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UNIDADE 1 – SEÇÃO 1 “Nas sociedades contemporâneas, a lei é indiscutivelmente a mais importante das fontes da ordem jurídica, tendo aplicação imediata. Nunca é demais repetir o texto que consta do art. 5.º, inc. II, da CF/1988, segundo o qual 'ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei' (princípio da legalidade).” (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1. 15. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018). Sobre as leis, assinale a alternativa correta: Escolha uma: a. O processo de criação da lei passa por três fases: a da elaboração, a da promulgação e a da publicação. A lei poderá, excepcionalmente, ser elaborada pelo poder executivo. O processo de criação da lei passa por três fases: a da elaboração, a da promulgação e a da publicação. Depois de promulgada, a lei deverá ser publicada nos canais oficiais de comunicação do governo (tais como, o Diário Oficial da União). Após, deverá aguardar o período de vacatio legis definido para então passar a ser obrigatória a todos (coercibilidade). A lei somente será considerada UM ATO JURÍDICO após sua promulgação. A revogação de uma lei somente se dará por meio de outra LEI. b. Depois de promulgada, a lei passa a ser obrigatória a todos. c. A lei deverá ser elaborada exclusivamente pelo Poder Executivo. d. A lei é considerada ato jurídico no momento em que é apresentada como um projeto de lei. e. A revogação de uma lei se dará por meio de qualquer ato. ------------------------------------ “A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é um conjunto de normas sobre normas, visto que disciplina as próprias normas jurídicas, determinando o seu modo de aplicação e entendimento, no tempo e no espaço. O objeto das leis em geral é o comportamento humano, o da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é a própria norma, visto que disciplina a sua elaboração e vigência, a sua aplicação no tempo e no espaço, as suas fontes etc. Contém normas de sobredireito ou de apoio, podendo ser considerada um Código de Normas, por ter a lei como tema central. ” (FONTE: Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1. 15. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018, p.27). Levando em consideração a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, analise as afirmativas a seguir: I. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro deve ser aplicada apenas à legislação civil. II. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada III. A lei posterior revoga a anterior somente quando expressamente o declare em seu texto . IV. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. É correto o que se afirma em: Escolha uma: a. I, III e IV, apenas. b. II, III e IV, apenas. c. I, II, apenas. d. II e IV, apenas. ALTERNATIVA CORRETA: II e IV, apenas. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro deve ser aplicada apenas à legislação civil. INCORRETA. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é legislação anexa ao Código Civil, mas autônoma, dele não fazendo parte. Embora se destine a facilitar a sua aplicação, tem caráter universal, aplicando-se a todos os ramos do direito. Acompanha o Código Civil simplesmente porque se trata do diploma considerado de maior importância. Na realidade constitui um repositório de normas preliminar à totalidade do ordenamento jurídico nacional. (Carlos Roberto Gonçalves. Direito civil brasileiro, parte 1, 2018, p. 27) Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. CORRETA. DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. Art. 1° parágrafo 1º do dispositivo traz a regra da vacatio legis nos Estados estrangeiros. Aduz que, no exterior, a lei brasileira somente terá obrigatoriedade após 03 (três) meses de oficialmente publicada. A lei posterior revoga a anterior somente quando expressamente o declare em seu texto. INCORRETA. Art. 2° § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Segundo a LINDB, a revogação da lei se dará com a entada em vigor de outra lei e não é necessário que conste expressamente no texto desta nova lei que a antiga fora revogada. Havendo incompatibilidade ou nova regulação do assunto tratado na lei antiga, esta estará revogada. LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. (Brasil, 1942) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. CORRETA. Dispõe, com efeito, o art. 140 do Código de Processo Civil: “O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico”. Quando a lei for omissa, “o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (LINDB, art. 4º). LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. (Brasil, 1942). (Carlos Roberto Gonçalves. Direito civil brasileiro, parte 1, 2018, p. 38) e. I, II, III e IV. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- “Nas sociedades contemporâneas, a lei é indiscutivelmente a mais importante das fontes da ordem jurídica, tendo aplicação imediata. Nunca é demais repetir o texto que consta do art. 5.