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Laringe e Produção da voz

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↠ A laringe (ou caixa de voz) estende-se do nível da quarta até a 
sexta vértebra cervical. Superiormente, ela se conecta ao osso 
hioide e se abre na parte laríngea da faringe inferiormente, é 
contínua à traqueia. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A laringe é uma pequena conexão entre a parte laríngea da 
faringe e a traqueia. Encontra-se na linha média do pescoço 
anteriormente ao esôfago e às vértebras cervicais IV a VI (C IV a 
C VI). (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
↠ A estrutura da laringe é uma organização intrincada de nove 
cartilagens conectadas por membranas e ligamentos. (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
↠ A parede da laringe é composta por nove fragmentos de 
cartilagem. Três ocorrem isoladamente (cartilagem tireóidea, 
epiglote e cartilagem cricóidea) e três ocorrem em pares 
(cartilagens aritenóidea, cuneiforme e corniculada). (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
↠ Os músculos extrínsecos da laringe conectam as cartilagens a 
outras estruturas na garganta; os músculos intrínsecos conectam 
as cartilagens entre si. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
 
↠ A cavidade da laringe é o espaço que se estende desde a 
entrada da laringe até a margem inferior da cartilagem cricóidea. 
A parte da cavidade da laringe acima das pregas vestibulares 
(cordas vocais falsas) é chamada de vestíbulo da laringe. A parte 
da cavidade da laringe abaixo das pregas vocais é chamada de 
cavidade infraglótica. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
↠ A grande cartilagem tireóidea, em forma de escudo e 
composta por duas lâminas cartilagíneas de cartilagem hialina, 
lembra um livro aberto em pé, com a “lombada” na linha média 
anterior do pescoço. Superiormente nessa “lombada” destaca-se a 
proeminência laríngea, em forma de crista e visível sob a pele do 
pescoço como o “pomo de Adão”. A cartilagem tireóidea é maior 
nos homens do que nas mulheres porque os hormônios sexuais 
masculinos estimulam seu crescimento durante a puberdade. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ O ligamento que liga a cartilagem tireóidea ao hioide é chamado 
membrana tíreohióidea. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Inferior à cartilagem tireóidea encontra-se a cartilagem 
cricóidea (“círculo”), a única cartilagem laríngea a formar um anel 
completo. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Ela se insere ao primeiro anel de cartilagem da traqueia pelo 
ligamento cricotraqueal. A cartilagem tireóidea está ligada à 
cartilagem cricóidea pelo ligamento cricotireóideo. A cartilagem 
cricóidea é o marco para fazer um acesso de emergência às vias 
respiratórias chamado de traqueotomia. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Esta cartilagem é larga na face posterior e estreita 
anteriormente. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A cartilagem cricóidea está situada no topo da traqueia. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
FUNÇÕES DA LARINGE 
• Produzir sons; 
• Proporcionar uma via aérea aberta; 
• agir como mecanismo de comutação para 
rotear o ar e o alimento para as vias 
adequadas. Durante a deglutição, a entrada 
(abertura superior) da laringe fica fechada; 
durante a respiração, fica aberta. 
 
 
↠ Três pares de pequenas cartilagens situam -se imediatamente 
acima da cartilagem cricóidea na parte posterior da laringe: as 
cartilagens aritenóideas (parecidas com conchas), as cartilagens 
corniculadas (“pequenos cornos”) e as cartilagens cuneiformes 
(“em forma de cunha”). As mais importantes entre elas são as 
cartilagens aritenóideas, que ancoram as pregas vocais. (MARIEB, 
7° EDIÇÃO) 
↠ O par de cartilagens aritenóideas são segmentos triangulares 
formados principalmente por cartilagem hialina localizados na 
margem posterior superior da cartilagem cricóidea. Eles formam 
articulações sinoviais com a cartilagem cricóidea e têm uma ampla 
gama de mobilidade. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ O par de cartilagens corniculadas, peças em forma de chifre 
de cartilagem elástica, está localizado no ápice de cada cartilagem 
aritenóidea. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ O par de cartilagens cuneiformes, cartilagens elásticas em 
forma de taco anteriores às cartilagens corniculadas, apoia as 
pregas vocais e as faces laterais da epiglote. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
 
