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D_curso-59531-aula-05-v4

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Livro Eletrônico
Aula 05
Regimento Interno e Lei de Organização Judiciária p/ TJ-MG 1ª
Instância (Todos os Cargos) 
Paulo Guimarães, Marcus Santos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 - Considerações Iniciais .................................................................................................. 2 
2 - Da Jurisdição de Primeiro Grau ..................................................................................... 2 
3 - Da Magistratura da Justiça Comum ............................................................................ 18 
4 - Resumo da Aula ......................................................................................................... 19 
5 - Questões .................................................................................................................... 26 
5.1 - Questões Comentadas............................................................................................................. 26 
5.2 - Lista de Questões .................................................................................................................... 30 
5.3 - Gabarito .................................................................................................................................. 31 
6 - Considerações Finais .................................................................................................. 32 
 
 
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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, amigo concurseiro! 
Hoje seguiremos com nosso estudo da Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado de Minas 
Gerais. Se você já estudou o Regimento Interno já tem uma boa noção a respeito da organização do 
Poder Judiciário, e certamente não terá dificuldades em compreender esta lei...! ☺ 
Bons estudos! 
 
2 - DA JURISDIÇÃO DE PRIMEIRO GRAU 
 
Art. 52 – A jurisdição de primeiro grau é exercida por: 
I – Juiz de Direito; 
II – Tribunal do Júri; 
III – Juizados Especiais. 
 
Como você já sabe, a jurisdição é distribuída em vários níveis de acordo com vários critérios. Ao 
longo do nosso curso estamos estudando a Justiça Comum do Estado de Minas Gerais, e, na minha 
modesta opinião, a Justiça Comum estadual é o mais amplo e rico ramo do Poder Judiciário, pois 
trata de uma infinidade de temas, e por isso tem uma estrutura bastante complexa. 
A partir de agora estudaremos os órgãos do primeiro grau da justiça do estado de Minas Gerais. Esse 
trabalho é feito pelos Juízes de Direito, pelo Tribunal do Júri e pelos Juizados Especiais. 
 
 
 
JURISDIÇÃO 
DE PRIMEIRO 
GRAU
Juízes de 
Direito
Tribunal do Júri
Juizados 
Especiais
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Art. 53 – A investidura inicial ocorrerá com a posse e o exercício nas funções do cargo de Juiz de 
Direito Substituto, decorrente de nomeação pelo Presidente do Tribunal de Justiça. 
 
O candidato aprovado no concurso para a magistratura estadual inicia sua carreira assumindo o 
cargo de Juiz de Direito Substituto, sendo nomeado pelo Presidente do Tribunal de Justiça. 
Essa informação é importante por uma questão muito simples: diferentemente dos Juízes de Direito, 
os Desembargadores são nomeados pelo Governador do Estado ou por órgão próprio do Poder 
Judiciário, dependendo do caso. 
A partir daí então o Juiz de Direito Substituto exercerá as funções que lhe forem atribuídas pelo 
Presidente do Tribunal, observada a conveniência e a oportunidade de sua lotação em benefício do 
interesse público. 
Agora vamos estudar a competência do Juiz de Direito Substituto, que consta no art. 55. 
 
COMPETÊNCIA DOS JUÍZES DE DIREITO 
I に processar e julgar: 
a) crime ou contravenção, dentro de sua 
;デヴキH┌キN?ラ” 
b) causa civil, a fiscal e a proposta por 
;┌デ;ヴケ┌キ;が キミIノ┌ゲキ┗W” 
c) ação relativa a estado e a capacidade das 
ヮWゲゲラ;ゲ” 
Sぶ ;N?ラ SW ;IキSWミデW Sラ デヴ;H;ノエラ” 
e) suspeição de Juiz de Paz e, em causa de 
sua competência, de servidor dos órgãos 
auxiliares” 
aぶ ┗;I>ミIキ; SW HWマ SW エWヴ;ミN; テ;IWミデW” 
ェぶ ;NロWゲ I;┌デWノ;ヴWゲ” 
エぶ RWェキゲデヴラ TラヴヴWミゲ” 
Não vou entrar em detalhes a respeito da 
competência material do Juiz de Direito, 
até porque ele julga quase todos os 
デWマ;ゲく Dキェラ さケ┌;ゲWざ ヮラヴケ┌W ┗ラIZ 
perceberá, quando estudarmos o 
Tribunal do Júri e os Juizados Especiais, 
que estes julgam feitos muito bem 
especificados, enquanto os Juízes de 
DキヴWキデラ テ┌ノェ;マ さデラSラ ラ ヴWゲデラざく 
II に processar recurso interposto de sua 
SWIキゲ?ラ” 
Neste caso o Juiz processa, mas não julga, 
ok!? Não faria sentido ele julgar o recurso 
contra sua própria decisão, não é 
mesmo!? Em regra esse recurso é julgado 
pelo Tribunal. 
III に homologar sentença arbitral” A sentença arbitral é a decisão proferida 
por um árbitro, que é uma pessoa 
investida pelas próprias partes da 
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==52a5f==
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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autoridade para decidir em casos 
específicos. 
IV に executar sentença ou acórdão em 
causa de sua competência ou do Juiz 
Cヴキマキミ;ノ ケ┌W IラミSWミ;ヴ ; キミSWミキ┣;N?ラ Iキ┗キノ” 
Esta é a competência para executar 
decisões. No caso do Juiz Criminal que 
condena a indenização civil, a execução 
dessa indenização caberá a outro Juiz de 
Direito. 
V に proceder à instrução criminal e 
preparar para julgamento processo-crime 
de competência do Tribunal do Júri e de 
outros tribunais de primeira instância 
キミゲデキデ┌ケSラゲ Wマ ノWキ” 
A instrução criminal nada mais é do que 
a fase de produção de provas no 
processo criminal. O Juiz de Direito 
procede à instrução mas não julga 
quando houver competência do Tribunal 
do Júri ou de outros tribunais de primeira 
instancia instituídos em lei. 
VI に proceder anualmente à organização e 
à efetiva revisão de lista de jurados” 
Mesmo no Tribunal do Júri o Juiz de 
Direito exerce certas funções, entre elas 
a convocação dos jurados e o sorteio que 
é feito em cada reunião. 
VII に convocar o júri e sortear os jurados 
ヮ;ヴ; I;S; ヴW┌ミキ?ラ” 
VIII に conceder "habeas corpus", exceto em 
caso de violência ou coação provindas de 
autoridade judiciária de igual ou superior 
jurisdição ou quando for de competência 
ヮヴキ┗;デキ┗; SW TヴキH┌ミ;ノ” 
Em regra os pedidos de habeas corpus 
são julgados pelos Juízes de Direito, mas 
dependendo de quem for a autoridade 
coatora, a competência pode ser de um 
Tribunal. 
IX に conceder fiançaが ミラゲ デWヴマラゲ S; ノWキ” 
X に punir testemunha faltosa ou 
SWゲラHWSキWミデW” 
 
XI に impor pena disciplinar a servidor, nos 
デWヴマラゲ SWゲデ; ノWキ” 
Os Juízes de Direito em geral são 
competentes para impor penas 
disciplinares a servidores a eles 
subordinados. 
XII に determinar remessa de prova de 
crime ao órgão do Ministério Público para 
que este promova a responsabilização do 
I┌ノヮ;Sラ” 
Este é o caso em que, durante a instrução 
de um processo, surgem indícios de 
ocorrência de crime. Como o Juiz de 
Direito é competente para julgar mas não 
para dar início ao processo criminal, 
deverá remeter os documentos ao 
Ministério Público. 
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XIII に mandar riscar, de ofício ou a 
requerimento da parte ofendida, expressão 
injuriosa WミIラミデヴ;S; Wマ ;┌デラゲ” 
 
XIV に dar a Juiz de Paz, a servidor do Poder 
Judiciário e a delegatário de serviço de 
notas e de registro instruções necessárias 
;ラ Hラマ SWゲWマヮWミエラ SW ゲW┌ゲ SW┗WヴWゲ” 
 
