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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 15943 Primeira ediylio 28.04.2011 Valida a partir de 28.05.2011 Diretrizes para um programa de gerenciamento de equipamentos de infraestrutura de servi~os de saude e de equipamentos para a saude Recommended good practice for medical equipment management program les 11.020 ISBN 978-85-07·02750-8 9 ASSOCIAy\O Numero de referencia BRASILEIRA ABNT NBR 15943:2011 DENORMAS 21 paginasT~CNICAS ©ABNT 2011 ABNT NBR 15943:2011 © ABNT 2011 11:>dos as direitoS reservadas. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte des!a publicayaa pode ser reproduzida ou utilizada por qualquar maio, eletronico ou mecanico, incluindo fotoc6pia e m'icrofilrne. Sam permissao por escri!a da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28· andar 20031-901 - Ria de Janeiro - RJ Tel.: +55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnl@abnt.org.br www.abnt.arg.br @ABNT2011 - Todos os direitos reservados ii http:www.abnt.arg.br ABNT NBR 15943:2011 Sumario Pagina Prefacio ...............................................................................................................................................iv Introduyao............................................................................................................................................v 1 Escopo ................................................................................................................................1 2 Termos e definiyoes ...........................................................................................................1 3 Requisltos gerais ..............................................................................................................8 3.1 Organizayao .......................................................................................................................8 3.2 Infraestrutura ......................................................................................................................8 3.3 Gestao de pessoal ..............................................................................................................8 3.4 Oocumentayao....................................................................................................................9 4 Requisitos especificos ......................................................................................................9 4.1 Planejamento e seleyao .....................................................................................................9 4.2 Aquisiyao ..........................................................................................................................10 4.3 Recebimento, verificayao e aceitayao ............................................................................1 0 4.4 Procedimento para ensaios de aceita!iao de equipamento .........................................11 4.5 Invenmrio ..........................................................................................................................11 4.5.1 Lista de inventario de.equipamento ...............................................................................12 4.5.2 Informa!ioes a serem incluidas no invenmrio ................................................................12 4.5.3 Atualiza!iao do inventario ................................................................................................12 4.5.4 Auditoria............................................................................................................................12 4.6 Instala!ilio ..........................................................................................................................13 4.7 Registro historico do equipamento ................................................................................13 4.8 Arquivo de registros ........................................................................................................13 4.9 Treinamento .....................................................................................................................13 4.9.1 Responsabilidade do treinamento..................................................................................13 4.9.2 Oocumenta!ilio sobre treinamento .................................................................................14 4.10 Armazenamento ..............................................................................................................14 4.11 Transferencia interna de equipamento ...........................................................................14 4.12 Uso.....................................................................................................................................15 4.13 Interven!iao tecnica ..........................................................................................................15 4.13.1 Procedimentos para manuten!iao corretiva (MC) .........................................................15 4.13.2 Procedimentos para manuten!(ao preventiva (MP) ......................................................16 4.13.3 Criterios de analise de risco para a prioriza!ilio da MP ................................................16 4.14 Oesativa!iao ......................................................................................................................16 4.15 Oescarte ............................................................................................................................17 4.16 Evento adverso relacionado ao equipamento ..............................................................17 4.17 Avalia!iao do plano de gerenciamento de equipamento ...............................................17 Bibliogratia ........................................................................................................................................18 @ABNT 2011 ~ Todos os dil'eitos reservado$ iii ABNT NBR 15943:2011 Prefacio A Associagao Brasileira de Normas Tecnicas (ABNT) e0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo conleudo ede responsabilidade dos Comiles Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizaljao Selorial (ABNT/ONS) e das Comissoes de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissoes de Esludo (CE), formadas por represenlanles dos selores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neulros (universidades, laborat6rios e oUlros). Os Documenlos Tecnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associagao Brasileira de Normas Tecnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de palente. A ABNT nao deve ser - considerada responsavel pela identifica<;:ao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15943 foi elaborada no Comite Brasileiro Odonto-MBdico-Hospitalar (ABNT/CB-26), pela Comissao de Estudo de Terminologia, Simbologia e Classificagao (CE-26:010.01). o seu 1° Projeto circulouem Consulla Nacional conforme Edilal n" 12, de 23.12.2005 a 07.03.2006, com 0 numero de Projeto 26:010.01-004. 