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o papel da mulher

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O PAPEL DA MULHER NO CONTEXTO HISTÓRICO
Diante do contexto político e social consideramos que a história das mulheres de modo geral, revelou para a humanidade uma forte presença nas diferentes sociedades e nos processos históricos, marcaram diversas relações sociais entre família, política, economia e cultura de maneira que a demarcação nos espaços sociais importantes.
Para Aranha (1996, p. 90) a chamada história oficial manteve por muito tempo o mito feminino, doravante dominada pelos homens, tidos e vistos como “heróis”, possuidores de valores, poderes, conhecimentos, saberes e culturas relacionadas e ideia de superioridade, implicando que:
Essa história é sempre contada por homens e a partir da visão masculina, porque os direitos, deveres, aspirações e sentimentos das mulheres se acham há milênios, subordinados aos interesses do patriarcado, uma vez que tais aspectos devem ser reconhecidos. (ARANHA, 1996, p. 90).
Contudo, esta relação se explicou a partir da divisão do trabalho, do poder político e cultural, mas o contexto na modernidade a história passou a ser contada pelos homens por uma concepção masculina concentrada em direitos e deveres restringidos dos quais por muito tempo vinha sendo subordinada de forma absoluta pelo poder do próprio homem.
Mas na comunidade primitiva, no entanto:
A mulher ainda desempenha um papel social relevante, participando das atividades coletivas da tribo. Mesmo que já houvesse divisão sexual de tarefas, essas eram complementares, não de subordinação, mas como forma de contribuição coletiva. (ARANHA,1996, p. 65).
Neste sentido, é reconhecido que a história da sociedade primitiva a mulher tinha um papel, relevante, pois participa das atividades coletivas da tribo da sua comunidade, isto implica dizer, que a divisão sexual de funções era totalmente complementar e não estavam numa delimitação determinada pelo homem como vem aconteces mais adiante na história social.
Na Grécia Antiga, as mulheres tinham papeis secundários, estavam excluídas dos direitos da cidadania e a grande preocupação eram manter-se um físico robusto para gerar filhos saudáveis (caso de Esparta) para servir o Estado militarista, enquanto uma forma de estabelecer a ordem, manter a segurança para o grupo dominante continuar ocupando espaço importante na sociedade (AZEVEDO, 2012, p. 164). Em Atenas, as peças teatrais eram escritas por Aristófanes relata a evolução das mulheres que fala:
A peça conta a história de um grupo de mulheres atenienses dispostas a resolver os problemas políticos da cidade. Como estavam excluídas das instituições políticas de Atenas, elas se disfarçavam de homens para participar das assembleias e nela propor que o governo ficasse sob controle feminino. (AZEVEDO, 2012, p. 177).
Constatamos que evidenciam, portanto, as estratégias que as mulheres utilizavam para se contrapor as ideias masculinas, até mesmo fazendo papel inverso de gênero para ocupar os espaços públicos, discutir e debater os assuntos políticos como forma de exercer também a cidadania, uma vez que, elas não tinham direitos em Atenas de participar definitivamente das questões políticas e principalmente propor mudanças que viessem contribuir com as melhorias da sociedade. 
Na Roma Antiga, a mulher também tinha destaque, segundo Azevedo (2012, p. 18) na maioria das vezes, quando os homens viajavam ou iam fazer outros negócios as mulheres passavam a chefiar as funções masculinas, mas isto, era temporariamente, uma vez que os retornos dos homens para as suas tarefas, as mulheres voltavam para as rotinas do cotidiano como desenvolver atividades domésticas, cuidar dos filhos, tecer, fiar, etc.
Mas a subordinação do homem não era exclusiva sobre a mulher, pois esta tinha autonomia, mesmo que era limitada dentro das relações mantidas pela sociedade da época. Na idade média Azevedo (2012, p. 181) ressalta que as mulheres tinham papeis significativos como administrar os negócios, gerenciar a família, estabelecer a ordem em cumprimento do desenvolvimento de toda a sociedade, o que revela automaticamente a importância que a mulher proporciona nas mais diferentes funções do seu tempo.
Para Aranha (1996, p. 90) na modernidade com o assentamento da propriedade privada:
A mulher é confinada ao mundo doméstico e subordinada ao chefe da família, passando a existir um rígido controle da sexualidade feminina, porque a monogamia está diretamente relacionada com a questão da herança das propriedades da família pelos filhos legítimos, daí ser participante da produção social, a mulher é reduzida a função de reprodutora, ficando responsável pela educação dos meninos até os sete anos de idade, enquanto as meninas permanecem confinadas ao lar até o casamento.
Embora, esta relação seja bem antiga até mesmo antes das sociedades clássicas (Grécia e Roma), mas ela se aprofunda de forma bem determinante no contexto da idade moderna, onde a mulher passou a ser vista apenas como um ser procriativo a ela também confiada os serviços domésticos, os cuidados com os filhos de modo que a família ganha sua legitimidade e o chefe a cargo do homem passou a dominar e a tratar com inferioridade a mulher.
Deste modo, passamos a compreender que na idade média as mulheres permaneciam com seus direitos negados pelos homens, porém, a modernidade despertou o senso crítico e o desenvolvimento da ciência, da história e principalmente da filosofia, permitiram que as mulheres fossem ganhando espaço na sociedade.
Na Europa os movimentos feministas do século XIX, apontou por mudanças significativas paras as mulheres, uma vez que as lutas e resistências segundo Pinsky (2012, p. 25) demarcou a “história e o reconhecimento das mulheres como direitos políticos e sociais” o que de certo modo, refletiu no Brasil no século XX e permitiu assim, o empoderamento das mulheres como resultado da própria luta histórica e a conquista de seus espaços na sociedade. 
Atualmente as mulheres ocupam funções importantes nas instituições públicas e privadas, desempenhando serviços e revelando seus conhecimentos, bem como sua força e potencial de trabalho, pois os estudos demonstram que as mulheres levam a mais sérios suas atividades e a respondam com eficiência o que realizam.

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