↠ A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica em 
forma de folha que é recoberta por epitélio. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
↠ A nona cartilagem da laringe, a epiglote, em forma de folha, é 
composta de cartilagem elástica (cartilagem epiglótica), sendo 
quase inteiramente coberta por mucosa. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Existe uma parte inferior afilada (pecíolo epiglótico) que está 
conectada à margem anterior da cartilagem tireóidea. A parte 
superior ampla em forma de “folha” da epiglote (cartilagem 
epiglótica) não está presa a nenhuma estrutura e se move para 
cima e para baixo como um alçapão. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Durante a deglutição, a faringe e a laringe se movem para cima. 
A elevação da faringe amplia-a para receber alimentos ou bebidas; 
a elevação da laringe faz com que a epiglote se mova para baixo e 
cubra a glote, fechando-a. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ O fechamento da laringe desta maneira durante a deglutição 
desvia líquidos e alimentos para o esôfago e os mantêm fora da 
laringe e das vias respiratórias. Quando pequenas partículas de 
poeira, fumaça, alimentos ou líquidos passam para a laringe, ocorre 
um reflexo de tosse, geralmente expelindo o material. (TORTORA, 
14° EDIÇÃO) 
↠ Embora a posição baixa da laringe nos torne mais suscetíveis 
aos engasgos, ela é essencial para a fala humana. Sua localização 
inferior nos permite um maior movimento da língua na formação 
dos sons e uma faringe excepcionalmente longa, que age como uma 
câmara de ressonância dos sons das vogais que produzimos. 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Dentro da laringe, pares de ligamentos vocais seguem 
anteriormente desde as cartilagens aritenóideas até a cartilagem 
tireóidea. Esses ligamentos, compostos em grande parte de fibras 
elásticas, formam o núcleo de um par de pregas mucosas 
chamadas pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) (MARIEB, 7° 
EDIÇÃO) 
↠ Como a mucosa que as cobre é avascular, as pregas vocais 
têm um aspecto branco perolado. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ O ar expirado dos pulmões faz com que as pregas vocais 
vibrem em um movimento de onda, produzindo os sons básicos da 
fala. A abertura mediana entre as pregas vocais através da qual 
o ar passa se chama rima da glote (rima = fissura), e as pregas 
vocais junto a essa rima compõem a glote. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Outro par de pregas mucosas horizontais situadas diretamente 
acima das pregas vocais, as pregas vestibulares (cordas vocais 
falsas) não participam da produção do som. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
Histologia da laringe 
↠ As paredes da laringe contêm peças cartilaginosas de 
formas irregulares, unidas entre si por tecido conjuntivo 
fibrelástico. As cartilagens mantêm o lúmen da laringe 
sempre aberto, garantindo a livre passagem do ar. As peças 
cartilaginosas maiores (tireoide, cricoide e a maior parte das 
aritenoides) são do tipo hialino, enquanto as demais são do 
tipo elástico. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) 
 
 
↠ Os nervos da laringe incluem os ramos laríngeos superior e 
inferior do nervo vago. (MOORE, 6° edição) 
↠ O nervo laríngeo superior origina-se do gânglio inferior do nervo 
vago e divide-se em dois ramos terminais dentro da bainha 
carótida: o ramo interno (sensitivo e autônomo) e o ramo externo 
(motor) do nervo laríngeo superior. (MOORE, 6° edição) 
↠ O ramo interno do nervo laríngeo superior, o maior ramo 
terminal do nervo laríngeo superior, perfura a membrana tíreo-
hióidea com a artéria laríngea superior, fornecendo fibras 
sensitivas para a túnica mucosa laríngea do vestíbulo da laringe e 
cavidade média da laringe, incluindo a face superior das pregas 
vocais. (MOORE, 6° edição) 
↠ O ramo externo do nervo laríngeo superior desce 
posteriormente ao músculo esternotireóideo, acompanhado da 
artéria tireóidea superior. No início, o ramo externo situa-se sobre 
o músculo constritor inferior da faringe; em seguida, perfura o 
músculo, contribuindo para sua inervação (com o plexo faríngeo) e 
continua para inervaro músculo cricotireóideo. (MOORE, 6° edição) 
↠ O nervo laríngeo inferior, a continuação do nervo laríngeo 
recorrente (um ramo do nervo vago) inerva todos os músculos 
intrínsecos da laringe, com exceção do músculo cricotireóideo, que 
é suprido pelo ramo externo do nervo laríngeo superior. Além disso, 
fornece fibras sensitivas para a túnica mucosa da cavidade 
infraglótica. O nervo laríngeo inferior entra na laringe, seguindo 
profundamente à margem inferior do músculo constritor inferior 
da faringe. Divide-se em ramos anterior e posterior, que 
acompanham a artéria laríngea inferior até a laringe. (MOORE, 6° 
edição) 
Referência: R., AGUR, Anne M. Fundamentos de Anatomia Clínica. 
(6th edição) 
 
