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Autor: Rafael Zardo Crevelari Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente nas redes ao lado. O escritor Monteiro Lobato definiu como fundamental para a formação de um país a prática da leitura entre os indivíduos, a qual independe de idade. Todavia, tal proposta não assemelha-se à realidade brasileira, seja pela carência de aulas literárias, seja pela falta de ingerência estatal nas bibliotecas. Diante disso, faz-se necessário debater sobre como incluir, no âmbito social, o hábito da leitura e de enriquecer o conhecimento. Em primeiro lugar, é inegável que o modelo de ensino nacional limita o hábito da leitura entre os alunos. De fato, mesmo que a grade curricular pública contemple os conteúdos gramaticais e literários, estes são aplicados somente de forma teórica, pelo fato de que aulas fundamentais para inserir a prática da leitura, como literatura, não estão inseridas coo aulas únicas, mas sim atreladas às de português, limitando, sem dúvidas, atividades dinâmicas, como saraus de contos. Segundo o educador Paulo Freire, através da leitura os cidadãos alcançam seus objetivos, ou seja, é essencial a ampliação da carga horária escolar como forma de enriquecer o conhecimento. Entretanto, infelizmente, o governo é omisso em investir na educação, prova disso foi a redução da verba em 2020, colaborando, então, com o descaso com o hábito de leitura escolar. Outrossim, é indubitável que as bibliotecas brasileiras carecem de apoio estatal. Decerto, desde a habitação da corte portuguesa no Brasil, a qual criou as primeiras bibliotecas nacionais, até o governo atual, estas são limitadas de investimento estatal, o que impossibilita a aquisição de novos livros e reformas, ocasionando, com certeza, o descaso dos indivíduos de frequentar esse ambiente. Evidência disso é que 75% da população nunca frequentou bibliotecas, conforme pesquisa do instituto Pró-Livro. De acordo com a teoria das janelas quebradas, de George Kelling, se um edifício for danificado e não recebeu reparos, a tendência é a destruição dele, isto é, torna-se fundamental investimentos governamentais para a preservação das bibliotecas, como meio de incentivar a leitura. Dessa forma, fica claro que, sem o amparo do Estado, a prática de leitura é limitada, urgindo soluções para esses impasses. Logo, deliberações são necessárias para a solução desses problemas. Para isso, cabe ao Ministério da Educação, por meio de subsídios estatais, ampliar a carga horária escolar, a qual deve- se inserir aulas de literatura coordenadas por professores especializados em literatura nacional, bem como reformar as bibliotecas, as quais terão áreas de leitura para todo o tipo de idade e gênero, com o fim de incentivar o hábito de leitura no Brasil. Somente assim a proposta de Lobato será realidade nacional.