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28/07/2014 21:07	11/22	Manual dos Diretores - Indústria: Caixa Térmica I
Manual dos Diretores - Indústria: Caixa Térmica I
Apresentação
Empresas que produzem caixas térmicas atuam num mercado em que a aceitação de seu produto é muito boa. Esse mercado divide-se em interno e externo. O mercado interno é subdividido em diversas regiões iguais, e em cada região há uma indústria instalada. As demandas regionais e do mercado externo são disputadas entre as empresas, que concorrem entre si. Ao longo da simulação, serão processados dados de diversos períodos com uma agenda de atividades previamente organizada.
Os diretores são escolhidos para formar as equipes dirigentes de cada uma dessas indústrias e devem organizar as atividades de gestão, tomar decisões que envolvem contratação de operários e compra de máquinas, solicitar empréstimos, ordenar a produção, entre outras questões. Os preços, a propaganda, o prazo e a produção, iguais para todas as empresas no início da simulação, são administrados pelas equipes. O trabalho em equipe será um desafio.
Cada Diretor tem um papel importante no resultado da empresa. Mas lembre-se: nem sempre o maior é o melhor. Aqui, além de competir, é necessário planejar, escolher os caminhos, perseguir metas e objetivos, estar preparado para aproveitar oportunidades e se proteger contra ameaças. os caminhos, perseguir as metas e os objetivos, estar preparado para aproveitar as oportunidades e se defender das ameaças.
Introdução
O Simul Industrial é um jogo de simulação da vida empresarial através de um modelo que considera as principais características do ambiente industrial. Para explicar o funcionamento do jogo, este manual está organizado em quatro partes:
· a primeira parte explica as características do jogo, a sua dinâmica e a participação das equipes;
· a segunda parte descreve as atividades e a forma como as equipes trabalham;
· a terceira parte trata das regras e das explicações sobre a dinâmica do jogo e o funcionamento do ambiente. Evidencia as variáveis que estão valendo e apresenta algumas dicas para uma boa administração da empresa; e
· a quarta parte mostra a interface do Simulador e os principais relatórios utilizados para gerenciar as empresas.
A leitura detalhada e atenta do manual é condição importante para aproveitar ao máximo o que este jogo pode oferecer.
Notadamente não há uma fórmula mágica para se ganhar o jogo. Como se trata de um ambiente interativo, os resultados alcançados são produzidos a partir das interações de todas as empresas. Uma estratégia bem-sucedida em um momento pode não ser adequada em outro.
Muitas informações contidas neste manual só serão plenamente compreendidas na prática do jogo e, à medida que o aprendizado se consolida, mais fácil se torna o processo de gestão da empresa. Assim ocorre no mundo real: depois que vivenciamos ou experimentamos algumas situações, sentimo-nos mais confortáveis em nossas ações e em nossas decisões.
O Jogo
Uma indústria produz e comercializa um produto de boa aceitação no mercado. Você foi contratado para ser um dos diretores dessa empresa e vai se deparar com as responsabilidades de administrar um negócio num ambiente competitivo e envolvente. Caberá a você tomar decisões sobre produção, comprar máquinas, contratar operários, estudar o comportamento do mercado e, especialmente, estar atento às mudanças do ambiente. Você vai descobrir muito mais exercendo o seu papel de administrador, compartilhando suas experiências com a equipe, aprendendo, ensinando…
Esse é o cenário do Simul Industrial, jogo de empresas que simula o cotidiano de uma indústria.
O Objetivo
O objetivo das empresas deste jogo é obter o melhor desempenho. A avaliação principal é medida pela rentabilidade do ativo. Entretanto, o Mediador poderá compor outros critérios de avaliação, incluindo indicadores como lucro acumulado, porte de produção, faturamento e market share (parcela do mercado).
Os elementos do jogo
O Simul Industrial é um jogo interativo e envolve quatro elementos principais: as equipes de Diretores, o Mediador, o Simulador e o Jornal da Indústria.
Os Diretores
A primeira tarefa do jogo é organizar equipes de até quatro participantes. As equipes correspondem à unidade da empresa e no jogo competem entre si. Poderão existir no máximo 10 equipes por jogo. Elas deverão estruturar-se de maneira que cada participante tenha uma função na empresa. No tópico 2 deste manual serão detalhadas as funções que podem ser exercidas nas empresas.
A Dinâmica do Jogo
O acesso ao ambiente do jogo é feito por meio de identificador e senha. Cada empresa terá acesso às suas informações consideradas confidenciais, tais como a estrutura de produção, vendas e finanças. Também será concedido acesso às informações gerais sobre o mercado, dados do cenário, como preço de matérias-primas e das inserções de propaganda, disponibilidades de empréstimos e financiamentos, preços de máquinas, disponibilidade para contratação de operários, entre outras.
As decisões do Mediador, o qual tem efeito sobre o cenário, são informadas para os Diretores através do Jornal da Indústria, juntamente com os demais relatórios do período. Essas decisões, as regras do modelo e as informações dos relatórios são utilizadas como ponto de partida para o planejamento de metas e para a tomada de decisões referentes ao período seguinte.
As decisões tomadas pelas equipes ficarão registradas no banco de dados e serão, no horário combinando, utilizadas pelo Simulador para calcular o resultado de cada empresa. Para isso, será necessário que todas as empresas enviem suas decisões para que o Mediador possa processar a simulação.
Após a simulação, o Mediador disponibilizará os dados e os resultados atualizados. Ele poderá, como feedback para as equipes, comentar sobre os fatos relevantes relativos ao que ocorreu no período. Poderá orientar a dinâmica de análise dos resultados e propor discussões referentes às decisões para o período seguinte. Nessas intervenções, o Mediador poderá ajudar as empresas, em grupo ou individualmente, na interpretação do que está acorrendo na simulação e, principalmente, para avaliar as consequências do momento presente e os efeitos nos períodos futuros. O objetivo é mostrar as implicações das decisões bem como ajudar as equipes a compreenderem as questões estratégicas das empresas.
O Mediador
O Mediador é a pessoa responsável pela condução do jogo e representa as demais figuras do cenário, tais como: o Banco Central e as definições das taxas de juros, disponibilidade e limites de crédito; o Sindicato dos Operários e as questões relacionadas a salário e disponibilidade para contratações; a agência de propaganda, definindo o preço e as inserções de publicidade na mídia; o fornecedor, propondo preços dos insumos, disponibilidade de matéria-prima, prazos e descontos. Assim, o Mediador tem um importante papel na definição e na alteração das variáveis do mercado. Todas essas informações são editadas e publicadas no Jornal da Indústria a cada período, alertando e orientando os empresários através das notícias, e podem influenciar algumas decisões que devem ser tomadas. O Mediador tem também a responsabilidade de controlar a agenda, informando os prazos para a apresentação das decisões. Pode cobrar consultorias, multar e premiar as equipes, dependendo das dinâmicas adotadas.