↠ O nervo vago (X) fornece inervação sensorial e motora para a 
laringe. 
↠ A sensação do vestíbulo e do ventrículo da laringe, 
superiormente às pregas vocais, é transportada pelo ramo 
laríngeo interno do nervo vago, e a sensação a partir da parte de 
baixo das pregas vocais é transportada pelo ramo laríngeo 
recorrente do nervo vago. 
↠ A inervação motora de todos os músculos da laringe é feita 
pelo ramo laríngeo recorrente do nervo vago, exceto o músculo 
cricotireóideo, que é inervado pelo ramo laríngeo externo do nervo 
vago. 
 
↠ A epiglote tem eixo de cartilagem elástica revestida por 
tecido conjuntivo e epitélio. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) 
↠ As pregas vestibulares (ou falsas cordas vocais) tem sua 
lâmina própria formada por tecido conjuntivo frouxo e contém 
glândulas. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) 
↠ As pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) apresentam 
um eixo de tecido conjuntivo muito elástico, ao qual se seguem, 
externamente, os músculos intrínsecos da laringe, do tipo 
estriado esquelético. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) 
↠A laringe conta com dois conjuntos de músculos do tipo 
estriado esquelético: músculos extrínsecos e músculos 
intrínsecos. Os músculos extrínsecos têm uma das inserções na 
laringe e outra em estruturas externas a ela (p. ex., osso hioide, 
mandíbula). Sua contração eleva ou abaixa a laringe durante e 
após a deglutição. As inserções dos músculos intrínsecos, que 
têm como função modificar a abertura das cordas vocais, 
localizam-se somente na laringe. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 
13°ED) 
↠ O epitélio que reveste a parte superior da laringe, uma área 
sujeita ao contato dos alimentos, é estratificado pavimentoso 
não queratinizado. 
↠ Abaixo das pregas vocais, o epitélio é pseudoestratificado 
colunar ciliado e aprisiona a poeira. Nesse epitélio, a força motriz 
dos cílios segue na direção da faringe, de modo que o muco que 
aprisiona o pó é movido continuamente para cima a partir dos 
pulmões. “Limpar a garganta” ajuda a mover esse muco para 
cima e para fora da laringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ A laringe recebe sua inervação sensitiva e motora de um ramo 
laríngeo superior do nervo vago e do nervo laríngeo recorrente, 
ramo do vago na região superior do tórax que, em curva 
ascendente, dirige-se para o pescoço. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ O nervo laríngeo recorrente esquerdo faz uma curva sob o 
arco da aorta, ao passo que o do lado direito curva-se sob a artéria 
subclávia direita. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
↠ Como esses nervos fornecem inervação para a maioria dos 
músculos da laringe, o dano a esses nervos, como pode ocorrer 
durante uma cirurgia nessa região, promove perturbações da fala. 
A transecção de um nervo laríngeo recorrente imobiliza uma prega 
vocal, produzindo um grau de rouquidão. Em tais casos, a outra 
prega vocal consegue compensar e a fala continua quase normal. 
No entanto, se ambos os nervos laríngeos recorrentes forem 
cortados, perde-se completamente a fala (exceto o sussurro). 
(MARIEB, 7° EDIÇÃO) 
 
