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O AUTISMO E A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO PRECOCE: DESAFIOS E REFLEXOÊS DA EDUCAÇÂO 
 
 RESUMO
O presente trabalho se propõe a discutir “O Autismo e a importância do diagnóstico e o tratamento precoce: desafios e reflexões da educação. O autismo é um tema complexo a ser discutido e que na atualidade é um grande desafio a ser vencido. Por apresentar algumas características diferenciada, como a deficiência mental e a dificuldades de interação, a maioria das vezes a família e a escola encontra dificuldades com essas características, dificultando assim o diagnóstico e o tratamento precoce dessa criança. Entretanto não é só a educação que tem a responsabilidade com a criança autista, mas família é de suma importância no progresso da criança com TEA. Sendo assim este trabalho tem como objetivo de mostrar que o TEA não deve ser somente como uma patologia, ou seja, é possível sim inserir esta criança no espaço escolar. Portanto o professor(a) em desmistificar todo o preconceito quanto o aprendizado da criança autista sendo este principio norteador que possibilita a criança autista além de suas limitações. Portanto o professor é de suma importância para a transformação principal dessa criança, ainda que falte apoio, as condições de trabalho desse profissional da educação, mesmo sem condição de trabalho o professor tenta fazer seu trabalho. Vale ressaltar que recentemente crianças autistas eram tinha diagnostico de doente apenas, portanto, houve grande mudança. A mudança começou com a Declaração Mundial de Educação para todos, em 1990 e Declaração de Salamanca 1994, a partir dessas declarações começou o movimento de inclusão. Nesse sentido, o referente trabalho, buscou analisar algumas biografias e a discussão de alguns autores que possibilitou algumas reflexões e conhecimento acerca da importância do diagnóstico precoce e educação, tendo em vista que é fundamental o tratamento nos primeiros anos de vida. Neste contexto, alguns autores foram citados no decorrer desde artigo, assim como Silva; Gaiato; Reveles (2012), que contribuíram com seus conhecimentos e reflexões diante do desafio da causa do autismo e seu diagnóstico precoce e sua inclusão na educação. 
Palavra-chave: Autismo, Família, Tratamento, Escola, Diagnóstico.
ABSTRACT:
1.INTRODUÇÃO
É de suma importância diálogo entre família e escola e professores, pois é nessa interação que muitas vezes podem ser apontados alguns comportamentos diferentes da criança. Nesse sentido, requer atenção e cuidados especiais de pais e professores, visto que, o diagnóstico precoce é o tratamento do autismo infantil é primordial nos primeiros anos de vida. O autismo infantil pode ser diagnosticado na infância, por se tratar de crianças que apresentam um quadro de comportamentos diferente, porém esses comportamentos muitas vezes não são percebidos pela família ou até mesmo aceito em um primeiro momento que haja algum problema com a criança.
 Segundo Paredes (2001): 
 
A atenção especial deve ser dada as deficiências que essas crianças possuem em comunicação, interação, linguagem e do comportamento e a programação psicopedagógica ser traçada em cima dessas necessidades. Levando em consideração que a criança autista se caracteriza fundamentalmente pela falta de uniformidade em seu rendimento o professor precisa seguir uma programação educacional baseada na diagnose e na avaliação dos resultados, observando principalmente quais os canais de comunicação que o incapacita. O diagnóstico precoce é apenas o primeiro desafio que o Brasil estava começando a utilizar, dando com isso um novo olhar para educação dessas crianças. É importante que esse diagnóstico seja realizado antes dos 36 meses de idade. Convém salientar que o autismo está presente também em algumas crianças que apresentam inteligência e fala preservadas. (Paredes, 2001, p.11)
A referente autora ressalta para alguns dos sintomas que podem ser identificados na criança autista, desde do seu comportamento social, até mesmo na sua interação com outras pessoas do seu convívio diário. Portando, é importante um diagnóstico precoce da criança, pois pode iniciar um tratamento imediato com especialistas, acompanhados de medicamento entre outros, tratamento possíveis, para que essa criança possa desenvolver durante sua vida escolar e social.
