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↠ A laringe (ou caixa de voz) estende-se do nível da quarta até a sexta vértebra cervical. Superiormente, ela se conecta ao osso hioide e se abre na parte laríngea da faringe inferiormente, é contínua à traqueia. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A laringe é uma pequena conexão entre a parte laríngea da faringe e a traqueia. Encontra-se na linha média do pescoço anteriormente ao esôfago e às vértebras cervicais IV a VI (C IV a C VI). (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A estrutura da laringe é uma organização intrincada de nove cartilagens conectadas por membranas e ligamentos. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A parede da laringe é composta por nove fragmentos de cartilagem. Três ocorrem isoladamente (cartilagem tireóidea, epiglote e cartilagem cricóidea) e três ocorrem em pares (cartilagens aritenóidea, cuneiforme e corniculada). (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Os músculos extrínsecos da laringe conectam as cartilagens a outras estruturas na garganta; os músculos intrínsecos conectam as cartilagens entre si. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A cavidade da laringe é o espaço que se estende desde a entrada da laringe até a margem inferior da cartilagem cricóidea. A parte da cavidade da laringe acima das pregas vestibulares (cordas vocais falsas) é chamada de vestíbulo da laringe. A parte da cavidade da laringe abaixo das pregas vocais é chamada de cavidade infraglótica. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A grande cartilagem tireóidea, em forma de escudo e composta por duas lâminas cartilagíneas de cartilagem hialina, lembra um livro aberto em pé, com a “lombada” na linha média anterior do pescoço. Superiormente nessa “lombada” destaca-se a proeminência laríngea, em forma de crista e visível sob a pele do pescoço como o “pomo de Adão”. A cartilagem tireóidea é maior nos homens do que nas mulheres porque os hormônios sexuais masculinos estimulam seu crescimento durante a puberdade. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O ligamento que liga a cartilagem tireóidea ao hioide é chamado membrana tíreohióidea. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Inferior à cartilagem tireóidea encontra-se a cartilagem cricóidea (“círculo”), a única cartilagem laríngea a formar um anel completo. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Ela se insere ao primeiro anel de cartilagem da traqueia pelo ligamento cricotraqueal. A cartilagem tireóidea está ligada à cartilagem cricóidea pelo ligamento cricotireóideo. A cartilagem cricóidea é o marco para fazer um acesso de emergência às vias respiratórias chamado de traqueotomia. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Esta cartilagem é larga na face posterior e estreita anteriormente. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A cartilagem cricóidea está situada no topo da traqueia. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) FUNÇÕES DA LARINGE • Produzir sons; • Proporcionar uma via aérea aberta; • agir como mecanismo de comutação para rotear o ar e o alimento para as vias adequadas. Durante a deglutição, a entrada (abertura superior) da laringe fica fechada; durante a respiração, fica aberta. ↠ Três pares de pequenas cartilagens situam -se imediatamente acima da cartilagem cricóidea na parte posterior da laringe: as cartilagens aritenóideas (parecidas com conchas), as cartilagens corniculadas (“pequenos cornos”) e as cartilagens cuneiformes (“em forma de cunha”). As mais importantes entre elas são as cartilagens aritenóideas, que ancoram as pregas vocais. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O par de cartilagens aritenóideas são segmentos triangulares formados principalmente por cartilagem hialina localizados na margem posterior superior da cartilagem cricóidea. Eles formam articulações sinoviais com a cartilagem cricóidea e têm uma ampla gama de mobilidade. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ O par de cartilagens corniculadas, peças em forma de chifre de cartilagem elástica, está localizado no ápice de cada cartilagem aritenóidea. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ O par de cartilagens cuneiformes, cartilagens elásticas em forma de taco anteriores às cartilagens corniculadas, apoia as pregas vocais e as faces laterais da epiglote. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica em forma de folha que é recoberta por epitélio. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A nona cartilagem da laringe, a epiglote, em forma de folha, é composta de cartilagem elástica (cartilagem epiglótica), sendo quase inteiramente coberta por mucosa. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Existe uma parte inferior afilada (pecíolo epiglótico) que está conectada à margem anterior da cartilagem tireóidea. A parte superior ampla em forma de “folha” da epiglote (cartilagem epiglótica) não está presa a nenhuma estrutura e se move para cima e para baixo como um alçapão. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Durante a deglutição, a faringe e a laringe se movem para cima. A elevação da faringe amplia-a para receber alimentos ou bebidas; a elevação da laringe faz com que a epiglote se mova para baixo e cubra a glote, fechando-a. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ O fechamento da laringe desta maneira durante a deglutição desvia líquidos e alimentos para o esôfago e os mantêm fora da laringe e das vias respiratórias. Quando pequenas partículas de poeira, fumaça, alimentos ou líquidos passam para a laringe, ocorre um reflexo de tosse, geralmente expelindo o material. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Embora a posição baixa da laringe nos torne mais suscetíveis aos engasgos, ela é essencial para a fala humana. Sua localização inferior nos permite um maior movimento da língua na formação dos sons e uma faringe excepcionalmente longa, que age como uma câmara de ressonância dos sons das vogais que produzimos. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Dentro da laringe, pares de ligamentos vocais seguem anteriormente desde as cartilagens aritenóideas até a cartilagem tireóidea. Esses ligamentos, compostos em grande parte de fibras elásticas, formam o núcleo de um par de pregas mucosas chamadas pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Como a mucosa que as cobre é avascular, as pregas vocais têm um aspecto branco perolado. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O ar expirado dos pulmões faz com que as pregas vocais vibrem em um movimento de onda, produzindo os sons básicos da fala. A abertura mediana entre as pregas vocais através da qual o ar passa se chama rima da glote (rima = fissura), e as pregas vocais junto a essa rima compõem a glote. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Outro par de pregas mucosas horizontais situadas diretamente acima das pregas vocais, as pregas vestibulares (cordas vocais falsas) não participam da produção do som. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) Histologia da laringe ↠ As paredes da laringe contêm peças cartilaginosas de formas irregulares, unidas entre si por tecido conjuntivo fibrelástico. As cartilagens mantêm o lúmen da laringe sempre aberto, garantindo a livre passagem do ar. As peças cartilaginosas maiores (tireoide, cricoide e a maior parte das aritenoides) são do tipo hialino, enquanto as demais são do tipo elástico. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) ↠ Os nervos da laringe incluem os ramos laríngeos superior e inferior do nervo vago. (MOORE, 6° edição) ↠ O nervo laríngeo superior origina-se do gânglio inferior do nervo vago e divide-se em dois ramos terminais dentro da bainha carótida: o ramo interno (sensitivo e autônomo) e o ramo externo (motor) do nervo laríngeo superior. (MOORE, 6° edição) ↠ O ramo interno do nervo laríngeo superior, o maior ramo terminal do nervo laríngeo superior, perfura a membrana tíreo- hióidea com a artéria laríngea superior, fornecendo fibras sensitivas para a túnica mucosa laríngea do vestíbulo da laringe e cavidade média da laringe, incluindo a face superior das pregas vocais. (MOORE, 6° edição) ↠ O ramo externo do nervo laríngeo superior desce posteriormente ao músculo esternotireóideo, acompanhado da artéria tireóidea superior. No início, o ramo externo situa-se sobre o músculo constritor inferior da faringe; em seguida, perfura