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Ancilostomíase e Nacatoríase INTRODUÇÃO Espécies infectantes em humanos Ancylostoma duodenale; Necator americanos; Ancylostoma ceylanicum Existem mais de 100 espécies de Ancylostoma, mas apenas 3 são agentes etiológicos das ancilostomoses humanas. A doença tem ampla distribuição geográfica O A. duodenale é predominante em regiões temperadas e conhecido como ancilostoma do “velho mundo” O N. americanus é predominante em regiões tropicais (alta temperatura) e conhecido como ancilostoma do “novo mundo” A existência de ambas as espécies pode ocorrer em uma mesma área, mas normalmente uma sobrepõe a outra MORFOLOGIA A. duodenale Verme adulto macho 8 a 11 mm Região anterior encurvada ventralmente, presença da boca ou cápsula bucal, que possui em seu interior 2 pares de dentes, esôfago grosso Região posterior com bolsa copuladora Cor rosa avermelhado, mas na lâmina esbranquiçado Verme adulto fêmea 11 a 18 mm Região anterior idêntica ao macho Região posterior com cauda afilada sem bolsa copuladora Cor idêntica A fêmea é maior que o macho MORFOLOGIA N. americanos Verme adulto macho 5 a 9 mm Coloração idêntica No interior da cápsula bucal 1 par de poderosas lâminas cortantes No final da cauda uma bolsa copuladora Verme adulto fêmea 10 mm Cápsula bucal com lâminas cortantes Cauda afilada MORFOLOGIA DO OVO São todos idênticos 50 μM Membrana fina e hialina Células germinativas c CICLO BIOLÓGICO No intestino delgado, os vermes adultos copulam, ovos são liberados no solo com as fezes Ambiente úmido, com oxigenação e temperatura tropical facilitam desenvolvimento Alimenta-se de microrganismos, perde a cutícula (pele) e ganha uma nova, evoluindo filarióide Cápsula bucal fica obstruída, vive de reserva de glicogênio e deve encontrar o hospedeiro em até 72 h Penetram na pele através da secreção de enzimas, indo para circulação sanguínea e linfática Vão ao coração, pulmões, ganha uma nova cutícula, mas continua filarióide, alvéolos e vão a faringe, podendo ser deglutida ou expectorada No estômago, suco gástrico sem ação, no intestino delgado fixa-se com a cápsula bucal e faz hematofagismo PATOGENIA Fase aguda: pela presença das larvas no tecido cutâneo e pulmonar, já ocorrendo sintomas e evolução de larvas a adultos no intestino Fase crônica: presença e duração dos vermes adultos no intestino As larvas na pele podem causar hipersensibilidade, ainda mais nas reinfecções ou infecções maciças. Observa-se: hiperemia, edema, prurido local No pulmão sintomas mais brandos: tosse acompanhada de febrícula No intestino ocorre intenso hematofagismo. Observa-se na histopatológica: infiltrado inflamatório associado a edema, congestão e hemorragia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Além das anteriores, ocorre anemia ancilostomótica principalmente nos casos crônicos. Anemia hipocrômica e microcítica DIAGNÓSTICO Clínico: anemia, dores abdominais, fraqueza (astenia), diarreia sanguinolenta Laboratorial: -parasitoscopia fecal; -hemograma: diminuição no número de hemácias, hipocrômicas e microcíticas, leucositose com eosinofilia e reticulócitos aumentados (eritrócitos imaturos) Imunológicos EPIDEMIOLÓGICOS Distribuição mundial, menos nos polos. Está relacionada o nível socioeconômico A fêmea do A. duodenale cerca de 22 mil ovos A fêmea do N.americanus cerca de 9 mil ovos Clima tropical contribui para a doença (favorece ovos) PROFILAXIA Saneamento básico (construção de fossas) Educação higiênica Uso de calçados e luvas Beber água filtrada Lavar frutos e verduras TRATAMENTO Albendazol: 400 mg para adultos e 200 mg para crianças, via oral, dose única Mebendazol: 100 mg, 2 X ao dia, durante 3 dias para adultos Pamoato de Pirantel: 11 mg/Kg, dose única Sulfato ferroso: 100 mg, 2X ao dia, durante 3 dias. Esse medicamento deve ser administrado quando o paciente apresentar quadro anêmico, mais uma suplementação alimentar diária rica em proteínas
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