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CCJ0004-WL-RA-AV2-Psicologia Aplicada ao Direito-Textos Diversos _05-06-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Prof.: Fernando Antônio Domingos Lins 
Disciplina: 
CCJ0004 
AV2: 
003 
 
Textos Diversos 
Folha: 
1 de 6 
Data: 
14/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-003-Exercício/WLAJ/DP 
 
 
PESQUISA 
 
Exclusão Social 
 
Fonte: http://www.conteudoescola.com.br/artigos/28/95-exclusao-social-que-bicho-e-esse-i 
 
 
 
Exclusão social é um tema da atualidade, utilizado nas mais variadas áreas do conhecimento, mas com 
sentido nem sempre muito preciso ou definido. Primeiro de uma série de artigos, nosso intuito é oferecer uma 
visão esclarecedora a respeito. 
Pode designar desigualdade social, miséria, injustiça, exploração social e econômica, marginalização 
social, entre outras significações. De modo amplo, exclusão social pode ser encarada como um processo sócio-
histórico caracterizado pelo recalcamento de grupos sociais ou pessoas, em todas as instâncias da vida 
social, com profundo impacto na pessoa humana, em sua individualidade. 
Tecnicamente falando, pessoas ou grupos sociais sempre são, de uma maneira ou outra, excluídos de 
ambientes, situações ou instâncias. Exclusão é "estar fora", à margem, sem possibilidade de participação, seja na 
vida social como um todo, seja em algum de seus aspectos. 
Outro conceito de exclusão social aplicável à realidade de uma sociedade capitalista é que "excluídas são 
todas as que não participam dos mercados de bens materiais ou culturais" (Martine Xiberas). 
Em termos dialéticos, é um processo complexo e multifacetado (polissêmico), dotado de contornos 
materiais, políticos, relacionais e subjetivos.Não é uma falha, uma característica do processo capitalista, ou de 
outro regime político-ideológico: a exclusão é parte integrante do sistema social, produto de seu funcionamento; 
assim, sempre haverá, mesmo teoricamente, pessoas ou grupos sofrendo do processo de exclusão. 
 
Instâncias (ou ambientes) de exclusão social 
 
No nível da macro-política global: países periféricos: América Latina, África e parte do continente asiático - 
são considerados excluídos da ordem econômica mundial (leia-se globalização), em relação aos países centrais 
(Estados Unidos da América, países da União européia e outros países economicamente desenvolvidos). 
O maior exemplo disso é a hegemonia dos Estados Unidos, neste início de século, cujas lideranças 
políticas, arrogantes, simplórias e retrógradas submetem o restante do planeta (especialmente, agora, a América 
Latina - com ênfase no Brasil, Argentina e Uruguai) a situações de humilhação política em função de seu imenso 
poderio econômico e militar. 
 
-Excluídos no nível de grupos sociais: - minorias étnicas (indígenas, negros); - minorias religiosas;- minorias 
culturais. 
-Excluídos de gênero: mulheres e crianças. 
-Excluídos em termos de opção sexual: homossexuais e bissexuais. 
-Excluídos por idade: crianças e idosos. 
-Excluídos por aparência física: obesos, deficientes físicos, pessoas calvas, pessoas mulatas ou pardas, 
portadores de deformidades físicas, pessoas mutiladas. 
-Excluídos do universo do trabalho: desempregados e subempregados, pessoas pobres em geral. 
-Excluídos do universo sócio-cultural: pessoas pobres em geral, habitantes de periferia dos grandes centros 
urbanos. 
-Excluídos do universo da educação: os pobres em geral, os sem escola, as vítimas da repetência, da 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Prof.: Fernando Antônio Domingos Lins 
Disciplina: 
CCJ0004 
Aula: 
003 
Alunos: -Marcelle dos Santos Lima Scher 
-Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
2 de 6 
Data: 
14/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-003-Exercício/WLAJ/DP 
desistência escolar, da falta de escola junto a seus lares; deficientes físicos, sensoriais e mentais. 
-Excluídos do universo da saúde: pobres em geral, doentes crônicos e deficientes físicos, sensoriais e mentais. 
-Excluídos do universo social como um todo: os portadores de deficiências físicas, sensoriais e mentais, os 
pobres, os desempregados. 
 
