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III Elaboração do Balanço Patrimonial

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Prévia do material em texto

Contabilidade 
e Finanças
Material Teórico
Elaboração do Balanço Patrimonial
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Jose Carlos Pereira Almeida
Revisão Técnica:
Prof. Me. Rodrigo de Souza Marin
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
• Balancete de Verificação;
• Receitas;
• Despesas;
• Demonstrações Contábeis.
• Abordar os seguintes tópicos: Balanço Patrimonial – BP; Demonstração do Resultado do 
Exercício - DRE; Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, podendo ser subs-
tituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL; Demonstração 
dos Fluxos de Caixa – DFC; Demonstração do Valor Adicionado - DVA, se divulgada pela 
entidade; Notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis, peças contábeis 
extremamente importantes para nosso aprofundamento no conteúdo técnico contábil;
• Abordar conceitos como Balancete de Verifi cação, Receitas, Despesas;
• Absorver o máximo possível de conteúdo. Não deixe de buscar as bibliografi as com-
plementares para melhor apoiar seu desenvolvimento. Esta unidade é tão importante 
quanto as anteriores. Após estudar esta unidade, você encerrará um pequeno ciclo do 
aprendizado da contabilidade. Ao pensarmos no Balanço Patrimonial e DRE, sendo as 
peças mais divulgadas na Contabilidade, pesa ainda mais sobre nós a necessidade de 
pleno conhecimento destas peças.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Elaboração do Balanço Patrimonial
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
Balancete de Verificação
Já sabemos que a denominação método das partidas dobradas, utilizada pela 
contabilidade, deve-se ao fato de que a escrituração de cada operação deve ser re-
alizada por meio de um débito e um crédito de igual valor. 
Diante desse entendimento, é certo que os lançamentos a débito das diversas 
contas de uma entidade sejam igual ao valor total dos lançamentos a crédito; sen-
do assim, os saldos credores serão iguais aos saldos devedores, resultando em um 
equilíbrio patrimonial.
Constatamos essa igualdade em um demonstrativo chamado Balancete de Veri-
ficação. Veja um exemplo:
Cia Brasileira de Radiadores Balancete de Verificação em 31-7-x1
Contas
Saldos
Devedores Credores
Caixa 60.000,00
Contas a receber 9.000,00
Estoques 78.000,00
Terrenos 31.000,00
Móveis e Utensílios 50.000,00 58.000,00
Fornecedores - 170.000,00
Capital
228.000,00 228.000,00
O exemplo apresentado é de um Balancete de Verificação no formato mais sim-
ples, pois apresenta apenas duas colunas.
Os balancetes mais complexos podem evidenciar de seis a oito colunas, que são 
compostas de saldo do balancete anterior, movimento de débito e crédito do perío-
do que medeia o anterior e o atual e, finalmente, os saldos finais.
Por favor, pegue seu material teórico da Unidade 2, no qual finalizamos os razo-
netes da seguinte maneira:
8
9
CAIXA
(1) 40.000,00
(5) 3.750,00
(2) 20.000,00
(3) 5.000,00
(6)5.000,00
CAPITAL SOCIAL
(1) 40.000,00
BANCO CONTA MOVIMENTO
(2) 20.000,00 (4) 1.000,00
(6)3.000,00
FORNECEDORES
(6) 8.000,00 (3) 10.000,00
MERCADORIAS
(3) 15.000,00 (5) 7.500,00
VEÍCULO
(4) 10.000,00
TÍTULOS A PAGAR
(4) 9.000,00
CLIENTES
(5) 3.750,00
Agora, elaboraremos um Balancete de Verificação a partir das operações já 
lançadas acima. Para isso, primeiramente, devemos calcular o saldo final de cada 
conta. Vamos lá?
CAIXA
(1) 40.000,00
(5) 3.750,00
SF=13.750,00
(2) 20.000,00
(3) 5.000,00
(6)5.000,00
30.000,00
CAPITAL SOCIAL
(1) 40.000,00
SF=40.000,00
BANCO CONTA MOVIMENTO
(2) 20.000,00
SF=16.000,00
(4) 1.000,00
(6)3.000,00
4.000,00
FORNECEDORES
(6) 8.000,00 (3) 10.000,00
SF=2.000,00
MERCADORIAS
(3) 15.000,00
SF=7.500,00
(5) 7.500,00
VEÍCULO
(4) 10.000,00
SF=10.000,00
TÍTULOS A PAGAR
(4) 9.000,00
SF=9.000,00
CLIENTES
(5) 3.750,00
SF=3.750,00
9
UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
Agora elaboraremos nosso Balancete Patrimonial. Utilizaremos um balancete 
com 6 colunas compostas de saldo anterior, movimentação e saldo final. Veja:
Balancete de Verificação
Contas
Saldo inicial Movimentação Saldos
Devedores Credores Devedores Credores Devedores Credores
Caixa 43.750,00 30.000,00 13.750,00
Capital 40.000,00 40.000,00
Banco cta. 
