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1 2 SUMÁRIO BOAS-VINDAS ....................................................................................... 3 PROGRAMA DO CURSO INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS ............................. 4 UNIDADE I: INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS .......................................... 5 UNIDADE II: CARACTERIZAÇÃO .................................................................. 8 UNIDADE III: CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS ......................................................13 MENSAGEM FINAL PARA UM BOM GESTOR DE PROJETOS .....................................19 SOBRE O AUTOR ...................................................................................20 REFERÊNCIAS.......................................................................................21 3 BOAS-VINDAS Bem-vindo; bem-vinda ao curso Introdução à Gestão de Projetos! Neste curso você irá conhecer à Gestão de Projetos, partindo dos conceitos básicos que norteiam essa ferramenta importante em diversas áreas de atuação das engenharias, integrando suas fases com as considerações práticas aplicadas a este gerenciamento. Para isso, iremos ao longo deste curso, estudar e exercitar temas como: os conceitos de gestão de projetos, o gerenciamento de projetos, a caracterização da gestão dos projetos com suas fases e planejamento, considerações práticas da gestão, stakeholders, as habilidades do gerente e da equipe de projetos e os fatores de sucesso e fracasso. A gestão de projetos aplica os conhecimentos, as habilidades e as técnicas para ela, em um prazo também definido, com um custo e qualidade esperado, através da mobilização de recursos técnicos e humanos. E para PMI (2017) é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de cumprir os seus requisitos e é realizado através da aplicação e integração apropriadas dos processos de gerenciamento de projetos identificados para o projeto. Diante disso, podemos afirmar que este curso é para você que, sendo profissional autônomo ou de uma empresa pública ou privada, trabalha com qualquer tipo de atividade de que envolva planejamento e execução e deseja melhorar seus resultados profissionais, pessoais e sociais através do desenvolvimento de competências estratégicas e assertivas. Te desejo bons estudos e que seus resultados sejam cada dia melhores! 4 PROGRAMA DO CURSO INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS O curso Introdução à Gestão de Projetos está estruturado em 3 (três) unidades de estudos compostos por 3 (três) vídeo aulas e apostila complementar. Cada unidade de estudo contempla os seguintes temas: Unidade I: Introdução à gestão de projetos: conceitos e gerenciamento. Unidade II: Caracterização da gestão de projetos: fases e planejamento. Unidade III: Considerações práticas da gestão de projetos: partes interessadas (stakeholders), habilidades do gerente e da equipe de projetos, fatores de sucesso e fracasso. 5 UNIDADE I: INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS As constantes transformações no mundo do trabalho nas últimas décadas levaram as organizações a enfrentar elevados níveis de competitividade, buscando encontrar novas formas de trabalho e inovação, e a gestão de projetos é uma delas. A gestão de projetos, também conhecida como gerência de projetos, pode ser definida como a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração de atividades relacionadas para atingir um conjunto de objetivos determinados. Para o bom desenvolvimento da gestão de projetos existem cinco processos e nove áreas de conhecimento que levam ao seu sucesso, sendo eles (Tabela 1): Tabela 1: Processos e Áreas de Conhecimento PROCESSOS ÁREAS DE CONHECIMENTO INICIAÇÃO GERÊNCIA DE INTEGRAÇÃO PLANEJAMENTO GERÊNCIA DE ESCOPO EXECUÇÃO GERÊNCIA DE TEMPO CONTROLE GERÊNCIA DE CUSTO ENCERRAMENTO GERÊNCIA DE QUALIDADE - GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS - GERÊNCIA DE COMUNICAÇÕES - GERÊNCIA DE RISCOS - GERÊNCIA DE AQUISIÇÕES Fonte: O autor (2021) Koontz e O’Donnell (1989) definem gerenciar como executar as atividades e tarefas que têm como propósito planejar e controlar atividades de outras pessoas para atingir objetivos que não podem ser alcançados caso as pessoas atuem por conta própria. Desta forma, os elementos que integram um gerenciamento de projetos são: • Escopo, cronograma, orçamento, qualidade, recursos e riscos. • Levantamento das necessidades e expectativas dos clientes e das partes interessadas. 