As categorias acima são interpenetrantes. Na tentativa de ordenação das mesmas, fica clara a presença de 
grupos de pessoas participando simultaneamente de várias categorias de exclusão: de modo geral, a exclusão 
social bate mais forte no pobre, poupando aqueles que dispõem de melhor condição econômica. 
Na sociedade capitalista, por paradoxo, os excluídos não participam do sistema, mas sustentam a ordem 
econômica e social. 
No Brasil escravista, o sistema excluía o escravo da ordem social, mas a sociedade era sustentada, 
grandemente, pelo trabalho escravo. Com a abolição súbita da escravidão, houve dois choques: 
- Um, do lado da produção, dada a fuga de mão-de-obra, agora liberta, de seus locais originais de trabalho 
(mão de obra essa substituída, agora de modo intensificado, por imigrantes europeus); 
-Outro, do lado dos ex-cativos, relativo à penúria com que os libertos tiveram que encarar sua nova 
condição, sem nenhum preparo para assumir um papel digno no ambiente social. 
 
A ONU calcula a existência, no mundo, nos dias de hoje, de 25 milhões de pessoas submetidas a trabalho 
escravo ou semi-escravo, sendo a maioria composta de crianças e mulheres (em contraste com o tráfico de 12 
milhões de escravos negros durante os trezentos anos de regime escravista no Brasil). São crianças tecelãs de 
tapete no Paquistão, jovens cultivadores de cacau em fazendas da Costa do Marfim, crianças que trabalham em 
carvoarias no interior do Brasil, mulheres e crianças negociadas como gado para servir a redes internacionais de 
prostituição. 
Dessa estatística não escapam outros exemplos muito próximos de todos nós: os meninos de rua que 
vendem qualquer coisa, nos semáforos dos cruzamentos das cidades brasileiras e as crianças que servem de 
mensageiros do tráfico de drogas, efetuando a entrega de "encomendas". 
 
Exclusão social e o paradoxo brasileiro 
 
No Brasil, a situação de exclusão social - em quaisquer de suas instâncias, ou em todas - vem se 
agravando em termos de quantidade (é cada vez maior o número de desvalidos) e em intensidade (é cada vez 
maior o número de pessoas vivendo abaixo da linha da miséria). 
A rendição, por parte das elites governantes brasileiras e sua política econômica às teses do neo-
liberalismo, como passaporte único para integrar a nova ordem mundial globalizada, intensificou a concentração 
de renda de tal sorte que somos vistos, mundialmente, como um país gerador de riquezas imensas, ao mesmo 
tempo em que figuramos nos últimos lugares, nas estatísticas sérias sobre qualidade de vida da população. 
Somos, na escala econômica mundial, o 10° PIB (1), enquanto nosso IDH (Índice de Desenvolvimento 
Humano), referencial para qualidade de vida da população de um país, é o 72° (2) . Esse contraste, em termos de 
riqueza material e qualidade de vida do povo, embute uma altíssima taxa de concentração de riqueza nas mãos 
de poucos e evidencia a frieza e insensibilidade de nossas elites políticas, num quadro em que a violência, razão 
direta da miséria e desigualdade, batem recordes em todo o país. 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Exclus%C3%A3o_social 
 
Exclusão social refere-se a dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à 
discriminação de um determinado grupo de uma determinada sociedade. Estes grupos excluídos ou, que sofrem 
de exclusão social, precisam assim de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e 
ser aceitos pela sociedade que os rodeia. 
O termo exclusão social teve origem na França e, no modo francês de classificação social, neste caso, 
especificamente relacionado com pessoas ou grupos desfavorecidos. O sociólogo francês Robert Castel (1990), 
definiu a exclusão social como o ponto máximo atingível no decurso da marginalização, sendo este, um processo 
no qual o indivíduo se vai progressivamente afastando da sociedade através de rupturas consecutivascom a 
mesma. 
A pobreza pode, por exemplo, levar a uma situação de exclusão social, no entanto, não é obrigatório que 
estes dois conceitos estejam intimamente ligados. Um trabalhador de uma classe social baixa, pode ser pobre e 
estar integrado na sua classe e comunidade. Deste modo, factores/estados como a pobreza, o desemprego ou 
 
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Turma A – Manhã - 2012.1 
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Prof.: Fernando Antônio Domingos Lins 
Disciplina: 
CCJ0004 
Aula: 
003 
Alunos: -Marcelle dos Santos Lima Scher 
-Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
3 de 6 
Data: 
14/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-003-Exercício/WLAJ/DP 
emprego precário, as minorias étnicas e ou culturais, os deficientes físicos e mentais, os sem-abrigo, 
trabalhadores informais e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas, não é obrigatório que o 
sejam 
Existem diversos tipos de exclusões sociais, Alfredo Bruto da Costa (2009) referiu que exclusões sociais 
deveriam ser definidas conforme as causas que apresentavam e os efeitos que exigiam. Nesta perspectiva, o 
autor categorizou as exclusões sociais de cinco modos: 
 
a) a exclusão de ordem econômica; 
b) social; 
c) cultural; 
d) patológica; 
e) comportamentos auto-destrutivos. 
Dissolução do vínculo familiar 
 
Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942007000200016 
 
RESUMO 
 
A mediação familiar é uma alternativa à justiça estatal para a dissolução do vínculo conjugal e dos conflitos 
decorrentes desse rompimento. O objetivo deste artigo é refletir sobre o trabalho do psicólogo na mediação de 
conflitos familiares, com base na experiência do Serviço de Mediação Familiar (SMF), Florianópolis/SC, 
considerado um programa pioneiro no Brasil. O SMF traduz a necessidade de constituição de serviços de 
mediação na sociedade brasileira no sentido de promover eficácia social na resolução de conflitos no sistema 
judicial: autonomia dos envolvidos na solução de seus conflitos, economia processual (tempo, dinheiro) e pessoal 
(afetivo-emocional), competência relacional (compreensão da natureza do vinculo/rompimento). O trabalho de 
mediação de conflitos contribui na avaliação dos limites e oportunidades de inserção de psicólogos no campo 
jurídico, especialmente no que tange às políticas publicas de atenção social. 
 
Introdução 
 
As constantes mudanças que ocorrem na sociedade, especialmente no campo dos contratos, dos conflitos 
sociais e dos valores inerentes ao universo das famílias constituem aspectos fundamentais à reflexão e ao 
desenvolvimento de um processo de formação de psicólogos no trabalho de mediação de conflitos familiares. 
Contemporaneamente, a multiplicidade e a complexidade dos tipos de família &– as denominadas famílias 
plurais &– ensejam situações reais as quais estão requerendo ponderações, estudos e pesquisas dos profissionais 
ligados a essa esfera. Nesse sentido, uma das questões que merece atenção diz respeito à maneira de resolução 
dos conflitos que eclodem no sistema familiar decorrentes da separação do casal. O processo judicial originado do 
rompimento da união é apenas o aspecto superficial e derradeiro dessa situação, haja vista que o desamor inicia 
normalmente antes de uma das partes procurar a dissolução oficial do vínculo, para cuja decisão já concorreu 
sofrimento e dor (Müller, 2005a). 
As leis e o Direito regulamentam as relações para possibilitar a vida em sociedade. Mas existem aspectos 
dessas relações &– tais como os emocionais &– que não são passíveis de enquadramento legal. Em geral, nos 
casos de separação, o motivo aparente que mantém o litígio na esfera judicial é, em regra, patrimonial, portanto 
objetivo e passível de divisão, e por isso comportaria uma acomodação satisfatória para ambas as partes 
envolvidas. O litígio apresentado consciente e objetivamente por intermédio de um processo judicial dissimula 
situações dolorosas relacionadas à experiência de rompimento do tecido emocional, construído ao longo do 
processo de convivência interpessoal. Com efeito, aspectos emocionais geralmente estão imbricados no discurso 
lógico presente nos conflitos instanciados judicialmente. 
Genericamente, os operadores do Direito, responsáveis pelos métodos tradicionais e adversariais de 
resolução de conflitos não desenvolvem, ao longo do seu processo de formação profissional, competências para 
lidar com aspectos psicológicos, no qual é valorizado geralmente a necessidade de subsumir a situação real a 
uma lei, ou seja, de fazer o denominado raciocínio silogístico1 . Isso significa que, quando uma pessoa, diante de 
um conflito com uma outra, recorre a um advogado, esse profissional requer em juízo, conforme a lei, que um 
terceiro estranho à relação familiar (juiz de Direito) declare “de quem é o direito”. A outra pessoa, contra a qual a 
ação foi ajuizada é chamada a responder, também por meio de um advogado (Müller, 2005a). 
Jurisdicionada2 a situação, na qual é necessário desenvolver uma racionalidade, o que aflora é uma luta 
 
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Alunos: -Marcelle dos Santos Lima Scher 
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Data: 
14/03/2012 
 