Movimento 20.000,00 4.000,00 16.000,00
Fornecedores 8.000,00 10.000,00 2.000,00
Mercadorias 15.000,00 7.500,00 7.500,00
Veículos 10.000,00 10.000,00
Títulos a pagar 9.000,00 9.000,00
Clientes 3.750,00 3.750,00
100.500,00 100.500,00 51.000,00 51.000,00
Muito bem, mas vamos nos aprofundar mais na Contabilidade? Então, vamos lá! 
Já conversamos em outras oportunidades sobre as contas de resultado, lembra-se? 
Nesta unidade, abordaremos os conceitos de Receita, Despesa e Resultado, que são 
as causas principais que fazem variar o Patrimônio Líquido das entidades.
Importante!
São benefícios obtidos pela empresa através de suas vendas de mercadorias ou da remu-
neração de seu capital.
Importante!
Receitas
São benefícios obtidos pela empresa através de suas vendas de mercadorias ou 
da remuneração de seu capital e sempre são representados por aumentos no Ativo 
(entrada de dinheiro ou direitos) e também no Patrimônio Líquido.
Despesas
Já as despesas, representam o sacrifício financeiro (gasto de recursos) para a 
obtenção de receitas; são representadas por diminuições do Ativo, quando pagas à 
vista, ou por aumento do Passivo, quando adquiridas a prazo. Uma despesa pode 
ocorrer independentemente de haver saída de dinheiro, como no caso das depre-
ciações, por exemplo, que veremos mais tarde. As despesas são representadas por 
saldos devedores, por diminuírem o Patrimônio Líquido.
10
11
Importante!
Sacrifício financeiro para a obtenção de receitas
Importante!
Veja o quadro para facilitar seu entendimento:
Qualquer conta de receita
Débito
$ DIMINUIÇÕES
Crédito
$ AUMENTOS
Qualquer conta de despesa
Débito
$ AUMENTOS
Crédito
$ DIMINUIÇÕES
Sabemos que as contas de receitas e despesas de uma entidade não fazem parte 
do Balanço Patrimonial, pois essa demonstração registra o patrimônio da entidade 
em determinado momento, como vimos nas nossas primeiras unidades. Mas o que 
acontece com as despesas da entidade? Onde são registradas, uma vez que elas 
ocorrem esão necessárias para a geração das atividades dessa entidade? Podemos 
explicar, veja: todos os gastos efetuados a título de despesas bem como os ganhos 
a título de receitas são contabilmente encerrados para a apuração do resultado.
Dissemos, acima, que essas contas não fazem parte do Patrimônio, porém o 
resultado obtido com as receitas, deduzidas das despesas, esse sim vai para o patri-
mônio e o chamamos de Lucro ou Prejuízo.
As empresas precisam, em determinado momento, apurar o seu resultado; essa 
apuração surge do confronto das suas receitas (ganhos) com suas despesas (gastos). 
Na prática, é simples apurar o resultado de determinada operação. Vejamos: 
Compramos um veículo por R$ 10.000,00. Para regularizar a sua documentação, gas-
tamos R$ 1.000,00. Conseguimos vendê-lo por R$ 14.500,00. Qual foi o resultado 
dessa operação? Vamos ver?
Valor de venda do veículo R$ 14.500,00
(-) Custo de Aquisição R$ (10.000,00) 
(-) Documentação R$ ( 1.000,00)
(=) Resultado Obtido R$ 3.500,00
Nesse caso, o resultado obtido foi de R$ 3.500,00, que, por ser positivo, vamos 
chamar de Lucro. 
11
UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
Vamos ver o mesmo exemplo:
Suponhamos que o veículo tenha apresentado um defeito sério no motor e não tenhamos 
conseguido vendê-lo por mais do que R$ 9.000,00. Qual foi o resultado da operação?