o músculo, contribuindo para sua inervação (com o plexo faríngeo) e continua para inervaro músculo cricotireóideo. (MOORE, 6° edição) ↠ O nervo laríngeo inferior, a continuação do nervo laríngeo recorrente (um ramo do nervo vago) inerva todos os músculos intrínsecos da laringe, com exceção do músculo cricotireóideo, que é suprido pelo ramo externo do nervo laríngeo superior. Além disso, fornece fibras sensitivas para a túnica mucosa da cavidade infraglótica. O nervo laríngeo inferior entra na laringe, seguindo profundamente à margem inferior do músculo constritor inferior da faringe. Divide-se em ramos anterior e posterior, que acompanham a artéria laríngea inferior até a laringe. (MOORE, 6° edição) Referência: R., AGUR, Anne M. Fundamentos de Anatomia Clínica. (6th edição) ↠ O nervo vago (X) fornece inervação sensorial e motora para a laringe. ↠ A sensação do vestíbulo e do ventrículo da laringe, superiormente às pregas vocais, é transportada pelo ramo laríngeo interno do nervo vago, e a sensação a partir da parte de baixo das pregas vocais é transportada pelo ramo laríngeo recorrente do nervo vago. ↠ A inervação motora de todos os músculos da laringe é feita pelo ramo laríngeo recorrente do nervo vago, exceto o músculo cricotireóideo, que é inervado pelo ramo laríngeo externo do nervo vago. ↠ A epiglote tem eixo de cartilagem elástica revestida por tecido conjuntivo e epitélio. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) ↠ As pregas vestibulares (ou falsas cordas vocais) tem sua lâmina própria formada por tecido conjuntivo frouxo e contém glândulas. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) ↠ As pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) apresentam um eixo de tecido conjuntivo muito elástico, ao qual se seguem, externamente, os músculos intrínsecos da laringe, do tipo estriado esquelético. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) ↠A laringe conta com dois conjuntos de músculos do tipo estriado esquelético: músculos extrínsecos e músculos intrínsecos. Os músculos extrínsecos têm uma das inserções na laringe e outra em estruturas externas a ela (p. ex., osso hioide, mandíbula). Sua contração eleva ou abaixa a laringe durante e após a deglutição. As inserções dos músculos intrínsecos, que têm como função modificar a abertura das cordas vocais, localizam-se somente na laringe. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 13°ED) ↠ O epitélio que reveste a parte superior da laringe, uma área sujeita ao contato dos alimentos, é estratificado pavimentoso não queratinizado. ↠ Abaixo das pregas vocais, o epitélio é pseudoestratificado colunar ciliado e aprisiona a poeira. Nesse epitélio, a força motriz dos cílios segue na direção da faringe, de modo que o muco que aprisiona o pó é movido continuamente para cima a partir dos pulmões. “Limpar a garganta” ajuda a mover esse muco para cima e para fora da laringe. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A laringe recebe sua inervação sensitiva e motora de um ramo laríngeo superior do nervo vago e do nervo laríngeo recorrente, ramo do vago na região superior do tórax que, em curva ascendente, dirige-se para o pescoço. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ O nervo laríngeo recorrente esquerdo faz uma curva sob o arco da aorta, ao passo que o do lado direito curva-se sob a artéria subclávia direita. (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ Como esses nervos fornecem inervação para a maioria dos músculos da laringe, o dano a esses nervos, como pode ocorrer durante uma cirurgia nessa região, promove perturbações da fala. A transecção de um nervo laríngeo recorrente imobiliza uma prega vocal, produzindo um grau de rouquidão. Em tais casos, a outra prega vocal consegue compensar e a fala continua quase normal. No entanto, se ambos os nervos laríngeos recorrentes forem cortados, perde-se completamente a fala (exceto o sussurro). (MARIEB, 7° EDIÇÃO) ↠ A túnica mucosa da laringe forma dois pares de pregas: um par superior chamado de pregas vestibulares (cordas vocais falsas) e um par inferior chamado de pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ O espaço entre as pregas vestibulares é conhecido como rima do vestíbulo. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ O ventrículo da laringe é uma expansão lateral da parte média da cavidade da laringe inferior às pregas vestibulares e superior às pregas vocais. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ As pregas vocais são as principais estruturas envolvidas na produção da voz. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Profundamente à túnica mucosa das pregas vocais estão faixas de ligamentos elásticos entre as rígidas cartilagens da laringe. Músculos intrínsecos da laringe se inserem tanto às cartilagens rígidas quanto às pregas vocais. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Quando os músculos se contraem, eles movem as cartilagens, que tensionam os ligamentos elásticos, e isso distende as pregas vocais para fora para as vias respiratórias, de modo que a rima da glote é estreitada. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Contrair e relaxar os músculos varia a tensão nas pregas vocais. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ O ar que passa pela laringe vibra as pregas e produz som (fonação) pela criação de ondas de som na coluna de ar na faringe, no nariz e na boca. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Quando os músculos intrínsecos da laringe se contraem, eles puxam as cartilagens aritenóideas, o que faz com que as cartilagens girem e deslizem. A contração dos músculos cricoaritenóideos posteriores, por exemplo, afasta as pregas vocais (abdução), abrindo assim a rima da glote. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Por outro lado, a contração dos músculos cricoaritenóideos laterais aproximas as pregas vocais uma da outra (adução), fechando assim a rima da glote. Outros músculos intrínsecos podem alongar (e colocar tensão sobre) ou encurtar (e relaxar) as pregas vocais. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A fonação é um ato físico de produção do som por meio da interação das pregas vocais com a corrente de ar exalada. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ A fonação constitui, em muitas ocasiões, atividade eminentemente voluntária. Contudo, também pode ser regulada involuntariamente ou ocorrer por mecanismos de reflexos. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ A vibração das pregas vocais (fonte glótica) é responsável pela conversão de energia aerodinâmica em energia acústica. Essa Resumindo: ↠ O nervo vago dá origem ao nervo laríngeo superior e ao nervo laríngeo recorrente ou nervo laríngeo inferior. ↠ O nervo laríngeo superior origina o ramo interno e o ramo externo. ↠ O ramo interno do nervo laríngeo superior é responsável pela sensibilidade da laringe; ↠ O ramo externo do nervo laríngeo superior é responsável pela motricidade do músculo cricotireóideo (CT). ↠ O nervo laríngeo inferior é responsável pela inervação sensitiva e secretora da infraglote e pela motricidade dos demais músculos intrínsecos da laringe vibração depende um componente mioelástico e outro aerodinâmico para ocorrer. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ Sob o controle neuromuscular, as pregas vocais são aduzidas na linha média, assumindo postura fonatória. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ A atividade neuromuscular é fundamental no controle da massa, tensão e elasticidade das pregas vocais que constituirão o componente mioelástico. A partir daí o fenômeno vibratório ocorre basicamente por forças aerodinâmicas relacionadas com o fluxo aéreo expiratório. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ Durante a adução glótica ocorre a resistência das pregas vocais ao fluxo de ar exalado, criando crescente pressão subglótica.. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ Quando a pressão de ar vence a resistência glótica afastando as pregas vocais, diversas forças interagem imediatamente para promover o fechamento glótico. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ As principais forças são: a elasticidade das pregas vocais (regulada pela musculatura intrínseca da laringe) e o efeito de Bernoulli. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ Com a passagem do ar através da glote, a pressão subglótica diminui, reduzindo a força que mantém as pregas vocais separadas. Pelo efeito conjunto de alguns fatores (manutenção da força adutora intrínseca,elasticidade dos tecidos e o efeito Bernoulli) as pregas vocais são reaproximadas. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ Assim que a glote se fecha, a pressão subglótica volta a aumentar, e o processo fonatório recomeça. (PINHO et al, 3 EDIÇÃO) ↠ O som se origina da vibração das pregas vocais, mas outras estruturas são necessárias para a conversão do som em fala reconhecível. A faringe, a boca, a cavidade nasal e os seios paranasais atuam como câmaras de ressonância que dão à voz a sua qualidade humana e individual. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Produzimos os sons das vogais pela constrição e relaxamento dos músculos da parede da faringe. Os músculos da face, da língua e dos lábios nos ajudam a pronunciar palavras. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ GLOTE: consiste em um par de pregas de túnica mucosa na laringe (as pregas vocais) e do espaço entre elas (rima da glote). (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ A cada respiração ou deglutição, o nosso organismo entra em contato com material antigénico inalado ou ingerido, através dos órgãos respiratórios e digestivos. Deste modo, as membranas mucosas desenvolveram um sistema imunológico especializado, conhecido como tecido linfoide associado à mucosa (MALT, mucosa associated lymphoid tissue). ↠ Este tecido povoa as superfícies internas do corpo e desempenha um importante papel de primeira linha de defesa física e imunológica, que inclui a iniciação de respostas imunes específicas de antígenos. ↠ O MALT pertence ao sistema linfoide secundário, tal como o baço e os gânglios linfáticos. ↠ O MALT é constituído por aglomerados de tecido linfoide presentes na mucosa de diversos locais no organismo, como os tratos gastrointestinal, respiratório e geniturinário ↠ A presença de tecido linfoide na faringe foi primeiro relatada por Waldeyer, que descreveu as adenoides (ou amígdalas nasofaríngeas), as amígdalas tubárias, as amígdalas palatinas (comummente referenciadas simplesmente como amígdalas) e a amígdala lingual. Este aglomerado de estruturas linfoides, em conjunto com o tecido difuso disperso da mucosa faríngea, completa uma banda circular na entrada do trato aerodigestivo superior, que é conhecida como anel de Waldeyer. ↠ Este anel integra o MALT, um dos seus elementos mais importantes. ↠ Devido à sua localização estratégica, com exposição contínua a antígenos aéreos e alimentares, o anel de Waldeyer constitui o guardião imunológico do trato aerodigestivo superior. ↠ O tom do som é controlado pela tensão nas pregas vocais. Se elas estão esticadas pelos músculos, vibram mais rapidamente, e isso resulta em um tom maior. A diminuição da tensão muscular nas pregas vocais faz com que elas vibrem mais lentamente e produzam sons de tons mais baixos. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ Por causa da influência de andrógenos (hormônios sexuais masculinos), as pregas vocais geralmente são mais espessas e maiores no sexo masculino do que no feminino e, portanto, vibram mais lentamente. É por isso que a voz do homem geralmente tem menor variação no tom do que em uma mulher. (TORTORA, 14° EDIÇÃO) ↠ O anel de Waldeyer é constituído, tal como descrito, pelo conjunto das adenoides, das amígdalas tubárias, das amígdalas palatinas e da amígdala lingual, além das pequenas coleções de tecido linfoide subepitelial, nas bandas laterais da faringe ↠ As adenoides (tonsilas faríngeas) encontram-se aderentes ao teto e parede posterior da nasofaringe, posteriormente à cavidade nasal. ↠ As amígdalas (tonsilas) palatinas situam-se na orofaringe, na transição da cavidade oral para a faringe, nas chamadas fossas amigdalinas; estas situam-se entre os dois arcos musculares divergentes palatoglosso ventral e palatofaríngeo dorsal. ↠ A amígdala (tonsila) lingual localiza-se no terço posterior da língua, estendendo-se até à porção ventral da epiglote ↠ O anel de Waldeyer, localizado na faringe, encontra-se num local de elevada exposição a microrganismos, dessa forma desempenha um papel imunológico importante. ↠ As respostas imunes geradas são inatas e adaptativas e incluem sistemas específicos de reconhecimento