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PROPOSTA PLANO URBANÍSTICO CARANDIRU VILA- pup

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PROPOSTA PLANO URBANÍSTICO CARANDIRU VILA -MARIA – VGLIECCA & 
ASSOCIADOS 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO SELECIONADO, A AUTORIA E DATA DE PROJETO E/OU 
OBRA: 
• Identificação: Carandiru-Vila Maria 
• Explicação: A área selecionada para a operação urbana era muito grande, atingindo quase 20.000 
hectares, em uma região já suburbana da cidade. Devido à grandeza da área, a intervenção foi tratada 
a partir da sua geografia, que no começo, era imperceptível. Por isso, o projeto procurou redescobrir 
a geografia local, associando-a às infraestruturas urbanas – elementos fundamentais da cidade 
contemporânea, através dos quais se pode avaliar o grau de inclusão social que uma dada região 
oferece. 
• Autoria: VIGLIECCA&ASSOC - Héctor Vigliecca, Luciene Quel, Ruben Otero, Anne Marie Sumner, 
Ronald Werner Fiedler, Paulo Serra, Luci Maie 
• Data: 2004 
 
A CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL DA OBRA 
• O bairro do Carandiru é um dos bairros que pertencem à prefeitura regional de Santana/Tucuruvi, na 
zona norte da cidade de São Paulo; essa região está situada ao norte do Rio Tietê. A ocupação desse 
bairro é considerada tardia ao se comparar com algumas outras regiões de metrópole paulistana. 
• Carandiru: O bairro do Carandiru recebeu o nome de um dos córregos que banhava a fazenda Sant’ 
Ana. O bairro se tornou conhecido por abrigar em seu território o antigo complexo da Penitenciária do 
Estado; e posteriormente foram construídos vários edifícios na intenção de abrigar a Casa de Detenção 
de São Paulo. 
• Em meados da década de 1940 o presídio atingiu sua lotação máxima, aliado com as crises financeiras 
e administrativas. Ocorreu o enfraquecimento no sistema carcerário, que passava na ocasião por um 
período de inúmeros suicídios, e a penitenciária já não era mais um modelo a ser seguido. Nesse 
momento ocorre a construção da Casa de detenção Flaminio Favero, dando início ao complexo 
penitenciário do Carandiru. 
• A desativação do complexo penitenciário foi proposta pelo governador Mario Covas em 1995, o qual 
propunha a demolição do complexo e a venda de seu terreno, gerando verba para a construção de 
novos presídios no interior. 
• Em 2002 o complexo foi desativado, e os detentos que ainda restavam foram remanejados. Foi 
proposto pelo governo do estado a construção de um complexo cultural no local do antigo complexo, 
visando transformar a memória ali presente. No processo de desativação do presídio foi realizado um 
concurso para a escolha do projeto arquitetônico para o futuro parque. O projeto vencedor foi realizado 
pelo escritório Aflalo e Gasperini, que visava transformar essa área marcada por tragédias em um 
espaço dedicado à cultura e ao lazer. 
• O parque foi construído em uma área de aproximadamente 35000m². O conjunto idealizado pelo 
escritório Aflalo e Gasperini, contou com o projeto paisagístico coordenado pelo escritório de Rosa 
Grena Kliass. 
• O projeto era constituído por três setores: A primeira fase foi entregue em 2003 e contava com as 
instalações do Parque Esportivo que possui pista de skate, pista para caminhada e dez quadras 
poliesportivas. A segunda fase foi entregue no segundo semestre de 2004 foi o Parque Central, 
composto por uma representativa área de cobertura vegetal. A terceira parte, que foi entregue no 
começo de 2005, foi o Parque Institucional que possui um caráter cultural. Nesse espaço estão 
localizados a Biblioteca São Paulo e as escolas destinadas a cursos profissionalizantes, e essa área 
do parque ainda faz a ligação com a estação Carandiru do metrô. 
 
 
 
 
A LOCALIZAÇÃO DO PROJETO E SUA INSERÇÃO NO MUNICÍPIO, SUA RELAÇÃO COM 
A CIDADE E ÁREA DO ENTORNO: 
• A região onde se instala esta Operação Urbana ocupa ao Norte parte da várzea do Rio Tiete, no 
trecho compreendido entre esse e o início das colinas do maciço da Cantareira. Ao Sul, ocupa ao 
longo do Rio Tietê, apenas pequena faixa de terreno que abrange parte do Bom Retiro, Ponte 
Pequena e trecho do Pari. Para o Oeste ocupa parte da Casa Verde, tendo a Avenida Brás Leme 
como divisa e a Leste, se estende até a Via Dutra, abarcando a Vila Guilherme e a Vila Maria. 