Valor de venda do Veículo R$ 9.000,00
(-) Custo de Aquisição R$ (10.000,00) 
(-) Documentação R$ ( 1.000,00)
(=) Resultado Obtido R$ (2.000,00)
Agora, apuramos um resultado negativo nessa operação e, nesse caso, vamos 
chamá-lo de Prejuízo. 
Para entendermos melhor, e somente para fins de ilustração, neste momento, 
vamos chamar o valor de venda do veículo de RECEITA e o custo de aquisição 
mais o da documentação, de DESPESA (somente para entendermos este meca-
nismo, OK?). Agora podemos observar, com os exemplos acima, que, quando o 
valor das RECEITAS foi superior à soma das DESPESAS, logramos um Lucro e, 
quando o contrário aconteceu (despesas maiores do que as receitas), o resultado foi 
um Prejuízo. Concorda?
Ótimo, os exemplos acima foram criados supondo-se que as operações de com-
pra e venda do veículo foram feitas por uma pessoa física qualquer. Com as empre-
sas não é diferente, porém as operações são realizadas com mercadorias, no caso 
das empresas comerciais – que são o objeto de nossos estudos nesta fase do curso. 
A empresa comercial compra mercadorias por um valor e as revende por outro 
valor. Para que ela possa revender essas mercadorias, é necessário gastar dinheiro 
com aluguel, água, luz, telefone, salários, impostos etc. 
Também no caso da empresa, contabilmente, chamamos os valores de vendas 
de receitas e dos gastos, de despesas. A única diferença é que a apuração de resul-
tado, no caso da empresa, é feita através de lançamentos contábeis, que chamamos 
de Lançamentos de Encerramento, e são feitos no final de cada período, que 
pode ser um mês, um semestre, um ano, ou outro período qualquer. A importância 
desse encerramento é apurar o resultado das atividades da empresa, pois sabemos 
que toda empresa é constituída com a finalidade de Lucro, não é? 
Encerramento das Receitas e Despesas:
Citamos anteriormente que, na prática, é fácil apurar o resultado de determinada 
operação e, agora, vamos dizer que, na Contabilidade, também é muito fácil apurar 
o resultado obtido pela empresa com as suas atividades; a diferença é somente que, 
em Contabilidade, utilizamos uma técnica própria, que é a confecção dos lança-
mentos de encerramento das contas de receitas e despesas.
12
13
Sabemos que as contas de despesas apresentam saldos de origem devedora, pois 
diminuem o Patrimônio Líquido, e que as receitas apresentam saldos credores por 
aumentarem o Patrimônio Líquido. Portanto, a técnica para encerramento das despe-
sas consiste em creditar o seu respectivo saldo com a contrapartida de uma conta de 
resultado, que aqui chamaremos de Resultado do Exercício, e o mesmo acontece, de 
maneira inversa, com as contas de receitas; iremos debitá-las contra essa mesma conta 
(Resultado do Exercício). Vamos rever como isso funciona na prática? 
Exemplo:
A Empresa Sol e Mar Ltda. apresentou os seguintes saldos em seu Balancete de verificação 
do dia 31/12/x1
Contas
Saldo Final
Débito Crédito
Caixa 1.500,00
Bancos Conta Movimento 7.800,00
Mercadorias 11.000,00
Clientes 1.200,00
Veículos 18.000,00
Fornecedores 16.350,00
Títulos a Pagar 6.000,00
Capital Social 10.000,00
Vendas 30.000,00
CMV 18.500,00
Aluguel 1.000,00
Água 200,00
Energia Elétrica 500,00
Comunicações 650,00
Serviços de terceiros 2.000,00
Total 62.350,00
Você deve distinguir, ao olhar o balancete acima, as contas que pertencem ao 
ATIVO, ao PASSIVO e ao PATRIMÔNIO LÍQUIDO, isso porque as contas patri-
moniais não são encerradas, conforme aprendemos anteriormente; nessas contas, 
apenas demonstramos o/a aumento/diminuição conforme as operações ocorridas.
Já as contas que não pertencem a esse grupo são as contas de resultado, contas 
de RECEITAS e DESPESAS. São elas: Custo das Mercadorias Vendidas – CMV, 
Aluguel, Água, Luz, Comunicações, e Serviços de Terceiros. 
