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Resumo sobre os Capítulos I e II da obra Ordenamento Jurídico de Norbeto Bobbio

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1 
 
Relatório sobre os Capítulos I e II da obra “Ordenamento Jurídico” de Norberto Bobbio. 
 
Capítulo I - Da Norma ao Ordenamento Jurídico 
● Novidade do Problema do Ordenamento 
Nesse primeiro capítulo Bobbio apresenta brevemente suas ideias em relação a normas 
que já foram exploradas no livro “Teoria da Norma Jurídica” e diz que as normas jurídicas 
nunca existem isoladamente, mas sempre em um contexto de normas com relações particulares 
entre si e esse contexto de normas costuma ser chamado de ‘ordenamento’ e define que “Direito 
não é norma, mas um conjunto coordenado de normas que jamais se encontra só, mas está 
ligado a outras normas com os quais forma um sistema normativo”. 
O autor exemplifica o problema dizendo que apenas a árvore (norma) costumava ser 
estudada, ao invés da floresta (ordenamento). O isolamento dos problemas do ordenamento 
jurídico dos da norma jurídica e o tratamento autônomo dos primeiros como parte de uma teoria 
geral do Direito foram obras escritas e estudadas, sobretudo, por Hans Kelsen. 
● Ordenamento Jurídico e Definições do Direito 
No conjunto das tentativas realizadas para caracterizar o Direito através de algum 
elemento da norma jurídica, considera-se sobretudo quatro critérios: 1. Critério formal; 2. 
Critério material; 3. Critério do sujeito que põe a norma; 4. Critério do sujeito ao qual a norma 
se destina. 
Por critério formal (01), entendemos aquele pelo qual se acredita poder ser definido o 
que é o Direito através de qualquer elemento estrutural das normas que se costuma chamar de 
jurídicas. 
Já por critério material (02), entendemos aquele critério que se poderia extrair do conteúdo das 
normas jurídicas, isto é, das ações reguladas. 
Quando falamos sobre critério do sujeito que se põe a norma (03), queremos nos referir 
à teoria que considera jurídicas as normas postas pelo poder soberano, entendendo-se por ‘poder 
soberano’ aquele acima do qual não existe, num determinado grupo social, nenhum outro, e 
que, como tal, detém o monopólio da força. 
2 
 E por fim o critério do sujeito ao qual a norma é destinada (04), pode apresentar duas variantes, 
conforme se considere como destinatário o súdito ou o juiz. 
● Definição do Direito 
Nessa terceira parte o autor diz que só em uma teoria do ordenamento o fenômeno 
jurídico encontra sua adequada explicação. A norma jurídica é determinada através do poder da 
sanção, sendo seu conceito “aquela cuja execução é garantida por uma sanção externa e 
institucionalizada” isso significa que se deve procurar o caráter distintivo do direito não em um 
elemento da norma, mas sim em um complexo orgânico de normas. Pela teoria tradicional, um 
ordenamento se compõe de normas jurídicas, na nova perspectiva normas jurídicas são aquelas 
que venham a fazer parte de um ordenamento jurídico e o direito é a característica de alguns 
ordenamentos. 
● Pluralidade de Normas 
Postas tais condições, não existem senão três possibilidades de conceber um 
ordenamento composto de uma norma única: 
1. Tudo é permitido: estado de natureza 
2. Tudo é proibido: impossível o convívio social já que o possível seria só o meramente 
natural. 
3. Tudo é obrigatório: “as ações possíveis estão em conflito entre si, e ordenar duas 
ações em conflito significa tornar uma ou outra, ou ambas, inexequíveis.” 
- Norma de Conduta: aquela que expressa comportamentos 
- Norma de Estrutura ou Competência: aquela que prescreve as condições e 
procedimentos através dos quais emanam normas de conduta válida. 
● Os Problemas do Ordenamento Jurídico 
Neste capítulo é dito que um ordenamento jurídico é composto de mais de uma norma, 
disso advém que os principais problemas conexos com a existência de um ordenamento são os 
que nascem das relações das diversas normas entre si, e o autor explica o que tratará nos demais 
capítulos. 
3 
O problema fundamental que deve ser discutido no segundo capítulo é o da hierarquia 
das normas. 
O problema fundamental das antinomias jurídicas no terceiro capítulo. 
Lacunas da Lei no terceiro capítulo e a teoria da plenitude do ordenamento no terceiro 
capítulo. 
Capítulo 2 - A Unidade do Ordenamento Jurídico 
● Fontes Reconhecidas e Fontes Delegadas 
- Fonte reconhecida: é o costume nos ordenamentos estatais modernos, onde a 
fonte direta e superior é a Lei. 
- Fonte delegada: é o regulamento com relação à Lei. Os regulamentos são, com 
o as leis, normas gerais e abstratas, mas, à diferença das leis, a sua produção é 
confiada geralmente ao Poder Executivo por delegação do Poder Legislativo, e 