0 seu 22 Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n" 06, de 24.05.2007 a 23.07.2007, com 0 numero de 2° Projeto 26:010.01-004. 0 seu 3" Projeto circulou em Consulla Nacional conforme Edital n" 11, de 13.11.2009 a 14.12.2009, com 0 numero de 3· Projeto 26:010.01-004. 0 seu 4" Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n" 03, de 08.03.2010 a 06.04.2010, com 0 numero de 4" Projeto 26:010.01-004. 0 seu 5" Projeto circulou - em Consulta Nacional conforme Edital nO 02, de 10.02.2011 a 11.03.2011, com 0 numero de 5· Projeto 26:010.01-004. o Escopo desta Norma Brasileira em ingles e0 seguinte: Scope This Standard establishes the minimum components for a equipment management program. _This Standard is applied for the health care services and equipment management service companies. This Standard specifies the requested characteristics foran administration program elaborated to minimize risks associated to the medical deVice. This Standard establishes minimum guidelines for the program, involving structuring, documentation, as well as resources that should be allocated to the responsible by the administration ofmedical device. This Standard neither includes the training methodology nor the competence evaluation of the medical device operators included in the administration program, although the training of the operators should be contemplated by the health care service. © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados iv http:CE-26:010.01 ABNT NBR 15943:2011 Introdu~ao Os equipamentos para sallde sao componentes essenciais dos servigos de sOOde. 0 gerenciamento adequado destes equipamentos evital para garantir que eles permaneQam seguros ao uso pretendido e para que sua vida util seja maximizada. Sabe-se que muitos dos programas existentes possuem padr6es de qualidade que excedem os aqui descritos. Espera-se que eSIa Norma promova 0 entendimento claro das expectativas mfnimas de um programa de gerenciamento de equipamentos e dos recursos necessarios para atingHas. NOTA Para os efeitos desta Norma, 0 termo "EQUIPAMENTOS" refere-se a equipamentos para a saude e equipamentos de infraestrutura de servi90s de saude. o ABNT 2011 • Todos os direjros reservados v NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15943:2011 Diretrizes para um programa de gerenciamento de equipamentos de infraestrutura de servil;os de saude e de equipamentos para a salide 1 Escopo Esta Norma estabelece os componentes mfnimos de um programa de gerenciamento de equipamentos. Esta Norma. se. aplica aos servi90s de saude e empresas que prestam servi90s de gerenciamento de equipamentos para saude e, ou executam servi90S de apoio tecnico e logfslico para os servi90s de saude. Esta Norma especifica as caracteristicas. requeridas a um programa de gerendamento elaborado para mini mizar riseos ass~iados aos equipamentos para saude utilizados pelos servi90s de saude no atendimento aos pacientes. Esla Norma estabelece diretrizes minimas para 0 programa. envolvendo estrulura9ao e documenta9ao a ser produzida, bem como recursos que devem ser alocados aos responsaveis pelo gerenciamento de equipamentos para saude. Esta Norma n8.o abrange a metodologia de lreinamento nem a avalia91io da competencia dos operadores dos equipamentos incluidos no progrema de gerenciamento, embora 0 treinamento dos operadores deva ser contemplado pelo serviyo de saude. 2 Termos e definiyoes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes lermos e defini96es. 2.1 acessorio produto fabricado exclusivamente com 0 prop6sito de integrar um produlo para saude, outorgando ao produlo uma lun98.0 ou caracterfstica tecnica complementar 2.2 autoridade sanitaria competente autoridade que tem diretamente a seu cargo, em sua demarcayao territorial, a aplica98.0 das medidas sanitarias apropriadas de acordo com as leis e regulamentos vigentes no. territ6rio nacional, Iratados e oulros alos inlernacionais dos quais 0 Brasil seja signatario 2.3 agente de servi~os indivfduo, normalmente um luncioml.rio, que conduz inspe96es e/ou oulros serviyos de manuteny8.o de equipamento em nome de um prestador de serviyos 2.4 calibra~o conjunlo de opera96es que estabelece, .sob condi90es especifjcadas, a rela91io entre os valores indicados por um instrumento de medi91io ou sistema de medi9ao, valores representados por uma medida materializada ou um material de referencia e os valores correspondentes das grandezas estabelecidas por pad roes [ABNT NBR ISO/lEe 17025:2005] C ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 1 ABNT NBR 15943:2011 2.5 c6digo de identifica~o individual do equipamento para a salide combinaqao dlstinla de letras ou numeros, ou ambos, que permite identiflcar de forma unica e inequ[voca um equipamento para a saude e seus acesscrios 2.6 confiabllldade capacidade de um item desempenhar uma fun9ao requerida sob condiyoes especificadas, durante um dado intervalo de tempo NOTA 0 termo ·confiabilidade" II usado como uma medida de desempenho de conliabilidade. [ABNT NBR 5462:1994, definigao 2.2.6) 2.7 comissionamento ensaios para verificar se a especificayao desejada para a intraeslrulura toi obtida e aceita pelo usuario ou seu representante 2.8 data de aceitayao data em que 0 equipamento €I aceito apes a realizayao dos ensaios de aceitagao 2.9 dano lesao fisica ou prejufzo a saude da pessoa, ou prejuizo apropriedade ou ao meio ambiente [ABNT NBR ISO 14971:2009, definigao 2.2) 2.10 documentos acompanhantes documento que acompanha 0 equipamento EM, um sistema EM, equipamento ou um acesscrio, e que contem informayees para a organizayao responsavel ou operador, particular mente com relagao aseguranya basica e desempenho essencial [ABNT NBR lEG 60601-1 :2010, delinigao 3.4) 2.11 disponlbilidade capacidade de um item estar em condiyoes de executar uma certa lunyao em um dado instante ou durante um intervalo de tempo determinado, levando-se em conta os aspectos combinados de sua conliabilidade, mantenabilidade e suporte de manutenyao, supondo que os recursos externos requeridos estejam assegurados NOTA 0 termo "disponibilidade" e usado como uma medida do desempenho de disponibilidade. [ABNT NBR 5462:1994, definiqao 2.2.5) 2.12 durabilidade capacidade de um flem desempenhar uma funyao requerida sob dadas condi90es de uso e manutenyao, ate que um estado-limite seja alcanyado NOTA 0 estado-limite de urn item pode Sar caraclerizado pelo lim da vida util, inadequayao por raz6es econOmicas ou tecnicas e oulros. [ABNT NBR 5462:1994, definigao 2.2.2] @ABNT2011 - Todos os direitos reservado$2 ABNT NBR 15943:2011 2.13 educa~o permanente processo de permanente aquisivao de informavoes pelo trabalhador, de todo e qualquer conhecimento, pormeio de escolarlzavao formal, vivEmcias e experi1!ncias laborais e emocionals. no ambito institucional ou fora dele 2.14 equipamento de protet;:ao coletMl