 
↠ A túnica mucosa da laringe forma dois pares de pregas: um 
par superior chamado de pregas vestibulares (cordas vocais 
falsas) e um par inferior chamado de pregas vocais (cordas vocais 
verdadeiras) (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ O espaço entre as pregas vestibulares é conhecido como rima 
do vestíbulo. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ O ventrículo da laringe é uma expansão lateral da parte média 
da cavidade da laringe inferior às pregas vestibulares e superior 
às pregas vocais. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ As pregas vocais são as principais estruturas envolvidas na 
produção da voz. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Profundamente à túnica mucosa das pregas vocais estão 
faixas de ligamentos elásticos entre as rígidas cartilagens da 
laringe. Músculos intrínsecos da laringe se inserem tanto às 
cartilagens rígidas quanto às pregas vocais. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
↠ Quando os músculos se contraem, eles movem as cartilagens, 
que tensionam os ligamentos elásticos, e isso distende as pregas 
vocais para fora para as vias respiratórias, de modo que a rima 
da glote é estreitada. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Contrair e relaxar os músculos varia a tensão nas pregas 
vocais. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ O ar que passa pela laringe vibra as pregas e produz som 
(fonação) pela criação de ondas de som na coluna de ar na faringe, 
no nariz e na boca. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Quando os músculos intrínsecos da laringe se contraem, eles 
puxam as cartilagens aritenóideas, o que faz com que as 
cartilagens girem e deslizem. A contração dos músculos 
cricoaritenóideos posteriores, por exemplo, afasta as pregas 
vocais (abdução), abrindo assim a rima da glote. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
 
↠ Por outro lado, a contração dos músculos cricoaritenóideos 
laterais aproximas as pregas vocais uma da outra (adução), 
fechando assim a rima da glote. Outros músculos intrínsecos 
podem alongar (e colocar tensão sobre) ou encurtar (e relaxar) as 
pregas vocais. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
↠ A fonação é um ato físico de produção do som por meio da 
interação das pregas vocais com a corrente de ar exalada. (PINHO 
et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ A fonação constitui, em muitas ocasiões, atividade 
eminentemente voluntária. Contudo, também pode ser regulada 
involuntariamente ou ocorrer por mecanismos de reflexos. (PINHO 
et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ A vibração das pregas vocais (fonte glótica) é responsável pela 
conversão de energia aerodinâmica em energia acústica. Essa 
Resumindo: 
↠ O nervo vago dá origem ao nervo laríngeo superior e ao 
nervo laríngeo recorrente ou nervo laríngeo inferior. 
↠ O nervo laríngeo superior origina o ramo interno e o ramo 
externo. 
↠ O ramo interno do nervo laríngeo superior é responsável 
pela sensibilidade da laringe; 
↠ O ramo externo do nervo laríngeo superior é responsável 
pela motricidade do músculo cricotireóideo (CT). 
↠ O nervo laríngeo inferior é responsável pela inervação 
sensitiva e secretora da infraglote e pela motricidade dos 
demais músculos intrínsecos da laringe 
vibração depende um componente mioelástico e outro aerodinâmico 
para ocorrer. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ Sob o controle neuromuscular, as pregas vocais são aduzidas 
na linha média, assumindo postura fonatória. (PINHO et al, 3 
EDIÇÃO) 
↠ A atividade neuromuscular é fundamental no controle da 
massa, tensão e elasticidade das pregas vocais que constituirão o 
componente mioelástico. A partir daí o fenômeno vibratório ocorre 
basicamente por forças aerodinâmicas relacionadas com o fluxo 
aéreo expiratório. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ Durante a adução glótica ocorre a resistência das pregas 
vocais ao fluxo de ar exalado, criando crescente pressão 
subglótica.. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ Quando a pressão de ar vence a resistência glótica afastando 
as pregas vocais, diversas forças interagem imediatamente para 
promover o fechamento glótico. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ As principais forças são: a elasticidade das pregas vocais 
(regulada pela musculatura intrínseca da laringe) e o efeito de 
Bernoulli. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ Com a passagem do ar através da glote, a pressão subglótica 
diminui, reduzindo a força que mantém as pregas vocais separadas. 
Pelo efeito conjunto de alguns fatores (manutenção da força 
adutora intrínseca,elasticidade dos tecidos e o efeito Bernoulli) as 
pregas vocais são reaproximadas. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) 
↠ Assim que a glote se fecha, a pressão subglótica volta a 
aumentar, e o processo fonatório recomeça. (PINHO et al, 3 
EDIÇÃO) 
↠ O som se origina da vibração das pregas vocais, mas outras 
estruturas são necessárias para a conversão do som em fala 
reconhecível. A faringe, a boca, a cavidade nasal e os seios 
paranasais atuam como câmaras de ressonância que dão à voz a 
sua qualidade humana e individual. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Produzimos os sons das vogais pela constrição e relaxamento 
dos músculos da parede da faringe. Os músculos da face, da língua 
e dos lábios nos ajudam a pronunciar palavras. (TORTORA, 14° 
EDIÇÃO) 
↠ GLOTE: consiste em um par de pregas de túnica mucosa na 
laringe (as pregas vocais) e do espaço entre elas (rima da glote). 
(TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
 
