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Avaliação da Função Muscular Práticas em Fisioterapia II Francisco Xavier de Araujo Músculo • Representa 40 a 45 % do peso total do corpo; • A sua função normal depende da: - Inervação motora; - Atividade proprioceptiva intacta; - Carga Mecânica; - Mobilidade Articular; - Mobilidade Fascial; Componentes Musculares • O ventre muscular está envolto pelo epimísio; • Fascículos individuais (grupos de fibras) são envoltos pelo perimísio; • Cada fibra muscular é envolta pelo endomísio; • Cada miofibrila da fibra muscular contêm muitos miofilamentos. Estes filamentos são compostos por proteínas contráteis, a actina e a miosina. Tipos de Fibras Musculares • A função básica de um músculo é a contração. Com base nas suas propriedades contráteis, quatro tipos diferentes de fibras musculares foram reconhecidas no músculo esquelético: • Tipo I (oxidativo vermelho com contração); • Tipo IIa (oxidativa/glicolítica vermelho/rosada com contração rápida); • Tipo IIb (glicolítico branco com contração rápida) Tipos de Contração Muscular Alterações Musculares Atribuídas ao Treinamento de Força Alterações Musculares Atribuídas ao Treinamento de Força • O S i s tema Muscu la r ap resenta uma capacidade impressionante de adaptações a diferentes demandas ou estímulos; • Sessões repetidas de treinamento de força aumentam a força e provocam hipertrofia; • Aumentos da força muscular resultantes de treinamento são específicos ao tipo e à intensidade do programa de exercícios. • Da mesma forma, músculos com redução da atividade, seja por imobilização ou períodos extensos de repouso, sofrem atrofia e redução da capacidade de produção de força; • A perda de força é muito precoce. Até 6% de redução de força ao dia durante uma semana de imobilização; • Após 10 dias de imobilização, indivíduos saudáveis podem apresentar até 40% de diminuição da força inicial de 1 RM; Alterações Musculares Atribuídas à Redução do Uso • A atrofia muscular é um desequilíbrio entre a síntese e a degradação de proteínas. A atrofia muscular geral e seletiva pode ocorrer com a imobilização. A atrofia muscular geral ocorre tipicamente em músculos monoarticulares, pois os músculos de biarticulares são menos imobilizados por métodos de imobilização típicos; • A atrofia muscular seletiva ocorre mais em fibras de tipo I, uma vez que são mais suscetíveis ao efeito de inatividade e, à medida que seu número diminui, a proporção de fibras de tipo IIa aumenta. Alterações Musculares Atribuídas à Redução do Uso • Mesmo em indivíduos saudáveis, o envelhecimento está associado à redução da força, da potência e da velocidade da contração muscular; • Estas alterações são muito variáveis e individuais. Mas, de modo geral, idosos apresentam cerca de 10% de declínio no pico de potência a cada década a partir dos 60 anos; • A perda de força tende a ser mais pronunciada nos músculos do membro inferior como o quadríceps, do que nos membros superiores. • Caso esta perda de força seja muito marcante, isto pode causar influências nas atividades de vida diária independentes como durante a marcha ou levantar-se de uma cadeira. Alterações Musculares Atribuídas à Idade Alterações Musculares Atribuídas à Idade Sarcopenia senil é definida como uma perda do tecido muscular devida ao envelhecimento. A sarcopenia pode ser dramática com grande perda do tecido muscular e infiltração significativa de tecido conjuntivo e adiposo intramuscular. Alterações Musculares Atribuídas à Idade Lesões/ Disfunções Musculares Lesão muscular - distensão • Grau I: • Esse tipo de distensão envolve a ruptura de algumas fibras musculares com edema e desconforto menores; • São associadas a perda mínima ou nenhuma de força e restrição de movimento. Sensibilidade local pode estar presente, e aumenta quando o estresse é aplicado à estrutura; • Os pacientes com distensão de Grau I em geral podem continuar as atividades normais tanto quanto possível, mas devem ser monitorados para evitar exacerbação