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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA QUÍMICA DANIELA DOS ANJOS COSTA (201810898) JESSICA SANTOS ARAÚJO (201811601) MYLLENA SOUZA DA SILVA (201811607) RELATÓRIO DO EXPERIMENTO DE SEGURANÇA DO LABORATÓRIO ATRAVÉS DA PLATAFORMA VIRTUAL LABSTER ILHÉUS- BA 2021 SUMÁRIO 1.0 Introdução ........................................................................................................... 3 2.0 Objetivos .............................................................................................................. 4 3.0 Metodologia ......................................................................................................... 4 4.0 Discussões ............................................................................................................ 5 5.0 Conclusão ............................................................................................................. 9 6.0 Referências bibliográficas .................................................................................. 10 1.0 INTRODUÇÃO Os ambientes laboratoriais são locais que fazem parte da realidade de professores, pesquisadores, estagiários alunos de graduação e pós graduação, que desenvolvem várias atividades. Dessa forma, essas atividades em laboratório devem ser executadas de forma responsável, evitando atividades que possam acarretar acidentes e possíveis danos para si e para os demais. Logo, é necessário o conhecimento e o domínio do que diz respeito a segurança no laboratório. Os riscos existentes em um laboratório químico são inúmeros independente do tipo de atividade exercida, eles podem ser químicos, biológicos, físicos, ergonômicos ou de acidentes. Sabe-se que esses riscos ocorrem principalmente pelas seguintes causas, falta de organização do local de trabalho; uso incorreto de equipamentos ou substancias; estocagem e transporte inadequado de produtos químicos; desconhecimento ou negligencia das técnicas corretas de trabalho; trabalhos realizados por pessoas não habilitadas em determinadas técnica; utilização incorreta ou não uso de equipamentos de proteção coletiva e individual adequado ao risco; vestimentas inadequadas para o ambiente laboratorial. No entanto, esses riscos existentes nos laboratórios são regulamentados pela ANVISA através das boas práticas de laboratório. (FERNANDES et al. Aput UNICAMP, 2018) As boas práticas de Laboratório são procedimentos, normas e ações seguras, determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e por órgãos de fiscalização tais como Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Norma Regulamentadora Nº15 (NR-15), que visam reduzir a incidência de situações que possam comprometer a saúde dos indivíduos envolvidos ao ambiente laboratorial. Dessa forma, a fim de evitar acidentes, podem ser destacadas algumas práticas de laboratório que são recomendadas: os equipamentos de proteção individual e coletivos devem ser empregados de forma correta, levar para o laboratório apenas o necessário e colocá-lo somente em locais apropriados, durante a execução dos experimentos deve-se manter a atenção, não consumir alimentos e bebidas ou atividades semelhantes dentro do laboratório. Além disso, é recomendado não utilizar lentes de contato, acessórios de braço ou cabelo solto. Deve-se verificar com antecedência os rótulos das substâncias que serão manuseadas durante o experimento e suas propriedades físicas e toxidades, sempre ter o cuidado de descartar os resíduos de forma correta e não na pia ou em lixo comum, faz-se também essencial manter as bancadas e o ambiente laboratorial sempre organizados. Algo importante para a segurança no laboratório é um mapa de risco, este é instrumento obrigatório de prevenção, o qual possui informações que indicam os riscos presentes no local. Diante disso, uma tabela de compatibilidade química é essencial, pois ela permite a identificação dos reagentes que não podem ser misturados ou armazenados em locais próximos, como os produtos inflamáveis por exemplo, assim a rotulagem de cada substância é um fator indispensável para a segurança no laboratório. A utilização de equipamentos de proteção individual como luvas, jaleco adequados, óculos de segurança e equipamentos de proteção coletivo como kit de primeiros socorros, extintores de incêndio, chuveiro de emergência e lava-olhos, são de grande importância contra os riscos físicos, químicos e biológicos apresentados no laboratório. 