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Conhecimentos gerais em saúde CONHECIMENTOS GERAIS 1. Legislação do SUS. 2. Constituição Federal de 1988, Lei 8080/90 e Lei 8142/90 3. Humanização e Acolhimento - Política Nacional de Humanização. 4. Políticas Públicas de Saúde no Brasil. 5. Vigilância à saúde. Eficiência “Eficácia é uma medida do alcance de resultados” Eficácia “Eficiência é uma medida da utilização dos recursos nesse processo.” - Como você faz. Ex: episódio de greys anatomy em que os médicos do Afeganistão vão aprender mais técnicas com poucos recursos. - Uso racional dos recursos - Mais voltado para o humano CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003 Capacidade de atendimento de expectativa da organização ou sociedade, supõe efeito, impacto, mudanças ou transformação de realidade. Efetividade Questão 1: No senso comum, observa-se certa confusão no uso dos construtos eficiência, eficácia e efetividade, porém na avaliação de programas, percebe-se com clareza a diferença entre eles. Sobre a eficiência, a eficácia e a efetividade, é correto afirmar que A) a efetividade está relacionada ao alcance dos objetivos pretendidos. (correto eficácia) B) a eficiência está relacionada à capacidade de se promover os resultados pretendidos. (correto efetividade) C) a eficácia é a competência para produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços. (correto eficiência) D) a efetividade demonstra se os impactos gerados pelos produtos ou serviços prestados, pelos órgãos/entidades, atendem às necessidades e expectativas dos públicos-alvo e sociedade em geral. E) a eficiência corresponde ao resultado de um processo, portanto envolve as orientações metodológicas e o plano de ação definido para o alcance dos objetivos e metas. Endemia Epidemia Pandemia Normas Reguladoras- NR Norma Regulamentadora 32 (NR-32) A NR 32 trata especificamente de vacinação dos colaboradores nos seguintes itens: 32.2.3.1 O PCMSO, além do previsto na NR 07, e observando o disposto no inciso I do item 32.2.2.1, deve contemplar: e) o programa de vacinação. 32.2.4.17 Da Vacinação dos Trabalhadores 32.2.4.17.1 A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). 32.2.4.17.2 Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente. 32.2.4.17.3 O empregador deve fazer o controle da eficácia da vacinação sempre que for recomendado pelo Ministério da Saúde e seus órgãos, e providenciar, se necessário, seu reforço. 32.2.4.17.4 A vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saúde. 32.2.4.17.5 O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das vantagens e dos efeitos colaterais, assim como dos riscos a que estarão expostos por falta ou recusa de vacinação, devendo, nestes casos, guardar documento comprobatório e mantê-lo disponível à inspeção do trabalho. 32.2.4.17.6 A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador, previsto na NR 07. 32.2.4.17.7 Deve ser fornecido ao trabalhador comprovante das vacinas recebidas. Assim, de acordo com o que dispõe a NR 32 e a Portaria do Ministério da Saúde nº 597, de 08/04/2004, são obrigatórias as seguintes vacinas aos trabalhadores nos serviços de saúde: Hepatite B, Tétano e Difteria, Influenza, Tríplice Viral, Febre Amarela, Pneumocócica, Varicela, Hepatite A e Febre Tifóide. 2 H- 2 T- 2F- VIP- DIFTERIA A Norma Regulamentadora 32 (NR-32) estabelece “[...] as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral” (BRASIL, 2005, p.1). A NR-32 estabelece que ao trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra: A) tétano e hepatite B) sarampo e tuberculose. C) tuberculose e Hepatite D) tétano, tuberculose e hepatite E) tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO 2 H- 2 T- 2F- VIP- DIFTERIA Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho: Objetiva a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorrem no curso dele, por meio da eliminação ou da redução dos riscos nos ambientes de trabalho. MÓDULO BIOÉTICA LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. Bioética •O início da Bioética se deu no começo da década de 1970, com a publicação de duas obras muito importantes de um pesquisador e professor norte-americano da área de oncologia, Van Rensselaer Potter; • “Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável” •Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações”. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. •Para isso, a Bioética, como área de pesquisa, necessita ser estudada por meio de uma metodologia interdisciplinar. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. Contexto histórico e as relações assistenciais 1 - O paternalismo hipocrático •Hipócrates de Cos (séc. IV a.C.) é considerado o “Pai da Medicina”. Sua importância é tão reconhecida que os profissionais da saúde, no dia da formatura, fazem o “Juramento de Hipócrates”. Segundo esse juramento, os profissionais devem se comprometer a sempre fazer o bem ao paciente. •A importância desse resgate histórico é ressaltar que os médicos daquela época estavam em uma posição hierárquica superior à das outras pessoas, e essa diferença de posição também se manifestava em um “desnivelamento de dignidades”. Isso significa que os médicos (semideuses), ainda que tivessem a intenção de curar os doentes, eram pessoas superiores, melhores que as outras (tinham mais valor que as outras). LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. Os profissionais que se baseiam nessa postura paternalista são aqueles que não respeitam a autonomia de seus pacientes, não permitem que o paciente manifeste suas vontades. Por outro lado, também alguns pacientes não percebem que podem questionar o profissional e aceitam tudo o que ele propõe, pois consideram que “o doutor é quem sabe”. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. Sociedade piramideal 2 - O cartesianismo Estabelecido por René Descartes no século XVII, o método cartesiano (ou cartesianismo), ao propor a fragmentação do saber (com a divisão do “todo” “em partes” para estudá-las isoladamente), sem dúvida contribuiu para o desenvolvimento da ciência. Entretanto, o cartesianismo gerou a superespecialização do saber, entre os quais o saber na área da saúde. Esse fato colaborou para a perda do entendimento de que o paciente é uma pessoa única e que deve ser considerado em sua totalidade (em todas as duas dimensões), pois nos acostumamos a estudar apenas aquela parte do corpo humano que vamos tratar. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 3 - A descoberta dos microrganismos e aconsequente ênfase no estudo da doença • No século XIX, com a evolução dos microscópios, os cientistas Louis Pasteur e Robert Koch iniciaram uma nova fase na evolução da ciência: a descoberta e o estudo dos microrganismos. • Podemos atribuir a essas descobertas uma mudança de foco dos profissionais do “doente” para a “doença”, ou seja, quando os profissionais se preocupam mais com as doenças (e seu estudo) do que com o doente (e a consequência das doenças para o doente). • Todos esses fatos históricos podem ter contribuído para o processo de “desumanização” da assistência ao paciente, e a tentativa de reverter esse quadro vem sendo foco de estudos de diversos pesquisadores, bem como alvo de políticas do governo federal. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 3 - Contexto cultural e as relações assistenciais •Algumas vezes nem percebemos quais são as ideias que nos cercam e que podem dificultar a adoção de uma postura realista (nesse contexto, adotamos o conceito de que uma postura realista é aquela que considera todos os aspectos de uma situação ou realidade). LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. Três modalidades que exercem atualmente grande influência na reflexão ética LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. Individu alismo hedonism o utilitaris mo 3.1 – Individualismo •O individualismo propõe que a atitude mais importante para tomarmos uma decisão seja a reivindicação da liberdade, expressa na garantia incondicional dos espaços individuais. •Mas, nesse caso, trata-se de uma liberdade que se resume à busca de uma independência total. • Para que todos tenham o direito de expressar a sua liberdade, é preciso atrelar esse conceito ao de responsabilidade, pois todos os nossos atos têm alguma consequência para outras pessoas. Na lógica individualista, esse princípio é absoluto. • PRINCÍPIO DA AUTONÔMIA: o princípio ético da autonomia é empregado em seu verdadeiro valor quando implica o reconhecimento de que cada pessoa humana merece ser respeitada nas suas opiniões. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 3.2 - Hedonismo •Na lógica hedonista, a supressão da dor e a extensão do prazer constituem o sentido do agir moral. •Entretanto, se reduzirmos tudo à questão de eliminar a dor e estender o prazer, colocamo-nos em uma perspectiva terrena, isto é, material, quase que fisiológica ou neurológica. •Na reflexão ética, o predomínio dessa lógica hedonista faz com que o conceito de “vida” fique reduzido a essas expressões sensoriais de dor e prazer. Logo, para o hedonismo, uma vida que ainda não tem ou que já perdeu “qualidade de vida” não seria uma vida digna de se levar em consideração, não seria uma vida digna de ser vivida. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. A “qualidade de vida” para o hedonismo é interpretada como eficiência econômica, consumismo desenfreado, beleza e prazer da vida física. Ficam esquecidas as dimensões mais profundas da existência, como as interpessoais, as espirituais e as religiosas. E esquecer (ou não considerar) essas dimensões se torna um risco para a interpretação correta da expressão “qualidade de vida”. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 3.3 - Utilitarismo •Nessa perspectiva, as nossas ações se limitam a uma avaliação de “custos e benefícios”. O referencial “ético” para as decisões é ser bem-sucedido; o insucesso é considerado um mal. Só o que é útil tem valor. •o problema desse raciocínio utilitarista é que, com facilidade, pode-se entender que “só o que é útil tem valor” LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. •Em uma sociedade capitalista, nossas ações são determinadas pelo mercado. Isso significa que aquelas pessoas consideradas improdutivas, aquelas que representam um custo para a sociedade, aquelas que perderam (ou que nunca tiveram) condições físicas ou mentais para participar do sistema de produção de bens e valores de forma eficiente, são classificadas como “inúteis”. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 4 - Fundamentação da Bioética – o valor da vida humana •O fundamento ético será sempre a base para a tomada de decisão. 4.1- A pessoa humana Para trilhar um caminho correto diante dos diversos dilemas éticos que podemos encontrar na nossa atividade profissional, precisamos de uma “base sólida”, de um fundamento, que nos oriente nos momentos de decisão. Esse fundamento é a pessoa humana. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. A pessoa é única. Isso significa que as pessoas são diferentes (mesmo os gêmeos idênticos são diferentes) A pessoa humana é provida de uma “dignidade”. Isso significa que a pessoa tem valor pelo simples fato de ser pessoa. A pessoa é composta de diversas dimensões: dimensão biológica, dimensão psicológica, dimensão social ou moral e dimensão espiritual. Por isso, falamos que a pessoa é uma totalidade, pois todas essas dimensões juntas compõem a pessoa. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 4.2- O valor da vida humana • Segundo os principais livros de Embriologia, a vida humana inicia-se no exato momento da fecundação, quando o gameta masculino e o gameta feminino se juntam para formar um novo código genético. a) contínuo = porque é ininterrupto na sua duração. Estar vivo representa dizer que não existe interrupção entre sucessivos fenômenos integrados. Se houver interrupção, haverá a morte. b) coordenado = significa que o DNA do próprio embrião é responsável pelo gerenciamento das etapas de seu desenvolvimento. Esse código genético coordena as atividades moleculares e celulares, o que confere a cada indivíduo uma identidade genética. c) progressivo = porque a vida apresenta, como propriedade, a gradualidade, na qual o processo de desenvolvimento leva a uma complexidade cada vez maior da vida em formação LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 5 - Os princípios da Bioética •Propostos primeiro no Relatório Belmont (1978) para orientar as pesquisas com seres humanos e, em 1979, Beauchamps e Childress, em sua obra Principles of biomedical ethics, estenderam a utilização deles para a prática médica, ou seja, para todos aqueles que se ocupam da saúde das pessoas. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 1º) Beneficência/não maleficência LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. O primeiro princípio que devemos considerar na nossa prática profissional é o de beneficência/ não maleficência (também conhecido como benefício/não malefício). O benefício (e o não malefício) do paciente (e da sociedade) sempre foi a principal razão do exercício das profissões que envolvem a saúde das pessoas (física ou psicológica). 2º Autonomia •De acordo com esse princípio, as pessoas têm “liberdade de decisão” sobre sua vida; •A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (1948), manifesta logo no seu início que as pessoas são livres. •Para que o respeito pela autonomia das pessoas seja possível, duas condições são fundamentais: a liberdade e a informação. Isso significa que, em um primeiro momento,a pessoa deve ser livre para decidir. Para isso, ela deve estar livre de pressões externas, pois qualquer tipo de pressão ou subordinação dificulta a expressão da autonomia. •Autonomia limitada: A primeira etapa a ser seguida para minimizar essa limitação é reconhecer os indivíduos vulneráveis (que têm limitação de autonomia) e incorporá-los ao processo de tomada de decisão de maneira legítima. •A correta informação das pessoas é que possibilita o estabelecimento de uma relação terapêutica ou a realização de uma pesquisa. •A informação não se encerra com as explicações do profissional, mas com a compreensão, com a assimilação das informações pelos pacientes, desde que essas informações sejam retomadas ao longo do tratamento. • Consentimento: Processo de informação e compreensão e posterior comprometimento com o tratamento denominamos LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. Exagero na expressão da autonomia •Se entendermos que o respeito pela autonomia de uma pessoa é o princípio que deve ser considerado em primeiro lugar, cairemos em uma armadilha. •Nem sempre o paciente tem condições de avaliar qual o melhor tratamento para ele (afinal ele é leigo, não tem o conhecimento técnico necessário para isso). •O princípio da beneficência (e não o da autonomia) deve ser respeitado em primeiro lugar. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. 