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técnicas de coleta e manuseio de materiais analise quimica A análise química serve para identificar os elementos (substâncias), além de determinar a dosagem de cada elemento presente no material estudado, determina-se também a fórmula química. a fórmula química é utilizada em laboratórios e indústrias, determinando várias coisas (grau de pureza de reagentes, concentração das soluções, impurezas presentes na água etc) para realização de análise química é necessário: a) definição de problema b) escolha do método (pesquisa bibliográfica) c) amostragem (redução do volume estudado) d) pré tratamento da amostra (remoção dos interferentes) e) calibração e mediação f) avaliação estatística dos resultados g) ação (o que fazer com o resultado) alguns fatores afetam a escolha do método: ● o tipo de análise que se quer fazer (elementar ou molecular; rotineira ou episódica; etc) ● problemas da natureza do material estudado (radioatividade, corrosão, etc) ● presença de interferentes ● faixa de concentração ● a exatidão necessária ● disponibilidade de equipamento ● tempo necessario ● custo escolhendo-se o método apropriado para uma determinação, faz-se a análise em duplicata ou em triplicata. deve-se fazer uma avaliação para ver o melhor resultado e estabelecer os prováveis limites de erro. os métodos estatísticos servem para demonstrar o grau de confiança dos resultados obtidos. volumetria a análise volumétrica (titulometria) determina o volume de uma solução (de concentração conhecida) necessário para reagir com outra solução (de concentração a se determinar). classificação: acidimetria: determinação da quantidade de um ácido com o emprego de uma solução titulada de uma base alcalimetria: determina-se a quantidade de uma base (álcali) tanto a acidimetria quanto a alcalimetria são casos da volumetria de neutralização volumetria de precipitação: quando as duas soluções geram precipitado (geralmente ocorre entre dois sais com a formação de um sal insolúvel) de oxi-redução: determina-se a quantidade de um oxidante com o emprego de uma solução titulada de um redutor ou vice-versa soluções químicas solução são dispersões em que o tamanho da molécula é menor que um nanômetro (10 angstrons). pode ainda ser caracterizada por formar um sistema homogêneo (a olho nu/ microscópio). as soluções são compostas por moléculas ou íons comuns, podem envolver sólidos, líquidos ou gases como dispersantes (maior quantidade) e como dispersos (solutos). pode se apresentar nos três estados da matéria. soluções gasosas são formadas apenas por solutos e solventes gasosos uma solução é sempre composta por duas coisas: solvente (que dissolve) e soluto (que é dissolvido). classificações as soluções podem ser classificadas de diversas maneiras ➔ estado da matéria ➔ condução de corrente elétrica ◆ soluções eletrolíticas (compostas por íons) ◆ soluções não eletrolíticas (apenas por moléculas) ➔ quantidades proporcionais de soluto e solvente ➔ soluções saturadas, insaturadas e supersaturadas o coeficiente de solubilidade é definido como a máxima quantidade de soluto que se é possível dissolver de uma quantidade fixa de solvente. a saturação indica a capacidade em suportar quantidades crescentes de solutos, mantendo-se homogêneas. uma solução é dada como insaturada/ não saturada se ainda tem capacidade de dissolver soluto (ainda sem precipitação). a solução saturada é a que chegou a sua capacidade máxima (qualquer adição gerará precipitação). já a solução supersaturada é aquela que tem precipitação. concentração em uma solução expressa a quantidade de soluto (gramas) contida em um litro de solvente (Concentração=massa/Volume). a determinação também pode ocorrer com base em sua molaridade (Concentração = Molaridade.Massa Molar) molaridade: concentração molar de uma solução. representada pela letra M é calculada por M= n/V, com a unidade em mol/L. número de mols: representado pela letra n, expressa pela unidade mols. refere-se ao número escrito na frente da fórmula química, esse número representa quantas vezes se utiliza a massa molar (MM) de um elemento ou fórmula química. massa molar: somatória da massa expressa na tabela periódica, definida pra cada elemento. a fórmula utilizada para calcular o número de mols de um elemento é n= m/MM (onde m é a massa em gramas disponível do elemento) número de avogadro: representa quantas moleculas ou atomos de um elemento estão contidos em 1 mol do mesmo. normalidade: o cálculo leva em consideração os íons formados durante a diluição do soluto no solvente. representada pela letra N através da expressão N= massa/Equivalentegrama.Volume(litros) equivalente grama (Eq): o cálculo considera qual o composto utilizado e sua dissociação. é calculado pela expressão Eq=e/MM. tratando-se de ácidos ou bases, e (equivalente) é o número de hidrogênios ou hidroxilas ionizáveis. quando se tratar de sais ou óxidos, será o numero total de cargas positivas ou negativas. molaridade x normalidade: o