º, inc. II, da CF/1988, segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (princípio da legalidade), o que demonstra muito bem qual o alcance da norma jurídica para o ordenamento jurídico nacional.” (Fonte: Tartuce, Flavio. Direito Civil: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2019, p. 27) Sobre a lei e sua aplicação no tempo, assinale a alternativa correta: Escolha uma: a. Não havendo previsão específica na lei, o prazo do vacatio legis será de 90 dias após sua publicação oficial. b. O ordenamento jurídico brasileiro não permite em nenhuma situação que a lei retroaja para atingir fatos passados. c. A repristinação é quando uma lei volta a vigorar após a lei que revogou esta lei também é revogada. Esse fenômeno no ordenamento jurídico brasileiro se dá de forma automática. d. A regra geral do ordenamento jurídico brasileiro é a retroatividade da lei, ou seja, quando surge uma lei nova, esta atingirá os fatos passados. e. A ultratividade é o fenômeno por meio do qual uma lei, já revogada, produz efeitos mesmo após a sua revogação. ALTERNATIVA CORRETA : A ultratividade é o fenômeno por meio do qual uma lei, já revogada, produz efeitos mesmo após a sua revogação. A ultratividade é a aplicação de norma já revogada, mesmo depois de sua revogação. No Direito Civil, é bastante aplicada no Direito das Sucessões (art. 2.041, CC/02). A Súmula 112 do STF também cuida da ultratividade: o imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. (Disponível em : https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/999810/breves- apontamentos-a-lei-de-introducao-ao-codigo-civil-decreto-lei-4657-de-04-09-1942-andrea- russar- rachel#:~:text=A%20ultratividade%20%C3%A9%20a%20aplica%C3%A7%C3%A3o,no%20Dire ito%20das%20Sucess%C3%B5es%20(art.&text=A%20retroatividade%2C%20por%20sua%20v ez,do%20in%C3%ADcio%20da%20sua%20vig%C3%AAncia. Acesso em 10/12/2020). A regra geral do ordenamento jurídico brasileiro é a retroatividade da lei, ou seja, quando surge uma lei nova, esta atingirá os fatos passados. INCORRETA. A regra adotada pelo ordenamento jurídico é de que a norma não poderá retroagir, ou seja, a lei nova não será aplicada às situações constituídas sobre a vigência da lei revogada ou modificada (princípio da irretroatividade). Este princípio objetiva assegurara segurança, a certeza e a estabilidade do ordenamento jurídico. (Disponível em : https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8296/Conflito-de-leis-no-tempo-e-possivel-uma-lei- retroagir-e-alcancar-o-ato-juridico-perfeito-o-direito-adquirido-e-a-coisa-julgada. Acesso em 10/12/2020.). O ordenamento jurídico brasileiro não permite em nenhuma situação que a lei retroaja para atingir fatos passados. INCORRETA. Na doutrina, diz-se que é justa a retroatividade quando não se depara, na sua aplicação, qualquer ofensa ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e à coisa julgada; (Carlos Roberto Gonçalves.Direito civil brasileiro, parte 1, 2018, p. 44) A repristinação é quando uma lei volta a vigorar após a lei que revogou esta lei também é revogada. Esse fenomêno no ordnamento jurídico brsileiro se dá de forma automática. INCORRETA. Uma lei revogada só poderá ser válida se houver expressamente tal disposição. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê em seu artigo Art. 2° Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1° A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2° A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3° Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.” Com isso , no direito brasileiro, não existe repristinação automática. Ou seja, a lei só voltará a ter validade caso haja disposição expressa nesse sentido. (Disponível em : https://www.aurum.com.br/blog/repristinacao/#:~:text=Repristina%C3%A7%C3%A3o%20%C3 %A9%20o%20instituto%20jur%C3%ADdico,exige%20disposi%C3%A7%C3%A3o%20normativ a%20para%20tal. Acesso em 10/12/2020). Não havendo previsão específica na lei, o prazo do vacatio legis será de 90 dias após sua publicação oficial. INCORRETA. A lei passa por um processo antes de entrar em vigor, sendo certo que, após a sua elaboração, promulgação e publicação, tem vigência depois de um período de vacatio legis. Como regra, esse período é previsto na própria norma. Não havendo tal previsão específica, segundo consta do art. 1.º da Lei de Introdução, o período de vacatio será de 45 dias, após a sua publicação oficial. (FLÁVIO TARTUCE, DIREITO CIVIL, 2019, p. 30) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- UNIDADE 1 – SEÇÃO 2 Prescreve o art. 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. De acordo com o sistema adotado, tem-se o nascimento com vida como o marco inicial da personalidade. Respeitam-se, porém, os direitos do nascituro, desde a concepção, pois desde esse momento já começa a formação do novo ser”. (Fonte: Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1. 15. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018. p. 52). Considerando as informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir: I. Em caso de falecimento do genitor antes do nascimento, o nascituro não terá direito de ser reconhecido como filho. II. O nascituro não poderá ser beneficiado por legado ou herança. III. É obrigatória a nomeação de um curador, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo esta o poder familiar. É correto o que se afirma em: Escolha uma: a. III, apenas. Alternativa correta: III, apenas Em caso de falecimento do genitor antes do nascimento, o nascituro não terá direito de ser reconhecido como filho. INCORRETA. Segundo o artigo 1609, Parágrafo único do Código Civil (Brasil 2002): O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. O nascituro não poderá ser beneficiado por legado ou herança. INCORRETA. Segundo art. 1.798 do Código Civil (Brasil 2002). Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. É obrigatória a nomeação de um curador, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo esta o poder familiar . CORRETA. Segundo Art. 1.779 do Código Civil (Brasil 2002): Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder familiar. b. I e II, apenas. c. II, apenas. d. I, apenas. e. II e III, apenas. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Como o direito regula a vida em sociedade e esta é composta de pessoas, o estudo do direito deve começar por elas, que são os sujeitos das relações jurídicas. Desse modo, o sujeito da relação jurídica é sempre o ser humano, na condição de ente social. (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 1. 15. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018). Sobre os sujeitos das relações jurídicas, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas. ( ) O sujeito ativo é o titular do direito subjetivo ou potestativo, objeto da relação jurídica, podendo exigir da outra parte uma sujeição, obrigação ou comportamento. ( ) Os animais não são considerados sujeitos de direitos, embora mereçam proteção. Por essa razão não têm capacidade para adquirir direitos. ( ) Entes despersonalizados , tais como condomínio, sociedade de fato, massa falida, espólio não podem ser sujeitos de relações jurídicas. ( ) Sujeito passivo é o devedor da obrigação ou comportamento. Logo, será o titular do dever jurídico. Assim, será o devedor da prestação principal. ( ) Pessoa jurídica não pode ser sujeito em uma relação jurídica, uma vez que não possuí vontade própria. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. Escolha uma: a. V – V – F – V – F. O sujeito ativo é o titular do direito subjetivo ou potestativo, objeto da relação jurídica, podendo exigir da outra parte uma sujeição, obrigação ou comportamento. VERDADEIRA . O Código Civil (Brasil 2002): “Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Os animais não são considerados sujeitos de direitos, embora mereçam proteção. Por essa razão não têm capacidade para adquirir direitos. VERDADEIRA. Estes, não podem, por exemplo, ser beneficiados em testamento, a não ser indiretamente, sob a forma de encargo, imposto a herdeiro testamentário, de cuidar deles. Do mesmo modo estão excluídas do conceito de sujeitos de direitos as entidades místicas, como almas e santos. Não podem, também, sob pena de nulidade do ato, ser nomeados herdeiros ou legatários. Entes despersonalizados , tais como condomínio, sociedade de fato, massa falida, espólio não podem ser sujeitos de relações jurídicas. FALSA. O ente despersonalizado é um grupo de pessoas e bens, que não possui personalidade jurídica própria, mas possui um conjunto de direitos e obrigações. Possui capacidade processual, mediante representação e portanto será sujeito em uma relação jurídica. Sujeito passivo é o devedor da obrigação ou comportamento. Logo, será o titular do dever jurídico. Assim, será o devedor da prestação principal. VERDADEIRA. O Código Civil (Brasil 2002): “Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Pessoa jurídica não pode ser sujeito em uma relação jurídica, uma vez que não possuí vontade própria. FALSA. A pessoa jurídica poderá participar das relações jurídicas por meio de seus representantes. Entretanto, embora sendo formada por pessoas, a personalidade destas não se mistura com a da entidade, que tem sua personalidade própria independente da dos componentes do grupo, esta é, inclusive, a principal característica da pessoa jurídica. b. V – F – V – V – F. c. V – F – V – F – V. d. V – V – V – F – F. e. F – F – V – V - V. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------"Princípio vem do latim principium e tem significado variado, este pode ser entendido como o começo de tudo, é o nascedouro das coisas e seres, é o que vem antes, início, origem, ponto de partida, regra a seguir, La Norma Primaria. Princípio significa normas elementares ou requisitos primários instituídos como base que mostram o conjunto de regras ou preceitos que se fixaram para servir de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando, assim, a conduta a ser tida em qualquer operação jurídica.". (Fonte: Artigo os princípios do Código Civil inerentes as faces da sociedade. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/61319/os-principios-do-codigo- civil-inerente-as-faces-da-sociedade. Acesso em 10/11/2020). O Código Civil de 2002 tem alguns princípios ou diretrizes, que são os valores base que permeiam todo o corpo de seu texto, neste sentido, analise as afirmativas a seguir: I. O princípio da Eticidade guia a interpretação do direito civil, que deve ser pautada na ética e na boa-fé objetiva das partes. II. A Socialidade diz respeito à forma que deve ser o exercício de um direito, pelo seu titular, pois certamente irá impactar sobre a coletividade. Por isso, todos os institutos do Direito Civil devem cumprir uma função social, sempre prevalecendo os interesses individuais, mesmo que em detrimento do interesse coletivo. III. Operabilidade é o princípio que prevê que o direito não deve ficar no campo das abstrações, mas deve ser formalmente rigoroso. IV. O princípio da dignidade da pessoa humana e o princípio da solidariedade social não devem ser seguidos pelo Código Civil, uma vez que são previstos na Constituição Federal e não no Código Civil. Considerando as informações apresentadas, é correto o que se afirma em: Escolha uma: a. IV, apenas. b. I e III, apenas. I- O princípio da Eticidade guia a interpretação do direito civil, que deve ser pautada na ética e na boa-fé objetiva das partes. CORRETA. Nas palavras do Ministro José Delgado, do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que “o tipo de Ética buscado pelo novo Código Civil é o defendido pela corrente kantiana: é o comportamento que confia no homem como um ser composto por valores que o elevam ao patamar de respeito pelo semelhante e de reflexo de um estado de confiança nas relações desenvolvidas, quer negociais, quer não negociais. É, na expressão kantiana, a certeza do dever cumprido, a tranquilidade da boa consciência” (A ética..., Questões controvertidas..., 2003, p. 177). II- A Socialidade diz respeito à forma que deve ser o exercício de um direito, pelo seu titular, pois certamente irá impactar sobre a coletividade Por isso, todos os institutos do Direito Civil devem cumprir uma função social, sempre prevalecendo os interesses individuais, mesmo que em detrimento do interesse coletivo. INCORRETA. Todos os institutos do Direito Civil devem cumprir uma função social, sempre prevalecendo os interesses da coletividade, mesmo que em detrimento do interesse individual. III- Operabilidade é o princípio que prevê que o direito não deve ficar no campo das abstrações, mas deve ser formalmente rigoroso. CORRETA. O Código Civil de 2002 segue tendência de facilitar a interpretação e a aplicação dos institutos nele previstos. Procurou-se assim eliminar as dúvidas que imperavam na codificação anterior, fundada em exagerado tecnicismo jurídico. Nesse ponto, visando à facilitação, a operabilidade é denotada com o intuito de simplicidade. (FLÁVIO TARTUCE, DIREITO CIVIL, 2019, p. 145). IV- O princípio da dignidade da pessoa humana e o princípio da solidariedade social não devem ser seguidos pelo código civil uma vez que são previstos na Constituição Federal e não no Código Civil. INCORRETA. O princípio da dignidade da pessoa humana deve ser o principal fundamento do Direito Civil, prevendo a prevalência da pessoa humana em face do patrimônio. Já a solidariedade social busca o objetivo social dos institutos do direito civil, como a função social da propriedade. c. II e III, apenas. d. II, apenas. e. I, apenas. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- UNIDADE 1 – SEÇÃO 3 As pessoas com deficiência tiveram alguns direitos reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, esta declaração foi o despontar para a normatização para diversos princípios fundamentais, tais como: princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da igualdade dentre outros. No plano nacional, o Brasil, teve na Constituição Federal de 1988 a primeira norma com algumas garantias aos direitos das pessoas com deficiência. No ano de 2008 o Brasil ratificou a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e tal convenção ingressou no ordenamento jurídico com força de emenda constitucional. Posto isso, em julho de 2015 a presidente sancionou a Lei 13.146/2015, Estatuto da Pessoa com Deficiência, a qual trouxe para determinadas áreas do direito, significativas mudanças que representam um notável avanço para a proteção da dignidade da pessoa com deficiência. (Disponível em https://www.camarainclusao.com.br/artigos/os-reflexos- da-lei-13-1462015-estatuto-da-pessoa-com-deficiencia-no-sistema-juridico-brasileiro/). Sobre o cenário jurídico trazido pela lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. Foi sancionada, no dia 6 de julho de 2015, a lei 13.146/2015, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, entre vários comandos que representam notável avanço para a proteção da dignidade da pessoa com deficiência, a nova legislação altera e revoga alguns artigos do Código Civil (arts. 114 a 116), trazendo grandes mudanças estruturais e funcionais na antiga teoria das incapacidades. PORQUE II. Não existe mais, no sistema privado brasileiro, pessoa absolutamente incapaz que seja maior de idade. Como consequência, não há que se falar mais em ação de interdição absoluta no nosso sistema civil, pois os menores não são interditados. Todas as pessoas com deficiência, das quais tratava o comando anterior, passam a ser, em regra, plenamente capazes para o Direito Civil, o que visa a sua plena inclusão social, em prol de sua dignidade. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. Escolha uma: a. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II, falsa. b. A asserção I é uma proposição falsa e a II, verdadeira. c. As asserções I e II são proposições falsas. d. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I. e. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I. ALTERNATIVA CORRETA : As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I. Entre vários comandos que representam notável avanço para a proteção da dignidade da pessoa com deficiência, a nova legislação altera e revoga alguns artigos do Código Civil (arts. 114 a 116), trazendo grandes mudanças estruturais e funcionais na antiga teoria das incapacidades, o que repercute diretamente para institutos do Direito de Família, como o casamento, a interdição e a curatela. Em suma, não existe mais, no sistema privado brasileiro, pessoa absolutamente incapaz que seja maior de idade. Como consequência, não há que se falar mais em ação de interdição absoluta no nosso sistema civil, pois os menores não são interditados. Todas as pessoas com deficiência, das quais tratava o comando anterior, passam a ser, em regra, plenamente capazes para o Direito Civil, o que visa a sua plena inclusão social, em prol de sua dignidade. Merece destaque, para demonstrar tal afirmação, o art. 6º da lei 13.146/2015, segundo o qual a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: a) casar-se e constituir união estável; b) exercer direitos sexuais e reprodutivos;c) exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; d) conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; e) exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e f) exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Em suma, no plano familiar há uma expressa inclusão plena das pessoas com deficiência. Disponível em : https://migalhas.uol.com.br/coluna/familia-e-sucessoes/224217/alteracoes-do- codigo-civil-pela-lei-13-146-2015--estatuto-da-pessoa-com-deficiencia---repercussoes-para-o- direito-de-familia-e-confrontacoes-com-o-novo-cpc--parte-i. Acesso em 27/11/2020. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- "Adquirida a personalidade jurídica, toda pessoa passa a ser capaz de direitos e obrigações. Possui, portanto, capacidade de direito ou de gozo. Todo ser humano tem, assim, capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente à sua condição. Marcos Bernardes de Mello prefere utilizar a expressão capacidade jurídica para caracterizar a “aptidão que o ordenamento jurídico atribui às pessoas, em geral, e a certos entes, em particular, estes formados por grupos de pessoas ou universalidades patrimoniais, para serem titulares de uma situação jurídica”. Nem toda pessoa, porém, possui aptidão para exercer pessoalmente os seus direitos, praticando atos jurídicos, em razão de limitações orgânicas ou psicológicas. Se puderem atuar pessoalmente, possuem, também, capacidade de fato ou de exercício". (Fonte: Gagliano, Pablo Stolze. Manual de Direto Civil. Saraiva, São Paulo, 2020). Sobre a capacidade no ordenamento jurídico, assinale a alternativa correta: Escolha uma: a. De acordo com o art. 3º do Código Civil de 2002, são absolutamente incapazes: os menores de dezesseis anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tivessem o necessário discernimento para a prática desses atos; os que, mesmo por causa transitória, não pudessem exprimir sua vontade. b. A emancipação de menor é um instituto do Direito brasileiro que antecipa a capacidade civil, a partir dos 16 anos e uma vez emancipado, será autorizada a emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderá responder como adulto na esfera penal. c. Os menores de 16 anos e as com deficiência mental, intelectual ou sensorial, por serem absolutamente incapazes para exercer pessoalmente os atos da vida civil, serão representadas pelos pais, tutores ou curadores. d. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; os pródigos e os atos por eles praticados são nulos em qualquer situação. e. Com o advento da lei 13.146/2015, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, as pessoas com deficiência passaram a ser consideradas plenamente capazes dos atos civis. ALTERNATIVA CORRETA : Com o advento da lei 13.146/2015, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, as pessoas com deficiência passaram a ser consideradas plenamente capazes dos atos civis. De acordo com a lei 13.146/2015 Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas. Com isso, segundo a legislação atualmente em vigor, a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: casar-se e constituir união estável; exercer direitos sexuais e reprodutivos; exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas (art. 6º da Lei 13.146/2015). (Disponível em: http://genjuridico.com.br/2015/07/23/lei-brasileira-de-inclusao-e- modificacoes-na-capacidade-juridica-da-pessoa-com- deficiencia/#:~:text=Toda%20pessoa%20com%20defici%C3%AAncia%20tem,com%20as%20d