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Autor: Rafael Zardo Crevelari Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente nas redes ao lado. No episódio “15 milhões de méritos”, da série britânica Black Mirror, os personagens são expostos a propagandas a todo momento, que são filtradas em seus desejos. Paralelamente, tal episódio retrata o atual panorama brasileiro, uma vez que os cidadãos são vítimas de anúncios em qualquer meio midiático, o que corrobora os problemas socioeconômicos, como também culturais. Nesse sentido, urge medidas a fim de diminuir os impacto da propaganda no Brasil. Em primeiro lugar, é preciso entender que os anúncios potencializam o consumismo e os problemas econômicos. Isso porque as propagandas são criadas para atingir cada público-alvo – cores e frases específicas – sendo inegável que a maioria das vítimas irão comprar o produto, mesmo que, muitas vezes, falte dinheiro, uma vez que o Brasil é o 7° país mais desigual do mundo. Assim, fica evidente que a frase de Steve Jobs “As pessoas não sabem o que querem até eu mostrar para elas”, haja vista que a publicidade, estimulando o consumismo descabido, deixa as famílias com dívidas. Outrossim, é evidente a transformação de meios culturais em anúncios. Isso ocorre porque os anunciantes buscam, por meio de bens culturais, como filmes, quadros e músicas, potencializar seu público alvo. Sem dúvida, tais estratégias colaboram com a desvalorização dos bens culturais originais, os quais perdem sua autenticidade. Dessa forma, fica claro o conceito de cultura de massas da Escola de Frankfurt, uma vez que os recursos culturais perdem sua essência para servirem de propaganda. Portanto, é mister a intervenção do Estado, a fim de conter o excesso de propagandas. Logo, cabe ao Ministério da Cultura, com parceria da Secretaria Especial de Comunicação, por meio de um projeto a ser votado na câmara, criar uma lei que restringe anúncios que estimulam o consumismo a partir da utilização de bens culturais, para que a população não seja vítima da massa de anúncios, como os personagens de Black Mirror.