XV に proceder, mensalmente, exceto na 
Comarca de Belo Horizonte, à fiscalização 
dos registros,físicos ou virtuais, referentes 
ao serviço judiciário da comarca, 
conferindo-os, anotar irregularidade 
encontrada e cominar pena, na forma da 
ノWキ” 
Essa fiscalização na Comarca de Belo 
Horizonte é realizada pelo Corregedor 
Geral. 
XVI に proceder à correição permanente da 
polícia judiciária e dos presídios da 
Iラマ;ヴI;” 
A polícia judiciária nada mais é do que a 
Polícia Civil de Minas Gerais. 
XVII に comunicar ao órgão competente do 
Tribunal de Justiça as suspeições 
declaradas, dispensada a indicação da 
razão ケ┌;ミSラ ゲW デヴ;デ;ヴ SW マラデキ┗ラ ケミデキマラ” 
 
XVIII に conceder emancipação e 
ゲ┌ヮヴキマWミデラ SW IラミゲWミデキマWミデラ” 
A emancipação ocorre quando um menor 
de idade é declarado civilmente capaz, 
enquanto o suprimento de 
consentimento ocorre quando alguém 
que precisa do consentimento de outra 
pessoa para realizar certo ato ingressa 
com ação judicial solicitando autorização 
para isso. É o que ocorre, por exemplo, 
com o relativamente incapaz e com o 
marido ou esposa que, em certos casos, 
precisa de consentimento do cônjuge 
para prática de atos. 
XIX に autorizar venda de bem pertencente 
; マWミラヴ” 
 
XX に nomear tutor a órfão e curador a 
interdito, ausente, nascituro e herança 
jacente e removê-los no caso de negligência 
ラ┌ キミラHゲWヴ┗>ミIキ; SW ゲW┌ゲ SW┗WヴWゲ” 
 
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XXI に ordenar entrega de bem do órfão ou 
Sラ ;┌ゲWミデW” 
 
XXII に abrir testamento e decidir sobre o 
seu cumprimentoが ミ; aラヴマ; S; ノWキ” 
Este é o chamado testamento cerrado, 
em que o documento permanece sob 
sigilo até a morte do interessado. 
XXIII に proceder à arrecadação e ao 
inventário SW HWミゲ ┗;ェラゲ ラ┌ SW ;┌ゲWミデWゲ” 
A arrecadação e o inventário são 
procedimentos por meio dos quais dá-se 
destinação aos bens de ausentes. 
XXIV に tomar contas a tutor, curador, 
comissário, síndico, liquidante e associação 
ou corporação pia, nos casos previstos em 
ノWキ” 
 
XXV に conceder dispensa de impedimento 
de idade para casamento da menor de 
dezesseis anos e do menor de dezoito anos, 
ミ; aラヴマ; S; ノWキ” 
Este dispositivo não está atualizado, pois 
não há mais diferenciação na idade de 
acordo com o sexo ou gênero do 
nubente. 
XXVI に decidir sobre impugnação de 
documento ou exigência de outro, 
formuladas pelo representante do 
Ministério Público, em habilitação de 
casamento, quando com isso não 
IラミIラヴS;ヴWマ ラゲ ミ┌HWミデWゲ” 
 
XXVII に resolver sobre dispensa de 
proclamação e justificação para fim 
matrimonial, quando for contrário o 
parecer do representante do Ministério 
Público e com ele não se conformarem os 
ミ┌HWミデWゲ” 
 
XXVIII に conceder prorrogação de prazo 
para o início e o encerramento de 
キミ┗Wミデ=ヴキラ” 
 
XXIX に conceder os benefícios da 
gratuidade para acesso ao Judiciário, nos 
デWヴマラゲ S; ノWキ” 
Normalmente quem busca os serviços do 
Poder Judiciário precisa arcar com as 
custas judiciárias, mas se a pessoa não 
tiver condições de despender esses 
valores o Juiz de Direito pode conceder o 
benefício da justiça gratuita. 
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XXX に exercer atribuições de Juiz Diretor de 
Foro, de Vara da Infância e da Juventude, de 
Vara de Idoso, de Vara da Mulher e outras 
que venham a ser criadas e instaladas ou, 
ainda, as que forem determinadas pelo 
PヴWゲキSWミデW Sラ TヴキH┌ミ;ノ” 
 
XXXI に dirigir o Foro e administrar os 
edifícios forenses, podendo delegar a 
atribuição pertinente à atividade predial a 
ゲWヴ┗キSラヴ WaWデキ┗ラ” 
 
XXXII に cumprir e fazer cumprir requisição 
ノWェ;ノ W ヮヴWI;デルヴキ; ラ┌ ヴラェ;デルヴキ;” 
Essas requisições vêm de outros ramos 
do Poder Judiciário ou mesmo de outros 
países. 
XXXIII に resolver reclamação relativa a ato 
SW ゲWヴ┗キSラヴ Sラ J┌ケ┣ラ” 
 
XXXIV に resolver dúvida suscitada por 
ゲWヴ┗キSラヴ” 
 
XXXV に fiscalizar o pagamento de impostos, 
taxas, custas e emolumentos, nos 
ヮヴラIWゲゲラゲ Wマ ケ┌W a┌ミIキラミ;ヴ” 
 
XXXVI に declarar, incidentalmente, 
inconstitucionalidade de lei ou de ato do 
ヮラSWヴ ヮ┎HノキIラ” 
Essa declaração incidental significa que, 
em meio à instrução e julgamento de um 
processo, o Juiz declara uma norma 
inconstitucional. A questão principal do 
processo, porém, não é a 
constitucionalidade da norma, ok!? 
XXXVII に requisitar passes para transporte 
de menor acompanhado e de seu 
;Iラマヮ;ミエ;ミデW” 
 
XXXVIII に IラミIWSWヴ ノキIWミN; ; J┌キ┣ SW P;┣” 
XXXIX に verificar, quinzenalmente, a saída 
de processos, apondo visto nos atos de 
registros de carga e descarga, físicos ou 
virtuais, e tomar providências para que os 
autos retornem, quando ultrapassados os 
ヮヴ;┣ラゲ ノWェ;キゲ” 
 
XL に exercer a fiscalização dos atos dos 
notários, dos oficiais de registro e dos seus 
 
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prepostos, na forma da lei que lhes regula 
as atividades, e disciplinar as 
ヴWゲヮラミゲ;HキノキS;SWゲ” 
XLI に praticar ato não especificado neste 
artigo, mas decorrente de disposição legal 
ラ┌ ヴWェ┌ノ;マWミデ;ヴ” 
 
XLII に assinar pessoalmente as 
correspondências, as informações ou a 
consulta administrativa endereçada à 
autoridade judiciária de igual ou superior 
nível, bem como às demais autoridades dos 
Poderes Executivo e Legislativo. 
 
 
Art. 56 – Nas comarcas com mais de uma vara, as atribuições dos Juízes de Direito são exercidas 
mediante distribuição, respeitada a competência das varas especializadas. 
 
Quando na comarca tivermos mais de uma vara da Justiça estadual, poderá haver a especialização. 
Isso significa que podemos ter varas tratando de temas específicos, como é comum em comarcas 
maiores. 
Pois bem, a Lei de Organização e Divisão Judiciárias traz atribuições específicas para os juízes de cada 
uma dessas varas especializadas. Essas informações estão organizadas na tabela a seguir. 
 