O ambiente do Simul Industrial
O Simul Industrial é um software de uso local (desktop) ou baseado em ambiente Web (internet) e tem a finalidade de organizar os dados do cenário e proceder a todos os cálculos, seguindo o seu modelo matemático. Esse ambiente oferece diversos recursos aos Diretores das empresas e ao Mediador, cada qual com suas atribuições. As decisões do Mediador sobre o cenário do período, bem como as decisões dos Diretores em suas respectivas empresas, produzem um conjunto de dados e, com esses dados, o software simula o resultado do novo período. As mudanças que ocorrem no mercado serão apresentadas aos participantes do jogo sob a forma de relatórios e gráficos. Esses relatóriosservirão de referência para análise, estudos e avaliação das estratégias adotadas. Também servirão de base para as decisões da próxima jogada.
As fontes de informações
As equipes têm que tomar decisões na empresa e para isso elas contam com três fontes de informações:
· O Manual dos Diretores (este documento);
· Relatórios Contábeis, Financeiros, Operacionais e de Avaliação;
· O Jornal da Indústria;
O Manual dos Diretores deve ser lido atentamente e estar sempre à mão, pois é aqui que se encontram das instruções sobre as regras do jogo e sobre as variáveis que estão em jogo.
Os Relatórios Contábeis, Financeiros, Operacionais e de Avaliação são emitidos pelo Simul Industrial e servem de base para análise e para tomada de decisões. Eles apresentam como está a situação da empresa nos vários aspectos de atuação, tais como a produção, o financeiro, o marketing, e também mostram o resultado do planejamento (projeção) feito pela empresa.
O Jornal da Indústria apresenta as principais mudanças no ambiente em que a empresa atua. Podem ocorrer, por exemplo, greves dos empregados, aumento no preço dos insumos, variação das taxas de juros, limitações ou incentivo ao crédito, entre outros fatos. Novidades ou dicas de oportunidades para fazer boas escolhas e administrar melhor a empresa podem ser percebidas por meio de uma leitura atenta do jornal. O Mediador pode usar o jornal para comentar o desempenho das equipes.
Deve-se prestar atenção aos seguintes detalhes:
1. um período corresponde a um trimestre;
2. as equipes devem saber que estão participando de um evento dinâmico, e isso significa que as demais equipes, interagindo, contam com nosso empenho e dedicação. Portanto, as regras e os prazos devem ser respeitados;
3. a duração do jogo é determinada pelo Mediador, e nem sempre é sabido com antecedência quando terminará;
4. o Mediador define as regras e os critérios de avaliação de desempenho das equipes. A que for ganhadora deverá destacar-se no critério ou conjunto de critérios definidos.
O Mundo Simul Industrial
O Simul Industrial simula um ambiente que compreende um mercado (interno e externo) que é dividido em regiões. Em cada região há uma indústria instalada e, no início do jogo todas as regiões e empresas são igualmente dimensionadas, vendem os mesmos produtos, sem distinções nas características e na qualidade.
Em cada região há um mercado consumidor (demanda) e não há interação entre elas, ou seja, cliente potencial de uma região não compra em outra região, não é influenciado pelas estratégias de marketing das empresas nas outras regiões. Para atender esta demanda a empresa produz e disponibiliza um determinado número de produtos. A produção é destinada ao mercado interno e externo indistintamente. Entretanto, é a atuação da empresa com suas estratégias de preço, propaganda e prazo que vai sensibilizar os consumidores. Significa que a empresa, para vender, deverá divulgar seu produto em determinada região através da propaganda. Deverá também descobrir qual a melhor combinação e preço prazo que pode praticar. Neste processo a empresa obtém sua receita e, depois de verificados seus custos e despesas, avalia o resultando do período.
Outros personagens atuam no ambiente do Simul Industrial, alguns deles representados pelo Mediador, como:
· Governo – Regula a conjuntura econômica, define alíquotas para o imposto de renda, IPI, ICMS e CSLL, estabelece a taxa básica de juros, fixa o câmbio, pode limitar/controlar preços e regular o uso da propaganda.
· Banco - disponibiliza linhas de crédito (dinheiro) para investimentos e para capital de giro, capta recursos das empresas através de aplicações financeiras.
· Fornecedor - suprem as necessidades de insumos (matéria-prima) e de equipamentos (máquinas), definem descontos para compras em grandes volumes, bem como acréscimos para compras a prazo.
· Agência de Publicidade – define o preço das inserções (propaganda).
· Associação dos operários – negocia com os empresários melhores salários, ritmos de trabalho (horas-extras) e contratações.
 A figura ao lado mostra as interações entre o mercado e as empresas. A empresa estimula o mercado através de sua política de marketing e, por outro lado, as demais empresas, também atuando com suas estratégias de marketing, interferem neste mercado, ou seja, a demanda da empresa poderá ser afetada pelas decisões das demais empresas. A demanda que a empresa obtém em determinado período do jogo é resultante das forças que atuam no mercado. Não se sabe, a priori, o comportamento do mercado. Apenas são conhecidas quais as variáveis podem produzir efeitos. Neste caso, são consideradas as influências das empresas entre si, além de outros efeitos como conjuntura econômica, sazonalidade, crescimento natural do mercado consumidor, influência da cotação do câmbio no mercado externo.
Estimar a demanda sempre será algo subjetivo, tendo em vista a dificuldade, senão a impossibilidade para se obter informações confiáveis sobre as estratégias dos concorrentes. Através da análise detalhada de relatórios é possível antever certos movimentos ou tendências. Determinar da demanda futura da empresa é um desafio, pois existem várias incertezas envolvidas:
· As decisões dos concorrentes, que são desconhecidas, não podem ser controladas pela empresa;
· Não se sabe o efeito exato que a variação de preço, prazo ou inserções de propaganda exerce sobre demanda.
· Não pode ser determinado com precisão o comportamento do consumidor diante de tantas variáveis incontroláveis e as possibilidade de interação;
Normalmente os concorrentes protegem suas informações confidencias, não divulgam com antecedência suas intenções diante do mercado e isso é uma condição natural da competição. A ausência de dados sobre os modelos matemáticos que o jogo utiliza para simular o comportamento do consumidor é proposital. Da mesma forma que no mundo real, é difícil entender perfeitamente a preferência do consumidor. Assim, estimativas e suposições com certa variação de precisão podem ser feitas, mas nada exato ou determinado.