• Encontra-se em extensa e plana área onde ocorre também à desembocadura do Rio Tamanduateí, 
antes alagadiça e tomada pelos meandros do Rio Tiete, quando nela formava lagoas e a inundava, 
anteriormente à sua retificação. 
• A área que a Operação Urbana Carandiru – Vila Maria abrange é de 1752 ha. 
• A ocupação se deu de maneira desordenada sendo que em parte ocorreu como expansão, desde 
antigos caminhos, das vias que estruturaram o território e em parte resultou da implantação de 
loteamentos residenciais, como nos casos da Vila Guilherme e Vila Maria. Ocorreu, ainda, com a 
formação de terrenos de maiores proporções, resultantes das instalações industriais, comerciais 
ou de atividades prestadoras de serviços, no intervalo de tempo reduzido e relativamente recente 
dos últimos trinta anos. 
• Como resultado, formaram-se no local estrutura fundiária e morfologia, com tamanhas 
discrepâncias, nas quais estão justapostas quadras parceladas em diminutos lotes, ocupados com 
pequenas casas ou sobrados geminados, e extensos terrenos com garagens de ônibus ou 
transportadoras, ou mesmo algumas indústrias que ainda restam, responsáveis, em boa medida, 
pela degradação ambiental de parcela da região. 
• A partição do território ocorreu descontroladamente, à medida que se obtiveram terrenos 
disponíveis após a retificação do leito do Rio Tietê, construindo-se trama descontínua e traçado 
viário incapaz de articular com eficiência e clareza este espaço. 
• Posteriormente o terreno da várzea passou a ser recoberto com intermináveis superfícies de 
estacionamentos e outras formas de impermeabilização do solo, dos córregos ou canais, aberto 
para atingir o leito do Tietê, e quando não estão canalizados subterraneamente têm as margens 
comprimidas por vias ou outras formas de ocupação muito próximas do seu leito. O padrão de 
ocupação, usual em São Paulo em áreas com essas características, conduz às periódicas 
inundações e alagamentos que tornam ainda mais restrita a mobilidade, tornando comprometida à 
utilização do seu território. 
• A ocupação é de baixa densidade e amplos terrenos remanescem desocupados ou pouco 
utilizados. As favelas presentes na região da operação urbana, especialmente a favela da Zaki 
Narchi construída sobre antigo depósito de lixo, estão permanentemente expostas a risco e são 
frequentes os casos de incêndios. 
 
ELEMENTOS DE LEITURA URBANA E DIAGNÓSTICO URBANÍSTICO: 
• O plano estratégico que engendra essas relações, aqui chamado de Plano-Referência de Intervenção 
e Ordenação Urbanística (PRIOU), é o instrumento básico de formulação dessa equação. Nele é que 
se definem onde, quanto e em quais limites da lei vigente no local será possível ultrapassar suas 
restrições, para calcular, com base em estimativa de adesão aos dispositivos desta operação, os 
recursos a serem obtidos para as intervenções previstas. 
• O projeto urbanístico, nesse processo, é a ferramenta que configura espacialmente essa operação, 
antecipando os seus resultados físicos, quer sejam decorrentes das intervenções promovidas ou 
conduzidas pelo governo municipal, quer sejam aquelas realizadas com os investimentos privados. 
Este formula as hipóteses de aproveitamento do solo, de acordo com diferentes setores estabelecidos 
no projeto, e define a configuração volumétrica e espacial que deverá ser obedecida em determinados 
locais. É com base nesses elementos que a fórmula se estrutura no PRIOU. 
• Na realidade a Operação Urbana Carandiru – Vila Maria se origina do projeto urbanístico. Ele 
estabelece o desenho das transformações pelas quais a área deve passar, as reformulações 
pretendidas e a inserção de parte dos elementos dissolvidos na trama desse território, definindo os 
próprios limites da abrangênciaterritorial do projeto. 
