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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 1 Histofisiologi� da� Glândula� Salivare�, morfologi� cav� ora� � gl� salivare�, Sistema Digestório -> histofisiologia das glândulas salivares Função: fazer a digestão dos alimentos, quebrar em tamanhos pequenos para que os nutrientes possam ser absorvidos. Cavidade oral -> frainge -> esofago -> estômago -> intestino Glândulas Salivares: são pares Maiores -> parótida, submandibular (não cápsula, não ducto principal), sublingual Menores -> normalmente não têm nome, ficam espalhadas Cápsula de tecido conjuntivo que reveste a glândula e emite trabéculas que divide a mesma glândula em lobos e lóbulos, com ácinos e ductos, importantes para a produção da saliva. Às menores não possuem essas cápsulas. Porção secretora que produz saliva (ácinos) e porção condutora que conduz a saliva (ductos: intercalares e estriados). A junção dos ductos intercalares (levam a produção dos ácinos) -> ductos estriados (ductos maiores). Vários ácinos formam um lóbulo que ao se juntarem em outros lóbulos -> um lombo. Quem produz a saliva é o Salivon (unidade funcional das glândulas salivares): ácinos, ductos intercalares e ducto estriado. Vários Salivons formam um lóbulo, ducto estriado é compartilhado, só um. A classificação de uma glândula ocorre de acordo com o tipo celular, encontrado nos ácinos. Células serosas (proteínas com RER bem desenvolvido, marcação basófila, se apresenta nas lâminas como roxinhas), células mucosas (muco - musina, grânulos) ou células mistas (seromucosos). Parótida -> pesa aproximadamente uns 30g. É a maior, mas não a responsável pela maior parte das salivas. 30% do total de saliva. É classificada como serosa. Ela é responsável por produzir a amilase salivar para iniciar a digestão do amido. Nós produzimos em torno 1000ml de saliva. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 2 Submandibular -> pesa 12-15g. Em condições de repouso, é responsável por 60% da produção de saliva por ter uma alta vascularização. São consideradas glândulas mistas apesar de corresponder a 90% serosa e 10% mucosa. Na parte serosa -> proteínas e enzimas de defesa (lisozimas - ajudam a degradar bactérias e degradar a parede oral). Sublingual -> em média 2-5g, responsável por 5% da produção de saliva, mista, serosas em semi-luas e mucosa (muco - lubrificar o alimento, facilitar o processo de deglutição). Mas considerar predominantemente mucosa. Glândulas menores -> responsável por 5% da produção de saliva, são mucosas. Exceção à regra são as glândulas mucosas na base da língua que possuem um ducto e que são as únicas serosas e às únicas que possuem um nome -> glândulas de Von Ebner -> produz a enzima lipase lingual. Saliva = serosa + mucosa Célula em amarelo que fica por fora do ácino -> células mioepiteliais (glândulas exócrinas) que possuem uma função contrátil ajudando na ejeção da saliva. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 3 A principal função da trituração é facilitar a deglutição. Mastigação permite + tempo e produção de leptina -> alcançar a saciedade sem deixar o estômago cheio. Participa de uma sinalização à distância. Estômago têm baixo mecanorreceptores -> quando sentimos ele cheio -> ele já está muito cheio de fato, se encontra distendido. Fases da digestão 1. cefálica - alimento na cabeça, estímulos externos, 2. oral - alimento na boca, nervos vagos estimulam o estômago a se preparar, chega a saliva secundária 3. gástrica - alimento no estômago, ácido clorídrico e enzima 4. intestinal - alimento no intestino Acino - saliva primária que é isotônica (têm uma concentração de íons, água, semelhante ao plasma) Ducto estriado - saliva secundária, acidófila com muitas mitocôndrias associadas ao transporte iônico. Saliva hipotônica, levemente alcalina. Polo apical das células epiteliais é a luz, onde a secreção é lançada. Possuímos uma secreção basal de saliva, podendo aumentar em situações de desjejum, ou seja, na alimentação (ou pensando nela). O sistema que comanda essa produção é o autônomo parassimpático. A água tem como função solubilizar, ajudando na formação do bolo alimentar e na interação do alimento com as papilas. Os eletrólitos controlam o PH da boca (bicarbonato). O muco ajuda na lubrificação, deglutição e fala. A enzima ptialina permite a degradação de carboidratos em pontos específicos nas cadeias laterais. Às enzimas bacterianas, como o lisozima, ajudam a não formar colônias de bactérias na boca. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 4 Regulação da secreção salivar: • Núcleos salivatórios superiores levam inervação para as glândulas sublingual e mandibular, que estão no soalho da boca. • Núcleos salivatórios inferiores levam inervação parassimpática para as glândulas parótidas. O sistema parassimpático estimula os ácinos a produzirem uma saliva mais serosa. Já o sistema simpático estimula os ácinos a produzirem saliva (mais viscosa, mucosa), a princípio, devido à contração das células mioepiteliais, porém, com o tempo, a contração em excesso e a vasoconstrição na glândula também causada pelo sistema simpático, reduz a secreção da saliva. No geral, é uma inibição da secreção salivar. Na região secretora temos uma saliva primária. Ao passar pelos ductos, há secreção de potássio, bicarbonato, com reabsorção de cloreto de sódio e outras substâncias, que modificam a constituição salivar, tornando-a mais hipotônica. Temos então a saliva secundária. A aldosterona age nos ductos, promovendo ainda mais reabsorção de cloreto de sódio e tornando a saliva ainda mais hipotônica. Glândulas salivares podem ser estimuladas de forma exclusivamente neural (simpático - age mais em células mucosas, reduz fluxo sanguíneo -> reduz a produção de saliva de forma indireta e parassimpático - age mais em células serosas). Se tirarmos a estimulação aí reduzimos a produção de saliva. secreção primária isotônica e sai hipotônica. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 5 Ácinos -> membrana apical no lúmen e a basolateral. Toda vez que vamos transportar algo, a primeira estrutura que pegamos é a bomba de sódio e potássio. Colocando Na para fora e K para dentro, ao sair Na+ alta concentração -> tendência a entrar na célula. Quando ele entra, ele leva cloreto e potássio (2Cl- e K+). O cloreto vai pro ácino para apical com o transportador que permite essa ação e com isso, o sódio vai atrás juntamente com a H2O (AQP5 - pode passar pela célula). O sódio passa por fora da célula. No final, temos a saliva isotônica. Ductos -> modificação da saliva. Podemos começar da mesma maneira pela bomba de sódio e potássio. Sai Na e entra K, o próprio Na+ pode entrar de novo e tirar H+ -> mais H+ entram na célula (gerado pela reação de bicarbonato, anidrase carbônica). Bicarbonato sai para manter o equilíbrio químico e é trocado pelo cloreto. Que quando entra, troca por bicarbonato. Para cada H+ que removemos, precisamos remover o bicarbonato. Sem passagem de água e sem AQP. Sem água, a saliva fica hipotônica. Bicarbonato e potássio adicionados na saliva e sódio e cloreto não conseguem passar. Bomba de sódio e potássio primeiro. O Na+ sai e K+ entra, o que consequentemente faz com que o potássio saia. Quando ele sai, troca por H+ que entra e aí ele vai sair de novo trocando por Na+. Quando o Na+ entra, ele traz junto o cloreto (Cl-). A água, por não conseguir ir, fica no lúmen -> hipotônica. Quando reabsorvemos Cl-, precisamos trocar ele por bicarbonato que é adicionado -> levemente alcalina. H+ fica saindo para garantir uma maior absorção de Na+. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 6 Saliva e concentração do plasma. De sódio e cloreto é menor na saliva do que no plasma. De bicarbonato, potássio é elevada na saliva do que no plasma. MORFOLOGIA DA CAVIDADE ORAL E DAS GLÂNDULAS SALIVARES Boca Se subdivide em 2 cavidades: fenda (vestíbulo) entre os lábios, as bochechas e os dentes e a cavidade oral propriamente dita. Lábios Rima labial delimitada pelos lábios que têm como função a fala, a mastigação, parte da respiração,beijo… lábios são músculos membranosos, ficam de forma circular. Fora pele e dentro mucosa. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 7 Artéria que supre de forma geral, direta ou indiretamente -> A.Carótida externa ramo da carótida comum. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 8 Trajeto -> sobe logo atrás da mandíbula onde temos a estrutura da glândula parótida. Arco arterial ao redor da estrutura para fazer um redundância da irrigação. Cavidade oral revestida de mucosa por dentro que sofre modificações, ficando mais fixado ao osso à medida que nos afastamos do lábio e chegamos na gengiva propriamente dita. Túnica mucosa labial, prega vestibular (mucosa bucolabial), túnica mucosa alveolar (menos móvel, fixação maior), gengiva labial propriamente dita (firmemente aderida), freio do lábio (prega de mucosa para fixar o tecido livre do lábio as estruturas adjacentes). Alguns não têm o freio do lábio inferior. O freio do lábio, e da língua serve para procurarmos icterícia quando estamos na dúvida se o paciente tem ou não. Bochechas Bochecha anatômica -> área menor, não inclui osso. Do zigomático até a mandíbula e lateral do lábio. Tecido celular subcutâneo, tecido gordurosa (lactentes), atravessada pelo ducto da glândula parótida. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 9 Gengivas Palato - dentro da cavidade oral propriamente dita É o céu da boca, abobadada (côncava) separa a cavidade nasal e a nasofaringe da boca. A parte de cima -> mucosa respiratória e a de baixo -> mucosa digestiva. 2/3 da frente -> palato duro (devido à presença de osso) e o 1/3 posterior -> palato mole (glândula salivar). O mole se insere no duro e se projeta para a nasofaringe. Quando fazemos deglutição, o palato mole tende a fechar a passagem para o alimento não voltar para o nariz, a cavidade nasal. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 10 Ossos que compõem o palato duro: processo palatino da maxila (face nasal, processo palatino, processo alveolar) e lâmina horizontal do osso palatino (lâmina perpendicular e lâmina horizontal). O palato mole é firmemente aderido ao esqueleto ósseo do palato duro. O Palato mole está associado à garganta, se projeta para baixo. Duas pregas, dois arcos, uma na frente da outra, que são continuações do palato. Se a úvula bífida pode ter mal formação do palato. Área triangular (palatoglosso e palatofaríngeo) -> região da FAUCE ou garganta (transição entre a boca e a orofaringe). É uma região que tem tanta infecção, pois entre os arcos palatinos, existe uma fossa onde fica um aglomerado de órgãos linfóides chamados de tonsila palatina. Istmo da FAUCE -> ponta da garganta no exame físico. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 11 Palato - Fossa tonsilar Valécula onde colocamos o laringoscópio. Língua ocupa toda a cavidade oral quando esta está em repouso. Têm uma raiz, base que se alonga até a cavidade da boca. Corpo da língua (móvel) e raiz da língua, dorso e ápice (toca face posterior dos incisivos). O rebaixamento do nível de consciência é indicativo da intubação orotraqueal devido ao relaxamento da musculatura da língua. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 12 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 13 Na parte posterior da língua -> sulco terminal da língua no formato de V -> forame cego. Atrás do sulco -> mais tecido linfóide que a tonsila lingual Papilas circunvaladas (grandes, circulares e têm sulco), filiformes (compridas e pontiagudas), fusiformes (pequenas) e na lateral da língua Embaixo da língua -> freio da língua que na base temos dois óstios e duas aberturas dos ductos submandibulares Glândulas Salivares são glândulas exócrinas posicionadas na cavidade oral e nas suas adjacências 3 grandes pares -> glândula parótida se localiza a frente do pavilhão auricular externo, acima da mandíbula e do músculo masseter, com formato triangular, ducto único que atravessa a estrutura das bochechas onde encontramos os óstios, revestida por uma cápsula a fáscia parotídea, é perfurada por um trio de estruturas nobres, feixe vásculo nervoso: veia retromandibular, nervo facial (inteiro ou um ramo) e artéria carótida externa. É palpável Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 14 submandibular, mais ou menos abaixo do ângulo da mandíbula, cavalga a parte de baixo da mandíbula, têm um ducto único, comprido que sai no assoalho da boca ao lado do freio da língua. É palpável. sublingual tamanho aproximado de uma amêndoa, par de glândulas que se comunicam (estrutura em formato de ferradura), mais profundas no assoalho da boca. Ductos e óstios saem no assoalho da boca. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 15 MORFOLOGIA DA CAVIDADE ORAL E DAS GLÂNDULAS SALIVARES As glândulas salivares são glândulas exócrinas que estão posicionadas na cavidade oral e nas suas adjacências, e secretam seu conteúdo salivar na boca. Dessa forma, ajudam a manter a mucosa oral protegida e lubrificada, bem como ajudam nos estágios iniciais da digestão durante a mastigação dos alimentos, de forma que um bolo alimentar seja criado e esteja pronto para ser deglutido e continuar a ser processado. Elas também contribuem para a digestão através das enzimas que excretam na saliva, principalmente a amilase, e que são responsáveis pelo início da digestão dos carboidratos. As glândulas variam muito em tamanho, e também podem ser classificadas com base na natureza da saliva que excretam. Glândula Parótida A glândula parótida é a maior das glândulas salivares, e localiza-se entre o ramo da mandíbula e o músculo esternocleidomastóideo. Ela produz entre vinte e cinco e trinta por cento do débito salivar total. A saliva produzida pela glândula parótida é liberada pelo Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 16 ducto de Stensen, cujo orifício pode ser visto na parede bucal, ao nível do segundo dente molar superior. Glândula Submandibular A glândula submandibular é a segunda maior das glândulas salivares, e como todas as três, é uma glândula pareada. Ela produz de longe a maior quantidade de saliva de todas as glândulas, sendo responsável por setenta por cento do débito total diário. O ducto de Wharton, que drena a saliva produzida pelas glândulas submandibulares, se abre na papila sublingual, sob a língua. Glândula Sublingual Por último, a glândula sublingual é a menor das glândulas salivares maiores, sendo única devido ao fato de possuir várias aberturas ductais que cursam ao longo das pregas sublinguais. Ela também secreta a menor porção de saliva por dia dentre as glândulas maiores: somente cinco por cento. Cavidade Oral • Limitada anterior e lateralmente pelas gengivas, dentes e arcos alveolares; e posteriormente separada da orofaringe pelo istmo das fauces, que é limitado pelos arcos palatoglossos. • Assoalho: diafragma oral (formado pelos mm. Milo-hiodeos e gêniohióideos) e língua Frênulo da língua (mediano) – Papila sublingual (abertura gl. Submandibular: posição medial) – Prega sublingual (abertura gl. Sublingual: posição lateral) Mucosa da cavidade oral: Mucosa mastigatória, mucosa de revestimento e mucosa especializada. - Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e não queratinizado - Lâmina própria de tecido conjuntivo de frouxo (papilar) a denso (reticular) Língua Órgão basicamente muscular revestido por mucosa oral lisa na porção ventral e especializada na face dorsal. A musculatura da língua é formada por feixes musculares organizados em três orientações de músculo estriado esquelético interposto com tecido conjuntivo. Face dorsal Saliências especializadas nas funções mecânicas e gustativas. - Papila filiforme: pontiagudas, com função mecânica - Papilas fungiformes: forma de cogumelo com função gustativa - Papilas circunvaladas: circundadas por um sulco profundo onde desembocam os ductos das glândulas salivares seromucosas de Von Ebner. - Papilas folhadas: não visualizadas nesta lâmina. Corpúsculos Gustativos: estrutura organizada em forma de barril que contém células de sustentação, basaise neuroepiteliais (sensoriais). Eles ocupam toda espessura do epitélio estratificado plano. A cavidade oral situa-se anteriormente na face, abaixo da cavidade nasal. Ela é limitada por um teto, um assoalho e paredes laterais. Anteriormente ela se abre na face Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 17 através da fissura oral, enquanto posteriormente a cavidade oral se comunica com a faringe, especificament com a orofaringe através de uma passagem estreita chamada de istmo orofaríngeo. O istmo orofaríngeo é cercado pelo palato mole e arcos palatoglossos. Vestibulum oris (Vestíbulo oral); A cavidade é separada