 O mercado está dividido em várias regiões. Cada empresa ocupa uma região, mas vende igualmente para todas as demais regiões. Sempre existirá um mercado externo e lá não há indústria instalada. Então se o jogo tem dez empresas, existirão onze regiões. Todas as regiões, no início de jogo, onde existem indústrias instaladas serão do mesmo tamanho, ou seja, possuem populações idênticas o que implicará que todas têm o mesmo potencial de demanda. Na região do mercado externo, a população é maior e, consequentemente, o potencial de demanda nesta região também é maior.
Em todas as regiões o consumidor comprará uma unidade do produto a cada período e se sente atraído por preços baixos, prazos longos e por maior número de inserções de propaganda na mídia. Entretanto, a propaganda tem efeito até um determinado número de exposições, além do qual o consumidor não é mais influenciado. O consumidor também observa a variação de preços de um dado período com os respectivos preços do período imediatamente anterior. Desta forma o consumidor tende a rejeitar empresas que tentam praticar aumentos demasiados entre um período e outro. Da mesma forma, o consumidor evita comprar de empresas que tenham seus preços muito acima da média do mercado em determinado período. Esta rejeição é potencialmente mais forte nos casos de empresas com preços a partir de 20% acima da média e a demanda será praticamente nula.
O mercado tem tendência de crescimento natural em média entre 5% e 6% ao período. Este evento poderá ficar despercebido na medida em que certas estratégias de marketing da empresa e/ou dos concorrentes, com efeito contrário, agem retraindo o mercado. Outro aspecto do mercado está relacionado com efeito sazonal de alguns períodos, normalmente informado pelo Mediador. Neste caso a demanda apresenta picos de aquecimento. A figura abaixo exemplifica um caso em que a sazonalidade ocorre nos períodos múltiplos de quatro: (quatro, oito, doze…). Em geral este pico corresponde a um acréscimode 60 % sobre a demanda normal, mas é uma variável controlada e informada pelo Mediador do jogo e os Diretores deverão estar atentos para saber exatamente qual o período que ocorre e qual o efeito sobre a demanda. O Mediador poderá criar um jogo sem utilizar a variável do período sazonal, mas sempre informará sobre esta e outras regras aos Diretores.
Os valores do crescimento natural do mercado, bem como o efeito da sazonalidade poderão ser utilizados nas previsões do comportamento mercado, entretanto deve-se considerar:
· O crescimento natural de 6% de período a período é um valor médio. Na simulação este crescimento é resultado de uma variável aleatória entre 0% e 10%, porém associada a uma probabilidade maior de ser um valor intermediário. Assim, o crescimento poderá ser maior ou menor.
Não se sabe exatamente qual será o crescimento natural do mercado, só se sabe a média.
· As decisões de todas as empresas, sobre preço, prazo e propaganda, ao longo do jogo também influenciam o mercado. Dessa forma o efeito do crescimento natural e da sazonalidade pode ser distorcido para o caso de previsão. Também não se pode afirmar nada sobre quais serão as decisões dos concorrentes.
A conjuntura econômica é uma variável controlada pelo Mediador e, no jogo, pode-se observar o comportamento geral da demanda sob três possíveis conjunturas econômicas distintas: normal, aquecida e recessiva (ver representação na acima).
O primeiro caso ocorre quando há estabilidade da economia e apenas os demais fatores, como o marketing, estão influenciando a demanda. O índice é 0%.
No segundo caso, a demanda estará aquecida quando o índice for acima de 0%. Pode-se dizer, por exemplo, que a economia está levemente aquecida (5%), moderadamente aquecida (15%), ou ainda fortemente aquecida (40%).
No terceiro caso, a demanda estará em recessão quando o índice for abaixo de 0%. Pode-se dizer, por exemplo, que a economia está em recessão branda (–5%), recessão moderada (–15%), ou ainda recessão severa (–40%).
Para se aproveitar das oportunidades de períodos com economia aquecida ou se prevenir contra os efeitos negativos dos períodos de recessão, os diretores deverão estar atentos ao Jornal da Indústria, que indica a variação do Índice de Conjuntura Econômica.
A demanda da empresa tende a aumentar quando é fornecido um prazo maior de pagamento aos clientes. O prazo é representado em número de dias.
A partir do momento que um determinado prazo é concedido, parte dos pagamentos somente será realizada no período seguinte.
Entretanto, a empresa que oferece prazo, com a finalidade de estimular a demanda, poderá oferecer aos seus clientes um desconto como opção para compra à vista. Isso vai aumentar os recursos disponíveis no mesmo período. Este desconto, porém, não tem nenhuma influência sobre a demanda, pois é utilizado apenas pelos clientes que já escolheram o produto da empresa.
O desconto deve ser usado em conjunto com o prazo, pois enquanto o cliente é atraído por um prazo maior, ele só decide pela forma de pagamento após comparar o desconto e a taxa de juros do banco central.
Quanto maior o desconto, maior o volume de compras à vista. Com descontos iguais ou maiores do que a taxa do banco central, praticamente todas as compras serão à vista, mas a lucratividade poderá estar comprometida.
Deve-se considerar que o trimestre tem 90 dias. Prazos menores que este, uma parte da receita das vendas será recebida no próprio período simulado.
A distribuição da demanda para as empresas
A demanda de que trata o Simul Industrial pode ser definida como o conjunto de pessoas interessado na aquisição de algum produto. De outro lado, a empresa produz os produtos para atender os interesses dessas pessoas. Dessa forma se constitui o mercado: Procura e Oferta. A capacidade de uma empresa de gerar lucros depende da demanda, ou seja, da procura pelos seus produtos. E o bom desempenho da empresa depende de uma boa atuação no mercado de oferta e procura.
Os consumidores (clientes) que adquirirem os produtos de uma determinada empresa, em seu conjunto, são denominados demanda do período. Estes consumidores estarão distribuídos entre as várias regiões nas quais a empresa atua, seguindo algumas regras específicas:
· Primeiro, a demanda da região onde a empresa está instalada será integralmente atendida;
· Havendo produtos eles serão distribuídos proporcionalmente entre as demais regiões;
A boa relação empresa/cliente é mantida quando a relação oferta/procura está em equilíbrio. Nem sempre a empresa conseguirá vender toda a sua produção, assim como, em outros momentos a empresa poderá não conseguir produzir o suficiente para atender seus clientes. Boa parte dos consumidores que não conseguem adquirir os produtos de determinada empresa tendem a adquiri-los na concorrência. Para se assegurar da fidelidade dos clientes é, pois, importante adequar a oferta de produtos à sua demanda.
Para compreender como isto ocorre deve-se esclarecer que o consumidor é fiel ao seu fornecedor, mas tende a abandoná-lo se é mal atendido. Procurar produto e não encontrar é considerado um mau atendimento, como também é o caso do abuso de preço. Uma parte dos clientes que procura produtos de um fabricante e não encontra desiste da compra. Outra parte, menor, vai procurar o produto nas empresas concorrentes.
