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MADEIRAS E MATERIAIS DERIVADOS A madeira é um material feito de tecidos de plantas lenhosas que possuem como função principal a sustentação mecânica aos esforços, é heterogêneo e é anisotrópico, sendo os principais componentes para a Engenharia Civil são a celulose, a hemicelulose e a lignina. Pode ser utilizada de forma temporária ou definitiva. A primeira é comum em andaimes, formas, guarda corpos, etc. A segunda é comum em telhados, pisos, esquadrias de portas e janelas, casas pré-moldadas, etc. As vantagens da utilização da madeira dizem respeito ao baixo custo de extração e processamento, boa resistência aos esforços de compressão, tração, flexão e à choques/impactos, boa trabalhabilidade, razão específica boa, boa isoladora térmica, elétrica e acústica, permite uma variabilidade de dimensões nas peças, necessita de ferramentas simples e permite ligações e emendas. Em relação às desvantagens, tem-se: é um material heterogêneo, anisotrópico, vulnerável a agentes externos, inflamável e orgânico, provoca desmatamento predatório, tem se tornado mais caro nos últimos anos, possui dimensões restritas e exige aplicação de tratamentos. Quanto à classificação, podem ser: finas, duras, resinosas e brandas. Quanto à estrutura, crescimento e anatomia da madeira, a casca externa é considerada como protetora, o lenho é formado pelo alburno e pelo cerne e essa é a parte utilizada pela construção civil. No tocante à produção da madeira, tem-se cinco fases: corte da árvore (geralmente no inverno, pois a taxa de perda de água é menor, portanto, tende-se a ter menos fissuras e trincas), toragem (processo de retirada dos galhos do tronco e o corte em tamanhos mais adequados para o transporte), falquejamento (pequenos cortes no tronco para transformá-los levemente em retangulares), desdobro (cortes longitudinal, radial ou transversal para transformá-la para uso em construções) e beneficiamento (padronização de medidas e acabamento das peças). Caso o processo de secagem não seja feito corretamente, as madeiras podem apresentar defeitos como encanoamento, encurvamento, arqueamento ou torcimento. Defeitos de processamento também influenciam nas propriedades das madeiras. Quanto às propriedades físicas, deve-se atentar para a umidade, densidade e a variação dimensional ou retratibilidade. Quanto às propriedades mecânicas, deve-se atentar para a resistência à compressão, tração, cisalhamento e flexão (os melhores casos ocorrem quando os esforços são aplicados de forma semelhante àquela que ocorre na natureza). Em relação à umidade, tem-se três tipos de água: de constituição (presente na combinação química dos tecidos lenhosos e permanece mesmo quando a madeira é secada em estufa), de impregnação (indica madeira úmida, podendo causar variação de volume), livre (preenche os vazios celulares após as paredes já estarem saturadas e não causa variação de volume do material). A retratibilidade é a propriedade física que a madeira tem de sofrer alterações de dimensões e volume quando o teor de umidade varia. Esse processo acontece através do inchamento ou da retração. A condição de uso dela deve atender aos locais que serão aplicados. Em locais submersos ou que tenham contato com água, por exemplo, deve-se usar madeiras saturadas com mais de 30% de umidade, em locais com aquecimento artificial a madeira deve ser seca artificialmente, dentre outros. Por fim, alguns outros defeitos comuns nas madeiras são os nós (imperfeições nos pontos do tronco onde existem galhos. Nos nós as fibras longitudinais sofrem desvio de direção, ocasionando diminuição na resistência à tração), as fendas (aberturas nas extremidades das peças, produzidas pela secagem mais rápida da superfície) e as gretas (separação entre os anéis anuais, provocada por tensões internas devido ao crescimento lateral da árvore).
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