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Química AmbientalEnfermagem em C. Cirúrgico e Instumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
BELO HORIZONTE / MG
ISABELA TEIXEIRA 
MARTHA APARECIDA DA SILVA
ENFERMAGEM EM CENTRO
CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO 
CIRÚRGICA
617
T266e
Teixeira, Isabela.
Enfermagem em centro cirúrgico e instrumentação cirúrgica / Is-
abela Teixeira, Martha Aparecida da Silva. Belo Horizonte – MG: 
Adastra Editora, 2015.
118 f.; il.,
ISBN 978-85-69111-81-8
Apostila de Técnico em Enfermagem.
1. Anestesia. 2. Fatores de risco. 3. Equipe Cirúrgica. I. Título.
CDD: 617
AUTORES
............................................................................
ISABELA TEIXEIRA
MARTHA APARECIDA DA SILVA
ADASTRA EDITORA LTDA
............................................................................
Avenida Afonso Pena, 941 – 4º andar
Centro
CEP: 30.130-002 – Belo Horizonte – MG 
ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA 
EM SAÚDE
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Enfermagem em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
SUMÁRIO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
............................. 07
............................ 07
.......................................................... 09
............................................. 12
......... 12
................... 12
.......................... 13
.......................... 13
.................... 13
........ 16
......... 16
................................. 20
...................................... 21
.......... 22
....................................... 22
................. 24
................................................ 27
................................................ 27
................................................ 28
................................................ 29
.... 31
......................................................... 39
................................................ 39
 UNIDADE I - CENTRO CIRÚRGICO 
1. Áreas do bloco operatório 
2. Divisão do centro cirúrgico 
3. Cirurgia
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE II – DINÂMICA DO TRABALHO 
1. Equipe cirúrgica
2. Atribuições do técnico de enfermagem
3. Atribuições do circulante de sala
4. Montagem da sala cirúrgica
5. Circulação da sala cirúrgica
6. Desmontagem da sala cirúrgica
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE III – RECOMENDAÇÕES PARA O 
COTROLE DE INFECÇÃO
1. Fatores de risco para infecções do sítio 
cirúrgico
2. Recomendações CDC para prevenção
3. Paramentação cirúrgica
4. Preparo do paciente
5. Manuseio de pessoal contaminado ou 
infectado
6. Precauções padrão
7. Limpeza recomendada em centro 
cirúrgico 
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE IV – ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM AO PACIENTE CIRÚRGICO 
1. Perioperatório
2. Pré-operatório
3. Intraoperatório
4. Pós-operatório
5. Cuidados com drenos, sondas e cateteres
6. Curativo
7. Alta hospitalar
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE V – POSICIONAMENTO 
CIRÚRGICO
1. Recomendações
2. Decúbito dorsal
3. Tredelemburg
4. Litotomia
5. Fowler
6. Ventral
7. Canivete/ Genupeitoral
8. Decúbito lateral
9. Mesa ortopédica
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE VI – ANESTESIA 
1. Pré-anestésico
2. Anestesia geral
3. Intradural ou raquianestesia
4. Epidural (peridural ou extradural)
5. Bloqueio de nervos periféricos
6. Anestesia regional intravenosa
7. Anestesia local
8. Assistência de enfermagem
9. Principais medicações utilizadas em 
anestesia
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE VII - INSTRUMENTADOR CIRÚGI-
CO
1. Equipe Cirúrgica
2. Atribuições do instrumentador cirúrgico
3. Ética em instrumentação cirúrgica
4. Código de ontológico do instrumentador 
cirúrgico
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE VIII - CENTRAL DE MATERIAL E 
ESTERILAÇÃO - CME
1. Planejamento fisico
2. Atividades desenvolvidas
3. Dinâmica e fluxo
4. Equipamentos necessários
 - Ideias-chave
............................................ 43
.............................................. 43
................................................ 43
........................................................ 43
............................................................ 44
........................................................... 44
.................................. 44
.............................................. 44
............................................ 45
.............................................. 48
.............................................. 49
.......................... 50
.................. 51
...................... 51
...................... 51
.............................................. 51
.......................... 52
............. 52
............................................ 57
........ 57
................. 57
....... 58
........................................ 66
.............................. 67
............................................ 67
........................... 67
I N T R O D U Ç Ã O
Enfermagem em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
SUMÁRIO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
...... 72
......................................................... 72
................................................... 72
........... 74
.................................................. 76
...................................... 77
........................ 80
.......................... 88
.... 88
.......................... 89
.................................... 93
.......................................... 94
................................... 94
.................. 96
................................ 98
.............................................. 104
................................................. 105
.............................................................. 106
................................................ 106
.................. 106
.................... 106
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE IX - PROCESSAMENTO DE ARTI-
GOS
1. Classificação dos artigos segundo o seu 
risco potencial de causar infecção
2. Limpeza
3. Desinfecção
4. Preparo e empacotamento de artigos
5. Esterilização
6. Artigos de uso único
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE X - MATERIAIS UTILIZADOS NA 
CIRURGIA
1. Instrumentos e fios cirúrgicos
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XI - RECOMENDAÇÃO PARA O 
CONTROLE DE INFECÇÃO
1. Assepsia e técnica cirúrgica
2. Antissepsia das mãos da equipe cirúrgica
3. Paramentação para cirurgia
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XII - SALA CIRÚRGICA
1. Terminologia cirúrgica
2. Tempos cirúrgicos
3. Montagem das mesas
4. Antissepsia do campo operatório
5. Preparação dos campos
6. Porta-agulhas
7. Afastadores
8. Fios
9. Compressas
10. Disposições da equipe cirúrgica
11. Dinâmica do conjunto cirúrgico
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 ESTUDOS DE CASO
• Caso 1 
• Caso 2
 BIBLIOGRAFIA
.......................................................... 110
.......................................................... 110
................................................... 111
7Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
O Centro Cirúrgico é considerado uma área especializada 
e complexa, pois reúne pessoal, equipamentos, 
materiais e áreas diversificadas e peculiares, a fim de 
atender pacientes que, por sua patologia e necessidades 
cirúrgicas, são considerados de risco e devem ter 
assistência planejada, organizada e coordenada por 
equipe de enfermagem especializada (Murta, 2008).
 
Pode-se dizer que enfermagem cirúrgica é aquela 
que trata dos cuidados globais de enfermagem 
prestados ao paciente nos períodos pré-
operatório, intraoperatório e pós-operatório. Tais 
eventos são estressantes e complexos, exigindo 
opreparo do paciente e da família.
Especificamente no centro cirúrgico, os cuidados 
com os pacientes são mais voltados à objetividade 
das ações, usando intervenções de natureza 
técnica e visando a recuperação física do paciente. 
No entanto, vale frisar que a interação social, a 
demonstração de afeto, o toque e a conversa 
podem influenciar nesta recuperação.
Cada paciente deve ser tratado em sua 
individualidade. O planejamento de seu cuidado 
deve ser baseado em evidências e determinado 
pelo estado de saúde, pelo tipo de tratamento ao 
qual ele foi submetido, pelas rotinas da instituição 
e pelas necessidades particulares apresentadas.
Assim, esse componente curricular justifica-se 
por viabilizar subsídios que qualifiquem o técnico 
de enfermagem a exercer a profissão com maior 
confiabilidade, entendimento e segurança. Em 
seguida, são tratados os principais aspectos 
que compõem essa disciplina: centro cirúrgico, 
dinâmica de trabalho, recomendações para o 
controle de infecção, assistência de enfermagem 
ao paciente cirúrgico, posicionamento cirúrgico e 
anestesias.
 