EPC dispositivo ou produto de uso coletivo, destinado a proteyao de riscos suscetfveis de ameayar a seguranya e a saude 2.15 equipamerito de protevao individual EPI dispositive ou produto de uso individual. destinado a proteyao de riscos suscetiveis de ameayar a seguranya e a saude 2.16 equipamento para salide equipamento ou sistema. inclusive acess6rios e perifElricos, de usc ou aplicayao medica. odontoJogica, fisloteni.pica ou laboratorial. utilizado direta ou indiretamente para diagnostico. terapia e monitoragao para assist1!ncia asaude da populayao 2.17 equipamento de irifraestrutura de servit;:os de salide equipamento ou sistema. inclusive acess6rios e perifericos. destinados a dar suporte aos procedimentos de assistencia asaude da populayao NOTA Entre OUlrOS, s1l0 exemplos: central de gases e de vacuo medicinals. estayoes de !ontes de seguranga ehMrlca, sistemas de tratamento de agua. equipamentos para lavanderia. elevadores. geradores de energla eletrlca, centrais de re!rigeray9.o e climatlzayao e capelas de fluxo unidirecional. 2.18 eventos adversos eventos que produzem. ou polencialmente podem produzir. resultados inesperados ou indesejados que afatem a segurant;:a de pacientes. operadores ou oulros 2.19 fabricante pessoa fisica oujurfdica responsavel pelo projeto, fabricagao, embalagem e rotulagem de equipamentos de infraestrutura de serviyos de saude e de equipamentos para a saude, montagem de um sistema ou adaptays.o do produto antes de ser colocado no mercado e/ou em funcionamento, independentemente do fato de tais operayoes serem realizadas por essa pessoa ou em seu nome, por uma terceira parte NOTA Para uma definiy9.o de rotulagem, ver ABNT NBR ISO 13485:2004, deflniy1l0 3.S. 2..20 falha termino da capacidade de um item desempenhar a !unyaO requerida NOTA 1 Depols da lalha, 0 Item tam uma pane, C ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 3 ABNTNBR 15943:2011 NOTA 2 A "falha" eum evenlo; diferenlemenle de ·pane", que eum estado. NOTA 3 Esle conceilo, como definido, nao se aplica a ilens compos los somenle por software. NOTA 4 Observar as diferenlfas entre falha e defeilO, uma vez que um defeito pode, ou nao, aletar a capacidade de um item de desempenhar uma lun~ao requerida. NOTA 5 Para "termino da capacidade", enlende-se como interrupqao lemporaria ou permanenle. [Adaptada da ABNT NBR 5462:1994, defini9ao 2.4.1J 2.21 fornecedor pessoaffsicaoujurfdica.pliblicaouprivada,nacionalouestrangeira,bemcomoosentesdespersonalizaqos, que dasanvolvem atividades de produgao, montagem, cria9ao, constru9ao. transformagao. importayao, exportagao, distribuiyiio ou comercializagao de produtos ou presta9ao de serviyos NOTA Esla definiyiio foi retirada da Lei n2 8.078, de 11 de selembro de 1990. C6digo de Delesa do Consumidor. 2.22 gerenciamento de equipamentos para a saude conjunto de ar;:oes que visam a garantia da qualidade, assegurando que os equipamentos para sauda submetidos ao programa de gerenciamento sejam adquiridos, instalados, mantidos, utilizados e controlados com padr5es de .conformidade apropriados 2.23 inspe9iio em equipamentos para a saude interaya.o com 0 equipamento para a salide, conduzida para verificaga.o do sau desempenho e seguranya NOTA Em geral, as inspeyoes sllo conduzidas em periodos a rolairos program ados, e nllo necessariamente em resposla a um ralato de falha. 2.24 interven9ao tecnica ayao tecnica destinada a manter ou recolocar um item da um equipamento para a saud a em urn estado no qual possa desempenhar uma funr;:a.o requerida, como: inspeyiio, teste, manutenr;:ao e ajuste 2.25 inventario de equipamentos para a saude em servi90s de salide conjunto da informayfies concernentes aos equipamentos, partes e acess6rios existentes no serviyo de salide 2.26 mantenabilidade capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condiyfies de executar suas funr;:5es requeridas, sob condigoes da uso aspecificadas, quando a manutengao e executada sob condi90es determinadas a mediante procedimentos e meios prescritos NOTA 0 termo "manlenabilidade" eusado como uma medida do desempenho de man!enabilidade. [ABNT NBR 5462:1994, definigao 2.2.7] @ABNT2011 - Todos os direitos reservados 4 ABNT NBR 15943:2011 22.7 manuten~o combinaQao de todas as aQ5es tecnicas e administrativas, incluindo as de supervisao, destinadas a manter ou recolocar um item em um astado no qua! possa desempenhar uma fungao requerida NOTA 1 A manutenyao pode incluir uma modificayao do item. NOTA 2 A manutenyao pode incluir uma modificayao do item, desde que nao altere 0 processo de fabrica9ao dos produtos sujeitos a controle sanitario e modilique os seus componentes Msicos, nome e demais elementos objeto do negistro, sem a necessaria autorizayao do 6rgao sanitario ccmpetente (Lei n' 6.437, de 20 de agosto de 1977). NOTA 3 A manutenyao pode ooorrer em uma rotina programada (manuteny8.0 preventiva) ou sem crono grama fix~ (manutenyao corretiva). [Adaptada da ABNT NBR 5462:1994, definiQao 2.8.1] 2.28 nao conformidade nao cumprimento de um requisito especificado 2.29 numero de serie designaQao indicada por marcayao indelevel de produtos abrangidos por esta Norma, que permila identificar 0 produlo de forma (mica e inequfvoca dentro de uma linha de produQao e que, em caso de necessldade, permlla localizar e rever todas as operaQoes praticadas durante a sua produgao e distribuiQao, assegurando a sua rastreabilidade produtiva e de distribuigao 2.30 numero de lote designayao indicada por marcaQao indelevel, colocada geralmente na embalagem primaria de produtos abrangidos por asta Norma, que permila identificar, de forma (mica e inequivoca, um conjunto de produtos fabricados dentro de uma linha de produyao e que, em caso de necessidade, permita localizar e rever todas as operay5es praticadas durante a sua produgao e dlstribuiQao, assegurando a sua rastreabilidade produtiva e de distribuiQao 2.31 operador pessoa que trabalha com 0 equipamento [ABNT NBR lEe 60601-1:2010, definiQao 2.12.17] 2.32 plano de protet;:ao nadiol6gica documento exigido para fins de licenciamento de instalaQ5as radioativas, que estabelece 0 sistema de proteQao radiol6gica a ser implantado pela instalagao 2.33 partes de equipamentos para saude componente fabricado com 0 prop6sito de integrar um equipamento para a saude, sem 0 qual o produto e funcionalmente deficiente ou inoperante © ABNT 2011 ~ Todos os direitos reservados 5 ABNT NBR 15943:2011 2.34 perigo fonte potencial de dano [ABNT ISO 14971:2009, definigao 2.3] 2.35 prestador de serviQos equipe inlerna ou externa ao serviyo de saude, cuja responsabilidade consisle em realizar serviyos de gestao, inspeyao e manutengao de urn determinado tipo de equipamento 2.36 rastreabilidade metrologica processo de garantia das condiyoes metrol6gicas de urn equipamento para a saude, de acordo com padroes aceitaveis 2.37 profissional designado profissional com atribuiyao e atiVidades formalmente designadas pelo responsavel do gerenciamento de equipamentos 2.38 serviQo de apoio b~cnico servi90 terceirizado ou pr6prio para exeeu9ao de atividades necessarias ao funcionamento de servi90 de saude NOTA Incluem·se, entre oulros, nesle serviyO: empresas para manutenyiio de equipamentos, lavanderias, unidade pre-hospitalar m6vel de Iransporte de pacienles, processadoras de malerial esterillzado e serviyo de nutriyao e dietelica. 