6 • Estabelecimento de objetivos claros e alcançáveis. • Adaptação das especificações, dos planos e da abordagem às diferentes preocupações e expectativas das diversas partes interessadas. • Balanceamento das demandas conflitantes de escopo, cronograma, orçamento, qualidade, recursos e riscos. A gestão de projetos também pode ser definida como o método para manter os riscos de fracasso em um nível tão baixo quanto necessário durante o ciclo de vida de um projeto, onde esse risco cresce de acordo com a presença de incerteza durante todos os estágios do projeto. O gerenciamento de projetos é a forma de definir e alcançar objetivos ao mesmo tempo em que se potencializa o uso dos recursos, podendo ser: o tempo, o dinheiro, as pessoas, o espaço, entre outros. Esta gestão de projetos é, ainda, o compromisso de uma pessoa que pode ser denominada como o gerente ou gestor do projeto, sendo que esta pessoa raramente participa diretamente nas atividades que produzem o resultado, trabalhando para manter o progresso e a interação mútua progressiva dos diversos participantes do empreendimento, de modo a reduzir o risco de fracasso dele. A maioria das pessoas que trabalha em projetos não é treinada em técnicas da gestão de projetos, geralmente são os profissionais que possuem habilidades para se trabalhar com projetos, mas que podem ter pouca experiência ou entendimento quanto a esse gerenciamento. O trabalho em projeto é diferente do trabalho da área de produção, e é único em sua execução. Uma pessoa pode treinar suas habilidades em engenharia, física, ciência, ou comércio e ainda ser um participante de um projeto. A área de educação básica é transformada e aperfeiçoada quando uma pessoa trabalha em um ambiente de projeto. Na gestão de um projeto são colocadas em prática às funções de planejamento, organização, motivação, direção e controle, premissas básicas da administração. E as principais responsabilidades dos profissionais deste gerenciamento são: 1. Compreender as metas de tempo, custo e qualidade do projeto; 2. Reconhecer as habilidades disponíveis e que as requeridas para o projeto podem ser diferentes; 3. Entender que a duração da designação para um projeto é temporária; 4. Compreender a designação específica do trabalho; 7 5. Participar do planejamento do projeto; 6. Informar sobre o progresso do trabalho; Os projetos, geralmente, apontam as metas concentradas em tempo, custo e qualidade. Sendo assim, os profissionais de projeto recebem as tarefas, que têm limitações no tempo visto que dependem do recebimento de algo para fornecer a outra tarefa. Esse processo de “insumo-produto” concilia a tarefa com as demais. As características relacionadas ao tempo e à mão de obra das tarefas devem ser sempre atendidas, onde o entendimento das exigências do trabalho é fundamental para a contribuição bem-sucedida do profissional do projeto. Um profissional de projeto tem a oportunidade de crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente, durante o tempo que trabalha em projetos. E estas oportunidades de crescimento são encontradas em ambientes em rápidas mudanças que continuam a desafiar a existência física e intelectual de uma pessoa. Enfrentar desafios treina a mente a encontrar novos e inovadores caminhos de fazer o trabalho, onde os projetos possibilitam e preparam o ambiente para crescer e fazer com que os colaboradores se comuniquem com outras áreas, aumentando a rede de contatos, chamada de networking. Assim sendo, você considera que tem aptidão para ser um bom gestor de projetos?Descreva 3 características suas que considere adequadas ao bom gerenciamento de um projeto. Descreva ainda 3 outras características que acredite que deva melhorar ou adequar para ser um bom gestor de projetos. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 8 UNIDADE II: CARACTERIZAÇÃO Um projeto compõe um documento que simboliza um processo de planejamento pelo qual se tomam decisões a respeito de resumos de ação, emprego de recursos e de esforços, além de especificar ações e condições necessárias para solucionar problemas, modificar uma situação ou desenvolver novas. Diante disso, o direcionamento dos planejadores é de evidenciar o documento e não os processos e os resultados que se pretende ao produzi-lo. Conceber um projeto significa planejar cursos específicos e dinâmicos de ação, tendo-se em mente articular todos os elementos envolvidos a partir de uma visão concreta da realidade e comprometimento com a sua transformação, sendo estes elementos: • Pressupostos; • Objetivos; • Objeto; • Método e seus desdobramentos; • Clientes; • Condições físicas; • Condições materiais; • Condições financeiras; • Condições circunstâncias necessárias para sua execução; “O mais importante não é o documento produzido pelo planejamento, e sim o processo mental e social que envolve o empreendimento que mobiliza e que se faz presente na ação inteligente dos integrantes do projeto, que cria a predisposição e determinação para agir visando consequências concretas e positivas.” 9 Desta forma, a elaboração de um projeto corresponde a um processo de mobilização e promoção de sinergia para a ação organizada e consistente. Sendo assim um projeto se divide em algumas etapas/fases, sendo elas: I. Identificação do projeto: nesta fase são apresentadas as informações básicas para sua caracterização geral, de modo a dar uma dimensão a respeito da sua abrangência e aspectos gerenciais básicos. É o seu título, onde se traduz: a. A natureza do projeto; b. A unidade ou setor onde será realizado; c. O programa do qual faz parte; d. Os responsáveis pela sua execução; e. A determinação do período para sua execução; f. O cliente a que se destina; g. O orçamento; II.Descrição da situação-problema: nesta etapa realiza-se a descrição de uma realidade específica, mediante análise de todos os seus aspectos importantes, com intuito de caracterizar, com clareza e objetividade, uma situação que demanda ação de inovação, melhoria ou transformação. Aqui, é importante e relevante realizar análises bem estruturadas, considerando: a. Elementos contextuais: a evolução da situação e sua relação com o modo de ser e de fazer; b. Elementos comparativos: identificação de paralelos com elementos de outras situações semelhantes; c. Elementos analítico críticos: evidencia a complexidade e a dinâmica da situação vivenciada; d. Teóricos; Nessa fase surgem as perguntas: 1. Quais são os processos relacionados à situação considerada? 2. Quem é o cliente? 3. Quais as suas necessidades presentes e futuras? 4. Como estão organizados os processos de trabalho? 10 III. Proposição de objetivos: nesta fase a descrição do objetivo preconiza um resultado alcançável em um tempo limitado, e modo a estabelecer um compromisso de trabalho. Cabe ressaltar que a proposição de objetivo geral presume que se tenha claro o foco unitário e que se entende bem e claramente o significado e alcance dos conceitos inseridos. Quando os objetivos são bem específicos, as dimensões e os aspectos são julgados importantes e necessários para a efetivação do objetivo geral. IV. Definição de metas: nesta etapa considera-se uma meta como uma declaração quantitativa dos resultados do projeto, uma proposta de forma mensurável, de maneira a determinar o foco específico da avaliação. V. Delineamento de método, estratégias e procedimentos: esta fase propõe e estabelece a unidade da ação a ser desencadeada. Especificadamente nesta fase é realizada a definição do método que irá garantir a flexibilidade do projeto e a sua fluidez diante de imprevistos, enquanto na ausência dele surgem impasses, imobilização, paradas, atrasos e desvirtuamentos. VI. Especificação de cronograma: nesta etapa, propor o cronograma permite ajustar no tempo a proposição de resultados, tanto intermediários como finais, estabelecendo importantes parâmetros de monitoramento e avaliação do projeto. VII. Identificação de recursos e custos: nesta fase