2.0 OBJETIVOS Apresentar procedimentos de segurança que devem ser seguidos pelos usuários de laboratórios químicos e expor algumas medidas a serem tomadas em caso de emergência. 3.0 METODOLOGIA Para a realização do experimento foi utilizado o Labster uma plataforma de simulações laboratoriais virtual, fundada por Mads Bonde Ph.D. em Biotecnologia e Michael Bodekaer Jensen Bacharel pela Copenhagen Business School, com intuito de facilitar o aprendizado técnico-cientifico através de simulações 3D. Com isso, ao acessar a plataforma Labster após ser traduzida automaticamente pelo navegador usado, realizou- se o cadastro com e-mail institucional da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e informando os dados pedidos para a realização do mesmo, foi possível logar a interface da prática virtual. Posteriormente, ao se tratar de uma plataforma internacional foi selecionado o idioma português (Brasil) pois a página não foi traduzida automaticamente, o simulador foi carregado até 100% cem por cento, com isso, foi possível acessar a primeira simulação sobre segurança no laboratório químico. Em seguida, obtivemos as instruções de uso da plataforma e o passo a passo a ser seguido para a realização do experimento, através do labpad e Dr. One. 4.0 DISCUSSÃO Após o início da simulação, a primeira ação indicada pela plataforma foi a de selecionar a bata de laboratório e os óculos de segurança, uma vez que a entrada no laboratório se tornou possível somente quando o participante se adequou as normas de vestimentas requeridas. Isso porque a simulação visa ressaltar que a adequação dos trajes é algo essencial caso haja exposição a reagentes cujas propriedades possam causar algum dano ao entrar em contato com o indivíduo. O uso dos óculos durante a permanência no laboratório também é de grande importância para evitar acidentes que, muitas vezes, é decorrente da perda de controle durante um experimento ou respingo de algum reagente ao ser manuseado, algo que pode levar a danos graves aos olhos. Dessa forma, é necessário o uso dos óculos em todo o período da atividade laboratorial. Os óculos que são empregados com o intuito de corrigir a visão não são adequados para proteção e não devem substituir os óculos de segurança. Assim, evidencia-se a necessidade de fazer uso do equipamento de proteção individual de forma correta, algo que também é abordado no período final da simulação, onde é solicitado a seleção dos componentes inadequados dos trajes de um colaborador que estava chegando ao ambiente laboratorial. Nessa situação, a funcionária da simulação Lúcia, apresentava-se com sandálias que não protegiam os pés completamente, uso de saia e por consequência as pernas estavam expostas, blusa com mangas abertas, óculos de grau, cabelos soltos e colar, itens que tem grande facilidade de levar a um acidente laboratorial, não foi mostrado na simulação, mas o uso de pulseiras, anéis e relógios também podem trazer acidentes graves no laboratório. Imagem 1 – Funcionária com vestimentas inadequadas. Após a entrada no laboratório virtual, foram apontados alguns riscos: bancada desorganizada, bloqueio de objetos na porta de emergência, produtos químicos no chão, piacheia de material e a capela de exaustão aberta. Cada um desses riscos foi abordado ao longo da simulação. Diante disso, durante a execução das atividades experimentais em laboratórios, há uma exposição a diversos fatores de risco, estes devem ser identificados antes do início das atividades. Dentre eles existem os riscos que são inerentes às substâncias e estão ligadas as suas propriedades químicas e físicas. Dessa forma, são apresentados símbolos de perigo ou avisos referentes as propriedades de certas substâncias, tais como: inflamável, corrosivo, explosivo, tóxico e de riscos à saúde. Esses rótulos são abordados em vários momentos durante a simulação. O