2.39 servit;:o de apoio logfstico servi90 terceirizado ou proprio para suprimento' de equipamentos e insumos medico-hospitalares NOTA Incluem-se, entre oulros, neste serviyo: locadoras de llquipamentos e empresas que fornecem equipamentos sob forma de comodato. . 2.40 rastreabilidade pnocesso que garanta a preservayao de todas as informa90es relativas a condi9ao de aquisi9ao, recebimento, uso, intervenyao teenica e transferencia 2.41 recall notificayao a populayao por meio do orgao governamental competente elou forneeedor do produto, informando que este apresenta algum tipo de desvio que impossibilita 0 desempenho da sua funyao requerida, podendo, ou nao, omreeer algum risco apopulayao 2.42 registro historico documento contendo informa90es que permitam a rastreabilidade, inclusive a metrologica, de toda a vida util de um equipamento para a saude © ABNT 2011 • Todos os direitos reservados 6 ABNT NBR 15943:2011 2.43 regularjza~iio junto ao orgao sanitario competente comprovayao de que determinado produto ou seNiyo sujeito ao regime de vigila.ncia sanitaria obedece a legislayao sanitaria vigente 2.44 residuos de servi~os de sa(ide RSS todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos seNiyos de sallde, publicos ou privados que, por suas caracterfsticas. necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou nao tratamento previo asua disposiyao final 2A5 risco combinayao da probabilidade de ocorrencia de um dano e a severidade de tal dane [ABNT NBR ISO 14971 :2009, definiyao 2.16) 2.46 servi~os de saude estabelecimentos de saC/de destinados a prestar assistencia a populayao na promoyao da saC/de. na recuperayao e na reabilitayao de doentes, no ambito hospitalar ambulatorial e domiciliar NOTA Os servi90s de saude incluem hospitais, eniermarias, estabelecimentos de saude limitados, clfnicas, consult6rios medicos e dentarios, e centros ambulatoriais m6veis OU permanentes, mas nao estao limitados a estes. 2.47 ensaio de aceita~ao do equipamento para a sa(ide conjunto de ensaios ou verilicayoes de seguranya e desempenho realizados para demonstrar que o equipamento adquirido atende a requisitos estabelecidos pelo fabricante e pelo usuario ou seu representante 2A8 treinamento interayao com equipamento para a saude, com 0 lim de educar e treinar um operador do equipamento ou um agente de seNiyos sobre 0 metodo adequado de operayao e/ou manutenyaodo equlpamento 2.49 uso operayao de equipamento conjugado ao tratamento medico olerecido ao paciente NOTA 0 usc nao inclui a opera9ao do eq\lipamento durante ensaios de aceita9ao, inspeyao, manutengao au atividades de treinamento. 2.50 uso improprio uso do equipamento de maneira incompativel com as instruyOes operacionais fornecidas pelo fabricante 2.51 usonormal usc do equipamento para a saude de maneira compativel com as instruy5es operacionais lornecidas pelo fabricante © ABNT 2011 ~ Todos os direitos roservados 7 ABNT NBR 15943:2011 2.52 usuario autoridade responsaval pela utilizayao e manutenyiio do equipamento [ABNT NBR lEG 60601-1:2010, definiya02.12.13] 2.53 validalfao estabelecer e documentar evidt!)ncia de que 0 processo produziffi consistentemente um resultado que saiisfaya as especificayOes predetermlnadas e os atributos de qualidade NOTA Esta definiyao loi retirada da RDC Anvisa nO 59, de 27 de junho do 2000. 3 Requlsitos gerais 3.1 Organizayio o serviyo de saude deve estabelecer e implementar um plano de gerenciamento de equipamentos que atanda as dispesiyoes desta Norma. Os serviyos de saude e as empresas que prestam serviyos de apoio tecnico, logistico e gerenCiamento de equipamenlos devem:' .. a) prever e prover os recursos necessarios ao cumprimento das disposiyoes desta Norma; b) assegurar recursos humanos e materiais prontamente disponfveis para a realizayao das alividades descritas nos procedimentos de .inspeyao e manulenyao, equipamentos de proleyao exigidos em legislayao especffica voltada a seguranya e saude do trabalhador, entre outros. Os serviyes de apoio tecnico, logl5tico e gerenciamento de equipamentos, quando terceirizados pelos serviyos de saude, devem constar em contrato formal de prestayao de serviyos. 3.2 Infraestrutura A infraestrutura Hsica para a realiza9ao dos procedimentos de gerenciamento de equipamentos deve ser dimensionada e compatfvel com as atividades desenvolvidas, conforme os requisitos contidos nesta Norma e nas regulamentayoes definidas pelo orgao governarnental cornpetente. As areas destinadas a intervenyao tecnica devem, ainda: . a) ser mantidas em bom estado de conservayiio, higiene e limpeza; b) possuir instalayOes eletricas, i!uminayao e sistemas de climatiza"iio necessaries a conservayao dos equipamentos para saude e as atividades desenvolvidas, de acordo com a recomendayao do fabricante e damais regulamenta90es pertinentes; c) estar protagidas contra a entrada de insetos, roedores e outres animais. 3.3 Gestio de pessoal As atividades de gerenciamento de equipamentos sao de responsabilidade de profissional de nfvel superior, com registro no respectivo conselho de classe, de acordo com as cornpetencias profissionais definidas na legisla"iio vigente, corn conhecimento comprovado na area. © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados8 http:definiya02.12.13 ABNT NBR 15943:2011 As atribuiyoes e responsabilidades profissionais devem estar formalmente descritas, divulgadas e compreendidas pelos envolvidos nas atividades de gerenciamento de equipamentos. Todos os profissionais envolvidos nas atiVidades descritas nesta Norma devem receber educayao permanente. em conformidade com as atividades desenvolvidas. com registro de sua rea!izayao e da participagao destes profissionais. Tecto profissiona! deve ser orientado quanto as praticas de higiene pessoal e ao uso de equipamento de proteyao individual (EPI) e equipamento de proteyao coletiva (EPC). Todo profissional deve utilizar EP! e EPC compa!iveis com as atlvidades por ele desenvolvidas. em conformidade com as normas regulamentadoras do orgao governamental competente. 