entende-se que um projeto não deve produzir resultados que valham menos do que custa para promovê-lo. Sendo assim, sempre se deve esperar com a sua implementação um retorno positivo na relação custo-benefício. VIII. Proposição de monitoramento e avaliação: nesta etapa entende-se que todo projeto deve ter incorporado um conjunto de técnicas e procedimentos de monitoramento da sua execução e avaliação dos resultados, de modo não apenas a garantir a sua execução no tempo planejado, com os recursos previstos, mas também, e, sobretudo a identificar a necessidade de medidas corretivas durante o processo. Caso não se realize o monitoramento do projeto não se pratica a sua gestão ou gerenciamento, pois o monitoramento é uma atividade contínua, sistemática e regular que objetiva determinar se a implantação e implementação do projeto são realizados de acordo com o planejado. E a avaliação corresponde ao processo e medida de julgamento dos resultados parciais e finais obtidos pelo projeto e seu impacto sobre a realidade, onde corresponde a uma verificação de eficácia do projeto. 11 A estrutura da gestão de projetos é composta do projeto (que é o principal meio pelo qual uma organização trabalha com as suas mudanças), as mudanças em produtos, serviços ou processos organizacionais (que são realizadas perante o emprego de projetos), cada projeto tem objetivos específicos relacionados aos custos, à programação e a capacidade de desempenho técnico (quando contemplado contribui para a capacidade operacional e estratégica de uma organização) e os projetos tem ciclo de vida (Figura 1) definido (o qual inicia com o surgimento de uma ideia na fase conceitual e vai até a apresentação dos resultados ao usuário ou cliente). Figura 1 – Ciclo de vida de um projeto Fonte: adaptado de ENAP (2013) Fase 1 – Conceitual: Identificar necessidade/Estabelecer viabilidade/Identificar alternativas/Preparar proposta/Desenvolver orçamento e cronograma básicos/Formar equipe de projeto; Fase 2 – Planejamento: Implementar cronograma/Conduzir estudos e análises/Desenhar sistema/Construir e testar protótipos/Analisar resultados/Obter aprovação para produção; Fase 3 – Desenvolvimento: Comprar materiais/Construir e testar ferramentas/Criar requerimentos de suporte/Produzir sistema/Verificar desempenho/Modificar conforme necessário; Fase 4 – Finalização: Treinar pessoal funcional/Transferir materiais/Transferir responsabilidades/Liberar recursos/Redesignar. 12 Entender estas fases de um projeto permite à equipe do projeto controlar totalmente os recursos investidos para atingir as metas estabelecidas. Ainda, dependendo do projeto, os critérios de velocidade de desenvolvimento podem variar, onde o início pode ser mais lento e na fase de execução ganhar mais velocidade e no final, avaliação, torna-se lento novamente. Existem variações ainda no esforço com o tempo para o projeto, sendo que, em algumas vezes, os esforços são menores na fase de planejamento, porém na fase de desenvolvimento são elevados. Pensando nisso, você já teve alguma dificuldade em alguma das fases do ciclo de vida de um projeto? Ou se nunca teve, em qual das fases você acredita que pode existir mais dificuldadede realização? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 13 UNIDADE III: CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS Partes Interessadas (Stakeholders) Antes de identificar as partes interessadas na gestão de projetos, é importante identificar e entender o termo stakeholder. A palavra stakeholder ainda não tem tradução para o português, porém é comumente traduzida como “parte interessada” ou “parte envolvida”. Onde o termo foi inicialmente utilizado em 1708 como “uma pessoa que prende uma estaca”. Para entender melhor, deve-se recordar o momento em que os Estados Unidos estavam sendo colonizados pelos ingleses, onde ao chegarem à América, utilizaram estacas para demarcarem suas terras, e prender uma estaca no chão significava que em um determinado raio a partir daquele ponto a terra já pertencia a alguém. Na gestão de projetos, o termo stakeholder surgiu em 1963 em uma consultoria realizada pelo Stanford Research Institute, como uma maneira