indivíduo deve se familiarizar com essas simbologias em um período anterior ao contato com o ambiente laboratorial, visto que, a negligência de tais conhecimentos podem causar inúmeras circunstancias danosas à saúde, tais como: lesões pelo contato direto com a pele, causar incêndios ou explosões. Manter-se atento ao mapa de rico do laboratório, a tabela de compatibilidade química e todas as simbologias presentes nos frascos e locais do laboratório culminam com a prevenção de acidentes ocasionados pelo desconhecimento do tipo de substancia que está sendo manuseada. Imagem 2 – Símbolos nos frascos. É recomendado que antes das atividades laboratoriais sejam do conhecimento de todos a localização dos equipamentos de proteção coletiva tais como, lava-olhos, cobertor antifogo, chuveiro de emergência e extintores de incêndio e como utiliza-los caso haja necessidade. Assim, no Labster foi proposta uma situação para misturar dois líquidos desconhecidos, cuja mistura resultante é possivelmente perigosa, questionou-se o conhecimento prévio requerido diante disso e as providências corretas, que neste caso seria a evacuação do local. Logo após, houve a simulação de um acidente decorrente dessa mistura de substâncias e o representante do usuário não utilizava os óculos de proteção, por consequência o ácido respingou nos olhos dele e a mistura reagiu com seu olho, evidenciou-se, portanto, a importância do uso dos óculos de proteção na manipulação de produtos químicos. Logo após, o simulador indicou para que utilizasse o equipamento de proteção coletiva lava-olhos, para que fosse retirado o ácido dos olhos, salientando que se deve conhecer os equipamentos, sua maneira de utilização e a localização de tais. Além disso, nessa mesma simulação ressaltou-se que não devem ser utilizadas lentes de contato durante a permanência no laboratório, pois vapores podem reagir com elas e danificar os olhos ou gotículas de reagentes podem ficar presos debaixo da lente em contato com o globo ocular. Imagem 3 – Equipamentos de proteção coletiva. Na simulação abordou-se a importância da seleção dos resíduos laboratoriais visto que, ao encontrar uma placa de petri na bancada a IA (inteligência artificial) orientou ao usuário a realizar o descarte no lixo apropriado para resíduos biológicos ou infectantes. Porém, cabe salientar que antes do descarte o ideal e correto seria que esses residuais estivessem etiquetados e armazenados em sacos plásticos brancos. Sendo informações relevantes que não foi abordado durante a simulação. Ademais, ao retirar um protocolo que estava na bancada, derramou um líquido não identificado. E para a sua identificação era necessário o conhecimento de vidrarias de laboratório e assunto básico de Química geral I, sobre reações ácido-base. Dessa forma, tais estudos possibilitou a identificação do resíduo e direciona-lo ao descarte correto. Assim, a Dr. One informou a necessidade de portar uma micro pipeta com um indicador de Ph líquido e pingar algumas gotas na substância desconhecida. Após a reação entre eles, observou-se uma cor avermelhada que foi um indicativo de um reagente com um Ph baixo, ou seja, ácido. Interligando o que foi mencionado no parágrafo anterior, o conhecimento de ácido-base propiciou a utilização do bicarbonato de sódio (base) para neutralizar a substância ácida e realizar o descarte de maneira correta. Desse modo, assegurando que não haja impactos ambientais negativos e nem a redução da vida útil dos equipamentos e maquinários do laboratório. Figura 4 – Neutralização do ácido. Um outro ponto a ser explanado é o fato de ter objetos pessoais na bancada, como foi ilustrado na simulação a presença de uma bolsa e um protocolo na bancada do laboratório químico. O correto é que esses objetos pessoais sejam guardados em armários de preferência em áreas externas ao laboratório. E nunca colocado sobre a bancada de trabalho. Dessa forma, evita contaminações nos objetos e riscos de acidentes. Outrossim, vale ressaltar que juntamente como os objetos pessoais é proibido qualquer tipo de alimentos para consumo dentro do laboratório. Tais atitudes podem trazer danos à saúde física do indivíduo que ingerir