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ATIVIDADE DISCURSIVA
O laudo psicológico é um tipo importante de documento produzido pelo psicólogo, sendo utilizado em inúmeras situações profissionais, pode ser entendido como uma forma de comunicar o resultado final de um trabalho de avaliação psicológica, apresentando de forma sistemática como esta foi realizada. A estruturação adequada do laudo psicológico é de extrema importância para que a comunicação entre o psicólogo e seu interlocutor seja eficaz.
Disserte sobre os principais aspectos do laudo psicológico.
Resposta:
Na prática clínica o psicólogo realiza atendimentos durante as consultas e posteriormente conclui o processo do diagnóstico após informações coletadas por meio de práticas específicas, na qual o profissional se encontra capacitado. 
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2003), a avaliação psicológica é definida como um processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, através de estratégias psicológicas [...] que resultam da relação do indivíduo com a sociedade (CFP, 2003 apud OLIVEIRA, 2018, p. 03).
O laudo psicológico é uma prática registrada e respaldada pelo Conselho Federal de Psicologia, onde direciona o profissional a elaborar o mesmo através do seguimento das normas e diretrizes dentre outros documentos. Sendo assim, uma escritura com informações concisas, acurada e ampla, com o efeito de referir, examinar e incluir dados coletados no decorrer do parecer psicológico, o que será exposto no final o diagnóstico e/ou prognóstico dando subsídios aos atos, resoluções e encaminhamentos ao caso.
De acordo com a tese de doutorado Oliveira (2018 apud Shine, 2009): 
na justificativa do CFP para a elaboração de tal manual, considera-se que o psicólogo tem sido solicitado a apresentar informações documentais no exercício profissional, destacando a necessidade de referências para subsidiar a produção qualificada de trabalhos recorrentes de avaliação psicológica. Tal necessidade levou em conta ainda a frequência com que representações éticas são desencadeadas a partir de queixas que colocam em questão a qualidade dos documentos escritos, decorrentes de avaliação psicológica, produzidas pelos psicólogos (Resolução CFP, 2001).
Dentre algumas resoluções do Conselho Federal de Psicologia disposto a de número 07/2003 instrui sobre o manual de elaboração de documento:
a avaliação psicológica é entendida como o processo científico de coleta de 
dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, e estratégias psicológicas, tais como: métodos, técnicas e instrumentos [...]. O presente Manual tem como objetivos orientar o profissional psicólogo na confecção de documentos decorrentes das avaliações psicológicas e fornecer os subsídios éticos e técnicos necessários para a elaboração qualificada da comunicação escrita (CFP, 2002, P. 03).
Esse manual auxilia e orienta os psicólogos a encontrar etapas para a elaboração do documento e as exigências que deve conter no laudo para os profissionais da área. Entretanto, o laudo será considerado finalizado quando passar por um processo juntamente a equipe multidisciplinar, da área clínica antes de chegar no seu objetivo final.
Todas as informações contidas no laudo são de importância clínica e de cunho pessoal do cliente, que deve ser realizado com ética, sigilo profissional e ressalvando às relações com a justiça. O psicólogo ao avaliar uma conjunção de informações, deve levar em consideração todos os aspectos que trouxeram aos fatores relativos ao cliente. Contudo, os testes psicológicos quando aplicados ao cliente têm de ser utilizados para que a relação não se torne unilateral.
Outro ponto relevante foi a elaboração da Resolução do CFP nº 05/2012, que define o teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e regulamenta sua elaboração [...]. Este documento apresenta importantes orientações sobre os requisitos mínimos necessários para atestar a qualidade dos testes (OLIVEIRA, 2018, P. 03). 
É conveniente saber que a avaliação psicológica deve manter um compromisso ético e humanitário, que leve a compreender as técnicas utilizadas, suas funções, vantagens e limitações (OLIVEIRA, 2018, P. 03). 
O seu objetivo não é rotular, mas sim, descrever, por meio de técnicas reconhecidas e de uma linguagem apropriada, a melhor compreensão de alguns aspectos da vida de uma pessoa (OLIVEIRA, 2018, P. 03). 
Segundo a Resolução do CFP, n°07/2003, os resultados das avaliações psicológicas devem considerar a influência do contexto e seus efeitos no psiquismo, devendo servir como instrumento para atuar não somente no indivíduo, mas na modificação dos condicionantes históricos e sociais (OLIVEIRA, 2018, P. 03). Ainda, a mesma Resolução menciona sobre proporcionar diretrizes sobre os documentos psicológicos, suas finalidades e suas estruturas.
Vale ressaltar a diferença entre a avaliação psicológica e a testagem psicológica: 
a primeira refere-se a um processo amplo que envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações e análise de documentos. A testagem psicológica, portanto, pode ser considerada uma etapa da avaliação psicológica, que implica a utilização de teste(s) psicológico(s) de diferentes tipos (CFP, 2007 apud OLIVEIRA, 2018, P. 04).
Conforme apresentada na Resolução CFP (06/2019), laudo psicológico “é o resultado de um processo de avaliação psicológica, com finalidade de subsidiar decisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda”.