Em se tratando de contas de resultado, devemos providenciar o seu encerramen-
to. Observe os razonetes das contas acima (conta de resultado):
13
UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
CMV
18.500,00
ALUGUEL
1.000,00
COMUNICAÇÕES
650,00
ÁGUA
200,00
LUZ
500,00
SERV. TERCEIROS
2.000,00
VENDAS
30.000,00
Para efetuarmos o encerramento dessas contas, será necessário fazermos um 
lançamento contábil, observando sempre o saldo da conta a ser encerrado. Esse 
lançamento levará a débito o saldo credor da conta ou a crédito o saldo devedor 
da mesma, sempre em contrapartida de uma conta chamada RESULTADO DO 
EXERCÍCIO, conta essa que vai aglutinar todos os valores das despesas e receitas 
do período. Ao final, o saldo dessa conta vai determinar se a empresa apurou um 
lucro ou um prejuízo. Vamos ver como isso funciona:
No caso da conta VENDAS, sabemos que o seu saldo é credor, porque repre-
senta uma receita, logo, para encerrar o saldo dessa conta, precisamos fazer um 
Lançamento contábil levando esse valor a débito da conta. Veja:
D- VENDAS R$ 30.000,00
C- RESULTADO DO EXERCÍCIO R$ 30.000,00
Após o Lançamento acima, a situação dos razonetes ficou assim:
VENDAS
30.000,00 30.000,00
Resultado do Exercício
30.000,00
Perceba que o saldo da conta Vendas agora é zero. Anteriormente, tínhamos um 
saldo de R$ 30.000,00 a crédito da conta, mas, com o lançamento que fizemos aci-
ma de valor a débito da conta, ele se anulou. Veja que agora surgiu uma nova conta, 
a conta RESULTADO DO EXERCÍCIO, que acumulou um saldo de R$30.000,00 
a crédito.
Feito o encerramento do saldo da conta Receitas, vamos agora encerrar também 
os saldos das contas de Despesas. O procedimento será o mesmo descrito anterior-
14
15
mente, ou seja, vamos fazer um lançamento levando a crédito o saldo das referidas 
contas nelas mesmas e a débito da conta Resultado do Exercício. Veja:
D- RESULTADO DO EXERCÍCIO 22.850,00
C- C M V 18.500,00
C- ALUGUEL 1.000,00
C- ÁGUA 200,00
C- ENERGIA ELÉTRICA 500,00
C- COMUNICAÇÕES 650,00
C- SERVIÇOS DE TERCEIROS 2.000,00 
Após esse lançamento e a transferência dos valores para os razonetes, a situação 
fica da seguinte maneira:
CMV
18.500,00 18.500,00
ALUGUEL
1.000,00 1.000,00
COMUNICAÇÕES
650,00 650,00
ÁGUA
200,00 200,00
LUZ
500,00 500,00
SERV. TERCEIROS
2.000,00 2.000,00
VENDAS
18.500
1.000,00
650,00
200,00
500,00
30.000,00
Você percebeu que as contas de receitas e despesas, a partir dos lançamentos 
feitos, ficaram com o saldo igual a zero? Que sobraram apenas as contas patrimo-
niais e a conta resultado do exercício?
Muito bem, acontece que a conta RESULTADO DO EXERCÍCIO também não 
é uma conta patrimonial; ela nos ajudou somente aencontrar o resultado obtido 
com as atividades da empresa. Podemos perceber que ela apresenta um valor a dé-
bito de R$ 22.850,00, representado pela soma das despesas que se encontravam 
no Balancete, e um valor a crédito de R$ 30.000,00, representado pelas vendas 
da empresa. Portanto, podemos concluir, pelos valores demonstrados, que o saldo 
dessa conta é de R$ 7.150,00.
15
UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
Em nosso exemplo, a empresa apresentou um lucro de R$ 7.150,00 nesse pe-
ríodo, pois tivemos, nesse caso, o valor das receitas superior ao valor das despesas. 
Você concorda com essa afirmativa? Muito bem! Então, agora, temos que transferir 
o resultado encontrado para o Patrimônio Líquido da entidade. Mas como vamos 
fazer isso? 
É bem simples! Sabemos que toda a movimentação financeira da empresa é 
registrada através da contabilidade, por lançamentos contábeis, não é isso? Logo, 
temos que fazer um lançamento contábil, debitando a conta de Resultado do Exer-
cício e levando-se a crédito a Conta Lucros Acumulados, que, no balanço patri-
monial, representa os lucros obtidos pela empresa no decorrer de suas atividades. 