emais%20pessoas%20(art. Acesso em 27/11/2020). De acordo com o art. 3º do Código Civil de 2002, são absolutamente incapazes: os menores de dezesseis anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tivessem o necessário discernimento para a prática desses atos; os que, mesmo por causa transitória, não pudessem exprimir sua vontade. INCORRETA. Essa era a disposição que constava incialmente no Código Civil, porém o Estatuto da Pessoa com Deficiência revogou o art. 3° do diploma legal, que passou a considerar como absolutamente incapaz somente o menor de 16 anos. (Código Civil, Brasil, 2002) São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; os pródigos e os atos por eles praticados são nulos em qualquer situação. INCORRETA. Na incapacidade relativa, permite-se a prática de atos jurídicos, desde que o relativamente incapaz seja assistido por pessoa plenamente capaz (pais, tutor ou curador). É anulável o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente, na forma do art. 171, inciso I, do Código Civil de 2002. Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; (Brasil, 2002). A emancipação de menor é um instituto do Direito brasileiro que antecipa a capacidade civil, a partir dos 16 anos e uma vez emancipado, será autorizada a emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderá responder como adulto na esfera penal. INCORRETA. A antecipação da capacidade civil com a emancipação de menor não implica em alteração na capacidade para fins penais. Nesses casos, então, o menor de 18 anos continuará inimputável, conforme o art. 104 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). A emancipação de menor não autoriza a emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ou seja, o emancipado menor de 18 anos não poderá dirigir veículos que exijam a CNH. (Disponível em: https://blog.sajadv.com.br/emancipacao-de-menor/. Acesso m 27/11/2020). Os menores de 16 anos e as com deficiência mental, intelectual ou sensorial, por serem absolutamente incapazes para exercer pessoalmente os atos da vida civil, serão representadas pelos pais, tutores ou curadores. INCORRETA. As pessoas com deficiência , de acordo com a lei 13.146/2015, não são consideradas como absolutamente incapazes. Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas. (Brasil, 2015). --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O nome e o sobrenome, estão dentro do direito da personalidade. Constituem a personalidade de uma pessoa, sendo que os pais, podem escolher livremente o nome de seus filhos (ato conhecido juridicamente por prenome) e o sobrenome será de acordo com a sua filiação, ou seja, da família que aquela pessoa é descendente. Admite-se , entretando, algumas hipóteses que permite a mudança / correçao deste nome. (Disponível em https://juridicocerto.com/p/robertosegal/artigos/mudar-de-nome-guia-definitivo- 5199. Acesso em 27/11/2020.). Levando em consideração a possibilidade da mudança de nome em nosso ordenamento, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.( ) Independentemente de justificação, poderá o interessado alterar seu nome, desde que não prejudique o sobrenome e a terceiros, na fluência do primeiro ano após a maioridade civil. ( ) A exposição ao ridículo, ao vexame, ao constrangimento sem a comprovação por laudo médico de prejuízos psicológicos não dá ao indivíduo o direito da mudança de nome. ( ) O estrangeiro em curso do processo de naturalização, poderá requerer a adaptação do seu nome à língua portuguesa para que seja melhor identificado e incluído na sociedade brasileira. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. Escolha uma: a. F – F – V. b. V – V – V. c. https://juridicocerto.com/p/robertosegal/artigos/mudar-de-nome-guia-definitivo-5199 https://juridicocerto.com/p/robertosegal/artigos/mudar-de-nome-guia-definitivo-5199 V – F – V. ALTERNATIVA CORRETA : V – F – V. Independentemente de justificação, poderá o interessado alterar seu nome, desde que não prejudique o sobrenome e a terceiros, na fluência do primeiro ano após a maioridade civil. VERDADEIRA. De acordo com o artigo 56 da Lei de Registros Públicos Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973: Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa.( Brasil, 1973) A exposição ao ridículo, ao vexame, ao constrangimento sem a comprovação por laudo médico de prejuízos psicológicos não dá ao indivíduo o direito da mudança de nome. FALSA . Quando comprovado que o portador é exposto ao ridículo, ao vexame, ao constrangimento ou quando os prenomes são exóticos, bizarros, excêntricos, lhe acarretando prejuízos pessoais, psicológicos e/ou, até mesmo, profissionais, e desde que a intenção não seja prejudicar a terceiros (sonegação fiscal, por exemplo). Não há menção alguma sobre a necessidade de laudo médico comprovando danos psicológicos, bastando apenas que o nome, em síntese lhe traga constrangimento. (Disponível em : https://www.ratsbonemagri.com.br/areas-de- atuacao/retificacao-de-registro-civil?gclid=EAIaIQobChMIzZmgg- 2i7QIVjIWRCh03WQB5EAAYASAAEgI0m_D_BwE. Acesso m 27/11/2020). O estrangeiro em curso do processo de naturalização, poderá requerer a adaptação do seu nome à língua portuguesa para que seja melhor identificado e incluído na sociedade brasileira. VERDADEIRA. Segundo o art. 71, § 1º da lei de migração Nº 13.445, DE 24 DE MAIO DE 2017 : Art. 71, § 1º No curso do processo de naturalização, o naturalizando poderá requerer a tradução ou a adaptação de seu nome à língua portuguesa. (Brasil, 2015) d. V – V – F. e. V – V– V. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- UNIDADE 2 – SEÇÃO 1 "Como se observa, destinam-se os direitos da personalidade a resguardar a dignidade humana, por meio de medidas judiciais adequadas, que devem ser ajuizadas pelo ofendido ou pelo lesado indireto. Estas podem ser de natureza preventiva, cautelar, objetivando suspender os atos que ofendam a integridade física, intelectual e moral, ajuizando-se em seguida a ação principal, ou de natureza cominatória, com fundamento nos arts. 497 e 536, § 4º, do Código de Processo Civil, destinadas a evitar a concretização da ameaça de lesão". (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, parte 1, 2018, p. 97.). Os direitos da personalidade são protegidos juridicamente, por meio de ações Escolha uma: a. de caráter preventivo por meio de ajuizamento de ação cautelar, ou ordinária com multa cominatória, com a finalidade de evitar a concretização da ameaça de lesão ao direito da personalidade ou repressiva, através da imposição de sanção civil (pagamento de indenização) ou sanção penal (perseguição penal) em caso de a lesão já haver ocorrido. ALTERNATIVA CORRETA. De caráter preventivo por meio de ajuizamento de ação cautelar, ou ordinária com multa cominatória, com a finalidade de evitar a concretização da ameaça de lesão ao direito da personalidade ou repressiva, através da imposição de sanção civil (pagamento de indenização) ou sanção penal (perseguição penal) em caso de a lesão já haver ocorrido. De acordo com a interpretação do art. 12 e parágrafo único do Código Civil: “Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. E ainda, o art.5°, X da Constituição Federal “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação" Compreende-se, portanto, a possibilidade tanto da ação cautelar (antes do dano) quanto ação repressiva (quando o dano já foi efetivado). A violação do direito da personalidade que causa dano à pessoa acarreta, pois, a responsabilidade civil extracontratual do agente, decorrente da prática de ato ilícito. O direito subjetivo à sua reparação é interpretado de acordo com os ditames constitucionais, pois a responsabilidade pela violação do direito de personalidade não permanece exclusivamente no nível civil. (Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, parte 1, 2018, p. 97). b. somente de caráter repressivo, através da imposição de sanção civil (pagamento de indenização) ou sanção penal (perseguição penal uma vez que não há possibilidade de se ajuizar ação judicial para casos para prevenir que se ocorra um dano. É necessário a efetividade do dano. c. de caráter preventivo por meio de ajuizamento de ação repressiva, ou ordinária com multa cominatória, com a finalidade de evitar a concretização da ameaça de lesão ao direito da personalidade ou cautelar, através da imposição de sanção civil (pagamento de indenização) ou sanção penal (perseguição penal) em caso de a lesão já tenha ocorrido. d. somente de caráter preventivo por meio de ajuizamento de ação cautelar, ou ordinária com multa cominatória, com a finalidade de evitar a concretização da ameaça de lesão ao direito da personalidade. e. de caráter preventivo por meio de ajuizamento de ação cautelar, ou ordinária sem a possibilidade de multa cominatória, somente com a finalidade de evitar a concretização da ameaça de lesão ao direito da personalidade ou repressiva, através da imposição de sanção civil (pagamento de indenização) e nunca com sanção penal (perseguição penal) em caso de a lesão já haver ocorrido. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Com o advento da República e da maior burocratização do governo, o registro civil ganhou novo fôlego e, mesmo diante de pressões contrárias, no ano de 1889 os primeiros registros começaram a ser escritos. O decreto de 1888 impôs regras para o assentamento dos registros de nascimento, casamento e óbito, sendo uma das primeiras referente ao declarante. (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, parte 1, 2018, p. 92). Considerando as informações, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas. O registro civil, por sua importância na vida das pessoas, interessa a todos: ao próprio registrado, a terceiros que com ele mantenham relações e ao Estado. Registro civil é a perpetuação, mediante anotação por agente autorizado, dos dados pessoais dos membros da coletividade e dos fatos jurídicos de maior relevância em suas vidas, para fins de autenticidade, segurança e eficácia. Somente serão averbados em registro público: o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal, os atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação. A mulher não pode registrar o nascimento do filho em igualdade de condições com o homem, é necessário que ela espere o prazo de 15 dias para queentão possa proceder com o registro. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. Escolha uma: a. V – V – F – F. Alternativa correta: V – V – F – F. O registro civil, por sua importância na vida das pessoas, interessa a todos: ao próprio registrado, a terceiros que com ele mantenham relações e ao Estado. VERDADEIRA. Os registros tem por base a publicidade, cuja função específica é provar a situação jurídica do registrado e torná-la conhecida de terceiros. No registro civil, efetivamente, pode-se encontrar a história civil da pessoa, por assim dizer, a biografia jurídica de cada cidadão, na expressão de NICOLA e FRANCESCO STOLFI. (Carlos Roberto Gonçalves. Direito civil brasileiro, parte 1, 2018, p. 91) II – VERDADEIRA. O registro civil, por sua importância na vida das pessoas, interessa a todos: ao próprio registrado, a terceiros que com ele mantenham relações e ao Estado. (Carlos Roberto Gonçalves. Direito civil brasileiro, parte 1, 2018, p. 92) III- - Serão averbados em registro público: o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal, os atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação. FALSA. Além das possibilidades trazidas pela alternativa, serão averbadas também sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal, conforme o Art. 10 do Código Civil (BRASIL, 2002) : Far-se-á averbação em registro público: I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação. IV- A mulher não pode registrar o nascimento do filho em igualdade de condições com o homem, é necessário que ela espere o prazo de 15 dias para que então possa proceder com o registro. FALSA. A Lei n. 13.112, de 30 de março de 2015, autoriza a mulher a registrar nascimento do filho em igualdade de condições com o homem. A referida lei alterou a Lei dos Registros Públicos, que garantia ao pai a iniciativa de registrar o filho nos primeiros 15 dias de vida. Só em caso de omissão ou impedimento do pai depois desse período a mãe poderia substituí-lo e registrar o recém-nascido. Atualmente, portanto, o pai ou a mãe, isoladamente ou em conjunto, devem proceder ao registro no prazo de 15 dias. Se um dos dois não cumprir a exigência dentro desse período, o outro terá 45 dias para realizar a declaração. (Carlos Roberto Gonçalves. Direito civil brasileiro, parte 1, 2018, p. 92) b. F - F - V - V. c. V – F – F – F. d. F – F – V – F. e. F – V – V – F. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- "A ausência pode ser considerada como hipótese de morte presumida, decorrente do desaparecimento da pessoa natural, sem deixar corpo presente (morte real). Em outras palavras, ocorre nos casos em que a pessoa está em local incerto e não sabido (LINS), não havendo indícios das razões do seu desaparecimento.". (Tartuce, Flavio. Direito Civil: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2019, p. 326). Uma vez declarada a ausência e aberta a sucessão provisória, Escolha uma: a. os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. ALTERNATIVA CORRETA : Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. Regra expressa contida no Código civil , Art.30 § 2 o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. ( Brasil, 2002) Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, não precisam dar garantias da restituição deles. INCORRETA. Código civil, Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. 9 (Brasil, 2002) Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, necessariamente, darão garantias da restituição dos bens mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. INCORRETA. Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge não precisam prestar garantias para entrar na posse dos bens do ausente. Código civil , Art.30 § 2 o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. (Brasil, 2002) Os imóveis do ausente serão alienados, independentemente de autorização judicial, para lhes evitar a ruína. INCORRETA . Os bens imóveis do ausente só poderão ser alienados com autorização judicial . Código civil, Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.( Brasil, 2002) Empossados nos bens, os sucessores provisórios não são responsáveis por ações pendentes ou futuras ações que forem movidas conta os bens do ausente. INCORRETA . Código civil, Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. ( Brasil, 2002) b. os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, darão, necessariamente, garantias da restituição dos bens mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. c. os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, não precisam dar garantias da restituição deles. d. empossados nos bens, os sucessores provisórios não são responsáveis por ações pendentes ou futuras ações que forem movidas conta os bens do ausente. e. os imóveis do ausente serão alienados, independentemente de autorização judicial, para lhes evitar a ruína. 2021-10-05T18:58:09-0300 Luiz Miguel Nunes dos Santos
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