 
 
• O Projeto Urbanístico Carandiru – Vila Maria, por sua vez, foi desenvolvido com enfoque em três 
principais temas, assim definidos: 
1. Alcançar maior adensamento da ocupação territorial e promover a atração da mais ampla 
diversidade de usos: que proporcionem a utilização intensa da infraestrutura instalada e a 
obtenção das condições para o emprego pleno daquela que virá a ser instalada, sobretudo a 
Linha 8 do Metrô, cuja construção está prevista para o local. Também, com a ocupação 
diversificada e de elevada densidade, busca-se gerar condições para que a dinâmica 
econômica e a afluência de público, dos equipamentos de serviços e de comércio de grande 
porte da área, repercutam, em parte, nas suas proximidades, que estejam ou venham a se 
instalar na região; 
2. Regenerar o ambiente e a paisagem: de modo a obter condições adequadas de 
habitabilidade, melhorando os padrões de moradia da população residente e dos usuários 
permanentes ou temporários e, ainda, de maneira a ampliar o universo da habitação no local. 
Nesse sentido, a oferta de áreas públicas na região é fator preponderante para atingir as 
condições estabelecidas no projeto; 
3. Adquirir mobilidade no interior da região da Operação Urbana: em que é precário o 
deslocamento entre pontos próximos, enquanto são fartos os meios de acesso ao seu território. 
A articulação dos equipamentos mencionados mostra-se possível no Projeto Urbanístico 
Carandiru – Vila Maria, por meio do alinhamento dos maiores deles, com vias em parte 
existentes e algumas ligações a serem construídas entre essas. Da conquista por mover-se 
com facilidade e rapidez e ainda estimular a circulação, por vários meios, depende a 
intensificação do uso dos equipamentos instalados e a atração de novas atividades para a 
região, conforme acima se propõe. 
• Intervenções Estruturais: 
1. Eixo estruturador leste oeste: A tarja que no desenho da Operação Urbana rasga a região, 
no seu sentido maior, é o Eixo Estruturador Leste Oeste. A proposta que ele traz supõe articular 
os grandes equipamentos hoje desconectados, pela interligação de vias existentes, mediante 
a abertura de trechos nos quais hoje em dia não existe continuidade. Baseia-se também no 
aproveitamento de áreas públicas dispostas ao longo dessas vias, de maneira a configurar 
faixa contínua estendida sobre este território e no interior do qual desenvolve-se a operação 
urbana, com parâmetros mais precisos de ocupação. O traçado da linha 8 do Metrô, ou Arco 
Norte, como também é chamada, que antes tinha seu percurso desenhado mais ao norte da 
região, passa agora a integrar esse eixo. A característica da sua ocupação, no projeto, é a de 
eixo de adensamento previsto para atrair investimentos do setor habitacional e criar estímulos 
aos empreendimentos dos setores do comércio, de serviços e de escritórios. Mas não apenas 
destes, se não ainda voltar-se para a atração de hotéis, equipamentos culturais e de 
entretenimento, entendendo que estas atividades têm afinidade com os eventos, feiras e 
exposições que são realizados nos grandes equipamentos e com outros, como universidades 
e equipamentos esportivos de grande porte, hoje instalados na região. Para esse eixo, que se 
prolonga do Campo de Marte até as proximidades do Parque da Vila Guilherme, junto ao antigo 
terreno da Sociedade Paulista de Trote, são estabelecidos coeficientes de permeabilidade do 
solo acima do usual, para configurá-la inclusive como extensa faixa verde. A ocupação do solo, 
sobretudo junto às vias que o conformam, deve ser marcada por atividades predominantemente 
de uso coletivo para tornar mais fácil e desimpedida a circulação de pedestres, intensificando 
sua utilização. 
2. Eixo estruturador norte sul: Entre as avenidas Santos Dumont e Cruzeiro do Sul, forma-se 
área com formato de trapézio, apresentando em ambos os lados extensas áreas públicas como 
o Campo de Marte, o terreno do Anhembi, o do antigo Carandiru, além de outros. No seu interior 
ocorre ocupação de baixo aproveitamento e algumas quadras apresentam sinais de 
degradação, com edificações mal conservadas. A rua Voluntários da Pátria, que acompanha 
longitudinalmente essa área, no projeto prolonga-se até a margem oposta do rio pela Avenida 
Tiradentes, definindo uma espinha dorsal que o projeto trata como via de centralidade linear, a 
ser transformada em linha contínua, com a construção de transposição sobre o Rio Tietê. 