3.4 Documenta~o As atividades descritas Msta Norma devem ter procedimentos operacionais escritos, aprovados por profissional designado e disponiveis aos envolvidos na realiza9ao destas atividades. Os procedimentos operacionais devem estar datados. assinados e atualizados. o serviyo de saude e as empresas que prestam servi90s de gerenciamento de equipamentos. apoio tecnico e logfstico devem: a) estabelecer e registrar os metodos que garantam a utilizagao dos procedimentos operacionais; b) dispor de mecanismos que permitam gerar. armazenar e disponibilizar informayoes tecnicas e gerenciais ace rca dos equipamentos. bem como sobre os procedimentos utilizados pelo servigo de saude; c) possuir histarico de incidentes e falhas dos equipamentos; d) estabelecer e manter documento escrito para controle dos procedimentos operacionais para assegurar que estes satisfagam os requisitos desta Norma e estejam corretos e adequados para o uso pretendido; e) manter registro de alterayao em procedimentos operacionais, incluindo sua descriyao. analise crltica. assinatura do responsavel, data de aprovayao e data de vigencia das alterayoes; f) ter as atlvidades do gerenciamento descritas. registradas. analisadas, datadas e assinadas pelo executor. o plano de gerenciamento de equipamentos deve permitir a rastreabilidade dos equipamentos desde sua incorporagao no serviyo de saude ate seu descarte final. incluindo 0 uso. A documentayao de um equipamento deve incluir os seus documentos acompanhantes. 4 Requisitos especificos 4.1 Planejamento e sele!(ao Deve haver um planejamento para aquisiyao. considerando a demanda, a infraestrutura fisica ou tempo necessario para sua adequayao e os recursos humanos e materiais necessarios a utilizayao do equipamento. © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 9 ABNT NBR 15943:2011 o serviyo de saude deve estabelecer fluxo para incorpora9iio tecnologica. considerando: a) criterios para seleyao de equipamentos; b) regularizayao dos equipamentos e dos seus fornecedores junto aautoridade sanitaria competente. o planejamento e a seleyao devem ser documentados e atender aos procedimentos escritos. 4.2 Aquisi~ao o serviyo de saude deve estabelecer. documentar e implementar criterios para qualificayao de fornecedores de equipamentos e de serviyos. Os equipamentos. seus fornecedores e os fornecedores de serviyo devem estar regularizados junto ao orgao sanitario competente e aos conselhos de classe, quando aplicavel. A importayao de equipamentos diretamente pelo serviyo de saude deve seguir a legislayao sanitaria vigente. o recebimento em doayao de equipamento deve observar a legjslayao vigente. A aquisi9iio deve ser documentada e atender a procedimentos escritos. 4.3 Recebimento, verifica~ao e aceital(ao o serviyo de saude somente dave receber 0 equipamento acompanhado de: especificayOes tecnicas do equipamento; comprovayao da regularizayao do equipamento no orgao sanitario competente; numero de serie; documento fiscal; e documentos acompanhantes. o recebimento inicia com a chegada do equipamento ao serviyo de saude e finaliza com a emissao do laudo do ensaio de aceitayao. o serviyo de saude deve desenvolver e manter um procedimento que assegure que todos os equipamentos sejam avaliados antes do seu primeiro usc, por meio de ensaios de aceitayao. Erecomendavel que a empresa fornecedora do equipamento participe da realizayao desses ensaios. Os ensaios de aceitayao devem seguir atividades estabelecidas entre 0 fornecedor e 0 serviyo de saude, com base nas normas tecnicas aplicaveis ao equipamento, incluindo atividades que garantam a seguranya e 0 desempenho essencial do equipamento. Esta atividade deve ser devidamente documentada. o serviyo de saude pode terceirizar ou estabelecer acordo formal com 0 fornecedor do equipamento para a execu9iio do ensaio de aceita9iio. Caso 0 serviyo de saude prefira nao utilizar 0 fornecedor como executor do ensaio ou nao aceite a sua participayao durante a execuyao, este assume a responsabilidade sobre 0 ensaio de aceitayao. @ABNT2011 - Todos os direitos reservados 10 ABNT NBR 15943:2011 Devem lazer parte do ensaio de aceitagao: parecer tecnice que evidencie a seguranga e0 desempenho essencial do equipamento; comissionamento da infraestrutura, quando necessario ao funcionamento segura do equipamento. Devem ser estabelecidos e implementados procedimentos para prevenir 0 usa de equipamentos que nao tenham sido ensaiados e aprovados no recebimento. as numeros de serie do equipamento e de seus acess6rios devem estar discriminados no documento fiscal, gUia de remessa ou outro documento equivalente, e devem ser conferidos no momento do recebimento. Nao conformidades podem implicar nao aceitagao do equipamento pelo serviyo de saude, devendo ser devidamente registradas e, se for 0 caso, notificadas aautoridade sanitaria competente. a serviyo de saude deve desenvolver e implementarprocedimentos que garantam a comunicayao entre 0 agente de serviyos, outros deparlamentos e a quem 0 servigo de saude decida informar sabre 0 andamento dos ensaios de aceitayao. Ao desenvolver tais procedimentos, e recomendavel que 0 servh;:o de saude considere a notificao;:ao do departamento: a) que utiliza 0 equipamento; b) responsavel pela aprovagao do pagamento do equipamento; c) responsavel por gerenciar patrim5nio; e d) responsavel pelo treinamento de operadores do equipamento. 4.4 Procedimento para ensaios de aceita\=ao de equipamento a serviyo de saude deve desenvolver e implementar procedimentos para ensaio de aceitayEio de cada equipamento que indiquem: a) as atividades que um agente de serviyos realize durante a inspeyao'do equipamento; b) os requisitos de ensaio de aceitayao do equipamento determinados pelo seu fabricante, quando informados; c) os responsaveis pela sua execuyao; d) a documentayiio usada para registrar todas as informagoes referentes aos ensaios de aceitayiio do equipamento. 4.5 Inventario a servigo de saude deve desenvolver e mantero inventariodos seus equipamentos, independentemente do meio de armazenamento dos dados do inventario. a serviyo de saude deve ter a capacidade de reproduzir a listagem impressa quando for necessario. Toda a documentagao referente ao inventario deve garantir sua rastreabilidade. e ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 11 ABNT NBR 15943:2011 4.5.1 Lista de inventario de equipamento Devem estar listados no inventario do servigo de saude os equipamentos: a) de propriedade do servigo de saude; e b) cedidos de forma exclusiva ao servigo desaude porcontratos e convenios legalmente reconhecidos. Para os equipamentos nao incluidos nesta seyao, 0 servigo de saude deve estabelecer uma poUlica documentada para a ulilizayao destes equipamentos, de forma a garantir a rastreabilidade e seguranya do equipamento, alem das responsabilidades des partes envolvidas. 0 servigo de saude deve manter o registro do uso destes equipamentos. 4.5.2 InformagOes a serem incluidas no inventario o serviyo de saude deve realizar inventario contendo os dados cadastrais de cada equipamento, com as seguintes informayoes: a) nome tecnico; b) nome e modele comercial; c) fabricante; d) numero de serie; e) c6digo de identificayao individual criado pelo serviyo de saude; I) partes e acessorios; g) data (dialmes/ano) de aceitayao do equipamento pelo servi90 de saude; h) data (dialmes/ano) em que 0 equipamento entrou em funcionamento e data de desativagao; e i) dados de regularizayao do equipamento junto aoorg§o sanitario competente. Qualquer informayao adicional que 0 serviyo de saude julgar util para a gestao adequada dos equipamentos pode ser incluida no inventario. 