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pela razão3, quando o substrato do conflito é em geral emocional. Essa luta pela razão, entende Müller (2005a), 
faz com que desse momento em diante fique estabelecido entre os advogados um duelo forense, eivado pela 
competição e vaidade profissional, da qual decorre um jogo de sobreposição de razões que impede a 
compreensão das dimensões sociais, afetivas, morais e suas respectivas repercussões na família. Os legítimos 
atores &– nesse caso, denominados de autor e réu &– tendem a ser colocados em segundo plano, com seus 
medos, angústias e aflições, sentimentos que são potencializados ante o temor do processo judicial. 
São observáveis, nesse procedimento judicial, relações de poder e submissão, baseadas na lógica 
disjuntiva, maniqueísta e binária do ganhar-perder4 . O que passa a ter relevância, confirmam o juiz de Direito 
Maurique (2001) e o Procurador de Justiça Bisol (1999), é a solução jurídica do litígio, distante da emocional, 
conduzindo, na maioria das vezes, à perpetuação do conflito. Tal cultura, que contribui para aumentar as 
diferenças incompreendidas entre os disputantes, reduz a eficácia social da solução de conflitos na sociedade. 
A experiência de uma separação, embora muitas vezes sofrida, pode significar uma transformação positiva 
das relações e também dos envolvidos, ou seja, ser um trampolim para um salto de possibilidades. Nesse 
entendimento, a mediação de conflitos é o método de solução de controvérsias que trabalha na perspectiva de 
que o conflito ou a crise possui um potencial transformativo (Müller, 2005a). 
Além disso, por meio da mediação é possível perceber e considerar, além dos elementos objetivos antes 
referidos (p. ex. as questões patrimoniais), os afetivos (por ex. os sentimentos) e inconscientes (p. ex. o que não é 
verbalizado; atos falhos, etc.) dos conflitos, ultrapassando as questões jurídicas, que consideram apenas aspectos 
objetivos, para auxiliar numa solução aditiva, ou seja, que soma e agrega, tendente ao holísmo5 , dado que 
quando alguém está com um conflito na esfera familiar (separação, disputa de guarda, investigação de 
paternidade etc.) seus problemas ultrapassam os elementos jurídicos, essa pessoa diz algo e nessa fala, e em seu 
corpo, existe um algo “por dizer”. Esse “por dizer” é também da esfera psicológica e normalmente o que acarreta e 
sustenta o conflito, chancela Pereira (2000). Dessa forma, é necessário perceber a situação como um todo. 
Redução da Maioridade Penal 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maioridade_penal 
 
A maioridade penal, também conhecida como idade da responsabilidade criminal,é a idade a partir da 
qual o indivíduo pode ser penalmente responsabilizado por seus atos, em determinado país ou jurisdição. 
Em alguns países, o indivíduo abaixo da maioridade penal está sujeito, a partir de certa idade, a punições 
mais leves, como detenções ou internações em instituições correcionais ou reformatórios. 
A maioridade penal não coincide, necessariamente, com a maioridade civil, nem com as idades mínimas 
necessárias para votar, para dirigir, para trabalhar, para casar, etc. 
 
Terminologia 
 
Maioridade penal - O Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa define “maioridade” como “a idade em que o 
indivíduo entra no pleno gozo de seus direitos civis”, e “maioridade penal” como “condição de maioridade para 
efeitos criminais”.Maioridade penal também é chamada de imputabilidade penal que significa a partir de que idade 
uma pessoa já é considerada maior de idade. 
Idade da responsabilidade criminal – Derivada do inglês age of criminal responsibility, a expressão é um 
sinónimo para maioridade penal, indicando a idade a partir da qual uma pessoa pode ser criminalmente 
processada, e julgada segundo as leis penais. 
Regime penal especial para jovens – Em alguns países, a legislação penal possui dispositivos criminais 
diferenciados para jovens na faixa etária acima da maioridade penal e até determinada idade (conforme o caso, 
até 18 anos, até 21 anos, até 25 anos etc.). Em Portugal, por exemplo, há um regime penal diferenciado para a 
faixa etária dos 16 anos (maioridade penal) até os 21 anos (ver seção “Portugal”). Na França, há tribunais 
criminais especiais para menores entre 13 anos (maioridade penal) e 18 anos (ver seção "Europa"). 
Regime legal para jovens infractores (não-penal) – Em outros países, a legislação estabelece 
procedimentos e penalidades administrativas ou "medidas sócio-educativas" para crianças ou adolescentes em 
conflito com a lei, situados abaixo da maioridade penal. É o caso, por exemplo, de três países da América do Sul: 
Brasil, Colômbia e Peru, que adoptam esses procedimentos não-penais para jovens entre 12 e 18 anos [4]. 
 