↠ A cada respiração ou deglutição, o nosso organismo entra em 
contato com material antigénico inalado ou ingerido, através dos 
órgãos respiratórios e digestivos. Deste modo, as membranas 
mucosas desenvolveram um sistema imunológico especializado, 
conhecido como tecido linfoide associado à mucosa (MALT, mucosa 
associated lymphoid tissue). 
↠ Este tecido povoa as superfícies internas do corpo e 
desempenha um importante papel de primeira linha de defesa 
física e imunológica, que inclui a iniciação de respostas imunes 
específicas de antígenos. 
↠ O MALT pertence ao sistema linfoide secundário, tal como o 
baço e os gânglios linfáticos. 
↠ O MALT é constituído por aglomerados de tecido linfoide 
presentes na mucosa de diversos locais no organismo, como os 
tratos gastrointestinal, respiratório e geniturinário 
↠ A presença de tecido linfoide na faringe foi primeiro relatada 
por Waldeyer, que descreveu as adenoides (ou amígdalas 
nasofaríngeas), as amígdalas tubárias, as amígdalas palatinas 
(comummente referenciadas simplesmente como amígdalas) e a 
amígdala lingual. Este aglomerado de estruturas linfoides, em 
conjunto com o tecido difuso disperso da mucosa faríngea, 
completa uma banda circular na entrada do trato aerodigestivo 
superior, que é conhecida como anel de Waldeyer. 
↠ Este anel integra o MALT, um dos seus elementos mais 
importantes.
↠ Devido à sua localização estratégica, com exposição contínua a 
antígenos aéreos e alimentares, o anel de Waldeyer constitui o 
guardião imunológico do trato aerodigestivo superior. 
↠ O tom do som é controlado pela tensão nas pregas 
vocais. Se elas estão esticadas pelos músculos, vibram mais 
rapidamente, e isso resulta em um tom maior. A diminuição 
da tensão muscular nas pregas vocais faz com que elas 
vibrem 
mais lentamente e produzam sons de tons mais baixos. 
(TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
↠ Por causa da influência de andrógenos (hormônios 
sexuais masculinos), as pregas vocais geralmente são mais 
espessas e maiores no sexo masculino do que no feminino 
e, portanto, vibram mais lentamente. É por isso que a voz 
do homem geralmente tem menor variação no tom do que 
em uma mulher. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) 
 
 
↠ O anel de Waldeyer é constituído, tal como descrito, pelo 
conjunto das adenoides, das amígdalas tubárias, das amígdalas 
palatinas e da amígdala lingual, além das pequenas coleções de 
tecido linfoide subepitelial, nas bandas laterais da faringe 
 
↠ As adenoides (tonsilas faríngeas) encontram-se aderentes ao 
teto e parede posterior da nasofaringe, posteriormente à 
cavidade nasal. 
↠ As amígdalas (tonsilas) palatinas situam-se na orofaringe, na 
transição da cavidade oral para a faringe, nas chamadas fossas 
amigdalinas; estas situam-se entre os dois arcos musculares 
divergentes palatoglosso ventral e palatofaríngeo dorsal. 
↠ A amígdala (tonsila) lingual localiza-se no terço posterior da 
língua, estendendo-se até à porção ventral da epiglote 
 