COMPETÊNCIA DOS JUÍZES DE VARAS ESPECIALIZADAS 
Juiz de Vara de Registros 
Públicos 
I に exercer as atribuições jurisdicionais conferidas aos 
Juízes de Direito pela legislação concernente aos 
serviços 
notariais e de registro” 
II に exercer a incumbência prevista no art. 2º da Lei 
Federal nº 8.560, de 29 de dezembro de 1992. 
III に processar e julgar as ações relativas a usucapião. 
Juiz de Vara de Falências e 
Concordatas 
- Processar e julgar as causas atribuídas ao juízo 
universal da falência e da concordata. 
Juiz de Vara de Fazenda 
Pública e Autarquias 
- Processar e julgar causas cíveis em que intervenham, 
como autor, réu, assistente ou opoente, o Estado, os 
municípios, suas autarquias, as empresas públicas, as 
sociedades de economia mista e as fundações 
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públicas, ressalvada a competência dos Juizados 
Especiais Cíveis e da Fazenda Pública, e, onde não 
houver vara da Justiça Federal, as decorrentes do § 3° 
do art. 109 da Constituição da República, respeitada a 
competência de foro estabelecida na Lei processual. 
Juiz de Vara de Família 
- Processar e julgar as causas relativas ao estado das 
pessoas e ao Direito de Família, respeitada a 
competência do Juiz de Vara da Infância e da 
Juventude. 
Juiz de Vara de Execuções 
Criminais e Corregedor de 
Presídios 
I に aplicar aos casos julgados lei posterior que, de 
qualquer modo, favorecer o condenado” 
II に declarar extinta a punibilidade” 
III に decidir sobre: 
a) soma ou unificação de penas” 
b) progressão ou regressão nos regimes” 
c) detração e remição da pena” 
d) suspensão condicional da pena” 
e) livramento condicional”f) incidente de execução” 
g) fixação das condições do programa de regime 
aberto e da suspensão condicional da pena, se a 
decisão penal condenatória for omissa” 
h) realização das audiências admonitórias, nas 
hipóteses de regime aberto ou suspensão condicional 
da pena” e 
i) execução provisória da pena, assim entendida 
aquela que recaia sobre o reeducando preso, 
proveniente de decisão condenatória, 
independentemente do trânsito em julgado para 
qualquer das partes” 
IV に autorizar saídas temporárias” 
V に determinar: 
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de 
direitos e fiscalizar sua execução” 
b) a conversão da pena restritiva de direitos em 
privativa de liberdade” 
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c) a conversão da pena privativa de liberdade em 
restritiva de direitos” 
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a 
substituição da pena por medida de segurança” 
e) a revogação da medida de segurança” 
f) a desinternação e o restabelecimento da situação 
anterior” 
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança 
em outra comarca, após prévio consentimento do seu 
titular, salvo nas penitenciárias regionais” 
h) a remoção do condenado, na hipótese prevista no 
§ 1º do art. 86 da Lei Federal nº 7.210, de 11 de julho 
de 1984, que institui a Lei de Execução Penal” 
VI に zelar pelo correto cumprimento da pena e da 
medida de segurança” 
VII に inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos 
penais, tomando providências para seu adequado 
funcionamento, e promover, quando for o caso, a 
apuração de responsabilidade” 
VIII に interditar, no todo ou em parte, 
estabelecimento penal que estiver funcionando em 
condições inadequadas ou com infringência aos 
dispositivos legais” 
IX に compor e instalar o Conselho da Comunidade, 
cuja estruturação será estabelecida em lei” 
X に proceder à correição permanente da polícia 
judiciária e dos presídios da comarca. 
Juiz da Vara da Infância e da 
Juventude 
- Exercer as atribuições definidas na legislação 
especial sobre criança e adolescente, bem como as de 
fiscalização, orientação e apuração de irregularidades 
de instituições, organizações governamentais e não 
governamentais, abrigos, instituições de atendimento 
e entidades congêneres que lidem com crianças e 
adolescentes, garantindo-lhes medidas de proteção. 
Juiz da Vara Agrária de 
Minas Gerais 
- Processar e julgar, com exclusividade, as ações que 
tratem de questões agrárias envolvendo conflitos 
fundiários coletivos por posse de terras rurais. 
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Juiz da Vara de Meio 
Ambiente, Habitação e 
Urbanismo 
- Processar e julgar as causas e questões que envolvam 
essas matérias, especialmente em caso de 
descumprimento da legislação e do direito ao meio 
ambiente, à moradia e à cidade sustentável. 
Juiz da Vara do Idoso 
- Exercer as atribuições de fiscalização, orientação e 
apuração de irregularidades de instituições, 
organizações governamentais e não governamentais, 
abrigos, instituições de atendimento e entidades 
congêneres que lidem com idosos, garantindo-lhes as 
medidas de proteção e atendimento prioritário 
previstas na Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro 
de 2003, salvo aquelas cuja competência específica 
couber aos demais juízos do Poder Judiciário Estadual. 
 
Art. 64. A direção do Foro, sede privativa dos serviços judiciais, é exercida, na Comarca de Belo 
Horizonte, pelo Corregedor-Geral de Justiça ou por Juiz Auxiliar da Corregedoria por ele designado 
e, nas comarcas do interior, pelo Juiz de Direito ou, havendo mais de um Juiz, pelo que for 
designado bienalmente pelo Corregedor-Geral, permitida a recondução. 
 
O foro mencionado por este dispositivo é o local onde o Poder Judiciário presta seus serviços. A 
;Sマキミキゲデヴ;N?ラ SWゲゲW ノラI;ノ Y ; a┌ミN?ラ SWミラマキミ;S; さSキヴWN?ラ Sラ aラヴラざく Eマ BWノラ Hラヴキ┣ラミデW WゲゲW ヮ;ヮWノ 
cabe ao Corregedor-Geral de Justiça ou a um Juiz Auxiliar da Corregedoria por ele designado. 
No interior, o diretor do foro será o Juiz de Direito da localidade ou, onde houver mais de um, será 
um Juiz designado pelo Corregedor-Geral para exercer a função por dois anos, sendo permitida a 
recondução. 
As atribuições do Diretor do Foro são as seguintes: 
a) exercer, em sua secretaria de juízo, nos serviços auxiliares do Judiciário e nos 
serviços notariais e de registro de sua comarca, as funções administrativas, de 
ラヴキWミデ;N?ラが SW aキゲI;ノキ┣;N?ラ W SキゲIキヮノキミ;ヴWゲ” 
b) dar ordens e instruções à guarda destacada para ラ WSキaケIキラ” 
c) determinar ou requisitar providências necessárias ao bom funcionamento do 
serviço judiciário, inclusive, em caráter excepcional, sugerir forma e unidade para 
ヴWIWHキマWミデラ SW IララヮWヴ;N?ラ” 
d) indicar ao Presidente do Tribunal de Justiça os servidores aptos a serem nomeados 
para os cargos de provimento em comissão, ressalvado o de Comissário de 
Menores Coordenador, cuja indicação será feita pelo Juiz competente para as 
ケ┌WゲデロWゲ SWaキミキS;ゲ ミ; ノWェキゲノ;N?ラ WゲヮWIキ;ノ” 
e) manter a ordem e o respeito entre os servidores, as partes e seus procuradores e 
as demais pessoas presentes ミラ WSキaケIキラ” 
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f) aplicar pena disciplinar a servidor subordinado a sua autoridade e aos titulares e 
prepostos não optantes dos serviços notariais e de registro da comarca, na forma 
S; ノWキ” 
g) dar exercício a servidor do foro judicial, a delegatário dos serviços notariais e de 
registro e dar posse e W┝WヴIケIキラ ;ラ J┌キ┣ SW P;┣” 
h) remeter, até o dia vinte de cada mês, à Secretaria do Tribunal de Justiça, com seu 
visto, o registro de frequência dos ser┗キSラヴWゲ Sラ aラヴラ” 
i) encaminhar as escalas de férias dos servidores do foro judicial à Secretaria do 
Tribunal de Justiça até o último Sキ; ┎デキノ Sラ マZゲ SW ラ┌デ┌Hヴラ” 
j) averiguar incapacidade física ou mental de servidor do foro judicial e do Serviço de 
Notas e de Registros, instaurando regular processo administrativo, comunicando e 
ヴWケ┌キゲキデ;ミSラ ラ ;ヮラキラ S; “WIヴWデ;ヴキ; Sラ TヴキH┌ミ;ノ SW J┌ゲデキN;” 
k) proceder à correição anual na comarca; 
l) instaurar sindicância e processo disciplinar contra servidor do foro judicial ou 
titulares e prepostos não ラヮデ;ミデWゲ Sラゲ ゲWヴ┗キNラゲ ミラデ;ヴキ;キゲ W SW ヴWェキゲデヴラ” 
m) diligenciar pela guarda, pelo zelo e pela manutenção dos imóveis em que estiverem 
instalados os serviços forenses, comunicando imediatamente à Presidência do 
Tribunal de Justiça qualquer ocorrência relacionada com a questão, bem como as 
providências por ele デラマ;S;ゲ” 
n) fazer, anualmente, em formulário próprio disponibilizado pela Secretaria do 
Tribunal de Justiça, o inventário dos bens móveis pertencentes ao Estado que 
existam na comarca, devolvendo-o SW┗キS;マWミデW ヮヴWWミIエキSラ” 
o) praticar ato não especificado neste artigo, mas decorrente de disposição legal ou 
regulamentar. 
 
