+. Pode levar a uma 
extensa exposição óssea; 
• Caracterizada pela destruição dos 
tecidos moles orais e do osso, e que sem 
tratamento o processo necrosante se 
espalha rapidamente para a mucosa da 
bochecha ou lábio com subsequente 
destruição total da mucosa, músculo e 
pele. 
Periodontite Ulcerativa 
Necrosante (PUN) 
• Inserção periodontal e à perda óssea 
• Níveis de gravidade diferentes 
• Evolução da GUN 
• Curso evolutivo diferente sendo GUN uma 
precursora da PUN 
• Não formam bolsa periodontal, pois as 
alterações necróticas envolvem epitélio 
juncional, sendo que o processo 
necrótico não tem tempo de formar, 
causando apenas destruição 
• TRATAMENTO: remoção do tecido 
necrótico 
• Presença de sequestro ósseo (fragmento 
de osso necrótico que se separa do osso 
vitalizado) com necessidade de remoção; 
• Pacientes com imunodeficiência severa e 
diagnóstico de PUN podem perder mais 
de 90% de inserção periodontal e 10mm 
de osso em um período entre 3-6 meses. 
 
Características clínicas 
• Necrose e ulceração da papila interdental 
e da margem gengival, com uma gengiva 
marginal dolorosa de coloração vermelho-
brilhante e que sangra facilmente. 
• Progressão destrutiva da doença, 
incluindo as perdas óssea e de inserção. 
• Profundas crateras ósseas interdentais 
• A necrose do epitélio juncional cria uma 
úlcera que impede essa migração do 
epitélio juncional e a bolsa não pode ser 
formada. 
• Grave perda óssea, mobilidade dentária e 
perda dentária 
• Mau hálito, febre, mal-estar ou 
linfadenopatia. 
 
Progresso para a estomatite ulcerativa 
necrosante 
• Pacientes com PUN mostraram uma 
probabilidade 20,8x maior de ter 
contagens de CD4+ abaixo de 200 
células/mm3, comparados com os 
pacientes HIV positivo sem PUN. 
 
 
 
Tratamento 
• Remover parte do tecido necrosado 
superficial (pseudomembrana), 
desbridando a lesão sem que este 
processo seja desconfortável ao paciente, 
profilaxia; 
• Profilaxia e raspagem; 
• Bochecho à base de Clorexidina e 
antibiótico terapia conjugado de 
Amoxicilina 500mg e Metronidazol 
400mg por 7 dias (efeito contra Gram-
negativos) e também um analgésico para 
controle de dor. 
• O acompanhamento é importante, para 
que seja realizado uma raspagem 
superficial em um momento mais 
oportuno, ou raspagem vigorante para 
casos de PUN. 
• Laser terapia para ajudar no processo de 
recuperação tecidual. 
• Cirurgia gengival para correção de certos 
defeitos papilares. 
 
Gengivoestomatite herpética 
 
• Possível diagnóstico diferencial para 
alguns casos de GUN; 
• Infecção da cavidade oral causada pelo 
vírus do herpes simples do tipo1 (HSV-1) 
– Dna Vírus; 
• Mais comum em crianças, mas 
normalmente a infecção primária por 
herpes é assintomática e autolimitante; 
• Região interdental; 
• O HSV ascende por nervos sensoriais e 
autônomos, onde persiste como vírus 
latente nos gânglios neuronais que 
inervam a região; 
• Manifestação inclui gengivite grave, 
dolorosa, com vermelhidão, ulcerações 
com exsudato sorofibrinolento e edema 
acompanhado de estomatite;• Formação de vesículas, de 1 a 2mm, que 
se rompem um período de 24hrs, 
coalescem e deixam úlceras recobertas 
de fibrina; 
• Febre (38,3 ºC - 40,6 ºC) e linfadenopatia; 
• Recuperação ocorre espontaneamente 
sem formação de cicatrizes em 10-14 dias; 
• Acometimento na gengiva marginal, lábio, 
língua, mucosa de revestimento, região 
perioral e palato; 
• O rompimento das vesículas está 
relacionado aos episódios de dor, 
sensibilidade a estímulos térmicos, 
dificuldade à deglutição; 
• O vírus atinge as células epiteliais, que 
apresentam “degeneração balonizante”, 
que consiste em acantólise, clareamento 
nuclear e aumento nuclear. Essas células 
são chamadas de células de Tzanck. 
 