Quando se ouve a palavra "autismo", logo vem à mente a imagem de uma criança isolada em seu próprio mundo, contida numa bolha impenetrável, que brinca de forma estranha, balança o corpo para lá e para cá, alheia a tudo e a todos. Nas palavras de autores (Barbosa & Gaiato et al. ,2012, p. 6) ‘’ geralmente está associada a alguém "diferente" de nós, que vive à margem da sociedade e tem uma vida extremamente limitada, em que nada faz sentido. Mas não é bem assim. Esse olhar nos parece estreito demais: quando nós falamos em autismo, estamos nos referindo a pessoas com habilidades absolutamente reveladoras, que calam fundo na nossa alma, e nos fazem refletir sobre quem de fato vive alienado’’.
O Brasil não conta com estudos estatísticos, portanto, o país não sabe ao certo quantas pessoas tem autismo, e muito menos os que já o diagnóstico firmado pela equipe medica. Portanto sem estudo embasado na ciência, não números oficias. Segundo Paiva Jr. (2019) ‘’ o único trabalho brasileiro centrado no autismo , foi um estudo piloto , em 2011 , no interior de São Paulo , na cidade de Atibaia , que resultou em 1 autista para cada 367 criança, a pesquisa foi feita num Bairro de apenas 20 mil habitantes daquela cidade’’ trabalho este coordenado pelo médico Marcos Tomanik Mercadante , Psiquiatra da Infância e Adolescência , referência Em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo. Paiva Jr. (2019) cinta ainda a pesquisa Psicóloga Sabrina Bandini Ribeiro, doutora em psicologia médica e dá destaque as pesquisas relacionadas ao ‘’ assunto A importância maior é ajudar a pensar a políticas públicas, pois conseguimos ter ideia de quem são e onde estão nossos autistas’’, este é o argumento da doutora. Paiva Jr. (2019) ainda ressalta que a doutora Sabrina Bandini participou de um outro estudo -piloto no Brasil, este somente na cidade com maior PIB do país, São Paulo, em 2018. Estes são os dados da pesquisa da Doutora Sabrina Bandini, ela chegou a seguinte conclusão,’’ a respeito da idade média de diagnóstico de autismo: Chegou ao número de 4 anos e 11 meses e meio (4,97), mas com variação bem grande – por isso, mais estudos devem ser feitos. Para efeito de comparação, a idade média de diagnóstico nos EUA é ate 4 anos de idade, segundo estudos em 2018, em 11 estados americanos’’. Segundo Amado (2019) ‘’Em 2019 foi sancionada a Lei no 13.861/2019 pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro. Esta lei trata da inclusão de informações específicas sobre pessoas com autismo, nos censos demográficos realizados a partir de 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)’’. A ONU (Organização das Nações Unidas) que considera que a estimativa global de que aproximadamente 1% da população pode ter autismo no mundo todo, número que o então Secretário-Geral Ban Ki-Moon anunciou em 2010, reafirmando pelo documento do painel de discussão do dia Mundial de Conscientização do Autismo de 2013. Em dezembro de 2007, a ONU decretou que o dia 2 de abril seria o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado pela primeira vez em 2008. Citado nos meios de comunicação. 
Segundo Paiva Jr. (2019): 
A  OMS (Organização Mundial da Saúde), subordinada à ONU, tem um número diferente. Diz que estima-se que, em todo o mundo, tem autismo.”Essa estimativa representa um valor médio e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas bem controladas têm, no entanto, relatado números que são significativamente mais elevados. A prevalência de TEA em muitos países de baixa e média renda é até agora desconhecida. Com base em estudos epidemiológicos realizados nos últimos50 anos, a prevalência de TEA parece estar aumentando globalmente. Há muitas explicações possíveis para esse aumento aparente, incluindo aumento da conscientização sobre o tema, expansão dos critérios diagnósticos, melhores ferramentas de diagnóstico e o aprimoramento das informações reportadas”. (Paiva Jr. ,2019). 