Art. 74 – O Tribunal do Júri funcionará na sede da comarca e reunir-se-á em sessão ordinária: 
I – mensalmente, na Comarca de Belo Horizonte; 
II – bimestralmente, nas demais comarcas. 
 
O Tribunal do Júri é um órgão jurisdicional de primeiro grau que tem uma atribuição bastante 
específica: julgar crimes dolosos contra a vida e aqueles que lhes forem conexos. Estamos falando 
dos crimes de homicídio, induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, infanticídio e aborto. 
A principal peculiaridade desse órgão é sua composição. Ele é presidido por um juiz, mas o 
julgamento é feito por cidadãos comuns (jurados), convocados especialmente para essa finalidade. 
Normalmente o Tribunal do Júri se reúne mensalmente (emBelo Horizonte) ou bimestralmente (nas 
demais comarcas), mas também é possível que, diante de circunstâncias excepcionais, haja reuniões 
extraordinárias, mediante convocação do Juiz de Direito ou por determinação do Corregedor-Geral 
de Justiça ou de Câmara do Tribunal de Justiça. 
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O Tribunal do Júri reunir-se-á ordinariamente mensalmente (na 
Comarca de Belo Horizonte) ou bimestralmente (nas demais 
comarcas). É possível ainda que, diante de circunstâncias 
excepcionais, haja reuniões extraordinárias, mediante convocação 
do Juiz de Direito ou por determinação do Corregedor-Geral de 
Justiça ou de Câmara do Tribunal de Justiça. 
 
Basicamente o julgamento depende de os jurados responderem uma série de quesitos a respeito 
dos fatos levados à sua apreciação. Os jurados decidirão, por exemplo, se o crime realmente ocorreu, 
se o ato foi praticado pelo réu, entre outros detalhes acerca das circunstâncias. 
O Juiz, por outro lado, tem o papel de promover a aplicação do direito, ou seja, diante dos fatos 
postos pelos jurados, ele deverá definir qual será a pena aplicável. 
 
Art. 79 – Compete ao Juiz Sumariante: 
I – receber ou rejeitar a denúncia; 
II – dirigir a instrução; 
III – proferir a sentença de pronúncia, de impronúncia, de desclassificação ou de absolvição 
sumária e processar o recurso que for interposto. 
Parágrafo único – Ficará preventa a competência do Juiz Sumariante na hipótese de impronúncia 
com desclassificação. 
Art. 80 – Compete ao Juiz Presidente: 
I – receber o libelo; 
II – preparar o processo para o julgamento; 
III – presidir a sessão do julgamento e proferir a sentença; 
IV – processar os recursos interpostos contra a decisão que proferir; 
V – organizar anualmente a lista geral de jurados; 
VI – fazer o sorteio e a convocação dos vinte e um jurados componentes do Júri para a sessão. 
 
Para que você entenda quem é o Juiz Sumariante e quem é o Juiz Presidente precisaremos de uma 
explicação adicional, não é mesmo!? Pois bem, o processo criminal começa com o oferecimento da 
denúncia pelo Ministério Público, e essa denúncia deverá ser recebida (ou não) por um Juiz de 
Direito. 
Quando estivermos falando de um crime doloso contra a vida, esse Juiz será o responsável por dizer 
se o feito deverá ir a julgamento pelo Tribunal do Júri. Este é o Juiz Sumariante, e a decisão que leva 
o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri é o que chamamos de pronúncia. 
O Juiz Presidente, por outro lado, é aquele que preside os trabalhos do Tribunal do Júri e, após a 
decisão dos jurados, decide a pena aplicável. O libelo mencionado pelo art. 80 nada mais é do que a 
peça acusatória. 
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Tanto o Juiz Sumariante quanto o Juiz Presidente, nas respectivas fases do processo, são 
competentes para decretar, relaxar ou regular a prisão do réu, bem como conceder liberdade 
provisória. 
 
Art. 82. São órgãos que integram o Sistema dos Juizados Especiais: 
I – a Turma de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais; 
II – as Turmas Recursais; e 
III – os Juizados Especiais. 
Art. 83. As atividades do Sistema dos Juizados Especiais serão supervisionadas por órgão colegiado 
específico do Tribunal de Justiça, com composição e atribuições previstas no regimento interno 
deste. 
 
Os Juizados Especiais, por sua vez, são órgãos julgadores de primeiro grau que são competentes 
para julgar feitos de menor complexidade, sendo assim considerados os feitos cíveis de até 40 
salários mínimos, e os feitos criminais que se refiram a contravenções penais ou a crimes de menor 
potencial ofensivo, conforme art. 84-F. 
 
Art. 84-F. Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais têm competência para o processamento, a 
conciliação, o julgamento e a execução por título judicial ou extrajudicial das causas cíveis de menor 
complexidade e de infrações penais de menor potencial ofensivo definidas na legislação federal 
pertinente. 
 
Na comarca onde não houver Juizado Especial, os feitos da competência dos Juizados Especiais 
tramitarão perante o Juiz de Direito com jurisdição comum e sua respectiva secretaria, observado o 
procedimento especial estabelecido na legislação nacional pertinente. 
Essa regra tem sentido porque os Juizados Especiais não apenas têm competência específica, mas 
estão sujeitos a procedimentos específicos, que são mais simples e mais rápidos do que os comuns. 
Por isso, mesmo onde não houver juizado especial, o Juiz de Direito seguirá o procedimento 
simplificado típico dos juizados. 
Cada Juizado Especial é dirigido por um Juiz de Direito, que é o responsável pelos julgamentos, mas 
o procedimento seguido nesses órgãos é bem diferente daquele normalmente obedecido nas varas. 
Trata-se de um procedimento mais simples e rápido, e justamente por isso ele é aplicado para os 
feitos de menor complexidade. 
Uma peculiaridade desse procedimento é a sistemática recursal à qual ele está vinculado. Os 
recursos contra decisões proferidas no âmbito dos Juizados Especiais, em regra, não se dirigem ao 
Tribunal, mas sim a um conjunto formado por Juízes de Direito, chamado de Turma Recursal. 
Cada Turma Recursal será composta por, no mínimo, três Juízes de Direito, que preferencialmente 
deverão pertencer ao Sistema dos Juizados Especiais. Os integrantes serão designados para um 
período de dois anos, vedada a recondução, salvo quando não houver outro Juiz na sede do 
respectivo grupo jurisdicional. 
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Cada Turma Recursal será composta por, no mínimo, três Juízes 
de Direito, que preferencialmente deverão pertencer ao Sistema 
dos Juizados Especiais. Os integrantes serão designados para um 
período de dois anos, vedada a recondução, salvo quando não 
houver outro Juiz na sede do respectivo grupo jurisdicional. 
 