cálculo da normalidade pode ser realizado partindo de sua molaridade, na expressão N=M.k (k=Eq) densidade: é a relação entre massa (gramas) e o volume (L/ml) de uma substância. o cálculo ocorre por D= m/V. quando o volume for em litros - g/L de unidade, mas quando for feito em ml - g/ml ou g/cm³. gravimetria: utiliza-se uma série de operações para determinar a quantidade de um constituinte de uma amostra (pesagem direta do elemento puro/ derivado). isso ocorre num método de extensa aplicação na determinação de macro constituintes de uma amostra. solubilidade nos gases: quando se aumenta a pressão, a solubilidade aumenta (lei de Henry). mas se aumenta a temperatura a solubilidade diminui. expressões de concentração: a quantidade de soluto dissolvida em uma quantidade de solvente resulta na concentração da solução, a concentração é tão maior quanto mais soluto estiver dissolvido na mesma quantidade de solvente. quando duas soluções têm a mesma concentração são chamadas de isotônicas, já quando a concentração é diferente, a mais concentrada é chamada de hipertônica (hiperosmótica) e a menos concentrada é chamada hipotônica (hiposmótica). metodo instrumental também conhecido como físico-químico, se baseia na comparação de propriedades das amostras. existe uma grande variedade de métodos instrumentais disponíveis e a escolha depende das necessidades do laboratório (recursos disponíveis, pessoal especializado, substância a serem analisadas, etc). alguns fatores devem ser levados em consideração; seletividade, capacidade de determinação, sensibilidade, limite de detecção, velocidade, amostrador automático, facilidade de calibração, quantidade de amostras, etc. calibração de métodos instrumentais todos os métodos analíticos requerem calibração(com exceção de três). os três tipos de calibração incluem a preparação e o uso de uma curva de calibração, o método de adição de padrão e o método de padrão interno. curvas de calibração: vários padrões que contêm concentrações do analito são introduzidos no instrumento. normalmente a resposta é corrigida para o valor obtido com o branco no instrumento. o branco contém todos os componentes da amostra original (exceto o analito). os dados são colocados em um gráfico com a resposta corrigida versus a concentração. gráficos lineares são os mais comuns (e os almejados) pois estão menos sujeitos a erros. os gráficos não lineares necessitam de um grande número de dados de calibração para ter a resposta exata da concentração. método de adição padrão: é particularmente útil na análise de amostras mais complexas.a forma mais comum de se utilizar esse método é adicionar um ou mais incrementos de uma solução padrão a alíquota da amostra (mesmo volume) - spiking. as medidas são realizadas com a amostra original, depois a amostra + padrão, após cada adição. na maioria das vezes a matriz da amostra não se altera após as adições, com a única diferença sendo a concentração de analito. método de padrão interno: uma substância é adicionada em quantidade constante em todas as amostras, brancose padrões de calibração em uma análise. pode ser um componente principal das amostras e padrões presente em uma quantidade suficiente de modo que possa ser considerada constante para todos os casos. a calibração deve então colocar em um gráfico a razão entre o sinal do analito e o padrão interno. uma grande dificuldade é encontrar uma substância adequada para servir como padrão interno. o mesmo deve estar ausente da matriz da amostra de forma que a única quantidade seja a adicionada. seleção de um metodo analitico: a escolha de um método apropriado requer: ➔ que exatidão/precisão é necessária? ➔ quanto de amostra há disponível? ➔ qual o intervalo de concentração do analito? ➔ quais componentes da amostra podem causar interferência? ➔ quais as propriedades físico/químicas da matriz? ➔ quantas amostras serão analisadas? ➔ quais são os recursos disponíveis? obs: exceto a gravimetria e coulometria, toda análise requer a realização da calibração. escolha do método: ➔ eficiente, simples e rápido ➔ não implicar danos aos materiais ➔ não passível a erros sistemáticos ➔ ter boa seletividade ➔ ter mínima manipulação ➔ resultados obtidos com máxima segurança operacional introdução aos métodos instrumentais de análise classificação: ➔ métodos qualitativos; de identificação ou caracterização ➔ espectrometria no infravermelho ➔ ressonancia magnetica nuclear ➔ massa ➔ raio x ➔ ressonância spin eletrônico ➔ métodos quantitativos espectro analíticos: baseados em absorção e emissão da radiação UV-visível. ➔ espectrometria de absorção molecular ➔ espectrometria de emissão atômica ➔ espectrometria de emissão de fluorescência atômica e molecular ➔ espectrografia de emissão eletroanalíticos: baseados em medidas de propriedades elétricas (corrente, tensão e resistência) ➔ potenciometria ➔ coulometria ➔ voltametria ➔ conductometria ➔ eletrogravimetria radioanaliticos: baseados em medidas das radiotividades emitidas ➔ análise por ativação neutrônica ➔ análise por diluição isotópica termoanalíticos: baseados em medidas de calor emitido ou absorvido ➔ termogravimetria ➔ análise térmica diferencial ➔ calorimetría diferencial exploratoria cromatográficos: baseados na combinação de um método instrumental de análise de uma técnica de separação (usa-se colunas empacotadas ou superfícies porosas) - cromatografia em camada delgada - cromatografia liquida - cromatografia gasosa espectro eletromagnético: intervalo completo da radiação eletromagnética, contém as ondas de rádio, as microondas, infravermelho, luz visível, raios ultravioleta, raios-x e raios gama. os tipos de ondas diferem pelo valor da frequência e a maneira como são produzidas. sempre que a carga elétrica é acelerada, ela irradia certo tipo de onda eletromagnética, que deve variar conforme o valor de aceleração. espectro visível: ondas eletromagnéticas de frequências compreendidas entre 4,6 x 1014 Hz e 6,7 x 1014 Hz constituem as radiações luminosas, capazes de estimular a visão humana espectro ultravioleta: a espectrometria no ultravioleta visível (UV/VIS) envolve a espectrofotometria) utilizando a luz na faixa do visível, do ultravioleta próximo e infravermelho próximo. raios-x: constituído pelas ondas eletromagnéticas de frequências superiores às radiações ultravioletas. espectrometria no infravermelho: é um tipo de espectrometria de absorção, que usa a região do infravermelho. a radiação infravermelha é emitida em grande quantidade pelos átomos de um corpo aquecido, que se encontram em constante vibração. o calor sentido ao se aproximar de um metal aquecido é devido aos raios que são emitidos e absorvidos pelo nosso corpo (radiação térmica) as ondas tem frequência de 1011 Hz à 1014 Hz espectrometría de resonancia magnética nuclear: explora as propriedades magneticas de certos nucleus atomicos, determinando propriedades fisicas ou quimicas de atomos ou moleculas contidos. podem prover informações detalhadas sobre a estrutura, dinâmica, estado de reação e ambiente químico das moléculas. espectrometria de massa: um espectrômetro de massa bombardeia uma molécula da fase de vapor com feixe de elétrons de alta energia para produzir íons ou átomos eletricamente carregados. os íons atravessam o campo magnético que curva as trajetórias de modo diferente, dependendo da massa, separando os íons em espectros de massa. a massa e a carga dos íons podem ser medidas por sua posição no espectro. espectrometria de raio-x: ilumina-se a amostra com raios-x e coleta-se os fotoelétrons por ela emitidos em um analisador de elétrons, dispositivo capaz de resolvê-los em função das velocidades (energia cinética) e contá-los. espectrometria de ressonância de spin eletrônico: detecta espécies contendo elétrons desemparelhados (paramagnéticas). verifica-se quando a espécie é um radical livre, uma molécula orgânica, ou quando possui metais em transição (complexos inorgânicos ou metaloproteínas) espectroanalítica baseada na quantidade de radiação emitida ou absorvida por moleculas/especies atomicas de interesse. na espectroscopia de absorção mede-se a quantidade de luz absorvida em função do comprimento de onda da radiação, sendo possível obter informações tanto quantitativas quanto qualitativas sobre a amostra. inicialmente o analito deve estar em seu estado fundamental, predominantemente. recebendo um estímulo de radiação (P0) algumas espécies sofrem transições eletrônicas para o estado agitado, retornando para o estado fundamental, liberam parte dessa energia (P). é possível determinar a fração de radiação incidente transmitida por uma solução do analito (transmitância[t]). T= 𝑃𝑃0 a partir da transmitância define-se também a absorbância (A) de uma solução A= - log T a lei de lambert-beer permite encontrar A estabelecendo que a intensidade de um feixe de luz monocromática, que passa por um caminho óptico de comprimento (b) diminui exponencialmente quando a concentração © da substância absorvente aumenta A= ε𝑏𝑐 onde é a absortividade.ε o espectrofotômetro óptico possui um sistema óptico que dispersa a radiação eletromagnética e permite a medida da quantidade de radiação transmitida em determinados comprimentos de onda selecionada da faixa espectral. antes que a amostra seja analisada é comum que ela seja previamente preparada, por ter variáveis que podem influenciar na absorbância de certos compostos: ➔ natureza do solvente ➔ ph da solução ➔ temperatura ➔ altas concentrações de eletrólito ➔ presença de substâncias interferentes outra maneira de se determinar a absorbância de uma solução é construindo uma curva de calibração. eletroanalítica compreende um grupo de metodos analiticos baseado nas propriedades elétricas de um analito em solução potenciometria medida da diferença de potencial de uma célula eletroquímica na ausência de corrente. é utilizado para detectar o ponto final de titulações específicas coulometria medida de quantidade de carga elétrica requerida para converter uma amostra de um analítico quantitativamente a um