Para, Kawamoto (1999, apud Brasil, 2003), 
“cirurgia ou operação é o tratamento de doença, 
lesão ou deformidade externa e/ou interna 
com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar 
um problema físico”.O termo cirurgião vem do 
grego Cheirourgos, que deriva de Cheir, mão, 
e Ergon, trabalho. Por sua vez, os instrumentos 
são peças que possibilitam ao cirurgião as 
manobras impossíveis de serem realizadas com 
a mão. Os instrumentos são usados para cortar 
Charge para debate e análise em sala
(bisturis, tesouras), conter sangramentos (pinças 
de Kelly, Kocher, Rochester), fechar a ferida 
operatória (porta-agulhas), auxiliar o uso de 
outros instrumentais (afastador, pinça anatômica), 
havendo também os específicos para cada tipo 
de cirurgia (pinças de Forester, Allis, Babcock, 
Backaus, Dural) (Simões; Lima, 2011; Almeida; 
Almeida, 2011).
De acordo com o Código Deontológico do 
Instrumentador Cirúrgico, este profissional 
zela pela provisão e manutenção de adequada 
assistência de instrumentação cirúrgica ao 
Cirurgião. Dentre suas atribuições, podem ser 
citadas: prever os materiais necessários à cirurgia; 
preparar a mesa com os instrumentais, fios 
cirúrgicos e outros materiais necessários; ajudar 
na colocação de campos operatórios; fornecer 
os instrumentais e materiais à equipe cirúrgica; 
manter a limpeza e proteção dos instrumentais e 
materiais contra a contaminação (Brasil, 2003).
O objetivo desse componente curricular é 
oferecer aos estudantes técnicos de enfermagem 
a oportunidade de aprofundamento nas questões 
relacionadas à Instrumentação cirúrgica, sendo 
para tanto abordados os seguintes temas: equipe 
cirúrgica, atribuições, ética, código deontológico, 
CME, processamento de artigos, instrumentais 
e fios cirúrgicos, assepsia, antissepsia, 
paramentação, terminologia cirúrgica, tempos 
cirúrgicos, montagem das mesas, preparação 
dos campos, sinalização cirúrgica, disposição da 
equipe cirúrgica, entre outros.
ENFERM.EM C.CIRÚRGICO E INSTRUMEN-
TAÇÃO CIRÚRGICA 
Introdução
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 8
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
UNIDADE I
CENTRO CIRÚRGICO
Fonte: Brasil, 2003.
A unidade de Centro Cirúrgico (CC) é uma 
área especializada e complexa, composta por um 
conjunto de áreas ou instalações diversificadas e 
peculiares destinadas à realização de intervenções 
anestésico-cirúrgicas, atendendo aos pacientes 
de forma planejada e coordenada por equipe de 
enfermagem especializada.
O Centro Cirúrgico deve ser estar localizado em área 
independente de trânsito de pessoas e de materiais, 
próxima aos departamentos dele dependentes, como 
Unidade de Internação Cirúrgica, Pronto-Socorro e 
Unidade de Terapia Intensiva, facilitando, assim, uma 
intervenção imediata (Murta, 2008).
1. ÁREAS DO BLOCO OPERATÓRIO
•	Não restrita - área em que o trânsito de pessoas é 
controlado e de circulação livre: vestiário, corredor de 
entrada, sala de espera de acompanhantes, área de 
transferência de macas, entre outros.
•	Semi-restrita - exige o uso de uniforme privativo (calça 
comprida, túnica, gorro, máscara e propés). Nesta 
área, ocorre circulação do pessoal e de equipamentos: 
corredores, Sala de Recuperação Pós-anestésica 
(SRPA), área de expurgo, estoque, almoxarifado 
interno, recepção do paciente, copa, entre outros.
•	Restrita - considerada área de trânsito privativa: 
corredor interno, salas de operação, lavabos, entre 
outros.
2. DIVISÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
Vestuários
Encontram-se na entrada do Centro cirúrgico; são 
ao menos dois (masculino e feminino) com sanitários, 
chuveiros e lavatórios. Devem dispor de armários com 
chaves para guarda de pertences.
Secretaria
Vinculada ao Posto de Enfermagem é um local 
destinado à área burocrática do setor, especialmente 
à elaboração de relatórios e ao controle administrativo.
Posto de enfermagem
Com uma área mínima de 6,0 m2, deve ser 1 para 
cada 12 leitos de RPA; é um local destinado ao controle 
e comando da enfermagem, localizada de forma a 
permitir a visualização das salas de cirurgias, SRPA e 
demais dependências.
Lavabo
Localiza-se em uma área ao lado da sala de 
operação. Deve dispor de pelo menos duas torneiras 
(com área de 1,10 m2 por torneira) a cada 2 salas 
de operação, com acionamento sem auxílio da mão. 
Acima do lavabo são dispostos materiais como solução 
degermante e escova esterilizada. 
Sala de Cirurgia ou de Operação
Fonte: Brasil, 2003.
9Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Contém no mínimo uma sala para cada 50 leitos. 
Mede, em média, de 25 m2 para procedimentos de 
cirurgia geral.
Características da sala de cirurgia:
Piso e parede: devem ser laváveis e duráveis, de cor 
neutra e fosca, com cantos arredondados para não 
acumularem resíduos, com piso antiderrapante e 
resistente a choque.
Tomadas: 3 conjuntos com quatro tomadas cada, 
em paredes distintas e com tomada especial para 
aparelhos de raios X portátil.
Portas: pelo menos duas por sala, devem conter 
visor e serem largas (1,50 m2) o suficiente 
para permitir a passagem de macas, camas e 
equipamentos cirúrgicos.
Janelas: devem ser altas, teladas e fechadas quando 
houver sistema de ar condicionado.
Iluminação: com foco central ou fixo e móvel auxiliar.
Equipamentos fixos: oxigênio, ar comprimido, vácuo, 
óxido nitroso (1 ponto de cada por sala); foco central; 
tomadas; armários; prateleiras; negatoscópio (raios X); 
ar condicionado; relógio.
Equipamento móvel: mesa cirúrgica e acessórios, 
mesa instrumental, mesas (de inox) auxiliares, suporte 
de soro, eletrocautério (bisturi elétrico), aparelho 
de anestesia, aspirador de pressão, suporte de 
lixo com tampa e pedal, banco (de inox) giratório, 
estrado, hamper, balde inoxidável, foco auxiliar à 
bateria, escada, esfigmomanômetros, monitor de 
eletrocardiograma, oxímetro de pulso, aspirador de 
secreções, caixa de extensão, respiradores, carros 
para materiais, circulação extracorpórea (CEC), etc.
Materiais
•	Kits anestesia: Raqui, Peridural, Geral, Bloqueio, 
Local.
•	Material para entubação: laringoscópio com lâminas, 
fio-guia, tubos endotraqueais, pinça de Maguill, 
seringa, cadarço, gel, cânula de Guedel, etc.
•	Extensões de látex.
•	Máscaras.
•	Recipiente para material perfurocortante.
•	Pomada anestésica, medicamentos anestésicos 
e de emergência, soluções endovenosas do tipo 
glicosada, fisiológica, bicarbonato de sódio, solução de 
álcool hexa-hídrico (Manitol®, de Ringer® e de Ringer 
Lactato®).
•	Outros: degermante, tópico, tintura, álcool 
70%, benjoim, esparadrapo, ataduras, adesivo 
hipoalergênico, tesoura, algodão, pacotes de campos, 
bacias, cubas rim, luvas, aventais ou capotes, 
compressas, impermeável (para forrar a mesa do 
instrumentador), sondas e drenos, gazinhas, caixas 
específicas de instrumental,etc.
Sala de anestesia ou bloqueio
Usada no pré-operatório para indução anestésica.
Sala de Recuperação Pós-anestésica ou de Pós-
operatório Imediato (POI)
A SRPA é área destinada a receber o paciente 
imediatamente após o término da cirurgia ainda sob 
efeito anestésico, onde o operado permanece por 
um período de uma a seis horas para prevenção 
ou tratamento de possíveis complicações. Deve 
ser localizada próxima às salas cirúrgicas e ao 
Posto de Enfermagem.
Equipamentos e materiais
Cama com grades laterais de segurança e 
encaixes para suporte de solução, suporte de soro, 
monitor cardíaco, esfigmomanômetro, estetoscópio, 
termômetro, oxímetro, foco de luz, rede de gases, 
ventiladores mecânicos, carrinho com material e 
medicamentos de emergência, desfibrilador cardíaco, 
material de intubação orotraqueal e etc.
Sala de Materiais Cirúrgicos ou arsenal
Com área de 8 m2, é usada para guardar todo 
material cirúrgico limpo e estéril exclusivo do setor.
Sala de equipamentos
Com área de 8 m2 localiza-se próxima à Sala 
de Materiais Cirúrgicos. É destinada à guarda de 
equipamentos e materiais não estéreis (aparelhos, 
talas, material para tração, coxins).
Depósito de Material de Limpeza (DML)
Destina-se à guarda de materiais de limpeza de 
uso exclusivo do setor, com área de 4 m2.
Sala de Serviço
A área suja é o local que recebe a roupa e materiais 
já utilizados na cirurgia, incluindo os resíduos. Deve ter 
pia de despejo.
Dependências adicionais
Banco de sangue, laboratório de patologia, sala 
de raio X.
Dependendo do tamanho do Centro Cirúrgico, é 
recomendável que haja uma copa e uma sala de estar 
para a equipe cirúrgica, localizadas perto do vestiário.
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 10
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
3. CIRURGIA
“Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, 
lesão ou deformidade externa e/ou interna com o 
objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema 
físico. É realizada na sala de cirurgia do hospital e em 
ambulatório ou consultório, quando o procedimento 
for considerado simples” (KAWAMOTO, 1999, apud 
Brasil, 2003, p.?) 
Tipos de cirurgias de urgência
•	Emergência: de atendimento imediato (agora), 
tais como sangramento grave, obstrução vesical ou 
intestinal, fratura de crânio, feridas por armas de fogo 
ou arma branca e queimaduras extensas (Smeltzer et 
al., 2009).
•	Urgência: de atendimento imediato (dentro de 24 
a 30 horas), como, por exemplo, infecção aguda da 
vesícula biliar, cálculos renais ou uretrais (Smeltzer et 
al., 2009).
•	Eletivas: programadas conforme a conveniência 
do paciente, como reparação de cicatrizes, hérnia 
simples, reparação vaginal, varicectomia, retirada de 
cisto superficial.
Finalidade
•	Diagnóstica ou exploratória: para visualizar 
partes internas e/ou realizar biópsias (laparotomia 
exploradora).
•	Curativa: para correção de alterações orgânicas, 
como, por exemplo, retirada da amígdala e excisão de 
um tumor.
•	Reparadora: reparação de feridas (enxertos de pele).
•	Reconstrutora ou cosmética: para reconstituição 
(como a mamoplastia), modelação (do nariz, por 
exemplo) ou plástica facial.
•	Paliativa: para aliviar a dor ou corrigir um problema 
(enfermidade para qual não há cura), tais como retirada 
total de um membro e abertura de orifício artificial para 
a saída de fezes.
Classificação da cirurgia por potencial de 
contaminação
•	 Limpas: realizadas em tecidos estéreis ou de fácil 
descontaminação, como, por exemplo, cirurgia de 
ovário, cirurgia cardíaca, mamoplastia, herniorrafia, 
neurocirurgias. São cirurgias em que não há penetração 