Compete à Turma Recursal processar e julgar recursos, embargos de declaração e mandados de 
segurança contra atos de Juízes do Sistema dos Juizados Especiais e contra seus próprios atos, bem 
como o habeas corpus impetrado contra atos de Juízes de Direito do Sistema, além de outros 
previstos em lei. 
Segundo o §8o do art. 84-C da LODJMG, na Comarca de Belo Horizonte, um dos Juízes de Direito do 
Sistema dos Juizados Especiais será designado pelo Corregedor-Geral de Justiça para exercer a 
função de Juiz-Coordenador dos Juizados Especiais da referida Comarca. 
Essa designação será feita para período correspondente, no máximo, ao mandato do Corregedor-
Geral de Justiça que fizer a indicação, permitida nova indicação. 
O cargo de Juiz de Direito de que seja titular o Juiz designado permanecerá vago durante o período 
em que seu titular exercer a função de Juiz-Coordenador dos Juizados Especiais de Belo Horizonte. 
Cessado o exercício da função, o Juiz reassumirá imediatamente o exercício do cargo de que é titular. 
A critério do Tribunal de Justiça, um dos Juízes de Direito do Sistema dos Juizados Especiais poderá, 
temporariamente, ser dispensado de suas atividades jurisdicionais, a fim de auxiliar o Juiz-
Coordenador, na hipótese de excesso de trabalho a cargo deste. 
 
O art. 84-E prevê a atuação dos conciliadores, que são auxiliares da justiça que exercem serviço 
público honorário de relevante valor. 
 
Art. 84-E. Atuarão nos Juizados Especiais, como auxiliares da Justiça, conciliadores, sem vínculo 
estatutário ou empregatício, escolhidos entre pessoas de reconhecida capacidade e reputação 
ilibada. 
Parágrafo único.As atividades do conciliador são consideradas serviço público honorário de 
relevante valor. 
 
Falamos muito aqui sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, mas a LODJMG prevê também a 
existência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, em seu art. 84-H. 
 
84-H. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são competentes para processar, conciliar, 
julgar e executar causas cíveis de interesse do Estado e dos municípios, e das autarquias, fundações 
e empresas públicas a eles vinculadas, até o valor de sessenta salários mínimos, nos termos 
da legislação nacional pertinente. 
 
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Perceba que neste caso o valor máximo das causas é ampliado, podendo chegar a até 60 salários 
mínimos. 
Por fim, sugiro que você leia todos os dispositivos que tratam dos Juizados, que reproduzo a seguir. 
 
Art. 82. São órgãos que integram o Sistema dos Juizados Especiais: 
I – a Turma de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais; 
II – as Turmas Recursais; e 
III – os Juizados Especiais. 
Art. 83. As atividades do Sistema dos Juizados Especiais serão supervisionadas por órgão colegiado 
específico do Tribunal de Justiça, com composição e atribuições previstas no regimento interno 
deste. 
Art. 84. Para o julgamento dos recursos interpostos contra decisões dos Juizados Especiais, as 
comarcas poderão ser reunidas em grupos jurisdicionais, constituídos por uma ou mais Turmas 
Recursais, mediante proposta e aprovação dos órgãos competentes do Tribunal de Justiça. 
§ 1° Cada Turma Recursal será composta por, no mínimo, três Juízes de Direito, escolhidos entre 
os que atuam nas comarcas integrantes do respectivo grupo jurisdicional e que, preferencialmente, 
pertençam ao Sistema dos Juizados Especiais. 
§ 2° Os integrantes da Turma Recursal serão designados para um período de dois anos, vedada a 
recondução, salvo quando não houver outro Juiz na sede do respectivo grupo jurisdicional. 
§ 3° É vedada ao Juiz de Direito indicado para integrar Turma Recursal a recusa à indicação e à 
primeira recondução. 
§ 4° Mediante proposta e aprovação dos órgãos competentes do Tribunal de Justiça, poderá o Juiz 
de Direito ser designado para atuar, de forma exclusiva, em Turma Recursal, desde que o 
Presidente do Tribunal de Justiça previamente designe Juiz Auxiliar ou Substituto para responder 
por suas atribuições enquanto durar o afastamento. 
§ 5° Quando não houver designação para atuar de forma exclusiva, o número de processos 
julgados pelo Juiz de Direito como relator de Turma Recursal será compensado na distribuição de 
processos da sua vara de origem. 
§ 6° O Tribunal de Justiça, por seus órgãos competentes, poderá criar Turmas Recursais, definindo, 
no ato da criação, sua sede e competência territorial. 
§ 7° A designação dos Juízes de Turma Recursal será precedida de edital, obedecidos os critérios 
de antiguidade e merecimento. 
§ 8° Não havendo candidatos inscritos, a designação dos Juízes de Turma Recursal prescindirá da 
exigência prevista no § 7°. 
§ 9° Os processos em que o Juiz atuar como relator serão contados no seu mapa de produtividade. 
§ 10. A cada grupo jurisdicional corresponderá uma Secretaria, na forma de ato normativo 
expedido pelo órgão competente do Tribunal de Justiça. 
Art. 84-A. Compete à Turma Recursal processar e julgar recursos, embargos de declaração de 
seus acórdãos e mandados de segurança contra atos de Juízes de Direito do Sistema dos Juizados 
Especiais e contra seus próprios atos, bem como o habeas corpus impetrado contra atos de Juízes 
de Direito do Sistema, além de outros previstos em lei. 
Parágrafo único. Compete ao Juiz-Presidente de Turma Recursal processar e exercer o juízo de 
admissibilidade de recursos extraordinários contra decisões da Turma e presidir o processamento 
do agravo de instrumento interposto contra suas decisões. 
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Art. 84-B. Os serviços de escrivania das Turmas Recursais serão realizados na respectiva 
Secretaria de Juízo de cada Turma Recursal da comarca-sede, conforme disposto em ato expedido 
pelo Tribunal Justiça. 
Art. 84-C. Os Juizados Especiais são constituídos de unidades jurisdicionais compostas por, no 
máximo, três Juízes de Direito. 
§ 1º Nas comarcas onde houver um só cargo de Juiz do Sistema dos Juizados Especiais, haverá 
uma unidade jurisdicional. 
§ 2º Nas comarcas onde houver dois ou mais cargos de Juiz do Sistema dos Juizados Especiais, 
haverá uma ou mais unidades jurisdicionais, conforme dispuser o órgão competente do Tribunal de 
Justiça. 
§ 3º Nas comarcas onde houver apenas uma unidade jurisdicional, a competência será plena e 
mista. 
§ 4º Nas comarcas onde houver mais de uma unidade jurisdicional, o órgão competente do Tribunal 
de Justiça fixará a distribuição de competência entre elas. 
§ 5º As unidades jurisdicionais de mesma competência serão numeradas ordinalmente. 
§ 6º Poderão atuar nas unidades jurisdicionais, quando necessário, Juízes de Direito Auxiliares e 
Juízes de Direito Substitutos, designados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, com a mesma 
competência dos titulares. 
§ 7º Cada unidade jurisdicional contará com uma secretaria, cuja lotação será definida pelo órgão 
competente do Tribunal de Justiça, mediante resolução. 
§ 8º Na Comarca de Belo Horizonte, um dos Juízes de Direito do Sistema dos Juizados Especiais 
será designado pelo Corregedor-Geral de Justiça para exercer a função de JuizCoordenador dos 
Juizados Especiais da referida Comarca. 
§ 9º A designação prevista no § 8º deste artigo será feita para período correspondente, no máximo, 
ao mandato do Corregedor-Geral de Justiça que fizer a indicação, permitida nova indicação. 
§ 10. O cargo de Juiz de Direito do Sistema dos Juizados Especiais de que seja titular o Juiz 
designado nos termos do § 8º deste artigo permanecerá vago durante o período em que seu titular 
exercer a função de Juiz-Coordenador dos Juizados Especiais da Comarca de Belo Horizonte. 
§ 11. Cessado o exercício da função de Juiz-Coordenador dos Juizados Especiais da Comarca de 
Belo Horizonte, o Juiz reassumirá, imediatamente, o exercício do cargo do Sistema dos Juizados 
Especiais de que é titular. 
§ 12. A critério do Tribunal de Justiça, um dos Juízes de Direito do Sistema dos Juizados Especiais 
poderá, temporariamente, ser dispensado de suas atividades jurisdicionais, a fim de auxiliar o Juiz-
Coordenador, na hipótese de excesso de trabalho a cargo deste. 
Art. 84-D. Os cargos de Juiz de Direito que integram o Sistema dos Juizados Especiais de uma 
mesma comarca serão numerados ordinalmente. 
§ 1º A titularização do Magistrado nos Juizados Especiais dar-se-á, em cada comarca, mediante 
promoção ou remoção para um dos cargos a que se refere o caput deste artigo. 
§ 2° Se o interesse da prestação jurisdicional o recomendar, o Tribunal de Justiça poderá 
determinar a movimentação do Juiz de Direito de uma para outra unidade jurisdicional da mesma 
comarca. 
Art. 84-E. Atuarão nos Juizados Especiais, como auxiliares da Justiça, conciliadores, sem vínculo 
estatutário ou empregatício, escolhidos entre pessoas de reconhecida capacidade e reputação 
ilibada. 
Parágrafo único. As atividades do conciliador são consideradas serviço público honorário de 
relevante valor. 
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Art. 84-F. Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais têm competência para o processamento, a 
conciliação, o julgamento e a execução por títulojudicial ou extrajudicial das causas cíveis de menor 
complexidade e de infrações penais de menor potencial ofensivo definidas na legislação federal 
pertinente. 
Art. 84-G. Na comarca onde não existir ou onde não tiver sido instalada unidade jurisdicional de 
Juizado Especial, os feitos da competência dos Juizados Especiais tramitarão perante o Juiz de 
Direito com jurisdição comum e a respectiva secretaria, observado o procedimento especial 
estabelecido na legislação nacional pertinente. 
84-H. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são competentes para processar, conciliar, julgar 
e executar causas cíveis de interesse do Estado e dos municípios, e das autarquias, fundações e 
empresas públicas a eles vinculadas, até o valor de sessenta salários mínimos, nos termos da 
legislação nacional pertinente. 
Art. 85. Os Juizados Especiais poderão funcionar descentralizadamente, em unidades instaladas 
em municípios ou distritos que compõem as comarcas, bem como nos bairros do municípiosede, 
até mesmo de forma itinerante, conforme disposto em ato expedido pelo Tribunal de Justiça. 
Art. 85-A. Os Juizados Especiais funcionarão em dois ou mais turnos, conforme horário fixado pelo 
órgão indicado no Regimento Interno do Tribunal de Justiça. 
Art. 85-B. Os Serviços Auxiliares da Justiça, previstos no art. 252 desta Lei Complementar, sem 
prejuízo do desempenho de suas atribuições, darão apoio aos Juizados Especiais. 
 