Sendo assim, para a elaboração do laudo se faz necessário a utilização da norma técnica escrita e da linguagem, envolvendo os princípios científicos, éticos e técnicos. Esta deve ser descrita em texto corrido no formato de redação estruturada e formal, sendo expressivas em termos profissional, de forma que, possa garantir a interpretação do mesmo por profissionais da mesma categoria ou multidisciplinar, garantido uma comunicação precisa e técnica e evitar várias interpretações e errôneas. 
Falhas na organização da escrita geram, não apenas dúvidas quanto à compreensão dos resultados, mas também coloca em descrédito a própria capacidade técnica do psicólogo. A Resolução explica que, a comunicação dos documentos, deve apresentar qualidades como clareza, concisão e harmonia (OLIVEIRA, 2018, P. 04).
Sobre a escrita, a redação precisa ser bem estruturada, a linguagem clara, inteligível, precisa, compreensível e concisa, ou seja, deve-se restringir somente às informações que se fizerem necessárias. Deve ainda adotar uma linguagem escrita utilizando-se de princípios éticos, técnicos e científicos da profissão.
Sendo Silva e Alchieri (2001), a resolução CFP 07/2003 aponta informações importantes que devem conter numa estrutura de um laudo psicológico deve ser apresentada e detalhada, com os itens obrigatórios abaixo:
a) Identificação: neste item deve constar o título, o nome da pessoa (ou instituição) atendida, nome do solicitante, finalidade e nome do autor.
b) Descrição da demanda: neste item, o psicólogo deverá descrever informações referente à demanda, onde será apresentado raciocínio técnico-científico que justifique os procedimentos utilizados no processo de avaliação psicológica. Alguns itens devem constar nesta parte, que são: nome pessoas ouvidas no processo, informações objetivas, o número de encontros e o tempo de duração do processo realizado.
c) Procedimento: neste item, deverá constar quais recursos utilizados e as fontes fundamentais e complementares.
d) Análise: nesta parte, deve-se considerar a demanda e fazer uma exposição metódica, descritiva, objetiva e coerente dos dados colhidos.
e) Conclusão: esta deve seguir em harmonia com os demais itens e apresentar a conclusão a partir dos resultados e análises realizadas. É neste item que o psicólogo coloca orientações de encaminhamento, intervenções, diagnóstico, hipótese, orientaçãoe/ou sugestão terapêutica.
f) Referências: a citação de referências é obrigatória em laudos psicológicos, sendo indicado, preferencialmente, a inclusão de notas de rodapé.
Para melhor compressão, o relatório psicológico será apresentado os procedimentos e encerramento cocriado pelo método da avaliação psicológica, “relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico” (CFP, 06/2019), fornecendo somente informações pertinentes relativo petição, à demanda e solicitação.
Portanto, conforme mencionado por Preto e Fajardo (2015) reforça-se o entendimento de que “a adequada elaboração do laudo é uma das expressões da competência profissional do psicólogo e um indicador de qualidade do processo avaliativo”.
As referências na próxima página.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Resolução CFP nº 30/2001. Institui o 
manual de elaboração de documentos, produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avalições psicológicas, Brasília, DF, 2001. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2001/12/resolucao2001_30.pdf. Acesso em: 30 out. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Resolução CFP nº 17/2002, Brasília, 
DF, 2002. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2002/12/resolucao2002_17.PDF. Acesso em: 30 out. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Resolução CFP nº 007/2003. Institui o manual de elaboração de documentos escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP nº 17/2002, Brasília, DF, 2003. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_ 7.pdf. Acesso em: 30 out. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Resolução CFP nº 006/2019. Orientações sobre elaboração de documentos escritos 
produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional, Brasília, DF, 1903. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-n-06-2019-comentada.pdf. Acesso em: 30 out. 2021.
Cristo e Silva, Fábio Henrique Vieira de; Alchieri, João Carlos. Laudo psicológico: operacionalização e avaliação dos indicadores de qualidade. Psicologia: Ciência e Profissão [online], Brasília, v. 31, n. 03, p. 518-535, maio 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932011000300007. Acesso em: 30 out. 2021. ISSN 1982-3703.
OLIVEIRA, Juliana dos Santos. A importância da elaboração de um laudo psicológico escrito coerentemente. Revista Especialize On-line IPOG, Goiânia, ano 09, v. 01, n 15, p. 01-16, julho 2018. Disponível em: <https://ipog.edu.br/wp-content/uploads/2020/11/juliana-santos-de-oliveira-psflo02-1157167.pdf> Acesso em: 30 out. 2021. ISSN 2179-5568
PRETO, Cássia Regina de Souza; FAJARDO, Renato Salviato. Laudo psicológico no Brasil: revisão da literatura com foco em estruturação e conteúdo. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION. São Paulo, v. 04, n 02, p. 40-52, abril 2015. Disponível em: https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/769. Acesso em: 30 out. 2021. ISSN 2317-3009

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