nos tratos digestório, respiratório ou urinário.
•	Potencialmente contaminadas: ocorrem em 
tecidos de difícil descontaminação (tratos digestivo, 
respiratório e urinário) sob condições controladas, 
tais como gastrectomias, redução de fratura exposta, 
hemorroidectomia.
•	Contaminadas: incisão na presença de inflação 
não purulenta aguda, de difícil descontaminação, 
bem como aquelas com quebra grosseira de técnica 
asséptica, como, por exemplo, penetração no trato 
biliar ou geniturinário na presença de bile ou urina 
infectada e colecistectomia com inflamação.
•	 Infectadas: cirurgias realizadas em tecidos com a 
presença de secreção purulenta (supuração local), 
tecido necrótico, corpo estranho e feridas de origem 
suja, tais como cirurgia do reto e ânus com pus, 
intestino perfurado, nefrectomia com presença de 
infecção, curetagem infectada.
IDEIAS-CHAVE
Centro cirúrgico; Áreas do bloco operatório; Divisão 
do centro cirúrgico; Cirurgia; Tipos de cirurgias de 
urgência; Finalidade da cirurgia; Classificação da 
cirurgia por potencial de contaminação.
RECAPITULANDO...
•	A unidade de Centro Cirúrgico (CC) é uma área 
especializada e complexa, composta por um conjunto 
de áreas ou instalações diversificadas e peculiares 
destinadas à realização de intervenções anestésico-
cirúrgicas, atendendo aos pacientes de forma 
planejada e coordenada por equipe de enfermagem 
especializada.
•	Áreas do bloco operatório: não restrita, semirrestrita 
e restrita.
•	Divisão do centro cirúrgico: vestuários, secretaria, 
posto de enfermagem, lavabo, sala de cirurgia ou 
de operação, sala de anestesia ou bloqueio, sala de 
recuperação pós-anestésica ou de pós-operatório 
imediato (POI), sala de materiais cirúrgicos ou arsenal, 
sala de equipamentos, depósito de material de limpeza 
(DML), sala de serviço e dependências adicionais.
•	Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, 
lesão ou deformidade externa e/ou interna com o 
objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema 
físico. É realizada na sala de cirurgia do hospital e em 
ambulatório ou consultório, quando o procedimento for 
considerado simples.
•	Tipos de cirurgias de urgência: de emergência, de 
urgência e eletivas.
•	Finalidade da cirurgia: diagnóstica ou exploratória, 
curativa, reparadora, reconstrutora ou cosmética e 
paliativa.
•	Classificação da cirurgia por potencial de 
contaminação: limpas, potencialmente contaminadas, 
contaminadas e infectadas.
11Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
PARA FIXAR O CONTEÚDO
A. Questões discursivas
1. Defina Centro Cirúrgico. 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
2. Cite as áreas do bloco operatório.
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
___________________________________________
3. Caracterize o Centro Cirúrgico.
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
___________________________________________
4. Que materiais deve ter a sala de cirurgia?
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
___________________________________________
5. Quais são os equipamentos e materiais da SRPA?
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
______________________________________________________________________________________
___________________________________________
6. Caracterize a sala de cirurgia.
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
B. Leia atentamente as afirmativas e marque V 
para as verdadeiras e F para as falsas.
1. ( ) O Centro Cirúrgico deve ser independente 
de trânsito de pessoas e de materiais, próximo dos 
departamentos dele dependentes, como Unidade 
de nefrologia e de câncer, Internação cirúrgica, e 
Unidade de Terapia semi-intensiva, facilitando, assim, 
uma intervenção imediata.
2. ( ) Em relação à finalidade, as cirurgias podem 
ser diagnóstica ou exploratória, curativa, reparadora, 
reconstrutora ou cosmética e paliativa.
3. ( ) Cirurgia não restrita exige o uso de uniforme 
privativo (calça comprida, túnica, gorro, máscara e 
propés). Nesta área, ocorre circulação do pessoal e 
de equipamentos.
4. ( ) Sala de Materiais Cirúrgico ou arsenal dispõe 
de área de 8 m2, sendo usada para guardar todo 
material cirúrgico limpo e estéril exclusivo do setor.
5. ( ) O Lavabo destina-se à guarda de materiais de 
limpeza de uso exclusivo do setor, com área de 4 m2.
6. ( ) Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, 
lesão ou deformidade externa e/ou interna com o 
objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema 
físico.
7. ( ) Cirurgia eletiva é programada conforme a 
conveniência do paciente, como, por exemplo, 
reparação de cicatrizes, hérnia simples, reparação 
vaginal, varicectomia, retirada de cisto superficial.
8. ( ) Cirurgia de Urgência exige atendimento 
imediato (agora). São exemplos deste tipo de cirurgia: 
sangramento grave, obstrução vesical ou intestinal, 
fratura de crânio, feridas por armas de fogo ou arma 
branca e queimaduras extensas.
9. ( ) Cirurgia de Emergência requer atendimento 
imediato (dentro de 24 a 30 horas), como nos casos 
de infecção aguda da vesícula biliar, cálculos renais 
ou uretrais. 
10. ( ) A Sala de equipamentos dispõe de área 
de 8 m2 e localiza-se próxima à Sala de Materiais 
Cirúrgicos. É destinada à guarda de equipamentos e 
materiais não estéreis (aparelhos, talas, material para 
tração, coxins).
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 12
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
C. Questões de múltipla escolha.
1. (Taylor; Lillis; LeMore, 2007) A.M.O. necessita 
de cirurgia para tratamento de ruptura de baço em 
consequência de acidente automobilístico. Esse tipo 
de cirurgia pertence a que categoria?
a. Pequena, para diagnóstico
b. Pequena, eletiva
c. Grande, de emergência
d. Grande, paliativa
2. A cirurgia é realizada na sala de cirurgia do 
hospital e em ambulatório ou consultório, quando o 
procedimento for considerado simples. São tipos de 
cirurgia, exceto:
a. Urgência
b. Paliativa
c. Eletiva
d. Emergência
3. A Sala de Cirurgia contém no mínimo uma sala 
para cada 50 leitos. Mede, em média, 25 m2 para 
procedimentos de cirurgia geral. Os equipamentos 
presentes na sala de cirurgia são, exceto:
a. Esfignomanômetros
b. Eletrocautério 
c. Cama com grades laterais
d. Mesa instrumental
4. Relacione as colunas, considerando a classificação 
da cirurgia por potencial de contaminação:
A. Limpas
B. Potencialmente contaminadas
C. Contaminadas
D. Infectadas
( ) cirurgia do reto e ânus com pus, intestino 
perfurado, nefrectomia com presença de infecção, 
curetagem infectada.
( ) cirurgia de ovário, cirurgia cardíaca, mamoplastia, 
herniorrafia, neurocirurgias. Cirurgias em que não 
há penetração nos tratos digestório, respiratório ou 
urinário.
( ) cirurgia com penetração no trato biliar ou 
geniturinário na presença de bile ou urina infectada, 
colecistectomia com inflamação.
( ) gastrectomias, redução de fratura exposta, 
hemorroidectomia.
Assinale a alternativa correta:
a. D; A; C; B.
b. C; A; D; B.
c. C; B; D; A.
d. D; C; A; B.
ANOTAÇÕES ESPECIAIS:
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13Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
UNIDADE II
DINÂMICA DO TRABALHO
1. EQUIPE CIRÚRGICA
A equipe do Centro Cirúrgico é composta por 
diversos profissionais: anestesista, cirurgião, 
instrumentador cirúrgico, enfermeiro, técnico e auxiliar 
de enfermagem, podendo ou não integrar a equipe o 
auxiliar administrativo (Brasil, 2003).
2. ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
•	“Cumprir normas e regulamentos da instituição;
•	Ter como norma o Código de Ética Profissional do 
COREN;
•	Receber o paciente no CC;
•	Participar de reuniões com seus líderes quando 
solicitado;
•	Participar de treinamentos e programas de 
desenvolvimento oferecidos;
•	Manter a ordem e a limpeza no seu ambiente de 
trabalho;
•	Zelar pelas condições ambientais de segurança do 
paciente e da equipe multiprofissional;
•	Zelar pelo correto manuseio de equipamentos;
•	Estar ciente das cirurgias marcadas para a sala de 
sua responsabilidade;
•	Priorizar os procedimentos de maior complexidade, 
conforme orientação do enfermeiro;
•	Prover a Sala de Operação (SO) com material e 
equipamentos adequados, de acordo com cada tipo 
de cirurgia e as necessidades individuais do paciente, 
descritas no planejamento de assistência realizado 
pelo enfermeiro assistencial do CC;
•	Remover sujidades dos equipamentos expostos e das 
superfícies, levando em consideração as orientações 
do setor de controle de infecção da instituição;
•	Verificar a limpeza de paredes e do piso da SO;
•	Verificar o funcionamento dos gases e equipamentos;
•	Verificar o funcionamento da iluminação da SO;
•	Tomar providências para a manutenção da 
temperatura adequada da sala;
•	Auxiliar na transferência do paciente da maca 
para a mesa cirúrgica, certificando-se do corretoposicionamento de cateteres, sondas e drenos;
•	Auxiliar no correto posicionamento para o ato 
cirúrgico;
•	Notificar o enfermeiro responsável sobre possíveis 
intercorrências;
•	Utilizar corretamente equipamentos, materiais 
permanentes, descartáveis e roupas;
•	Auxiliar o anestesiologista na indução/reversão do 
procedimento anestésico;
•	Preencher corretamente todos os impressos 
pertinentes ao prontuário do paciente e à instituição;
•	Comunicar ao enfermeiro defeitos em equipamentos 
e materiais;
•	Controlar materiais, compressas e gases como fator 
de segurança para o paciente;
•	Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica;
•	Abrir os materiais estéreis dentro de técnicas 
assépticas;
•	Solicitar a presença do enfermeiro sempre que 
necessário;
•	Encaminhar peças exames e outros pedidos 
realizados no transcorrer da cirurgia;
•	Auxiliar na transferência do paciente da mesa 
cirúrgica para a maca, certificando-se do correto 
posicionamento de cateteres, sondas e drenos;
•	Realizar a desmontagem da SO” (H.M.M.C, 2008).
3. ATRIBUIÇÕES DO CIRCULANTE DE SALA
O circulante da equipe de enfermagem é 
responsável por preparar a sala cirúrgica, pelo auxílio 
da equipe cirúrgica, pelo preparo da mesa cirúrgica, 
pelas anotações, encaminhamentos e solicitações. Ele 
deve também recepcionar e assistir o paciente antes e 
durante o procedimento, até que ele seja encaminhado 
à SRPA (Murta, 2008).
Atribuições do circulante interno da sala de 
operações:
•	Verificar diariamente as salas de cirurgia e o estoque 
geral de materiais.
•	Preparar a sala seguindo a técnica de limpeza e 
