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CCJ0004-WL-RA-05-Psicologia Aplicada ao Direito _28-03-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Prof.: Fernando Antônio Domingos Lins 
Disciplina: 
CCJ0004 
Aula: 
005 
Assunto: 
Diversidade Humana 
Folha: 
1 de 8 
Data: 
28/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-005/WLAJ/DP 
Plano de Aula: 5 - Psicologia Aplicada ao Direito 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
Título 
5 - Psicologia Aplicada ao Direito. 
Número de Aulas por Semana 
1. 
Número de Semana de Aula 
5. 
Tema 
Sociedade: Grupos; Organizações; Instituições. Análise do poder nas Organizações. 
Objetivos 
Ao final desta aula, o aluno será capaz de: 
-Conhecer as diferenças entre grupos, organizações e instituições, na sociedade, segundo a Psicologia Social; 
-Identificar alguns processos que ocorrem nos grupos e os diferentes tipos de grupos; 
-Interpretar as estruturas de poder nas organizações. 
Estrutura do Conteúdo 
A proposta desta aula é chamar a atenção do aluno para as diferenças entre os conceitos de grupo, organizações 
e instituições, além de apresentar algumas características dos grupos sociais. 
Conteúdos: 
O professor deverá demonstrar aos alunos a importância do viver em sociedade para a formação do indivíduo. 
Serão apresentados os conceitos de: instituição, como valor ou regra social reproduzida no cotidiano como 
estatuto de verdade, que serve como guia básico de comportamento e de padrão ético para as pessoas. Para a 
formação destes valores ou regras é necessário que o professor explique o processo de institucionalização que 
ocorre em cada sociedade, em cada cultura. As organizações devem ser apresentadas aos alunos como a base 
concreta da sociedade, ou seja, o polo prático das instituições. Por fim, o professor levará o aluno a conhecer a 
importância do estudo dos grupos para a Psicologia e para o Direito. A dinâmica dos grupos deverá ser 
estabelecida juntamente com o processo grupal. Diferentes tipos de grupos e de liderança deverão ser descritos. 
O aluno deve compreender as estruturas de poder que permeiam as organizações, com enfoque, especial, nas 
organizações penitenciárias. O professor deverá apresentar ao aluno algumas noções sobre a representação do 
poder para Michel Foucault. Deverá ser uma explanação introdutória, dada a complexidade do tema. Foucault, 
com o tema do poder, rompe com as concepções clássicas deste termo. Para ele, o poder não pode ser localizado 
em uma organização ou no Estado. O poder não é considerado como algo que o indivíduo cede a um soberano 
(concepção contratual jurídico-política), mas sim como uma relação de forças. Ao ser relação, o poder está em 
todas as partes, uma pessoa está atravessada por relações de poder, não pode ser considerada independente 
delas. Para Foucault, o poder não somente reprime, mas também produz efeitos de verdade e saber, constituindo 
verdades práticas e subjetividades. Para analisar o poder, Foucault desenvolve o conceito de poder disciplinar. 
Este tipo de poder deve ser exemplificado através da forma como ele ocorre nas prisões. 
Aplicação Prática Teórica 
1- Em uma sociedade sempre surgem movimentos que objetivam romper com as regras institucionalizadas, 
como por exemplo, os movimentos hippie, punk etc. Verifica-se, após algum tempo, que a sociedade incorpora 
alguns aspectos de tais movimentos. Isto acontece porque, ao institucionalizar essas novas regras, a sociedade. 
 