de antígenos: recetores toll-like, na imunidade inata, e recetores de células T e de células B, na imunidade adquirida. ↠ O sistema imune inato serve como primeira linha de defesa contra bactérias, vírus e fungos invasores e inclui fatores mecânicos e bioquímicos inespecíficos, atuando rapidamente e sem necessidade de exposição antigénica prévia. ↠ A resposta adaptativa, por outro lado, surge em resposta ao contato com antígenos, resultando na produção e disseminação de células B de memória e células plasmáticas secretoras de anticorpos específicos (principalmente IgA com cadeia J). ↠ A interação ativa entre imunidade inata e adaptativa contribuem para a prevenção da invasão de microrganismos ↠ Além disso, as amígdalas são ainda capazes de gerar respostas imunes primárias e secundárias. ↠ Os diferentes compartimentos morfológicos do tecido linfoide da amígdala são especializados em funções imunes características: ➢ o epitélio da superfície amigdalina na função de barreira física e imunológica; ➢ o epitélio da cripta na captação de antígenos exógenos e ativação de células T; ➢ o tecido linfoide interfolicular na estimulação de células B e migração linfocítica; ➢ os folículos linfoides na produção de anticorpos por células B. Captação epitelial de antígenos e ativação de linfócitos T: ↠ O linfoepitélio presente nas criptas amigdalinas é fundamental para o início da resposta imune. Após a entrada de antigénios na cavidade orofaríngea, estes são aprisionados nas criptas e captados por células epiteliais especializadas, conhecidas como células M (microfold) – que levam os antígenos através de vesículas para o tecido linfoide. ↠ Logo após, as células apresentadoras de antígenos irão apresentar as células T induzindo a ativação primária das células T naive, que irá proliferar e se diferenciar em subtipos distintos. Grande parte da população T gerada são linfócitos T auxiliares (TH, T helper), com fenótipo CD4+, CD8+) mas inclui também células citotóxicas e de memória, que podem abandonar o tecido interfolicular. ↠ Após ativação, as células T auxiliares irão agrupar-se junto a linfócitos B naive, estimulando-os e induzindo a sua diferenciação em células efetoras. Maturação das células B: ↠ A maturação e diferenciação dos linfócitos B ocorre nos centros germinativos (GC, germinal center) dos folículos linfoides, que surgem como resultado da resposta de células B dependente de células T; ↠ No final, a chamada reação do centro germinativo, resulta na produção de células plasmáticas e células B de memória. ↠ Deste modo, os eventos do centro germinativo resultam na produção de plasmócitos produtores de diferentes classes de anticorpos, que exibem alta afinidade. ↠ Os plasmócitos das amígdalas têm a capacidade de produzir todas as classes de imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM, IgD e IgE), sendo as mais abundantes a IgG (aproximadamente 65%) e IgA (cerca de 20%) Regiões secretoras associadas: ↠ Mucosa nasal e as glândulas salivares e lacrimais possuem uma distribuição de linfócitos semelhante à observada nas amígdalas e adenoides, o que sugere que estes locais efetores secretores são sedeados principalmente por blastos plasmáticos gerados no anel de Waldeyer. ➢ MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLATT, J. Anatomia humana. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014 ➢ TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. ➢ MOORE. Anatomia Orientada para a Clínica, 6ª ed. Guanabara Koogan, SP, 2017 ➢ HIATT. Anatomia Cabeça & Pescoço. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2011. 978-85-277-2535-4. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97 8-85-277-2535-4/. Acesso em: 28 out. 2021. ➢ GOMES, M. L. M. Anel de Waldeyer: sua função e impacto na adenoamigdalectomia.Apresentação de Mestrado, Faculdade de Medicina de Coimbra, 2019 ➢ JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J. Histologia básica, texto e atlas. Rio de Janeiro. 12ª edição, 2013. ➢ Músculos intrínsecos da laringe e dinâmica vocal. Por Sílvia Maria Rebelo Pinho, Gustavo Polacow Korn, Paulo Pontes (2019) MALT: Tonsilas ➢ Lingual; ➢ Palatinas (amígdalas) ➢ Nasofaríngeas (adenoides)
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