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PRÁTICA SIMULADA V Aluna: Larissa de Souza Barbosa. Matricula: 2018041236896 AULA 07 – AÇÃO DIRETA DE INCOSTITUCIONALIDADE EXCELENTISSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONFEDERAÇÃO NASCIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito privado, entidade de âmbito nacional, inscrito no CNPJ sob o nº..., com sede em ..., por seu advogado infra-assinado..., com escritório..., para onde devem ser remetidas as notificações e intimações, nos termos do art. 39, I, do CPC, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência, com fundamento no art. 102, I, a da CRFB/88 e na Lei n. 9.869/99, propor a presente : AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR Em face da Lei Estadual editada pelo Estado KWY, elaborada pelo Governador do Estado e a Assembleia Legislativa Estadual. I – DO OBJETO Trata-se de norma editada pelo Estado KWY, determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo gradação nas punições administrativas. A lei designa ainda o PROCON como órgão responsável pela fiscalização dos estabelecimentos que ficam obrigados pela lei em questão. Resignada com a possível ilegalidade, a autora propõe a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade II – DOS FUNDAMENTOS a) DA COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO JULGADOR O art. 102, I, alínea a, da CRFB/88 estabelece que compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Supremo Tribunal Federal. b) DA LEGITIMIDADE ATIVA/PERTINÊNCIA TEMÁTICA O art. 103, IX, da CRFB/88 estabelece o rol dos legitimados para propor uma ação direta de inconstitucionalidade, dentre os quais, verificam-se as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. Corroborando com essa assertiva, o art. 2º, IX, da Lei n. 9.868/99 discorre sobre o mesmo tema. É sabido que se faz necessária no caso em tela a comprovação da pertinência temática como requisito para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade. No entanto, não resta dúvida de que a confederação nacional de comércio possui claro interesse na presente ação, haja vista a atividade ser extremamente afetada pela norma que deu finalidade à propositura da presente ação. c) DA LEGITIMIDADE PASSIVA A legitimidade passiva da ação direta de inconstitucionalidade em referência é do Governador do Estado e da Assembleia Legislativa estadual que criaram a norma estadual inconstitucional. d) DA INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA Nos termos do art. 22, I, da CRFB/88, confirma-se a competência privativa por parte da União para legislar sobre direito civil, comercial, penal processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Diante de tal assertiva, configura-se a inconstitucionalidade formal da norma objeto da presente ação, haja vista não haver competência do Estado para legislar sobre matéria afeta à União de forma privativa. Não se pode olvidar que a norma que deu finalidade à ação fere o fundamento da livre iniciativa constante do art. 1º, IV, da CRFB/88. Além da garantia ao direito de propriedade previsto no art. 5º, XXII, da Carta Magna. Verifica-se, ainda, o total desacordo com o que preconizam os princípios gerais da atividade econômica, da propriedade privada e da livre concorrência, dispostos no art. 170, caput, I e IV, da CRFB/88. Ante o exposto, fica fundamentada a violação dos ditames constitucionais, caracterizando-se tanto na inconstitucionalidade formal quanto na inconstitucionalidade material da norma ora impugnada. III- DA MEDIDA LIMINAR No caso em tela, a possibilidade de Medida Cautelar nos termos do art. 102, I, p , da Carta Magna, corroborada pelos arts. 10 e 12 da Lei n. 9.868/99, por serem identificáveis os requisitos do fumus boni juris e do periculum in mora. O requisito do fumus boni juris fica patente na violação do texto constitucional, quanto a livre iniciativa, propriedade privada e livre concorrência. Além de ferir a competência da União no que diz respeito ao art. 22, I, da CRFB/88. E, quanto ao periculum in mora, poderemos verificar o cumprimento de tal requisito na possibilidade identificada de dano irreparável ao reclamante, em face da relevância da matéria e segurança jurídica, evitando, desta forma, danos e prejuízos advindos da norma ora vigente, de acordo com o art. 12 da Lei n. 9.868/99. IV – DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer o impetrante que Vossa Excelência: a) A concessão da medida cautelar para suspender a norma impugnada até a sentença definitiva com fulcro nos arts. 10 a 12 da Lei n. 9.868/99. b) A notificação da autoridade coatora, na pessoa do Governador do Estado KWY, para prestar informações no prazo legal, com fundamento no art. 6º da Lei n. 9.868/99. c) A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste no prazo de quinze dias, conforme o art. 8º da Lei n. 9.868/99. d) A intimação do Advogado-Geral da União para prestar informações no prazo de quinze dias, em conformidade com art. 8º da Lei n. 9.868/99. e) Procedência do pedido, com a ratificação da cautelar, para que seja declarada a inconstitucionalidade com efeitos erga omnes V - DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC. VI – DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil), artigo 291, do CPC/2015. Termos que, Pede Deferimento. (Local e Data) Advogado OAB/UF
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