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CASO 7 - PRÁTICA SIMULADA V

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PRÁTICA SIMULADA V 
MARCELLE FALANGOLA 
201402430401 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de 
direito privado, por meio de seu presidente, com inscrição no Ministério do Trabalho nº 
..., inscrito no CNPJ nº ..., com sede à ..., por seu advogado subscrito conforme procuração 
em anexo, com endereço profissional à ..., para onde devem ser remetidas as notificações 
e intimações, nos termos do art. 39, I, do CPC, vem respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, conforme o art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, propor a 
presente 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO 
CAUTELAR 
 
em face da Lei Estadual editada pelo Estado KWY, elaborada pelo 
GOVERNADOR DO ESTADO e a ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ESTADUAL. 
 
I- DOS FATOS 
 
O Estado KWY editou uma norma determinando a gratuidade dos 
estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como 
supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo multas pelo 
descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON 
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local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados ao 
instrumento normativo. 
II- DA COMPETÊNCIA DO ORGÃO JULGADOR 
 
Inicialmente cabe aqui informar que o art. 102, I, alínea “a”, da CRFB/88 
estabelece que compete ao STF, precipuamente a guarda da Constituição, cabendo-lhe 
processar e julgar, originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal. Portanto, verifica-se que a competência para processamento e 
julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do STF. 
 
 
III- DA LEGITIMIDADE ATIVA E DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA 
 
No artigo 103, IX, da CRFB/88, está descrito o rol dos legitimados para 
propor uma ação direta de inconstitucionalidade, dentre os quais, verificam-se as 
confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. 
Em conformidade o art. 2º, IX, da Lei 9.868/99 diz sobre o que fora 
descrito no mesmo sentido. Fica claro que se faz necessária comprovação da pertinência 
temática como requisito para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade. 
Em razão disso, a CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE COMÉRCIO 
possui interesse na presente ação, por ser extremamente afetada pela norma que deu 
finalidade à propositura da presente ação. 
 
 
IV- DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
 
Em relação a legitimidade passiva da ação direta de inconstitucionalidade, 
esta é do GOVERNADOR DO ESTADO e da ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 
ESTADUAL que criaram a norma estadual inconstitucional. 
 
 
V- DA INCOSTITUCIONALIDADE DA NORMA 
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MARCELLE FALANGOLA 
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Nos termos do Art. 22, inciso I, da CRFB/88, confirma-se a competência 
privativa por parte da União de legislar sobre direito civil, comercial, penal processual, 
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Diante de tal assertiva, 
configura-se a inconstitucionalidade formal da norma objeto da presente ação, haja vista 
não haver competência do Estado para legislar sobre matéria afeta à União de forma 
privativa. 
Não se pode olvidar que a norma que deu finalidade à ação fere o 
fundamento da livre iniciativa constante do art. 1º, IV, da CRFB/88. Além da garantia ao 
direito de propriedade previsto no art. 5º, XXII, da Carta Magna. Verifica-se, ainda, o 
total desacordo com o que preconizam os princípios gerais da atividade econômica, da 
propriedade privada e da livre concorrência, dispostos no art. 170, caput, I e IV, da 
CRFB/88. 
Ante o exposto, fica fundamentada a violação dos ditames constitucionais, 
caracterizando-se tanto na inconstitucionalidade formal quanto na inconstitucionalidade 
material da norma ora impugnada. 
 
VI- DA MEDIDA CAUTELAR 
 
É cediça, no caso em tela, a possibilidade de Medida Cautelar nos termos 
do art. 102, I, “p” da Carta Magna, corroborada pelos artigos 10 e 12 da Lei n. 9.868/99, 
por serem identificáveis os requisitos do fumus boni juris e do periculum in mora. 
O requisito do fumus boni juris fica patente na violação do texto 
constitucional, quanto a livre iniciativa, propriedade privada e livre concorrência. Além 
de ferir a competência da União no que diz respeito ao art. 22, I, da CRFB/88. E, quanto 
ao periculum in mora, poderemos verificar o cumprimento de tal requisito na 
possibilidade identificada de dano irreparável ao reclamante, em face da relevância da 
matéria e segurança jurídica, evitando, desta forma, danos e prejuízos advindos da norma 
ora vigente, de acordo com o art. 12 da Lei n. 9.868/99. 
 
VII- DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer à Vossa Excelência: 
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1- A concessão da medida cautelar para suspender a norma impugnada até a sentença 
definitiva com fulcro nos artigos 10 a 12 da Lei nº 9.868/99. 
2- A notificação da autoridade coatora, na pessoa do Governador do Estado KWY, 
para prestar informações no prazo legal, com fulcro no art. 6º da Lei nº 9.868/99 
3- A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste no prazo de 
quinze dias, conforme o art. 8º da Lei nº 9.868/99. 
4- A intimação do Advogado-Geral da União para prestar informações no prazo de 
quinze dias, em consonância com o art. 8º da Lei nº 9.868/99. 
5- Procedência do pedido, com a ratificação do pedido cautelar para que seja 
declarada a inconstitucionalidade com efeitos “erga omnes”. 
 
VIII- DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do 
artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), conforme artigo 291 
do CPC/2015. 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado. OAB/UF nº ...

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