Para a empresa, estas pessoas são clientes extras que poderão ajudar na venda de um estoque que normalmente não seria vendido. Nestas situações a empresa vende mais do que sua demanda e os clientes não custam nada, pois o esforço de cativá-los foi feito por outra empresa, que acabou por não conseguir atendê-los.
Como já mencionado, preços abusivos, muito acima da média fazem com que o cliente desista da compra, ainda mais se o prazo for pequeno e o estímulo com propaganda insuficiente. Em função de todas estas características do comportamento do cliente, não raro poderá acontecer que as empresas fiquem com produto estocado, e mesmo assim nem toda a demanda seja atendida. A desistência da compra por parte do cliente é um fator de incerteza, pois ele não pode ser determinado exatamente.
Tanto a determinação da demanda total quanto a distribuição desta demanda entre as empresas e regiões é feita através de estimativas, que deverão ser feitas com base no conhecimento do comportamento geral do consumidor e das decisões de períodos passados da empresa e dos concorrentes e das reações reais apresentadas pelos consumidores à estas decisões.
O sistema financeiro e tributário do Simul Industrial
 O Banco Central atua no mercado estabelecendo a taxa básica de juros, que é definida para cada período, iniciando em 3%. Essa taxa serve de base para o cálculo das demais operações de crédito, incluindo os empréstimos, os financiamentos, as aplicações financeiras e as compras a prazo. Também serve de referência para as decisões dos clientes das empresas no que se refere a pagar as compras à vista ou a
prazo.
Modalidades de empréstimos
O Invest Banco usa a taxa básica de juros estipulada pelo Banco Central para calcular todas as demais taxas que estão vinculadas às linhas de crédito, que existem para atender às necessidades financeiras das empresas de curto e longo prazo.
· Curto prazo: destina-se às necessidades de capital de giro. No início da simulação, o montante poderá ser parcelado em até três períodos e deve ser pago juntamente com os juros, normalmente 30% maior que a taxa básica de juros do Banco Central. Os juros são calculados pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).
· Longo prazo: concedido apenas para financiar investimentos (compra de máquinas e equipamentos). Também no início do jogo, o montante será pago pelo SAC em quatro parcelas, com carência de quatro períodos. Nesse caso, a taxa de juros será igual à taxa básica de juros do Banco Central. Normalmente essa linha de crédito financia até 90% do montante investido.
A oferta de crédito será divulgada no Jornal da Indústria, o qual informará também o valor da taxa básica de juros do Banco Central vigente no período.
Um cuidado especialcom a projeção do saldo de caixa deve ser tomado. Quando essa conta ficar negativa (mais saídas do que entradas), a empresa contrai, compulsoriamente, um empréstimo especial. A despesa com juros dessa modalidade de crédito é, normalmente, muito cara – 500% maior que a taxa básica de juros do Banco Central. Além disso, poderá ser estipulada uma condição adicional a esse tipo de empréstimo: um montante suplementar tal que o saldo do caixa fique positivo, por exemplo, em $ 1.000.
Aplicações financeiras
Existe a possibilidade de se fazer aplicação no mercado financeiro. A empresa poderá usar seu excedente de Caixa para obter uma receita extra. A aplicação financeira é por prazo fixo de um período, ou seja, aplicação feita em determinado período será resgatada no período seguinte, juntamente com a remuneração, que corresponde a taxa referencial do BC mais 25%. Espera-se prudência neste tipo de decisões, pois qualquer equívoco nas previsões dos recursos de caixa, a aplicação financeira é uma saída de recurso que só retorna no período seguinte, o que poderá deixar o caixa com saldo negativo.
Fornecedor de Insumos (Matéria-prima)
Neste cenário, o Simul Industrial conta com apenas um fornecedor de insumos e é normalmente chamado de fornecedor local. Esse fornecedor oferta a matéria-prima por preço, descontos, prazos e condições de pagamento iguais para todas as empresas. Deve-se fazer uma análise detalhada da necessidade de aquisição de matéria-prima, pois sempre estará disponível para uso na fábrica no período seguinte à compra.
Tributos
No jogo, existem apenas dois tributos que são calculados sobre o resultado líquido do período: Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Esses tributos são recolhidos sempre no trimestre seguinte.
Imobilizado – Terreno, Prédio, Veículos e Máquinas
No Simul Industrial, o ambiente do jogo já se inicia com as configurações dos bens das empresas, especialmente aqueles destinados à produção. Nesse caso, o terreno, os prédios e os veículos servem de cenário para o cálculo da depreciação. As máquinas utilizadas no processo de fabricação dos produtos têm características e especificações próprias para cada jogo, tais como valor, vida útil, valor residual, consumo de energia elétrica, produtividade, fator de desgaste e depreciação. Todos esses detalhes serão tratados no tópico três deste manual.
A aquisição de máquina deve ser planejada considerando a decisão para aumentar a capacidade de produção da empresa. Deve-se observar o tempo de operação entre a aquisição e a instalação para seu efetivo uso. Também é necessário verificar a existência de pessoal para operar essas máquinas, do contrário ficarão paradas (ociosas).
Produção – Chão-de-fábrica
O sistema de produção é composto de recursos humanos (operários) e recursos materiais
(matéria-prima e máquinas). Cabe aos Diretores a tarefa de gerenciar adequadamente esses recursos, pois existem limitações em seu uso.
Insumos utilizados na produção
O estoque inicial de resina PC (matéria-prima) utilizada pelas empresas na fabricação de seus produtos é suficiente apenas para atender a certo limite de produção no primeiro período.
Na parte três desse manual serão detalhadas informações sobre o tipo de produto, qual produto consome determinado insumo e em que quantidade. Também serão detalhadas informações sobre o fornecedor, qual o preço que pratica, se oferece prazo e desconto e se incide algum tipo de tributo sobre o produto que oferta. Ou seja, são informações necessárias para permitir o planejamento da produção e reposição dos estoques.
Se a empresa não tem estoque suficiente de matéria-prima para uso na produção do período (pode ser falha de planejamento na produção), ocorrerá um processo chamado “suprimento compulsório”. Nesse caso, ao preço normal do insumo será adicionado um custo extra de 25%. Também deve ser considerado que no suprimento feito pelo fornecedor local o pagamento é sempre à vista.
Mão-de-obra (operários e pessoal de apoio)
Outro recurso da produção diz respeito ao pessoal que está à disposição da empresa. Esse grupo é constituído de operários (mão de obra direta) diretamente envolvidos com a produção, operando máquinas e manipulando produtos, e também de pessoal de apoio (mão de obra indireta), grupo representado pela gerência de fábrica, almoxarifado e manutenção.