Recupera-se a ligação histórica existente até a demolição da Ponte Grande, substituída com a 
construção da Ponte das Bandeiras. Essa via central será reservada para o trânsito de acesso 
às edificações e para o transporte de passageiros, com calçadas largas e outras melhorias que 
a torne um amplo passeio. 
 
As avenidas laterais (Santos Dumont e Cruzeiro do Sul) continuam a servir como vias de apoio 
para o desenvolvimento da área interna, com sistema de transporte de passageiros de 
capacidade elevada, como é o caso do Metrô Norte-Sul, ali instalado. O quadrilátero assim 
formado é outro eixo de estruturação do espaço urbano, para o qual está prevista ocupação 
mais densa e utilização por moradia, serviços e comércio local. 
3. Parque linear dos Carajás: O Parque Domingos Luiz, localizado ao norte da região, em 
pequeno vale do bairro Jardim São Paulo, é hoje dividido em três partes ocupadas com 
equipamentos públicos diferentes. A proposta de reuni-las em um único espaço, está no Plano 
Regional Estratégico da Subprefeitura de Santana – Tucuruvi. A esta proposta, o Projeto 
Urbanístico Carandiru acrescenta a intenção de prolongar sua faixa verde, de modo a conectá-
la com as margens do Córrego dos Carajás, mais ao sul, passando-a pelo Parque da 
Juventude, no antigo terreno do Carandiru, formando assim um contínuo parque linear, desde 
o extremo superior da região até a margem do Rio Tietê. Apenas num pequeno trecho é 
necessário promover desapropriações para assegurar essa continuidade e garantir que o seu 
percurso não sofra interrupção. 
4. Parque linear do Córrego da Divisa: O conjunto de terrenos que cercam o Trote, o histórico 
hipódromo da Vila Guilherme, converte-se, no projeto urbanístico, em uma única área 
destinada a parque público. Em parte, isso já ocorre no trecho do Parque Municipal da Vila 
Guilherme e na parcela até recentemente ocupada pela Sociedade Paulista de Trote, antes da 
sua desapropriação pela Prefeitura. A partir dessa ampla área verde prolonga-se o parque 
linear, margeando o Córrego da Divisa (resultante da transferência da pista para veículos da 
margem direita, para junto da outra via, à esquerda) seguindo até encontrar o Parque da Vila 
Maria, também proposto no projeto. 
5. Via de Apoio Norte: Vias estruturais de porte estão previstas no Plano Diretor Estratégico de 
São Paulo, ao Norte e ao Sul das marginais do Rio Tietê, como vias que devem estabelecer a 
ligação entre regiões afastadas da cidade e reduzir a carga de veículos intensa dessas 
marginais. O projeto urbanístico incorpora ao seu desenho essa diretriz, dando traçado 
adequado a essas vias, de acordo com as intenções gerais do projeto. Ao Norte, essa via 
praticamente acompanha a linha limite da várzea aproveitando-se em certo trecho da largura 
e do desnível entre as pistas da Avenida Brás Leme. Em outro trecho a Rua Chico Pontes é 
que dá continuidade a essa função (6). 
6. Via de Apoio Sul: Ao Sul, a via que cumpre papel correlato, na altura da região abrangida pela 
Operação Urbana, forma-se pelo prolongamento da Avenida Marquês de São Vicente, Norma 
Pieruccini Gianotti e Sérgio Tomas, quando esta alcança a via de ligação da Marginal Sul do 
Rio Tietê com a Avenida do Estado. No seu prolongamento segue traçado que acompanha a 
linha do Metrô, prevendo área de desapropriação que, alargando a faixa criada rente ao casario 
remanescente da construção da linha, afasta essas edificações que hoje estão sob a linhaNorte-Sul do Metrô. 
• Intervenções Locais: As intervenções diretamente conduzidas pela prefeitura, no âmbito da 
Operação Urbana Carandiru – Vila Maria, também são aquelas de interesse localizado ou de alcance 
mais restrito, do que as anteriores, sob o aspecto da repercussão que trazem para o conjunto da 
região. Algumas dessas são: 
1. Parque da Vila Maria, em área desocupada, nas proximidades do Rio Tietê. 
2. Parque da Casa Verde, com instalações destinadas à utilização pelas escolas de samba, 
na preparação dos desfiles no Sambódromo. 
3. Praça linear ao longo da Avenida Santos Dumont, resultante da realocação da pista a oeste 
e canteiro central para junto da outra situada à leste. 