de descrever um grupo de pessoas e organizações que não são acionistas, mas que, sem seu suporte, a empresa não pode deixar de operar ou existir. Pode-se identificar o stakeholders de um projeto como (Figura 2): Figura 2: Stakeholders Fonte: O Autor (2021) 14 Cada parte interessada na gestão de projeto tem uma função específica, sendo elas: • Gerente funcional: responsável pelos recursos alocados no projeto; • Cliente: também conhecido como beneficiário em projetos finalísticos em organizações públicas, são representados pela comunidade ou população beneficiada; • Organização: instituição responsável pelo empreendimento. Equipe - responsável pela execução do projeto; • Patrocinador: responsável pelo aporte financeiro ou apoio político do projeto; • Gerente do projeto: responsável pelo sucesso ou insucesso do projeto. Um gerenciamento de projeto eficaz exige que a equipe entenda e use o conhecimento e as habilidades relacionadas a, pelo menos, cinco áreas de especialização, sendo elas: • Conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos; • Conhecimentos, normas e regulamentos da área de aplicação; • Entendimento de ambiente de projeto; • Conhecimento e habilidades de gerenciamento geral; • Habilidades interpessoais; O gerente de projetos deve possuir várias habilidades para trabalhar com os desafios de sua profissão, destacando-se entre elas: 1. Liderança: envolve estabelecer direção (desenvolver ao mesmo tempo uma visão de futuro e as estratégias de mudanças para atingir esta visão), alinhar pessoas (comunicar esta visão, através de palavras e ações, às pessoas cuja cooperação possa ser necessária para atingir a visão), motivação e inspiração (ajudar as pessoas a adquirirem energia para superar resistências a mudanças que podem ser de caráter político, burocrático e relacionadas a recursos). Porém, a liderança não é limitada ao gerente do projeto, ela pode ser manifestada por diferentes indivíduos, em diferentes situações do projeto; e ela precisa ser demonstrada em todos os níveis do projeto (liderança do projeto, liderança técnica, liderança de equipe). 2. Comunicação: envolve a troca de informação, onde o emissor é responsável por tornar a informação clara, coerente e completa, permitindo que o receptor a receba corretamente, sendo assim o receptor é responsável por garantir que a informação foi recebida de forma integral e entendida corretamente. A comunicação tem diversas dimensões, sendo elas: 15 a) Oral e escrita, falada e ouvida; b) Interna (dentro do projeto) e externa (ao cliente, à mídia, ao público, entre outros); c) Formal (relatórios, resumos, entre outros) e informal (memorandos, conversas diretas, entre outros); d) Vertical (para cima e para baixo na organização) e horizontal (entre pares e as organizações parceiras); A comunicação requer um corpo de conhecimento substancial não exclusivo apenas ao contexto de projeto, como: • Modelos emissor-receptor: ciclos de feedback, barreiras à comunicação, entre outros; • Escolha de meio: quando comunicar por escrito, quando comunicar de forma oral; quando escrever um memorando informal, quando escrever um relatório formal, entre outros; • Estilos de redação: voz passiva ou voz ativa, estrutura da frase, escolha das palavras, entre outras; • Técnicas de apresentação: linguagem da corporação, desenho dos visuais de suporte, entre outras; • Técnicas de reuniões: preparação de agenda, tratamento de conflitos, entre outras; • A Gerência de Comunicações do Projeto: a aplicação destes conceitos abrangentes às necessidades específicas do projeto; por exemplo, decidir como, quando, de que forma e a quem reportar o desempenho do projeto. 3. Negociação: significa discutir com outros com o objetivo de se chegar a um acordo, onde os acordos podem ser negociados diretamente ou com auxílio de uma terceira parte, sendo que mediação e arbitragem são dois tipos possíveis da negociação assistida. As negociações ocorrem em torno de diversas questões, em diversos momentos e em vários níveis do projeto. Destacando-se que, durante o andamento de um projeto típico, a equipe do projeto tende a negociar por objetivos de escopo, custo, cronograma, mudanças de escopo, termos e condições contratuais, designações e recursos. 