Nas palavras de Paiva Jr, ela ressalta que segundo esta pesquisa de Sabrina Bandini que as diferenças de gênero no autismo diminuem.’’ De 4,5 vezes mais meninos que meninas, em 2012, para 4 vezes em 2014, o que parece refletir um melhor diagnóstico de autismo em meninas’’. Entretanto muitas meninas não se encaixam no quadro estereotipado do autismo observado em meninos. Porém segundo os autores Ontiveros & Heredra (2019)’’ Estima-se que a proporção de autistas entre os sexos seja de 16 homens para 1 mulher’’. Faz os autores fazem uma reflexão sobre o tema será que estão corretos os parâmetros de diagnósticos? Mas se esses diagnósticos forem tendenciosos quanto a gênero do paciente? Os autores trazem ou tenta trazer uma resposta de Carol Povey, Diretora do Centro para o Autismo da Sociedade Nacional Autista Britânica, diz ‘’ que há uma crescente consciência sobre esta questão’’. Que novas pesquisas cientificas no Reino Unido, especificamente projetada para detectar características artísticas em mulheres, sugerem que a proporção real entre homens e mulheres autista pode estar mais próxima de 3 homens para 1 mulher. Segundo Povey se esses dados estiverem corretos muitas meninas e mulheres no mundo todo, inclusive no Brasil estão convivendo com autismo sem saber que tem o Transtorno do Espectro do Autismo. 
 Nesta perspectiva Ontiveros & Heredra afirma que ‘’ esforçadas, calmas e bem-comportadas não chamam a atenção de professores e médicos’’. 
Os autores afirmam que: 
Os sinais de autismo em meninas e mulheres não são os mesmos que em meninos e homens e podem passar despercebidos, especialmente em casos de autismo de alto funcionamento, um termo informal usado para designar os casos em que a pessoa tem habilidades cognitivas acima da média em comparação com outros autistas. Uma dificuldade enfrentada pelos pesquisadores é que meninas com autismo parecem se comportar de maneiras consideradas "adequadas" ​​- se não ideais - para elas em comparação com meninos: podem parecer ser passivas, retraídas, dependentes dos outros, não envolvidas nas situações que vivenciam ou mesmo deprimidas.( Ontiveros & Heredra , 2019). 
Todos sabem, mesmo o senso comum que o Transtorno Espectro Autista resulta de uma desordem no desenvolvimento cerebral que afeta a comunicação, interação social e comportamento, entre outros transtornos. 
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Portanto: 
Caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas da socialização, comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a interação social. No entanto, isso não significa dizer, em absoluto, que a pessoa com autismo não consiga e nem possa desempenhar seu papel social de forma bastante satisfatória. Compreender esse transtorno pode ser relativamente simples quando estamos dispostos a nos colocar no lugar do outro, a buscar a essência mais pura do ser humano e a resgatar a nobreza de realmente conviver com as diferenças. E talvez seja esse o maior dos nossos desafios: aceitar o diferente e ter a chance de aprender com ele. (Silva & Gaiato et al., p. 6). 
Nas pala
O conhecimento atual sobre autismo é fruto de uma parceria que costuma dar certo: pesquisadores comprometidos e pais que dedicam suas vidas a zelar por seus filhos. No Brasil, os cuidados mais efetivos têm apenas três décadas de vida e se devem, principalmente, à coragem de algumas famílias de desbravarem fronteiras na luta pelo tratamento do autismo. Felizmente, cada vez mais, grupos e associações em vários países ao redor do mundo se engajam e se esforçam, incessantemente, para buscar diagnóstico e tratamento adequados e, sobretudo, para exigir respeito, quebrar preconceitos, fazer com que as leis sejam cumpridas e que efetivamente haja inclusão escolar. Foi pensando justamente na discriminação que a grande maioria das pessoas com esse funcionamento mental sofre que procuramos evitar o termo "autista" como rótulo para essas pessoas. Não que a palavra esteja incorreta, porém, em nosso entendimento, ela tem sido amplamente usada de forma inadequada e pejorativa tanto em conversas descontraídas quanto nos diversos meios de comunicação ou até mesmo como jargão político. Isso só faz crescer o estigma do autismo, reduzindo o indivíduo, única e exclusivamente, a um transtorno ou "doença" e abolindo de vez qualquer possibilidade de extrair a riqueza que há dentro dele.
Neste contexto sabemos que o grande desafio hoje da criança com autismo é o diagnóstico precoce e a aceitação da família em relação a esse diagnóstico.
	Nesta perspectiva, qual seria a melhor forma dos pais aceitarem esse diagnóstico e iniciar o tratamento necessário para criança?