O jogo se inicia com certo número de operários que trabalham em turno normal e, portanto, o tempo é um fator limitante. A empresa poderá optar (quando disponível) por ritmos de trabalho com uma ou duas horas extras por dia.
Cada operário fica à disposição da empresa certo número de horas por período. Portanto, a produção estará limitada ao tempo somado de todos os operários. A remuneração é por hora trabalhada, entretanto será custo para a empresa também o tempo ocioso, ou seja, quando houver mais tempo de mão de obra disponível do que o tempo demandado na fabricação dos produtos. As equipes deverão estar atentas para o equilíbrio de tempos de produção de operários e máquinas.
Tanto máquinas quanto operários podem ficar ociosos se a equipe decidir fabricar uma quantidade menor que a capacidade máxima instalada. O volume fabricado é considerado uma decisão estratégica.
Sobre o valor da hora, há a incidência dos encargos sociais e trabalhistas, como INSS, FGTS, férias, 13º salário e descanso semanal remunerado.
O pessoal de apoio tem remuneração fixa por período e, nesse caso, trata-se de custo fixo da produção. Portanto, é um custo que independe do volume de produção e não representa fator limitante ou restritivo. Sobre esta remuneração também haverá também a incidência dos encargos sociais e trabalhistas.
Produtos
As empresas fabricam caixas plásticas térmicas e devem decidir a quantidade de produtos que serão confeccionados em determinado período. Os custos de produção são classificados em:
· custos diretos (aqueles relacionados diretamente ao produto) como matéria-prima, mão de obra direta, energia elétrica, embalagem, entre outros; e
· custos indiretos (aqueles que são apropriados aos produtos de forma indireta, através de critérios de rateio) como salário do pessoal de apoio, depreciação, manutenção, seguro, armazenamento, entre outros.
Os produtos vendidos pela empresa devem ser enviados aos clientes, gerando despesas com o frete, as quais são diferentes entre as diversas regiões.
Na parte três deste manual, serão detalhados os produtos e os processos de produção.
No próximo tópico, serão apresentadas as funções das equipes e como elas trabalham.
As equipes e suas funções
As equipes são organizadas normalmente com três ou quatro participantes. O primeiro passo é estudar detalhadamente este manual, discutir atentamente as regras do modelo, saber o que está em jogo.
Procure fazer desta oportunidade um momento de aprendizado com motivação e satisfação.
Para o bom desempenho do jogo, é muito importante que as equipes se organizem e que todos participem ativamente das tarefas.
Caso você se julgue sem base para discutir com os demais membros do grupo, não fique alheio. Procure participar, demonstre atenção e interesse. No decorrer das jogadas, busque se inteirar dos fatos, compreender os acontecimentos. Analise, discuta, dê a sua opinião.
A cada rodada é um capítulo de uma história, e torná-la emocionante para todos depende também de você.
Dividir as tarefas
O Simul Industrial foi desenvolvido pensando no trabalho colaborativo em equipe. Administrar um empreendimento, com certo grau de complexidade exige o envolvimento de algumas pessoas. Assim, é necessário dividir das tarefas de gestão da empresa entre os participantes da equipe. A cada um poderá ser atribuído um conjunto de tarefas específicas relacionadas com uma diretoria da empresa.
No caso de formar equipes com três participantes, a divisão das tarefas pode ser feita considerando três diretorias:
· Diretoria de Marketing
· Diretoria de Produção
· Diretoria Financeira
As três diretorias juntas formam um conselho de administração e, como uma instância colegiada, todosadministram a empresa.
Na figura ao lado é mostrada a estrutura organizacional da empresa e a proposta de trabalho em equipe.
Ao Conselho Administração cabe coordenar as atividades conjuntas da empresa, como reunião de planejamento, analisar relatórios, tomar de decisões que envolvem escolhas conjuntas, avaliar os objetivos e metas, definir estratégias para a empresa.
A critério da equipe, um participante pode assumir a função de coordenador e ficar responsável para representar os demais nas tratativas com o Mediador e outras equipes. Fica responsável também para enviar as decisões nos horários programados, solicitar informações, participar de dinâmicas que envolvem negociação ou reuniões de representantes.
As demais diretorias devem organizar suas atividades de acordo com suas funções:
O Diretor de Produção é encarregado de assegurar a produção do período. Verifica com a Diretoria de Marketing quais as metas de vendas para cada produto, busca e organiza os recursos necessários para fabricar a quantidade necessária de produtos e, com isso, atender a demanda da empresa.
Compra máquinas e insumos, contrata pessoal, determina o ritmo de trabalho, define a produção.
O Diretor de Marketing é responsável pelo estudo do mercado consumidor, analisar o comportamento e fazer previsões de demanda, observar as ações dos concorrentes. É responsável por traçar estratégias de atuação com preço, inserções de propaganda e prazo em cada região, para cada produto. É necessário estar atento para perceber as oportunidades e ameaças na tarefa de conquista dos consumidores.
O Diretor Financeiro é o responsável em zelar pelas finanças da empresa. Deverá estudar as melhores alternativas quando a empresa necessita captar recursos financeiros, tanto para giro quanto para financiamentos. Observar atentamente o fluxo financeiro, verificando com o Diretor de Marketing as estratégias de prazo, avaliando os efeitos no Caixa da empresa. Orientar o Diretor de
Produção sobre as condições financeiras da empresa quanto às decisões de compras de materiais, componente e outros custos.
Como as Equipes trabalham
A base do funcionamento das equipes é a analise dos relatórios de um período simulado. Com as informações obtidas no Jornal da Indústria e a regras deste manual, a dinâmica consiste em projetar o cenário do período seguinte: É o processo de tomada de decisões, que se repede a cada período.
No início do jogo quase tudo é novidade. É o momento de preparação e adaptação das equipes, uma fase de aprendizado e aplicação prática.
Como pode ser percebido, o processo de trabalho ou de tomada de decisão, é desenvolvido como uma sequência de etapas sucessivas que se completam. Muitas variáveis estão interligadas e certas escolhas afetam outras variáveis.
O primeiro passo foi dado… Relatórios, jornal, regras. O cenário já foi analisado, estudado. Ainda é difícil pensar em estratégias, tudo é muito igual, as empresas estão se estruturando e os Diretores estão descobrindo os caminhos possíveis. Não existe nenhuma ameaça potencial, mas oportunidades são muitas.
Qual o próximo passo? A situação inicial evidencia que todas as empresas estão com alguns problemas relacionados à produção e precisam ser resolvidos de imediato. Assim, é necessário identificá-los e tomar as primeiras decisões. Isso implica em produzir mais e a demanda se mostra bastante aquecida.