4.5.3 Atualizagao do inventarlo o inventario deve ser atualizado a cada nova aquisigao ou desativagao do equipamento no serviyo desaude. 4.5.4 Auditoria o inventario deve ser auditado periodicamente, com periodicidade a ser estabelecida formalmente pelo serviyo de saude. Os procedimentos de auditoria devem verificar a exatidao da informa9ao registrada no inventario, assim como a inclus§o de todos os equipamentos utilizados no servigo de saude que atendam aos criterios de inclus§o. o servigo de saude deve estabelecer e documentar padroes para assegurar a exatid§o dos dados do inventario. Caso os pad roes nao tenham sido atendidos, 0 servi90 de saude deve tomar provid€!ncias para corrigir quaisquer deficiencias identificadas. 0 servigo de saude deve estabelecer e validar 12 © ABNT 2011 - Todas as dlreitos reservado$ ABNT NBR 15943:2011 um plano de amostragem para realizar a auditoria de seu inventario. em conformidade com normas tecnicas em vigor aplicaveis. Outras tecnicas estatisticas podem ser utilizadas, desde que formalizadas por escrito e baseadas em 16gica eslatistica valida. Cada serviyo de salide deve estabelecer e manter procedimentos para assegurar que os metodos de amostragem sejam adequados ao uso pretendido e revisados regular mente. Profissional qualificado deve ser designado para realizar' a revisao e propor tecnicas sstatisticas adequadas. 4.6 Instalayao o serviyo de satlde deve realizara instalayao dos equipamentos para a salide e de infraestrutura em conformidade com a normalizayao aplicavel e:com as recomenday6es do fabricante. 4.7 Registro hist6rico do equipamento o serviyo de salide deve manter um registro hist6rico para cada equipamento, contendo. alem das informayoes constanles no inventario, 0 seguinte: a) a identificayao da unidadeno serviyo de saude onde esta a1ocado 0 equipamento. incluindo suas informayoes de transferi?lncia, quando houver; b) profissional designado pelo seiViyo de saude responsavel pelo uso do equipamento em cada unidade; c) histerico de falhas do equipamento; d) hist6rico documentado dos problemas e incidentes relacionados a eventos adversos causados, ou potencialmente causados, por falhas do equipamento. Deve existir evidi?lncia da ayao tomada pelo serviyo de saude e da notilicayao ao ergao sanitario competente e fornecedor. quando pertinente; e) documentayao deinterveny6es tecnicas no equipamenlo. Outras informay6ss qu~ 0 serviyo de salide julgar necessarias podem ser incluidas no regislro hist6rico do equipamento. 4.8 Arquivo de registros o serviyo de salide deve arquivar os registros histericos dos equipamentos e indicar formalmente o rasponsavel pelo seu gerenciamento. 0 registro hist6rico deve ser arquivado palo tempo que o equipamento estiver em utilizayao pelo servigo de salide, acrescido pelo menos de dois anos. 4.9 Treinamento 4.9.1 Responsabilidade do treinamento o prestador de servigos deve prover 0 treinamento permanente necessario para garantir que cada agente de serviyos esteja apto a realizar as suas atividadss. o contetldo do treinamento deve incluir capacitagao em: a) normas de seguranya previstas em atos legais e normativos; © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 13 ABNT NBR 15943:2011 b) novos equipamentos e ferramentas; e c) novos processes de trabalho. 4.9.2 Docurnentayao sobre treinarnento o serviyo de saude deve doeumentar: a) conteudo programatico do treinamento; b) eriterios de avaliay1l.0 das necessidades deste treinamento; c) participayao e avaliayao do treinando; e d) avaliayao da eficacia do treinamento. 4.10 Arrnazenarnento oarmazenamento dave seguir os procedimentos escritos e as orientayoes estabelecidas nesta Norma. Os equipamentos devem ser armazenados conforme espeeificado pelo fomecedor. Quando as espeeificayoes do forneeedor exigirem controle ambiental continuo, deve haver registros que eomprovem 0 atendimento a estas exigeneias. Devem ser estabelecidos e implementados oriterios para impedir 0 usc de equipamentos que ainda nao ten ham sido aprovados no recebimento, estejam sob manutenyao, impedidos de usc, indicados para descarte ou para devoluyao, devando estar identificados quanto it sua situayao e destin~, alem de devidamente segregados. Os equipamentos devem ser armazenados iseladamente de produtos e substanoias que possam afetar a sua identidade, integridade, seguranya e desempenho, tais como:produtos radioativos, substancias quimioas votateis, inflamaveis, exPlosivas, altamente reativas, toxicas ou oorrosivas. o armazenamento deve ser feito em looal espeoifico, nao podendo ooorrer em area de circulayao, mesmo que temporariamente. o armazenamento de fontes radioativas ou de equipamentos que possuam fontes radioativas inoorporadas deve estar de acordo com 0 plano de proteyiiio radiologica aprovado para 0 serviyo de salide, oonforme legislayao vigente. 4.11 Transfe~ncia interna de equiparnento o serviyo de saude deve possuir procedimentos esoritos e registros documentados para transferencia de equipamento. oprocesso de transferencia de equipamento deve ser feito de forma a manter a integridade, seguranya, rastreabilidade, desempenho e adequada utilizayao deste equipamento. No processo de transferencia e necessaria a atualizayao do registro historico do equipamento, de forma a contemplar a realocayao do equipamento, bern como 0 respectivo responsavel p~r ele. o historico da transfereneia do equipamento deve ficar registrado no registro historico do equipamento, indicando 0 periodo de tempo, informando data (dialmeslano) e entrada e safda em que 0 equipamento esteve alocado em cada unidade do serviyo. © ABNT 2011 - Todos os dlreilos raservados 14 ABNT NBR 15943:2011 4.12 Uso o serviyo de saude deve estabelecer e implementar procedimentos para garantir a rastreabilidade do equipamento e a seguranQa do paciente no seu atendimento e do operador. o equipamento somente deve ser utilizado por profissional comprovadamente treinado. o equipamento deve estar em condiQoes adequadas de seguranQa. Para 0 usc de equipamento emissor de radiaQ6es ionizantes, devem ser observados ainda os requisitos de proteyao radiol6gica contidos em legislaQao especifica vigente. 4.13 Intervem;ao tecnica o serviyo de saude deve: a) estabelecer e implementar procedimentos para assegurar a rastreabilidade metrol6gica do equipamento; b) desenvolver e implementar procedimentos para inspeQao, ensaio, manutengao, ajuste e calibraQao no equipamento. As intervenyoes tecnicas devem: a) ser documentadas no registro hist6rico do equipamento, indicando inclusive 0 nome do executor; b) ser efetuadas somente por profissional comprovadamente treinado. Em caso de terceirizagao de qualquer intervengao tecnica, deve haver acordo formal entre as partes. o serviyo de saude deve dispor de todas as informagoes de intervengoes tecnicas realizadas pelo terceiro para alimentar 0 registro hist6rico do equipamento. 