 Diante dessas indagações, a seguinte pesquisa nos permite refletir na participação dos pais quando uma criança é diagnosticada com autismo, e o acompanhamento de um profissional.
Portando a referente pesquisa terá como objetivo geral: enfatizar a importância do diagnóstico precoce da criança com autismo. Como objetivos específicos iremos analisar a participação dos pais e da escola nesse processo; refletir acerca do autismo infantil e seus principais desafios e discutir o tratamento dessa criança após o diagnóstico.
Esse artigo será de analise bibliográfico, com pesquisas em revistas, livros, artigos, teses, entre outros que buscam enfatizar o assunto. 
De acordo com Pizzani; Silva; Bello; Hayashi ( 2012)
Com o avanço das tecnologias de informação e comunicação e com o aumento da produção científica, surgiram as bases de dados que podem ser definidas como os suportes informacionais compostos de artigos e trabalhos científicos, elaborados por organizações especializadas, nas diversas áreas do conhecimento. Por essa razão, o que mais comumente ocorre é a pesquisa na Internet e em bases de dados que possuem credibilidade científica, usando mecanismos de busca para localização do material bibliográfico. (p.58)
As autoras alertam para o avanço das tecnologias de informações, assim o aumento de diversos trabalha científicos. Neste contexto, a pesquisa bibliográfica é uma fonte riquíssima de informações via internet, pois nós permite aprofundar nossos conhecimentos em diversas áreas. 
2. CONHECENDO O AUTISMO
Atualmente ouvimos falar sobre o autismo. No que se refere grande parte da população ouve falar, ou até mesmo conhece alguém com autismo. Algumas pesquisas são realizadas buscando do destaque ao assunto, no qual ainda permanece grande divergência difícil de compreender.
Conforme Aires; Araújo; Nascimento (2014) ressaltam em suas pesquisas que:
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que apontam o autismo como alterações comportamentais nos primeiros anos de vida normalmente até os três anos e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação, como relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno orgânico e não genético. Sabe-se que seu diagnóstico é feito por um profissional com formação médica. (p.2).
Nesse sentido, é fundamental que o diagnóstico seja feito precocemente, para que assim seja feito o tratamento com profissional. Portanto, é de grande relevância que essa criança seja acompanhada a qualquer forma diferente de comportamento, tanto pelos pais, quando pelos professores, pois é nesses lugares que essa criança passa a maior parte do tempo. Para tanto é essencial e determinante que a escola e família mantenha um diálogo diário, para assim obter um resultado significativo diante do diagnóstico.
Algumas pessoas desconhece oassunto sobre o autismo e suas principais características, até mesmo tem alguém na família, mas não consegue observar essas diferenças. Por esse motivo, algumas pessoas são diagnosticadas tardiamente, já que tem pessoas que são diagnosticadas depois da vida adulta.
2.1 AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO
 Algumas características podem ser manifestadas até mesmo antes dos três anos de idade. 
 Neste contexto algumas características são fundamentais, tais como apresenta Santos e Vieira (2017): 
Identificar um sujeito com autismo é lembrar que as características supracitadas são indissociáveis, podendo ser evidentes ou não, de acordo com seu nível de gravidade. Contudo, os sintomas não surgem de forma igualitária para todos os sujeitos. É preciso reconhecer que por mais parecidos que sejam, cada situação é singular, nenhum autista é igual ao outro. As características da pessoa com autismo não podem ser motivos de desistência nos aspectos pessoal, educacional e profissional, é um desafio, e os primeiros passos a serem tomados é conhecer, acompanhar e buscar cada vez mais por melhores condições para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. O TEA não se concentra nas dificuldades, mas na ampliação de novos olhares, novas possibilidades de conhecimento, na compreensão do sujeito, enquanto ser social, buscando perspectivas de evolução (2017).
Portanto, os sintomas variam de acordo com o desenvolvimento de cada criança, apresentando assim diferentes formas de comportamentos, de interação social, dificuldades de se expressar suas necessidades, comportamentos agressivos, acessos de raiva, entre outras características que surgem de acordo com a gravidade do autismo. A princípio as características do autista é um desafio, no qual dificuldade os primeiros passos a ser tomado. Mas é fundamental que essa criança seja acompanhada, buscando melhores condições de vida para o mesmo.