Vamos ao lançamento?
D- RESULTADO DO EXERCÍCIO 7.150,00
C- LUCROS ACUMULADOS 7.150,00
Vamos ver como ficaram os razonetes após esse lançamento?
Resultado do Exercício
18.500
1.000,00
650,00
200,00
500,00
2.000,00
22.850,00
7.150,00
30.000,00
30.000,00
Lucros Acumulados
7.150,00
Agora, vamos dar uma olhada no novo balancete de verificação após os lança-
mentos que fizemos a título de encerramento. Vejamos:
Contas
Saldo Final
Débito Crédito
Caixa 1.500,00
Bancos Conta Movimento 7.800,00
Mercadorias 11.000,00
Clientes 1.200,00
Veículos 18.000,00
Fornecedores 16.350,00
Títulos a Pagar 6.000,00
Capital Social 10.000,00
Lucros Acumulados 7.150,00
Total 39.500,00 39.500,00
Perceba que o nosso Balancete de Verificação não apresenta mais as contas de 
despesas e receitas, somente as contas patrimoniais. Agora estamos prontos para 
levantar os demonstrativos Balanço Patrimonial e DRE, não estamos?
16
17
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Como comentamos acima, a conta de resultado de exercício é uma conta inter-
mediária que auxilia na apuração do lucro ou prejuízo do período. Entretanto, não 
basta apenas apresentar o razonete conforme fizemos, é necessário apresentarmos 
uma demonstração que informe detalhadamente as operações ocorridas e o resul-
tado obtido.
Essa demonstração se chama Demonstração do Resultado do Exercício – DRE 
e, como todas as demonstrações contábeis, possui regras que devem ser observadas 
por todas as empresas. O cabeçalho de todas as demonstrações deve conter:
a) Nome ou denominação da empresa;
b) Nome da demonstração; 
c) Período a que se refere.
Entre as diversas finalidades da DRE, podemos citar que: 
a) os acionistas e os quotistas são informados sobre os resultados das ope-
rações de determinado período;
b) os bancos podem apurar, por meio dele, a rentabilidade da empresa 
para fi ns de fi nanciamentos bancários;
c) interessa aos investidores detentores de ações;
d) interessa aos próprios administradores para avaliarem sua efi ciência e 
checarem se as metas estão sendo atingidas.
A DRE pode ser elaborada mensal, trimestral, anualmente ou em um período 
qualquer determinado pela direção da empresa. Vejamos, agora, um exemplo dessa 
demonstração com as operações utilizadas no encerramento de saldos que fizemos 
anteriormente.
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Empresa Sol e Mar Ltda.
Período: Outubro x1
1. Receitas de serviço 30.000,00
2. Despesas
de custo mercadorias vendidas
de aluguel
de água
de energia elétrica
de comunicações
de serviços de terceiros
18.500,00
1.000,00
200,00
500,00
650,00
2.000,00
-22.850,00
3. Lucro Líquido 7.150,00
17
naila
Realce
naila
Realce
naila
Realce
naila
Sublinhado
naila
Realce
UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
O saldo final da conta Resultado é credor, logo o resultado do exercício é um 
lucro. Todo o resultado deve ser transferido para Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
encerrando-se a conta Resultado do Exercício.
Demonstrações Contábeis
Sabemos que a contabilidade é o instrumento que auxilia a gestão e o planeja-
mento das entidades. Através do registro de todas essas operações, a contabilidade 
elabora demonstrações que retratam a situação patrimonial da empresa.
Lembre-se: o trabalho da contabilidade é transformar dados em informações que 
auxiliem a tomada de decisão e que sejam úteis para o planejamento.
Os gestores coletam essas informações e conseguem efetuar análises e estudos 
através das Demonstrações Contábeis elaboradas pela contabilidade.
Segundo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil –IBRACON (NPC 27): 
[...] as demonstrações contábeis são uma representação monetária estru-
turada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das 
transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. 
O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer infor-
mações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo 
financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de 
usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também 
mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recur-
sos que lhe são confiados.