4.13.1 Procedimentos para manutenl(30 corretiva (Me) - 0 serviyo de saUde deve desenvolver e implementar procedimentos de MC para cada equipamento que indiquem: a) 0 fluxo para realizayao da MC, desde a sua solicitayao ate 0 seu encerramento; b) as aQ6es necessarias para recolocar 0 equipamento em condiyoes de usc de acordo com as suas especificayoes; 0) os responsaveis pela sua execuyao; d) a documentayao usada para registrar todas as informagoes referentes 11 MC do equipamento. A documentagao da MC deve fazer parte do registro hist6rico do equipamento. @ABNT2011 -Todos os direltos r9servados 15 ABNT NBR 15943:2011 4.13.2 Procedimentos para manuten,;iio preventiva (MP) o servil(o de saude deve desenvolver e implementar procedimentos de MP para cada equipamento que indiquem: a) as al(5es necessarias para verificar se 0 equipamento esta em condigoes de uso e de acordo com suas especificag5es apos realizagao da MP; NOTA Nao sao considerados apenas os parametros para ensaios de corrente de fuga e de resistElncia de aterramento, quando a interven9ao realizada assim as requererem. Eobjetivo deste Norma que todos os requisitos para ensaio de desempenho e manutefl9ao preventiVa sejam considerados quando procedimentos de insp~ao programada forem desenvolvidos. b) a periodicidade destas agoes; NOTA A periodicidade e fundamentada nas necessidades de cada serviyo de saude, no acompanhamento dos registros.his!oricos dos seus equipa-mentos e na periodicidade determinada pelo fabrican!e do equipamento. ej os responsaveis pela sua exeeul(ao; d) a avaliagao da efetividade do servigo realizado; e) a documentagao usada·para registrar todas as informag5es referentes aMP do equipamento. A documentagao da MP do equipamento deve lazer parte do registro hist6rico do equipamento. 4.13.3 Crlterios de analise de risco para a prioriza,;ao da MP o programa de MP deve levar em consideragao: a} a fungao do equipamento, bem como se e usado para suporte a vida, terapia. diagnostico. monitoragao ou apoio. As fungoes do equipamento ajudarao a determinar os potenciais riscos associados a este; b} os riseos associados eom 0 equipamento tanto em seu uso normal como 0 possivel'uso improprio; cj os requisitos de manutengao do equipamento, de acordo com definigao do fabricante, quando fornecidos; d) 0 hist6rico de ineidentes e falhas com 0 equipamento, tanto nas dependilncias dos servigos de saude quanto em outras fonles externas disponiveis. Criterios adicionais. alem daqueles especificados nesta segao. podem ser aplicados. Se os crilerios adotados forem modificados. as alteragoes devem ser docurnentadas. 4.14 Desatival;ao o servigo de saude deve estabelecer e documentar crilerios para a desativagao dos equipamentos para a saude e de infraestrutura. Tambem deve gerar urn laudo de desativagao para cada equiparnento para a saude e de infraestrutura. 0 laudo deve contemplar no minimo os seguintes dados: dados do equipamento; 16 @ABNT2011 Todos os direitos reservados w ABNT NBR 15943:2011 data da desativagao; motivo da desativagao; e responsavel pela desativagao. Os equipamentos para a saude e de infraestrutura desativados devem ser segregados e devidamente identificados e documentados quanto it sua condigao e destin~. 4.15 Oescarte o servigo de saude deve implantar um plano de gerenciamento de residuos de servi90s de saude (PGRSS). atendendo aos requisitos da leglslag80 especilica vigente. 4.16 Evento adverso relacionado ao equipamento o servi90 de saude deve manter registro dos eventos adversos relacionados ao equipamento. Todas as etapas do gerenclamento de equipamento devem conter informagoes necessarias para uma investigaQiio de possivel evento adverso. para notilicagao ao Sistema Nacional de Vigil1!ncia Sanitaria e comunicagao ao fabricante. A avaliagao de evento adverso deve atender a procedimentos escritos e ser registrada. 4.17 Avalia,.ao do plano de gerenciamento de equipamento o servigo de saude dave desenvolver e implementar um processo de melhoria de desempenho para: a) avaliar 0 desempenho anual do gerenciamento de equipamento; b) planejar e executar qualquer alteragao necessaria que seja decorrente das informaQ6es obtidas desta avaliagao. o servi90 de saude deve elaborar relat6rios de indicadores que Ihe permitam avaliar a conformidade com os objetivos do plano de gerenciamento de equipamento. © ABNT 2.011 - Todos os direitos reservados 17 http:Avalia,.ao ABNT NBR 15943:2011 Bibliografia [1] ABNT NBR 5425:1985 - Guia para inspeifEio por amostragem no controle e certifica<;:Eio de qualidade [2] ABNT NBR 5426:1985 - Pianos de amostragem e procedimentos na inspeifEio por atributos [3) ABNT NBR 5427:1985 - Guia para utiliza<;:Eio da norma ABNT NBR 5426 - Pianos de amostragem e procedimentos na inspe<;:ao por atribulos [4) ABNT NBR 5428:1985 - Procedimentos estatislicos para determinayao da validade de inspe<;:Eio por atributos leita pelos fornecedores [5] ABNT NBR 5429:1985 - Pianos de amostragem e procedimentos na inspeifao por variaveis [6] ABNT NBR 5430: 1985 - Guia de utiliza<;:Eio da norma ABNT NBR 5429 - Pianos de amostragem e procedimentos na inspegao por variaveis [7] ABNT NBR 5462:1994- Confiabilidadee mantenabilidade (8) ABNT NBR ISO 14971 :2004 - Produtos para a saude - Aplicaifao de gerenciamento de risco a produtos paraa saiide [9] ABNT NBR ISOIIEC 17025:2005 - Requisitos gerais para a competencia de laboratorios de ensaio e calibrayao (10] ABNT NBR IEC 60601-1:2010 - Equipamento eletromedico - Parte 1: Requisitos gerais para seguranga basica e desempenho essencial [11] ABNT NBR IS_O 13495:2004, Produtos para a saLide - Sistemas de gestao da qualidade - Requisitos para fins regulamentares [12] AOA Accreditation Requirements: Acute Care Hospitals; Division of hospital Accreditation, Department of Education, American osteopathic Association, Chicago, Illinois, 1992 [13] Comprehensive Accreditation Manual for Hospitals - The Official handbook; edigao de 1998; Joint Commission on Accreditation of Health care Organizations, Oakbrook Terrace, Illinois, 1997 [14] Health Devices Sourcebook, 1998: Health care Planning and Purchasing Directory with Official International Nomenclature, ECRI, Plymouth meeting, PA, 1997 [15] Medical Device Register 1998: The Official Directory of Medical Suppliers, Medical economics Data Monl)fale, New Jersey, 1998 © ABNT 2011 . Todos os direitos reservados 18 ABNT NBR 15943:2011 [16] Medical Device User Facility and Manufacturer Reporting, Certification and Registration; Delegations of Authority; Medical Device Reporting Procedures; Final Rules; Department of Health and Human Services, Food and Drug Administration, 21 CFR SeQi5es 803 e 807, conforme publicado no Federal Register de 11 de dezembro de 1995 (volume 60, numero 237), paginas 