montagem da sala, de acordo com a cirurgia.
•	Equipar a mesa de anestesia.
•	Receber o paciente e conferir o prontuário.
•	 Posicionar o paciente na mesa de acordo com a 
anestesia ou cirurgia, providenciando coxins e suportes 
se necessários.
•	 Verificar se o paciente porta algum objeto a ser 
removido (anel, dentadura, relógio, etc.), removendo e 
identificando o objeto.
•	Verificar se o preparo pré-operatório foi feito, 
executando a tricotomia, se necessário.
•	Explicar ao paciente, enquanto estiver consciente, o 
que será feito.
•	Colocar as braçadeiras, puncionando a veia conforme 
técnica e rotina.
•	Colocar o manguito do esfignomanômetro.
•	Auxiliar o anestesista de acordo com suas 
solicitações.
•	Colocar a placa neutra do bisturi elétrico, previamente 
lubrificada com gel, em região muscular, vascularizada, 
sem pelos e em local que não acumule líquido durante 
a cirurgia.
•	Ajudar o instrumentador na montagem da mesa e 
paramentação da equipe cirúrgica.
•	Fornecer o material necessário, antes e durante o 
processo de cirurgia.
•	Conectar os polos do bisturi e ligar o aspirador e 
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 14
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
demais equipamentos necessários.
•	Descobrir a área operatória, fazendo a antissepsia 
conforme rotina.
•	Ligar foco central e posicioná-lo.
•	Receber as peças para exames, identificando-as.
•	Preencher a folha de sala, relacionando o material 
utilizado.
•	Auxiliar na remoção do paciente e preparar a sala 
para cirurgia seguinte (Barros; Bartmann; Hargreaves, 
1996; Murta, 2008). 
4. MONTAGEM DA SALA CIRÚRGICA
O circulante da sala deve:
•	Verificar a lista de cirurgia no que tange a materiais, 
aparelhos ou solicitações;
•	Manter a sala em boas condições de limpeza, 
verificando paredes e piso da sala, removendo o pó 
dos equipamentos expostos e das superfícies, com 
compressas de álcool a 70%;
•	Observar se o lavabo está equipado para uso e 
lavar as mãos;
•	Testar o funcionamento dos aparelhos sob sua 
responsabilidade, verificando suas perfeitas condições 
de uso;
•	Checar com o anestesista a necessidade de material 
para o carrinho de anestesia.
•	Preparar a infusão endovenosa e a bandeja de 
antissepsia, dispondo os pacotes de aventais, campos, 
luvas e a caixa de instrumentais em local limpo e 
acessível (Brasil, 2003; Barros; Bartmann; Hargreaves, 
1996).
5. CIRCULAÇÃO DA SALA CIRÚRGICA
•	Na sala de operação, receber o cliente, procedendo 
à sua identificação;
•	Conferir os dados do prontuário;
•	Transferir o cliente da maca para a mesa cirúrgica; 
•	Posicionar o suporte de braço (para a infusão 
endovenosa) sob o colchonete da mesa cirúrgica, 
tendo o cuidado de colocar o braço do paciente num 
ângulo inferior a 90º em relação ao corpo.
•	Auxiliar o cirurgião ou assistente a posicionar 
corretamente o cliente para o ato cirúrgico ou realizá-
lo sob orientação médica;
•	Ajudar os integrantes da equipe cirúrgica a se 
paramentarem;
•	Abrir o pacote com o impermeável sobre a mesa do 
instrumentador e a caixa de instrumentais sobre a mesa 
auxiliar, fornecendo ao instrumentador os materiais 
esterilizados (gaze, compressas, fios, cúpulas, etc.) 
e oferecendo ao cirurgião a bandeja de material para 
antissepsia. 
•	Auxiliar o anestesista a ajustar o arco de narcose 
e o suporte de soro de cada lado da mesa cirúrgica, 
fixando as pontas dos campos esterilizados - recebidos 
do assistente - no arco e suportes, formando uma 
tenda de separação entre o campo operatório e o 
anestesista.
•	Aproximar da equipe cirúrgica o hamper coberto com 
campo esterilizado e o balde de lixo;
•	Ligar o sistema de aspiração e o bisturi elétrico;
•	Aproximar os pedais dos aparelhos elétricos, quando 
utilizados;
•	Posicionar o foco de luz sempre que solicitado, de 
forma a proporcionar iluminação adequada no campo 
cirúrgico;
•	Fornecer estrados ou bancos aos cirurgiões e 
instrumentadores;
•	Desligar o foco e aparelhos ao final da cirurgia 
e afastar os equipamentos e aparelhos da mesa 
cirúrgica, removendo os campos, pinças e outros 
materiais sobre o cliente.
•	Até que o operado seja transportado para a SRPA, o 
mesmo não pode ser deixado sozinho devido ao risco 
de quedas acidentais ou intercorrências pós-cirúrgicas.
•	Transferir o paciente da mesa cirúrgica para a maca 
e encaminhá-lo à SRPA, UTI ou unidade de internação;
•	Encaminhar o cliente à SRPA juntamente com o 
anestesista.
•	Separar a roupa usada na cirurgia e encaminhá-la 
ao expurgo, após verificar se não há instrumentais 
misturados.
•	Tratar os materiais de vidro, borracha, cortantes, 
instrumentais e outros de acordo com a rotina do 
serviço;
•	Providenciar a limpeza da sala cirúrgica;
•	Ao final da cirurgia, normalmente, o cirurgião ou outro 
profissional que tenha participado de sua realização 
informa os familiares sobre o ato cirúrgico e o estado 
geral do paciente (Brasil, 2003; Barros; Bartmann; 
Hargreaves, 1996).
6. DESMONTAGEM DA SALA CIRÚRGICA
A desmontagem da sala cirúrgica é realizada ao 
final do procedimento cirúrgico pelo circulante, visando 
deixá-la livre de forma que possa ser preparada para 
a próxima cirurgia, pela remoção do material e de 
equipamentos específicos da sala, assegurando um 
ambiente limpo e minimizando o risco de contaminação 
(HUAP. [200-?]).
•	 Manipular o material cuidadosamente, usando 
luvas de procedimento e evitando batida ou queda 
(proteger lentes e óticas);
•	 Recolher material de consumo não utilizado 
para devolução ao local destinado à guarda de material 
ou para reprocessamento;
•	 Revisar todo instrumental cirúrgico;
•	 Retirar lâmina do cabo de bisturi;
•	 Desprezar agulhas e lâminas em caixa de 
perfurocortante;
•	 Aspirar com água corrente restos de fluido do 
interior das extensões;
•	 Desconectar ponta de aspirador da extensão;
•	 Acondicionar os instrumentais em container 
15Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
com água (os mais leves devem ser colocados por 
cima) e encaminhá-los para a área suja da Central de 
Material para reprocessamento;
•	 Manipular campos contaminados evitando 
disseminação e desprezar no hamper;
•	 Encaminhar frascos de vidro com secreções 
para o expurgo e desprezar no lixo os frascos 
descartáveis;
•	 Solicitar a limpeza terminal da sala ao 
funcionário da limpeza(Murta, 2008; HUAP. [200-?]).
IDEIAS-CHAVE
Dinâmica do trabalho; Equipe cirúrgica; Atribuições 
do técnico de enfermagem; Atribuições do circulante 
de sala; Atribuições do circulante interno da sala de 
operações; Montagem da sala cirúrgica; Circulação da 
sala cirúrgica; Desmontagem da sala cirúrgica.
RECAPITULANDO...
•	A equipe do Centro Cirúrgico é composta por 
diversos profissionais: anestesista, cirurgião, 
instrumentador cirúrgico, enfermeiro, técnico e auxiliar 
de enfermagem, podendo ou não integrar a equipe o 
auxiliar administrativo.
•	Atribuições do técnico de enfermagem: receber o 
paciente no CC; manter a ordem e a limpeza; zelar 
pelas condições ambientais de segurança; zelar pelo 
correto manuseio de equipamentos; estar ciente das 
cirurgias marcadas; prover a Sala de Operação (SO) 
com material e equipamentos adequados; remover 
sujidades dos equipamentos expostos e das superfícies; 
verificar a limpeza de paredes e do piso da SO; 
verificar o funcionamento dos gases e equipamentos; 
manter a temperatura adequada da sala; auxiliar na 
transferência do paciente, certificando-se do correto 
posicionamento de cateteres, sondas e drenos; 
auxiliar no correto posicionamento para o ato cirúrgico; 
auxiliar o anestesiologista na indução/reversão do 
procedimento anestésico; auxiliar na paramentação da 
equipe cirúrgica; realizar a desmontagem da SO.
•	O circulante da equipe de enfermagem é responsável 
por preparar a sala cirúrgica, pelo auxílio da equipe 
cirúrgica, pelo preparo da mesa cirúrgica, por 
anotações, encaminhamentos e solicitações. Ele deve 
também recepcionar e assistir o paciente antes e 
durante o procedimento, até que ele seja encaminhado 
à SRPA.
•	Na montagem da sala cirúrgica: verificar a lista de 
cirurgia; verificar paredes e piso da sala, removendo 
o pó dos equipamentos expostos e das superfícies; 
observar se o lavabo está equipado para uso e lavar as 
mãos; testar o funcionamento dos aparelhos; checar o 
carrinho de anestesia; preparar a infusão endovenosa 
e a bandeja de antissepsia, dispondo os pacotes de 
aventais, campos, luvas e a caixa de instrumentais em 
local limpo e acessível.
•	A Desmontagem da sala cirúrgica é realizada ao final 
do procedimento cirúrgico pelo circulante, visando 
deixá-la livre de forma que possa ser preparada para a 
próxima cirurgia, através da remoção do material e de 
equipamentos específicos da sala, assegurando um 
ambiente limpo e minimizando o risco de contaminação 
(HUAP, [200-?]).
PARA FIXAR O CONTEÚDO
A. Questões discursivas
1. Quais são os profissionais que compõem a equipe 
cirúrgica?
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2. Descreva as responsabilidades do técnico de 
enfermagem no que se refere à limpeza da SO.
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3. Descreva as responsabilidades do circulante da 
sala de cirurgia no que se refere ao bisturi elétrico.
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4. Descreva a circulação da sala cirúrgica.
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Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 16
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
B. Leia atentamente as afirmativas e marque V 
para as verdadeiras e F para as falsas.
1. ( ) O circulante da equipe de enfermagem é 
responsável por preparar a sala cirúrgica, pelo auxílio 
da equipe cirúrgica, pelo preparo da mesa cirúrgica, 
por anotações, encaminhamentos e solicitações. 
Ele deve também recepcionar e assistir o paciente 
antes e durante o procedimento, até que ele seja 
encaminhado à SRPA.
2. ( ) A desmontagem da sala cirúrgica é realizada 
ao final do procedimento cirúrgico pelo circulante, 
visando deixá-la livre de forma que possa ser 
preparada para a próxima cirurgia, através da 
remoção do material e de equipamentos específicos 
da sala, assegurando um ambiente limpo e 
minimizando o risco de contaminação.
3. ( ) No que se refere ao equipamento da SO, o circulante 
deve verificar a lista de cirurgia (materiais, aparelhos ou 
solicitações), remover o pó dos equipamentos expostos e 
testar o funcionamento dos aparelhos.
 