Não basta pensar nos problemas atuais. Precisamos perceber no presente, o que deve ser feito agora para estarmos preparados para o futuro. Então precisamos por em prática aquilo que estudamos neste manual. Se um recurso apresenta alguma restrição de uso, como a matéria-prima, por exemplo, precisamos considerar em qual período devemos providenciar a compra, de tal modo que, quando a produção exigir o suprimento, já podemos contar com o recurso no estoque. A isso chamamos de planejamento.
Também é de suma importância observar as limitações no uso dos recursos, como por exemplo, o tempo disponível de máquinas e de operários, componentes e materiais. Alguns desses recursos são “gargalos”, ou seja, não há solução imediata (no próprio período) para aumentar o esforço produtivo. São conhecidos como fatores restritivos da produção. Praticamente todas as decisões tomadas, desde a produção até vendas, de alguma forma implicam em movimentação de recursos financeiros (pagamentos e recebimentos). Assim, é necessário observar as condições da empresa e tomar as decisões pertinentes.
A esta sequência de atividades chamamos de “Projeções do Período”. Deve ser testada, repetida, estudada, analisada e corrigida tantas vezes quantas forem necessárias, até que a equipe se dê por satisfeita em relação à adequação dos resultados desejados para a empresa. Importante considerar que neste momento de planejamento a demanda da empresa é uma estimativa formulada pelas equipes. As vendas projetadas são calculadas com base da demanda prevista em cada região para cada produto.
Depois disso, a equipe deverá informar no ambiente do Simul Industrial que os dados da projeção do período já estão disponíveis para a simulação. Ou seja, o processo de tomada de decisões do período foi concluído e, neste caso, observado o prazo estabelecido.
Lembrar que neste estágio do processo de tomada de decisão, o ambiente do Simul Industrial apenas calcula o resultado da empresa com base nos dados do planejamento.
Terminado o prazo, com todas as decisões de todas as empresas, ocorre a simulação propriamente dita. Neste momento o simulador usará os dados das decisões de todas as empresas, especialmente aqueles que influenciam a demanda, como o preço, a propaganda e o prazo e, aí sim, calcula qual a efetiva parcela demanda de cada empresa. Após a simulação já não se pode mais promover alterações nas decisões. Agora já está processado um novo período e o ciclo recomeça.
As equipes poderão comparar a demanda estimada (planejamento do período) com a demanda efetiva (simulação do período) e tirar suas conclusões. Da mesma forma poderão analisar todas as demais implicações decorrentes disso, como o saldo do Caixa, a vendas efetivas, o lucro do período, a participação no mercado, os concorrentes, entre outras. Neste momento as equipes podem fazer o controle, ou seja, comparar o que foi projetado com o que foi realizado. Analisar os resultados, interpretá-los e tomar as medidas de ajuste, quando necessárias.
No próximo tópico serão apresentados com detalhes os componentes do cenário da empresa.
Cenário - A empresa
Neste tópico, serão descritos os elementos, os parâmetros de funcionamento e as características de um cenário que simula uma fábrica de caixas plásticas térmicas, abrangendo aspectos referentes a produção, marketing e finanças.
Infra-estrutura inicial – Instalações, máquinas e equipamentos
A indústria possui os seguintes bens no período inicial:
· um terreno;
· um prédio destinado à área fabril; e
· oito injetoras de resina PC modelo standard motor 2,5 CV .
Há custos trimestrais, como a manutenção geral da fábrica, que no início da simulação é de $ 5.000. Existem ainda custos com pessoal de apoio (incluídos aí os encargos sociais e trabalhistas) no valor de $ 14.706 e seguro da fábrica no valor de $ 1.500. As alterações nesses custos serão sempre informadas no Jornal da Indústria.
As injetoras de resina PC recebem manutenção preventiva, no início da simulação, ao custo de $ 1,50 por hora trabalhada. Mesmo assim, sofrem desgaste natural pelo uso. Esse desgaste afeta a produtividade num ritmo de 3% no período e deve ser calculado proporcionalmente ao tempo de uso.
Exemplo: para uma injetora de resina PC que está disponível para uso na empresa por 561 horas no período, mas que apenas 336,6 horas foram efetivamente utilizadas (60%), o desgaste será de 1,8%. A capacidade de produção dessa máquina, a partir do período indicado, será reduzida a esse percentual.
As máquinas consomem energia elétrica, e, dependendo de cada tipo, o consumo ocorre em função da potência do motor para o qual são equipadas. A energia elétrica é considerada um custo direto,pois seu consumo está diretamente relacionado com o tempo de uso na fabricação de um produto. O preço da energia elétrica, no primeiro período, é de $ 0,15/kWh.
O consumo de energia elétrica (em kWh) será calculado da seguinte forma:
Nº de horas/máquina utilizadas no período X CV motor da máquina X coeficiente 0,736
O custo de energia elétrica será calculado considerando-se o consumo em kWh multiplicado pelo preço da energia elétrica vigente no período.
A depreciação será calculada para cada bem levando-se em conta o valor de aquisição, o valor residual e a vida útil. Os dados de prédios, veículos e máquinas podem ser encontrados no Relatório de Configurações do Jogo, nos Relatórios de Configurações do Período (preço das máquinas) e no Balanço Patrimonial.
Exemplo: uma injetora de resina PC, no valor de $ 10.000, com vida útil de 10 anos e valor residual de 10%, terá sua depreciação assim calculada::
Depreciação = Valor do bem – valor residual / vida útil
Depreciação = ($ 10.000 – $ 1.000) / 10 = $ 900 por ano.
Como o jogo simula períodos trimestrais o custo da depreciação deste equipamento no período será de $ 900 / 4 = $ 225
A aquisição de novas máquinas depende da disponibilidade do mercado. A instalação das máquinas para efetivo uso na produção sempre ocorrerá com um período de carência, ou seja, entram em operação no período seguinte à decisão de compra.
O pagamento pela compra de máquinas sempre será à vista. Entretanto, deve-se verificar se existe a opção de financiamento, que normalmente é fixado em 80% ou 90% do valor da compra. Nesse caso, o banco libera o recurso necessário para a empresa, e esta efetua o pagamento ao fornecedor da máquina.
Dados gerais do chão-de-fábrica
Cada processo utiliza recursos de maneira distinta: máquinas, matéria-prima, mão de obra, entre outros.
O Diretor de Produção deverá providenciar o suprimento necessário da matéria-prima (resina PC) que será empregada na fabricação dos produtos (caixas plásticas térmicas). Entretanto, deve-se considerar o tempo de disponibilidade da matéria-prima para uso. Normalmente só poderá ser utilizada no período seguinte à aquisição.