(a) encontra-se identificada com o novo; 
(b) procura eliminar a ameaça do novo; 
(c) está valorizando o novo; 
(d) está idealizando o novo; 
(e) está aceitando o novo. 
(PROVA DO INEP/2000) 
 
2. Um grupo se distingue de um agrupamento por ser constituído de um conjunto de pessoas que: 
 
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Turma A – Manhã - 2012.1 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Prof.: Fernando Antônio Domingos Lins 
Disciplina: 
CCJ0004 
Aula: 
005 
Assunto: 
Diversidade Humana 
Folha: 
2 de 8 
Data: 
28/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-005/WLAJ/DP 
 
(a) compartilham o mesmo espaço; 
(b) possuem um objetivo comum; 
(c) manifestam livremente as emoções; 
(d) respeitam normas de convivência; 
(e) conseguem uma unidade nas respostas. 
(ANALISTA PSICÓLOGO – MP-RONDÔNIA/2005) 
3- Em uma pequena cidade, próxima a uma rodovia federal, vive uma população cuja subsistência está ligada a 
uma pequena agricultura e à extração de madeira. Há alguns meses, três jovens desta cidade foram abordados 
por turistas que se interessaram pela atividade que eles estavam praticando: sem objetivos definidos, 
entalhavam, aleatoriamente, um pequeno tronco de madeira. Os turistas prometeram voltar à cidade, dois 
meses mais tarde, para comprar ou levar às feiras de artesanato as peças que os jovens, naquele momento, se 
comprometeram a preparar. Na volta para suas casas, os três rapazes conversaram com os amigos e, 
rapidamente, vários jovens passaram a esculpir peças de madeira. Os adultos ajudaram transformando um 
galpão em local para o trabalho coletivo desses(as) meninos(as). Estes passaram a ser conhecidos como os 
"Pequenos Artesãos". Reuniam-se todos os dias de segunda a sexta-feira. Estabeleceram uma escala semanal 
em que diferentes meninos(as) abriam e fechavam o galpão. Cada um deles deveria providenciar suas próprias 
ferramentas e permanecer pelo menos três horas por dia entalhando. Estabeleceu-se, também, por pressão dos 
pais, um acordo de que não poderiam deixar de ir à escola para ir ao galpão e nem se envolver nas brigas das 
galeras da cidade. Estreitaram-se os laços entre eles para outras situações, conversando entre si mesmos, sobre 
suas vidas, planos para o futuro, dificuldades que viviam na escola e na família. Dispunham-se a ajudar 
algum(a) amigo(a) que enfrentasse algum problema. Estes jovens passaram a conversar antes de tomar 
decisões na vida. Hoje, quando reconhecidos por alguém na comunidade, são valorizados por fazer parte desse 
grupo dos pequenos artesãos.Descreva os elementos, na situação apresentada, que caracterizam os "Pequenos 
Artesãos" como um grupo psicológico, identificando os aspectos relativos aos comportamentos/ações dos 
membros do grupo que permitem justificar sua resposta e relacionando esses aspectos aos conceitos teóricos 
(processos psicossociais) diretamente ligados. 
(INEP/2000) 
 
4-. Responda se a afirmativa é falsa ou verdadeira. Justifique a sua resposta, exemplificando-a. 
Os grupos de trabalho e as equipes de trabalho são estruturas de desempenho distintas, já que uma equipe 
requer objetivos e responsabilidades de trabalho compartilhados. 
( ) Verdadeira 
( ) Falsa 
(CONCURSO PÚBLICO PARA SERVIDOR TÉCNICO – PSICÓLOGO - UFBA/2009) 
 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO AULA (WALDECK LEMOS) 
5ª AULA – Diversidade Humana 
Caderno de textos-01 A Ciência da Psicologia: (Páginas 19 a 22) 
 
Diversidade Humana (pag. 19-22) 
 
-Gênero e Estereótipos de Gênero; 
-Orientação Sexual; 
 
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Turma A – Manhã - 2012.1 
Psicologia Aplicada ao Direito 
Prof.: Fernando Antônio Domingos Lins 
Disciplina: 
CCJ0004 
Aula: 
005 
Assunto: 
Diversidade Humana 
Folha: 
3 de 8 
Data: 
28/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-005/WLAJ/DP 
-Raça e Etnia; 
-Minorias Raciais e Étnicas na Psicologia; 
-Cultura (Conceitos e Princípios Gerais). 
 