3 - DA MAGISTRATURA DA JUSTIÇA COMUM 
 
Art. 163 – A magistratura da justiça comum compreende os cargos de: 
I – Juiz de Direito Substituto; 
II – Juiz de Direito de Primeira Entrância; 
III – Juiz de Direito de Segunda Entrância; 
IV – Juiz de Direito de Entrância Especial; 
V – (Revogado) 
VI – Desembargador. 
 
Neste item temos apenas um dispositivo para estudar, que traz justamente os cargos 
compreendidos na magistratura estadual. Veja bem, estamos falando aqui da magistratura, e você 
SW┗W デWヴ Wマ マWミデW ケ┌W さマ;ェキゲデヴ;Sラざ Y ェZミWヴラが Wミケ┌;ミデラ J┌キ┣ SW DキヴWキデラ W DWゲWマHargador são 
espécies. 
Você pode notar também que os Juízes de Direito estão escalonados em certos níveis, havendo o 
Juiz de Direito Substituto (cargo inicial da carreira), o Juiz de Direito de Primeira Entrância, de 
Segunda Entrância e de Entrância Especial. 
 
 
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4 - RESUMO DA AULA 
 
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos principais aspectos 
estudados ao longo da aula. Nossa sugestão é a de que esse resumo seja estudado 
ゲWマヮヴW ヮヴW┗キ;マWミデW ;ラ キミケIキラ S; ;┌ノ; ゲWェ┌キミデWが Iラマラ aラヴマ; SW さヴWaヴWゲI;ヴざ ; マWマルヴキ;く 
Além disso, segundo a organização de estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é 
fundamental retomar esses resumos. 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA DOS JUÍZES DE DIREITO 
I に processar e julgar: 
a) crime ou contravenção, dentro de sua 
atribuição” 
b) causa civil, a fiscal e a proposta por 
autarquia, inclusive” 
c) ação relativa a estado e a capacidade 
das pessoas” 
d) ação de acidente do trabalho” 
Não vou entrar em detalhes a respeito da 
competência material do Juiz de Direito, 
até porque ele julga quase todos os 
デWマ;ゲく Dキェラ さケ┌;ゲWざ ヮラヴケ┌W ┗ラIZ 
perceberá, quando estudarmos o 
Tribunal do Júri e os Juizados Especiais, 
que estes julgam feitos muito bem 
especificados, enquanto os Juízes de 
DキヴWキデラ テ┌ノェ;マ さデラSラ ラ ヴWゲデラざく 
JURISDIÇÃO 
DE PRIMEIRO 
GRAU
Juízes de 
Direito
Tribunal do Júri
Juizados 
Especiais
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e) suspeição de Juiz de Paz e, em causa de 
sua competência, de servidor dos órgãos 
auxiliares” 
f) vacância de bem de herança jacente” 
g) ações cautelares” 
h) Registro Torrens” 
II に processar recurso interposto de sua 
decisão” 
Neste caso o Juiz processa, mas não julga, 
ok!? Não faria sentido ele julgar o recurso 
contra sua própria decisão, não é 
mesmo!? Em regra esse recurso é julgado 
pelo Tribunal. 
III に homologar sentença arbitral” 
A sentença arbitral é a decisão proferida 
por um árbitro, que é uma pessoa 
investida pelas próprias partes da 
autoridade para decidir em casos 
específicos. 
IV に executar sentença ou acórdão em 
causa de sua competência ou do Juiz 
Criminal que condenar a indenização civil” 
Esta é a competência para executar 
decisões. No caso do Juiz Criminal que 
condena a indenização civil, a execução 
dessa indenização caberá a outro Juiz de 
Direito. 
V に proceder à instrução criminal e 
preparar para julgamento processo-crime 
de competência do Tribunal do Júri e de 
outros tribunais de primeira instância 
instituídos em lei” 
A instrução criminal nada mais é do que a 
fase de produção de provas no processo 
criminal. O Juiz de Direito procede à 
instrução mas não julga quando houver 
competência do Tribunal do Júri ou de 
outros tribunais de primeira instancia 
instituídos em lei. 
VI に proceder anualmente à organização 
e à efetiva revisão de lista de jurados” 
Mesmo no Tribunal do Júri o Juiz de 
Direito exerce certas funções, entre elas a 
convocação dos jurados e o sorteio que é 
feito em cada reunião. 
VII に convocar o júri e sortear os jurados 
para cada reunião” 
VIII に conceder "habeas corpus", exceto 
em caso de violência ou coação provindas 
de autoridade judiciária de igual ou 
Em regra os pedidos de habeas corpus 
são julgados pelos Juízes de Direito, mas 
dependendo de quem for a autoridade 
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superior jurisdição ou quando for de 
competência privativa de Tribunal” 
coatora, a competência pode ser de um 
Tribunal. 
IX に conceder fiança, nos termos da lei” 
X に punir testemunha faltosa ou 
desobediente” 
 