tal alimento. Imagem 5 – Objetos pessoais sobre a bancada. Outra situação que foi proposta é sobre o combate incêndios, quais conhecimentos ter para situações de emergência. Foi mostrado as opções de extintores que deve ter em um laboratório químico, na simulação trouxe apenas dois, extintor de espuma e o extintor de CO2 que não deve ser usado em pessoas, caso estejam em situação de incêndio, pois o CO2 está comprimido dentro do extintor e torna-se extremamente gelado, extintores a base de dióxido de carbono são utilizados para incêndios em cabeamentos elétricos. Não mencionou na simulação, mas em um laboratório químico é preciso ter a disposição, o extintor de incêndio para produtos químicos, extintor de pó químico seco (PQS). Outro detalhe que não mostrou na simulação, foi sobre os alarmes de incêndio que devem ser instalados no laboratório, para que assim, caso ocorra necessidade acioná-los. Além disso, retratou sobre a utilização da bata de incêndio, que por sua vez quando ocorrer de algum colaborador do laboratório químico estiver em chamas, não deve ser enrolado em pé com a bata de incêndio, pois pode formar uma espécie de chaminé queimando o rosto do mesmo, piorando assim a situação do incêndio, outra forma de conter o incêndio em pessoas dentro do laboratório é levando a mesma para o chuveiro de emergência. E por fim, foi abordado o que fazer ao sair do laboratório e não levar vestígios de produtos químicos para fora, a opção correta do questionário proposto na simulação foi de retirar a bata ou jaleco de laboratório e em seguida lavar as mãos, visto que, é de suma importância ter certeza que não está levando nenhum resquício de substancias químicas para o exterior do laboratório, pois caso essa sequência seja violada é possível que haja contaminação em objetos pessoais e alimentos que venha a comer mais tarde. É importante também, que ao sair do laboratório fazer a conferencia se todas as instalações estarão desligadas inclusive as tubulações de gás e o Bico de Bunsen. 5.0 CONCLUSÃO Portanto, através da prática virtual simulada no Labster, pode-se constatar aspectos relevantes relacionados ao vestuário no laboratório, identificação de riscos à saúde dos envolvidos, equipamentos de segurança e em como reagir em circunstâncias emergenciais. Os resultados dos experimentos propostos foram muito satisfatórios, visto que, em todos os momentos simulados foram abordados conceitos essenciais referentes à segurança e dessa forma, possibilitou-se a extração de diversas observações e aplicações das boas práticas de laboratório a fim de minimizar os acidentes ocasionados, muitas vezes, pelo descumprimento dessas medidas. Ademais, foi possível visualizar nas simulações alguns exemplos de como esses acidentes ocorrem e como evita-los. Porém, vê-se que na plataforma não há um seguimento exatamente correto de entrada, permanência e saída aoque diz respeito à alguns procedimentos de segurança como por exemplo, o conhecimento anterior das simbologias e riscos evolvidos, a localização e funcionamento de equipamentos de proteção coletiva que devem ser apresentados previamente ao manuseio de materiais e reagentes no laboratório. 6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONDE, Mads; JENSEN, Michael Bodekaer. Lab Safety. Disponível em: https://www.labster.com/try/. Acesso em: 17 set. 2021. Brasil. Universidade Federal da Paraíba UFPB. Manual de conduta em laboratório de química e normas de segurança. Disponível em: http://www.quimica.ufpb.br/arymaia/MANUAL%20DE...pdf. Acesso em: 23 set. 2021 Fernandes, Ana Carolina Garcia et al. Segurança no laboratório de Química. 2018. Disponível em: < https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp- content/uploads/sites/10001/2018/06/14seguranca_labquimica.pdf >. Acesso em: 20 set. 2021. Jr, atom. Entenda por que as Boas Práticas de Laboratório são tão importantes. Disponível em: https://www.atomjr.com.br/post/entenda-por-que-as-boas-pr. Acesso em: 21 de setembro 2021. Skoog, west, holler, crouch. Fundamentos de química analítica. Tradução da 8a Edição norte-americana. Editora Thomson: São Paulo, 2006.
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