4. Reconfiguração da Praça Santo Eduardo, no centro da Vila Maria, pela supressão de vias 
que a contornam. 
5. Praça de eventos, junto à futura estação do Metrô, a ser localizada nas proximidades do 
Parque Linear dos Carajás. 
6. Melhorias no sistema viário leste-oeste, em especial a ligação das vias Zaki Narchi com 
Cel. Marques Ribeiro e o seu prolongamento pela Rua João Veloso. 
7. Construção das alças de acesso da avenida Brás Leme com a Avenida Olavo Fontoura, 
junto à Ponte das Bandeiras e junto à Ponte Cruzeiro do Sul. 
8. Requalificação da Avenida Joaquina Ramalho. 
9. Requalificação da Avenida Guilherme Cotching. 
10. Novos Equipamentos, tais como Terminal de ônibus da Vila Maria e Ginásio Esportivo junto 
a marginal Sul do Rio Tietê, na altura da Ponte Cruzeiro do Sul. 
RELAÇÃO ENTRE O DIAGNÓSTICO URBANO E A PROPOSTA DE PROJETO – 
IDENTIFICAÇÃO DO PARTIDO: 
• A setorização estabelecida para a região da Operação Urbana procura se ajustar ao desenho do 
projeto urbanístico proposto e às suas intenções, quanto à forma da ocupação que ocorrerá nesses 
setores. 
• Para tanto, estabeleceu-se diferenciadamente os parâmetros dessa ocupação e estipularam-se os 
estoques adicionais de área construída, passíveis de concessão onerosa para cada um desses setores 
e o valor da conversão em metros quadrados de área construída de cada CEPAC, acima do básico 
estabelecido para o local. 
• No caso da Operação Urbana Carandiru – Vila Maria, o total de área construída adicional pode atingir 
1.500.000 m², distribuídos diferentemente entre os usos residencial e outros, sendo que o estoque 
para uso residencial é quase o dobro dos demais. 
• Por sua vez a conversão de área adicional em CEPAC é tal que cada um desses certificados permite 
a construção de maior quantidade de área residencial excedente em relação à metragem adicional de 
construção de qualquer outro uso. 
• Ao final da atribuição de áreas adicionais do estoque por setor e do cálculo baseado na quantidade de 
área que se converterá em CEPAC, na Operação Urbana Carandiru – Vila Maria atinge-se a estimativa 
de 460.000 CEPAC’s que serão vendidos em leilão, por lotes, seguindo programação a ser elaborada. 
Afora esses parâmetros, nos eixos estruturadores, também são estabelecidos modelos volumétricos 
de ocupação, de modo a assegurar resultado urbanístico e paisagístico que correspondam ao padrão 
desejável, face ao aproveitamento mais elevado desses setores. 
• Os recursos originados da outorga onerosa se destinam às obras previstas no PRIOU e definidas no 
projeto urbanístico, mas também visam aos programas que induzam às transformações necessárias, 
motivo primeiro das Operações Urbanas Consorciadas. 
• Dentre essas transformações, a de maior interesse é aquela que se refere à erradicação da habitação 
subnormal na região desta operação, uma vez que essa se apresenta como o problema o mais grave 
existente no local. 
• Além da favela da Zaki Narchi, instalada nas proximidades da antiga Casa de Detenção, outros núcleos 
menores, ou ocupações com as características desse tipo de assentamento, localizadas ao longo de 
algumas vias, nas calçadas e em faixas das linhas de transmissão, expõem o quadro mais evidente 
da questão. Contudo, admite-se que são nos cortiços onde se abriga o maior contingente da população 
de baixa renda nessa região. Não existe levantamento que forneça com exatidão a quantidade de 
moradores nesta circunstância. 
• Por sua vez, o programa destinado a erradicar esse tipo de moradia poderá ir além da demanda 
exclusivamente originária da região, ou compor-se com programas em curso, como o que vem sendo 
desenvolvido na região do Bom Retiro e Pari pela Secretaria Municipal de Habitação, por meio da 
HABI, com a CDHU do Governo do Estado de São Paulo. Seja como for, no plano há o empenho no 
sentido de manter essa população residindo nas proximidades do seu atual local de moradia, para 
assim impedir a sua expulsão quando da efetiva deflagração desta operação. 
• Outros programas devem ser também pormenorizados com vistas a acelerar transformações que 
apressem o desencadeamento da Operação Urbana Carandiru – Vila Maria. Um desses, por certo, é 
o que trata do estabelecimento das empresas transportadoras na região. 