3. A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE
 Como citado anteriormente na nossa pesquisa, o diagnóstico precoce é fundamental nos primeiros anos de vida da criança com autismo. Nesse sentido, quanto mais tarde for feito esse diagnóstico, mais prejudicado vai ficar o desenvolvimento dessa criança. 
Os autores Silva; Gaiato; Reveles (2012,p.45), afirmam em sua obra que:
Receber o diagnóstico de autismo é sempre impactante para os pais. A partir desse momento, brota um turbilhão de situações e emoções inesperadas no seio familiar: angústias, conflitos, frustrações, medos, inseguranças. A mãe, alvo de muitas críticas da sociedade, é a primeira a se culpar e achar que falhou no processo educacional. Isso ocorre, principalmente, porque durante décadas a fio profissionais despreparados apontaram a falta de interação das mães com as crianças como a causa do autismo. Alguns autores consideravam que a frieza (ou indiferença) e a obsessividade na educação das crianças poderiam formar um indivíduo com autismo. Essas teorias caíram por terra na década de 70, mas, infelizmente, profissionais ainda desatualizados e desinformados continuam atribuindo a essas mães — na maioria das vezes, as mais dedicadas — a responsabilidade pelo comportamento diferenciado dos filhos. Até mesmo a enciclopédia Larousse italiana foi obrigada, em 2001, a corrigir uma informação equivocada sobre o autismo. O parágrafo mais absurdo e ofensivo dizia que a criança poderia ficar curada se recebesse o tratamento adequado e este fosse seguido pela família, pois atribuíam a causa da síndrome a uma educação perfeccionista. Ser pai de uma criança ou adolescente com autismo não é uma tarefa fácil, sem dúvida. Esse exercício diário requer muito mais zelo, paciência, persistência, fiscalização, disciplina, criatividade e aumento da estrutura familiar, com participação ativa de todos diretamente envolvidos (inclusive irmãos, babás e cuidadores). É comum que os pais caiam na armadilha de apontar apenas os comportamentos problemáticos das crianças. Ao fazerem isso, podem perder de vista as habilidades e os pontos fortes que elas possuem. Quais são os dons e habilidades inatas de seus filhos? Após identificarem essas áreas, é possível estimular e direcionar seus talentos e potencialidades de forma correta.(p.45)
 Atualmente existe pesquisas coerente sobre essa síndrome, que buscando ampliar a visibilidade para o transtorno. Algumas famílias por falta de informação ou até mesmo medo deixam de buscar um atendimento especializado, ou até mesmo recebem informações equivocadas, tornando-se impossível um tratamento imediato, como também o processo de intervenção educacional, que somente será possível se a escola e o pais tiveram um diálogo frequente, para trocas de informações durante acompanhamento dessa criança suas formas de comunicação.
 Algumas informações são fundamentais para obter um diagnóstico preciso. Nesta perspectiva Mello (2007) sinaliza em sua pesquisa que:
O diagnóstico de autismo é feito basicamente através da avaliação do quadro clínico. Não existem testes laboratoriais específicos para a detecção do autismo. Por isso, diz-se que o autismo não apresenta um marcador biológico. Normalmente, o médico solicita exames para investigar condições (possíveis doenças) que têm causas identificáveis e podem apresentar um quadro de autismo infantil, como a síndrome do X-frágil, fenilcetonúria ou esclerose tuberosa. É importante notar, contudo, que nenhuma das condições apresenta os sintomas autismo infantil em todas as suas ocorrências. Portanto, embora às vezes surjam indícios bastante fortes de autismo por volta dos dezoito meses, raramente o diagnóstico é conclusivo antes dos vinte e quatro meses, e a idade média mais frequente é superior aos trinta meses. (p.22)
Não existe exames clínicos que identifique o autismo. O diagnóstico é feito por meio de uma avalição clínica de um especialista. 
Os referentes autores Silva; Gaiato; Reveles (2012) contribuem com algumas dicas importante para o primeiro passo diante de um diagnóstico do autismo. São as seguintes dicas:
· Durante a fase do aleitamento, os bebês podem apresentar dificuldade de sucção e não aceitar mamar.
· Alterações do sono: tanto podem dormir por muitas horas e ser muito quietos, quanto ficar acordados por longos períodos com choros intermináveis. 