↠ O anel de Waldeyer, localizado na faringe, encontra-se num 
local de elevada exposição a microrganismos, dessa forma 
desempenha um papel imunológico importante. 
↠ As respostas imunes geradas são inatas e adaptativas e 
incluem sistemas específicos de reconhecimento de antígenos: 
recetores toll-like, na imunidade inata, e recetores de células T e 
de células B, na imunidade adquirida. 
↠ O sistema imune inato serve como primeira linha de defesa 
contra bactérias, vírus e fungos invasores e inclui fatores 
mecânicos e bioquímicos inespecíficos, atuando rapidamente e sem 
necessidade de exposição antigénica prévia. 
↠ A resposta adaptativa, por outro lado, surge em resposta ao 
contato com antígenos, resultando na produção e disseminação de 
células B de memória e células plasmáticas secretoras de 
anticorpos específicos (principalmente IgA com cadeia J). 
↠ A interação ativa entre imunidade inata e adaptativa 
contribuem para a prevenção da invasão de microrganismos 
↠ Além disso, as amígdalas são ainda capazes de gerar respostas 
imunes primárias e secundárias. 
↠ Os diferentes compartimentos morfológicos do tecido linfoide 
da amígdala são especializados em funções imunes características: 
➢ o epitélio da superfície amigdalina na função de barreira 
física e imunológica; 
➢ o epitélio da cripta na captação de antígenos exógenos e 
ativação de células T; 
➢ o tecido linfoide interfolicular na estimulação de células B 
e migração linfocítica; 
➢ os folículos linfoides na produção de anticorpos por 
células B. 
Captação epitelial de antígenos e ativação de linfócitos T: 
↠ O linfoepitélio presente nas criptas amigdalinas é fundamental 
para o início da resposta imune. Após a entrada de antigénios na 
cavidade orofaríngea, estes são aprisionados nas criptas e 
captados por células epiteliais especializadas, conhecidas como 
células M (microfold) – que levam os antígenos através de 
vesículas para o tecido linfoide. 
↠ Logo após, as células apresentadoras de antígenos irão 
apresentar as células T induzindo a ativação primária das células T 
naive, que irá proliferar e se diferenciar em subtipos distintos. 
Grande parte da população T gerada são linfócitos T auxiliares (TH, 
T helper), com fenótipo CD4+, CD8+) mas inclui também células 
citotóxicas e de memória, que podem abandonar o tecido 
interfolicular. 
↠ Após ativação, as células T auxiliares irão agrupar-se junto a 
linfócitos B naive, estimulando-os e induzindo a sua diferenciação 
em células efetoras. 
Maturação das células B: 
↠ A maturação e diferenciação dos linfócitos B ocorre nos 
centros germinativos (GC, germinal center) dos folículos linfoides, 
que surgem como resultado da resposta de células B dependente 
de células T; 
↠ No final, a chamada reação do centro germinativo, resulta na 
produção de células plasmáticas e células B de memória. 
↠ Deste modo, os eventos do centro germinativo resultam na 
produção de plasmócitos produtores de diferentes classes de 
anticorpos, que exibem alta afinidade. 
↠ Os plasmócitos das amígdalas têm a capacidade de produzir 
todas as classes de imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM, IgD e IgE), 
sendo as mais abundantes a IgG (aproximadamente 65%) e IgA 
(cerca de 20%) 
Regiões secretoras associadas: 
↠ Mucosa nasal e as glândulas salivares e lacrimais possuem uma 
distribuição de linfócitos semelhante à observada nas amígdalas e 
adenoides, o que sugere que estes locais efetores secretores são 
sedeados principalmente por blastos plasmáticos gerados no anel 
de Waldeyer. 
 
 
➢ MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLATT, J. Anatomia humana. 
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 
➢ TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. 
➢ MOORE. Anatomia Orientada para a Clínica, 6ª ed. 
Guanabara Koogan, SP, 2017 
➢ HIATT. Anatomia Cabeça & Pescoço. [Digite o Local da 
Editora]: Grupo GEN, 2011. 978-85-277-2535-4. 
Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97
8-85-277-2535-4/. Acesso em: 28 out. 2021. 
➢ GOMES, M. L. M. Anel de Waldeyer: sua função e impacto 
na adenoamigdalectomia.Apresentação de Mestrado, 
Faculdade de Medicina de Coimbra, 2019 
➢ JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J. Histologia básica, texto e 
atlas. Rio de Janeiro. 12ª edição, 2013. 
➢ Músculos intrínsecos da laringe e dinâmica vocal. Por Sílvia 
Maria Rebelo Pinho, Gustavo Polacow Korn, Paulo Pontes 
(2019) 
MALT: Tonsilas 
➢ Lingual; 
➢ Palatinas (amígdalas) 
➢ Nasofaríngeas (adenoides)

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