XI に impor pena disciplinar a servidor, nos 
termos desta lei” 
Os Juízes de Direito em geral são 
competentes para impor penas 
disciplinares a servidores a eles 
subordinados. 
XII に determinar remessa de prova de 
crime ao órgão do Ministério Público para 
que este promova a responsabilização do 
culpado” 
Este é o caso em que, durante a instrução 
de um processo, surgem indícios de 
ocorrência de crime. Como o Juiz de 
Direito é competente para julgar mas não 
para dar início ao processo criminal, 
deverá remeter os documentos ao 
Ministério Público. 
XIII に mandar riscar, de ofício ou a 
requerimento da parte ofendida, 
expressão injuriosa encontrada em 
autos” 
 
XIV に dar a Juiz de Paz, a servidor do 
Poder Judiciário e a delegatário de serviço 
de notas e de registro instruções 
necessárias ao bom desempenho de seus 
deveres” 
 
XV に proceder, mensalmente, exceto na 
Comarca de Belo Horizonte, à fiscalização 
dos registros, físicos ou virtuais, 
referentes ao serviço judiciário da 
comarca, conferindo-os, anotar 
irregularidade encontrada e cominar 
pena, na forma da lei” 
Essa fiscalização na Comarca de Belo 
Horizonte é realizada pelo Corregedor 
Geral. 
XVI に proceder à correição permanente 
da polícia judiciária e dos presídios da 
comarca” 
A polícia judiciária nada mais é do que a 
Polícia Civil de Minas Gerais. 
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XVII に comunicar ao órgão competente 
do Tribunal de Justiça as suspeições 
declaradas, dispensada a indicação da 
razão quando se tratar de motivo íntimo” 
 
XVIII に conceder emancipação e 
suprimento de consentimento” 
A emancipação ocorre quando um menor 
de idade é declarado civilmente capaz, 
enquantoo suprimento de 
consentimento ocorre quando alguém 
que precisa do consentimento de outra 
pessoa para realizar certo ato ingressa 
com ação judicial solicitando autorização 
para isso. É o que ocorre, por exemplo, 
com o relativamente incapaz e com o 
marido ou esposa que, em certos casos, 
precisa de consentimento do cônjuge 
para prática de atos. 
XIX に autorizar venda de bem 
pertencente a menor” 
 
XX に nomear tutor a órfão e curador a 
interdito, ausente, nascituro e herança 
jacente e removê-los no caso de 
negligência ou inobservância de seus 
deveres” 
 
XXI に ordenar entrega de bem do órfão 
ou do ausente” 
 
XXII に abrir testamento e decidir sobre o 
seu cumprimento, na forma da lei” 
Este é o chamado testamento cerrado, 
em que o documento permanece sob 
sigilo até a morte do interessado. 
XXIII に proceder à arrecadação e ao 
inventário de bens vagos ou de ausentes” 
A arrecadação e o inventário são 
procedimentos por meio dos quais dá-se 
destinação aos bens de ausentes. 
XXIV に tomar contas a tutor, curador, 
comissário, síndico, liquidante e 
associação ou corporação pia, nos casos 
previstos em lei” 
 
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XXV に conceder dispensa de 
impedimento de idade para casamento 
da menor de dezesseis anos e do menor 
de dezoito anos, na forma da lei” 
Este dispositivo não está atualizado, pois 
não há mais diferenciação na idade de 
acordo com o sexo ou gênero do nubente. 
XXVI に decidir sobre impugnação de 
documento ou exigência de outro, 
formuladas pelo representante do 
Ministério Público, em habilitação de 
casamento, quando com isso não 
concordarem os nubentes” 
 
XXVII に resolver sobre dispensa de 
proclamação e justificação para fim 
matrimonial, quando for contrário o 
parecer do representante do Ministério 
Público e com ele não se conformarem os 
nubentes” 
 
XXVIII に conceder prorrogação de prazo 
para o início e o encerramento de 
inventário” 
 
XXIX に conceder os benefícios da 
gratuidade para acesso ao Judiciário, nos 
termos da lei” 
Normalmente quem busca os serviços do 
Poder Judiciário precisa arcar com as 
custas judiciárias, mas se a pessoa não 
tiver condições de despender esses 
valores o Juiz de Direito pode conceder o 
benefício da justiça gratuita. 
XXX に exercer atribuições de Juiz Diretor 
de Foro, de Vara da Infância e da 
Juventude, de Vara de Idoso, de Vara da 
Mulher e outras que venham a ser criadas 
e instaladas ou, ainda, as que forem 
determinadas pelo Presidente do 
Tribunal” 
 
XXXI に dirigir o Foro e administrar os 
edifícios forenses, podendo delegar a 
atribuição pertinente à atividade predial 
a servidor efetivo” 
 
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XXXII に cumprir e fazer cumprir 
requisição legal e precatória ou rogatória” 
Essas requisições vêm de outros ramos do 
Poder Judiciário ou mesmo de outros 
países. 
XXXIII に resolver reclamação relativa a 
ato de servidor do Juízo” 
 
XXXIV に resolver dúvida suscitada por 
servidor” 
 
XXXV に fiscalizar o pagamento de 
impostos, taxas, custas e emolumentos, 
nos processos em que funcionar” 
 
XXXVI に declarar, incidentalmente, 
inconstitucionalidade de lei ou de ato do 
poder público” 
Essa declaração incidental significa que, 
em meio à instrução e julgamento de um 
processo, o Juiz declara uma norma 
inconstitucional. A questão principal do 
processo, porém, não é a 
constitucionalidade da norma, ok!? 
XXXVII に requisitar passes para 
transporte de menor acompanhado e de 
seu acompanhante” 
 
XXXVIII に conceder licença a Juiz de Paz” 
XXXIX に verificar, quinzenalmente, a 
saída de processos, apondo visto nos atos 
de registros de carga e descarga, físicos 
ou virtuais, e tomar providências para 
que os autos retornem, quando 
ultrapassados os prazos legais” 
 
XL に exercer a fiscalização dos atos dos 
notários, dos oficiais de registro e dos 
seus prepostos, na forma da lei que lhes 
regula as atividades, e disciplinar as 
responsabilidades” 
 
XLI に praticar ato não especificado neste 
artigo, mas decorrente de disposição 
legal ou regulamentar” 
 
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XLII に assinar pessoalmente as 
correspondências, as informações ou a 
consulta administrativa endereçada à 
autoridade judiciária de igual ou superior 
nível, bem como às demais autoridades 
dos Poderes Executivo e Legislativo. 
 
 
O Tribunal do Júri reunir-se-á ordinariamente mensalmente (na Comarca de Belo 
Horizonte) ou bimestralmente (nas demais comarcas). É possível ainda que, diante de 
circunstâncias excepcionais, haja reuniões extraordinárias, mediante convocação do Juiz 
de Direito ou por determinação do Corregedor-Geral de Justiça ou de Câmara do Tribunal 
de Justiça. 
 
Cada Turma Recursal será composta por, no mínimo, três Juízes de Direito, que 
preferencialmente deverão pertencer ao Sistema dos Juizados Especiais. Os integrantes 
serão designados para um período de dois anos, vedada a recondução, salvo quando não 
houver outro Juiz na sede do respectivo grupo jurisdicional. 
 
