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Interpretação de Texto AULA 03 - (Interpretação de Texto)

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 03 
Em um ambiente altamente dinâmico, em que tudo muda com enorme velocidade, indivíduos e 
organizações são submetidos a permanentes desafios de aprendizagem. Suas competências podem se tornar 
obsoletas e suas ações podem perder eficácia. 
Novas estratégias são necessárias para lidar com as mudanças que afetam as organizações. Do contrário, 
estas podem perder competitividade ou, até mesmo, suas finalidades originais, ou ainda a própria razão de existir. 
Os indivíduos de uma organização podem se tornar agentes ativos de mudanças, antecipando 
transformações e reinventando a si mesmos. Podem liderar ou influir decisivamente no processo de transformação, 
puxando o carro das mudanças. Para isso, é necessário autoconhecimento e disposição para a pesquisa, no sentido 
de conhecer o ambiente, bem como seus movimentos de transformação. Desaprender práticas antigas e aprender 
novas. O primeiro processo revela-se claramente o mais difícil e o mais penoso — principalmente esquecer as nossas 
velhas formas de pensar e substituí-las por outros paradigmas. 
Ivan Rocha Neto. Gestão estratégica de conhecimentos e competências .Brasília: ABIPTI, UCB/Universa, 
2003, p. 65-6 (com adaptações). 
1) Quanto à tipologia, o texto enquadra-se em dois gêneros: nos dois primeiros parágrafos, ele pertence ao
gênero argumentativo; no terceiro parágrafo, ao gênero narrativo. 
2) Na linha 3, se, em vez de “desafios”, fosse empregada a palavra provocações, seria obrigatório o emprego
do sinal indicativo de crase no “a”, ficando o trecho assim reescrito: são submetidos à permanentes provocações de 
aprendizagem. 
3) Na linha 7, a palavra “estas” retoma, por coesão, mudanças”.
4) Pelas relações de coesão do texto, depreende-se que são “... Os indivíduos de uma organização” ... que
“Podem liderar ou influir” / e que “é necessário” ... “Desaprender práticas antigas”. 
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Muitos acreditam que chegamos à velhice do Estado nacional. Desde 1945, dizem, sua soberania foi 
ultrapassada pelas redes transnacionais de poder, especialmente as do capitalismo global e da cultura pós-moderna. 
Alguns pós-modernistas levam mais longe a argumentação, afirmando que isso põe em risco a certeza e a 
racionalidade da civilização moderna, entre cujos esteios principais se insere a noção segura e unidimensional de 
soberania política absoluta, inserida no conceito de Estado nacional. No coração histórico da sociedade moderna, a 
Comunidade Europeia (CE) supranacional parece dar especial crédito à tese de que a soberania político-nacional vem 
fragmentando-se. Ali, tem-se às vezes anunciado a morte efetiva do Estado nacional, embora, para essa visão, uma 
aposentadoria oportuna talvez fosse a metáfora mais adequada. O cientista político Phillippe Schmitter argumentou 
que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência 
mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em 
confederatii, condominii ou federatii, numa variedade de contextos”. 
É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas, que trazem à memória algumas 
formas mais antigas, como lembra o latim usado por Schmitter. Estas nos obrigam a rever nossas ideias do que 
devem ser os Estados contemporâneos e suas inter-relações. De fato, nos últimos 25 anos, assistimos a reversões 
neoliberais e transnacionais de alguns poderes de Estados nacionais. No entanto, alguns de seus poderes continuam 
a crescer. Ao longo desse mesmo período recente, os Estados regularam cada vez mais as esferas privadas íntimas 
do ciclo de vida e da família. A regulamentação estatal das relações entre homens e mulheres, da violência familiar, 
do cuidado com os filhos, do aborto e de hábitos pessoais que costumavam ser considerados particulares, como o 
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fumo, continua a crescer. A política estatal de proteção ao consumidor e ao meio ambiente continua a proliferar. 
Tudo indica que o enfraquecimento do Estado nacional da Europa Ocidental é ligeiro, desigual e singular. Em partes 
do mundo menos desenvolvido, alguns aspirantes a Estados nacionais também estão fraquejando, mas por razões 
diferentes, essencialmente “pré-modernas”. Na maior parte do mundo, os Estados nacionais continuam a 
amadurecer ou, pelo menos, estão tentando fazê-lo. A Europa não é o futuro do mundo. Os Estados do mundo são 
numerosos e continuam variados, tanto em suas estruturas atuais quanto em suas trajetórias. 
Michael Mann. Estados nacionais na Europa e noutros continentes: diversificar, desenvolver, não morrer . 
In: Gopal Balakrishnan. Um mapa da questão nacional . Vera Ribeiro (Trad.). Rio de Janeiro: Contraponto, 
2000, p. 311-4 (com adaptações). 