4. ( ) De acordo com Murta (2008), o cirurgião é o 
principal executor e responsável pela cirurgia.
5. ( ) O anestesista deve ter conhecimento 
de técnicas cirúrgicas básicas, como suturas, 
pinçamentos e ligaduras.
C. Questões de múltipla escolha.
1. Dentre as atribuições do circulante interno da SO 
podem-se citar, exceto:
a. Montar as mesas
b. Receber o paciente e conferir o prontuário
c. Posicionar o paciente na mesa de acordo com a 
anestesia ou cirurgia
d. Preencher a folha de sala
2. No que se refere à montagem da sala cirúrgica o 
circulante deve, exceto:
a. Preparar a infusão endovenosa e a bandeja de 
antissepsia.
b. Verificar a lista de cirurgia
c. Manter a sala em boas condições de limpeza
d. Verificar se o paciente porta algum objeto a ser removido
3. (Timby, 2007) Se o paciente que será submetido a 
uma cirurgia estiver usando um anel, qual a medida 
mais correta?
a. Colocar o anel no armário ao lado do leito.
b. Deixar o anel no dedo do paciente.
c. Dar o anel ao segurança.
d. Identificar e guardar com os demais pertences do 
paciente. 
ANOTAÇÕES ESPECIAIS:
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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
UNIDADE III
RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO
1. FATORES DE RISCO PARA O CONTROLE DE 
INFECÇÃO
Sabe-se que a infecção do sítio cirúrgico é 
multifatorial, sendo a equipe cirúrgica uma importante 
fonte de patógenos para sua etiologia. Frente a esse 
contexto, “o uso da paramentação é uma forma coerente 
de prevenção de transmissão de contaminação e 
de infecção, tanto para o profissional como para o 
paciente, e o uso adequado está relacionado, também, 
com a garantia da manutenção da assepsia (Cataneo 
et al., 2004, p.?).
A infecção do sítio cirúrgico representa um 
grande ônus socioeconômico às instituições, em 
decorrência dos custos hospitalares, e ao paciente, 
pelo prolongamento do período de afastamento de 
suas atividades profissionais e familiares (Kunzle et 
al., 2006).
Estudos revelam que problemas de natureza 
infecciosa podem estar relacionados a fatores 
intrínsecos às condições do paciente, ou seja, é 
reconhecido que a maioria das infecções hospitalares, 
inclusive a da ferida cirúrgica, é de origem endógena 
(70 a 80%). Também é de fundamental importância 
lembrar que muitos pacientes podem adquirir infecções 
através de práticas iatrogênicas decorrentes de mitos 
e rituais, que podem favorecer o aumento do índice 
de infecção no pós-operatório. A segunda causa da 
transmissão da ISC é a equipe cirúrgica, caracterizada 
pela infecção veiculada principalmente pelas vias 
aéreas superiores e pelas mãos. Outros mecanismos 
de contaminação são os artigos médico-hospitalares e 
o ar ambiente.
As crenças e práticas em relação ao controle de 
infecção do paciente cirúrgico são caracterizadas em 
quatro temas: relacionadas ao paciente (preparo de 
pele, tricotomia, roupa privativa, retirada de adornos), 
à equipe cirúrgica (unhas, adornos, roupa privativa 
e paramentações cirúrgicas), ao ambiente (limpeza 
de sala operatória, piso, padrões de circulação) e 
aos procedimentos (assepsia, escovação cirúrgica, 
colocação de campos esterilizados, validade da 
esterilização e manuseio do material estéril) (Kunzle 
et al., 2006).
O controle da contaminação ambiental no centro 
cirúrgico (CC) tem sido considerado uma medida 
racional para a prevenção. Esse controle assume 
conotação mais ampla e não se limita somente à 
limpeza de pisos, paredes e equipamentos, englobando 
também o controle do acesso e do trânsito de pessoas 
dentro da sala de operação durante a cirurgia, a 
movimentação das portas, o sistema de ventilação e a 
paramentação adequada da equipe cirúrgica (Cataneo 
et al, 2004).
A infecção hospitalar constitui um dos grandes 
problemas enfrentados pelos profissionais de saúde e 
pacientes. Estima-se, no Brasil, que a ISC ocorra após 
11% das operações (Cataneo et al, 2004).
2. RECOMENDAÇÕES CDC PARA PREVENÇÃO
São três as principais estratégias para reduzir e 
prevenir as ISC:
	Diminuir o montante e o tipo de contaminação; 
	Melhorar as condições da ferida; 
	Melhorar as defesas do hospedeiro. 
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 18
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
A antibioticoprofilaxia deve ser realizada antes 
do início da cirurgia, preferencialmente na indução 
anestésica, para que no momento da incisão da pele, 
com exposição de tecidos aos microrganismos, exista 
concentração tecidual adequada do antibiótico. Como o 
S.aureus é o agente mais frequente nas ISC, a profilaxia 
deve ser realizada com antibióticos que tenham 
atividade contra este agente, geralmente cefalosporinas 
de primeira e segunda geração. Caso a cirurgia seja 
prolongada e ocorra uma grande perda volêmica ou 
se o paciente for obeso mórbido, é recomendável uma 
segunda dose intraoperatória. O uso de antibiótico 
profilático iniciado após o início da intervenção é 
ineficaz, independente da duração do uso. 
Os guias atuais para prevenção da infecção 
hospitalar são baseados em evidências científicas. 
As recomendações se baseiam na força destas 
evidências. O CDC classifica suas recomendações de 
acordo com as seguintes categorias: 
Categoria IA: são medidas fortemente recomendadas 
para implementação e fortemente suportadas por 
estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos 
bem desenhados. 
Categoria IB: são medidas fortemente recomendadas 
para implementação e suportadas por alguns estudos 
experimentais, clínicos ou epidemiológicos e com forte 
razão teórica. 
Categoria IC: são medidas determinadas por 
regulamentações, normas ou padrões governamentais. 
Categoria IIC: são medidas sugeridas para 
implementação e suportadas por estudos clínicos ou 
epidemiológicos indicativos e com uma razão teórica. 
Tópicos não resolvidos ou sem recomendações: 
são medidas para as quais as evidências científicas 
são insuficientes ou não há consenso relativo a sua 
eficácia.
As recomendações do CDC com os níveis de evidência 
para prevenção de ISC são apresentadas no quadro a 
seguir. 
Recomendações do CDC para Prevenção de ISC 
Recomendação 
Nível da Recomendação 
 1. Recomendações Pré-operatórias
a) Preparo do paciente: 
1. Diagnosticar e tratar infecções em sítios distantes antes do procedimento. IA 
2. Fazer a internação pré-operatória mais breve possível. IA 
3. Se for necessário realizar a tricotomia, fazer imediatamente antes da cirurgia, 
com o uso de aparelho elétrico (tricotomizador). 
IA 
4. Controlar a glicemia em todos os pacientes diabéticos, evitando, 
particularmente, hiperglicemia intraoperatória. 
IB 
5. Recomendar que o paciente pare de fumar, no mínimo, 30 dias antes do 
procedimento. 
IB 
6. Prescrever banho pré-operatório com antisséptico na noite anterior ao 
procedimento ou na manhã da cirurgia. 
IB 
7. Orientar a limpeza da pele na região da incisão do procedimento para remover 
contaminação grosseira antes de aplicar solução antisséptica. É suficiente o uso 
de soluções degermantes. 
 