Há diferença entre Gênero e Sexo? SIM 
 
-Gênero e Estereótipos de Gênero 
 
Gênero: É uma representação social, papéis a desempenhar. 
 
Gênero: Masculino e Feminino. 
 
-Sexo e Orientação Sexual 
 
Sexo: Disposição biológica (física e anatômica). 
 
Exceções à Regra: 
 
a) Hemafroditismo: Anatomia de natureza embrionária, não cromossômica. 
b) Transexual: É um transtorno de identidade de gênero. 
 
06 Tipos de sexo: 
 
a) Sexo Anatômico: Presença de genitálias. 
b) Sexo Gonodal: Presença de Gônadas (Testículos e Ovários, responsáveis pelas características 
secundárias). 
c) Sexo Cromossômico: 46 pares (22 pares autossômicos + 01 par sexual). 
d) Sexo Cromatínico: Teste Cromatina de Bar (o Corpúsculo de Bar só é encontrado no núcleo da célula 
feminina).e) Sexo Psicológico; 
f) Sexo Jurídico. 
 
-Raça e Etnia 
 
Raça: Características físicas ou biológicas como: Cor de Pele; Estatura e Tamanho do Crânio, definidoras de tipos 
raciais. 
A noção e conceito de Raça estão superados, e já ensejaram o aparecimento de teses segregatonistas (EX.: A 
“Eugenia” – Francis Galton). 
 
Etnia: Conjunto de características definidoras de “Grupos Étnicos”. São aqueles que compartilham uma unidade 
étnica: Geografia, Língua e Cultura. Os Grupos Étnicos não conduzem à Supremacia Racial, inspiradora de Teses 
Racistas, e muito menos a Preconceitos e Discriminações. 
 
Cultura 
 
De acordo com o jurista Edward Burnett Tylor, em 1871, em seu livro “Cultura Primitiva”, Cultura é um conjunto 
complexo que envolve Crenças, Artes, Leis, Moral, Religião, Hábitos e Costumes, apreendidos pelo homem 
enquanto membro de uma sociedade. 
 
Princípios Gerais da Cultura: 
 
1) Universalidade: Toda Cultura é universal. Toda sociedade tem sua própria cultura. 
2) Avalorativismo: A cultura não se submete a valores e comparações. Portanto não há Cultura 
Superior/Inferior etc... 
3) Relativismo: O Relativismo Cultural é o princípio que não contraria a Universalidade, ao dizer toda cultura 
 
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Disciplina: 
CCJ0004 
Aula: 
005 
Assunto: 
Diversidade Humana 
Folha: 
4 de 8 
Data: 
28/03/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0004/Aula-005/WLAJ/DP 
é única (portanto relativa) associada a uma Matriz Histórica (dentitária) => cada povo tem sua cultura. 
 
 
Processos Culturais de interesse psicológico: 
 
1) Endoculturação ou Enculturação: Matriz Primária. 
2) Aculturação: Processo de assimilação de diferentes culturas. 
3) Desculturação: Processo de perda, deteriorização e prejuízo de uma Cultura numa Dialética (Ex. A 
Dialética da colonização). 
4) Difusão Cultural: Processo de intercâmbio. 
5) Sincretismo: (Religioso) Fenômeno cultural típico de Aculturação. 
6) Etnocentrismo: Expressão de supervalorização de uma da raça. 
7) Xenofobia: Prática comum em Sociedades Etnocêntricas, onde há implacável resistência ao “outro”. É o 
individualismo se contrapondo ao Altruísmo (prática de Alteridade – Aeter = Outro, do grego). 
 
 
==XXX== 
 
 
Capítulo 1: A Ciência da Psicologia (Páginas 09-18) 
Livro: Introdução à Psicologia 
(Charles G. Morris e Albert A. Maisto) 
A Ciência da Psicologia 
 
 
 
2-O Crescimento da Psicologia? (ASSUNTO PROVA – AV1) 
 
“A Psicologia possui um longo passado, mas uma curta história”. O que isso significa? 
 