da lesão. Lesão muscular - distensão • Grau I: – Gravidade: leve – Algumas fibras são rompidas ou estiradas. – Sintomas: dor local, dor leve no alongamento passivo e na contração ativa do músculo envolvido, incapacidade leve. – S ina is : espasmo leve, edema, hematoma, sensibilidade local, perda mínima de função e de força (ADM completa). Lesão muscular - distensão • Grau II: • Esse tipo de distensão envolve maior dano ao músculo e perda visível de força; • Pacientes com lesão de Grau II frequentemente evitam exercer a atividade que provoca a dor; • Dor moderada a grave está presente, ao lado de alguma perda de função e de estabilidade articular; • As distensões de Grau II em geral requerem 3 a 28 dias de reabilitação. Lesão muscular - distensão • Grau II: – Gravidade: moderada – Algumas fibras rompidas. – Sintomas: dor local, dor moderada no alongamento passivo e na contração ativa do músculo envolvido, incapacidade moderada. – Sinais: espasmo moderado, edema, hematoma, sensibilidade local, função e força diminuídos, depressão palpável. Lesão muscular - distensão • Grau III: • Esse tipo de distensão envolve ruptura que se estende sobre todo o ventre muscular. • As distensões de Grau III são caracterizadas por dor grave ou perda de função; • Se a dor aumenta quando o estresse é aplicado à estrutura, há comprometimento da integridade resultante do tecido; • Embora as distensões musculares de Grau I e II sejam tratadas de maneira conservadora, a intervenção cirúrgica muitas vezes é necessária para lesões de Grau III; • A cura das distensões de Grau III pode requerer de três semanas a três meses de reabilitação. Lesão muscular - distensão • Grau III: – Gravidade: alta – Rompimento total das fibras. – Sintomas: dor local intensa que diminui, incapacidade total. – Sinais: espasmo severo, edema e hematoma grandes, perda total da função muscular, depressão palpável. Trofismo Muscular - Perimetria • É a variação da secção transversa do músculo. • Hipotrofia Muscular Prova de Função Muscular Aspectos subjetivos: é levada em consideração a impressão do fisioterapeuta em relação a resistência a ser dada antes do teste, e quantidade de resistência que o paciente tolera; Prova de Função Muscular Aspectos objet ivos : é levada em consideração a habilidade do paciente de completar uma extensão completa do movimento, ou de manter uma determinada posição, e a capacidade ou incapacidade de mover a parte contra a ação da gravidade. Prova de Função Muscular Função: Um teste muscular manual constitui uma tentativa de determinar a capacidade do indivíduo contrair um m ú s c u l o o u u m g r u p o m u s c u l a r voluntariamente. Fatores essenciais para que o fisioterapeuta possa fazer a Prova de Função Muscular ✓Conhecimento anatômico, fisiológico e b i o m e c â n i c o d a s p o s i ç õ e s e d a estabilização dos músculos esqueléticos; ✓Habilidade na palpação e na aplicação da resistência; ✓Or ientação minuc io sa pa ra cada movimento; Fatores essenciais para que o fisioterapeuta possa fazer a Prova de Função Muscular ✓Adesão a um método padronizado para classificar a força muscular; ✓Experiência para testar muitos indivíduos com força muscular normal. ✓o paciente não deve sentir dor durante ou desconforto durante o teste muscular; Fatores essenciais para que o fisioterapeuta possa fazer a Prova de Função Muscular • O paciente não deve sentir dor durante ou desconforto durante o teste muscular; • Posição do paciente; • Fixação do paciente; • Posição da prova; • Resistência da Prova. • Posição do paciente; • Fixação do paciente; • Posição da prova; • Resistência da Prova. Resistência da Prova • É u m a f o r ç a u t i l i z a d a p e l o fisioterapeuta para determinar a força do músculo mantendo-se em posiçãode prova. • A pressão é aplicada próximo à extremidade distal da parte da qual o músculo está inserido. A quantidade de pressão varia de acordo com o tamanho do paciente, à parte a ser testada, e a alavancagem. Graus de Força Muscular • Graduação 5 (Força Muscular Normal); • Graduação 4 (Força Muscular Boa); • Graduação 3 (Força Muscular Regular); • Graduação 2 (Força Muscular Fraca); • Graduação 1 (Força Muscular-Resquicío); • Graduação 0 (Músculo sem atividade). Teste de Força Muscular e Miótomos Miótomo C1-C2 – Flexão Miótomo C3- Flexão Lateral Miótomo C4 – Elevação ombros Miótomo C5- Abdução ombro Achados positivos = fraqueza significativa ou resistência diminuída. Teste de Força Muscular e Miótomos Miótimo C6- Flexão cotovelo e ext. punho Miótomo C7- ext. cotov. e flx punho Miótomo C8- ext e desvio ulnar pol Miótomo T1- Intrínsecos da mão Achados positivos = fraqueza significativa ou resistência diminuída. Teste de Força Muscular e Miótomos Achados positivos = fraqueza significativa ou resistência diminuída. L2-L3: Flexores de quadril L3-L4: Extensores de joelho L4: dorsiflexores do tornozelo L5: extensor do hálux S1: Flexor plantar do tornozelo S1-S2: Eversores do tornozelo Teste de Força Muscular e Miótomos Achados positivos = fraqueza significativa ou resistência diminuída. Teste de Força Muscular e Miótomos ✓ Caminhar calcanhares (L4,L5) ✓ Ponta dos pés (S1) Perimetria ✓ É a variação da secção transversa do músculo. ✓ Consiste em medir a circunferência em determinado ponto do corpo, através da fita métrica. ✓ O resultado, em centímetros (cm), é anotado. Perimetria Perimetria Cuidados Perimetria Membros Inferiores - 5 em 5 cm supra e infra patelar - Pode-se fazer uso da interlinha articular como referência. Membros Superiores - 5 em 5 cm supra e infra olegraneana ✓ Fazer sempre comparação bilateral ✓ Levar em consideração o membro dominante e a atividade realizada (profissional/esportiva) Perimetria Mensuração ✓ Através da mensuração, determina- se o comprimento do segmento do corpo, em centímetros, utilizando a fita métrica. ✓ Diferenças de valores de comprimento entre os membros podem ser encontradas, decorrentes ou não de alguma patologia. Mensuração Membro Superior: a mensuração é determinada entre o acrômio e o processo estilóide da ulna. Mensuração fracionada do membro superior: o terapeuta posiciona o cotovelo do paciente em 90°. Depois, é realizada a mensuração do braço a partir do acrômio até o epicôndilo medial do úmero, e do antebraço a partir do epicôndilo medial ao processo estilóide da ulna. Mensuração Membro Inferior: a mensuração do membro inferior pode ser real ou aparente. Mensuração Real: é determinada pelo comprimento compreendido entre a espinha ilíaca ântero- superior e o maléolo medial. Mensuração Aparente: é medida entre o umbigo e o maléolo medial Mensuração fracionada do membro inferior: o terapeuta realiza da mensuração com o paciente em decúbito dorsal e em pé. É determinada entre a espinha ilíaca ântero- superior e entre o côndilo medial do fêmur. Entre o côndilo medial do fêmur e o maléolo medial da tíbia. Mensuração Cirtometria Toráccica Objetivo: Avaliar a mobilidade torácica e determinar o tipo respiratório (apical, torácico ou diafragmático) Estatura e Envergadura Anamnese • CPP – 37 anos • QP – Dor na região anterior da coxa • HDA – No dia 09 de maio de 2016, refere ter sofrido uma lesão muscular em um jogo de futebol, comenta que entrou no jogo sem aquecer e que a lesão aconteceu quando foi buscar uma bola na lateral, diz que fez um movimento forçado em rotação externa de quadril com o joelho flexionado. Conseguiu manter-se no jogo por mais 10 minutos, tendo que sair do jogo, por uma dor moderada. Procurou um atendimento de emergência no outro dia, sendo que o médico plantonista, solicitou uma ecografia. Exame Físico Observação Exame Físico • Dor a palpação na região anterior e Superior da coxa, próximo a EIAS. • Dor a contração em flexão de quadril com joelho extendido, com resistência moderada realizada pelo fisioterapeuta. • Dor ao alongamento, com limitação moderada. • Perimetria – referência – trocânter maior direita esquerda 60 61 Exame Complementar • Qual o diagnóstico Médico? • Qual o diagnóstico Fisioterapêutico?