 
• Trata-se de uma condição contagiosa 
(infecção cruzada); 
• Esbranquiçada; 
• Analgésico; 
• Difere-se da Ulcera Aftosa Recorrente pois 
esta se apresenta apenas em mucosa de 
revestimento; 
• Em alguns casos pode ser diagnóstico 
diferencial para Líquen Plano, Eritema 
Multiforme e GUN. 
• Seu tratamento inclui remoção cuidadosa 
da placa, para limitar a superinfecção 
bacteriana das ulcerações, o que retarda 
a cicatrização; 
• Casos graves, incluindo pacientes com 
imunodeficiência, é recomendada a 
utilização sistêmica de drogas antivirais, 
tais como aciclovir, valaciclovir ou 
fanciclovir; deve-se ter uma conversa com 
o médico; 
• Tratamento dos sintomas sistêmicos; 
• Quadro auto resolutivo, recomendação de 
dieta líquida, além de hidratação. 
 
Pericoronarite 
 
• Gengivite do semi-incluso 
• Inflamação / infecção da gengiva 
relacionada com a coroa de um dente com 
erupção incompleta; 
• Com frequência nos terceiros molares; 
• O espaço entre a coroa do dente e o 
capuz pericoronario sobreposto é uma 
área ideal para o acúmulo de restos 
alimentares e crescimento bacteriano; 
• Paciente não consegue higienizar; 
• As vezes o fator trauma está associado; 
• O líquido inflamatório e o exsudato 
celular aumentam o volume do capuz, 
que pode interferir no fechamento dos 
maxilares e ser traumatizado pelo contato 
com o maxilar oposto; 
• O paciente pode apresentar febre, trismo 
e linfonodomegalia submandibular; 
• O tratamento depende do grau de 
envolvimento sistêmico que o paciente 
apresenta; 
• Muitas das vezes, a remoção mecânica 
da placa bacteriana acumulada, além da 
realização de bochechos de clorexidina 
podem diminuir o grau de inflamação e 
infecção e facilitar a medida de tratamento 
final que muitas vezes envolve remoção 
do terceiro molar; 
• Em outros casos, além disso pode ser 
necessário a associação de anti-
inflamatórios e até mesmo antibióticos 
para controle da infecção; 
• Antibioticoterapia em casos sépticos 
como febre, linfonodos palpáveis, trismo e 
casos mais graves (sistêmicos); 
• Possível disseminação para região 
orofaríngea (amigdalite) e para a base da 
língua, dificultando a deglutição; 
• A ocorrência de abcesso peri tonsilar, 
celulite e angina de Ludwig é incomum, 
mas são sequelas potenciais da peri 
coronarite aguda. 
 
Abscesso gengival e 
periodontal 
 
 
• Inflamação / infecção purulenta 
localizada no tecido periodontal, que causa 
dor e tumefação; 
• Abscesso gengival: sítios previamente 
sadios e causado por impactação de 
corpo estranho; 
• Abscesso periodontal: agudo ou crônico, 
relacionado à bolsa periodontal; 
• Abscesso peri coronário: dentes não 
completamente erupcionados; 
• O abcesso pode ser indicativo de um 
período ativo de atividade de doença; 
• Formação de abcesso ocorre devido o 
fechamento marginal de bolsas 
periodontais profundas e a falta de 
drenagem natural; 
• Secreção purulenta formada é 
consequência do encapsulamento da 
massa bacteriana e da reação 
inflamatória aguda do tecido, e nela estão 
presentes uma alta concentração de 
leucócitos promovendo destruição do 
tecido conjuntivo; 
• Existência de bolsas profundas, tortuosas 
e de concavidades profundas associadas 
com lesões de furca pode favorecer a 
formação da condição aguda; 
• Em alguns casos, pode ser possível o 
aparecimento de fístulas, o que dificulta o 
diagnóstico diferencial de quadros 
endodônticos; 
• Ausência de caries ou restaurações 
profundas podem facilitar ao fechamento 
do diagnóstico; 
• Em alguns casos abcesso pode ocorrer 
após terapia não cirúrgica; 
• Presença de pequenos fragmentos de 
cálculos remanescentes que obstruem a 
entrada da bolsa; 
• A desinflamação da bolsa e remissão do 
edema pode facilitar o aparecimento do 
abscesso. 
• Abscesso periodontal pós-antibiótico 
• Tratamento com antibióticos sistêmicos 
sem desbridamento subgengival; 
• Seleção de bactérias 
periodontopatógenas protegidas de agente 
antimicrobianos, levando a uma 
superinfecção; 
• O abcesso pode influenciar diretamente 
o prognóstico de um dente após 
tratamento; 
• Dentes com periodonto reduzido podem 
ter perda adicional de tecido de suporte, 
podendo evoluir para perda do dente; 
• Alguns abcessos periodontais podem ser 
sugestivos de fraturas dentais; 
• Nestes casos, existirá sondagem 
periodontal aumentada na região da 
fratura, sem outro ponto de 
comprometimento. 
 
Por Ana Nascimento 
IG: @loiraodontho

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