· Hábitos alimentares restritos, com recusa de certos tipos de comida. O período de transição do leite para outros alimentos muitas vezes é um processo complicado: alguns bebês têm dificuldade com texturas e sabores diferentes, outros apresentam intolerância e alergia a alguns alimentos, o que dificulta uma alimentação variada. 
· Dificuldades em compartilhar momentos. Os pequenos muitas vezes não apontam ou não se interessam em mostrar algo que lhes chame a atenção ou, ainda, a mãe pode apontar um objeto e eles simplesmente não olharem. Alguns pais relatam que seus filhos não trazem um brinquedo para brincarem juntos.
· Podem apresentar movimentos repetitivos desde muito cedo, como balançar mãos, cabeça, tronco ou girar objetos (rodinhas, peões, pratos) e ficar olhando fixamente. Esse movimento característico de abanar mãos e antebraços na altura do ombro (como se estivessem imitando um pássaro voando) é denominado flapping.
· Costumam não responder ao chamado, como se tivessem problemas auditivos. Essa hipótese é logo descartada quando os pais colocam uma música ou mexem num pacote de biscoito e o barulhinho desperta o interesse da criança.
· Também podem não apresentar movimento antecipatório, como levantar os bracinhos quando vão ser pegas no colo.
· Muitas sofrem com o contato físico e evitam o toque ou colo de outras pessoas, mesmo que da família. Algumas crianças recusam o colo e afagos da própria mãe. 
· Tendem a ter pouco ou nenhum contato visual, ou observam as coisas somente com os cantos dos olhos. 
· Quando brincamos de "achou!", podem não demonstrar reação de surpresa ou ter pouca expressão facial. 
· Muitas apresentam hipersensibilidade a determinados sons, o que torna certos ruídos ou barulhos algo insuportável para essas crianças. Tapamos ouvidos, gritam, choram. 
· À medida que as crianças começam a falar, podem apresentar ecolalia: repetem o que a mãe acabou de dizer ou repetem frases que ouviram em casa ou em desenhos animados. 
· Preferem ficar isoladas, têm dificuldades de participar de brincadeiras de roda ou jogos de interação. 
· Por falta de comunicação adequada, é comum usarem as pessoas como "instrumentos" ou "ferramentas", para pegar ou abrir algo para elas. 
· Quando começam a andar, podem fazê-lo na ponta dos pés. 
· Às vezes têm crises de birras intensas, podendo ser agressivas e violentas, ou apresentam comportamentos de auto-agressão: se batem, se mordem etc.
· Algumas são fascinadas por água, não podem ver uma torneira que correm para abri-la e ficam olhando. 
· É comum serem mais quietas que as crianças de mesma faixa etária. 
· Podem ter interesses restritos e saberem tudo sobre um único tema, como super-heróis, dinossauros, histórias em quadrinho, bandeiras, carros, trens etc.(p.93)
 Neste contexto, essas dicas são fundamentais diante de um diagnóstico de autismo. Por isso, é importante a observação dessa, pois a qualquer alteração notada essa criança deve ser encaminhada para um especialista. 
4. TRATAMENTO
 Como citado anteriormente, quando mais precoce iniciar o tratamento da criança com autismo, melhor será o processo de desenvolvimento. O autismo não tem cura, mas existem tratamentos com especialistas e medicamentos como métodos de intervenções utilizados no desenvolvimento social e cognitivos da pessoa com autismo. 
 Diante dessas afirmações, a família deve ser auxiliada nas decisões diante das medicações. A receita deve ser prescrita somente por um médico. É importante que a família seja informada dos resultados esperados da medicação e os efeitos colaterais. Pois muitas vezes, essa medicação tem seus benéficos e riscos, portanto, e importante que seus efeitos sejam claramente visíveis, podendo facilitar o tratamento do autista. ( MELLO,2007).
 
 Segundo Mello (2007,p.25) 
Existem outras formas de tratamento, como tratamentos psicoterapêuticos, fonoaudiológicos, equoterapia, musicoterapia e outros, que não têm uma linha formal que os caracterize no tratamento do autismo, e que por outro lado dependem diretamente da visão, dos objetivos e do bom senso de cada profissional que os aplica. Aconselhamos os pais que optarem por um tratamento deste tipo a analisarem as próprias expectativas e as do profissional pelo qual optaram e em que medida o tratamento os aproxima a estas expectativas, não só no momento da escolha, mas de forma contínua e permanente. 