No Ocidente, desde os tempos de Platão e Aristóteles, as pessoas se questionavam sobre o 
comportamento humano e os processos-mentais. Mas foi somente no final do século XIX que começou a 
ser aplicado o método científico às questões que intrigaram os filósofos durante séculos. Só então a 
psicologia se tornou uma disciplina formal e científica, separada da filosofia. A história da psicologia pode 
ser dividida em três fases principais: seu surgimento como uma ciência da mente, as décadas do 
behaviorismo e a "revolução cognitiva". 
2.1-A “nova Psicologia” uma ciência da mente. 
 
 
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Disciplina: 
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Aula: 
005 
Assunto: 
Diversidade Humana 
Folha: 
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-Como Wundt ajudou a definir a psicologia como uma ciência da mente? 
-Por que James acreditava que a sensação e a percepção sozinhos não explicavam o comportamento? 
-Por que a teoria do inconsciente de Freud causou tanto espanto na virada do século XX? 
 
No início do século XX, a maioria dos cursos de psicologia localizava-se nos departamentos de 
filosofia. Mas os fundamentos da "nova psicologia" — a ciência da psicologia — já haviam sido lançados 
Wilhelm Wundt e Edward Bradford Titchener: estruturalismo 
 
 
Wilhelm Wundt 
 
Há concordância geral de que a psicologia nasceu em 1879, ano em que Wilhelm Wundt fundou o 
primeiro laboratório de psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha. Aos olhos do público, um 
laboratório identificava um ramo de investigação como "ciência" (Benjamin, 2000). A princípio, Wundt 
não atraiu muita atenção; apenas quatro alunos assistiram à sua primeira aula. Na metade da década 
de 1890, contudo, as aulas ministradas por ele estavam sempre lotadas. 
Wundt pôs-se a tentar explicar a experiência imediata e a desenvolver maneiras de estudá-la 
cientificamente, embora também acreditasse que alguns processos mentais não pudessem ser explicados por 
meio de experimentos científicos (Blumenthal, 1975). Wundt deu importância central à atenção seletiva — 
processo por meio do qual determinamos em que vamos prestar atenção em um determinado momento. Para 
ele, a atenção é ativamente controlada por intenções e motivações. Por outro lado, a atenção controla outros 
processos psicológicos, como percepções, pensamentos e memórias. Examinaremos o papel da atenção mais 
detalhadamente nos Capítulos 4 ("Estados de consciência") e 6 ("Memória"), mas por enquanto é suficiente 
observar que, ao estabelecer um laboratório e insistir na mensuração e na experimentação, Wundt fez com 
que a psicologia passasse do domínio da filosofia para o mundo da ciência (Benjamin, 2000). 
Um dos importantes produtos do laboratório de Leipzig foram seus alunos, que levaram a nova psicologia 
científica para universidades de outros países, inclusive os EUA. G. Stanley Hall, que estabeleceu o primeiro 
laboratório de psicologia norte-americano na Universidade Johns Hopkins, em 1883, estudou com Wundt, 
assim como J. M. Cattell, o primeiro norte-americano a ser chamado de "professor de psicologia" (na 
Universidade da Pensilvânia, em 1888). Também outro aluno, Edward Bradford Titchener, nascido na Grã-
Bretanha, seguiu para a Universidade Cornell. Em vários aspectos, as idéias de Titchener se diferenciavam 
muito das de seu mentor. Titchener estava impressionado com os recentes avanços da química e da física, 
alcançados ao analisar os compostos complexos (moléculas) quanto a seus elementos básicos (átomos). Da 
mesma forma, pensou Titchener, os psicólogos deveriam analisar experiências complexas quanto a seus 
componentes mais simples. Por exemplo: quando as pessoas olham para uma banana, pensam imediatamente: 
"Aqui temos uma fruta, algo para comer". Mas essa percepção se baseia em associações de experiências 
passadas; quais são então os elementos mais fundamentais, os "átomos", do pensamento? 
Titchener dividiu a consciência em três elementos básicos: sensações físicas (o que vemos), sentimentos 
(como gostar ou não de bananas) e imagens (lembranças de outras bananas). Até mesmo os mais complexos 
pensamentos e sentimentos, argumentou ele, podem ser reduzidos a esses elementos simples. Titchener via o 
papel da psicologia como sendo o de identificar esses elementos e mostrar o modo como eles podem ser 
combinados e integrados — uma abordagem conhecida como estruturalismo. Embora a escola estruturalista da 
 