3º Justiça •Este se refere à igualdade de tratamento e à justa distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisa. Costumamos acrescentar outro conceito ao de justiça: o conceito de equidade que representa dar a cada pessoa o que lhe é devido segundo suas necessidades, ou seja, incorpora-se a ideia de que as pessoas são diferentes e que, portanto, também são diferentes as suas necessidades. •É também a partir desse princípio que se fundamenta a chamada objeção de consciência, que representa o direito de um profissional de se recusar a realizar um procedimento, aceito pelo paciente ou mesmo legalizado. LEONE, Salvino; PRIVITERA, Salvatore; CUNHA, Joerge Teixeira da. Dicionário de bioética. EPS; Santuário, 2001. A Bioética é uma área do conhecimento que visa indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente propostos e denunciar os riscos das possíveis aplicações (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001). Sobre a aplicação dos princípios que norteiam o enfrentamento de questões éticas no campo da assistência e da pesquisa em saúde, é correto afirmar que A) o princípio da autonomia deve ser considerado em primeiro lugar. (o princípio da beneficência/maleficiência) B) o princípio de justiça diz respeito unicamente à igualdade de tratamento. (falso diz respeito também a proteção dos profissionais) C) o principio de beneficência tem prioridade em relação ao princípio da autonomia. D) os indivíduos que têm limitação de autonomia estão inaptos para serem incorporados a qualquer processo de tomada de decisão. (falso, indivíduos com autonomia limitada podem ser incluídos em estudos desde que seja fornecido as informação necessárias ao longo do processo) E) o principio de justiça fragiliza a chamada “objeção de consciência”, que representa a decisão de um profissional de se recusar a realizar um procedimento, mesmo que aceito pelo paciente. (falso, a chamada objeção de consciência advém do principio de justiça) Durante a VII Conferencia Nacional de Saúde, realizada em 1986, após sistematização de debates, o relatório final do evento inspirou o capítulo “Saúde” da Constituição, desdobrando-se, posteriormente nas chamadas leis orgânicas da saúde. (PAIM, 2009). Considerando a Lei de nº 8080, de 19 de setembro de 1990, para efeitos de análise, é correto afirmar que a A) responsabilidade pela saúde das populações é exclusiva do Estado. B) assistência às pessoas é definida como assistência médica e/ou hospitalar. C) participação da iniciativa privada, mediante contrato regido pelo direito público, tem caráter complementar. D) saúde, como um direito fundamental do ser humano, encontra-se circunscrita ao acesso às ações e a serviços de saúde, ofertado pelo SUS. E) lei avança no que se refere ao conceito de saúde, por desvincular determinantes sociais e econômicos das condições de vida da população. No Brasil, a Atenção Básica é desenvolvida sob a lógica de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde (BRASIL, 2012). De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB/2012), é uma atribuição comum a todas as categorias profissionais: A) solicitar exames complementares. B) cadastrar indivíduos e famílias no sistema de informações e manter os cadastros atualizados. C) participar do gerenciamento dos insumos necessários para o funcionamento da Unidade Básica de Saúde. D) realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local. E) indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário. A Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, fruto de um processo de negociação entre representantes da sociedade, parlamentares, gestores e governo federal, passou a regular as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde entre União, Estados e Municípios, bem como a participação da comunidade na gestão do SUS (PAIM, 2009). Em relação aos fundos de saúde e face ao previsto na Lei nº 8.142/90, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Os Fundos de Saúde destinam-se, unicamente, a receber e repassar os recursos financeiros para a saúde, oriundos da União, Estados e Municípios. ( ) Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) destinam-se aos investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde. ( ) Os Fundos de Saúde são instrumentos de gestão dos recursos destinados ao financiamento das ações e serviços de saúde e de assistência social existentes nas três esferas: União, Estados e Municípios. ( ) Os Fundos de Saúde integram uma conta bancária, incluindo todos os recursos a serem utilizados nas ações e serviços de saúde, sendo que seu gerenciamento deve ser feito pelos gestores do SUS, nas três esferas. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é A) F F V F B) F V F F C) V V F F D) V V F V E) V F V V A busca da qualidade na prestação de serviços à saúde é uma necessidade técnica e social, e atividades de acreditação e certificação de organizações de saúde são cada dia mais frequentes (CARVALHO et al, 2004). De acordo com a teoria da Qualidade em Saúde, desenvolvida por Donabedian (1978) e seus elementos, complete as lacunas do trecho a seguir. _________________ diz respeito às atividades do serviço. _________________ está associado(a) fundamentalmente, às características dos recursos que se empregam na atenção à saúde. Enquanto que _________________ relaciona-se com o estado de saúde do indivíduo ou da população na interação ou não com os serviços de saúde. A alternativa que preenche, correta e sequencialmente, as lacunas do trecho acima é A) Processo / Estrutura / resultado B) Estrutura / Processo / avaliação C) Avaliação / Estrutura / resultado D) Avaliação / Processo / resultado E) Resultado / Processo / avaliação
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