em partes anterior e posterior pelos arcos dentários (ou dentes): o vestíbulo oral anterior encontra-se anteriormente aos dentes e posteriormente aos lábios, enquanto a cavidade oral própria descreve a área posterior aos dentes. Anatomia da língua A língua é a parte central da cavidade oral. É um órgão muscular, cuja base está ligada ao assoalho da cavidade oral, enquanto o seu ápice é livre e móvel. A língua consiste predominantemente em músculo. São 8 no total: 4 músculos intrínsecos e 4 extrínsecos. Para mais informações sobre estes músculos veja a seção de músculos da língua abaixo. Além de músculos, a outra importante estrutura da língua é sua mucosa. A mucosa dorsal da língua é recoberta por papilas linguais, que funcionam como receptores sensitivos para o paladar. Existem quatro tipos: papila filiforme, fungiforme, valada e foliada. Os 4 músculos intrínsecos da língua são: o longitudinal superior, o longitudinal inferior, o transverso e o vertical. Os 4 músculos extrínsecos da língua são: o genioglosso, o hioglosso, o estiloglosso e o palatoglosso. Inervação da língua As funções sensitiva e motora da língua se devem aos nervos cranianos, os mesmos nervos responsáveis pela inervação da cabeça e pescoço. Todos os músculos da língua são inervados pelo nervo hipoglosso (NC XII), exceto o músculo palatoglosso, que é suprido pelo nervo vago (NC X). A inervação sensitiva é levada por vários nervos: Sensação geral e paladar do terço posterior da língua: nervo glossofaríngeo (NC IX) Sensação geral dos dois terços anteriores da língua: nervo lingual (ramo do nervo mandibular - V3) Sensação do paladar dos dois terços posteriores da língua: nervo facial (NC VII) BERNE A principal característica da fase cefálica é a ativação do trato GI em prontidão para a refeição. Os estímulos envolvidos são cognitivos e incluem a antecipação e o pensamento sobre o consumo da comida, o estímulo olfatório, o estímulo visual (ver e cheirar uma comida apetitosa, quando se está com fome) e estímulos auditivos. Todos esses estímulos resultam em aumento do fluxo parassimpático excitatório neural para o intestino. Entretanto, a via final comum é a ativação do núcleo motor do vago, no tronco cerebral, região de onde os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos saem; a ativação do núcleo leva à atividade aumentada nas fibras Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 18 eferentes, passando para o trato GI, pelo nervo vago. Por sua vez, as fibras eferentes ativam os neurônios motores pós-ganglionares. O fluxo parassimpático aumentado melhora a secreção salivar, a secreção de ácido gástrico, a secreção enzimática do pâncreas, a contração da bexiga e o relaxamento do esfíncter de Oddi (o esfíncter entre o ducto comum da bile e o duodeno). Todas essas respostas melhoram a capacidade do trato GI de receber e digerir o alimento que chega. A resposta salivar é mediada pelo nono nervo craniano; as respostas remanescentes são mediadas pelo nervo vago. A secreção primária é produzida pelas células acinares nas partes secretórias finais (ácinos) e é modificada pelas células do ducto, quando a saliva passa por eles. A secreção primária é isotônica, e a concentração dos íons principais é similar à do plasma. A secreção é impulsionada de modo predominante pela sinalização dependente de Ca++, que abre os canais apicais de Cl–, nas células acinares. Por conseguinte, o Cl– flui para fora do lúmen e estabelece o gradiente osmótico e elétrico. Como o epitélio dos ácinos é relativamente permeável, Na+ e água, então, passam através do epitélio, via junções celulares (transporte paracelular). O movimento transcelular de água pode também ocorrer, mediado pelos canais de água da aquaporina 5. As células do ducto excreto e as células do ducto estriado modificam a secreção primária, para produzir a secreção secundária. Os principais produtos são amilase (uma enzima que inicia a digestão do amido), lipase (importante para a digestão lipídica), glicoproteína (mucina que forma muco quando hidratada) e lisozima (ataca as paredes de células bacterianas, para limitar a colonização bacteriana na boca).
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