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psicologia tenha tido vida relativamente curta e poucos efeitos de longo prazo, o estudo da percepção e da 
sensação continua a ser parte importante da psicologia contemporânea (veja o Capítulo 3, "Sensação e 
percepção"). 
William James: funcionalismo 
 
 
William James 
 
Um dos primeiros acadêmicos a desafiar o estruturalismo foi um norte-americano, William James (filho 
do filósofo transcendentalista Henry James, pai, e irmão do romancista Henry James). Quando jovem, James, pai, 
se graduou em fisiologia e estudou filosofia por conta própria, sem ser capaz de decidiro que lhe interessava 
mais. Na psicologia ele encontrou a relação entre as duas coisas. Em 1875, James ministrou uma aula de 
psicologia em Harvard. Mais tarde, ele comentou que a primeira conferência que ouviu sobre o assunto foi a sua 
própria. 
James afirmava que os "átomos da experiência" de Titchener — sensações em seu estado puro, sem 
associações -- simplesmente não existiam na vida real. Nossa mente estaria constantemente fazendo 
associações, revendo experiências, iniciando, interrompendo e movendo-se para a frente e para trás no tempo. 
Percepções, emoções e imagens não podem ser separadas, argumentou James; a consciência flui 
continuamente. Se não pudéssemos reconhecer uma banana, teríamos de descobrir o que é uma banana 
sempre que víssemos uma. As associações mentais permitem que nos beneficiemos de nossas experiências 
anteriores. 
Quando nos levantamos pela manhã, vestimo-nos, abrimos a porta e caminhamos pela rua, não 
precisamos pensar sobre o que estamos fazendo; agimos guiados pelo hábito. James sugeriu que, quando 
repetimos uma ação, nosso sistema nervoso é modificado de maneira que cada repetição se torna mais fácil que a 
anterior. 
James desenvolveu uma teoria funcionalista dos processos mentais e do comportamento, que 
levantava questões ainda bastante atuais a respeito da aprendizagem, da complexidade da vida mental, do 
impacto que as experiências têm sobre o cérebro e do lugar que a humanidade ocupa no mundo natural. 
Embora não tivesse muita paciência com experimentos, James, assim como Wundt e Titchener, acreditava 
que o objetivo da psicologia era analisar a experiência. Wundt não se surpreendeu. Após ler o livro de 
James Os princípios da psicologia (1890), ele comentou: "É literatura, é lindo, mas não é psicologia” (apua Hunt, 
1994, p. 139). 
Sigmund Freud: psicologia psicodinâmica (ASSUNTO PROVA - AV1 
 