• Pelas características como a atividade se desenvolve, sua manutenção no local é fator de inibição das 
mudanças pretendidas, pois, além de degradarem o ambiente à sua volta, ocupam terrenos amplos 
que podem gerar áreas para ocupação com elevada concentração e, em vários casos, podem ainda 
possibilitar a ampliação da trama viária. 
• Quando da conversão do estudo da Operação Urbana em lei, é importante que nela estejam previstos 
os percentuais da arrecadação que devam ser destinados a cada um dos programas considerados 
estratégicos. Iniciativas assim devem ser conduzidas visando à implementação, mesmo que dela 
recebam aportes proporcionalmente menores, ou nem utilizem seus recursos, como nos casos de 
intervenções pertencentes a projetos em curso ou previstos em planos maiores, como o Plano Diretor 
Estratégico (Lei n° 13430/02). No detalhamento e acompanhamento da implantação do PRIOU 
Carandiru – Vila Maria, não obstante, darão origem a programas adequados às diretrizes contidas 
nesse plano. 
• Todo o arcabouço necessário para dar existência à Operação Urbana não terão sustentação se não 
estiver apoiado em aparato administrativo constituído de forma apropriada para conduzi-la e que a 
faça cumprir sua finalidade. 
• Não basta, conforme ficou evidenciado em vários dos exemplos anteriores das Operações Urbanas 
na Cidade de São Paulo, que a Prefeitura cuide da elaboração e promulgação da lei, que lhe dá 
existência formal, e permaneça imóvel aguardando que os interessados se apresentem para fazer uso 
dos seus dispositivos. 
• Tal organismo terá de, não apenas assegurar o funcionamento da mecânica e o monitoramento dos 
resultados da Operação Urbana. Deverá também ser constituído para atrair os investimentos, cuidar 
da exposição, difusão e discussão dos objetivos perseguidos no seu plano, além de analisar e conduzir 
os projetos e programas nela previstos. Nessa direção terá de incorporar na sua estrutura a 
participação dos vários setores da sociedade que estejam a ela ou por ela afetados, desde o seu início, 
caso queira de fato conquistar a adesão dos interessados durante todo o seu processo. 
• A opção por utilizar ou não algum dispositivo da operação urbana, é facultada ao empreendedor 
imobiliário, quando esse decide realizar seu investimento na região, segundo o modelo de lei das 
primeiras Operações Urbanas em São Paulo, algumas ainda em vigor. 
• O Projeto Urbanístico, com vista a ser implantado segundo a noção de Operação Urbana ora adotada, 
supõe parcelamento, ocupação e usos do solo previstos de acordo com concepção coesa e integrada. 
Sua implantação ocorrerá ao longo do período estimado de, pelo menos, vinte anos até que esteja 
completada. Ao longo desse período conviverão os aspectos remanescentes da situação original com 
aqueles introduzidos pelo projeto, como ocorre sempre, seja longo ou não esse período. 
• Todavia, se deixada em lei à opção quanto à adoção de parâmetros de ocupação, para osquais na 
Operação Urbana não exista margem para escolha ou, sobretudo, quanto à adoção de usos permitidos 
pela norma incidente, que contrariem a orientação adotada pelo projeto, a Operação Urbana poderá 
ter obstado sua implantação e ver descaracterizados seus objetivos, em decorrência de 
incongruências entre as formas de ocupação ou dos usos admitidos na legislação vigente e aqueles 
previstos na lei da Operação Urbana. 
• Também nesse aspecto, a lei da Operação Urbana Carandiru – Vila Maria, como as das demais 
Operações Urbanas, terá de ser inovadora tanto quanto a introdução do PRIOU e do projeto 
urbanístico abrangente são inovadores nas atuais Operações Urbanas Consorciadas da Cidade de 
São Paulo. 
 
REFERÊNCIAS: 
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Carandiru 
• https://moovitapp.com/index/pt-br/transporte_p%C3%BAblico-Metro_Carandiru-Sao_Paulo-
site_24128418-242 
• https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.065/415 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carandiru
https://moovitapp.com/index/pt-br/transporte_p%C3%BAblico-Metro_Carandiru-Sao_Paulo-site_24128418-242
https://moovitapp.com/index/pt-br/transporte_p%C3%BAblico-Metro_Carandiru-Sao_Paulo-site_24128418-242
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.065/415

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