IB 
8. Usar antisséptico apropriado para preparo da pele: soluções alcoólicas de PVP-I 
ou clorexidina. Não é recomendado uso de álcool, éter ou outra solução após a 
antissepsia. 
IB 
 
9. Realizar antissepsia no campo operatório no sentido centrífugo, circular e grande 
o suficiente para abranger possíveis extensões da incisão, novas incisões e/ou 
inserção de drenos. 
 
IB 
10. Considerar postergar a cirurgia em caso de desnutrição severa, realizando 
controle pela albumina. 
II 
11. Não alterar ou suspender o uso contínuo de esteroides antes de 
procedimentos eletivos. 
Tópico não resolvido. 
12. Não há recomendação para melhorar o estado nutricional do paciente 
cirúrgico. 
Tópico não resolvido. 
13. Não há recomendação para aplicação pré-operatória de mupirocina tópica 
nas narinas do paciente. 
Tópico não resolvido. 
19Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
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b) Realizar antissepsia das mãos e antebraços de toda equipe cirúrgica: 
1. Realizar escovação de mãos e antebraços até acima do cotovelo por pelo 
menos 3-5 minutos com antisséptico adequado (soluções degermantes de PVP-I 
ou clorexidina). Não é recomendado o uso de “luva química” ou uso de solventes 
como álcool ou éter após a antissepsia. 
 
IB2. Após escovação, manter os braços em flexão com as mãos para cima, longe do 
corpo; enxugar com toalha estéril; e colocar avental e luvas estéreis. 
IB 
3. Manter unhas curtas e não usar unhas artificiais. IB 
4. Limpar abaixo da unha antes da escovação II 
5. Não usar joias em braços e mãos II 
1. Não há recomendação sobre o uso de unhas esmaltadas. Tópico não resolvido. 
c) Manuseio de pessoal contaminado ou infectado: 
1. Educar e encorajar o pessoal da equipe cirúrgica que apresenta doença 
infecciosa transmissível a se reportar ao supervisor imediato e à equipe da saúde 
ocupacional. 
 IB 
2. Desenvolver políticas bem definidas sobre as responsabilidades para com 
os pacientes quando o pessoal da equipe apresenta infecção potencialmente 
transmissível.
 IB 
3. Colher culturas apropriadas e afastar do trabalho o pessoal cirúrgico que 
apresente lesões cutâneas, até que o quadro esteja adequadamente tratado. 
 IB 
4. Não afastar do trabalho pessoal cirúrgico que esteja colonizado por organismos 
como S. aureus (nariz, mãos e outras partes do corpo) ou Streptococcus do Grupo 
A, a não ser que se verifique epidemiologicamente a disseminação desses agentes 
na instituição.
 IB 
d) Antibiótico Profilático: 
1. Administrar antimicrobiano profilático quando indicado e selecioná-lo baseado 
no agente mais comum para o procedimento específico. 
 IA 
2. Recomenda-se administrar a profilaxia antibiótica intravenosa no momento 
da indução anestésica para que haja concentração adequada de antibiótico no 
momento da incisão da pele. 
 IA 
3. Nos casos de cirurgia colorretal, administrar antibiótico intravenoso como 
no item d2, e associar antibiótico via oral e preparo de cólon no dia anterior ao 
procedimento. 
 IA 
4. Para cesarianas de alto risco, administrar o antibiótico profilático imediatamente 
após o clampeamento do cordão. 
IA 
5. Considerar doses adicionais de antibiótico no intraoperatório se a cirurgia se 
estender mais do que a meia vida estimada do antibiótico, se houver grande perda 
de sangue ou se o paciente possuir obesidade mórbida. 
 IA 
6. Não estender a profilaxia no pós-operatório. IB 
7. Não usar vancomicina como profilaxia de rotina. IB 
 2. Cuidados intraoperatórios 
a) Ambiente da sala cirúrgica: 
1. Manter pressão positiva da ventilação da sala cirúrgica em relação ao corredor 
e áreas adjacentes. 
IB 
2. Manter no mínimo 15 trocas de ar por hora, sendo pelo menos 3 trocas com 
renovação de ar. 
IB 
3. Filtrar todo ar com filtros apropriados e aprovados pelo órgão competente. IB 
4. Introduzir todo ar pelo teto e a exaustão pelo chão. IB
5. Não utilizar radiação ultravioleta com o objetivo de prevenir infecção. IB 
6. Manter as portas da sala fechadas exceto para passagem de equipamentos, 
profissionais e pacientes. 
 IB 
7. Considerar realizar cirurgias para próteses ortopédicas em salas com ar ultra 
limpo. 
II 
8. Limitar o número de pessoas na sala cirúrgica. II 
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 20
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
b) Limpeza e desinfecção de superfícies: 
1. Quando houver sujeira visível ou contaminação com sangue ou fluídos corporais 
nos equipamentos durante a cirurgia, usar desinfetante registrado no órgão 
competente, para limpeza antes da próxima cirurgia. 
 IB 
 
2. Não realizar limpeza ou desinfecção especial após cirurgias contaminadas ou 
infectadas. 
IB 
3. Não usar tapetes na entrada da sala cirúrgica com objetivo de controlar 
infecção. 
IB 
4. Realizar limpeza terminal na sala cirúrgica após a última cirurgia com desinfetante 
registrado no órgão competente. 
II 
5. Não há recomendação para desinfetar superfícies ou equipamentos entre 
cirurgias, na ausência de contaminação visível. 
Tópico não resolvido 
c) Coleta microbiológica: 
1. Não realizar de rotina coleta de amostras ambientais da sala cirúrgica; colher 
esse tipo de material apenas quando indicado como parte de uma investigação 
epidemiológica. 
 IB 
 
d) Esterilização do instrumental cirúrgico: 
1. Esterilizar todos os instrumentais cirúrgicos de acordo com as recomendações 
da CCIH. 
IB 
 
2. Utilizar esterilização rápida (Flash) para materiais que precisem ser esterilizados 
com urgência. 
IB 
 
3. Não utilizar esterilização rápida rotineiramente por conveniência ou para 
poupar tempo. 
IB 
 
e) Roupas e Vestimentas cirúrgicas: 
1. Usar máscara cirúrgica que cubra completamente a boca e o nariz quando 
entrar na sala cirúrgica, se o material estéril estiver exposto ou se a cirurgia já 
tiver começado. Usar máscara durante todo o procedimento. 
 IB 
 
2. Usar gorros que cubram por completo cabelos da cabeça e face quando da 
entrada na sala cirúrgica. 
IB 
3. Não usar propé com intuito de prevenir infecção. IB 
4. Toda a equipe cirúrgica deve usar luva estéril, que deve ser colocada após o 
avental estéril.
IB 
5. O avental e campo cirúrgico devem ser de material impermeável. IB 
6. Trocar a paramentação quando visivelmente molhada, suja, contaminada e/ou 
permeada de sangue ou outros materiais potencialmente infecciosos.
IB 
7. Usar propé que cubra o pé e tornozelo, quando o risco de contaminação para o 
profissional for previsto.
II 
8. Não há recomendação sobre como ou onde lavar roupas cirúrgicas, ou sobre 
restringir o uso de vestimentas no centro cirúrgico, ou sobre cobrir as roupas 
cirúrgicas quando fora do centro cirúrgico.
Tópico não resolvido 
f) Anestesia 
1. Toda a equipe anestésica deve seguir as recomendações para controle de 
infecção durante a cirurgia.
IA 
 
g) Antissepsia e Técnica Cirúrgica: 
1. Utilizar técnicas assépticas quando da colocação de cateteres intravasculares 
(CVC), espinhais ou epidurais, ou na administração de drogas intravenosas. 
IA 
2. Abrir equipamentos ou soluções estéreis imediatamente antes do uso. II 
3. Manipular os tecidos delicadamente, manter hemostasia efetiva, minimizar 
tecidos desvitalizados e corpos estranhos e erradicar espaço morto no sítio 
cirúrgico. 
IB 
 
21Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
4. Postergar o fechamento primário ou deixar a incisão aberta para fechamento por 
segunda intenção, se o campo cirúrgico for severamente contaminado. 
IB 
 
5. Se o dreno for necessário, usar o tipo fechado de sucção. Colocar o dreno em 
uma incisão separada e remover assim que possível. 
IB 
 
 3. Cuidados pós-operatórios com a incisão: 
a) Manter a incisão fechada com curativo estéril e seco pelas primeiras 24-48 
horas; não removê-lo durante o banho. 
IB 
 
b) Lavar a mão com antisséptico antes e depois de manipular o curativo ou sítio 
cirúrgico. 
IB 
 
c) Orientar pacientes e familiares a cuidar da cicatriz, a identificar sinais e sintomas 
de infecção e a reportar à pessoa adequada esses achados. 
II 
 
d) Não há recomendação quanto a manter o curativo oclusivo além de 48 horas 
quando do fechamento primário, nem do tempo de molhar a ferida sem a cobertura 
do curativo. 
Tópico não resolvido 
 4. Vigilância Epidemiológica: 
a) Usar as definições do CDC para identificar ISC. IB 
b) Para busca de casos de ISC, utilizar a observação prospectiva direta, indireta ou 
uma combinação das duas durante a internação. 
IB 
 
c) Utilizar um sistema de vigilância pós-alta que seja compatível com os recursos e 
atenda à necessidade de obtenção de dados. 
IB 
d) Após o final da cirurgia, um membro da equipe cirúrgica deve definir o potencial 
de contaminação da cirurgia. 
II 
 
e) Para os pacientes que realizaram cirurgias e foram escolhidos para vigilância, 
registrar todas as variáveis que podem estar envolvidas em um risco aumentado 
de ISC. 
 
IB 
 
f) Periodicamente, calcular as taxas de ISC por procedimento específico, 
estratificadas pelas variáveis que são preditivas de risco para ISC. 
IB 
 
g) Reportar, apropriadamente estratificadas, as taxas deISC para cada membro da 
equipe cirúrgica. O formato e a frequência são determinados pelo volume cirúrgico 
e os objetivos locais. 
IB 
 
h) Não há recomendação sobre o método utilizado na divulgação para a Comissão 
de Controle de Infecção Hospitalar dos resultados codificados por cirurgião. 
Tópico não resolvido
3. PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
 
Fonte: Brasil, 2003.
O uso da paramentação cirúrgica tem como 
finalidade a formação de uma barreira microbiológica 
contra penetração de microrganismos no sítio cirúrgico 
do paciente, oriundos dele mesmo, dos profissionais, 
dos materiais, dos equipamentos e do ar ambiente. Os 
componentes da paramentação cirúrgica são:
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 22
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- aventais: diariamente inúmeras células epiteliais 
desprendem-se da pele, sendo que muitas delas 
levam consigo bactérias. A utilização do avental 
objetiva reduzir a dispersão das bactérias no ar 
(aproximadamente 30%) e evitar o contato da 
pele da equipe com sangue e fluidos corporais 
que possam contaminar a roupa privativa. O CDC 
recomenda troca de avental, quando este estiver 
visivelmente sujo com sangue ou outro fluido corporal 
potencialmente infectante;
- gorros: o CDC recomenda sua utilização com intuito 
de evitar a contaminação do sítio cirúrgico por cabelo 
ou microbiota presente nele; o gorro deve ser bem 
adaptado, permitindo cobrir totalmente o cabelo na 
cabeça e na face; 
- luvas: são utilizadas pelos membros da equipe 
cirúrgica com a função de proteger o paciente das 
mãos dos profissionais, bem como a equipe de fluidos 
potencialmente contaminados. Com a finalidade de 
reduzir e prevenir o risco de exposição ao sangue, 
recomenda-se o uso do duplo enluvamento do 
cirurgião e do primeiro assistente para qualquer 
procedimento que durar mais do que uma hora, pois 
estudos demonstram que o procedimento de longa 
duração influencia a taxa de furos nas luvas e aumenta 
a exposição ao sangue; 
- propés: o uso é atualmente uma questão polêmica, 
uma vez que ainda se fazem necessários estudos 
criteriosos para que essa prática seja abolida. 
Consiste em procedimento mais significante para 
proteger a equipe da exposição a sangue, fluidos 
corporais e materiais perfurocortantes do que medida 
de proteção ao paciente. A supervisão deve ser 
constante quanto ao uso indiscriminado e incorreto 
dos propés, como calçá-los em substituição aos 
sapatos. Para garantir maior proteção, eles devem 
ser calçados com sapatos fechados;
- máscaras: o uso justifica-se por dois aspectos: proteger 
o paciente da contaminação (principalmente quando 
a incisão cirúrgica está aberta) por microrganismos, 
oriundos do nariz e da boca dos profissionais, 
liberados no ambiente, quando eles falam, tossem e 
respiram; e salvaguardar a mucosa dos profissionais 
de respingos de secreções provenientes dos 
pacientes durante o procedimento cirúrgico. Esta via 
de transmissão é considerada infrequente porque nem 
todas as partículas expelidas contêm bactérias, sendo 
sua utilização mais eficiente para a equipe de saúde 
por existir o risco de exposição a fluidos infectantes. 
A Occupational Safety and Health Administration 
(OSHA) exige a utilização de máscaras que protejam 
totalmente a boca e o nariz, combinadas com 
protetores oculares, e a Association of Perioperative 
Registered Nurses (AORN) recomenda que todas as 
pessoas utilizem máscaras cirúrgicas ao entrarem na 
sala de operação, quando materiais e equipamentos 
estéreis estiverem abertos. Tais máscaras devem ser 
descartadas após cada uso, manipulando-se somente 
as tiras; trocadas quando estiverem molhadas, não 
devendo ficar penduradas no pescoço e nem dobradas 
dentro do bolso para serem utilizadas posteriormente; 
- óculos: devido às doenças transmissíveis por 
substâncias orgânicas dos pacientes (por exemplo, a 
AIDS e a hepatite B), adiciona-se o uso de óculos ou 
máscaras protetoras dos olhos como componentes da 
paramentação cirúrgica. 
4. PREPARO DO PACIENTE
O centro cirúrgico não é um setor onde se lida 
apenas com materiais e equipamentos. Em um centro 
cirúrgico, a figura mais importante é a pessoa que 
está passando por uma situação de estresse ao ser 
submetida à cirurgia. Nessa situação, os pacientes 
estão expostos ao medo e à insegurança, além de 
estarem fragilizadas pela sua própria condição de 
saúde. É muito importante que a equipe de enfermagem 
de centro cirúrgico cuide dos pacientes, aplicando os 
conhecimentos adquiridos para garantir o conforto, a 
segurança e conquistar a confiança deles.
Na atenção do paciente pré-cirúrgico, a equipe 
de enfermagem é responsável pelo seu preparo, 
estabelecendo e desenvolvendo diversas ações 
de cuidados de enfermagem, de acordo com as 
especificidades da cirurgia. Esses cuidados, por sua 
vez, são executados de acordo com conhecimentos 
especializados para atender às necessidades 
advindas do tratamento. Incluem orientação, preparo 
físico e emocional, avaliação e encaminhamento ao 
centro cirúrgico, com finalidade de diminuir o risco 
cirúrgico, promoção da recuperação e prevenção 
das complicações no pós-operatório (Christóforo; 
Carvalho, 2009). 
 