Características da sanção penal 
 
Sanção penal – Segundo o dicionário do “Índice Fundamental do Direito” (DJi), a sanção penal é definida 
 
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como: “medida punitiva ao transgressor; não se destina a repor as coisas conforme o eram anteriormente ao ato 
ilícito, mas tão só a recompor a ordem jurídica violada”. 
Em relação à legislação sobre crianças e adolescentes nos diferentes países, o que diferencia a sanção 
penal das normas legais sócio-educativas ou sanções administrativas são basicamente os seguintes pontos: 
 
 existência de processo criminal; 
 julgamento do jovem num tribunal (que pode ou não ser específico para jovens, conforme o país), porém 
com observância das normas penais, como aquelas do Código Penal, do Código Processual Penal ou de 
uma Lei de Execuções Penais. 
 
O Escritório de Drogas e Crime (Office of Drugs and Crime) da Unicef, órgão das Nações Unidas, em seu 
“Manual para a Medição dos Indicadores da Justiça Juvenil”,[1] de 2006, páginas 27-28,[2] explica que: 
“Onde a maioridade penal for especialmente alta, como 17 ou 18 anos, é possível que o sistema de justiça juvenil 
do país seja em grande parte voltado para o bem-estar do jovem. Em tais sistemas jurídicos, não se diz que 
crianças e adolescentes cometeram um "crime", já que todo o comportamento da criança é visto como um assunto 
social, educacional e ligado ao bem-estar. Ainda assim, estes tipos de sistemas legais poderão sentenciar crianças 
com penas de privação da liberdade [detenções] em instituições tais como estabelecimentos educacionais 
fechados. (…) Onde a maioridade penal for mais baixa, é mais provável que os sistemas legais do país façam uso 
de juízes e tribunais para crianças e adolescentes. 
 
Brasil 
 
A maioridade penal no Brasil ocorre aos 18 anos, segundo o artigo 27 do Código Penal,[4] reforçado pelo 
artigo 228 da Constituição Federal de 1988[5] e pelo artigo 104 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei 
nº 8.069/90). 
Os crimes praticados por menores de 18 anos são legalmente chamados de “atos infracionais”[7] e seus 
praticantes de “adolescentes em conflito com a lei” ou de "menores infratores". As penalidades previstas são 
chamadas de “medidas socioeducativas” e se restringem apenas a adolescentes (pessoas com idade 
compreendida entre 12 anos de idade completos e 18 anos de idade incompletos. Todavia, a medida 
socioeducativa de internação poderá ser excepcionalmente aplicada ao jovem de até 21 anos, caso tenha 
cometido o ato aos 17 anos).[8] O ECA estabelece, em seu artigo 121, § 3º, quanto ao adolescente em conflito com 
a lei, que “em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos”, por cada ato infracional 
grave. Após esse período, ele passará ao sistema de liberdade assistida ou semi-liberdade, podendo retornar ao 
regime fechado no caso de mau-comportamento. 
Teminologia = Há uma discussão sobre o uso das expressões "menores infratores" e "adolescentes em 
conflito com a lei", alguns preferindo a primeira e outros a segunda. Para esses últimos, o uso da terminologia tem 
efeito emancipador e o uso da expressão "menores" acaba por discriminar o adolescente. Já os primeiros pensam 
diversamente e consideram que o uso da expressão "adolescente em conflito com a lei" (que não consta no ECA) 
serve na verdade como instrumento a serviço de um Estado inoperante, que se serviria da mudança de 
nomenclatura sem necessidade de promover mudança da realidade, acrescentando, ainda, que a expressão 
"menores" faz parte do texto legal (artigo 22 do ECA). 
 
Reforma da idade penal 
 
Diversas medidas e idéias vêm sendo debatidas ou propostas, no âmbito da sociedade brasileira, com 
vistas a possíveis alterações na maioridade penal e/ou na penalização de adolescentes em conflito com a lei, 
notadamente a redução da maioridade penal para 16 anos. Isso têm provocado acalorados debates entre 
especialistas e autoridades de diversas áreas, ou mesmo entre leigos no assunto. O mais indicado é observar os 
debates, analisando cada ponto de vista para tomar partido. As decisões precisam ser racionais e alguns dizem 
mesmo que não devem acontecer no calor de algum fato, mas outros afirmam que a exigência de "não acontecer 
no calor de algum fato" trata-se de mero pretexto para adiar o debate. 
 
 
 
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