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1) Verifica-se, desde o início do primeiro parágrafo, a estratégia retórica de defender o argumento de que o
Estado nacional está obsoleto, de modo que o argumento contrário, exposto no segundo parágrafo, pareça mais 
consistente. 
2) Segundo o cientista político Phillipe Schmitter, a expansão geral dos Estados nacionais no continente
europeu deve-se a aspectos singulares das diversas economias europeias. 
3) De acordo com o texto, os Estados nacionais, apesar de alguns reveses, têm ampliado poderes em
diversas partes do mundo. 
4) Deduz-se do texto que tanto as condições modernas de desenvolvimento da Europa quanto o
subdesenvolvimento de alguns outros continentes são variáveis que podem afetar a soberania política absoluta de 
Estados nacionais. 
5) O raciocínio que se desenvolve do trecho “Ao longo desse mesmo período recente, os Estados regularam
cada vez mais as esferas privadas íntimas do ciclo de vida e da família” para o trecho “A regulamentação estatal das 
relações entre homens e mulheres, da violência familiar, do cuidado com os filhos, do aborto e de hábitos pessoais 
que costumavam ser considerados particulares, como o fumo, continua a crescer” parte de aspectos gerais para 
particulares. 
6) No trecho “É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas” , o emprego da forma verbal
singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não ter sujeito explícito. 
7) Os substantivos “velhice” e “tese” estão empregados no texto de forma indefinida e com sentido
genérico. 
8) Não haveria prejuízo para o sentido do texto se a forma verbal “dizem” fosse substituída por “dizemos”.
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Em um momento em que os Estados-nação se dobram diante das forças do mercado, os dirigentes políticos 
sonham com estabilidade. Ora, as formas de governo utilizadas pelos impérios fascinam por sua resistência aos 
sobressaltos da história, sua plasticidade e sua capacidade de unir populações diferentes. 
Por que nos interessar pela noção de império? Não vivemos hoje em um mundo de Estados-nação? São eles, 
por exemplo, que têm seus assentos na ONU, com suas bandeiras, seus selos postais e suas instituições. No entanto, 
o estudo dos impérios, antigos ou recentes, permite acessar as raízes do mundo contemporâneo e aprofundar nossa
compreensão das modalidades de organização do poder político, ontem, hoje e — por que não? — amanhã.
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O conceito de Estado-nação baseia-se em uma ficção, a da homogeneidade:um povo, um território, um 
governo. Os impérios nascem da extensão do poder através do espaço e se assentam na diversidade: eles governam 
de maneiras diferentes povos diferentes, sob uma dupla tensão. Por um lado, a vontade dos líderes políticos de 
estender seu controle territorial, em um contexto em que os povos vivem realidades socioculturais variadas, 
alimenta o expansionismo. Por outro, o fato de o império absorver povos diferentes faz que alguns de seus 
componentes desejem destacar-se do conjunto. Isso explica por que os impérios perduram, racham, reconfiguram-
se e caem. 
Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados. Trata-se de considerar a multiplicidade de 
formas de exercício do poder sobre um dado espaço. Se pudermos considerar a história como algo diferente da 
inexorável transição da forma império para a forma Estado-nação, talvez possamos apreender o futuro de um ponto 
de vista mais vasto. E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um mundo caracterizado ao 
mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade. 
Com relação às ideias do texto, julgue os itens que se seguem. 
17) De acordo com o texto, a relação que caracteriza o Estado-nação, baseada em povo, território e governo,
fundamenta-se em pressupostos ilusórios acerca da realidade das nações. 
18) Infere-se do texto que tanto a solidez quanto a fragilidade de impérios devem-se à sua administração do
poder sobre grupos socioculturalmente diferentes. 
19) Deduz-se do contraste que se estabelece, no texto, entre Estado-nação e império que este constitui a
opção de organização política mais adequada para a superação da instabilidade desencadeada pelos problemas 
econômicos da contemporaneidade. 
Em cada um dos itens a seguir, são apresentadas propostas de reescrita do trecho “No entanto, o estudo dos 
impérios, antigos ou recentes, permite acessar as raízes do mundo contemporâneo e aprofundar nossa 
compreensão das modalidades de organização do poder político” . Julgue-os com relação à correção gramatical. 
20) Porém, estudando-se os impérios, antigos ou recentes, permite-se que seja acessado as raízes do mundo
contemporâneo, e aprofundado, pela nossa compreensão, os modos como está organizado o poder político. 
21) Entretanto, com o estudo dos impérios — de épocas antigas ou modernas —, podemos adentrar as
raízes do mundo contemporâneo e compreender, com profundidade, como se organiza o poder político. 
22) O estudo dos impérios, porém, sejam eles antigos, sejam recentes, permite chegarmos às raízes do
mundo atual e tornarmos mais profunda nossa compreensão das formas de organização do poder político. 
23) Contudo, estudar os impérios, antigos ou recentes, proporciona-nos o acesso às raízes do mundo
contemporâneo e leva-nos à aprofundar a compreensão dos modos conforme aos quais organiza-se o poder político. 