O paciente deve ser orientado a alguns cuidados 
para evitar que tenha uma complicação durante 
ou após uma cirurgia. Entre os cuidados a serem 
tomados estão:
Preparo da pele: esse procedimento tem como 
finalidade eliminar ao máximo a flora bacteriana da 
pele do paciente. A área em torno da futura ferida 
operatória deve ser limpa de modo completo e 
sujeita à tricotomia.
23Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
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Preparo intestinal: é feito antes da maioria das 
operações, principalmente as realizadas sob anestesia 
geral; é importante o reto estar vazio, evitando, assim, 
que o paciente evacue durante o ato cirúrgico. 
Higiene geral: além do preparo local da pele, um 
banho completo na véspera da operação ajuda a 
evitar infecções. Os pacientes deambulantes devem 
ser orientados a fazer sua própria higiene. O técnico 
de enfermagem fornece o material necessário como 
sabão antisséptico, tesourinha de unha e outros 
materiais que se fazem necessários. Em caso de 
paciente acamado, cabe ao técnico fazer essa higiene, 
lavando o cabelo com xampu, limpando e cortando as 
unhas, lavando os pés e mãos e realizando higiene 
oral (Barros; Bartmann; Hargreaves, 1996).
5. MANUSEIO DE PESSOAL CONTAMINADO OU 
INFECTADO
-Educar e encorajar pessoal da equipe cirúrgica que 
apresenta sinais ou sintomas de doenças infecciosas 
transmissíveis a se reportar ao supervisor imediato e 
ao pessoal de saúde ocupacional.
-Desenvolver políticas de atendimento ao paciente 
quando o pessoal de atendimento apresenta doenças 
infecciosas transmissíveis.
- Estas políticas devem abranger e estabelecer: 
a. responsabilidades em usar serviços de saúde e 
comunicar doenças;
b. restrições de trabalho;
c. afastamento do trabalho quando o profissional for 
acometido por doença que acarreta restrições de 
trabalho.
-Afastar do trabalho e colher culturas apropriadas 
do pessoal que participa da cirurgia que apresente 
lesões cutâneas, até que o quadro infeccioso esteja 
adequadamente tratado.
-Não excluir do trabalho o pessoal da equipe cirúrgica 
que esteja colonizado por organismos como S.aureus 
(nariz, mãos e outras partes do corpo) ou Streptococcus 
do grupo A, a não ser que estas pessoas estejam 
relacionadas à disseminação desses organismos nas 
áreas de cuidados médicos ( Machado et al., 2001).
6. PRECAUÇÕES PADRÃO
As precauções que devem ser mantidas em um 
centro cirúrgico são medidas de controle de infecção 
que visam à diminuição no risco de transmissão de 
microrganismos nos hospitais:
- de um paciente (portador ou doente) para outro 
paciente, de forma direta ou indireta; ou de um paciente 
(portador ou doente) para o profissional de saúde.São medidas de proteção que devem ser adotadas 
por todos os profissionais de saúde, quando prestam 
cuidados aos pacientes ou manuseiam artigos 
contaminados, independentemente de doença 
transmissível comprovada. Consistem em:
Preparo do profissional da saúde:
•	 Lavagem das mãos, antes e após ter contato com 
o paciente;
•	 Uso de luvas de procedimento, retirando-as após 
prestar a assistência;
•	 Lavar as mãos após a retirada das luvas;
Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem 24
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•	 Uso do avental, em caso de contato com sangue e 
fluidos corporais;
•	 Manuseio correto de material perfurocortante;
•	 Manuseio correto de artigos e roupas contaminadas;
•	 Descontaminação de superfícies ambientais;
•	 Descontaminação de artigos e equipamentos;
•	 Proteção facial.
Preparo do corpo do paciente para a cirurgia:
● Desinfecção por agentes químicos (povidini) e 
tricotomia (raspagem de pelos).
● São utilizados sabões especiais e antissépticos da 
pele. A limpeza da pele com esses produtos é feita 
durante o dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, 
dependendo da rotina do hospital. O emprego desta 
técnica visa remover ou destruir os germes existentes 
na pele.
● Tricotomia da região a ser operada, bem ampla.
● Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa.
● Limpeza e corte das unhas e remoção de esmaltes 
(pés e mãos) para poder observar a coloração durante 
a cirurgia.
● Retirada da barba os homens.
● Dieta leve no jantar (de acordo com orientação 
médica).
● Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a 
prescrição médica.
● Jejum após o jantar e orientação do paciente.
● Promoção de ambiente tranquilo. 
Precaução padrão:
São indicadas para o atendimento de todos os 
pacientes hospitalizados, independentemente do seu 
diagnóstico e do seu estado infeccioso; da manipulação 
de artigos e equipamentos contaminados ou suspeitos 
de contaminação; do risco de contato com sangue, 
todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções 
(exceto suor), com sangue visível ou não, pele não 
íntegra e mucosas.
Os cuidados básicos a serem tomados são, 
principalmente, a lavagem das mãos e o uso de 
barreiras, tais como luvas, avental, máscara, protetor 
de olhos, protetor de face, processamento de artigos 
e equipamentos de assistência ao paciente, limpeza 
de superfícies ambientais, processamento de roupas, 
prevenção de acidentes com perfurocortantes e 
acomodação adequada do paciente.
Precaução de contato:
São indicadas este tipo de precaução quando 
há infecção ou colonização por microrganismo 
multirresistente, varicela, infecções de pele e tecidos 
moles com secreções não contidas no curativo, 
impetigo, herpes zoster disseminado, pacientes 
com diarreia, abscessos ou feridas com drenagem 
de secreção não contida, infecção respiratória - 
bronquiolite em lactentes e crianças, escabiose 
(extensa ou norueguesa) ou em imunossuprimido, 
etc. Os cuidados básicos a serem tomados são: uso 
de luvas e avental durante manipulação do paciente, 
de cateteres e sondas, do circuito e do equipamento 
ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito. 
Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro 
e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do 
paciente. Quando não houver disponibilidade de 
quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos 
deve ser de um metro.
Precauções para gotículas:
São indicados em caso de suspeita ou confirmação 
de doenças transmitidas por gotículas, como meningites 
bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, 
rubéola, etc. Alguns cuidados básicos devem ser 
tomados, tais como: o transporte do paciente deve 
ser evitado, mas, quando necessário, ele deve usar 
máscara cirúrgica durante toda sua permanência 
fora do quarto; quando não houver disponibilidade de 
quarto privativo, o paciente pode ser internado com 
outros infectados pelo mesmo microrganismo com 
uma distância mínima entre dois leitos de um metro. 
Precaução para aerossóis:
São indicados em casos de suspeita ou confirmação 
de doenças transmitidas por aerossóis, como 
tuberculose pulmonar ou laríngea bacilífera, sarampo, 
25Enf. em C. Cirúrgico e Instrumentação Cirúrgica Técnico em Enfermagem
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varicela, herpes zoster disseminado. Os cuidados 
básicos a serem tomados são: higienização das mãos 
antes e após o contato com o paciente, uso de óculos, 
máscara cirúrgica e/ou avental quando houver risco de 
contato de sangue ou secreções e descarte adequado 
dos perfurocortantes; fechamento constante da porta 
do quarto; colocação de máscara antes de entrar no 
quarto. Quando não houver disponibilidade de quarto 
privativo, o paciente pode ser internado com outros 
pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo. 
Obs.: Pacientes com suspeita de tuberculose resistente 
ao tratamento não podem dividir o mesmo quarto com 
outros pacientes com tuberculose. 
O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando 
necessário o paciente deve usar máscara cirúrgica 
durante toda sua permanência fora do quarto.
7. LIMPEZA RECOMENDADA EM CENTRO 
CIRÚRGICO
A sala de cirurgia, por sua vez, requer procedimentos 
de limpeza específicos para cada situação vivenciada 
ao longo de um dia de atividade:
Terminal: é a limpeza que abrange pisos, paredes, 
equipamentos, mobília (incluindo as camas, macas e 
colchões), janelas, vidros, portas, peitoris, varandas, 
grades do ar condicionado, luminárias, teto e etc., 
interna e externamente. Esse tipo de limpeza é 
realizado em situações como após alta do paciente, 
transferência ou óbito.
Preparatória: é recomendada que seja realizada 
pouco tempo antes do início da montagem da sala da 
primeira cirurgia do dia (se estiver sem uso por mais 
de 12 horas, realiza-se a remoção de partículas de 
poeira dos mobiliários, equipamentos e superfícies 
horizontais)
Operatória: é realizada pela enfermagem, com o uso 
de EPI adequado, durante o procedimento cirúrgico, 
quando ocorre a contaminação do chão com matéria 
orgânica, na presença de resíduo ou queda de material.
Concorrente: é realizada após o término de uma 
cirurgia e antes do início da outra para a remoção 
de sujidade e matéria orgânica em mobiliários, 
equipamentos e superfícies 
IDEIAS-CHAVE
Controle de infecção; Infecção de sitio cirúrgico; 
CDC; Prevenção; Paramentação cirúrgica; Preparo 
do paciente; Manuseio de pessoal contaminado ou 
infectado; Precaução padrão; Limpeza de centro 
cirúrgico. 
RECAPITULANDO...
•	Problemas de natureza infecciosa podem estar 
relacionados a fatores intrínsecos às condições do 
paciente e equipe cirúrgica, caracterizados pela 
infecção veiculada principalmente pelas vias aéreas 
superiores e pelas mãos. Outros mecanismos de 
contaminação são os artigos médico-hospitalares e o 
ar ambiente.
•	O controle da contaminação ambiental no centro 
cirúrgico (CC) tem sido considerado medida racional 
para a prevenção. Esse controle assume conotação 
mais ampla e não se limita somente à limpeza de 
pisos, paredes e equipamentos, englobando também 
o controle do acesso e do trânsito de pessoas dentro 
da sala de operação.
•	A infecção hospitalar constitui um dos grandes 
problemas enfrentados pelos profissionais de saúde e 
pacientes. Estima-se, no Brasil, que a ISC ocorra após 
11% das operações.
•	São três as principais estratégias para reduzir e 
prevenir as ISC: diminuir o montante e o tipo de 
contaminação; melhorar as condições da ferida; e 
melhorar as defesas do hospedeiro.
•	O uso da paramentação cirúrgica tem como finalidade 
a formação de uma barreira microbiológica contra 
penetração de microrganismos no sítio cirúrgico do 
paciente, oriundos dele mesmo, dos profissionais, dos 
materiais, dos equipamentos e do ar ambiente.
•	O centro cirúrgico não é um setor onde se lida 
apenas com materiais e equipamentos. Em um centro 
cirúrgico, a figura mais importante é a pessoa que 
está passando por uma situação de

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