 
 
 
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5 - QUESTÕES 
5.1 - QUESTÕES COMENTADAS 
1. (adaptada). 
A jurisdição de primeiro grau na Justiça Comum mineira é exercida pelos seguintes órgãos, 
EXCETO 
a) Tribunal do Júri. 
b) Tribunal de Justiça. 
c) Juiz de Direito. 
d) Juizados Especiais. 
Comentários 
Segundo o art. 52 da Lei de Organização e Divisão Judiciárias de Minas Gerais, a jurisdição de 
primeiro grau é exercida pelo Juiz de Direito, pelo Tribunal do Júri e pelos Juizados Especiais. Como 
você certamente já sabe, o Tribunal de Justiça é o órgão de segundo grau, não é mesmo!? ☺ 
GABARITO: B 
2. (inédita). 
A investidura inicial dos magistrados na Justiça Comum de Minas Gerais ocorrerá com a posse 
e o exercício nas funções do cargo de Juiz de Direito Substituto, decorrente de nomeação pelo 
Governador do Estado. 
Comentários 
Opa! Muita calma nessa hora! A investidura inicial se dá no cargo de Juiz de Direito Substituto, mas 
a nomeação cabe ao Presidente do Tribunal de Justiça. Os Desembargadores, por sua vez, são 
nomeados pelo Governador. 
GABARITO: ERRADO 
3. (inédita). 
O Juiz de Direito Substituto exercerá as funções que lhe forem atribuídas pelo Presidente do 
Tribunal de Justiça, observada a conveniência e a oportunidade de sua lotação em prol do 
interesse público. 
Comentários 
Perfeito! Esta é a regra do art. 54 da Lei de Organização e Divisão Judiciárias de Minas Gerais. 
Lembre-se de que as funções do Juiz de Direito Substituto são definidas pelo Presidente do Tribunal, 
ok!? 
GABARITO: CERTO 
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4. (inédita). 
Compete ao Juiz de Direito proceder, mensalmente, em todas as comarcas, à fiscalização dos 
registros, físicos ou virtuais, referentes ao serviço judiciário da comarca. 
Comentários 
A regra é de que o Juiz de Direito faça a fiscalização dos registros, mas essa regra tem uma exceção, 
que é a comarca de Belo Horizonte. Lá essa atribuição não cabe ao Juiz de Direito, nos termos do 
art. 55, XV. 
GABARITO: ERRADO 
5. (inédita). 
Compete ao Juiz de Direito conceder os benefíciosda gratuidade para acesso ao Judiciário, nos 
termos da lei. 
Comentários 
Perfeito! Se alguém não tem condições de arcar com as custas do Poder Judiciário, caberá ao Juiz de 
Direito conceder o benefício da justiça gratuita, nos termos do art. 55, XXIX. 
GABARITO: CERTO 
6. (inédita). 
Compete ao Juiz de Direito processar e julgar recurso interposto de sua decisão. 
Comentários 
Cuidado aqui! O Juiz de Direito processa o recurso interposto contra sua decisão, mas o julgamento, 
em regra, cabe à instância superior. 
GABARITO: ERRADO 
7. (inédita). 
A direção do Foro na Comarca de Belo Horizonte é exercida pelo Presidente do Tribunal de 
Justiça. 
Comentários 
Mais uma vez tome cuidado para não confundir as autoridades. Quem exerce o papel de Diretor do 
Foro da Comarca de Belo Horizonte na realidade é o Corregedor-Geral ou por Juiz Auxiliar da 
Corregedoria por ele designado, nos termos do art. 64 da Lei de Organização e Divisão Judiciárias de 
Minas Gerais. 
GABARITO: ERRADO 
8. (inédita). 
O Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte se reúne mensalmente. 
 
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Comentários 
Esta é a regra do art. 74. Nas comarcas do interior, o Tribunal do Júri se reúne bimestralmente, e na 
comarca de Belo Horizonte uma vez por mês. Em circunstâncias excepcionais o Júri também pode se 
reunir extraordinariamente. 
GABARITO: CERTO 
9. (inédita). 
Em circunstâncias excepcionais poderá haver reuniões extraordinárias do Júri, por convocação 
do Juiz de Direito ou por determinação do Corregedor-Geral de Justiça ou de Câmara do 
Tribunal de Justiça. 
Comentários 
Esta regra está no art. 75 da Lei de Organização e Divisão Judiciárias de Minas Gerais. Guarde bem a 
informação acerca de quem são as autoridades que podem convocar o Júri extraordinariamente, 
ok!? 
GABARITO: CERTO 
10. (inédita). 
Cabe ao Juiz Presidente do Tribunal do Júri receber ou rejeitar a denúncia, bem como dirigir a 
instrução. 
Comentários 
Opa! Essas atribuições são do Juiz Sumariante. O Juiz Presidente começa a atuar depois do 
recebimento do libelo, presidindo a sessão a proferindo a sentença. 
GABARITO: ERRADO 
11. (inédita). 
Cada Turma Recursal será composta por, no mínimo, três Juízes de Direito, designados para 
um período de dois anos, vedada a recondução, salvo quando não houver outro Juiz na sede 
do respectivo grupo jurisdicional. 
Comentários 
Perfeito! Duas informações importantes, que podem aparecer na sua prova, são o número de Juízes 
que compõem a Turma Recursal, bem como o tempo de designação. 
GABARITO: CERTO 
12. (inédita). 
A magistratura da justiça comum compreende os cargos de Juiz de Direito Substituto, Juiz de 
Direito de Primeira Entrância, Juiz de Direito de Segunda Entrância, Juiz de Direito de Entrância 
Especial e Desembargador. 
 
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Comentários 
Estes são os cargos que compõem a magistratura da Justiça Comum mineira, nos termos do art. 163. 
GABARITO: CERTO 
 
 
 
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5.2 - LISTA DE QUESTÕES 
1. (adaptada). 
A jurisdição de primeiro grau na Justiça Comum mineira é exercida pelos seguintes órgãos, 
EXCETO 
a) Tribunal do Júri. 
b) Tribunal de Justiça. 
c) Juiz de Direito. 
d) Juizados Especiais. 
2. (inédita). 
A investidura inicial dos magistrados na Justiça Comum de Minas Gerais ocorrerá com a posse 
e o exercício nas funções do cargo de Juiz de Direito Substituto, decorrente de nomeação pelo 
Governador do Estado. 
3. (inédita). 
O Juiz de Direito Substituto exercerá as funções que lhe forem atribuídas pelo Presidente do 
Tribunal de Justiça, observada a conveniência e a oportunidade de sua lotação em prol do 
interesse público. 
4. (inédita). 
Compete ao Juiz de Direito proceder, mensalmente, em todas as comarcas, à fiscalização dos 
registros, físicos ou virtuais, referentes ao serviço judiciário da comarca. 
5. (inédita). 
Compete ao Juiz de Direito conceder os benefícios da gratuidade para acesso ao Judiciário, nos 
termos da lei. 
6. (inédita). 
Compete ao Juiz de Direito processar e julgar recurso interposto de sua decisão. 
7. (inédita). 
A direção do Foro na Comarca de Belo Horizonte é exercida pelo Presidente do Tribunal de 
Justiça. 
8. (inédita). 
O Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte se reúne mensalmente. 
9. (inédita). 
Em circunstâncias excepcionais poderá haver reuniões extraordinárias do Júri, por convocação 
do Juiz de Direito ou por determinação do Corregedor-Geral de Justiça ou de Câmara do 
Tribunal de Justiça. 
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10. (inédita). 
Cabe ao Juiz Presidente do Tribunal do Júri receber ou rejeitar a denúncia, bem como dirigir a 
instrução. 
11. (inédita). 
Cada Turma Recursal será composta por, no mínimo, três Juízes de Direito, designados para 
um período de dois anos, vedada a recondução, salvo quando não houver outro Juiz na sede 
do respectivo grupo jurisdicional. 
12. (inédita). 
A magistratura da justiça comum compreende os cargos de Juiz de Direito Substituto, Juiz de 
Direito de Primeira Entrância, Juiz de Direito de Segunda Entrância, Juiz de Direito de Entrância 
Especial e Desembargador. 
 
5.3 - GABARITO 
1. B 
2. ERRADO 
3. CERTO 
4. ERRADO 
5. CERTO 
6. ERRADO 
7. ERRADO 
8. CERTO 
9. CERTO 
10. ERRADO 
11. CERTO 
12. CERTO 
 
 
 
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6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Concluímos aqui esta aula! Se tiver dúvidas, utilize nosso fórum. Estou sempre à disposição também 
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Grande abraço! 
Paulo Guimarães 
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Professor Paulo Guimarães 
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