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O Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID) busca promover a inclusão digital e social das comunidades 
excluídas do universo das tecnologias da informação e comunicação (TIC). 
O Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), maior empresa de TIC da América Latina, utiliza sua 
competência tecnológica e seu compromisso social nesse programa de uso intensivo da tecnologia da informação 
para ampliar a cidadania e combater a pobreza, objetivando garantir a inserção do indivíduo na sociedade da 
informação e o fortalecimento do desenvolvimento local. 
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Implantado em 2003, esse programa é uma das ações amparadas pela política de Responsabilidade Social e 
Cidadania da Empresa, em sintonia com o Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal. (...) 
O PSID concentra-se em dois eixos principais: utilizar efetivamente o software livre, viabilizando o seu uso e 
a apropriação das novas tecnologias pela sociedade; e propiciar o atendimento das necessidades das comunidades, a 
formulação de políticas públicas, a criação de conhecimentos, a elaboração de conteúdos apropriados e o 
fortalecimento das capacidades das pessoas e das redes comunitárias. 
Dentre as ações desenvolvidas pela área de inclusão digital do SERPRO, destaca-se a montagem de 
telecentros comunitários, iniciativa que leva o acesso ao universo tecnológico e ao mundo da informação para várias 
localidades do Brasil. 
O SERPRO também integra diversas parcerias com outros órgãos do governo, desenvolvendo soluções e 
participando ativamente de ações de governo ligadas à inclusão digital. 
De acordo com as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. 
1) As expressões “nesse programa” e “esse programa” são elementos de coesão textual que retomam o
antecedente “Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID) 
2) Em “concentra-se”, o emprego do pronome “se” indica que o sujeito da forma verbal é indeterminado.
3) Depreende-se das informações do texto que o PSID tem o objetivo exclusivo de formar profissionais para
seus quadros funcionais, uma vez que o SERPRO é uma empresa que lida com tecnologias da comunicação e da 
informação. 
4) O segmento “maior empresa de TIC da América Latina” está entre vírgulas porque constitui um aposto.
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Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da história tem sido seu constante anseio 
de buscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, 
ampliar o conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo 
esta curiosidade, este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças impulsoras da humanidade. O fato é 
que essa ininterrupta e incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes atividades do homem. 
Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda sua 
plenitude a livre aventura do espírito, o homem depara-se com seus limites. Ora, aceitando-se que o objetivo, visto 
como bom para o labor de investigar, é o benefício do homem e nunca seu prejuízo, dificilmente se admitiria que a 
caminhada com vistas a esse benefício, ou seja, os procedimentos destinados a fazer progredir o saber, pudesse 
fazer-se sem o respeito aos valores maiores do homem, tais como sua vida, sua saúde, sua liberdade, sua dignidade. 
A partir da argumentação do texto acima, bem como das estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue os 
itens que se seguem. 
1) Subentende-se da argumentação do texto que vários aspectos notáveis fizeram parte da “aventura do
homem ao longo da história”. 
2) Seriam preservadas a correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua argumentação, se, em
lugar de tem sido, fosse usada a forma verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter contínuo 
e constante dos aspectos mencionados. 
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3) O desenvolvimento do texto mostra que as expressões ““constante anseio de buscar novas perspectivas”,
“ ininterrupta e incansável luta pelo saber” e “ insaciável afã de descobrir, criar, conquistar”” referem-se à ideia 
expressa em “uma das mais significativas forças impulsoras da humanidade” .” 
4) A oração iniciada por “ao dar vazão” apresenta uma causa para o homem deparar-se “com seus limites”.
5) A repetição da preposição a em ao tentar é fundamental para mostrar que a oração aí iniciada está em
paralelo com a oração iniciada por “ao dar vazão; e que não se trata de mais um termo da enumeração de verbos 
que complementam “afã de. 
...............................................................................................................O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do trabalhador, institui mecanismos de 
monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os agravos à sua saúde, quando 
produzidos ou desencadeados pelo exercício do trabalho. Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos 
exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados à 
identificação do nexo da causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada. 
Acerca da organização das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. 
17) A relação de significados que a oração introduzida por “ao adotar” mantém com as demais orações do
mesmo período sintático permite que se substitua essa oração por se adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a 
correção gramatical do texto. 
18) Para se realçar mecanismos de monitoração”, em vez de regime trabalhista, poderia ser usada a voz
passiva, escrevendo-se são instituídos em vez de “ institui, sem que a coerência entre os argumentos e a correção 
gramatical do texto fossem prejudicadas. 
19) Na linha 3, não se usa o acento grave na preposição a, logo depois de “visando, porque o verbo “evitar”
não admite o artigo definido feminino. 
20) A vírgula logo depois de “trabalhador” é opcional e sua retirada preservaria a correção gramatical do
texto, pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão separados pela conjunção “e”: 
“exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador. 
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