 
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Sigmund Freud 
 
De todos os pioneiros da psicologia, Sigmund Freud é de longe o mais conhecido — e o mais controverso. 
Doutor em medicina, ao contrário dos outros nomes que apresentamos anteriormente, Freud era fascinado 
pelo sistema nervoso central. Ele passou muitos anos pesquisando no laboratório de psicologia da Universidade 
de Viena e somente com muita relutância se tornou um médico praticante. Após uma viagem a Paris, onde 
estudou com um neurologista que estava utilizando a hipnose no tratamento de distúrbios do sistema nervoso, 
Freud abriu um consultório particular em Viena. Seu trabalho com pacientes o convenceu de que diversas 
doenças nervosas tinham origens psicológicas em vez de fisiológicas. As observações clínicas o levaram a 
desenvolver uma ampla teoria da vida mental, que se diferenciava radicalmente das visões de seus 
predecessores. 
Freud sustentava que os seres humanos não são tão racionais quanto imaginam e que o "livre-
arbítrio", que era tão importante para Wundt, é uma grande ilusão. Em vez disso, somos motivados por 
instintos e impulsos inconscientes que não estão disponíveis na parte racional e consciente de nossa mente. 
Outros psicólogos haviam se referido ao inconsciente apenas brevemente, como um depósito empoeirado de 
velhas experiências e informações que poder mos recordar sempre que necessário. Em contraste, Freud via 
o inconsciente como um dinâmico caldeirão de impulsos sexuais e agressivos primitivos, desejos reprimidos, 
medos e vontades inominável: memórias traumáticas da infância. Embora reprimidos (ou escondidos da 
percepção), os impulsos inconscientes exercem pressão sobre a mente consciente e se expressam de maneiras 
disfarçadas ou alteradas que inclui sonhos, manias, lapsos de linguagem e sintomas de doenças mentais, bem 
como por meio atividades socialmente aceitáveis como a arte e a literatura. A fim de desvendar o inconsciente, 
Freud desenvolveu a técnica da associação livre, na qual o paciente deita-se em um sofá, relembra sonhos e diz 
o que lhe vier à mente. 
A teoria psicodinâmica de Freud foi tão controversa no começo do século XX quanto a teoria da 
evolução de Charles Darwin havia sido 25 anos antes. Seus contemporâneos vitorianos ficaram em estado 
choque não apenas devido à ênfase que ele dava à sexualidade, mas também por sua sugestão de que 
frequentemente não estamos conscientes de nossos verdadeiros motivos e, assim, não estamos inteiramente no 
controle de nossos pensamentos e comportamentos. Apesar de (ou talvez por causa de) sua notoriedade, as 
conferências e os escritos de Freud atraíram considerável atenção tanto nos EUA quanto na Europa; ele exerceu 
um impacto profundo nas artes e na filosofia, bem como na psicologia. Entretanto, teorias e os métodos de 
Freud continuam a inspirar um debate acalorado. 
A teoria psicodinâmica, conforme expandida e revista pelos colegas e sucessores de Freud, lançou 
os fundamentos do estudo da personalidade e dos distúrbios psicológicos, conforme discutiremos mais 
adiante neste livro (capítulos 10, 12 e 13). Sua noção revolucionária do inconsciente e sua descrição que os 
seres humanos estão em constante guerra consigo mesmos são aceitas como verdadeiras hoje dia, pelo 
menos nos meios artísticos e literários. Entretanto, as teorias de Freud nunca foram totalmente aceitas pelas 
principais correntes da psicologia e, nas últimas décadas, sua influência sobre a psicologia clínica e a psicoterapia 
diminuiu (Robins, Gosling e Craik, 1999; veja também Westen, 1998). 
2.2-Redefinindo a Psicologia: o estudo do comportamento. 
 
Até o começo do século XX, a psicologia via-se como o estudo dos processos mentais, conscientes ou 
inconscientes (psicologia psicodinâmica), tidos como pequenas unidades e componentes (estruturalismo) ou 
como um fluxo em constante mudança (funcionalismo). O principal método de coleta de dados era a introspecção 
ou a auto-observação, em laboratório ou no divã de um analista. Entretanto, no início do século XX, uma nova 
geração de psicólogos se rebelou contra essa abordagem "amena". Quem liderou essa postura desafiadora foi o 
 
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psicólogo norte-americano John B. Watson. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
==XXX== 
 
 
Capítulo 15: Personalidade (Páginas 422-429) 
Livro: Psicologia 
(David G. Myers) 
 
 
 
 
 
 
==XXX==

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