63577-63606 (estas sao as regulamentayoes implementadas para a SMDA de 1990 e a MDA 'de 1992) 1 [17] The Safe Medical Devices Act of 1990 and the Medical Amendments of 1992, U.S. Department of health and Human Services, Public Health Servicel Food and Drug Administration, Center for Devices and Radiological Health, Washington, D.C., 1993 (este e um panfleto explicando a legislayao) [18] Resoluyao CNEN :- 01/90. Norma CNEN·NE - 3.06, Comissao Nacional de Energia Nuclear. Requisitos de Radioproteyao e Seguranya para Serviyos de Radioterapia. Diario Olicial da Uniao da Republica Federative do Brasil, Brasilia, 30 mar. 1990 [19] Resoluyao CNEN - 10/96. Norma CNEN·NE - 3.05, Comissao Nacional de Energia Nuclear. Requisitos de Radioproteyao e Seguranga para Servigos de Medicina Nuclear. Diario Oficial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, 19 abr. 1996 [20] Lei nO 6.360, de 23 de setembro de 1976, Congresso Nacional. Dispoe sobre a vigiliincia sanitaria a que ficam sujeilos os medicamentoS, as drogas, os insumos farmaceuticos e correlatos, cosmeticos, sanea.l1tes e oulros produtos, e da outras providencias. Diario Oficial da Uniao; Poder Executivo, de 24 set. 1976. [21] Lei nO 6.437, de 20 de agoslo de 1977, Congresso Nacional. Configura infragoes a legislayao sanilaria federal, estabelece as sanyoes respectivas, e da outras provid€mcias. Diario Oficial da Uniao; Poder Executivo, 24 ago. 1977. [22] Resolugao RDC nO 307, 14 de novembro de 2002, Minislerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Altera a Resoluyao - RDC nO 50, de 21 de fevereiro de 2002 que dispoe sobre 0 Regulamento Tecnico .para planejamento, programagao, elaborayao e aveliayao de projetos fisicos de estabeiecimentos assistenciais de saude. Diario Olicial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Bras~ia, 18 nov. 2002. [23] Resolugao RDC nO 306, de 07 de dezembro de 2004, Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Dispoe sobre 0 Regulamento Tecnico para 0 gerenciamento de residuos de servigos de saude. Diario Oficial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, 10 dez. 2004. [24] Resolugao RE nO 09, de 16 de janeiro de 2003, Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Determina a publicagao de Orientagao Tecnica elaborada por Grupo Tecnico Assessor, sobre Pad roes Referenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados artificial mente de uso publico e cOletivo. Diario Oficial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Brasflia, 20 jan. 2003. No momento da pubUcar;;ao desla norma do Instituto Nacional Americano de Normas, 0 panfleto Relat6rios acerca de Aparelhos Medicos em InsialaQoes para Usuarios (Medical Device Reporting for User Facilities), estava disponivel no site da FDA: http://www,fda.gov i'!ii ABNT 2011 - Todos 0$ direito$ reservados 19 http:http://www,fda.gov ABNT NBR 15943:2011 [25] Resoluc;:ao RDC n2 185, de 22 de outubro de 2001, Ministerio da Saude. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Aprova 0 Regulamento Tecnico que consta no anexo desta Resolw;;ao, que trata do registro, a!terac;:ao, revalidayao e cancelamento do registro de produtos medicos na Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria - ANV!SA. Diario Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, 24 de out. de 2001 [26] Resoluyiio RDC n" 260, de 23 de setembro de 2002, Ministerio da Salide. Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Regula os produtos para a saude. Diario Oficia! da Republic'! 'Federativa do Brasil, Brasilia, 03 de out. de 2002 [27] Ministerio da Saude. Agericia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Carti!ha de Notificac;:iio em Tecnovigiliincia. Brasflia, 2003. http/www.anvisa.gov.br/tecnovigilancialcartilha.pdt [28] Resoluc;:ao n2 06, de 21 de dezembro de 1988, Ministerio da Saude. Conselho Nacional de Salide. Aprova as normas tecnicas gerais de radioprotec;:ao, que com esta baixam, visando a defesa da saude dos pacientes, individuos profissionalmente expostos, e do publico em geral, para cumprimento do disposto nQ art.·92 do Decreto nQ 81.384 de 22 de levereiro de 1978. Diario Olicial da Uniiio da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, 05 jan. 1988. [29] Portaria n2 3523, de 28 de agosto de 1998, Ministerio da Salide. Aprova Regulamento Teenico contendo medidas Msicas referentes aos procedimentos de verificac;:ao visual do estado de limpeza, remoc;:iio de sujidades por metados fisicos e manutenC;:iio do estado de integridade e eficiencia de tados os componentes dos Sistemas de climatizayao, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e prevenc;:ao de riscos a saude dos ocupantes de ambientes climatizados. Diario Oficial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, 31 ago. 1998. [30] Portaria nQ 356, de 20 de fevereiro de 2002, Ministerio da Saude. Aprova 0 "Glossario de Termos Comuns nos Servic;:os de Saude do MERCQSUl:', em sua versiio em portugues. Diario Olicial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, 22 fev.2002. [31] Ministerio da Saude. Secretaria de Assistencia a Salide. Equipamentos para Estabelecimentos Assistenciais de Saude: Planejamento e Dim€msionamento. Brasilia, 1994. [32] Portaria nQ 453, de 01 de junho de 1998, Ministerio da Salide, Sacretaria de Vigilancia Sanitaria. Aprova 0 Regulamento Tecnico que estabelece as diretrizes Msicas de proteyao radiologica em radiodiagnostico medico e odontologico, dispOe sobre 0 usa dos raios-x diagnosticos em todo territorio nacional e da outras providencias. Diario Oficial da Uniao da Republica Fe.derativa do Brasil, Brasilia, 02 jun. 1998. [33] Portaria n" 3214, de 08 de junho de 1978, Ministerio do Trabalho, Gabinete do Ministro. Disp5e sobre a Aprovayao das Normas Reguiamentadoras NR do Capitulo V, Titulo II, da Consolidayiio das Leis do Trabalho, relativas a Seguranya e Medicina do Trabalho. Diario Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, 06 de jul. de 1978. n2[34] Portaria 3214, de 08 de junho de 1978, Ministerio do Trabalho NR 07. Altera Norma Regulamentadora NR-7 - Programa de Controle Medico de Saude Ocupacional. Diario Olicial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Brasilia, v. 134, n. 91, p.8202, 13 maio 1996. [35J Portaria nQ 8, de 08 de maio de 1996, Ministerlo do Trabalho. Altera Norma Regulamentadora NR-7 - Programa de Controle Medico de Salide Ocupacional. Diario Oficial da Uniao da Republica Federativa do Brasil, Brasflia, v. 134, n. 91, p. 8202,13maio 1996. @ABNT2011 . Todos os direftos reservados 20 ABNT NBR 15943:2011 [361 Lei nO 8.078, de 11 de setembro de 1990 - C6digo de Oefesa do Consumidor. [37] ROC nO 50, de 21 de fevereiro de 2002. [38] ROC nQ 59, de 27 de junho do 2000. [391 Glossario do Ministerio da Saude:2004, Projeto de Terminologia em Salide I Ministerio da Saude -1" ed. © ABNT 2011 - Todos os direitos reservado5 21
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