uma de suas funções é a de integrar leis muito genéricas, que contêm somente 
diretrizes de princípio e não poderiam ser aplicadas sem serem ulteriormente 
especificadas. 
 1. Recepção das normas já feitas 
2. Delegação do poder de produzir normas jurídicas 
● Tipos de Fontes e Formação Histórica do Ordenamento 
1. Um ordenamento não nasce num deserto, mas sim “surge limitado pelos 
ordenamentos precedentes”. 
2. O poder originário, uma vez constituído, cria ele mesmo, para satisfazer a necessidade 
de uma normatização sempre atualizada, novas centrais de produção jurídica, atribuindo a 
órgãos executivos o poder de estabelecer normas integradoras subordinadas às legislações (os 
regulamentos). 
● As Fontes do Direito 
A classificação desse tipo de normas é muito mais complexa que a classificação das 
normas de primeira instância, para as quais havíamos falado de ‘tripartição’ clássica em normas 
imperativas, proibitivas e permissivas. Podem-se distinguir nove tipos: 
 1) Normas que mandam ordenar; 
4 
2) Normas que proíbem ordenar; 
3) Normas que permitem ordenar; 
4) Normas que mandam proibir; 
5) Normas que proíbem proibir; 
6) Normas que permitem proibir; 
7) Normas que mandam permitir; 
8) Normas que proíbem permitir; 
9) Normas que permitem. 
● Construção Escalonada do Ordenamento 
Essa teoria serve para dar uma explicação da unidade de um ordenamento jurídico 
complexo. Seu núcleo é que as normas de um ordenamento não estão todas no mesmo plano. 
Há normas superiores e normas inferiores; as inferiores dependem das superiores. 
 Além disso, também há apresentação da norma fundamental que é o termo unificador 
das normas, e designa o ordenamento como um ordenamento e não apenas um “amontoado de 
normas”. 
Ato executivo: Cumprimento de uma regra de conduta derivada do contrato; 
Poder e dever: conceitos correlatos, um não pode ser sem o outro. Poder é a capacidade 
de colocar em prática obrigações em relação a outras pessoas, e dever é a prática do que se 
submete ao poder, como obrigação. 
● Limites Materiais e Limites Formais 
Quando um órgão superior atribui a um órgão inferior um poder normativo, não lhe 
atribui um poder ilimitado. 
Os limites com que o poder superior restringe e regula o poder inferior são de dois tipos 
diferentes: 
a) relativos ao conteúdo; (positivo ou negativo); 
b) relativos à forma. O primeiro tipo de limite refere-se ao conteúdo da norma que o 
inferior está autorizado a emanar; o segundo refere-se à forma, isto é, ao modo ou ao processo 
pelo qual a norma do inferior deve ser emanada. 
5 
 A presença das leis de direito substancial faz com que o juiz, ao decidir uma 
controvérsia, procure encontrar uma solução nas leis ordinárias. 
As leis relativas ao procedimento constituem os limites formais da atividade do juiz, ou 
seja, está autorizado a estabelecer normas judiciais no caso concreto, mas deve estabelecê-las 
segundo um ritual em grande parte estabelecido pela lei. 
● A Norma Fundamental 
A norma fundamental, enquanto, por um lado, atribui aos órgãos constitucionais poder 
de fixar normas válidas, impõe a todos aqueles aos quais se referem as normas constitucionais 
o dever de obedecê-las. É uma norma ao mesmo tempo atributiva e imperativa, segundo se 
considera do ponto de vista do poder ao qual dá origem ou da obrigaçãoque dele nasce. 
Algumas respostas dadas ao problema do fundamento último do poder: 
a) Todo poder vem de Deus; 
b) O dever de obedecer ao poder constituinte deriva da lei natural; 
 c) O dever de obedecer ao poder constituído deriva de uma convenção originária, da 
qual o poder tira a própria justificação. 
● Direito e Força 
A norma fundamental, assim como a temos aqui pressuposta, estabelece que é preciso 
obedecer ao poder originário. 
Fazer depender todo o sistema normativo do poder originário significa reduzir o direito 
à força. Não podemos confundir o poder com a força, pois, 
“Direito é um conjunto de normas com eficácia reforçadas, isso 
significa que um ordenamento jurídico é impensável sem o exercício da força, 
isto é, sem o uso do poder” 
De forma que devemos então, apenas reconhecer que a força é necessária para o 
exercício do direito. 
Falando em poder originário, falamos das forças políticas que instauraram um 
determinado ordenamento jurídico. Que esta instauração tenha acontecido mediante o exercício 
da força física não está absolutamente implícito no conceito de poder. Segundo Ross, a força é 
um instrumento para a aplicação do direito. 
6 
 
Referências: 
BOBBIO, Norberto. TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO. 4 ed. Brasília: EdUNB, 1994

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