O tempo máximo de horas disponíveis em um determinado período é um gargalo na produção e pode ser facilmente resolvido com a contratação de novos operários ou utilização de horas extras.
As máquinas injetoras de resina são usadas no processo de fabricação das caixas plásticas térmicas, e seus tempos ociosos podem representar custos para a empresa.
Todas as máquinas injetoras têm um tempo máximo de produção por período. O Diretor de Produção deverá considerar que novas máquinas adquiridas em um determinado período somente entram em operação no período seguinte.
Nesse cenário, as diversas possibilidades de produção, necessidades e prioridades devem ser cuidadosamente analisadas para que se possa usar os recursos da forma mais eficiente possível.
Recursos humanos – operários e pessoal de apoio
A empresa possui em seu quadro sete operários, e cada um trabalha 561 horas por período (trimestre). Esses operários executam tarefas no departamento de fabricação dos produtos, indistintamente.
Cada produto fabricado exigirá certo tempo de mão de obra direta. Portanto, o Diretor de Produção deverá resolver a equação do uso desse recurso. Assim, ao se planejar o que se deseja produzir, será possível saber quanto tempo de trabalho dos operários vai ser preciso naquele período.
O salário pago aos operários é um custo direto. No primeiro período, o custo da hora é de $ 5,00. Considerando-se encargos trabalhistas, descanso semanal remunerado, férias e 13º salário, o custo da hora chega a $ 9,74.
O tempo dos operários à disposição da empresa que não for utilizado na produção será igualmente pago, porém o valor será evidenciado como custo indireto de produção na conta de ociosidade do período.
O Diretor de Produção poderá optar pelo expediente com horas extras. Poderão ocorrer limitações quanto ao número de operários que podem fazer horas extras. As duas opções são (por operário e por dia):
· 1 hora extra, com adicional de custo de 75% sobre o valor da hora;
· 2 horas extras, com adicional de custo de 100% sobre a segunda hora;
O tempo que os funcionários se dedicam à produção estimula as suas habilidades para executar as tarefas. Isso faz com que as tarefas sejam realizadas de forma mais rápida, o que se denomina de produtividade MOD. Tal produtividade representa para a empresa um ganho de tempo entre 1% a 2% referente ao período, e é calculada tomando-se por base a variação do número de horas efetivamente utilizadas na produção. Considera-se ainda um fator de ajuste, com efeito redutor, quando da existência de novas contratações no referido período.
O Diretor de Produção deverá estar atento a este fator de produtividade dos operários, pois, de outro lado, as máquinas sofrem desgaste e executam as tarefas de forma mais lenta. Isso poderá deixar operários ociosos e custos indesejados para a empresa.
A decisão de contratar novos operários dependerá da disponibilidade de mão de obra no referido período. Essa informação normalmente é divulgada no Jornal da Indústria. A contratação é imediata, ou seja, os operários começam a trabalhar no mesmo período da decisão.
A demissão de empregados implica no pagamento de indenização equivalente a 2/3 do salário devido no período. Vale lembrar que a demissão acarreta na imediata redução da capacidade de trabalho no período.
A empresa conta ainda com uma equipe de apoio às atividades gerais da fábrica. Esse pessoal de apoio permanece de forma constante durante o jogo, e não há necessidade de controle, contratação ou demissão. São remunerados com salários fixos por período, com incidência de encargos sociais e trabalhistas.
Matéria-prima
 A empresa adquire junto ao fornecedor local a matéria-prima (resina PC) necessária para fabricar o produto – caixa plástica térmica.
Fabricação do produto
 Cada produto montado exigirá da empresa um processo de fabricação que inclui a matéria-prima, o tempo dos operários e o tempo de máquina injetora de resina. Como os recursos são limitados, o Diretor de Produção deverá verificar a quantidade de produto que será fabricada com os recursos disponíveis.
A empresa já conta com estoque inicial de resina PC utilizada na fabricação do produto no início do jogo. Deve-se apenas tomar cuidado para não se esquecer de repor o estoque com a quantidade consumida, ou comprar a quantidade que julgar necessária, considerando-se que a equipe poderá decidir por ampliar a produção, adquirindo mais máquinas e contratando novos operários.
Também é necessário observar a quantidade disponível de resina PC comprada. Se o volume de produção consumir mais resina PC do que existe no estoque inicial, então o fornecedor local fará o suprimento compulsório, o que representa um custo adicional de 25% sobre o preço dos insumos fornecidos para a empresa.
No quadro abaixo, estão relacionados os recursos consumidos na fabricação do produto com as suas respectivas quantidades.
	Recursos
	Consumo
	Resina PC
	0,8 kg
	Mão de obra direta
	0,7h
	Máquina injetora de resina
	0,7h
A matéria-prima adquirida que fica em estoque de um período para o outro gera um custo de armazenagem equivalente a 1,5% sobre o valor do custo dos estoques.
O produto fabricado é enviado para o depósito da área comercial. Há uma despesa por período de 3% sobre o valor do custo do produto estocado, a título de despesas de armazenagem.
Fornecedor de matéria-prima
A compra de matéria-prima poderá ser feita com um único fornecedor cadastrado, denominado fornecedor local.
O uso da matéria-prima comprada sempre ocorrerá no período seguinte ao período da compra, independentemente da forma de pagamento.
O fornecedor pode oferecer descontos para compras acima de determinados volumes. Acompanhar essa informação no Jornal da Indústria.
Poderá ocorrer que o fornecedor deixe de oferecer os seus produtos (desabastecimento), mas a notícia será divulgada no Jornal da Indústria com antecedência.
As compras podem ser pagas à vista,com carência de um ou dois períodos. Nas compras a prazo, o fornecedor pode cobrar juros, normalmente de 30% acima da taxa de juros do Banco Central.
Despesas administrativas, de vendas e financeiras
Nos setores administrativos e de vendas, ocorrem algumas despesas de natureza fixa e variável, a saber:
· despesas com material de escritório, no valor de $ 2.000;
· despesas com salário de pessoal administrativo, o que corresponde a pagamento de salários e encargos sociais e trabalhistas, no valor de $ 9.804;
· propaganda, despesa da área comercial, calculada pela decisão do total de número de inserções no período, sendo o custo por inserção de $ 300; e
· estocagem dos produtos acabados, valor equivalente a 3,0% sobre o valor dos estoques dos produtos que passa de um período para outro.
· comissões de vendas de 1,5% sobre as vendas brutas, percentual acrescido dos encargos sociais e trabalhistas.
· frete sobre os produtos vendidos:
❍ na região da empresa não há despesas com frete;
❍ fora da região da empresa, o frete é de $ 0,75/unidade vendida; e ❍ no mercado externo, o frete é de $ 1,50/unidade vendida.