diferente estado de oxidação. tem como vantagem não depender de padrões. voltametria envolve o registro de curvas corrente-potencial, feitas durante a eletrólise da espécie em uma cela eletroquímica constituída de, pelo menos, dois eletrodos, sendo um deles um microeletrodo e o outro um eletrodo de superfície relativamente grande. o potencial é aplicado entre os dois eletrodos em forma de varredura. o potencial e a corrente resultante são registrados simultaneamente. a curva corrente vs potencial é chamada de voltamograma. conductometria monitora a capacidade da análise de conduzir uma corrente elétrica. em soluções líquidas a corrente é conduzida entre os eletrodos pelos íons dissolvidos, a condutância depende do número e dos tipos de íons na solução. o tamanho dos íons determina a velocidade com que os íons podem se propagar, íons menores movem-se mais rápido que íons maiores. eletrogravimetria baseada na determinação da massa de um composto a ser analisado, depositado eletroliticamente sobre um eletrodo (pesado previamente).radioanalítica analise por ativação com nêutrons: consiste no bombardeamento de um dado material seguido da medida da radioatividade induzida. a irradiação é feita com nêutrons térmicos e a radioatividade resultante é medida usando-se a espectrometria dos raios gama emitido por cada radioisótopo. cada isótopo produzido no processo de ativação possui características de emissão próprias é possível efetuar determinações quantitativas da concentração por comparação com padrões. AAN é um método de análise não destrutivo que permite determinar as concentrações de 20 a 40 elementos numa única amostra. para análise, os elementos são divididos em grupos dependendo da meia vida de seus produtos da irradiação com nêutrons: a) curta: 2min - 15 horas b) intermediaria: 12 horas - 5 dias c) longa: maior que 5 dias diluição isotópica: as propriedades químicas dos elementos são determinadas pelo número e arranjo dos elétrons na eletrosfera do átomo, que são dependentes da carga do núcleo, ou seja, do número prótons. os isótopos de um mesmo elemento terão praticamente as mesmas propriedades químicas. a tecnica de diluição isotópica baseia-se na adição de uma quantidade conhecida de um traçador em uma quantidade conhecida do elemento desejado. a importância do método dos traçadores isotópicos é que eles podem ser identificados numa mistura normal dos isótopos do elemento, é utilizado: a) no isolamento/ purificação e identificação de intermediários desconhecidos numa cadeia de reações b) na obtenção de evidências da síntese e relações precursor-produto entre compostos desconhecidos c) ferramenta analitica no acompanhamento no curso de uma reação de compostos conhecidos procedimentos analiticos da diluição isotopica a) dissolução da amostra desconhecida b) dividir a solução desconhecida em duas alíquotas 1) adição do traçador em uma das alíquotas 2) homogeneização da amostra + traçador 3) extração do elemento desejado 4) medição em espectrômetro de massa nas soluções 5) cálculo da concentração do elemento vantagens: a análise da amostra é absoluta. se a medida de concentração do traçador for realizada no mesmo espectrometro de massa, a discriminação do aparelho pode ser cancelada, uma vez que pode ser considerada igual. a técnica envolve apenas medidas de razões isotópicas, qualquer espectrômetro de massa pode ser utilizado. quanto mais diferente a composição isotópica do traçador e da amostra, melhor a acuracidade da análise. desvantagens: poucos elementos pra cada procedimento. muito sensível a problemas de contaminação. termo analitica análise térmica é um termo que abrange um grupo de técnicas nas quais uma propriedade física ou química de uma substância é monitorada em função do tempo ou temperatura, enquanto a temperatura da amostra é submetida a uma programação controlada. esses métodos encontram ampla aplicação tanto em controle de qualidade quando em pesquisa de produtos industriais diferença dos métodos termoanalíticos cromatografia: processo de separação, identificação e quantificação onde os componentes da amostra são arrastados por uma fase móvel através de um leito de fase estacionária, onde as espécies são separadas por interações. com fins analíticos, utilizado em laboratórios industriais, todas as técnicas usam uma fase estacionária e uma móvel, a fase estacionária é formada de um material que retenha de forma diferenciada os componentes que se deseja separar. é o material que se desloca pela fase estacionária, arrastando consigo a amostra. em camada delgada (CCD): separa os analíticos em solução. a fase móvel é um solvente e a fase estacionária é um líquido sobre um suporte sólido. líquida em coluna clássica (CCC): separa analitos em solução (incluindo íons metálicos e compostos orgânicos) a fase móvel é um solvente gasosa (CG): aplicada a compostos orgânicos voláteis; a fase móvel é um gás; a fase estacionária é frequentemente um líquido de alto p.e.
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