 A autora alerta para análise do profissional diante dos tratamentos indicados para a criança autista, muitas vezes é importante que os pais observem a cada evolução da criança e as expectativas do profissional diante deste processo. Esse tipo de tratamento só é valido se ambos fizeram um trabalho coletivo, considerando que essa criança tenha tratamento eficaz.
 Portando, é necessário um trabalho coletivo, entre família, escola e profissionais, para que o desenvolvimento dessa criança não seja prejudicado, diante do quadro de preconceito e discriminação existente ainda nosso contexto atual.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Diante dos fatos até aqui argumentadas, considero que essa pesquisa foi fundamental para meu conhecimento, pois me permitiu com contato maior com biografias relevantes e objetivas que me levou a fazer uma breve reflexão acerca do que é o autismo e seus principais desafios diante do diagnóstico. 
 É importante que o diagnóstico da criança com autista seja feito precocemente, já que os sinais surgem nos primeiros anos de vida, para que a mesma possa iniciar o tratamento adequado. 
 É fundamental que o autista interaja com os demais a sua volta, podendo facilitar sua convivência tanto em casa, como na escola, pois são nesses espaços que toda criança vive suas diversas experiências. Algumas dicas foram citadas durante a pesquisa, tais como medicações, tratamentos com especialistas e os primeiros sinais para que seja diagnosticado o autismo. Essas dicas são fundamentais para que o pais possam ter conhecimento e não ignorar qualquer comportamento diferente dessa criança.
 É importante conhecer as causas do autismo e que seu diagnóstico se trata de uma tarefa complexa e delicada. 
6. REFERÊNCIAS
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Diário Oficial Publica a Lei Que Inclui Autismo nos Censos do IBGE/ Aécio Amado. - Agencia Brasil, Saúde, Brasília, 2019. https://agenciabrasil.egc.com.br (Acesso dia 30/10/2021). 
 
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MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: Guia prático. 7. ed. São Paulo: AMA; Brasília: CORDE,2007. Disponível em: 
 https://drive.google.com/file/d/1FZ3crGVSPbFFW-F2wxm4mL5FN2LSTN2g/view. Acesso em: 25 de fevereiro de 2019.
 
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Dia Mundial do Autismo: meninas autistas podem estar deixando de receber tratamento, por falta de diagnóstico correto / Eva Ontiveros; Lourdes Heredra. - BBC NWS / Brasil. https://www.bcc.com (Acesso dia 30/10/2021). 
PAIVA Jr, Francisco. 
 Quantos Autista há no Brasil? / Francisco Paiva Jr.- Canal do Autismo – Revista do Autista. https://www.canalautismo.com.br (Acesso dia 30/10/2021). 
 PAREDES, Rita de, Cássia Araújo.
 O autismo na educação infantil/ Rita de Cássia Araújo. - AVM Educacional, Universidade Candido Mendes, Pós Graduação ‘’Lato Sensu’’ AVM Faculdade Integrada Rio de Janeiro, RJ, 2001. https://www.avm.edu.br (Acesso 30/10/2021).
PIZZANI, Luciana; SILVA, Rosemary Cristina; BELLO, Suzelei Faria; HAYASHI, Maria Cristina Piumbato Innocentini. A arte da pesquisa bibliográfica na busca do conhecimento. Disponível em : 
<file:///C:/Users/User/Downloads/1896-2549-1-PB.pdf > acesso 20 de março de 2019.
SANTOS, Regina Kelly dos; VIEIRA, Antônia Maria Emelly Cabral da Silva Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): do reconhecimento à Inclusão no âmbito Educacional .Disponível em: 
<file:///C:/Users/User/Downloads/7413-Texto%20do%20artigo-36767-1-10-20171011%20(2).pdf> Acesso 24 de fevereiro de 2019.
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Thadeu. 
Mundo singular: Entenda o autismo / Ana Beatriz B. Silva; Mayara B. Gaiato; Leandro Thadeu Reveles. – Fontamar, 2012. LElivros. https://lelivros.love (Acesso dia 31/10/2021). 
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