Conjunto das Demonstrações Contábeis
A Lei das Sociedades por Ações, mais conhecida como Lei das SAs., estabelece 
que a Contabilidade deve elaborar, com base na escrituração contábil, as seguintes 
demonstrações contábeis, no fim de cada exercício social:
1. Balanço Patrimonial – BP;
2. Demonstração do Resultado do Exercício – DRE;
3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, podendo ser substi-
tuída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL;
4. Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC;
5. Demonstração do Valor Adicionado – DVA, se divulgada pela entidade; 
6. Notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.
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naila
Realce
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Balanço Patrimonial - BP
Em nossas aulas, já conversamos bastante sobre o Balanço Patrimonial, inclusive 
elaboramos essa demonstração em nossas atividades.
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quan-
titativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade.
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quanti-
tativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade.
Sabemos que as contas são classificadas segundo os elementos do patrimônio, 
que se registram e agrupam de modo a facilitar o conhecimento e a análise da si-
tuação financeira da empresa.
 As empresas S/As são obrigadas a publicar suas demonstrações e devem, obri-
gatoriamente, incluir, nas publicações, as demonstrações do ano calendário atual e 
anterior. Tal procedimento, permite aos usuários efetuarem uma análise e consta-
tarem a evolução patrimonial da entidade.
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Nesta mesma aula, aprendemos a elaborar uma DRE, que tem como objetivo 
principal demonstrar o resultado do período, apresentando os valores da receita, 
bem como detalhando as despesas ocorridas naquele período. 
DRE – demonstrar o resultado do período, apresentando os valores de receita, bem 
como detalhando as despesas.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL
Agora, uma novidade! A DMPL é uma demonstração facultativa, conforme o 
artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, podendo ser substituída pela DLPA.
A DMPL evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido du-
rante o exercício social, inclusive a formação e a forma de utilização das reservas não 
derivadas do lucro, por isso é considerada uma demonstração completa e abrangente.
DMPL – evidencia a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante oexercício social.
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UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
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Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC
A Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC – tornou-se obrigatória em 2008 por 
meio da promulgação da Lei 11.638/2007, para todas as empresas de capital aberto 
ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
A DFC evidencia as movimentações e alterações que ocorrem na disponibili-
dade da entidade, caixa e banco conta movimento principalmente. Além de deta-
lhar essas modificações, demonstra também onde foi aplicado o dinheiro, por isso 
costuma-se classificar o fluxo de caixa em 3 grupos:
• Fluxos das Operações;
• Fluxos dos Financiamentos;
• Fluxos de Investimentos;
DFC – evidencia as movimentações e alterações que ocorrem na disponibilidade da en-
tidade, caixa e banco conta movimento principalmente.
Demonstração do Valor Adicionado - DVA
Conforme Zanluca, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe 
contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação 
da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribui-
ção.
DVA – é o informe contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspon-
dentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua 
respectiva distribuição.
A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é cal-
culada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens e serviços 
produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa.
Notas Explicativas
As notas explicativas têm como base o artigo 176 da Lei 6.404/76, conforme 
transcrito a seguir: 
[...] as demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
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UNIDADE Elaboração do Balanço Patrimonial
Assim, as notas explicativas têm o papel de esclarecer algumas informações de for-
ma mais detalhada, inclusive mencionando fatos que alteraram a situação patrimonial.
Notas Explicativas – notas explicativas têm o papel de esclarecer algumas informações 
de forma mais detalhada, inclusive mencionando fatos que alteraram a situação patri-
monial. 
Bom, caro(a) aluno(a) , nossa aula finaliza aqui.
Viu como você evoluiu? Já consegue até elaborar o Balanço Patrimonial de uma 
empresa comercial. Vamos praticar, então? Acesse as atividades e efetue os exercí-
cios propostos. Isso vai ajudá-lo muito.
E não se esqueça de que estamos à disposição sempre e aguardando-o para o 
estudo da próxima unidade!
Abraços virtuais!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Conceitos Básicos de Contabilidade
https://goo.gl/qCmR8h
 Vídeos
Balancete de Verificação
https://youtu.be/ew8a8OizP8Q
Receitas e Despesas
https://youtu.be/cNjZCWvUdoE
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Referências
IUDICIBUS, S. Contabilidade Introdutória: Equipe de Professores da Faculdade 
de Economia, Adm. 10 ed. São Paulo – Atlas, 2008.
OSNI Moura Ribeiro. Contabilidade Geral Fácil – Atualizado Conforme Lei 
11.638/2007 e MP 449/2008. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
PADOVESE, Clovis Luis. Manual de Contabilidade Básica, 7 ed. São Paulo: 
Atlas, 2009
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