As despesas financeiras são calculadas em todos os períodos, sempre sobre o saldo das dívidas contraídas pela empresa, através de empréstimos de giro, de financiamentos e de empréstimos especiais, considerando-se o percentual de juro contratado para cada linha de crédito.
Empréstimos e financiamentos
As empresas começam o jogo com os seus ativos financiados parte por capital próprio e parte por capital de terceiros (as dívidas).
As dívidas da empresa são representadas pela conta com o fornecedor, no valor de $ 18.702,00, que deverá ser paga já no próximo período, e por um financiamento de $ 180.000, que produz uma despesa financeira de $ 5.400 por período. Esse financiamento foi feito em quatro parcelas de $ 45.000 e começará a ser pago no período 4. Esse valor está contabilizado nas contas “Empréstimos Bancários”, parte no Passivo Circulante e parte no Passivo Não Circulante, considerando-se o prazo de amortização da dívida.
As equipes deverão avaliar as condições financeiras das empresas e providenciar os recursos necessários para manter as suas contas equilibradas.
Se for o caso, deve-se solicitar novos empréstimos.
A Demanda e a Venda dos produtos
Não há uma decisão propriamente dita para vender um produto, pois é o cliente que decide comprar o produto da empresa. Existe a decisão de atribuir, em cada região, o respectivo preço do produto e o número de inserções de propaganda. A decisão de prazo é única e aplicada a todas as regiões.
A preferência de vendas é para os clientes da própria região da empresa. Os clientes das demais regiões serão atendidos na proporção do produto remanescente no estoque.
As empresas deverão, a cada período de decisão, elaborar o planejamento de vendas. Para isso, deverão estimar a demanda do produto, em cada região. O Simul Industrial calcula os valores das vendas projetadas, de acordo com a disponibilidade de produtos fabricados.
A demanda efetiva, ou seja, aquela demanda que a empresa já conquistou no período atual, representa os clientes que optaram por adquirir os produtos da empresa.
A demanda poderá ser maior que as vendas, quando a empresa tem estoque disponível menor do que o número de clientes que desejam comprar seus produtos.
A demanda poderá ser menor que as vendas, quando a empresa tem estoque de produtos excedentes (sobras depois de atender seus próprios clientes) e são utilizados para atender os clientes redistribuídos de outras empresas que não tinham estoque suficiente para seus clientes.
A estimativa da demanda deve ser feita com critério, pois não existe uma equação matemática capaz de encontrar esta resposta. Deve-se observar a demanda anterior, bem como considerar os efeitos da variação do preço de venda, número de inserções de propaganda, além das variáveis de conjuntura econômica.
A demanda é influenciada por diversas forças do mercado e envolvem muitas variáveis, das quais só algumas são controladas pelas equipes. Mesmo assim é possível antever sua tendência, um pouco mais difícil no início do jogo, mas logo compreendida, com a experiência de algumas rodadas.
As variáveis que influenciam a demanda podem ser separadas em dois grupos:
· Variáveis de efeito global sobre o mercado
❍ Conjuntura econômica, sazonalidade, crescimento do mercado consumidor
· Variáveis de efeito sobre determinada região do mercado
❍ Política de marketing da empresa (preço, propaganda e prazo)
❍ Política de marketing das empresas concorrentes (preço, propaganda e prazo) ❍ Taxa de câmbio (mercado externo)
Com isso, a partir do conhecimento da demanda efetiva da empresa em determinado período, é possível estimar um percentual de variação da demanda, considerando os efeitos que estas variáveis estarão produzindo naquele momento em determinada região ou mercado.
Exemplo de previsão da demanda de um período:
Conjuntura econômica estável (0%) + não é período sazonal (0%) + crescimento de mercado consumidor (5%) + efeito do marketing da empresa (20%) + atuação dos concorrentes (-15%) = 10% é a variação esperada da demanda.
Essa prática considera uma real perspectiva do mercado. Embora sem certezas do que irá ocorrer, é possível fazer projeções mais bem elaboradas e consistentes, diferente de meras suposições ao acaso, conhecidas popularmente como “chutes”.
Essa variação pode ser projetada para um mercado como um todo, ou projetada para cada região, o que exigirá um pouco mais de trabalho.
A previsão da demanda deve ser considerada pelas empresas como algo muito importante, pois muitas ações internas na empresa, dependerão de como se vê a empresa lá fora, com contexto do mercado.
Os planos de expansão, crescimento, níveis e ritmo de produção, estratégia de marketing dependerão desta visão que se faz do mercado.
As equipes devem considerar que, mais importante que organizar a empresa em suas operações internas (tudo é possível controlar), é ser capaz de perceber as movimentações e tendências e antever as oportunidades e ameaças.
Resultado do Período e Operações com Caixa
Quando se faz a projeção (planejamento) das decisões da empresa para o próximo período, pensa-se em termos de produção, finanças e marketing.
O Mediador pode permitir às equipes o uso da ferramenta de planejamento para auxiliar na tomada de decisões no ambiente do Simul Industrial.
Todos os eventos serão calculados neste software, bem como os custos, as despesas e a apuração do resultado do período.
Os relatórios com os dados e as informações da projeção ajudam os Diretores na tarefa de verificar se tudo o que se pensou no que se refere a políticas e metas está adequado. Do contrário, volta-se para a área de interesse e faz-se a modificação necessária.
Por exemplo, verifica-se no relatório de caixa a existência de empréstimo especial, que é calculado automaticamente toda vez que as saídas de recursos do caixa são maiores do que as entradas. Essa situação não pode ficar assim, afinal, existem outras formas mais baratas de se obter empréstimos. O Diretor Financeiro deverá tomar a decisão de solicitar um empréstimo de giro que seja suficiente para deixar o caixa com saldo positivo, ou mesmo mudar a decisão de compras de matéria-prima à vista para compras a prazo.
Na configuração do jogo está definido que a empresa deve fazer a sua projeção de caixa com saldo mínimo acima de $ 1.000.
O Diretor Financeiro, ao projetar o saldo da conta do caixa, deverá considerar as entradas condicionadas a interferências externas, como é o caso das vendas dos produtos. Nem sempre a demanda projetada será a realizada. É importante ser prudente ao se projetar o saldo de caixa, devendo-se usar uma boa margem de segurança para acomodar essas diferenças de previsão de vendas.
Da mesma forma, é necessário analisar atentamente o relatório com a projeção do resultado. Deve-se verificar se o resultado do período corresponde à meta estabelecida e observar todos os componentes do resultado para confirmar se existe algum gasto que pode ser evitadoe assim melhorar o resultado.
wiki.simulweb.com.br - http://wiki.simulweb.com.br/

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