16 4. Solução de Problemas: envolve uma combinação entre definição do problema e tomada de decisão, onde preocupa-se com problemas que já ocorreram (ao contrário da gerência de risco que trata de problemas potenciais). Desta forma, a definição do problema requer diferenciação entre sintomas e causas, pois os problemas podem ser internos (como um funcionário chave ser designado para outro projeto) ou externos (como uma solicitação para início do trabalho não ser respondida). Podem ser ainda de natureza técnica (como diferenças de opiniões sobre a melhor forma de especificar o produto), gerencial (como um grupo funcional não está produzindo de acordo com o plano) ou interpessoal (como o confronto de estilos e personalidades). E a tomada de decisão consiste em analisar o problema para identificar possíveis soluções e, então, fazer a escolha dentre elas. Pode-se tomar decisões por conta própria ou obtê-las de outra parte (do cliente, da equipe, do gerente funcional). Uma vez definidas, as decisões devem ser implementadas, pois decisões também têm relação com a variável tempo (a decisão “certa” pode não ser a “melhor” se for tomada muito cedo ou muito tarde). 5. Influência na Organização: envolve a habilidade de “conseguir que as coisas sejam feitas”, sendo que isto exige o entendimento das estruturas formais e informais de todas as organizações envolvidas (a organização executora, o cliente, empreiteiros e muitos outros). Exige ainda o entendimento e conhecimento dos mecanismos de política e poder (a capacidade potencial de influenciar comportamento, de modificar o curso dos acontecimentos, de vencer resistências, e conseguir que as pessoas façam coisas que de outra forma não fariam). É conseguir ações coletivas de um grupo de pessoas que podem ter interesses muito diferentes, ou ainda é ter a capacidade de usar conflito e desordem de forma criativa. São inúmeros fatores que levam ao sucesso ou ao fracasso da gestão de projetos, sendo os principais apresentados na Tabela 2: 17 Tabela 2: Fatores de Sucesso X Fatores de Fracassos na gestão de Projetos SUCESSOS FRACASSOS Acompanhamento adequado da alta administração As metas e objetivos são mal estabelecidos Planejamento efetivo no início Muitas atividades e pouco tempo para realizá-las Autoridade e responsabilidade delegadas As estimativas financeiras são pobres ou incompletas Planejamento eficaz de contingências O projeto é baseado em dados insuficientes ou inadequados Compromisso do cliente no projeto O sistemade controle é inadequado Objetivos realistas quanto a custo e programação- Projeto sem gerente ou com vários Aplicação de modernos conceitos e processos gerenciais Não foi destinado tempo para o planejamento do projeto Sistema eficiente de monitoração, avaliação e controle do uso de recursos do projeto Não se conheciam as necessidades dos clientes - Ineficiência no emprego de recursos - Falta de dedicação por parte dos mem- bros da equipe; - Conclusão do projeto fora do prazo - Opinião pública desfavorável Fonte: O autor (2021) 18 Os benefícios de uma gestão de projetos relacionam-se diretamente à eficiência da organização e à sua capacidade de administrar mudanças de maneira mais eficaz. Sendo assim, eficácia e eficiência combinam-se para dar a medida dos benefícios produzidos. Nos projetos, os benefícios estão relacionados diretamente às metas estabelecidas, sendo que no ambiente de projeto, os benefícios são vistos como: a) Técnicos: onde o resultado do produto do projeto: Para a organização: 1. Melhora da produtividade, fornecendo o caminho mais direto para a solução do problema; 2. Aumento dos lucros pela redução do desperdício de tempo e de energia em soluções erradas; 3. Melhores tomadas de decisões na continuação e no término dos esforços de trabalho. Para os líderes e membros das equipes de projetos: 1. Maior satisfação no trabalho; 2. Melhor acompanhamento e controle de trabalho por meio de melhores informações; 3. Menor esforço (horas de trabalho) com melhores resultados; b) Satisfação do cliente: o que o cliente sente quanto ao valor do produto final e outros fatores: 1. Confiança na apresentação do produto solicitado; 2. Confiança na entrega no prazo e dentro do preço; 3. Melhor definição do produto e melhor comunicação dos próprios requerimentos. c) Prazo de entrega: através do cumprimento da data em que se precisa do produto; d) Preço/custo: quando o preço ou o custo não ultrapassa o valor apresentado. Para Klink (2000), projetar é como remar: remar de costas, olhando para trás, pensando para frente. Mas a questão é: Você já obteve sucesso ou fracasso liderando algum projeto? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 19 MENSAGEM FINAL PARA UM BOM GESTOR DE PROJETOS “O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação: é sempre o trabalho.” “Sessenta por cento de todos os problemas administrativos resultam da ineficácia da comunicação.” “No começo de um projeto podemos fazer tudo, mas não sabemos nada. No final do projeto sabemos tudo, mas não podemos fazer nada.” Peter Drucker (2008) Desta forma, planejar sempre é a melhorar forma de se alcançar da forma correta o que se busca. Helenton Carlos da Silva (2021) 20 SOBRE O AUTOR Helenton Carlos da Silva Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2007), especialização em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (2010) é MBA em Engenharia Urbana pelo Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (2014), especialista em Engenharia e Segurança do Trabalho pela Cruzeiro do Sul (2021) e é Mestre em Engenharia Sanitária e Ambiental na Universidade Estadual de Ponta Grossa (2016). A linha de pesquisa traçada na formação refere-se à área ambiental, com foco em desenvolvimento sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente, buscando a inovação em todos os seus projetos. Atualmente é Engenheiro Civil e proprietário da empresa ONDE JÁ CIVIL Engenharia e Tecnologia, atuando com Projetos e Obras de Engenharia, Cursos e Treinamento de Engenharia e Tecnologia e Assessoria à quem busca estudar em Portugal. É também professor universitário e coordenador de curso de Engenharia Civil, de Produção, Elétrica e Mecânica e de Arquitetura e Urbanismo na UNOPAR Ponta Grossa. 21 Foi professor universitário ainda no CESCAGE e na Universidade estadual de Ponta Grossa. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em projetos e acompanhamento de obras, planejamento urbano e fiscalização de obras, gestão de contratos e convênios. Como professor na graduação atua nas seguintes áreas: Instalações Elétricas, Instalações Prediais, Construção Civil, Energia, Sustentabilidade na Construção Civil, Planejamento Urbano, Desenho Técnico, Construções Rurais, Mecânica dos Solos, Gestão Ambiental e Ergonomia e Segurança do Trabalho. E como professor de pós-graduação atua na área de gerência de riscos e gerência de projetos. Acredita que para formar um bom profissional é importante se colocar no lugar do outro e saber dividir o conhecimento adquirido, pois a melhor forma de ensinar é através do exemplo. REFERÊNCIAS ARMANI, D. Como Elaborar Projetos? Guia Prático para Elaboração e Gestão de Projetos Sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2000. CLELAND, D. I. e IRELAND, L. R. Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2002. CARIBÉ, J. C. Gestão de Projetos aplicados à WEB. 2008. FUNDAÇÃO ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ENAP). Introdução ao gerenciamento de projetos. Diretoria de comunicação e pesquisa. 2014. KLINK, A. Gestão de Sonhos - Riscos e Oportunidades. Salvador: Editora Casa da Qualidade, 2000. KOONTZ, H.; O`DONNELL, C. Fundamentos da Administração. São Paulo: Livraria Pioneira, 1989. LEWIS, J. P. Como Gerenciar Projetos com Eficácia. 5ª edição; Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000. LUCK, H. Metodologia de Projetos - Uma ferramenta de Planejamento e Gestão. 12ª Edição, Rio de Janeiro: Vozes Editora, 2004. MENDELOW, 1987, p. 177 apud PATTON. Q. M “Utilization Focused Evaluation”. Sage. 1998 PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - PMI. Project Management Body of Knowledge (PMBOK). 6. ed. Newtown Square: Project Management Institute, 2017.
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